Bula do Tiamin produzido pelo laboratorio Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
TIAMIN®
(complexo vitamínico B (riboflavina
+ cloridrato de piridoxina +
nicotinamida + pantenol))
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
Solução Injetável
Vitamina B2 5mg/2mL + Vitamina B6 5mg/2mL +
Vitamina PP 40mg/2mL + pantenol 6mg/2mL
Complexo vitamínico B (riboflavina + cloridrato de piridoxina + nicotinamida + pantenol)
APRESENTAÇÃO
Solução injetável de 2,5mg/mL + 2,5mg/mL + 20mg/mL + 3mg/mL
Embalagem com 50 ampolas de 2mL
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAVENOSA / INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada ampola de 2mL contém:
Fórmula Quantidade
adultos
% IDR
lactentes % IDR crianças % IDR
0-6 meses 7-11 meses 1-3 anos 4-6 anos 7-10 anos
Vitamina B2
(riboflavina)
5,0mg 384,61 1.666,67 1.250,00 1.000,00 833,33 555,55
Vitamina B6
(cloridrato de
piridoxina)
5,0mg 384,61 5.000,00 5.000,00 1.000,00 1.000,00 500,00
Vitamina PP
(nicotinamida)
40,0mg 250,00 2.000,00 1.000,00 666,67 500,00 333,33
pantenol 6,0mg 120,00 352,94 333,33 300,00 200,00 150,00
veículo q.s.p. 2mL - - - - - -
(cloreto de sódio, metabissulfito de sódio, edetato dissódico, propilenoglicol, hidróxido de sódio, ácido
clorídrico e água para injetáveis).
Tiamin® - Solução Injetável – Bula para o profissional da saúde
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AO PROFISSIONAL DA SAÚDE:
TIAMIN®
é indicado como suplemento vitamínico em dietas restritivas e inadequadas; como auxiliar nas
anemias carenciais em adultos e crianças; recém-nascidos, lactentes e crianças em fase de crescimento;
idosos, gestantes e lactantes.
TIAMIN®
é um polivitamínico com inúmeras indicações objetivando a suplementação de vitaminas em
situações onde, por diferentes causas, ocorrem, deficiências de vitaminas, clinicamente manifestadas ou
deficiências marginais não expressas por sinais e sintomas clínicos, ou ainda quando se deseja instituir
um aporte aumentado de vitaminas com objetivos profiláticos.
tem indicações em planos de suplementação e/ou profilaxia.
Portanto, dados sobre resultados de eficácia das vitaminas do complexo B para as condições clínicas
descritas não estão disponíveis.
A vitamina B2 (riboflavina) faz parte da constituição de diversos sistemas enzimáticos essenciais ao
metabolismo celular.
A vitamina B6 (cloridrato de piridoxina) parece necessária ao metabolismo do sistema nervoso central e
exerce função eutrófica sobre os tecidos em geral.
O ácido nicotínico é encontrado na natureza principalmente sob a forma de nicotinamida, desempenhando
esta, importante papel nos sistemas enzimáticos relacionados com o metabolismo dos hidratos de
carbono.
O pantenol, através de sua oxidação transforma-se em ácido pantotênico ou vitamina B5. A vitamina B5,
é essencial para a síntese da coenzima A. A Coenzima A é essencial para a oxidação dos ácidos graxos e
piruvato, para o metabolismo dos esteróis e para acetilação de outras moléculas no organismo, tendo
papel importante no metabolismo energético do organismo
A nicotinamida, riboflavina e piridoxina são rapidamente absorvidas pelo trato gastrintestinal. Pequenas
doses dos princípios ativos do medicamento podem ser eliminadas na urina após a ingestão do mesmo. Os
fatores do complemento B presentes nesta formulação são participantes de sistemas enzimáticos e, como
tal, regulam várias fases do metabolismo dos glicídios, dos lipídios e das proteínas. Embora cada
substância presente na formulação do complexo B tenha ação biológica própria, os processos metabólicos
por ela regulados são intimamente interligados, fazendo com que a carência de um fator vitamínico possa
influir na ação dos outros, repercutindo como um todo no organismo. A piridoxina também é absorvida
rapidamente pelo tudo gastrintestinal quando administrada via oral. Seus metabólitos são excretados na
urina. A nicotinamida é absorvida no tubo gastrintestinal. Pequena quantidade é eliminada inalterada na
urina. A riboflavina é rapidamente absorvida pelo tubo gastrintestinal. A riboflavina é excretada na urina,
com seus metabólitos. Dependendo da dose usada, grande quantidade pode ser excretada inalterada.
TIAMIN®
é contraindicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
Não está indicado no tratamento de hipovitaminose específica grave.
Pouco indicado a pacientes com história pregressa de úlcera péptica devido a presença, no medicamento,
de nicotinamida.
Categoria C: Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas.
Durante a administração pela via parenteral, podem ocorrer reações anafiláticas devido à
hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Em pacientes com antecedentes alérgicos, o produto
deve ser usado com extremo cuidado. A via oral deve ser instituída preferencialmente à parenteral, tão
logo seja possível, nos pacientes que necessitem de uso prolongado.
Nos tratamentos com anemia macrocítica, causada por deficiência de fator intrínseco ou gastrectomia o
tratamento com complexo B não deve ser interrompido bruscamente. Após alcançar níveis de hemácias
normais, a dose de manutenção deverá ser estabelecida individualmente, observando-se o controle
contínuo através do hemograma. Nos casos com comprometimento do sistema nervoso, as doses iniciais
poderão ser mantidas, mesmo após normalização do quadro hematológico, até que se obtenha melhora do
estado neurológico.
Tiamin® - Solução Injetável – Bula para o profissional da saúde
Nicotinamida: a nicotinamida deve ser administrada com precaução em pacientes com histórico de
úlcera péptica, em pacientes com gota ou disfunção hepática. Pode ser necessário alterar a dose de
insulina ou de hipoglicemiantes orais.
Vitamina B6: a administração prolongada de altas doses de cloridrato de piridoxina (vitamina B6) está
associada com o desenvolvimento de neuropatia periférica severa (doses diárias de aproximadamente 2g).
Doses acima de 500mg de piridoxina por dia podem causar neuropatias sensoriais. A vitamina B6 reduz o
efeito da levodopa, mas isto não ocorre se um inibidor da dopa-decarboxilase (tipo de enzima) for
administrado concomitantemente. Muitas drogas podem alterar tanto o metabolismo quanto a
biodisponibilidade de piridoxina, tais como isoniazida, penicilínicos e contraceptivos orais.
Riboflavina (vitamina B2): altas doses de vitamina B2 podem resultar em alteração na coloração da
urina, o que pode causar interferências em exames laboratoriais. A administração de riboflavina aumenta
sua concentração no leite materno.
Gravidez - Categoria C: Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas.
Uso durante a gestação: os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos
disponíveis realizados em mulheres grávidas. A prescrição deste medicamento depende da
avaliação do risco/benefício para a paciente.
O uso deste medicamento no período da lactação depende da avaliação do risco/benefício.
Este medicamento é excretado no leite. Seu uso durante a amamentação deve ser criterioso.
Pacientes Idosos:
O produto pode ser usado por pacientes com idade acima de 65 anos, desde que observadas as precauções
Interações medicamento-medicamento:
piridoxina: A piridoxina reduz os efeitos da levodopa, mas isso não ocorre quando um inibidor
dopadescarboxilase também é administrado. Muitas drogas podem alterar o metabolismo ou a
disponibilidade de piridoxina, incluindo penicilamina e anticoncepcionais orais. Em pessoas que fazem
uso do fenobarbital ou da fenitoína (difenilhidantoína) em concomitância com piridoxina pode haver
redução dos níveis plasmáticos do fenobarbital ou da fenitoína. A piridoxina pode diminuir o efeito da
altretamina. Especificamente quando a altretamina é utilizada em combinação com a cisplatina, a duração
da resposta pode ser diminuída.
riboflavina: Os antidepressivos tricíclicos, fenotiazinas e probenecidas podem aumentar a necessidade de
riboflavina em pacientes que recebem estes medicamentos. O cloranfenicol, cicloserina, etianamida,
hidralazina, imunossupressores, izoniazida, panicilamida e estrógenos podem aumentar a necessidade de
piridoxina ou outros componentes da formulação.
nicotinamida: O uso concomitante de carbamazepina e nicotinamida pode ocasionar redução do
clearance da carbamazepina, levando a um aumento de seu nível plasmático.
Interações medicamento-exame laboratorial:
Riboflavina (vitamina B2): altas doses de vitamina B2 podem resultar em alteração na coloração da urina,
o que pode causar interferências em exames laboratoriais.
Interações medicamento-doenças:
Devido à presença da piridoxina, deve-se ter cuidado ao administra TIAMIN®
em pessoas com Síndrome
de Parkinson em tratamento com levodopa.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz.
Validade do medicamento: 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
TIAMIN®
apresenta-se como solução límpida, de coloração amarela ouro, com odor característico e
isenta de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
USO INTRAVENOSO / INTRAMUSCULAR
Administrar 1ampola/dia IV ou IM. (2mL/dia).
Em caso de administração intravenosa a ampola de TIAMIN®
deve ser previamente diluída em soro
fisiológico 0,9% ou glicosado 5% em volume maior ou igual a 500mL, sendo preferencialmente 1.000mL
e infundido lentamente (gota a gota).
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Instrução para a abertura da ampola de vidro
1. Fazer o líquido eventualmente contido na parte superior da ampola passar para a parte inferior por meio
de movimentos circulares ou pequenos golpes de dedo.
2. Segurando firmemente o corpo da ampola numa mão, aplicar com a outra a força sobre a parte
superior, em direção contrária ao ponto (ou seja, para baixo), até o rompimento do gargalo da ampola.
3. Após a abertura da ampola, insira a seringa e ser utilizada na abertura. Inverta a ampola de vidro e
retire o seu conteúdo, puxando o êmbolo da seringa adequadamente. É comum permanecer um discreto
volume de líquido no interior da ampola. Quando esvaziada, remova a ampola da seringa, mantendo o seu
êmbolo puxado.
Embora tenham sido relatadas reações adversas a este medicamento, não foram relatadas as frequências
dos possíveis efeitos adversos: dermatite de contato, dor no local durante aplicação, púrpura pigmentosa
crônica, estresse respiratório, prurido (coceira), choque anafilático e dor abdominal.
Ainda pode ocorrer no local de aplicação intravenosa: hematoma, flebite e celulite. Esses efeitos são
restritos ao local de aplicação e dependem da forma adequada do uso do produto.
Nenhum efeito colateral foi identificado com o uso de riboflavina. Grandes doses de riboflavina resultam
em alteração da coloração da urina, o qual pode interferir em certos exames laboratoriais.
Tratamento prolongado com cloridrato de piridoxina está associado com o desenvolvimento de
neuropatias peritoniais. Isto pode ocorrer com doses de cerca de 2g por dia. Doses acima de 500mg de
piridoxina por dia podem causar neuropatias sensoriais. A piridoxina reduz efeitos da levodopa. Dor nas
costas, mal estar, febre, dor no tórax, dispneia, cefaleia, tonturas e sensação de calor de caráter transitório,
têm sido relatados imediatamente após a aplicação intravenosa.
A nicotinamida tem uma ação vasodilatadora quando administrada oralmente ou por via parenteral,
provocando a sensação de desfalecimento e pontadas na cabeça. Foram registrados mal-estar gástrico,
aumento da motilidade gastrointestinal e hipersecreção das glândulas sebáceas. A vermelhidão cutânea
consecutiva ao uso da nicotinamida deve ser considerada como uma reação fisiológica comprovada da
eficácia do medicamento. Foram relatados casos de choque anafilático após administração intravenosa de
nicotinamida. Tem sido relatado, com altas doses de nicotinamida, ressecamento da pele, prurido,
hiperpigmentação, cólica abdominal, ambliopia, icterícia, disfunção renal, diminuição da tolerância à
glicose, hiperglicemia, hiperuricemia. Muitas destas reações desaparecem com a interrupção do
tratamento.
Em casos de eventos adversos, notifique ao sistema de Notificação em Vigilância Sanitária
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.