Bula do Tensuril produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
Tensuril
diazóxido
Solução Injetável 15 mg/mL
Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda.
MODELO DE BULA PARA O PACIENTE
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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
TENSURIL
APRESENTAÇÃO
Solução injetável 15 mg/mL.
Cartucho com 1 ampola de 20 mL contendo 300 mg de diazóxido.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
Composição:
Cada mL contém:
diazóxido ............................................................................................. 15 mg
veículo estéril q.s.p. ............................................................................... 1 mL
(Veículo estéril: propilenoglicol, hidróxido de sódio e água para injetáveis)
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
TENSURIL é uma solução injetável para uso exclusivo intravenoso indicado para o uso por curto prazo na
redução emergencial da pressão arterial na hipertensão grave, não maligna e maligna de pacientes adultos
hospitalizados; na hipertensão aguda grave de crianças hospitalizadas e que necessitam de rápida e urgente
diminuição da pressão diastólica.
O tratamento com agentes anti-hipertensivos orais somente deve ser instituído após a estabilização da
pressão arterial. O uso de TENSURIL por mais de 10 dias não é recomendado.
O TENSURIL injetável não é eficaz contra a hipertensão devida ao feocromocitoma.
O diazóxido é um benzotiadiazínico não-diurético, que reduz rapidamente a pressão arterial no homem, por
relaxamento da musculatura lisa da arteríola periférica. O débito cardíaco é aumentado e a pressão arterial é
diminuída.
O TENSURIL não deve ser usado no tratamento da hipertensão compensatória, tal como aquela associada
com a coarctação da aorta ou fístulas arteriovenosas.
Também não deve ser usado por pacientes que apresentem hipersensibilidade ao diazóxido, outras tiazidas,
outros fármacos derivados sulfonamídicos ou a qualquer um dos componentes da fórmula.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
PRECAUÇÕES:
Gerais: TENSURIL injetável é um agente anti-hipertensivo eficaz, que necessita de monitorização constante
da pressão arterial do paciente, em intervalos frequentes. Sua administração pode causar ocasionalmente
hipotensão, necessitando dessa forma tratamento com agentes simpatomiméticos.
Dessa forma, o produto deve ser usado primariamente em hospitais ou em locais com instalações adequadas
para o tratamento dessas respostas adversas. O produto somente deve ser administrado em veia periférica.
Deve-se evitar a injeção extravascular ou vazamento, devido à alcalinidade da solução, que é irritante aos
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tecidos. Se ocorrer vazamento no tecido subcutâneo, a área deve ser tratada com compressas quentes e
repouso.
O TENSURIL deve ser usado com cuidado em pacientes com alterações na circulação cerebral ou cardíaca,
isto é, naqueles em que a redução abrupta na pressão arterial pode ser um fator agravante ou naqueles em que
a taquicardia leve ou perfusão sanguínea diminuída pode ser deletória. A hipotensão prolongada deve ser
evitada para não agravar eventual insuficiência renal preexistente.
Durante e imediatamente após a injeção intravenosa de TENSURIL, o paciente deve permanecer na posição
supina.
Testes Laboratoriais: Os testes diagnósticos laboratoriais necessários para o estabelecimento da condição e
do estado do paciente devem ser realizados antes do tratamento com o produto. Durante e após o tratamento
com o TENSURIL, devem ser realizados testes laboratoriais para monitorizar os efeitos do tratamento com
esta droga e as condições do paciente. Entre os testes (não necessariamente todos) estão: hematológico
(hematócrito, hemoglobina, leucócito e contagem de plaquetas); metabólico (glicose, ácido úrico, proteína
total, albumina); eletrólito (sódio, potássio) e osmolalidade; função renal (creatinina, proteinúria);
eletrocardiograma.
Efeitos Não-Teratogênicos: O diazóxido atravessa a barreira placentária e aparece no cordão umbilical.
Quando administrado à parturiente, o fármaco pode produzir no feto ou no recém-nascido:
hiperbilirrubinemia, trombocitopenia, metabolismo alterado dos carboidratos e possivelmente outros efeitos
colaterais que ocorrem em adultos.
Gravidez – Categoria C: A segurança do produto na gravidez não foi estabelecida. O produto não deve ser
usado durante a gravidez. A administração durante o parto pode causar interrupção da contração uterina,
necessitando da administração de agente ocitócico.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Amamentação: Não se tem conhecimento se ocorre a passagem do diazóxido para o leite materno. Devido
ao fato de que muitos fármacos são excretados no leite materno e devido ao potencial para a ocorrência de
reações adversas com o diazóxido, em crianças que estejam em fase de amamentação, deve-se tomar uma
decisão sobre a descontinuidade da amamentação ou da droga, levando-se em consideração a importância do
fármaco para a mãe.
ADVERTÊNCIAS:
Diminuição Rápida da Pressão Arterial
Deve-se tomar cuidado quando da redução acentuada da pressão arterial. O diazóxido somente deve ser
administrado utilizando-se a dose em minibolus de 150 mg. O uso da dose intravenosa de 300 mg tem sido
associada com angina e com infarto do miocárdio e cerebral. Foi relatado um caso de infarto do nervo óptico
quando ocorreu uma redução de 100 mmHg na pressão diastólica, após 10 minutos de uma dose única de 300
mg em bolus. Em um ensaio prospectivo conduzido em pacientes com hipertensão grave e doença
coronariana arterial coexistente foi observada, após uma dose única de 300 mg de diazóxido em bolus, uma
incidência de 50% de alterações isquêmicas no eletrocardiograma. Portanto, a redução desejada da pressão
arterial deve ser conseguida no período de tempo compatível com o estado do paciente. Recomendam-se, no
mínimo algumas horas e preferencialmente um a dois dias.
Uma maior segurança com igual eficácia pode ser conseguida administrando-se o TENSURIL em minibolus
(1 a 3 mg/kg, a cada 15 minutos, até o máximo de 150 mg em injeção única) até que a pressão arterial
diastólica esteja abaixo de 100 mmHg. O produto não deve ser administrado em bolus de 300 mg pois este
modo de administração é menos previsível e controlável que a dosagem por minibolus. Se ocorrer hipotensão
grave, resultante da redução na pressão arterial, que necessite de terapia, normalmente a mesma responde à
manobra Trendelenberg. Se necessário, podem ser administrados agentes simpatomiméticos como a
dopamina ou a norepinefrina.
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Deve-se ter especial atenção com os pacientes com diabetes mellitus e com aqueles nos quais a retenção de
sal e água pode representar sérios problemas.
Lesões do Miocárdio em Animais
A administração intravenosa de diazóxido em cães induziu à necrose subendocárdica e necrose dos músculos
papilares. Essas lesões, que também são produzidas por outras drogas vasodilatadoras (como a hidralazina,
minoxidil) e por catecolaminas, presumivelmente estão relacionadas à anoxia resultante da combinação da
taquicardia reflexa e de perfusão diminuída.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
O diazóxido é fortemente ligado às proteínas plasmáticas. Pode ser que desloque outras substâncias também
altamente ligadas à proteína, como a bilirrubina, cumarina e seus derivados, resultando em níveis sanguíneos
mais altos das mesmas.
Pode ocorrer hipotensão indesejável quando o diazóxido é administrado a pacientes que receberam outra
medicação anti-hipertensiva dentro de seis horas.
Em um estudo clínico, um paciente apresentou hipotensão acentuada após administração concomitante de
diazóxido com hidralazina e metildopa. Um episódio de hipotensão materna e bradicardia fetal ocorreu em
uma parturiente que recebeu reserpina e hidralazina antes da administração do diazóxido. Também existe
relato de hiperglicemia neonatal após administração intraparto de diazóxido.
O TENSURIL não deve ser administrado dentro de seis horas da administração de hidralazina, reserpina,
alfaprodina, metildopa, betabloqueadores, prazosina, minoxidil, nitritos e outros compostos tipo papaverina.
A administração concomitante com tiazidas ou outros diuréticos comumente usados pode potencializar os
efeitos hiperuricêmicos e anti-hipertensivos do diazóxido.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
TENSURIL deve ser conservado em temperatura ambiente, entre 15 e 30o
C, protegido da luz.
Seu prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas do produto: Solução incolor a levemente amarelada, límpida, essencialmente livre de
partículas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O TENSURIL foi inicialmente recomendado para ser administrado em bolus de 300 mg. Os estudos recentes
demonstraram que a administração em minibolus, isto é, doses de 1 a 3 mg/kg, repetidas em intervalos de 5 a
15 minutos são igualmente eficazes na redução da pressão arterial. A administração em minibolus geralmente
provoca uma redução mais gradual na pressão arterial e, dessa forma, espera-se que reduza os riscos
circulatórios e neurológicos associados com a hipotensão aguda.
O TENSURIL é administrado sem diluição, rapidamente, por via intravenosa, na concentração de 1 a 3
mg/kg até o máximo de 150 mg, em dose única. A dose pode ser repetida em intervalos de 5 a 15 minutos até
que redução satisfatória na pressão arterial seja atingida (pressão diastólica abaixo de 100 mmHg).
Com o paciente deitado, a dose calculada de TENSURIL injetável é administrada intravenosamente em 30
segundos ou menos.
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O TENSURIL somente deve ser aplicado em veia periférica. Não deve ser injetado por via intramuscular,
subcutânea ou em cavidades do corpo. Deve ser evitado o extravasamento do fármaco para os tecidos
subcutâneos.
Após o uso de TENSURIL, a pressão arterial deve ser monitorizada cuidadosamente até a estabilização. Em
seguida, medidas devem ser feitas de hora em hora, durante a fase de equilíbrio, até que não se obtenha
qualquer resposta não esperada. Uma diminuição na pressão arterial após 30 minutos ou mais, após a injeção,
deve ser investigada, por motivos outros que a ação do TENSURIL.
É preferível manter o paciente na posição supina por no mínimo uma hora após a injeção. Em pacientes
ambulatoriais, a pressão arterial deve também ser medida com o paciente em pé, antes do término da
monitorização.
A administração repetida de TENSURIL em intervalos de 2 a 24 horas, normalmente manterá a pressão
arterial abaixo dos níveis de pré-tratamento, até que possa ser instituído um regime com anti-hipertensivos
orais. O intervalo entre as injeções pode ser ajustado pela duração da resposta a cada injeção. Usualmente
não é necessário continuar o tratamento com TENSURIL por mais de 4 a 5 dias.
Pelo fato de a administração repetida de TENSURIL poder levar à retenção de sódio e água, pode ser
necessária a administração de um diurético para a redução da pressão arterial máxima e para prevenir a
insuficiência congestiva.
PACIENTES IDOSOS:
Inexistem informações sobre a relação entre idade e os efeitos do diazóxido parenteral nos pacientes
geriátricos. Contudo, os pacientes idosos estão mais sujeitos à insuficiência renal relacionada à idade,
necessitando da redução da dose de diazóxido injetável.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Uma vez que este medicamento é administrado por um profissional da saúde em ambiente hospitalar e/ou
clínica especializada, não deverá ocorrer esquecimento do seu uso.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
8. QUAIS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Existe razão para se pensar que a substituição da dose de 300 mg em bolus pelo minibolus, na clínica prática,
resulta em reações adversas similares em características, mas de menor frequência e gravidade.
Na experiência clínica com a administração rápida de 300 mg em bolus, as reações adversas:
Comuns (>1% e <10%): hipotensão (7%); náusea e vômito (4%); tontura e fraqueza (2%).
Reações adversas adicionais relatadas com frequência não conhecida, com a dose de 300 mg em bolus:
Cardiovascular: ocorre retenção de sódio e água após injeção rápida, especialmente em pacientes com
reserva cardíaca diminuída; hipotensão grave (choque); isquemia miocárdica, usualmente transitória e
manifestada por angina, arritmias atrial e ventricular, e mudanças eletrocardiográficas acentuadas, levando
ocasionalmente ao infarto do miocárdio; infarto do nervo óptico, seguido de diminuição muito rápida da
hipertensão grave; taquicardia supraventricular e palpitação; bradicardia; desconforto no tórax ou pressão
torácica não relacionada com angina pectoris.
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Sistema Nervoso Central: isquemia cerebral, normalmente transitória mas ocasionalmente levando ao
infarto e manifestada por inconsciência, convulsões, paralisia, confusão ou déficit neurológico focal como
dormência das mãos; fenômenos de vasodilatação, como hipotensão ortostática, sudorese, rubor facial e
sensações de calor localizadas ou generalizadas. Também, outras várias reações neurológicas transitórias
secundárias à alteração no fluxo sanguíneo regional para o cérebro, como a cefaleia (às vezes com pulsação),
tontura, indiferença, sonolência (também citada como letargia), euforia ou “sensação de alegria”, zumbido e
perda momentânea da audição, e fraqueza de curta duração; apreensão ou ansiedade.
Gastrintestinal: raramente, pancreatite aguda; náusea, vômito e/ou desconforto abdominal; anorexia;
alteração no paladar; inchaço da parótida; salivação; boca seca; íleo; obstipação e diarreia.
Outras: hiperglicemia em pacientes diabéticos, especialmente após injeções repetidas; coma hiperosmolar
em crianças; hiperglicemia transitória em pacientes não-diabéticos; retenção transitória de metabólitos
nitrogenados, reações respiratórias secundárias ao relaxamento da musculatura lisa, como dispneia, tosse e
sensação de asfixia; calor ou dor na veia injetada; celulite sem descamação e/ou flebite no local de
extravasamento; dor nas costas e nictúria; reações de hipersensibilidade, tais como rash cutâneo, leucopenia
e febre; papiledema induzido pela expansão do volume plasmático secundária à administração do diazóxido,
citada em um paciente que recebeu onze injeções (300 mg/dose) por 22 dias; mal-estar e visão turva; catarata
transitória em uma criança; hirsutismo e libido diminuída.
ALTERAÇÕES DE EXAMES LABORATORIAIS:
Os efeitos hiperglicêmicos e hiperuricêmicos do diazóxido impedem a avaliação adequada destes estados
metabólicos. Notou-se aumento da secreção de renina, concentrações de IgG e diminuição da secreção de
cortisol. O diazóxido inibe a liberação da insulina estimulada pelo glucagon e causa uma resposta falso-
negativa de insulina para o glucagon. No rato, cão e macaco, o diazóxido aumenta os ácidos graxos livres
séricos e diminui os níveis de insulina plasmática.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis
pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
DESTE MEDICAMENTO?
A superdosagem de TENSURIL pode causar hipotensão indesejável. Isto pode ser controlado com a
manobra de Trendelenberg. Se necessário, podem ser administrados agentes simpatomiméticos como a
dopamina ou a norepinefrina. A falha no aumento da pressão arterial em resposta a tais agentes sugere que a
hipotensão pode ter sido causada por outro motivo que não o diazóxido. A excessiva hiperglicemia resultante
da superdosagem responderá à terapia convencional da hiperglicemia.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve
a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.