Bula do Thyrogen produzido pelo laboratorio Genzyme do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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Thyrogen
Genzyme – A Sanofi Company
Pó Liofilizado para Solução Injetável
0,9 mg/mL
2
THYROGEN®
________________________________________________________________
alfatirotropina
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome do produto: THYROGEN
Nome genérico: alfatirotropina
APRESENTAÇÕES
Dois frascos-ampola com pó liofilizado para solução injetável. Cada frasco-ampola contém 1,1 mg de alfatirotropina,
com uma dose extraível de 0,9 mg/mL, após reconstituição.
USO INTRAMUSCULAR
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém 1,1 mg de alfatirotropina, com uma dose extraível de 0,9 mg após reconstituição.
Excipientes: manitol, fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico heptaidratado e cloreto de
sódio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
THYROGEN é indicado para uso como ferramenta coadjuvante diagnóstica para dosagem de tireoglobulina
sérica (Tg) com/sem cintilografia de corpo inteiro com iodo radioativo, empregada para a detecção de tecidos
remanescentes de tireóide e de câncer de tireóide bem diferenciado em pacientes pós-tireoidectomizados, em
terapia de supressão com hormônio da tireóide (TSHT).
THYROGEN é indicado para uso como um tratamento coadjuvante para ablação por iodo radioativo de
tecidos remanescentes de tireóide em pacientes que se submeteram a tireoidectomia total ou subtotal por
câncer de tireóide bem diferenciado.
Estudos clínicos com THYROGEN como coadjuvante na terapia com iodo radioativo para obter a
ablação de tecido remanescente de tireóide
Foi conduzido um estudo clínico prospectivo randomizado comparando as taxas de ablação de tecido
remanescente de tireóide alcançadas após a preparação de pacientes, em hipotireoidismo ou com
THYROGEN. Os pacientes (n = 63) com câncer de tireóide bem diferenciado de baixo risco submeteram-se
à tireoidectomia subtotal e, então, foram igualmente randomizados ao grupo de hipotireoidismo (TSH sérico
3
> 25 μU/mL) ou reposição de tiroxina (grupo eutireóideo; TSH sérico < 5 μU/mL). Os pacientes no grupo
eutireóideo receberam THYROGEN, 0,9 mg IM, uma vez ao dia, em dois dias consecutivos e, então, iodo
radioativo, 24 horas após a segunda dose de THYROGEN. Todos os pacientes receberam 100 mCi 131
I ±
10% com a intenção de eliminar qualquer tecido remanescente da tireóide. O sucesso da ablação foi avaliado
8 meses mais tarde por cintilografia com iodo radioativo estimulado por THYROGEN e os pacientes seriam
considerados bem sucedidos na ablação se não houvesse captação no leito da tireóide na cintilografia ou, se
visível, a captação fosse < 0,1%. O sucesso da ablação também foi medido utilizando-se dois critérios
adicionais: Tg sérica estimulada por THYROGEN < 2 ng/mL (em pacientes sem anticorpos anti-Tg ou com
níveis baixos do mesmo) e nenhuma captação visível no leito da tireóide na cintilografia com iodo
radioativo. A tabela a seguir resume os resultados desta avaliação:
Grupo1
Média
de
Idade
(anos)
Sexo
(F:M)
Tipo de
Câncer
(Pap:
Fol)
Ablação por Vários Critérios [n/N(%)]
Atividade no
leito da
tireóide <
0,1%
Tg sérica
< 2 ng/mL2,3
Nenhuma
atividade
visível no
tireóide 4,5
RHT
(n = 28)
43 24:6 29:1 28/28 (100) 18/21 (86) 24/28 (86)
rhTSH
(n = 32)
44 26:7 32:1 32/32 (100) 23/24 (96) 24/32 (75)
1
60 pacientes de acordo com o protocolo com dados interpretáveis de cintilografia.
2
A análise foi limitada a pacientes sem anticorpos anti-Tg na seleção.
95% IC para diferenças nas taxas de ablação, rhTSH menos RHT = -6,9% a 27,1%.
4
Interpretação por 2 de 3 revisores.
5
95% IC para as diferenças nas taxas de ablação, rhTSH menos RHT = -30,5% a 9,1%.
Abreviações: Fol = Folicular, Pap = Papilar, RHT = Retirada do Hormônio da Tireóide
Os pacientes do grupo eutireóideo experimentaram menos exposição à radiação no sangue, uma vez que, o
tempo de permanência do iodo foi mais curto nos mesmos. A dose média no sangue foi 35% mais baixa no
grupo eutireóideo, do que no grupo hipotireóideo (p < 0,0001).
Um estudo de acompanhamento foi conduzido em pacientes que completaram previamente o estudo inicial
para confirmar o estado da ablação de tecidos remanescente da tireóide após um acompanhamento médio de
3,7 anos (3,4 a 4,4 anos), após a ablação por iodo radioativo.
Cinquenta e um pacientes foram recrutados neste estudo, 48 receberam THYROGEN para a realização de
exame de imagem de remanescentes tireoidianos no pescoço/corpo inteiro e/ou dosagem de Tg. Considerou-
se que a ablação foi bem sucedida se os pacientes não apresentassem captação visível no leito da tireóide na
imagem ou, se visível, a captação fosse menor que 0,1%. Pela imagem, 18/18 (100%) dos pacientes no grupo
hipotireóideo anterior e 25/25 (100%) dos pacientes no grupo eutireóideo anterior foram confirmados como
tendo seus remanescentes da tireóide retirados.
Um total de 17 pacientes no grupo hipotireóideo anterior e 20 pacientes no grupo eutireóideo anterior foram
avaliados para os níveis de Tg, uma vez que tinham níveis de anticorpo anti-tireoglobulina <5 unidades/mL.
Dentre estes, 16 de 17 pacientes (94%) no grupo hipotireóideo anterior e 19 de 20 pacientes (95%) no grupo
eutireóideo anterior tinham níveis séricos de tireoglobulina < 2 ng/mL, indicando o sucesso a longo prazo do
procedimento de ablação.
Nenhum paciente apresentou recorrência definitiva do câncer durante os 3,7 anos de acompanhamento.
Em resumo, no estudo inicial de ablação e no estudo de acompanhamento, THYROGEN não foi inferior à
retirada do hormônio da tireóide para elevação dos níveis de TSH como terapia adjuvante ao iodo radioativo
para ablação pós-cirúrgica de tecido remanescente da tireóide. Ainda, este sucesso clínico foi alcançado
usando THYROGEN para evitar os sintomas do hipotireoidismo.
Evidências de suporte adicional em favor do uso de THYROGEN para ablação também foram publicadas. O
acompanhamento por 2,5 anos de pacientes submetidos à ablação no Memorial Sloan-Kettering mostrou que
o uso de THYROGEN resulta em uma taxa baixa de recorrência que é comparável à taxa observada após o
uso de retirada da tiroxina.
Qualidade de vida (Ablação remanescente):
Foi observada redução da QdV (qualidade de vida), estatisticamente significativa, para o grupo hipotireóideo
comparado com o grupo eutireóideo, em 5 dos 8 campos do questionário SF-36 Health Survey
(funcionamento físico, desempenho físico, vitalidade, funcionamento social e saúde mental).
Sinais e sintomas de hipotireoidismo (Ablação remanescente):
Um aumento estatisticamente significativo de sinais e sintomas foi, também, observado usando a escala de
Billewicz (diferença no escore total médio, p < 0,0001). A diferença entre os dois grupos foi a mais ampla
para os seguintes sintomas: intolerância ao frio, aumento de peso, constipação, movimentos lentos, pele fria e
edema periorbital.
Estudos clínicos com THYROGEN como coadjuvante diagnóstico:
A eficácia de THYROGEN para diagnóstico de câncer de tireóide e restos de tecido de tireóide foi avaliada
usando imagem de iodo radioativo em cintilografia de corpo total (CCT), dosagem de Tg sérica e uma
combinação das duas modalidades.
CCT com iodo radioativo usando THYROGEN foi avaliada em dois estudos Fase 3. Em um destes estudos,
dois regimes de dose foram examinados: 0,9 mg intramuscular, a cada 24 horas para duas doses (0,9 mg x 2)
e 0,9 mg intramuscular, a cada 72 horas para três doses (0,9 mg x 3). Ambos os regimes de dose foram
eficazes e sem nenhuma diferença estatisticamente significativa da retirada do hormônio da tireóide no
estímulo de captação de iodo radioativo, para diagnóstico, embora houvesse uma tendência para a detecção
de um maior número de lesões com a retirada do hormônio da tireóide.
A dosagem de tireoglobulina usando THYROGEN foi avaliada num estudo Fase 3, utilizando-se ambos os
regimes de 0,9 mg x 2 e 0,9 mg x 3 doses. Utilizando-se qualquer um destes regimes de dose, o uso de
THYROGEN aumentou, significativamente, a sensibilidade do diagnóstico na dosagem de Tg em pacientes
com terapia de reposição de hormônio da tireóide e que não possuíam anticorpos para Tg. A dosagem de Tg
estimulada por THYROGEN detectou todos os pacientes com doença metastática.
O uso de THYROGEN para CCT e dosagem de Tg também foi avaliado num estudo Fase 3. A combinação
dos dados obtidos de ambos os exames de CCT e Tg apresentou maior sensibilidade para detecção da doença
do que exames isolados de CCT ou Tg.
Resultados da cintilografia de corpo inteiro com iodo radioativo:
A seguinte tabela resume os dados de cintilografia em pacientes com cintilografias positivas após a retirada
do hormônio da tireóide nos estudos Fase 3 para diagnóstico.
6
Número de
pares de
cintilografia
por categoria
de doença
Concordância de pares de
cintilografia entre cintilografia
com THYROGEN e
cintilografia de supressão
hormonal
Primeiro estudo (0,9 mg IM diariamente x 2)
Positivo para tecido residual ou
câncer no leito da tireóide
48 81%
Positivo para doença metastática 15 73%
Total de cintilografias de
supressão positivas a, b
63 79%
Segundo estudo (0,9 mg IM diariamente x 2)
35 86%
Positivo para doença metastática 9 67%
44 82%
a
Dentre todos os estudos, a captação foi detectada na cintilografia de THYROGEN, mas não observada na
cintilografia após a supressão do hormônio da tireóide em 5 pacientes com tecido remanescente ou câncer no
leito da tireóide.
b
Nos dois estudos clínicos, os resultados da cintilografia com iodo radioativo utilizando a supressão do
hormônio da tireóide foram tomados como a verdadeira situação clínica de cada paciente e como comparador
à cintilografia de THYROGEN. As cintilografias de supressão do hormônio da tireóide marcadas como
positivas foram marcadas dessa forma por uma questão conservadora sem provisão para falsos positivos.
Dentre os dois estudos clínicos, a cintilografia de THYROGEN falhou em detectar tecidos remanescentes
e/ou câncer localizado no leito da tireóide em 17% (14/83) dos pacientes, nos quais foram detectados por
cintilografia após a retirada do hormônio da tireóide. Adicionalmente, THYROGEN falhou para detectar
doença metastática em 29% (7/24) dos pacientes, nos quais foram detectados por cintilografia após a retirada
do hormônio da tireóide.
Dosagem de tireoglobulina (Tg):
Dosagem de Tg com THYROGEN isoladamente e em combinação com cintilografia com radioiodo –
Comparação com resultados após a retirada do hormônio da tireóide
Em pacientes sem anticorpos anti-Tg, com tecido remanescente de tireóide ou câncer como definido por Tg
pós retirada hormonal ≥ 2,5 ng/mL, ou cintilografia positiva (após retirada do hormônio da tireóide ou após a
7
terapia com iodo radioativo), a Tg com THYROGEN foi ≥ 2,5 ng/mL em 69% (40/58) de pacientes após
2 doses de THYROGEN, e em 80% (53/66) de pacientes após 3 doses de THYROGEN.
Nestes mesmos pacientes, adicionando-se cintilografia de corpo total, a taxa de detecção de tecidos
remanescentes de tireóide ou câncer aumentou para 84% (49/58) nos pacientes após 2 doses de THYROGEN
e para 94% (62/66) nos pacientes após 3 doses de THYROGEN.
Dosagem de Tg com THYROGEN isoladamente e em combinação com cintilografia com radioiodo em
pacientes com doença metastática confirmada
A doença metastática foi confirmada por cintilografia pós-tratamento ou por biópsia de linfonodo em 35
pacientes. A Tg com THYROGEN foi ≥ 2,5 ng/mL em todos os 35 pacientes, enquanto que a Tg nos
pacientes em supressão hormonal foi ≥ 2,5 ng/mL em 79% destes pacientes.
Neste mesmo grupo de 35 pacientes com doença metastática confirmada, os níveis de Tg com THYROGEN
estiveram abaixo de 10 ng/mL em 27% (3/11) dos pacientes após 2 doses de THYROGEN e em 13% (3/24)
dos pacientes após 3 doses de THYROGEN. Os níveis de Tg correspondentes (na retirada hormonal) nestes
6 pacientes foram 15,6 - 137 ng/mL. A cintilografia com THYROGEN detectou doença metastática em 1
destes 6 pacientes.
Tal como com a retirada do hormônio da tireóide, a reprodutibilidade intra-paciente do exame com
THYROGEN em relação a ambos os métodos - estímulo de Tg e imagem com iodo radioativo - não foi
estudada.
Qualidade de vida (Indicação diagnóstica):
A qualidade de vida (QdV) foi medida utilizando-se o questionário SF-36 Health Survey, um instrumento
padronizado, aplicado ao paciente avaliando-se a QdV dentre 8 campos, medindo ambos os parâmetros físico
e mental. Após a administração de THYROGEN, foi observada uma pequena alteração basal nos 8 campos
de QdV do SF-36. Após a retirada do hormônio da tireóide, alterações negativas estatisticamente
significativas foram notadas em todos os campos de QdV do SF-36. A diferença entre os grupos de
tratamento foi estatisticamente significativa (p < 0,0001) para todos os oito campos de QdV, favorecendo
THYROGEN sobre a retirada do hormônio da tireóide.
FIGURA 1- RESULTADOS DA PESQUISA DE SAÚDE SF-36
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CAMPOS DE QUALIDADE DE VIDA – INDICAÇÃO
DIAGNÓSTICA
Sinais e sintomas de hipotireoidismo (Indicação diagnóstica):
A administração de THYROGEN não foi associada com os sinais e sintomas de hipotireoidismo (sudorese
diminuída, pele seca, intolerância ao frio, aumento de peso, constipação, rouquidão, parestesia, surdez,
movimentos lentos, pele áspera, pele fria, edema periorbital, lentidão do pulso pedioso e diminuição da
frequência do pulso), que acompanharam a retirada do hormônio da tireóide, medidos pela escala de
Billewicz. Foram observadas pioras estatisticamente significativas em todos os sinais e sintomas durante a
fase de hipotireoidismo (p < 0,01).
FIGURA 2 – AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS DE HIPOTIREÓIDE PELA ESCALA BILLEWICZ -
INDICAÇÃO DIAGNÓSTICA- 0,9mg DE THYROGEN, q24 horas x 2 doses.
9
Estudos Clínicos de THYROGEN como adjuvante em terapia especial
Foi realizada uma análise retrospectiva com 115 pacientes com câncer de tireoide que receberam
THYROGEN junto à terapia de iodo radioativo como parte de um programa de uso compassivo norte
americano. Esses pacientes foram previamente tireoidectomizados, mas foram incapazes de aumentar os
níveis de TSH endógeno em resposta à retirada do hormônio da tireóide (n= 41), ou estavam sob risco
significativo de desenvolver complicações decorrentes do hipotireoidismo (n=76). THYROGEN foi
administrado para aumentar o TSH sérico de forma a intensificar a terapia com iodo radioativo para remover
a tireóide remanescente e/ou tratar o câncer de tireóide diferenciado metastático localmente ou à distância.
Os pacientes receberam 0,9 mg de THYROGEN, via intramuscular (IM), em dois dias consecutivos (dia 1 e
dia 2). No dia seguinte, receberam iodo radioativo (dia 3), para realização da cintilografia e alguns dias
depois receberam novamente THYROGEN 0,9mg IM, por dois dias consecutivos. No dia seguinte,
receberam 131
I em alta dose (variando de 50 a 631mCi) para tratamento.
10
Após THYROGEN, os níveis de TSH plasmáticos elevaram-se para ≥25µU/ml em todos os pacientes nos
quais os níveis foram medidos. Para os pacientes recebendo THYROGEN IM nos dias 01 e 02 antes da
terapia com iodo radioativo, o pico sérico médio de TSH foi de 150µU/ml (dia 3). O nível médio de TSH
sérico decresceu para 19 µU/ml no dia 5. Pelo menos 105 dos 115 pacientes obtiveram resultados positivos
nas cintilografias de corpo inteiro, nas quais THYROGEN permitiu a captação de iodo radioativo pelos
tecidos remanescentes de tireóide ou ainda, por metástases do câncer de tireóide.
Setenta e seis (N=76) pacientes receberam THYROGEN, pois seus médicos acreditavam que a administração
do produto poderia reduzir o risco potencial de eventos clínicos graves. Destes, vinte e cinco (n=25) haviam
apresentado eventos adversos graves específicos previamente (por exemplo, comprometimento respiratório,
complicações no Sistema Nervoso Central, agravamento de insuficiência cardíaca congestiva, doença arterial
coronariana ou piora de desordens psiquiátricas, entre outros inespecíficos), durante a retirada do hormônio
tireoidiano. Os médicos de 51 dos 76 pacientes solicitaram THYROGEN, pois acreditavam que seus
pacientes apresentavam risco de complicações graves, embora os pacientes não tivessem apresentado estas
reações específicas anteriormente. Durante a terapia com THYROGEN, esses tipos de eventos pré-
especificados ocorreram em 3/25 (12%) dos pacientes com histórico de eventos clínicos graves, e 4/51 (8%)
nos pacientes sem histórico de eventos graves.
No momento basal, sessenta e três dos 115 pacientes tiveram sintomas relacionados ao câncer de tireóide. A
melhora dos sintomas foi classificada pelos médicos em 23%, 29%, 14% e 24% destes pacientes, avaliados
em 3, 6 , 9 e 12 meses, respectivamente, depois da terapia com THYROGEN e iodo radioativo. Também no
momento basal, dos 20 pacientes com dor óssea crônica devido à presença de metástases, houve relato de
melhora da dor em 10 pacientes (50%) durante os meses após a terapia com THYROGEN e iodo radioativo.
Muitos destes pacientes apresentaram uma piora transitória da dor nos ossos por alguns dias durante o
tratamento, mas a seguir sentiram melhora da dor. Dez dos pacientes com sintomas pulmonares no início do
estudo (n=31) sentiram melhora.
As mudanças nos valores da Tireoglobulina (Tg) plasmática durante o tempo puderam ser avaliadas em 51
pacientes. O tratamento com THYROGEN e iodo radioativo causou redução nos níveis de Tg (ou os
manteve inalterados nos casos em que os níveis basais de Tg estiveram no limite inferior de detecção)
quando comparado ao valor inicial em 65%, 78%, 46% e 73% dos pacientes avaliados em 3, 6, 9 e 12 meses
após o tratamento.
11
Na análise retrospectiva dos 115 pacientes, a comparação das cintilografias ao longo do tempo foi avaliada
em 16 pacientes que tiveram cintilografias basais e no acompanhamento posterior (follow-up); e em 21
pacientes que tiveram uma cintilografia basal e uma ou mais cintilografias de seguimento após a terapia. O
exame foi comparado às imagens mais recentes e houve melhora em 0%, 75%, 50% e 63% dos casos em 3,
6, 9 e 12 meses, respectivamente. Quando comparada com a cintilografia pós–terapia anterior, a cintilografia
de acompanhamento demonstrou melhora em 50%,17%, 44% e 43% dos pares de imagens avaliados em
3,6,9 e 12 meses, respectivamente.
Referências bibliográficas
1. Hanscheid H, Lassmann M, Luster M, Thomas S, Pacini F, Ceccarelli C, Ladenson P, Wahl R,
Schlumberger M, Ricard M, Driedger A, Kloos R, Sherman S, Haugen B, Carriere V, Corone C,
Reiners C. Iodine Biokinetics and Dosimetry in Radioiodine Therapy of Thyroid Cancer:
Procedures and Results of a Prospective International Controlled Study of Ablation After rhTSH or
Hormone Withdrawal. J Nuc Med 2006; 47: 648-654
2. Pacini F, Ladenson PW, Schlumberger M, et al. Radioiodine Ablation of Thyroid Remnants after
Preparation with Recombinant Human Thyrotropin in Differentiated Thyroid Carcinoma: Results of
an International, Randomized, Controlled Study. J Clin Endocrinol Metab. 2006;91:926-932.
3. Tuttle RM, Brokhin M, Omry G, Martorella A, Larson S, Grewal R, Fleisher M, Robbins R.
Recombinant Human TSH-Assisted Radioactive Iodine Remnant Ablation Achieves Short-Term
Clinical Recurrence Rates Similar to Those of Traditional Thyroid Hormone Withdrawal. J Nuc
Med 2008; 49: 764-770.
4. Robbins R, Driedger A, Magner J, and the Thyrogen Compassionate Use Investigator Group.
Recombinant Human TSH-assisted Radioiodine Therapy for Patients with Metastatic Thyroid
Cancer who Could Not Elevate Endogenous TSH or be Withdrawn from Thyroxine. Thyroid,
2006; 16: 1121-1130.
Farmacodinâmica
12
THYROGEN possui propriedades bioquímicas comparáveis ao TSH pituitário humano. A ligação de
alfatirotropina aos receptores de TSH nas células epiteliais normais da tireóide ou em tecido de câncer de
tireóide bem diferenciado estimula a absorção e organificação de iodo e a síntese e secreção de tireoglobulina
(Tg), triiodotironina (T3) e tiroxina (T4).
Nos pacientes com câncer de tireóide bem diferenciado, a tireoidectomia total ou subtotal é realizada,
geralmente, seguida por terapia de reposição ou terapia de supressão da tiroxina. A maioria dos pacientes
recebe também tratamento com iodo radioativo para ablação do tecido residual remanescente (resíduos de
tireóide). O iodo radioativo deve ser administrado quando o nível sérico de TSH está elevado, de forma que
o tecido tireoidiano capte o iodo. Anteriormente, a elevação do nível sérico de TSH era obtida pela retirada
ou interrupção da tiroxina, de forma que os pacientes se tornavam hipotireóideos. Com THYROGEN, os
pacientes continuam recebendo tiroxina e permanecem eutireóideos e, desta forma, evitam os sintomas de
hipotireoidismo.
A depuração diminuída do iodo, especificamente 131
I, em pacientes hipotireóideos, quando comparado a
pacientes eutireóideos, está bem documentada. Hlad e Bricker (1954) demonstraram uma correlação direta
entre um decréscimo na taxa de filtração glomerular e decréscimos da depuração de 131
I. Montenegro et al
(1996) estudaram a função renal avaliada pela depuração da creatinina em 41 pacientes. Os resultados
demonstraram um decréscimo de 50% na depuração da creatinina (CrCl) quando os pacientes estavam
hipotireóideos versus eutireóideos (90 ± 3 mL/min versus 62 ± 4 mL/min p < 0,05). Em estudos clínicos com
THYROGEN , a depuração diminuída de 131
I durante o estado hipotireóideo complicou as comparações entre
a captação de 131
I observado no leito da tireóide, quando os pacientes estavam eutireóideos após a
administração de THYROGEN , versus a captação enquanto os pacientes estavam em estado hipotireóideo.
Farmacocinética
A farmacocinética de THYROGEN foi estudada em 16 pacientes com câncer de tireóide bem diferenciado
após uma única injeção intramuscular de 0,9 mg. Após a injeção, o nível de pico médio (Cmáx) obtido foi 116
± 38 mU/L e ocorreu aproximadamente 13 ± 8 horas após a administração. A meia-vida de eliminação foi 22
± 9 horas. Os órgãos de depuração de TSH no homem não foram identificados, mas estudos de TSH derivado
da pituitária sugerem o envolvimento do fígado e rins.
Em dois estudos clínicos de Fase 3, foram medidos os níveis de TSH. Em um estudo, os níveis séricos
médios de TSH foram 101 ± 60 mU/L e 132 ± 89 mU/L, 24 horas após a primeira e segunda doses,
13
respectivamente, e 16 ± 12 mU/L, 72 horas após a segunda dose de THYROGEN 0,9 mg IM. O TSH basal
foi 0,2 ± 0,3 mU/L antes da administração de THYROGEN. No segundo estudo de Fase 3, THYROGEN 0,9
mg foi administrado a cada 24 horas, em duas doses (regime de 2 doses) ou 0,9 mg a cada 72 horas para três
doses (regime de 3 doses). O nível sérico máximo de TSH foi 124 ± 59 mU/L, 24 horas após a segunda
dose no regime de 2 doses (nível basal 0,08 ± 0,17 mU/L). Os níveis de TSH permaneceram acima de 25
mU/L por aproximadamente quatro dias. O nível sérico máximo de TSH foi 102 ± 44 mU/L, 24 horas após a
dose final no regime de 3 doses (nível basal 0,10 ± 0,13 mU/L). Os níveis de TSH foram ≥ 25 mU/L por
aproximadamente nove dias.
THYROGEN é contraindicado para pacientes que já demonstraram hipersensibilidade grave (reação
anafilática) à alfatirotropina ou a qualquer um dos componentes do produto. Os riscos e os benefícios da
continuidade do tratamento, nesses casos, deverão ser cuidadosamente avaliados pelo médico.
Considerações antes da administração de THYROGEN
O uso de THYROGEN deve ser supervisionado por médicos com conhecimento no atendimento de pacientes
com câncer de tireóide.
THYROGEN deve ser administrado somente por via intramuscular. Não deve ser administrado por via
intravenosa.
Cautela deve ser exercida quando THYROGEN é administrado a pacientes que foram tratados anteriormente
com TSH bovino e, em particular, àqueles pacientes que experimentaram reações de hipersensibilidade ao
TSH bovino.
THYROGEN é conhecido por causar uma transitória, mas significante, elevação nos níveis séricos de
hormônio da tireóide quando administrado em pacientes que ainda apresentam substancial tecido tireoidiano
“in situ”. Assim sendo, avaliação individual cuidadosa do risco-benefício é necessária para os pacientes com
significante resíduo de tecido da tireóide.
Devido à elevação dos níveis de TSH após a administração de THYROGEN, os pacientes com câncer de
tireóide, com doença metastática, particularmente em espaços confinados (por exemplo, cérebro, coluna
vertebral, órbita ou tecidos moles do pescoço) podem estar sujeitos a edema local ou hemorragia focal no
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local destas metástases. É recomendado que o pré-tratamento com corticosteróides, antes da administração de
THYROGEN, seja considerado nos pacientes em que a expansão do tumor local possa comprometer
estruturas anatômicas vitais (vide item Reações Adversas).
Os clínicos empregam uma ampla faixa de atividade de 131
I para obter ablação de tecidos remanescentes.
Estudos publicados do uso de THYROGEN para obter ablação de tecidos remanescentes utilizaram atividade
de 131
I de 30 mCi a 110 mCi. O estudo da Genzyme empregou 100 mCi ± 10% em todos os pacientes.
Dois grandes estudos clínicos prospectivos, randomizados e controlados comparam o uso de 30mCi versus
100mCi em pacientes preparados para ablação utilizando THYROGEN ou retirada de hormônio da tireóide.
A eficácia da ablação de tecido remanescente foi alta e comparável para 30mCi ou 100mCi, tanto na
estimulação por TSH com THYROGEN ou na retirada de hormônio da tireóide. Houve menor incidência de
reações adversas no grupo de pacientes que receberam 30mCi + THYROGEN do que no grupo 100mCi +
THYROGEN ou retirada de hormônio da Tireóide.
Concentrações de 131
I na faixa de 100 mCi ou acima obtêm ablação de tecidos remanescentes mais
frequentemente do que concentrações mais baixas, mas podem ser associadas mais frequentemente a
complicações, tais como, dor e inchaço na glândula salivar, boca seca persistente, olhos secos ou paladar
alterado. Múltiplos fatores contribuem para a decisão sobre qual concentração de 131
I deve ser administrada
para um determinado paciente, como o tamanho do tecido remanescente (em função da agressividade da
cirurgia) e percepção de risco de recorrência do câncer de tireóide (em função da idade do paciente, tipo de
tumor primário e sua dimensão, extensão da doença). Os clínicos devem pesar os riscos e benefícios ao
selecionarem a atividade de 131
I para obter ablação de tecidos remanescentes para um determinado paciente.
Considerações após a administração de THYROGEN
Nos estudos clínicos realizados, a combinação de cintilografia de corpo inteiro e dosagem de tireoglobulina
após administração de THYROGEN aumentou a taxa de detecção para tecidos remanescentes de tireóide ou
câncer, quando comparada com um método diagnóstico isolado. Resultados falso-negativos podem ocorrer
com THYROGEN, tal como com outras modalidades diagnósticas. Se um alto índice de suspeita para doença
metastática persiste, um teste confirmatório com suspensão hormonal ou CCT pós-terapia e teste de Tg
devem ser considerados.
15
Gravidez
Categoria de risco na gravidez: C. ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR
MULHERES GRÁVIDAS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA.
Não é conhecido se THYROGEN pode causar dano fetal quando administrado a uma mulher grávida, ou se
pode afetar a capacidade reprodutiva. Cautela deve ser observada ao administrar THYROGEN a uma mulher
grávida.
Trabalho de parto
Não conhecido. Isto não foi estudado ou relatado.
Lactação
Não é conhecido se o produto é excretado no leite humano. Cautela deve ser exercida quando THYROGEN
for administrado a lactantes.
Uso geriátrico
Resultados de estudos controlados não indicam diferença na segurança e eficácia de THYROGEN entre
pacientes adultos com menos de 65 anos e aqueles acima de 65 anos de idade.
Avaliação cuidadosa da relação risco-benefício deve ser considerada para pacientes idosos de alto risco, com
tumores de tireóide e/ou pacientes com doenças cardíacas (isto é, doença cardíaca valvar, cardiomiopatia,
doença coronariana e taquiarritmia anterior ou atual) submetendo-se à administração de THYROGEN.
Uso pediátrico
A segurança e a eficácia em pacientes com idade abaixo de 18 anos não foram estabelecidas em estudos
clínicos.
Insuficiência renal
O órgão ou órgãos de depuração do rhTSH no homem não foram identificados, mas estudos com TSH
pituitário sugerem o envolvimento do fígado e dos rins. Informação obtida de dados de pós-comercialização,
assim como de informação publicada, sugerem que a eliminação de THYROGEN é significantemente mais
lenta em pacientes com insuficiência renal crônica dependente de diálise (IRC), resultando em elevação
prolongada dos níveis de TSH. Pacientes com IRC que recebem THYROGEN podem apresentar níveis de
TSH acentuadamente elevados por até duas semanas após o tratamento, o que pode levar a risco aumentado
de cefaléia e náusea. Não há estudos de esquemas de doses alternativas de THYROGEN em pacientes com
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IRC para orientar a redução da dose nesta população. Em pacientes com insuficiência renal significativa, a
concentração de 131
I deve ser cuidadosamente selecionada pelo médico nuclear.
Efeito na habilidade de dirigir e/ou operar máquinas
Não há informações até o momento.
Testes de laboratório aplicáveis para o monitoramento
Não existem testes específicos indicados para monitoramento de rotina dos pacientes com câncer de tireóide
após receber THYROGEN. Por exemplo, a avaliação de rotina dos níveis séricos de TSH não é
recomendável, pois isso pode causar confusão para alguns profissionais que estão acostumados a ver níveis
séricos de TSH superiores a 25 µU / mL em pacientes hipotireóideos com câncer. Naturalmente, os níveis de
TSH de pacientes após tratamento com THYROGEN podem cair abaixo desse nível vários dias após a
injeção, mas isso não afeta a utilidade de THYROGEN na indicação de câncer.
Este medicamento pode causar doping devido à presença de manitol.
Abuso e dependência
Não há relatos de abuso ou dependência de THYROGEN nos pacientes.
Sensibilidade cruzada
Não foi observada sensibilidade cruzada com o uso de THYROGEN.
Efeitos carcinogênicos, alterações genéticas e danos à fertilidade
Não foram realizados estudos de toxicidade de longa duração com THYROGEN em animais para avaliar o
potencial carcinogênico da droga. THYROGEN não demonstrou ser mutagênico em ensaios de mutação
Medicamento/medicamento
Estudos formais de interação entre THYROGEN e outros medicamentos não foram efetuados. Em estudos
clínicos, nenhuma interação foi observada entre THYROGEN e hormônios da tireóide, triiodotironina (T3) e
tiroxina (T4), quando administrados concomitantemente.
O uso de THYROGEN permite cintilografia com iodo radioativo enquanto os pacientes permanecem
eutireóideos em T3 e/ou T4. Os dados de cinética de iodo radioativo indicam que a depuração do iodo
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radioativo é, aproximadamente, 50% maior enquanto eutireóideos, do que durante o estado hipotireóideo,
quando a função renal é diminuída, assim resultando em menos retenção de iodo radioativo no corpo na hora
da imagem. Este fator deve ser considerado ao se selecionar a concentração do iodo radioativo para uso em
estudos de imagem.
Medicamento/alimento
Não conhecido.
Incompatibilidades farmacêuticas
Não conhecidas. O material da injeção não deve ser misturado com outras substâncias.
Medicamento/exames laboratoriais
Em estudos clínicos, o padrão de referência para se determinar se os pacientes possuem tecidos
remanescentes de tireóide ou presença de câncer foi a Tg em hipotireoidismo ≥ 2,0 ng/mL e/ou uma
cintilografia hipotireóidea. Esta análise avaliou se o teste de Tg após a administração de THYROGEN
melhorou a sensibilidade do diagnóstico em pacientes com Tg negativa na supressão de hormônio da tireóide
usando um limite de 2,0 ng/mL. Deve-se notar que os níveis de Tg com THYROGEN são, geralmente,
menores que os níveis de Tg em hipotireoidismo e então os médicos poderão necessitar utilizar um nível de
limite de Tg mais baixo ao utilizar THYROGEN do que o que seria usado com a Tg em hipotireoidismo.
Interações entre o medicamento e plantas medicinais
Não é conhecida.
Interação entre o medicamento e substâncias químicas, em particular álcool e nicotina
7. CUIDADOS DE ARMAZENAGEM
THYROGEN deve ser conservado sob refrigeração (entre 2-8°C). Proteger da Luz
Prazo de validade
Este medicamento possui prazo de validade de 36 meses a partir da data de fabricação, quando armazenado
corretamente.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
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Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Após
preparo, manter entre 2ºC e 8ºC por até 24 horas e protegido da luz.
THYROGEN é fornecido na forma de produto liofilizado branco ou esbranquiçado, esterilizado e não
pirogênico para administração intramuscular (IM) após a reconstituição com água estéril para injeção, USP.
Após a reconstituição com 1,2 mL de água estéril para injeção, a concentração de alfatirotropina é 0,9
mg/mL. O pH da solução reconstituída é aproximadamente 7,0.
O pó deve ser reconstituído imediatamente antes do uso com 1,2 mL de água estéril para injeção, USP.
Descartar o diluente não utilizado. Misture gentilmente todo conteúdo do frasco através de movimentos
circulares até que todo material esteja dissolvido. Não agite vigorosamente a solução.
Cada frasco de THYROGEN deve ser usado apenas uma vez.
Cada frasco, após a reconstituição com diluente, deve ser inspecionado visualmente, antes do uso, para a
presença de material particulado ou alterações na coloração. Quaisquer frascos com material particulado ou
de coloração anormal não devem ser usados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dosagem recomendada de alfatirotropina é de duas doses de 0,9 mg administrada em intervalos de 24
horas por injeção intramuscular na região glútea (0,9 mg IM a cada 24 horas, por 2 dias).
Após a reconstituição com 1,2 mL de água estéril para injeção, 1,0 mL da solução (0,9 mg de alfatirotropina)
é administrado por injeção intramuscular glútea.
Para imagem ou tratamento com iodo radioativo, este deve ser administrado 24 horas após a injeção final de
THYROGEN. Cintilografia de diagnóstico deve ser feita 48 horas após a administração de iodo radioativo,
enquanto que a cintilografia pós-terapia pode ser postergada por alguns dias, para permitir o declínio da
atividade.
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Os seguintes parâmetros, tal como utilizados em estudos clínicos, são recomendados para cintilografia de
diagnóstico com iodo radioativo com uso de THYROGEN:
- Usar concentração de 4 mCi (148 MBq) de iodo radioativo (131
I).
- Imagens de corpo total foram adquiridas por um mínimo de 30 minutos e/ou contendo um mínimo de
140.000 contagens.
- Tempo de varredura para imagens isoladas (pontos) de regiões do corpo de 10-15 minutos ou menos, se o
número mínimo de contagens é alcançado mais rapidamente (isto é, 60.000 contagens para um amplo campo
de visão na câmera; 35.000 contagens para um pequeno campo de visão).
Por favor, veja Seção: Considerações antes da administração de THYROGEN para a seleção de uma dose
apropriada de 131
I para ablação de tecidos remanescentes.
Para dosagem de tireoglobulina sérica (Tg), a amostra de soro deve ser obtida 72 horas após a injeção final
de THYROGEN.
Dados de reação adversa foram derivados de farmacovigilância pós-comercialização e estudos clínicos. As
porcentagens na tabela abaixo representam reações adversas experimentadas por 481 pacientes que
participaram em um total de 6 estudos clínicos de THYROGEN: 4 estudos para uso diagnóstico e 2 para
ablação. A maioria dos pacientes recebeu duas injeções de 0,9 mg de alfatirotropina/injeção por via
intramuscular, com intervalo de 24 horas.
O perfil de segurança dos pacientes que receberam THYROGEN como tratamento adjuvante para ablação
com iodo radioativo de tecido remanescente da tireóide que foram submetidos à tireoidectomia por câncer de
tireóide bem diferenciado é similar ao perfil de pacientes que receberam THYROGEN com objetivo
diagnóstico.
As frequências dos eventos adversos podem ser definidas de acordo com a seguinte convenção: muito
comum > 1/10 ( 10%); comum > 1/100 (0,1%) e < 1/10 ( 10%); incomum > 1/1000 (0,01%) e < 1/100 (0,
1%); rara > 1/10000 (0,001%) e < 1/1000 (0,01%); muito rara <1/10000 (0.001%) e desconhecida (não pode
ser estimada pelos dados disponíveis).
As reações adversas mais comuns (> 5%) relatadas em estudos clínicos foram náusea (11,0%) e cefaléia
(6,0%). As reações adversas relatadas em pelo menos 2 dos pacientes (n ≥ 2) nos estudos combinados estão
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resumidas a seguir. Em alguns estudos, um mesmo paciente pode ter participado tanto na fase de
eutireoidismo (THYROGEN) como na fase de hipotireoidismo (retirada).
Resumo das Reações Adversas* Durante a Fase de Eutireoidismo
em Todos os Estudos Clínicos (n≥ 2)
Termo preferido Fase de Eutireoidismo
481 pacientes
n (%)
Reações Adversas Muito Comuns (≥ 10%)
Náusea 53 (11,0%)
Reações Adversas Comuns (≥ 1% e < 10%)
Cefaléia 29 (6,0)
Fadiga 11 (2,3)
Vômito 11 (2,3)
Vertigem 9 (1,9)
Astenia 5 (1,0)
Reações Adversas Incomuns (≥0,1% e < 1%)
Gripe 4 (0,8)
Parestesia 4 (0,8)
Calafrios 3 (0,6)
Sensação de calor 3 (0,6)
Ageusia 2 (0,4)
Artralgia 2 (0,4)
Diarréia 2 (0,4)
Disgeusia 2 (0,4)
Dor no pescoço 2 (0,4)
Pirexia 2 (0,4)
Erupção 2 (0,4)
Urticária 2 (0,4)
* Reações adversas referem-se às experiências adversas que foram consideradas pelo investigador como tendo relação
causal.
A administração de THYROGEN pode causar sintomas transitórios semelhantes à gripe (< 48 horas),
também denominados “síndrome gripal”, que podem incluir febre (> 38°C), calafrios/tremores,
mialgia/artralgia, fadiga/astenia/desconforto, cefaléia (não focalizada) e calafrios.
Manifestações muito raras de hipersensibilidade ao THYROGEN, como urticária, erupções, pruridos,
vermelhidão e sinais e sintomas respiratórios, foram relatadas na fase de investigação clínica, na pós-
comercialização e em programas especiais de tratamento envolvendo pacientes com doença avançada.
Em estudos clínicos, nenhum paciente desenvolveu anticorpos anti-alfatirotropina após uso único ou repetido
do produto (27 pacientes).
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Expansões do tecido residual da tireóide ou de metástases podem ocorrer após o tratamento com
THYROGEN. Isto pode levar a sintomas agudos, que dependem da localização anatômica do tecido. Por
exemplo, hemiplegia, hemiparestesia, ou perda da visão ocorreram em pacientes com metástases do SNC.
Edema laríngeo, dor no local da metástase e sofrimento respiratório, requerendo traqueostomia, também
foram relatados após a administração de THYROGEN.
Recomenda-se que seja considerado o pré-tratamento com corticosteróides a pacientes nos quais a expansão
do tumor local possa comprometer estruturas anatômicas vitais.
No período pós-comercialização, os dados de reações adversas de pacientes que receberam THYROGEN
como um tratamento coadjuvante na ablação por iodo radioativo de tecidos remanescentes da tireóide, que se
submeteram a uma tireoidectomia para câncer de tireóide bem diferenciado e de pacientes que receberam
THYROGEN com finalidade diagnóstica, são similares aos dados de reações adversas de estudos clínicos.
Estas reações adversas incluem cefaléia, fadiga, vômito, vertigem, parestesia, astenia, diarreia e reações no
local da injeção (por exemplo, desconforto, dor e prurido no local da injeção).
Casos muito raros de acidente vascular cerebral foram reportados na experiência pós-comercialização
mundial em pacientes do sexo feminino. A relação com a administração de THYROGEN é desconhecida.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Dados de exposição acima da dose recomendada estão limitados a estudos clínicos e a um programa de
tratamento especial. Três pacientes em estudos clínicos e um paciente em um programa especial de
tratamento apresentaram sintomas após receberem doses de THYROGEN mais altas do que a recomendada.
Dois pacientes tiveram náusea após a dose IM de 2,7 mg e em um destes pacientes o evento foi também
acompanhado por fraqueza, vertigem e dor de cabeça. O terceiro paciente apresentou náusea, vômito e ondas
de calores após a dose de 3,6 mg IM. Num programa de tratamento especial, um paciente de 77 anos que
recebeu 4 doses de 0,9 mg de THYROGEN por 6 dias desenvolveu fibrilação atrial, descompensação
cardíaca e infarto do miocárdio, 2 dias depois.
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Um paciente adicional envolvido num estudo clínico apresentou sintomas após receber THYROGEN
intravenoso. Este paciente recebeu 0,3 mg de THYROGEN como um bolus (IV) intravenoso único e, 15
minutos mais tarde, apresentou náusea grave, vômito, diaforese, hipotensão e taquicardia.
Não há tratamento específico para a superdose de THYROGEN. O tratamento de suporte é recomendado.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.