Bula do Teiconin produzido pelo laboratorio Instituto Biochimico Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Teiconin
teicoplanina
Instituto BioChimico Indústria Farmacêutica Ltda.
Pó liofilizado para solução injetável
200 mg ou 400 mg
BioChimico
4005084-9 Texto de bula - Teiconin 2
TEICONIN®
VIA INTRAVENOSA
VIA INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Caixas com 1 frasco-ampola de 200 mg ou 400 mg.
COMPOSIÇÃO
Teiconin®
(teicoplanina) 200 mg:
Cada frasco-ampola contém:
Teicoplanina .................................................................200 mg;
Excipiente q.s.p ............................................................1 frasco-ampola
(cloreto de sódio, hidróxido de sódio)
(teicoplanina) 400 mg:
Teicoplanina .................................................................400 mg;
II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Teiconin®
está indicado no tratamento de infecções causadas por bactérias Gram-positivas sensíveis, incluindo aquelas resistentes a
outros antibióticos tais como meticilina e as cefalosporinas: endocardite, septicemia, infecções osteoarticulares, infecções do trato
respiratório inferior, infecções de pele e tecidos moles, infecções urinárias e peritonite associada à diálise peritoneal crônica
ambulatorial. Também está indicado no tratamento de infecções em pacientes alérgicos às penicilinas ou cefalosporinas. Pode ser
usado por via oral no tratamento de diarreia associada ao uso de antibiótico, incluindo colite pseudomembranosa causada por
Clostridium difficile. Pode ser utilizado para profilaxia em pacientes nos quais a infecção por microrganismos Gram-positivos pode
ser perigosa (por exemplo, em pacientes que necessitam de cirurgia dental ou ortopédica).
Foi demonstrado que a teicoplanina é eficaz no tratamento da endocardite causada por organismos Gram-positivos. (Davey &
Williams, 1991; Presterl et al, 1993; Martino et al, 1989; Leport et al, 1989; Venditti et al, 1992). A teicoplanina foi tão eficaz
quanto outros agentes no tratamento de diarreia associada ao Clostridium difficile (CDAD). A taxa de recidiva no grupo que recebeu
teicoplanina foi baixa. Cento e dezenove pacientes foram randomizados para receber ácido fusídico, metronidazol, teicoplanina ou
vancomicina para o tratamento de CDAD. A dose de teicoplanina foi de 400 mg, duas vezes ao dia, por 10 dias. A taxa de cura foi
de 96% para teicoplanina, 93% para o ácido fusídico, 94% para o metronidazol e 94% para a vancomicina. A porcentagem de
pacientes em recidiva foi de 7% com teicoplanina, 28% com ácido fusídico, 16% com metronidazol e 16% com vancomicina
(Wenisch et al, 1996). Houve uma redução no número de infecções no local de inserção e de septicemia Gram-positiva relacionada a
cateteres com a terapia com teicoplanina em comparação a terapia sem teicoplanina em um estudo randomizado com
88 pacientes com cateteres Hickman. Teicoplanina como profilaxia pode ser utilizada rotineiramente em pacientes que requeiram
inserção de cateteres Hickman para reduzir a incidência de sepse relacionada a cateteres especialmente durante o período de
neutropenia após quimioterapia (Lim et al, 1991). A teicoplanina fornece uma alternativa à vancomicina em infecções de cateter em
pacientes com malignidades hematológicas. A vancomicina foi comparada com a teicoplanina, e a taxa de resposta foi de 80% e
69%, respectivamente (Smith et al, 1989). Em um estudo clínico aberto, a teicoplanina foi eficaz no tratamento de 18 pacientes com
infecções Gram-positivas (Walsh et al, 1988). Os pacientes receberam uma dose de ataque via intravenosa (IV) de 400 mg, e doses
via intravenosa (IV) ou intramuscular (IM) de 200 mg (n = 13) e 400 mg (n = 5) uma vez por dia como terapia de manutenção, por
uma média de 17 dias. Os pacientes apresentavam as seguintes condições: osteomielite, infecções relacionadas à prótese,
endocardite, infecções da pele e do tecido conjuntivo e infecção do trato urinário. Onze dos 18 (61%) pacientes foram curados
clinicamente. Foi relatada uma taxa de cura de 83% para os pacientes que apresentavam Staphylococcus aureus resistente a
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meticilina. Os 4 pacientes que apresentavam infecções relacionadas à prótese nos ossos e articulações necessitaram de remoção das
próteses antes que ocorresse qualquer melhora clínica. Os efeitos adversos foram limitados a 2 pacientes, que desenvolveram
exames anormais da função hepática (elevação da aspartato aminotransferase, bilirrubina e ureia), que foram associados à icterícia
em 1 paciente. A faixa das concentrações séricas de vale da teicoplanina estava entre 2,3 e 17,7 mcg/mL, com uma elevação média
de 2,9 mcg/mL na dose de 400 mg. Foi demonstrado que a teicoplanina é segura e eficaz no tratamento de infecções Gram-positivas.
Foi relatado que doses iniciais de 400 mg de teicoplanina, via IV, seguidas por 200 mg via IV, uma vez ao dia, durante 5 a 7 dias,
foram eficazes no tratamento de infecções Gram-positivas graves (primariamente septicemia) em 15 dos 17 pacientes (Davies et al,
1989). O organismo principal isolado foi o Staphylococcus epidermidis (15 pacientes), que havia sido resistente a terapia de
combinação com antibióticos aminoglicosídeos e betalactâmicos. Em um estudo multicêntrico, a teicoplanina foi segura e eficaz em
29 pacientes com várias infecções bacterianas Gram-positivas (Lang et al, 1990). A teicoplanina aparenta ser mais segura que a
vancomicina, e não apresenta eventos adversos relacionados à dose quando dosada entre 3 a 10 mg/Kg (Davey & Williams, 1991).
Em crianças entre 2 e 12 anos de idade, foi descoberto que a teicoplanina é muito eficaz e bem tolerada no tratamento de infecções
Gram-positivas em pacientes pediátricos. As doses variaram entre 3 e 6 mg/Kg (Bassetti & Cruciani, 1990). Em neonatos, tem sido
relatada uma baixa incidência de efeitos adversos relacionados ao tratamento com teicoplanina. A droga é bem tolerada em recém-
nascidos com insuficiência renal aguda (Yalaz et al, 2004). A dose recomendada em neonatos é de 16 mg/kg no primeiro dia (dose
de ataque), seguido de 8 mg/kg, 1 vez ao dia (Yalaz et al, 2004; Martindale, 2013). A adição da teicoplanina a ceftazidima como
terapia empírica de infecções Gram-positivas em pacientes com neutropenia febril foi eficaz. Dezesseis pacientes com neutropenia
febril foram tratados com teicoplanina mais ceftazidima (Verhagen & De Pauw, 1987). Este estudo clínico aberto utilizou pacientes
que haviam falhado na terapia com ceftazidima nas 48 ou 72 horas anteriores. A teicoplanina foi administrada via intravenosa como
uma dose de ataque de 400 mg, seguida por 200 mg, uma vez ao dia. Os pacientes continuaram com ceftazidima 2 g via IV, a cada 8
horas, e ou cetoconazol oral 200 mg, uma vez ao dia, ou anfotericina 400 mg a cada 6 horas para prevenção de colonização fúngica.
A cura clínica com a terapia de combinação foi alcançada em 69% (n = 11) dos pacientes. A cura bacteriológica foi confirmada em
91% (10 de 11) das infecções. Entre as bactérias tratadas com sucesso, encontravam-se infecções por Staphylococcus aureus,
Staphylococcus epidermidis (duas cepas resistentes a meticilina) e Streptococcus faecalis. Quatro pacientes desenvolveram elevação
das enzimas hepáticas; entretanto, a teicoplanina foi considerada responsável em somente 1 caso. Pode haver vantagem na inclusão
de teicoplanina no tratamento empírico inicial do regime de antibióticos para pacientes de câncer com neutropenia febril. A
teicoplanina foi avaliada como terapia empírica em pacientes com neutropenia febril com malignidades hematológicas (Menichetti
et al, 1994). Uma taxa de resposta de 88% foi obtida em um contexto de alta prevalência de infecções Gram-positivas causadas por
cepas com alta resistência a aminoglicosídeos e antibióticos betalactâmicos. Foi demonstrado que a teicoplanina é eficaz em
combinação com aminoglicosídeos e betalactâmicos no tratamento de sepse grave em pacientes submetidos a transplante de medula
óssea. Teicoplanina 400 mg, via IV, uma vez ao dia, com netilimicina 400 mg via IV, uma vez ao dia, e ceftazidima 2 g IV, 3 vezes
ao dia, foram instituídos em 11 pacientes. Todos os 11 pacientes apresentaram resposta, e 10 apresentaram cura clínica. A
teicoplanina é um agente potencialmente eficaz e bem tolerado em pacientes com transplante de medula óssea com infecções que
não respondem a aminoglicosídeos e betalactâmicos (Lang et al, 1990). Foi demonstrado que a teicoplanina é eficaz em 3 estudos
com pacientes com granulocitopenia febril. No primeiro estudo, 67% dos 65 episódios de granulocitopenia febril apresentaram
resposta quando teicoplanina foi adicionada à terapia empírica. No segundo estudo, com 120 pacientes, 63% responderam a
ceftazidima e a teicoplanina, em comparação a 49% com ceftazidima isolada. No terceiro estudo, de 125 casos de bacteremias
Gram-positivas no cateter de Hickman, 72% a 90% responderam, dependendo do organismo (De Pauw et al, 1990). Teicoplanina e
ciprofloxacino foram eficazes em pacientes com neutropenia febril. Teicoplanina mais ciprofloxacino foram comparados com
gentamicina mais piperacilina. Dos pacientes que receberam teicoplanina mais ciprofloxacino, 78% apresentaram uma resposta
favorável, comparados com 49% que receberam gentamicina e piperacilina. A teicoplanina com ciprofloxacino é pelo menos tão
eficaz quanto à gentamicina mais piperacilina no tratamento empírico de pacientes com neutropenia febril, e pode ser mais eficaz
em situações onde há prevalência de organismos Gram-positivos (Kelsey, 1992). A teicoplanina com aminoglicosídeo ou quinolona
aparenta ser uma abordagem adequada na terapia empírica para febre neutropênica, e pode prevenir infecção no cateter em pacientes
com câncer (Studena et al, 1994). Em um estudo não-controlado, a teicoplanina foi eficaz no tratamento de infecções por MRSA
envolvendo a pele ou osteomielite. Os pacientes eram excluídos caso tivessem neutropenia. Vinte e seis pacientes receberam 200 ou
400 mg de teicoplanina IM ou IV a cada 24 horas. A taxa de cura clínica foi de 84,6%. A cura bacteriológica foi obtida em 73% dos
pacientes (Pachon et al, 1996a). Em um estudo aberto, a combinação de teicoplanina e rifampicina mostrou ser um tratamento eficaz
e bem tolerado para infecções graves causadas por Staphylococcus aureus (Yzerman et al, 1998). Ambos os antibióticos foram
administrados via IV, a teicoplanina em duas doses em bolus de 400 mg nas primeiras 24 horas e a partir daí, 400 mg uma vez ao
dia, e rifampicina em duas doses únicas de 600 mg uma vez ao dia, com duração dependente da gravidade da infecção. Dos 15
pacientes avaliáveis, 13 (86.7%) foram curados clinicamente e 2 (um dos quais foi a óbito devido a causas naturais não relacionadas
ao tratamento e um que desenvolveu resistência a rifampicina) não apresentaram melhora. S aureus foi eliminado, e não recorreu em
pacientes com cura clínica. Foram apresentados os resultados dos estudos que trataram infecções causadas por estafilococos e outras
bactérias Gram-positivas com teicoplanina; 39 de 64 (61%) dos pacientes se curaram, 16 de 64 (25%) apresentaram melhora e 9 de
64 (14%) não tiveram sucesso com a terapia (Pauluzzi et al, 1987a). A teicoplanina é um antibiótico eficaz e bem tolerado para
infecções causadas por bactérias Gram-positivas, e é eficaz contra estafilococos resistentes a meticilina. A teicoplanina é segura e
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eficaz no tratamento de infecções ósseas e das articulações causadas por patógenos suscetíveis, em combinação com outras medidas
terapêuticas discutiram teicoplanina na terapia de infecções ósseas e articulação. A taxa geral de sucesso clínico foi de 88% em 60
pacientes (Eitel et al, 1992). A terapia com teicoplanina em 35 pacientes com infecções ósseas ou nas articulações resultou em
resolução total em 78% dos pacientes. Os pacientes que não responderam a teicoplanina 4 mg/Kg/dia tiveram suas doses elevadas
para 15 mg/Kg/dia ou mais. Os pacientes toleraram altos níveis de vale e de pico de teicoplanina. Febre devido ao medicamento e
erupção cutânea se desenvolveram em 5 de 18 pacientes que receberam teicoplanina 12 mg/Kg/dia ou mais (Greenberg, 1990).
Descobriu-se que a teicoplanina é eficaz no tratamento de infecções por organismos Gram-positivos nos ossos e articulações
(Weinberg, 1993). A eficácia e a segurança da teicoplanina foram avaliadas no tratamento de 66 pacientes com osteomielite aguda
ou crônica e artrite séptica. Os pacientes receberam uma dose de ataque de 12 mg/Kg/dia a cada 12 horas por 3 doses, seguido por
12 mg/Kg/dia. Trinta e nove de 45, ou 87%, tiveram um resposta clínica favorável, e 6 de 45, ou 13%, apresentaram falha ou
sofreram recidiva. A teicoplanina foi eficaz no tratamento de 62 pacientes avaliáveis com infecções na pele e no tecido conjuntivo.
A dose inicial normal utilizada para a teicoplanina foi de 400 ou 800 mg seguidos por 200 a 400 mg diariamente, por via IV ou IM.
Alguns pacientes receberam outras doses não especificadas. Nos 30 dias anteriores ao estudo, 25 pacientes haviam recebido
antibióticos, primariamente penicilinas ou cefalosporinas, seguido por quinolonas e antibióticos macrólidos. A falha terapêutica foi
o motivo mais comum para descontinuação do tratamento, ocorrendo em dois terços dos casos. A teicoplanina foi o único agente
terapêutico isolado em 54 de 64 pacientes. Cinco pacientes também receberam aminoglicosídeos, e 3 e 2 pacientes também
receberam penicilinas e cefalosporinas, respectivamente. A eliminação da infecção bacteriana ocorreu em 27 de 35 (77%) casos de
infecção por S. aureus, em 5 de 5 (100%) casos de Staphylococcus coagulase-negativo, e em 5 de 7 (71%) casos de Streptococcus
(Lang et al, 1991). A terapia com teicoplanina curou ou causou melhora em 93% dos pacientes com infecções ósseas ou no tecido
conjuntivo. A eficácia foi avaliada em 30 pacientes. A cura bacteriológica ocorreu em 25 pacientes (83,3%) (Marone et al, 1990). A
teicoplanina, administrada uma vez ao dia, aparenta ser segura e conveniente para infecções da pele e do tecido conjuntivo
(Edelstein et al, 1991). Em especial, a teicoplanina aparentemente é adequada para terapia parenteral ambulatorial. A teicoplanina,
administrada uma vez ao dia, aparenta ser uma terapia segura e eficaz para infecções da pele e do tecido conjuntivo causadas por
bactérias Gram-positivas (Chirurgi et al, 1994). Um estudo clínico preliminar indicou que a teicoplanina pode ser eficaz no
tratamento de peritonite Gram-positiva quando adicionada no fluído de diálise (Neville et al, 1987). Onze pacientes com
insuficiência renal crônica que receberam diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD) apresentaram peritonite Gram-positiva.
Foi administrada aos pacientes teicoplanina 400 mg via IV como dose única, de forma aberta, seguida por 20 mg/L de fluídos de
diálise durante cada procedimento de diálise. Dez (91%) dos pacientes alcançaram a cura clínica. A única falha ocorreu em um
paciente com peritonite recorrente por Staphylococcus aureus. O paciente recebeu 2 tratamentos com terapia com teicoplanina, e
subsequentemente, falhou com terapia com vancomicina. A teicoplanina foi bem tolerada, sem nenhuma evidência de ototoxicidade
ou redução da função renal residual. Os 10 pacientes que apresentaram cura clínica foram acompanhados por entre 4 semanas e 11
meses, e permaneceram bem. A teicoplanina foi bem-sucedida ao erradicar os organismos Gram-positivos.
Propriedades farmacodinâmicas e espectro antimicrobiano
A Teicoplanina é um antibiótico do grupo dos glicopeptídios com ação bactericida in vitro contra bactérias Gram-positivas aeróbias
e anaeróbias. A teicoplanina inibe o crescimento de organismos suscetíveis, agindo na biossíntese da parede celular em local
diferente do afetado pelos betalactâmicos. Teicoplanina é ativo contra estafilococos (incluindo os resistentes a meticilina e outros
antibióticos betalactâmicos), estreptococos, enterococos, Listeria monocitogenes, micrococos, corinebactéria do grupo J/K e
anaeróbios Gram-positivos incluindo Clostridium difficile e peptococos. Foi demonstrada sinergia bactericida in vitro com
teicoplanina quando combinada com aminoglicosídeos contra Staphylococcus aureus; a sinergia contra estes organismos também
foi demonstrada com imipenem. A combinação in vitro de teicoplanina e rifampicina demonstrou efeitos aditivos e sinérgicos contra
Staphylococcus aureus. Também foi observada sinergia in vitro com ciprofloxacino contra Staphylococcus epidermidis. A
resistência in vitro à teicoplanina não pode ser obtida em um único passo e só se produz após passagens múltiplas. Há relatos de
elevadas CIMs (concentração inibitória mínima) para teicoplanina em diversas cepas de Staphylococcus haemolyticus. A
teicoplanina não apresenta resistência cruzada com outras classes de antibióticos. Foi observada resistência cruzada entre
teicoplanina e o glicopeptídeo vancomicina em enterococos. A teicoplanina é captada pelos leucócitos e macrófagos, mantendo sua
atividade anti-estafilocócica dentro destas células.
Propriedades Farmacocinéticas
A biodisponibilidade de uma única injeção intramuscular de 3 a 6 mg/kg é de mais de 90%. A teicoplanina é pouco absorvida pelo
trato gastrintestinal normal após administração oral; 40% da dose oral é encontrada nas fezes como fármaco ativo. Após a
administração intravenosa de 3 a 6 mg/kg, a concentração plasmática declina com meia-vida terminal de eliminação de 150 horas
com depuração plasmática de 11,9 a 14,7 mL/h/kg, o que permite uma única administração diária. Após administração IV de 6
mg/kg nas horas 0, 12, 24 e a cada 24h como infusão por 30 minutos, uma concentração sérica mínima de 10 mg/L seria alcançada
pelo quarto dia. Concentrações séricas máxima e mínima no estado de equilíbrio de aproximadamente 64 mg/L e 19 mg/L,
respectivamente, seriam atingidas pelo 28°dia. A teicoplanina difunde-se rapidamente na pele, tecido subcutâneo, miocárdio,
pulmão, líquido pleural, osso, líquido sinovial, líquido de vesícula cutânea e lentamente, no líquido cefalorraquidiano. A
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teicoplanina apresenta ligação às proteínas plasmáticas de 90 a 95%, sendo a ligação de fraca afinidade. A biotransformação é
pequena (aproximadamente 3%), sendo aproximadamente 80% do fármaco administrado eliminado na urina, quando administrado
por via parenteral. A depuração renal após a administração IV de 3 a 6 mg/kg é de 10,4 a 12,1 mL/h/kg.
Teiconin®
é contraindicado em pacientes com histórico de hipersensibilidade a teicoplanina.
Foram relatados casos de toxicidade hematológica, auditiva, hepática e renal com teicoplanina. Portanto, recomenda-se monitorar as
funções auditiva, hematológica, hepática e renal, particularmente em pacientes com insuficiência renal, pacientes sob tratamento
prolongado e aqueles pacientes que necessitam de uso concomitante de fármacos que possam ter efeitos ototóxicos e nefrotóxicos
(vide Interações Medicamentosas). Da mesma forma que com outros antibióticos, o uso de teicoplanina, especialmente se
prolongado, pode resultar em supercrescimento de microrganismos resistentes. É essencial a avaliação repetida da condição do
paciente. Caso ocorra superinfecção durante a terapia, devem ser tomadas medidas apropriadas.
Trombocitopenia
Trombocitopenia foi relatada com o uso de teicoplanina. Exames sanguíneos periódicos são recomendados durante o tratamento,
incluindo hemograma completo. A eficácia e segurança da administração de teicoplanina pelas vias intratecal/intralombar e
intraventricular não foram estudadas em estudos clínicos controlados. Entretanto, foi relatado caso de toxicidade, incluindo
convulsões, com o uso intraventricular de teicoplanina. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a
administração deve ser somente por via intravenosa ou intramuscular.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Teicoplanina pode causar efeitos adversos, tais como cefaleia e tonturas. A habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas pode
ser afetada. Paciente experimentando estes eventos adversos não devem dirigir veículos ou operar máquinas.
Gravidez e Lactação
Embora os estudos de reprodução animal não tenham revelado evidência de alteração da fertilidade ou efeitos teratogênicos,
teicoplanina não deve ser utilizado durante a gravidez confirmada ou suposta ou durante a lactação, a menos que, a critério médico,
os benefícios potenciais superem os possíveis riscos. Não se tem informação sobre a excreção de teicoplanina no leite materno ou
sobre a transferência placentária do fármaco.
Categoria de risco na gravidez: B
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Sensibilidade cruzada
O produto deve ser administrado com cuidado a pacientes com histórico de hipersensibilidade a vancomicina, pois pode haver
hipersensibilidade cruzada. Entretanto, um antecedente de “síndrome do homem vermelho” atribuído a vancomicina, não se
Os estudos em animais não evidenciaram interação com diazepam, tiopental, morfina, bloqueadores neuromusculares ou halotano.
Devido ao potencial de aumento de efeitos adversos, Teiconin®
deve ser administrado com cuidado em pacientes sob tratamento
concomitante com fármacos nefrotóxicos ou ototóxicos, tais como aminoglicosídeos, anfotericina B, ciclosporina, furosemida e
ácido etacrínico. As soluções de teicoplanina e aminoglicosídeos são incompatíveis quando misturadas, portanto não devem ser
misturadas antes da injeção.
Teiconin®
deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), proteger da luz. Para os cuidados de armazenamento após
reconstituição (vide Posologia e Modo de Usar).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Instruções para preparação da injeção:
RECONSTITUIÇÃO
Teiconin® 200mg 3 mL Água para injeção
Teiconin® 400mg 3 mL Água para injeção
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Adicione lentamente 3 mL de água para injeção ao frasco- ampola e role-o lentamente entre as mãos, até que o pó
esteja completamente dissolvido, tomando-se o cuidado de evitar a formação de espuma.
É IMPORTANTE ASSEGURAR QUE TODO O PÓ ESTEJA DISSOLVIDO, MESMO AQUELE QUE ESTIVER
PERTO DA TAMPA.
A agitação da solução pode causar a formação de espuma, a qual torna difícil recuperar o volume desejado. Entretanto, se todo o pó
estiver completamente dissolvido, a espuma não altera a concentração da solução. Se a solução ficar espumosa, o frasco deve ficar
em repouso por aproximadamente 15 minutos. Retire a solução lentamente do frasco-ampola, tentando recuperar a maior parte da
solução colocando a agulha na parte central da tampa de borracha. É importante que a solução seja corretamente preparada e
cuidadosamente colocada na seringa, pois, caso contrário, pode levar a administração de uma dose menor que a dose total. A
solução final é isotônica e tem pH de 7,2 a 7,8. A solução é estável por 48 horas á temperatura ambiente ou por 21 dias a 5°C sem
perda da potência. Entretanto, a boa prática farmacêutica recomenda que as soluções reconstituídas sejam utilizadas imediatamente e
a porção não utilizada descartada. Quando as circunstâncias tornam isto impraticável, os frascos reconstituídos e misturas de
líquidos para a infusão devem ser mantidos refrigerados (5°C) e descartados dentro de 24 horas. As soluções reconstituídas podem
ser injetadas diretamente ou diluídas alternativamente, como se segue:
DILUENTES
CONCENTRAÇÃO FINAL
DE TEICOPLANINA
CONDIÇÕES DE
ARMAZENAMENTO
ESTABILIDADE
Cloreto de sódio para injeção
a 0,9%
200mg/100mL
4°C, 25°C
Até 48 horas
7 dias (armazenado em balão
volumétrico)
Ringer 200mg/100mL 30°C, 37°C Até 48 horas
Ringer Lactato (Hartmans)
200mg/500mL
37°C
Até 7 dias
Dextrose 5% 200mg/mL 5°C, 30°C 48 horas (30°C)
Glicose 10% 400mg, 800mg, 1200mg/mL 25°C
7 dias (5°C)
24 horas
Cloreto de sódio a 0,18% e
Glicose a 4% para injeção
200mg/100mL 4°C, 25°C 7 dias
Cloreto de sódio a 0,45% e
Dextrose a 5%
200mg/100mL 30°C Até 48 horas
Glicose a 1,36% ou 3,86%
para diálise peritoneal
200mg/2 litros 4°C, 25°C Até 4 semanas
Cloreto de sódio a 0,9% e
Heparina (4.000 a 8.000
unidades/200mL)
400mg/200mL 25°C 24 horas
Dextrose a 5% e Heparina
(4.000 a 8.000
Expansor de Plasma
gelofusine
400mg/300mL Temperatura ambiente 72 horas
Haemaccel expansor de
plasma
Incompatibilidades
As soluções de teicoplanina e aminoglicosídeos são incompatíveis quando misturadas diretamente e não devem ser misturadas antes
da injeção.
Modo de administração: Teiconin®
pode ser administrado por via intravenosa (IV) ou intramuscular (IM). A administração IV
pode ser feita diretamente por injeção (3 - 5 minutos) ou através de infusão, (30 minutos). A dose diária é geralmente única,
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entretanto, em infecções graves, recomenda-se uma dose de ataque a intervalos de 12 horas para as 3 primeiras doses podendo se
estender por até 4 dias (8 doses iniciais), dependendo da gravidade da infecção. A maioria dos pacientes com infecções causadas por
microrganismos sensíveis ao antibiótico apresenta resposta terapêutica dentro das primeiras 48-72 horas. A duração total do
tratamento é determinada pelo tipo e gravidade da infecção e resposta clínica do paciente. Em endocardite e osteomielite,
recomenda-se tratamento por 3 semanas ou mais. Somente o método de administração infusão IV pode ser usado em recém-
nascidos. A gravidade da doença e o local da infecção devem ser considerados na determinação das doses de teicoplanina.
Posologia
Adultos:
Para infecções por Gram-positivos em geral:
- Dose de ataque: 3 doses de 400 mg IV a cada 12 horas;
- Dose de manutenção: 400 mg IV ou IM uma vez ao dia.
Em casos de septicemia, infecções ósteo-articulares, endocardites, pneumonias graves e outras infecções graves causadas por
organismos Gram-positivo em geral:
- Dose de ataque: 400 mg a cada 12 horas via IV para as 3 primeiras doses podendo se estender por até 4 dias (8 doses iniciais),
dependendo da gravidade da infecção
- Dose de manutenção: 400 mg IV ou IM uma vez ao dia;
A dose padrão de 400 mg corresponde a aproximadamente 6 mg/kg. Em pacientes com mais de 85 kg, deve-se utilizar a dose de 6
mg/kg. Podem ser necessárias doses maiores em algumas situações clínicas. Em algumas situações, tais como em pacientes com
queimaduras graves infectadas ou endocardite causada por Staphylococcus aureus, pode ser necessária dose de manutenção de até
12 mg/kg por via IV. No caso de endocardite causada por S.aureus, foram obtidos resultados satisfatórios quando teicoplanina foi
administrado junto com outros antibióticos. A eficácia da monoterapia com teicoplanina para esta indicação ainda está sendo
investigada. Quando as concentrações séricas de teicoplanina são monitoradas em infecções graves, os níveis (imediatamente antes
da dose subsequente) devem ser equivalentes a 10 vezes a CIM (concentração inibitória mínima) ou pelo menos, 10 mg/L, podendo
ser de 15 a 20 mg/L dependendo da gravidade da infecção.
Terapia combinada: Quando a infecção requer atividade bactericida máxima, recomenda-se a combinação com um agente
bactericida apropriado (ex: em endocardite estafilocócica) ou quando infecções mistas com patógenos Gram-negativos não podem
ser excluídas (ex: terapia empírica de febre em pacientes neutropênicos).
Profilaxia de endocardite por Gram-positivos em cirurgia dental e em pacientes com doença valvular: uma administração
intravenosa de 400 mg (6 mg/kg) no momento da indução anestésica.
Profilaxia de infecções por Gram-positivos em cirurgia ortopédica e vascular: uma dose IV de 400 mg (ou 6 mg/kg se >85 kg)
no momento da indução anestésica.
Diarreia causada por Clostridium difficile associada a antibióticos: Após reconstituição do pó do frasco-ampola, a solução deve
ser administrada como solução oral (a solução não tem gosto). A dose usual é de 200 mg por via oral, duas vezes ao dia durante 7 a
14 dias. A eficácia e segurança da administração de teicoplanina pelas vias intratecal/intralombar e intraventricular não foram
estudadas em estudos clínicos controlados. Entretanto, foi relatado caso de toxicidade, incluindo convulsões, com o uso
intraventricular de teicoplanina. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser
somente por via intravenosa ou intramuscular.
Populações Especiais
Idosos: Igual à dose dos adultos (se a função renal estiver gravemente comprometida, devem-se seguir as instruções para pacientes
com função renal comprometida).
Crianças acima de 2 meses de idade até 16 anos: Para as infecções por Gram-positivos em geral: a dose recomendada é de 10
mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas para as 3 primeiras doses (doses de ataque); as doses diárias subsequentes devem ser de 6
mg/kg em injeção única intravenosa ou intramuscular (doses de manutenção). Em infecções graves por microrganismos Gram-
positivos ou em crianças neutropênicas: a dose de ataque recomendada é de 10 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas para as 3
primeiras doses; as doses diárias subsequentes de manutenção devem ser de 10 mg/kg em única injeção intravenosa ou
intramuscular.
Recém nascidos menores de dois meses: recomenda-se administrar dose única de ataque de 16 mg/kg por via intravenosa no
primeiro dia; as doses diárias de manutenção subsequentes devem ser de 8 mg/kg por via intravenosa. Recomenda-se administrar as
doses por infusão intravenosa por 30 minutos.
Pacientes com insuficiência renal: Em pacientes com insuficiência renal, a diminuição da dose não é necessária até o quarto dia de
tratamento, após este período a dose deve ser ajustada para manter uma concentração sérica de pelo menos 10 mg/L. A partir do
quinto dia, deve-se seguir o seguinte esquema:
- Insuficiência renal moderada, com depuração de creatinina de 40 a 60 mL/min, a dose de manutenção deverá ser diminuída para a
metade (utilizando a dose usual de manutenção a cada dois dias ou a metade desta dose uma vez ao
dia).
4005084-9 Texto de bula - Teiconin 8
- Em insuficiência renal grave, com depuração de creatinina menor que 40 mL/min e em pacientes sob hemodiálise, a dose de
manutenção deve ser reduzida para um terço da usual (utilizando esta dose a cada três dias ou um terço da dose uma vez ao dia). A
teicoplanina não é dialisável.
Diálise peritoneal ambulatorial contínua para peritonite: após dose única de ataque de 400 mg IV, são administrados 20 mg/L
por bolsa na 1ª semana, 20 mg/L em bolsas alternadas na 2ª semana, e 20 mg/L na bolsa que permanece durante a noite na 3ª
semana.
Reação muito comum (> 1/10); Reação comum (> 1/100 e ≤1/10) ; Reação incomum (> 1/1.000 e ≤1/100 ) ; Reação rara (>
1/10.000 e ≤1/1.000) ; Reação muito rara (≤ 1/10.000). Teiconin®
geralmente é bem tolerado. As reações adversas conhecidas
raramente requerem interrupção do tratamento e geralmente são de caráter leve e transitório. As reações adversas graves são raras.
As seguintes reações foram relatadas:
Reações locais: eritema, dor local, tromboflebite e abscesso no local da injeção intramuscular.
Reações alérgicas: erupção cutânea, prurido, febre, rigidez, broncoespasmo, reações anafiláticas, choque anafilático urticária,
angioedema e raros casos de dermatite esfoliativa, necrólise epidérmica tóxica, eritema multiforme incluindo a síndrome de Stevens-
Johnson. Além disso, foram relatadas reações relacionadas às infusões, tais como eritema ou rubor do tronco. Estes eventos
ocorreram sem histórico prévio de exposição à teicoplanina e não voltaram a ocorrer na reexposição com a velocidade da infusão
mais lenta e/ou a diminuição da concentração. Estes eventos não foram específicos para qualquer concentração ou velocidade de
infusão.
Reações gastrintestinais: náusea, vômitos, diarreia.
Reações sanguíneas: eosinofilia, leucopenia, neutropenia, trombocitopenia, e raros casos de agranulocitose reversível.
Função hepática: aumento das transaminases séricas e/ou fosfatase alcalina sérica.
Função renal: elevação da creatinina sérica, insuficiência renal.
SNC: tontura e cefaleia. Convulsões podem ocorrer com a administração intraventricular.
Auditiva/vestibulares: Nestes casos, o efeito causal não foi estabelecido entre a utilização da teicoplanina e a perda auditiva, tinido
e distúrbios vestibulares. A ototoxicidade da teicoplanina é inferior a da vancomicina.
Outros: superinfecção (supercrescimento de organismos não suscetíveis).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.