Bula do Travoprosta para o Profissional

Bula do Travoprosta produzido pelo laboratorio Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Travoprosta
Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO TRAVOPROSTA PARA O PROFISSIONAL

travoprosta

Legrand Pharma Indústria Farmacêutica LTDA.

Solução Oftálmica

0,04 mg/mL

“Medicamento genérico, Lei nº 9.787 de 1999”

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome genérico: travoprosta

APRESENTAÇÕES:

Solução oftálmica estéril.

A travoprosta é apresentada em frasco plástico opaco gotejador contendo 2,5 mL ou 5 mL de solução oftálmica.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO TÓPICA OCULAR

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO:

Cada ml (36 gotas) da solução oftálmica contém:

travoprosta................................................................................................................................................................................0,040 mg

Veículo* qsp....................................................................................................................................................................................1 ml

* cloreto de benzalcônio, edetato dissódico di-hidratado, óleo de rícino hidrogenado etoxilado, manitol, ácido bórico, trometamol,

hidróxido de sódio e água purificada.

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

A travoprosta está indicada para a redução da pressão intra-ocular em pacientes com glaucoma de ângulo aberto, glaucoma de

ângulo fechado em pacientes submetidos previamente a iridotomia e hipertensão ocular.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Em estudos clínicos, pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular com pressão intra-ocular basal de 25 a 27

mmHg, tratados com travoprosta uma vez por dia à noite, demonstraram reduções da pressão intra-ocular de 7 a 8 mmHg. Em

análises de subgrupos destes estudos a redução média da PIO em pacientes da raça negra foi maior em até 1,8 mmHg em relação à

pacientes de outras raças. Ainda não se sabe se esta diferença está relacionada à raça ou à íris fortemente pigmentada.

Em um ensaio multicêntrico, aleatório e controlado, pacientes com pressão intra-ocular basal média de 24 a 26 mmHg, em

tratamento com TIMOPTIC* (solução oftálmica de maleato de timolol 0,5%), duas vezes por dia, que foram tratados com

travoprosta, em dose única diária adjuntivamente ao TIMOPTIC* 0,5%, demonstraram reduções da PIO de 6 a 7 mmHg.

Em um estudo controlado de 3 meses, comparando travoprosta e a Solução Oftálmica de latanoprosta 0,005%, em pacientes

diagnosticados com glaucoma crônico de ângulo fechado, que tiveram uma iridotomia periférica prévia no olho em estudo, foram

atingidas reduções estáveis da PIO diurna dentro de dois dias após o início da terapia e mantidas por um período de 3 meses de

tratamento. As reduções médias da PIO variaram de 7,4 a 9,1 mmHg para travoprosta e 6,6 a 7,9 mmHg para Solução Oftálmica

de latanoprosta. Uma resposta clínica relevante ao tratamento foi definida como uma PIO média ≤18 mmHg. Setenta e um por cento

(71%) dos pacientes tratados com travoprosta atingiram este alvo, comparado com 63% dos pacientes tratados com a Solução

Oftálmica de latanoprosta 0,005%. A travoprosta foi estudada em pacientes com insuficiência hepática e também em pacientes com

insuficiência renal. Nenhuma alteração hematológica clinicamente relevante ou na análise laboratorial da urina foi observada nestes

pacientes.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

A travoprosta é uma solução aquosa oftálmica, tamponada e estéril de travoprosta, com um pH em torno de 6,0 e osmolalidade de

aproximadamente 290 mOsm/kg.

Mecanismo de ação: A travoprosta ácido livre é um agonista seletivo para o receptor prostanóide FP. O mecanismo de ação exato

ainda não é conhecido. Acredita-se que os agonistas para o receptor FP reduzem a pressão intra-ocular através do aumento do

escoamento uveoescleral.

Absorção: A travoprosta é absorvida através da córnea e hidrolisada para o ácido livre ativo. Dados de 4 estudos farmacocinéticos

de dose múltipla (total de 107 pacientes) mostraram que as concentrações plasmáticas do ácido livre ficaram abaixo de 0,01 ng/ml

(limite de quantificação do ensaio) em 2/3 dos pacientes. Nos indivíduos com concentrações plasmáticas quantificáveis (N=38) a

Cmax média foi de 0,018 ± 0,007 (variando 0,01 a 0,052 ng/ml) e foi alcançada dentro de 30 minutos. A partir destes estudos a

meia-vida plasmática da travoprosta foi estimada em 45 minutos. Não houve diferenças nas concentrações plasmáticas entre os dias

1 e 7, indicando que o estado de equilíbrio foi logo alcançado e que não há acúmulo significante.

Metabolismo: A travoprosta (pró-droga de éster isopropil) é hidrolisada pelas esterases na córnea para o ácido livre biologicamente

ativo. Sistemicamente, a travoprosta ácido livre é metabolizada para metabólitos inativos através da beta-oxidação da cadeia alfa do

ácido carboxílico resultando nos análogos 1,2-dinor e 1,2,3,4-tetranor por oxidação do grupo 15-hidroxil, bem como pela redução da

dupla ligação 13,14.

Excreção: A eliminação da travoprosta ácido livre do plasma humano é rápida resultando em concentrações abaixo do limite de

quantificação dentro de 1 hora após a instilação ocular. A meia-vida de eliminação final da travoprosta ácido livre foi estimada a

partir de 14 indivíduos e variou de 17 minutos a 86 minutos com a meia vida média de 45 minutos. Menos de 2% da dose tópica

ocular de travoprosta foi excretada na urina dentro de 4 horas como travoprosta ácido livre.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contra-indicado para pessoas que tenham sensibilidade conhecida a travoprosta, ou a qualquer componente da

fórmula.

Gravidez: Categoria C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos de idade.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

ADVERTÊNCIAS:

Foi relatado que travoprosta causa alterações nos tecidos pigmentados. As alterações relatadas com maior frequência foram aumento

na pigmentação da íris e tecido periorbital (pálpebra) e aumento na pigmentação e crescimento de cílios. Estas alterações podem ser

permanentes.

A travoprosta pode alterar gradualmente a coloração dos olhos, aumentando a quantidade de pigmento castanho na íris através do

aumento do número de melanossomas (grânulos de pigmento) nos melanócitos. Os efeitos a longo prazo nos melanócitos e as

consequências de um dano potencial aos melanócitos e/ou depósito de grânulos de pigmento em outras áreas dos olhos não são

atualmente conhecidos. A alteração da coloração da íris ocorre lentamente e pode não ser perceptível por meses ou anos.

Os pacientes devem estar cientes da possibilidade de alteração da cor da íris. O escurecimento da pele palpebral tem sido relatado

em associação ao uso de travoprosta.

A travoprosta pode alterar gradualmente os cílios dos olhos tratados. As alterações incluem o aumento do comprimento, espessura,

pigmentação e/ou número de cílios.

Os pacientes tratados em apenas um dos olhos devem estar cientes da possibilidade de aumento da pigmentação castanha da íris, do

tecido periorbitário e/ou palpebral e dos cílios, no olho tratado, ocorrendo assim heterocromia entre os olhos. Pode ocorrer

disparidade entre os olhos no comprimento, espessura e/ou número de cílios.

PRECAUÇÕES:

GERAIS: Casos de ceratite bacteriana têm sido associados com o uso de frascos dose-múltipla de produtos oftálmicos tópicos.

Estes frascos foram inadvertidamente contaminados pelos pacientes, os quais, na maioria dos casos, tinham uma doença corneana

intercorrente ou uma ruptura na superfície epitelial.

Os pacientes podem sofrer um aumento lento da pigmentação castanha da íris. Esta alteração pode não ser perceptível por meses ou

anos, ocorrendo predominantemente em pacientes com íris de cores misturadas, tais como castanha azulada, castanha acinzentada,

castanha amarelada, castanha esverdeada, mas também foi observada em pacientes de olhos castanhos. Acredita-se que a alteração

de cor seja devida ao aumento do conteúdo de melanina dos melanócitos estromais da íris. O mecanismo de ação exato ainda não é

conhecido.

Tipicamente, a pigmentação castanha ao redor da pupila se espalha concentricamente em direção à periferia nos olhos afetados,

porém a íris inteira ou partes dela podem tornar-se acastanhadas. Até que mais informações sobre o aumento da pigmentação

castanha estejam disponíveis, os pacientes devem ser examinados regularmente e, dependendo da situação, o tratamento deve ser

interrompido se o aumento da pigmentação ocorrer.

A travoprosta deve ser usada com precaução em pacientes com história de inflamação intraocular (irite/uveíte) e não deve ser usado

em paciente com inflamação intra-ocular ativa.

Edema macular, incluindo edema macular cistóide, tem sido relatado com análogos da prostaglandina F2α. Estes relatos ocorreram

principalmente em pacientes afácicos, pseudofácicos com ruptura de cápsula posterior ou em pacientes com fatores de risco

conhecidos para edema macular. A travoprosta deve ser usada com precaução nestes pacientes.

A travoprosta não foi avaliada no glaucoma inflamatório ou neovascular.

CARCINOGÊNESE, MUTAGÊNESE E DIMINUIÇÃO DA FERTILIDADE: Estudos de carcinogenicidade de 2 anos em

camundongos e ratos com doses subcutâneas de 10, 30 ou 100 μg/kg/dia, não evidenciaram potencial carcinogênico. Entretanto,

com doses de 100 μg/kg/dia, ratos machos foram tratados somente por 82 semanas e a máxima dose tolerada não foi alcançada no

estudo em camundongos. A maior dose (100 μg/kg) corresponde a níveis de exposição acima de 400 vezes a exposição humana na

máxima dose ocular humana recomendada (MDOHR) de 0,04 μg/kg, com base nos níveis plasmáticos ativos da droga. A

travoprosta não foi mutagênica no teste de Ames, nos testes de micronúcleos em camundongos e nos ensaios de aberração de

cromossomos em ratos. Um leve aumento na frequência mutagênica foi observado em um de dois ensaios de linfoma de

camundongo na presença de enzimas de ativação S-9 de ratos.

A travoprosta não afetou o índice de reprodução ou fertilidade de ratos machos e fêmeas em doses subcutâneas de até 10 μg/kg/dia

(250 vezes a máxima dose ocular humana recomendada de 0,04μg/kg/dia). O número médio de corpos lúteos foi reduzido e as

perdas na pós-implantação foram aumentadas nessa dose. Estes efeitos não foram observados na dose de 3 μg/kg/dia (75 vezes a

máxima dose ocular humana recomendada).

GRAVIDEZ CATEGORIA C: EFEITOS TERATOGÊNICOS: travoprosta foi teratogênica em ratas, em doses intravenosas de

até 10 μg/kg/dia (250 vezes a máxima dose humana ocular recomendada), o que foi evidenciado pelo aumento da incidência de

malformação esquelética bem como malformação visceral e externa, tais como esternebras fundidas, cabeça abobadada e

hidrocefalia. A travoprosta não foi teratogênica em ratas em doses intravenosas de até 3 μg/kg/dia (75 vezes a máxima dose humana

ocular recomendada) ou em camundongos em doses subcutâneas de 1,0 μg/kg/dia (25 vezes a máxima dose humana ocular

recomendada). A travoprosta produziu aumento de perdas na pós-implantação e diminuição da viabilidade fetal em ratas com doses

intravenosas >3 μg/kg/dia (75 vezes a máxima dose humana ocular recomendada) e em camundongos com doses subcutâneas >0,3

μg/kg/dia (7,5 vezes a máxima dose humana ocular recomendada).

A incidência de mortalidade pós-natal foi aumentada e o ganho de peso corpóreo do neonatal foi reduzido, na prole de ratas tratadas

com travoprosta por via subcutânea, desde o sétimo dia de gravidez até o vigésimo primeiro dia de lactação, com doses _ 0,12

μg/kg/dia (3 vezes a máxima dose humana ocular recomendada). O desenvolvimento do neonatal foi também afetado, o que foi

evidenciado pela demora na abertura dos olhos, descolamento auricular, separação prepucial e diminuição da atividade motora.

Estudos adequados e bem controlados não foram realizados em mulheres grávidas. A travoprosta deve ser usada na gravidez

somente se o beneficio potencial justificar o risco potencial para o feto.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

MÃES LACTANTES: Um estudo em ratas lactantes demonstrou que a travoprosta marcada radioativamente e/ou seus metabólitos

são excretados no leite. Não se sabe se esta droga ou seus metabólitos são excretados no leite humano. Devido ao fato de muitas

drogas serem excretadas no leite materno, devem ser tomadas precauções quando travoprosta for administrado à mulheres lactantes

CRIANÇAS: A segurança e a eficácia não foram estabelecidas para pacientes pediátricos.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não foram descritas interações medicamentosas.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar o frasco de travoprosta em temperatura ambiente (entre 15º e 30ºC). Proteger da luz e umidade. A validade do produto é

de 24 meses. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de

validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. A travoprosta Solução Oftálmica é uma solução límpida incolor, isenta

de partículas e material estranho. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Para evitar possível contaminação do frasco, mantenha a ponta do frasco longe do contato com qualquer superfície. Pingue uma gota

no(s) olho(s) afetado(s) uma vez por dia à noite. Não pingue mais que uma vez por dia, pois o uso com maior frequência pode

diminuir o efeito de redução da pressão intra-ocular.

Você pode usar travoprosta junto com outros medicamentos oftálmicos para diminuir a pressão intra-ocular. Se você estiver usando

mais de um produto oftálmico, deve usá-los com intervalo mínimo de 5 minutos.

9. REAÇÕES ADVERSAS

O evento adverso ocular mais comum que foi observado em estudos clínicos controlados com travoprosta foi hiperemia, relatada em

35 a 50 % dos pacientes. Aproximadamente 3% dos pacientes interromperam a terapia devido à hiperemia conjuntival.

Os eventos adversos oculares relatados com incidência de 5 a 10 % incluíram diminuição da acuidade visual, desconforto ocular,

sensação de corpo estranho, dor e prurido.

Os eventos adversos oculares relatados com incidência de 1 a 4% incluíram visão anormal, blefarite, visão borrada, catarata,

conjuntivite, olho seco, distúrbio ocular, “flare”, alteração de cor da íris, ceratite, crosta na borda da pálpebra, fotofobia, hemorragia

subconjuntival e lacrimejamento.

Os eventos adversos não oculares relatados com incidência de 1 a 5 % foram: lesão acidental, angina de peito, ansiedade, artrite, dor

nas costas, bradicardia, bronquite, dor no peito, síndrome do resfriado, depressão, dispepsia, distúrbio gastrintestinal, dor de cabeça,

hipercolesterolemia, hipertensão, hipotensão, infecção, dor, distúrbios da próstata, sinusite, incontinência urinária e infecção do trato

urinário.

ATENÇÃO: Este é um medicamento novo no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis,

mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso,

notifique os eventos adversos, pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.