Bula do Tenoxicam para o Profissional

Bula do Tenoxicam produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Tenoxicam
Eurofarma Laboratórios S.a. - Profissional

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BULA COMPLETA DO TENOXICAM PARA O PROFISSIONAL

Tenoxicam

Bula para profissional da saúde

Pó liofilizado para solução injetável

20 MG e 40 MG

Tenoxicam_po_liof_V2_VPS VERSÃO 02 DA RDC 47 - Esta versão altera a VERSÂO 01

tenoxicam

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.

FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES:

Embalagem com 50 frascos-ampolas contendo 20 ou 40 mg de tenoxicam acompanhados de 50 ampolas de

diluente contendo 2 mL de água para injetáveis.

USO INTRAVENOSO OU INTRAMUSCULAR

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO:

Cada frasco-ampola de tenoxicam 20 mg contém:

tenoxicam.........................................................................................................................................................20 mg

Excipientes* q.s.p. ...........................................................................................................................1 frasco-ampola

*Excipientes: fosfato de sódio dibásico, fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio tribásico

duodecaidratado e manitol

Cada frasco-ampola de tenoxicam 40 mg contém:

tenoxicam.........................................................................................................................................................40 mg

Excipientes** q.s.p. .........................................................................................................................1 frasco-ampola

**Excipientes: fosfato de sódio dibásico, fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio tribásico

duodecaidratado, manitol e povidona.

Cada ampola de solução diluente contém:

água para injetáveis........................................................................................................................................... 2 mL

INFORMAÇÕES AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Tenoxicam está indicado para o tratamento inicial das seguintes doenças inflamatórias e degenerativas, dolorosas

do sistema músculoesquelético:

- artrite reumatóide;

- artrose;

- espondilite anquilosante;

- afecções extra-articulares, como por exemplo, tendinite sem outra especificação, bursite, periartrite dos

ombros (síndrome ombro-mão), ou dos quadris; distensões ligamentares e entorses;

- gota aguda;

- dor pós operatória.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Diversos estudos demonstraram a eficácia de tenoxicam no controle da dor pós-operatória e no alívio de

sintomas associados a artropatias e tendinopatias inflamatórias.

Dor pós-operatória

Merry e cols. avaliaram a eficácia de tenoxicam em dose única intravenosa no pós-operatório de toracotomia.

Quarenta e cinco pacientes foram randomizados para receber placebo, ou uma dose única intravenosa de

tenoxicam 20 mg ou 40 mg no momento do fechamento da parede torácica. Os pacientes tratados com tenoxicam

Tenoxicam_po_liof_V2_VPS VERSÃO 02 DA RDC 47 - Esta versão altera a VERSÂO 01

apresentaram maior analgesia nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas, mensurada mediante escala visual de 100

mm (tenoxicam 20 mg, 17,4±14,8 mm; tenoxicam 40 mg, 16,5±13,3 mm; placebo, 25,8±12,5 mm [p < 0,05]).

Não se observaram diferenças entre os grupos, em termos de incidência de eventos adversos como náuseas,

vômitos, hemorragias, ou elevação da creatinina1

Elhakim e cols. avaliaram os efeitos de uma dose única intravenosa de tenoxicam no alívio da dor, após a

cesárea, num estudo controlado. Vinte e cinco pacientes receberam 20 mg de tenoxicam em dose única

administrada por via intravenosa no momento da indução anestésica, enquanto outras 25 (vinte e cinco)

pacientes não receberam o anti-inflamatório e serviram como grupo controle. Observou-se redução de 50% no

consumo de opioide nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas, pós-cesárea, nas pacientes tratadas com tenoxicam,

em comparação com o grupo controle. O tempo médio para a primeira solicitação de analgesia aumentou de 25

(vinte e cinco) para 110 (cento e dez) minutos no grupo tenoxicam. Não se observaram diferenças entre os

grupos em relação à incidência de náuseas e vômitos, sangramento e relaxamento uterino, e escore de Apgar dos

recém-nascidos, que também não apresentaram evidências de fechamento prematuro do canal arterioso, ou

hipertensão pulmonar

.

2

Artrite reumatoide, espondilite anquilosante, osteoatrite e gota

Atkinson e cols. compararam o tenoxicam (20 mg ao dia, por via oral) com o piroxicam (20 mg ao dia, por via

oral), em 102 (cento e dois) pacientes, com artrite reumatoide que participaram de um estudo multicêntrico. A

eficácia anti-inflamatória das duas medicações foi equivalente, bem como a incidência de eventos adversos. Seis

pacientes abandoram o estudo por eventos adversos gastrointestinais, três em cada grupo. Os autores concluíram

pela equivalência entre o tenoxicam e o piroxicam, em termos de eficácia e segurança nos pacientes com artrite

reumatoide3

Um grande estudo duplo-cego, multicêntrico e comparativo com piroxicam, com n=1.328, foi conduzido por

Simpson e cols. para investigar a eficácia e segurança do tenoxicam em pacientes, com artrite reumatoide. Os

dois anti-inflamatórios não hormonais promoveram alívio dos sintomas de forma equivalente. A tolerabilidade

também foi semelhante entre os grupos, embora tivessem ocorrido mais eventos gastrointestinais graves, nos

pacientes tratados com piroxicam

4

Uma meta-análise, envolvendo 29 (vinte e nove) estudos realizados no Brasil e Argentina, concluiu pela eficácia

e segurança do tenoxicam. Estes estudos totalizaram 747 (setecentos e quarenta e sete) pacientes com artropatias

inflamatórias e degenerativas, além de afecções extra-articulares (270 (duzentos e setenta) com artrite

reumatoide; 190 (cento e noventa) com osteoartrite do quadril, ou joelho; 250 (duzentos e cinquenta) com

inflamações extra-articulares; 37 (trinta e sete) com gota úrica). Dos pacientes avaliados, 507 (quinhentos e sete)

receberam tenoxicam (76% dos quais utilizaram dose diária de 20 mg) e 240 (duzentos e quarenta) foram

tratados com outros anti-inflamatórios não hormonais em doses equivalentes, em potência ao tenoxicam. Os

resultados mostraram eficácia do tenoxicam, constatada pela melhora dos parâmetros de dor e limitação à

mobilização durante o tratamento, e equivalência em comparação com outros anti-inflamatórios. A tolerabilidade

do tenoxicam foi considerada excelente

5

Um estudo duplo-cego, randomizado e controlado comparou o tenoxicam (20 mg ao dia, por via oral) com o

aceclofenaco (100 mg duas vezes ao dia, por via oral), em 273 (duzentos e setenta e três) pacientes com

espondilite ancilosante, acompanhados, durante 3 (três) meses. Das oito variáveis estudadas (rigidez matinal, dor

articular, uso de paracetamol, teste de Schober modificado, distância entre a vértebra C7 e a crista ilíaca, flexão

lateral da coluna, expansão torácica e distância entre o occipício e a parede), 7 (sete) melhoraram com o

tratamento com tenoxicam ou aceclofenaco, sem diferenças estatísticas entre os grupos. A descontinuação por

falta de eficácia foi semelhante entre os dois grupos (6% para aceclofenaco e 5% para tenoxicam), bem como a

incidência e descontinuação por eventos adversos (42 (quarenta e dois) eventos adversos para aceclofenaco e 37

(trinta e sete) para tenoxicam; 2,2% de descontinuação por evento adverso para aceclofenaco e 1,4% para

tenoxicam). Os autores concluíram pela equivalência entre aceclofenaco e tenoxicam para o tratamento da

espondilite anquilosante

6

Um estudo aberto avaliou a eficácia do tenoxicam no tratamento da crise de gota. Vinte e nove pacientes com

crise aguda de gota úrica foram tratados com uma dose inicial de 40 mg de tenoxicam seguida por 20 mg ao dia

durante 5 (cinco) dias. A tolerabilidade foi excelente (nenhum caso de descontinuação por evento adverso), e a

taxa de resposta foi de 79%

7

Afecções inflamatórias extra-articulares

Fiszman e cols. randomizaram 100 (cem) pacientes com tendinites, ou bursites agudas para tratamento, durante

15 (quinze) dias com tenoxicam (20 mg por dia, por via oral), ou piroxicam (20 mg por dia, por via oral). A

avaliação no 3o

e 7o

dias de tratamento incluiu variáveis como: dor em repouso, sensibilidade, dor em

movimento, edema e limitação funcional. A eficácia foi equivalente nos dois grupos, considerada excelente em

84% dos pacientes de cada grupo, moderada em 12% do grupo tenoxicam e 8% do grupo piroxicam e ruim em

4% do grupo tenoxicam e 8% do grupo piroxicam. A tolerabilidade também foi semelhante entre os grupos8

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Tenoxicam pertence à classe dos anti-inflamatórios não esteroides e apresenta propriedades anti-inflamatórias,

analgésicas e também inibidoras da agregação plaquetária.

• Farmacodinâmica

O tenoxicam inibe a biossíntese das prostaglandinas, tanto “in vitro” (vesículas seminais de carneiro), como “in

vivo” (proteção da toxicidade ao ácido araquidônico induzida em camundongos). Testes realizados “in vitro”

com peroxidase de leucócitos sugerem que o tenoxicam pode neutralizar o oxigênio ativo produzido no local da

inflamação. Tenoxicam é um potente inibidor “in vitro” das metaloproteinases humanas (estromelisina e

colagenase) que induzem o catabolismo da cartilagem.

Estes efeitos farmacológicos explicam, pelo menos em parte, a eficácia do tenoxicam no tratamento das doenças

inflamatórias e degenerativas dolorosas do sistema músculo-esquelético. Em animais, o tenoxicam não revelou

qualquer efeito mutagênico, carcinogênico, ou teratogênico.

Como ocorre com outros inibidores das prostaglandinas, estudos toxicológicos em animais revelaram efeitos

renais e gastrintestinais, aumento da incidência de distócias e prolongamento da gestação.

• Farmacocinética

A biodisponibilidade do tenoxicam após administração intramuscular é total, sendo idêntica à obtida após

administração oral. Após a administração intramuscular, tenoxicam alcança concentrações plasmáticas máximas

equivalentes a 90%, ou mais em 15 (quinze) minutos, após a dose.

DISTRIBUIÇÃO - Após administração intravenosa de 20 mg de tenoxicam, os níveis plasmáticos da droga

diminuem rapidamente durante as primeiras duas horas, devido principalmente ao processo de distribuição. Após

este curto período, não se observa diferença nas concentrações plasmáticas, entre a administração intravenosa e

oral. O volume médio de distribuição é de 10-20 L.

A taxa de ligação a albuminas plasmáticas é de 99%. Tenoxicam apresenta boa penetração no líquido sinovial.

Concentrações plasmáticas máximas são atingidas dentro de 10 (dez) a 15 (quinze) dias, sem acumulação

imprevista. A concentração média em estado de equilíbrio dinâmico é de 10 mg/mL quando o tenoxicam é

administrado em doses de 20 mg uma vez ao dia, não se modificando mesmo em tratamento de até quatro anos

de duração. Os dados obtidos em estudos com dose única de tenoxicam mostram que cerca de 0,2% da dose de

tenoxicam administrada a lactantes é excretada no leite materno.

METABOLISMO E ELIMINAÇÃO - A meia-vida de eliminação do tenoxicam é de 72 (setenta e duas) horas

(valores extremos: 42-98 horas). A depuração plasmática total é de 2 mL/min. O tenoxicam é excretado após

biotransformação virtualmente completa, em metabólitos farmacologicamente inativos. Até dois terços da dose

oral administrada, são excretados na urina (principalmente sob forma do metabólito inativo 5-hidroxipiridil) e o

restante pela bile (quantidade importante sob a forma de glicuronoconjugados). A farmacocinética do tenoxicam

é linear em doses de 20 a 200 mg (independentemente da dose).

FARMACOCINÉTICA EM SITUAÇÕES CLÍNICAS ESPECIAIS

Estudos em pacientes idosos, ou com insuficiência renal (clearance da creatinina 12 a 131 mL/min), ou cirrose

hepática sugerem que não é necessário qualquer ajuste na posologia, para se obterem concentrações plasmáticas

semelhantes às observadas em indivíduos saudáveis. Pacientes idosos e com doenças reumáticas apresentam o

mesmo perfil cinético que indivíduos saudáveis. Devido à elevada taxa de ligação proteica do tenoxicam, é

necessário precaução quando os níveis de albuminas plasmáticas estiverem muito reduzidos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Tenoxicam não deve ser administrado nos seguintes casos:

- pacientes com reconhecida hipersensibilidade ao tenoxicam;

- pacientes nos quais os salicilatos, ou outros anti-inflamatórios não esteróides tenham induzido sintomas de

asma, rinite, ou urticária;

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- Pacientes que sofram, ou que sofreram de doenças graves do trato gastrintestinal superior, incluindo gastrite,

úlcera duodenal e gástrica.

Este medicamento é contraindicado para menores de 18 (dezoito) anos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Os anti-inflamatórios não esteroides inibem a síntese renal das prostaglandinas e podem, portanto, determinar

reações indesejáveis sobre a hemodinâmica renal e sobre o equilíbrio hidrossódico. Por este motivo, é importante

controlar adequadamente as funções cardíaca e renal (BUN, creatinina, aparecimento de edemas, aumento de

peso, etc.) quando da administração de tenoxicam a pacientes com risco em potencial de desenvolver

insuficiência renal, tais como: insuficiência renal crônica, portadores de transtornos glomerulares no diabetes

mellitus, insuficiência hepática crônica, insuficiência cardíaca congestiva, hipovolemia, uso concomitante de

medicamentos com conhecido potencial nefrotóxico, diuréticos e corticosteroides. Este grupo de pacientes é

considerado de alto risco no pré e pós-operatório de grandes cirurgias, devido à possibilidade de risco aumentado

de sangramento. Por esta razão, estes pacientes necessitam de um acompanhamento especial durante o período

pós-operatório e de convalescença. Tenoxicam inibe a agregação plaquetária e pode ocasionar perturbação na

hemostasia. Tenoxicam não apresenta influência significativa sobre os fatores de coagulação sanguínea, tempo

de coagulação, tempo de protrombina, ou tempo de tromboplastina ativado. Portanto, pacientes com distúrbios

da coagulação, ou que estejam recebendo medicamentos que possam interferir com a hemostasia devem ser

cuidadosamente observados quando do uso do tenoxicam.

Pacientes em tratamento com tenoxicam que apresentem sintomas de doenças gastrintestinais devem ser

cuidadosamente monitorados. O tratamento com tenoxicam deve ser imediatamente suspenso caso se observe

ulceração péptica e sangramento gastrintestinal. Caso ocorram reações cutâneas graves (por ex.: Síndrome de

Lyell ou Síndrome de Stevens-Johnson) o tratamento deve ser imediatamente suspenso. Recomenda-se exame

oftalmológico em pacientes que desenvolvam distúrbios visuais, uma vez que foram relatados efeitos adversos

oftalmológicos com o uso do tenoxicam. Devido à acentuada ligação do tenoxicam a proteínas plasmáticas,

recomenda-se cautela quando os níveis de albumina plasmática estiverem muito abaixo do normal. Como ocorre

com os demais anti-inflamatórios não esteroides, tenoxicam pode mascarar os sintomas usuais de infecção.

USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO

Embora não tenham sido observados efeitos teratogênicos nos estudos com animais, não existem dados sobre a

segurança do tenoxicam durante a gravidez. Os anti-inflamatórios não esteroides apresentam um efeito inibidor

sobre a síntese da prostaglandina e, quando administrados durante os últimos meses de gestação, podem

ocasionar obliteração do canal arterial no feto. Quando administrados a termo, prolongam o trabalho de

parturição. O tratamento crônico durante o último trimestre da gravidez deve ser evitado.

Dados obtidos após administração de uma única dose mostram que uma quantidade muito pequena (cerca de

0,2%) de tenoxicam passa para o leite materno. Até o momento, não se dispõe de dados referentes a reações

adversas em lactantes, ou em mulheres que amamentam, em uso de tenoxicam; porém, não se pode excluir esta

possibilidade. Por esta razão, deve-se suspender o aleitamento, ou o tratamento com tenoxicam.

Categoria D de risco na gravidez: O fármaco demonstrou evidências positivas de risco fetal humano; no entanto,

os benefícios potenciais para a mulher podem, eventualmente, justificar o risco, como por exemplo, em casos de

doenças graves, ou que ameaçam a vida, e para as quais não existam outras drogas mais seguras.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação médica.

EFEITOS SOBRE A HABILIDADE DE DIRIGIR VEÍCULOS E/OU OPERAR MÁQUINAS

Durante o tratamento com tenoxicam, os pacientes que apresentarem reações adversas tais como vertigens,

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Como ocorre com outros anti-inflamatórios não esteroides, o salicilato desloca o tenoxicam dos pontos de

ligação a proteínas, aumentando assim a eliminação e o volume de distribuição do tenoxicam. O tratamento

concomitante com salicilato, ou outros anti-inflamatórios não esteroides deve ser evitado devido ao risco

aumentado de reações adversas gastrintestinais. A administração concomitante de alguns anti-inflamatórios não

esteroides e metotrexato tem sido associada a uma redução da secreção tubular renal do metotrexato, a um

aumento das concentrações plasmáticas do metotrexato, bem como a uma toxicidade grave desta mesma

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substância. Portanto, recomenda-se cautela quando agentes anti-inflamatórios não esteroides, como o tenoxicam,

são administrados concomitantemente com o metotrexato. Não se observou interação clinicamente relevante

num pequeno número de pacientes que receberam tratamento concomitante com sais de ouro, penicilamina, ou

probenecida. Uma vez que o tenoxicam pode diminuir a clearance renal do lítio, a administração concomitante

destas duas substâncias pode ocasionar um aumento das taxas plasmáticas e da toxicidade do lítio. Os níveis

plasmáticos de lítio devem ser cuidadosamente monitorados. Como ocorre com outros agentes anti-inflamatórios

não esteroides em geral, tenoxicam não deve ser administrado concomitantemente com diuréticos poupadores de

potássio. Sabe-se que existe uma interação dessas duas classes de compostos que pode causar hipercalcemia e

insuficiência renal.

Não foi observada interação clinicamente significativa do tenoxicam com a furosemida; porém, o tenoxicam

atenua o efeito da hidroclorotiazida na redução da pressão sanguínea. Como ocorre com outros agentes anti-

inflamatórios não esteroides, o tenoxicam pode reduzir o efeito anti-hipertensivo dos bloqueadores alfa-

adrenérgicos e dos inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA). Não foram relatadas interações dos

agentes anti-inflamatórios não esteroides e agentes alfaadrenérgicos de ação central, ou de bloqueadores do canal

de cálcio. Não se observaram interações clinicamente relevantes, quando o tenoxicam foi administrado

concomitantemente com atenolol. Durante os estudos clínicos, não foram relatados casos de interação em

pacientes tratados concomitantemente com digitálicos. Portanto, a administração simultânea de tenoxicam e de

digoxina parece não comportar maiores riscos.

Nas doses recomendadas, não se observou interação na administração do tenoxicam com antiácidos, cimetidina,

varfarina e femprocumona. O efeito clínico dos hipoglicemiantes orais (por ex.: glibornurida, glibenclamida e

tolbutamida) não foi modificado pelo tenoxicam. Nada obstante, recomenda-se controlar cuidadosamente

pacientes que estiverem recebendo concomitantemente anticoagulantes, ou hipoglicemiantes orais.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da luz e umidade.

Este medicamento apresenta um prazo de validade de 24 meses.

Características do medicamento: Antes da reconstituição, tenoxicam apresenta-se como uma massa amarela,

isento de partículas estranhas.

Após reconstituição com a solução diluente que acompanha o produto, o medicamento torna-se uma solução

límpida, amarela isenta de partículas.

Características do diluente: líquido límpido, incolor, isento de partículas.

Após preparo, este medicamento deve ser utilizado imediatamente.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Posologia:

Posologia habitual - Para todas as indicações, exceto na dor pós-operatória e gota aguda, recomenda-se 20 mg

uma vez ao dia. Na dor pós-operatória, a dose recomendada é de 40 mg, uma vez ao dia, durante 5 (cinco) dias e,

nas crises agudas de gota, a dose recomendada é de 40 mg uma vez ao dia, durante 2 (dois) dias e, em seguida,

20 mg diários durante os próximos 5(cinco) dias. Quando indicado, o tratamento pode ser iniciado por via

intramuscular, ou intravenosa uma vez ao dia, durante 1 (um) a 2 (dois) dias e continuado por via oral, ou retal.

Em casos de doenças crônicas, o efeito terapêutico do tenoxicam manifesta-se logo após o início do tratamento;

porém, a resposta aumenta progressivamente, no decorrer do tratamento. Em casos de doenças crônicas, nas

quais é necessário o tratamento por longo prazo, doses superiores a 20 mg devem ser evitadas, pois isto

aumentaria a incidência e a intensidade das reações adversas sem um aumento significativo da eficácia. Para

estes pacientes, pode-se tentar reduzir a dose diária de manutenção para 10 mg.

Tenoxicam_po_liof_V2_VPS VERSÃO 02 DA RDC 47 - Esta versão altera a VERSÂO 01

Instruções posológicas especiais - Em princípio, a posologia anteriormente recomendada, aplica-se também aos

idosos e a pacientes com doença renal, ou hepática (vide “Precauções e Advertências”). Devido à falta de

experimentação clínica, ainda não foi estabelecida a posologia para crianças e adolescentes.

Modo de Uso

Ao conteúdo do frasco-ampola de tenoxicam, deve-se adicionar todo o conteúdo da ampola de diluente (2 mL de

água para injetáveis). A solução obtida deve ser imediatamente utilizada, por via intramuscular, ou intravenosa.

Tenoxicam não é recomendado para administração por infusão.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Com base em estudos clínicos que incluíram um grande número de pacientes, tenoxicam foi geralmente bem

tolerado na dose recomendada. Em geral, as reações adversas relatadas foram brandas e transitórias. Somente em

uma pequena proporção de pacientes, foi necessário interromper o tratamento devido a reações adversas.

A tolerância local do tenoxicam, quando administrado por via parenteral, foi boa.

Foram observadas as seguintes reações adversas:

Reação comum (> 1/100 e < 1/10), maior que 1% e menor que 10%

- Trato gastrintestinal: desconforto gástrico, epigástrico e abdominal, dispepsia, pirose e náusea;

- Sistema nervoso central: vertigem e cefaleia.

Reação incomum (Infrequente)( > 1/1.000 e < 1/100 ), maior que 0,1% e menor 1%

- Trato gastrintestinal: constipação; diarréia; estomatite; gastrite; vômitos; sangramento gastrintestinal;

úlceras; melena.

- Sistema nervoso central: fadiga; distúrbios do sono; perda do apetite; secura na boca; vertigem.

- Pele: prurido; eritema exantema, erupção cutânea (“rash”).

- Trato urinário e sistema renal: aumento de creatinina; edema.

- Tratos hepáticos e biliares: hiperbilirrubinemia [icterícia não-especificada]; atividade enzimática hepática

aumentada [aumento dos níveis de transaminases e da desidrogenase lática (DHL)].

- Sistema cardiovascular: palpitações.

Reação muito rara (< 1/10.000), menor que 0,01%

- Trato gastrintestinal: úlcera gastroduodenal com perfuração; hematêmese.

- Sistema nervoso central: distúrbios visuais.

- Pele: síndrome de Lyell; síndrome de Stevens-Johnson; reação de fotossensibilidade.

- Sangue: anemia; redução de hemoglobina; agranulocitose; leucopenia; trombocitopenia secundária.

- Reações de hipersensibilidade: dispneia; asma; anafilaxia; angioedema.

- Sistema cardiovascular: pressão sanguínea elevada [valor elevado da pressão arterial, sem o diagnóstico de

hipertensão], principalmente em pacientes, com medicação cardiovascular concomitante.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.