Bula do Travoprosta produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
travoprosta
Medley Indústria Farmacêutica Ltda.
solução oftálmica
0,04 mg/mL
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÃO
Solução oftálmica estéril 0,04 mg/mL: embalagem com frasco com 2,5 mL.
USO TÓPICO OCULAR
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL (aproximadamente 37 gotas) contém:
travoprosta ...................................................... 0,04 mg
veículo q.s.p. ................................................... 1 mL
(cloreto de benzalcônio, edetato dissódico di-hidratado, ácido bórico, trometamol, óleo de rícino
hidrogenado etoxilado, manitol, água para injetáveis)
Cada gota contém aproximadamente 1,08 mcg de travoprosta.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A travoprosta solução oftálmica está indicada para a redução da pressão intraocular em pacientes com
glaucoma de ângulo aberto, glaucoma de ângulo fechado em pacientes submetidos previamente a
iridotomia e hipertensão ocular.
Em estudos clínicos, pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular com pressão
intraocular basal de 25 a 27 mmHg, tratados com travoprosta solução oftálmica uma vez por dia à noite,
demonstraram reduções da pressão intraocular de 7 a 8 mmHg. Em análises de subgrupos destes estudos a
redução média da PIO em pacientes da raça negra foi maior em até 1,8 mmHg em relação à pacientes de
outras raças. Ainda não se sabe se esta diferença está relacionada à raça ou à íris fortemente pigmentada.
Em um ensaio multicêntrico, aleatório e controlado, pacientes com pressão intraocular basal média de 24
a 26 mmHg, em tratamento com solução oftálmica de maleato de timolol 0,5%, duas vezes por dia, que
foram tratados com travoprosta solução oftálmica, em dose única diária adjuntivamente à solução
oftálmica de maleato de timolol 0,5%, demonstraram reduções da PIO de 6 a 7 mmHg.
Em um estudo controlado de 3 meses, comparando travoprosta solução oftálmica e a solução oftálmica de
latanoprosta 0,005%, em pacientes diagnosticados com glaucoma crônico de ângulo fechado, que tiveram
uma iridotomia periférica prévia no olho em estudo, foram atingidas reduções estáveis da PIO diurna
dentro de dois dias após o início da terapia e mantidas por um período de 3 meses de tratamento. As
reduções médias da PIO variaram de 7,4 a 9,1 mmHg para travoprosta solução oftálmica e 6,6 a 7,9
mmHg para solução oftálmica de latanoprosta. Uma resposta clínica relevante ao tratamento foi definida
como uma PIO média ≤ 18 mmHg.
Setenta e um por cento (71%) dos pacientes tratados com travoprosta solução oftálmica atingiram este
alvo, comparado com 63% dos pacientes tratados com a solução oftálmica de latanoprosta 0,005%.
A travoprosta solução oftálmica foi estudada em pacientes com insuficiência hepática e também em
pacientes com insuficiência renal. Nenhuma alteração hematológica clinicamente relevante ou na análise
laboratorial da urina foi observada nestes pacientes.
Este medicamento é uma solução aquosa oftálmica, tamponada e estéril de travoprosta, com um pH em
torno de 6,0 e osmolalidade de aproximadamente 290 mOsm/kg.
Mecanismo de ação: a travoprosta ácido livre é um agonista seletivo para o receptor prostanoide FP. O
mecanismo de ação exato ainda não é conhecido. Acredita-se que os agonistas para o receptor FP
reduzem a pressão intraocular através do aumento do escoamento uveoescleral.
Absorção: a travoprosta é absorvida através da córnea e hidrolisada para o ácido livre ativo. Dados de 4
estudos farmacocinéticos de dose múltipla (total de 107 pacientes) mostraram que as concentrações
plasmáticas do ácido livre ficaram abaixo de 0,01 ng/mL (limite de quantificação do ensaio) em 2/3 dos
pacientes. Nos indivíduos com concentrações plasmáticas quantificáveis (N = 38) a Cmax média foi de
0,018 ± 0,007 (variando 0,01 a 0,052 ng/mL) e foi alcançada dentro de 30 minutos. A partir destes
estudos a meia-vida plasmática da travoprosta foi estimada em 45 minutos. Não houve diferenças nas
concentrações plasmáticas entre os dias 1 e 7, indicando que o estado de equilíbrio foi logo alcançado e
que não há acúmulo significante.
Metabolismo: a travoprosta (pró-droga de éster isopropil) é hidrolisada pelas esterases na córnea para o
ácido livre biologicamente ativo. Sistemicamente, a travoprosta ácido livre é metabolizada para
metabólitos inativos através da beta-oxidação da cadeia alfa do ácido carboxílico resultando nos análogos
1,2-dinor e 1,2,3,4-tetranor por oxidação do grupo 15-hidroxil, bem como pela redução da dupla ligação
13,14.
Excreção: a eliminação da travoprosta ácido livre do plasma humano é rápida resultando em
concentrações abaixo do limite de quantificação dentro de 1 hora após a instilação ocular. A meia-vida de
eliminação final da travoprosta ácido livre foi estimada a partir de 14 indivíduos e variou de 17 minutos a
86 minutos com a meia-vida média de 45 minutos. Menos de 2% da dose tópica ocular de travoprosta foi
excretada na urina dentro de 4 horas como travoprosta ácido livre.
Este medicamento é contraindicado para pessoas que tenham sensibilidade conhecida a travoprosta, ou a
qualquer componente da fórmula.
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas
sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
ADVERTÊNCIAS
Foi relatado que travoprosta solução oftálmica causa alterações nos tecidos pigmentados. As alterações
relatadas com maior frequência foram aumento na pigmentação da íris e tecido periorbital (pálpebra) e
aumento na pigmentação e crescimento de cílios. Estas alterações podem ser permanentes.
A travoprosta solução oftálmica pode alterar gradualmente a coloração dos olhos, aumentando a
quantidade de pigmento castanho na íris através do aumento do número de melanossomas (grânulos de
pigmento) nos melanócitos. Os efeitos de longo prazo nos melanócitos e as consequências de um dano
potencial aos melanócitos e/ou depósito de grânulos de pigmento em outras áreas dos olhos não são
atualmente conhecidos. A alteração da coloração da íris ocorre lentamente e pode não ser perceptível por
meses ou anos.
Os pacientes devem estar cientes da possibilidade de alteração da cor da íris. O escurecimento da pele
palpebral tem sido relatado em associação ao uso de travoprosta solução oftálmica.
A travoprosta solução oftálmica pode alterar gradualmente os cílios dos olhos tratados. As alterações
incluem o aumento do comprimento, espessura, pigmentação e/ou número de cílios.
Os pacientes tratados em apenas um dos olhos devem estar cientes da possibilidade de aumento da
pigmentação castanha da íris, do tecido periorbitário e/ou palpebral e dos cílios, no olho tratado,
ocorrendo assim heterocromia entre os olhos. Pode ocorrer disparidade entre os olhos no comprimento,
espessura e/ou número de cílios.
PRECAUÇÕES
Gerais: casos de ceratite bacteriana têm sido associados com o uso de frascos dose-múltipla de produtos
oftálmicos tópicos. Estes frascos foram inadvertidamente contaminados pelos pacientes, os quais, na
maioria dos casos, tinham uma doença corneana intercorrente ou uma ruptura na superfície epitelial.
Os pacientes podem sofrer um aumento lento da pigmentação castanha da íris. Esta alteração pode não ser
perceptível por meses ou anos, ocorrendo predominantemente em pacientes com íris de cores misturadas,
tais como castanha azulada, castanha acinzentada, castanha amarelada, castanha esverdeada, mas também
foi observada em pacientes de olhos castanhos. Acredita-se que a alteração de cor seja devida ao aumento
do conteúdo de melanina dos melanócitos estromais da íris. O mecanismo de ação exato ainda não é
conhecido.
Tipicamente, a pigmentação castanha ao redor da pupila se espalha concentricamente em direção à
periferia nos olhos afetados, porém a íris inteira ou partes dela podem tornar-se acastanhadas. Até que
mais informações sobre o aumento da pigmentação castanha estejam disponíveis, os pacientes devem ser
examinados regularmente e, dependendo da situação, o tratamento deve ser interrompido se o aumento da
pigmentação ocorrer.
Este medicamento deve ser usado com precaução em pacientes com história de inflamação intraocular
(irite/uveíte) e não deve ser usado em paciente com inflamação intraocular ativa.
Edema macular, incluindo edema macular cistoide, tem sido relatado com análogos da prostaglandina
F2α. Estes relatos ocorreram principalmente em pacientes afácicos, pseudofácicos com ruptura de cápsula
posterior ou em pacientes com fatores de risco conhecidos para edema macular. Este medicamento deve
ser usado com precaução nestes pacientes.
A travoprosta solução oftálmica não foi avaliada no glaucoma inflamatório ou neovascular.
Carcinogênes, mutagênese e diminuição da feritlidade
Estudos de carcinogenicidade de 2 anos em camundongos e ratos com doses subcutâneas de 10, 30 ou
100 µg/kg/dia, não evidenciaram potencial carcinogênico. Entretanto, com doses de 100 µg/kg/dia, ratos
machos foram tratados somente por 82 semanas e a máxima dose tolerada não foi alcançada no estudo em
camundongos. A maior dose (100 µg/kg) corresponde a níveis de exposição acima de 400 vezes a
exposição humana na máxima dose ocular humana recomendada (MDOHR) de 0,04 µg/kg, com base nos
níveis plasmáticos ativos da droga. A travoprosta não foi mutagênica no teste de Ames, nos testes de
micronúcleos em camundongos e nos ensaios de aberração de cromossomos em ratos. Um leve aumento
na frequência mutagênica foi observado em um de dois ensaios de linfoma de camundongo na presença
de enzimas de ativação S-9 de ratos.
A travoprosta não afetou o índice de reprodução ou fertilidade de ratos machos e fêmeas em doses
subcutâneas de até 10 µg/kg/dia (250 vezes a máxima dose ocular humana recomendada de
0,04µg/kg/dia). O número médio de corpos lúteos foi reduzido e as perdas na pós-implantação foram
aumentadas nessa dose. Estes efeitos não foram observados na dose de 3 µg/kg/dia (75 vezes a máxima
dose ocular humana recomendada).
Gravidez Categoria C: efeitos teratogênicos
A travoprosta foi teratogênica em ratas, em doses intravenosas de até 10 µg/kg/dia (250 vezes a máxima
dose humana ocular recomendada), o que foi evidenciado pelo aumento da incidência de malformação
esquelética bem como malformação visceral e externa, tais como esternebras fundidas, cabeça abobadada
e hidrocefalia. A travoprosta não foi teratogênica em ratas em doses intravenosas de até 3 µg/kg/dia (75
vezes a máxima dose humana ocular recomendada) ou em camundongos em doses subcutâneas de 1,0
µg/kg/dia (25 vezes a máxima dose humana ocular recomendada). A travoprosta produziu aumento de
perdas na pós-implantação e diminuição da viabilidade fetal em ratas com doses intravenosas >3
µg/kg/dia (75 vezes a máxima dose humana ocular recomendada) e em camundongos com doses
subcutâneas >0,3 µg/kg/dia (7,5 vezes a máxima dose humana ocular recomendada).
A incidência de mortalidade pós-natal foi aumentada e o ganho de peso corpóreo do neonatal foi
reduzido, na prole de ratas tratadas com travoprosta por via subcutânea, desde o sétimo dia de gravidez
até o vigésimo primeiro dia de lactação, com doses ≥ 0,12 µg/kg/dia (3 vezes a máxima dose humana
ocular recomendada). O desenvolvimento do neonatal foi também afetado, o que foi evidenciado pela
demora na abertura dos olhos, descolamento auricular, separação prepucial e diminuição da atividade
motora.
Estudos adequados e bem controlados não foram realizados em mulheres grávidas.
Este medicamento deve ser usado na gravidez somente se o beneficio potencial justificar o risco potencial
para o feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Mães lactantes
Um estudo em ratas lactantes demonstrou que a travoprosta marcada radioativamente e/ou seus
metabólitos são excretados no leite. Não se sabe se esta droga ou seus metabólitos são excretados no leite
humano. Devido ao fato de muitas drogas serem excretadas no leite materno, devem ser tomadas
precauções quando travoprosta solução oftálmica for administrada à mulheres lactantes
Crianças
A segurança e a eficácia não foram estabelecidas para pacientes pediátricos.
Idosos
Não foram observadas diferenças na eficácia e segurança entre pacientes idosos e outros pacientes
Não foram descritas interações medicamentosas.
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC).
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após aberto, válido por 93 dias se conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC).
Características físicas e organolépticas
Este medicamento se apresenta na forma de solução límpida, incolor a amarela clara.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Para evitar possível contaminação do frasco, mantenha a ponta do frasco longe do contato com qualquer
superfície. Pingue uma gota no(s) olho(s) afetado(s) uma vez por dia à noite. Não pingue mais que uma
vez por dia, pois o uso com maior frequência pode diminuir o efeito de redução da pressão intraocular.
Você pode usar travoprosta solução oftálmica junto com outros medicamentos oftálmicos para diminuir a
pressão intraocular. Se você estiver usando mais de um produto oftálmico, deve usá-los com intervalo
mínimo de 5 minutos.
O evento adverso ocular mais comum que foi observado em estudos clínicos controlados com travoprosta
solução oftálmica foi hiperemia, relatada em 35 a 50 % dos pacientes. Aproximadamente 3% dos
pacientes interromperam a terapia devido à hiperemia conjuntival.
Os eventos adversos oculares relatados com incidência de 5 a 10 % incluíram diminuição da acuidade
visual, desconforto ocular, sensação de corpo estranho, dor e prurido.
Os eventos adversos oculares relatados com incidência de 1 a 4% incluíram visão anormal, blefarite,
visão borrada, catarata, conjuntivite, olho seco, distúrbio ocular, “flare”, alteração de cor da íris, ceratite,
crosta na borda da pálpebra, fotofobia, hemorragia subconjuntival e lacrimejamento.
Os eventos adversos não oculares relatados com incidência de 1 a 5 % foram: lesão acidental, angina de
peito, ansiedade, artrite, dor nas costas, bradicardia, bronquite, dor no peito, síndrome do resfriado,
depressão, dispepsia, distúrbio gastrintestinal, dor de cabeça, hipercolesterolemia, hipertensão,
hipotensão, infecção, dor, distúrbios da próstata, sinusite, incontinência urinária e infecção do trato
urinário.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal
Em caso de superdose, lavar os olhos com água. Se o produto for acidentalmente ingerido o tratamento
deve ser sintomático.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
Farm. Resp.: Dra. Conceição Regina Olmos
CRF-SP nº 10.772
MS - 1.0181.0641
Registrado por:
Medley Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua Macedo Costa, 55 - Campinas - SP
CNPJ 50.929.710/0001-79
Fabricado por:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413 - Suzano – SP
Indústria Brasileira
Embalado por:
Blisfarma Indústria Farmacêutica Ltda.
Avenida Itaboraí, 1425 - São Paulo - SP
IB220415
Anexo B
Histórico de Alteração da Bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
Nº
Assunto
Data da
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
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Solução oftálmica
0,04 mg/mL,
frasco com 2,5 mL
15/05/2015
Gerado no
momento do
peticionament
o
10452 -
GENERICO -
Notificação da
Alteração de
Texto de Bula
22/04/2015
0348721/15-
1