Bula do Timosopt produzido pelo laboratorio Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
TIMOSOPT
(cloridrato de dorzolamida +
maleato de timolol)
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
Solução
20 mg/mL + 5mg/mL
Timosopt – solução - Bula para o profissional da saúde 1
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol
APRESENTAÇÕES
Embalagem contendo 1 frasco de 5mL cada.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO OFTÁLMICO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução contém:
cloridrato de dorzolamida .....................................................................................................................20mg
maleato de timolol ..................................................................................................................................5mg
veículo q.s.p. ...........................................................................................................................................1mL
(manitol, citrato de sódio, hietelose, cloreto de benzalcônio, água, ácido clorídrico e hidróxido de sódio.)
Timosopt – solução - Bula para o profissional da saúde 2
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
Timosopt é indicado para o tratamento da pressão intraocular (PIO) elevada de pacientes com
hipertensão ocular, glaucoma de ângulo aberto, glaucoma pseudoesfoliativo ou outros glaucomas
secundários de ângulo aberto, quando o tratamento combinado for adequado.
Foram conduzidos estudos clínicos de até 15 meses de duração para comparar o efeito redutor da
PIO de cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol 2x/dia (administrado pela manhã e à noite)
com o efeito de timolol a 0,5% e da dorzolamida a 2,0% administrados individual e
concomitantemente a pacientes com glaucoma ou hipertensão ocular para os casos em que o
tratamento combinado fosse indicado. Esses casos incluem tanto pacientes não tratados como
pacientes controlados de forma inadequada com a monoterapia com timolol. O efeito redutor da PIO
de cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol 2x/dia foi maior do que o da monoterapia de
dorzolamida a 2% 3x/dia ou de timolol a 0,5% 2x/dia. O efeito redutor da PIO de cloridrato de
dorzolamida + maleato de timolol 2x/dia foi equivalente ao do tratamento combinado com
dorzolamida 2x/dia e timolol 2x/dia.
Comparação com o tratamento combinado (pacientes tratados inicialmente com timolol)
Em um estudo clínico de grupos paralelos, randomizado, duplo-cego e com duração de 3 meses, os
pacientes que receberam cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol 2x/dia (n= 151) foram
comparados aos pacientes que receberam timolol a 0,5% 2x/dia mais dorzolamida a 2,0% 2x/dia
concomitantemente (n= 148). Na concentração de vale matutina (hora 0) e na concentração de pico
matutina (hora 2), os pacientes que receberam cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol
apresentaram redução da PIO equivalente à observada em pacientes que receberam os componentes
individuais concomitantemente. Foram observadas as seguintes reduções de PIO em relação ao
período basal, obtidas após 2 semanas de monoterapia com timolol a 0,5% 2x/dia:
Quadro 1: Redução média adicional da PIO em relação ao período basal com timolol (mmHg)†
(redução média % da PIO)
Dia 90
(hora 0)
(hora 2)
cloridrato de dorzolamina +
maleato de timolol 2x/dia
4,2 [16,3%] 5,4 [21,6%]
timolol a 0,5% 2x/dia +
dorzolamida a 2,0% 2x/dia
4,2 [16,3%] 5,4 [21,8%]
†Os pacientes deveriam apresentar PIO no período basal ≥ 22 mmHg para serem admitidos.
Comparação com a monoterapia (pacientes submetidos a "washout" do tratamento)
Um estudo clínico de grupos paralelos, randomizado, duplo-cego e com duração de 3 meses
comparou cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol 2x/dia (n= 114) com a monoterapia com
timolol a 0,5% 2x/dia (n= 112) e a monoterapia com dorzolamida a 2,0% 3x/dia (n= 109) em
pacientes para os quais o tratamento combinado fosse indicado. Após um período de "washout" de 3
semanas de todas as medicações hipotensoras oculares anteriores, os pacientes que receberam
cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol apresentaram redução da PIO tanto na concentração
de vale matutina (hora 0) como na concentração de pico matutina (hora 2), que foi maior do que a
observada em pacientes que receberam cada um dos componentes isoladamente.
Quadro 2: Redução média da PIO em relação ao período basal (mmHg)† (redução média % da
PIO)
7,7 [27,4%] 9,0 [32,7%]
dorzolamida a 2,0% 3x/dia 4,6 [15,5%] 5,4 [19,8%]
timolol a 0,5% x/dia 6,4 [22,2%] 6,3 [22,6%]
† Os pacientes deveriam apresentar PIO no período basal ≥ 24 mmHg para serem admitidos.
Timosopt – solução - Bula para o profissional da saúde 3
Comparação com a monoterapia (pacientes que iniciaram o tratamento com timolol)
Em um estudo clínico de grupos paralelos, randomizado, duplo-cego, com duração de 3 meses e
conduzido em pacientes com PIO elevada controlada de forma inadequada após 3 semanas de
monoterapia com timolol a 0,5% 2x/dia, os pacientes que receberam cloridrato de dorzolamida +
maleato de timolol 2x/dia (n= 104) apresentaram redução da PIO tanto na concentração de vale
matutina (hora 0) como na concentração de pico matutina (hora 2), que foi maior do que a observada
em pacientes que receberam tanto com monoterapia com timolol a 0,5% 2x/dia (n= 98) como
monoterapia com dorzolamida a 2,0% 3x/dia (n= 51).
Quadro 3: Redução média adicional da PIO em relação ao período basal com timolol (mmHg)†
2,8 [10,6%] 4,4 [17,3%]
dorzolamida a 2,0% 3x/dia 1,4 [4,9%] 2,0 [7,4%]
timolol a 0,5% 2x/dia 1,7 [6,7%] 1,6 [6,6%]
† Os pacientes deveriam apresentar PIO no período basal ≥ 22 mmHg para serem admitidos.
Estudos de longo prazo
Foram conduzidas extensões abertas de dois estudos, por até 12 meses. Durante esse período,
demonstrou-se o efeito redutor da PIO de cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol 2x/dia
durante todo o dia e esse efeito foi mantido durante a administração a longo prazo.
Timosopt solução é a primeira combinação de um inibidor da anidrase carbônica e um agente
bloqueador de receptores betadrenérgicos, ambos de uso tópico ocular.
Mecanismo de ação
O medicamento é constituído de dois componentes: cloridrato de dorzolamida e maleato de timolol.
Cada um desses dois componentes diminui a pressão intraocular elevada, por meio da redução da
secreção de humor aquoso, mas com diferentes mecanismos de ação.
O cloridrato de dorzolamida é um potente inibidor da anidrase carbônica tipo II humana. A inibição
da anidrase carbônica nos processos ciliares do olho reduz a secreção do humor aquoso,
presumivelmente por diminuir a formação de íons bicarbonato com redução subsequente do
transporte de sódio e de fluido. O maleato de timolol é um bloqueador não-seletivo dos receptores
betadrenérgicos sem atividade simpatomimética intrínseca, depressora miocárdica direta ou
anestésica local (estabilizante da membrana) significativa. O efeito combinado desses dois agentes
resulta em redução adicional da pressão intraocular, quando comparada à administração de cada
componente isoladamente.
Após a administração tópica, Timosopt reduz a pressão intraocular elevada, associada ou não ao
glaucoma. A pressão intraocular elevada é um importante fator de risco na patogênese do dano ao
nervo óptico e da perda do campo visual no glaucoma. Quanto mais elevada a pressão intraocular,
maior a probabilidade de perda do campo visual e dano ao nervo óptico glaucomatoso. Timosopt
reduz a pressão intraocular sem os efeitos adversos comuns aos mióticos, tais como cegueira
noturna, espasmo de acomodação e constrição pupilar.
Farmacocinética e farmacodinâmica
cloridrato de dorzolamida
Ao contrário dos inibidores da anidrase carbônica para uso oral, a administração tópica de cloridrato
de dorzolamida permite que a medicação atue diretamente no olho em doses substancialmente
menores e, portanto, com menos exposição sistêmica. Em estudos clínicos, esse fato resultou na
redução da pressão intraocular sem os distúrbios ácido-base ou as alterações eletrolíticas
características dos inibidores da anidrase carbônica por via oral.
Quando aplicada por via oftálmica, a dorzolamida atinge a circulação sistêmica. Para avaliar o
potencial de inibição sistêmica da anidrase carbônica após a administração tópica, foram avaliadas
as concentrações da medicação e de seus metabólitos nas hemácias e no plasma e a inibição da
anidrase carbônica nas hemácias. A dorzolamida se acumula nas hemácias durante a administração
crônica como resultado da ligação seletiva à anidrase carbônica tipo II, embora sejam mantidas
Timosopt – solução - Bula para o profissional da saúde 4
concentrações extremamente baixas de medicação livre no plasma. O composto original forma um
único metabólito N-desetil, que inibe a anidrase carbônica tipo II com potência inferior à do
composto original, mas também inibe uma isoenzima menos ativa (anidrase carbônica tipo I). O
metabólito também se acumula nas hemácias, nas quais se liga principalmente à anidrase carbônica
tipo I. A dorzolamida se liga moderadamente às proteínas plasmáticas (aproximadamente 33%); é
excretada principalmente na urina, de forma inalterada; e seu metabólito também é excretado pela
urina. Ao final da administração, a dorzolamida é eliminada das hemácias de forma não linear, o que
resulta em rápido declínio inicial da concentração da medicação, seguido por uma fase de
eliminação mais lenta, com meia-vida de aproximadamente 4 meses.
Quando a dorzolamida foi administrada por via oral para simular a exposição sistêmica máxima
após administração tópica ocular prolongada, o estado de equilíbrio foi alcançado em 13 semanas.
No estado de equilíbrio, praticamente não havia medicação livre ou metabólito no plasma; a inibição
da anidrase carbônica nas hemácias foi menor do que a supostamente necessária para produzir efeito
farmacológico na função renal ou respiração. Resultados farmacocinéticos similares foram
observados após administração tópica crônica de cloridrato de dorzolamida. Entretanto, alguns
pacientes idosos com disfunção renal (depuração de creatinina estimado em 30-60 mL/min)
apresentaram concentrações mais altas de metabólitos nas hemácias, mas a diferença significativa na
inibição da anidrase carbônica ou os efeitos adversos sistêmicos clinicamente significativos não
foram diretamente atribuídos a esse achado.
maleato de timolol
Em um estudo da concentração plasmática da medicação envolvendo 6 indivíduos, a exposição
sistêmica ao timolol foi determinada após administração tópica de solução oftálmica de maleato de
timolol a 0,5% duas vezes ao dia. O pico médio da concentração plasmática foi de 0,46 ng/mL após
a administração pela manhã e de 0,35 ng/mL após a administração vespertina.
Timosopt é contraindicado para pacientes com:
- doença reativa das vias aéreas, asma brônquica ou histórico de asma brônquica ou doença
pulmonar obstrutiva crônica grave;
- bradicardia sinusal, bloqueio sinoatrial, bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro graus,
insuficiência cardíaca manifesta, choque cardiogênico;
- hipersensibilidade a qualquer componente do produto.
Essas contraindicações têm como base os componentes e não são específicas da associação.
A exemplo de outros agentes oftálmicos tópicos, esse medicamento pode ser absorvido por via
sistêmica. O timolol é um betabloqueador; portanto, os mesmos tipos de reações adversas
observadas com a administração sistêmica dos betabloqueadores podem ocorrer com a
administração oftálmica.
Reações cardiorrespiratórias: por causa da presença do maleato de timolol, a insuficiência
cardíaca deve ser adequadamente controlada antes de se iniciar o tratamento com Timosopt.
Pacientes com histórico de doença cardiovascular, incluindo insuficiência cardíaca, devem ser
monitorados para sinais de deterioração dessas doenças e a frequência cardíaca deve ser verificada.
Devido ao efeito negativo no tempo de condução, os betabloqueadores devem ser prescritos com
cautela para pacientes com bloqueio cardíaco de primeiro grau.
Reações respiratórias e cardíacas, incluindo morte por broncoespasmo em pacientes com asma e
raramente morte em associação com insuficiência cardíaca, foram relatadas após a administração da
solução oftálmica de maleato de timolol.
Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) leve/moderada, Timosopt deve ser
usado com cautela, e apenas se o benefício potencial superar o risco potencial.
Distúrbios vasculares: pacientes com distúrbios/doenças circulatórias periféricas graves (ex.
formas graves da doença de Raynaud ou síndrome de Raynaud) devem ser tratados com cautela.
Mascaramento de sintomas de hipoglicemia em pacientes com diabetes mellitus: agentes
bloqueadores betadrenérgicos devem ser administrados com cautela em pacientes sujeitos a
hipoglicemia espontânea ou pacientes diabéticos (especialmente àqueles com diabetes instável) que
recebem insulina ou agentes hipoglicemiantes orais. Os agentes bloqueadores betadrenérgicos
podem mascarar os sinais e sintomas de hipoglicemia aguda.
Timosopt – solução - Bula para o profissional da saúde 5
Mascaramento da tireotoxicose: agentes bloqueadores betadrenérgicos podem mascarar
determinados sinais clínicos do hipertireoidismo (ex. taquicardia). Pacientes com suspeita de
desenvolvimento de tireotoxicose devem ser monitorados com cuidado para evitar a retirada abrupta
do agente betadrenérgico, o que pode precipitar uma crise de tireoide.
Anestesia cirúrgica: a necessidade ou conveniência da retirada de agentes bloqueadores
betadrenérgicos antes de grandes cirurgias é controversa. Se necessário durante a cirurgia, os efeitos
dos agentes bloqueadores betadrenérgicos podem ser revertidos por doses suficientes de agonistas
adrenérgicos (veja 10. SUPERDOSE).
Disfunção renal e hepática: cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol não foi estudado em
pacientes com disfunção renal grave (depuração de creatinina < 30 mL/min). Uma vez que o
cloridrato de dorzolamida e seus metabólitos são excretados predominantemente pelos rins,
Timosopt não é recomendado para esses pacientes.
A associação de cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol não foi estudada em pacientes com
disfunção hepática, portanto, deve ser usado com cautela nesses pacientes.
Imunologia e hipersensibilidade: a exemplo de outros agentes oftálmicos tópicos, esse
medicamento pode ser absorvido por via sistêmica. A dorzolamida é uma sulfonamida; portanto, os
mesmos tipos de reações adversas observadas durante a administração sistêmica de sulfonamidas
podem ocorrer com a administração oftálmica, como síndrome de Stevens-Johnson e necrólise
epidérmica tóxica. Caso ocorram sinais de reações graves ou hipersensibilidade, o uso da preparação
deve ser suspenso.
Em estudos clínicos, foram relatados efeitos adversos oculares locais com a administração crônica
de solução oftálmica de cloridrato de dorzolamida principalmente conjuntivite e reações palpebrais.
Algumas dessas reações tiveram aparência e curso clínico de reações do tipo alérgicas e
desapareceram com a suspensão do tratamento medicamentoso. Reações semelhantes foram
relatadas com cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol. Se tais reações forem observadas,
deve-se considerar a suspensão do tratamento com Timosopt.
Enquanto estiverem recebendo betabloqueadores, pacientes com histórico de atopia ou reações
anafiláticas graves a uma variedade de alérgenos podem ser mais reativos à estimulação repetida
acidental, diagnóstica ou terapêutica com tais alérgenos. Esses pacientes podem não apresentar
resposta às doses usuais de epinefrina usadas para tratar reações anafiláticas.
Tratamento combinado: existe a possibilidade de efeito aditivo sobre os efeitos sistêmicos
conhecidos da inibição da anidrase carbônica em pacientes que recebem inibidores orais e tópicos da
anidrase carbônica concomitantemente. A administração concomitante de cloridrato de dorzolamida
+ maleato de timolol e de inibidores da anidrase carbônica por via oral não foi estudada e não é
recomendada.
Pacientes que já estão recebendo bloqueadores betadrenérgicos sistêmicos e começam a utilizar
Timosopt devem ser observados quanto ao possível efeito aditivo sobre a pressão intraocular ou
sobre os efeitos sistêmicos conhecidos do bloqueio betadrenérgico. O uso de dois bloqueadores
betadrenérgicos tópicos não é recomendado.
Outros: o controle de pacientes com glaucoma agudo de ângulo fechado requer outras intervenções
terapêuticas além de agentes oculares hipotensores. O cloridrato de dorzolamida + maleato de
timolol não foi estudado em pacientes com glaucoma agudo de ângulo fechado.
Foi relatado descolamento da coroide com a administração de tratamento supressor de humor
aquoso (por exemplo, timolol, acetazolamida, dorzolamida) após procedimentos de filtração.
Pacientes com baixa contagem de células endoteliais são mais propensos ao desenvolvimento de
edema de córnea. Deve-se tomar precauções quando Timosopt for prescrito para esse grupo de
pacientes.
Uso de lentes de contato: Timosopt contém o conservante cloreto de benzalcônio, que pode se
depositar nas lentes de contato gelatinosas; portanto, Timosopt não deve ser administrado quando
essas lentes estiverem sendo utilizadas. As lentes devem ser retiradas antes da aplicação das gotas e
só devem ser recolocadas 15 minutos depois.
Gravidez e Lactação - Categoria C
Timosopt – solução - Bula para o profissional da saúde 6
Não existem estudos adequados e bem controlados em grávidas. Timosopt deve ser usado durante a
gravidez somente se os benefícios potenciais justificarem os possíveis riscos para o feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Não se sabe se o cloridrato de dorzolamida é excretado no leite materno. O maleato de timolol é
excretado no leite materno. Uma vez que reações adversas graves podem ocorrer em lactentes, deve-
se decidir entre descontinuar o aleitamento ou a medicação, levando-se em consideração sua
importância para a mãe.
Uso pediátrico: a segurança e a eficácia da solução oftálmica de cloridrato de dorzolamida 2% foi
estabelecida em estudo clínico com crianças menores de 6 anos de idade. Neste estudo, pacientes
menores de 6 anos e maiores de 2 anos de idade cuja PIO não foi controlada com monoterapia
receberam cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol. Nesses pacientes cloridrato de
dorzolamida + maleato de timolol foi geralmente bem tolerado.
Uso em idosos: do número total de pacientes dos estudos clínicos com cloridrato de dorzolamida +
maleato de timolol, 49% tinham 65 anos ou mais e 13% tinham 75 anos ou mais.
No geral, nenhuma diferença na eficácia ou no perfil de segurança foi observada entre esses
pacientes e pacientes mais novos, mas o aumento da sensibilidade individual em alguns idosos não
pode ser desconsiderado.
Dirigir ou operar máquinas: existem efeitos adversos associados ao uso de cloridrato de
dorzolamida + maleato de timolol que podem afetar a capacidade em alguns pacientes de dirigir e/ou
operar máquinas (veja 9. REAÇÕES ADVERSAS).
Não foram realizados estudos de interações medicamentosas específicos com cloridrato de
dorzolamida + maleato de timolol.
Em estudos clínicos, cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol foi usado concomitantemente
com as seguintes medicações sistêmicas, sem evidência de interações adversas: inibidores da ECA,
bloqueadores dos canais de cálcio, diuréticos, anti-inflamatórios não esteroidais, incluindo ácido
acetilsalicílico e hormônios (por exemplo, estrogênio, insulina, tiroxina).
Entretanto, é possível que ocorram efeitos aditivos, hipotensão e/ou bradicardia acentuada quando a
solução oftálmica de maleato de timolol for administrada concomitantemente com bloqueadores dos
canais de cálcio, medicações depletoras de catecolamina, antiarrítmicos, parassimpatomiméticos ou
bloqueadores betadrenérgicos por via oral.
Há relato de potencialização de bloqueio betadrenérgico sistêmico (por exemplo, diminuição da
frequência cardíaca, depressão) durante tratamento concomitante com inibidores da CYP2D6 (por
exemplo: quinidina, inibidores da recaptação de serotonina) e timolol.
O componente dorzolamida de cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol é um inibidor da
anidrase carbônica e, embora administrado por via tópica, é absorvido por via sistêmica. Em estudos
clínicos, a solução oftálmica de cloridrato de dorzolamida não foi associada a distúrbios ácido-base.
Entretanto, esses distúrbios foram relatados com inibidores orais da anidrase carbônica e, algumas
vezes, resultaram em interações medicamentosas (por exemplo, toxicidade associada ao tratamento
com altas doses de salicilato). Portanto, a possibilidade de tais interações medicamentosas deve ser
considerada em pacientes que estejam recebendo Timosopt.
Os agentes bloqueadores betadrenérgicos orais podem exacerbar a hipertensão de rebote que pode
ocorrer após a suspensão de clonidina.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30º C). Proteger da luz e umidade.
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote, data de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Timosopt é uma solução incolor e levemente viscosa.
Antes de usar, observar o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Timosopt – solução - Bula para o profissional da saúde 7
A dose é de uma gota de Timosopt no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia.
Quando Timosopt for substituir outro(s) agente(s) oftálmico(s) antiglaucomatoso(s), descontinue
o(s) outro(s) agente(s) após a administração apropriada em um dia, e comece a administrar Timosopt
no dia seguinte.
Se outro agente oftálmico tópico estiver sendo usado, Timosopt e o outro agente devem ser
administrados com um intervalo de, pelo menos, 10 minutos.
Quando se utiliza a oclusão nasolacrimal ou se fecha as pálpebras, durante 2 minutos, a absorção
sistêmica é reduzida. Isso pode resultar em aumento da atividade local.
NÃO TOQUE A PONTA DO FRASCO NOS OLHOS OU NAS PÁLPEBRAS.
Se manuseados inadequadamente, os medicamentos oftálmicos podem ser contaminados por
bactérias comuns, conhecidas por causar infecções oculares. O uso de medicamentos oftálmicos
contaminados pode causar lesões oculares graves e perda da visão. Em caso de suspeita de
contaminação do medicamento ou se o paciente desenvolver uma infecção ocular, o paciente deve
ser orientado a contatar o médico imediatamente.
Nos estudos clínicos para cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol as reações adversas
observadas são consistentes com aquelas relatadas previamente com cloridrato de dorzolamida e/ou
maleato de timolol. Durante os estudos clínicos, 1.035 pacientes foram tratados com cloridrato de
dorzolamida + maleato de timolol. Aproximadamente 2,4% de todos os pacientes descontinuaram a
terapia com cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol devido a reações adversas oculares
locais e, aproximadamente 1,2% de todos os pacientes descontinuaram devido a reações adversas
locais sugestivas de alergia ou hipersensibilidade (como inflamação palpebral e conjuntivite). Como
outros medicamentos oftálmicos aplicados topicamente, timolol é absorvidos na circulação
sistêmica. Isso pode causar reações adversas semelhantes aos agentes betabloqueadores sistêmicos.
A incidência de reações adversas sistêmicas após a administração oftálmica tópica é menor que
administração sistêmica.
As seguintes reações adversas foram relatadas com formulações contendo cloridrato de dorzolamida
+ maleato de timolol, durante os estudos clínicos ou durante a experiência pós-comercialização:
Muito comum: (≥ 1/10), comum: (≥ 1/100 a < 1/10), incomum: (≥ 1/1.000 a < 1/100) e rara: (≥
1/10.000 a < 1/1.000) e desconhecida** (não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis).
Distúrbios do sistema imunológico:
- cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol:
Rara: sinais e sintomas de reações alérgicas sistêmicas incluindo angioedema, urticária, prurido,
erupção cutânea, anafilaxia.
- maleato de timolol colírio, solução:
Rara: sinais e sintomas de reações alérgicas incluindo angioedema, urticária, prurido, erupção
cutânea localizada e generalizada, anafilaxia.
Desconhecido: prurido.
Distúrbios do metabolismo e nutrição:
Desconhecido: hipoglicemia.
Distúrbios psiquiátricos:
Incomum: depressão*.
Rara: insônia*, pesadelos*, perda de memória.
Distúrbios do sistema nervoso:
- cloridrato de dorzolamida colírio, solução:
Comum: cefaleia*.
Rara: tontura*, parestesia*.
Incomum: tontura*, síncope*.
Rara: parestesia*, aumento dos sinais e sintomas de miastenia grave, redução da libido*, acidente
vascular cerebral*, isquemia cerebral.
Distúrbios oculares:
Muito comum: queimação e ardência.
Comum: injeção conjuntival, visão turva, erosão corneana, coceira ocular, lacrimação.
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Comum: inflamação palpebral*, irritação palpebral*.
Incomum: iridociclite*.
Rara: irritação, incluindo vermelhidão* e dor*, crosta palpebral*, miopia transitória (solucionada
com a descontinuação da terapia), edema corneano*, hipotonia ocular*, descolamento coroidal (após
cirurgia de filtração)*.
Comum: sinais e sintomas de irritação ocular, incluindo blefarite*, ceratite*, redução da
sensibilidade corneana e olhos secos*.
Incomum: distúrbios visuais, incluindo alterações de refração (em alguns casos, devido à
descontinuação da terapia miótica)*.
Rara: ptose, diplopia, descolamento coroidal (após cirurgia de filtração)*.
Desconhecido: coceira, lacrimejamento, vermelhidão, visão turva, erosão da córnea.
Distúrbios do ouvido e labirinto:
Rara: zumbido*.
Distúrbios cardíacos:
Incomum: bradicardia*.
Rara: dor torácica*, palpitação*, edema*, arritmia*, insuficiência cardíaca congestiva*, bloqueio
cardíaco*, parada cardíaca*.
Desconhecido: bloqueio atrioventricular, insuficiência cardíaca.
Distúrbios vasculares:
Rara: hipotensão*, claudicação, fenômeno de Raynaud, mão e pés frios.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino:
Comum: sinusite.
Rara: falta de ar, insuficiência respiratória, rinite, raramente broncoespasmo.
Rara: epistaxe*.
Incomum: dispneia*.
Rara: broncoespasmo (predominantemente em pacientes com doença broncoespástica
preexistente)*, insuficiência respiratória, tosse*.
Distúrbios gastrintestinais:
Muito comum: disgeusia.
Comum: náusea*.
Rara: irritação da garganta, boca seca*.
Incomum: náusea*, dispepsia*.
Rara: diarreia, boca seca*.
Desconhecido: disgeusia, dor abdominal, vômito.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo:
Rara: dermatite de contato, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica.
Rara: erupção cutânea*.
Rara: alopecia*, erupção cutânea psoriasiforme ou exacerbação da psoríase*.
Desconhecido: erupção cutânea.
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo:
Rara: lúpus eritematoso sistêmico.
Desconhecido: mialgia.
Distúrbios renais e urinários:
Incomum: urolitíase.
Timosopt – solução - Bula para o profissional da saúde 9
Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama:
Rara: doença de Peyronie*, diminuição da libido.
Desconhecido: disfunção sexual.
Distúrbios gerais e condições no local de administração:
Comum: astenia/fadiga*.
Incomum: astenia/fadiga*.
*Essas reações adversas também foram observadas com cloridrato de dorzolamida + maleato de
timolol durante a experiência pós-comercialização.
** Reações adversas adicionais foram observadas com betabloqueadores oftálmicos e podem
potencialmente ocorrer com cloridrato de dorzolamida + maleato de timolol.
Em casos de eventos adversos, notifique ao sistema de Notificação em Vigilância Sanitária
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.