Bula do Triaxon produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Triaxon®
Pó para solução injetável IV 500mg, Pó para solução injetável IV 1g, Pó para solução
injetável IM 250mg, Pó para solução injetável IM 500mg e Pó para solução injetável
IM 1g
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
ceftriaxona dissódica
CEFALOSPORINA PARENTERAL DE AMPLO ESPECTRO E AÇÃO PROLONGADA
APRESENTAÇÕES
Pó para solução injetável IV 500mg: Embalagens contendo 01 e 50 frascos-ampola + 01 e
50 ampolas de diluente com 5mL.
Pó para solução injetável IV 500mg: Embalagens contendo 01 e 50 frascos-ampola.
Pó para solução injetável IV 1g: Embalagens contendo 01 e 50 frascos-ampola + 01 e 50
ampolas de diluente com 10mL.
Pó para solução injetável IV 1g: Embalagens contendo 01 e 50 frascos-ampola.
Pó para solução injetável IM 250mg: Embalagens contendo 01 e 50 frascos-ampola + 01 e
50 ampolas de diluente com 2mL.
Pó para solução injetável IM 500mg: Embalagens contendo 01 e 50 frascos-ampola + 01 e
Pó para solução injetável IM 1g: Embalagens contendo 01 e 50 frascos-ampola + 01 e 50
ampolas de diluente com 3,5mL.
USO INTRAMUSCULAR OU INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de 250mg contém:
ceftriaxona dissódica estéril (equivalente a 250mg de ceftriaxona).........................298,556mg
Cada frasco-ampola de 500mg contém:
ceftriaxona dissódica estéril (equivalente a 500mg de ceftriaxona).........................597,112mg
Cada frasco-ampola de 1g contém:
ceftriaxona dissódica estéril (equivalente a 1g de ceftriaxona).................................1,194224g
Cada ampola de diluente de 5mL contém:
água para injeção.................................................................................................................5mL
Cada ampola de diluente de 10mL contém:
água para injeção...............................................................................................................10mL
Cada mL da ampola de diluente de cloridrato de lidocaína 1% contém:
cloridrato de lidocaína monoidratada (equivalente a 10mg de cloridrato de lidocaína
anidra)...........................................................................................................................10,66mg
Veículo q.s.p.......................................................................................................................1mL
Excipiente: água para injeção.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é indicado para o tratamento de infecções causadas por microrganismos
sensíveis à ceftriaxona, como por exemplo:
-Sepse;
-Meningite;
-Borreliose de Lyme disseminada (estágios iniciais e tardios da doença) (Doença de Lyme);
-Infecções intra-abdominais (peritonites, infecções do trato gastrintestinal e biliar);
-Infecções ósseas, articulares, tecidos moles, pele e feridas;
-Infecções em pacientes imunocomprometidos;
-Infecções renais e do trato urinário;
-Infecções do trato respiratório, particularmente pneumonia e infecções
otorrinolaringológicas;
-Infecções genitais, inclusive gonorreia;
-Profilaxia peri-operatória de infecções.
O tratamento com ceftriaxona é eficaz em infecções de gravidade variável, incluindo a sepse
neonatal e no adulto, causadas por microrganismos sensíveis (Stone et al, 1984; Ghosen et
al, 1981; Wiese,1988).
É indicado no tratamento empírico da meningite em crianças acima de 1 ano associado à
ampicilina (Feigin et al, 1992).
Sua eficácia em adultos é comparável à da associação ampicilina e cloranfenicol (Girgis et
al, 1988) e, em crianças, aos seguintes antibióticos: cloranfenicol, ampicilina (isolados ou
em associação), cefepima e cefotaxima, com a vantagem de sua posologia apenas 1 vez ao
dia (Girgis et al, 1988; Saez-Llorens & O’Ryan, 2001; Peltola et al, 1989).
No tratamento das infecções respiratórias agudas ou crônicas agudizadas sua eficácia é
observada em crianças, adultos e idosos, na pneumonia comunitária e hospitalar, de
gravidade variável, e em casos graves (Rascio et al,1985; Grossman et al, 1999; Garber et al,
1992; Keller & Humair, 1981; Brogden & Ward,1988; Mangi et al, 1992).
Seu uso em dose única no tratamento da otite média aguda em crianças tem eficácia similar
à do tratamento durante 7 a 10 dias com amoxicilina, associação amoxicilina e ácido
clavulânico e sulfametoxazol e trimetoprima e tem sua indicação como alternativa quando a
aderência ao tratamento for questionável (Varsano et al, 1988; Cohen et al,1999, Barnett et
al,1997).
Ceftriaxona mostrou-se eficaz no tratamento das infecções renais e do trato urinário, não-
complicadas e complicadas (Brogden & Ward, 1988; Iravani & Richard, 1985). Sua eficácia
e segurança também foram demonstradas em mulheres grávidas (Wing et al,1998), crianças
e adolescentes (Komoroski et al, 1999).
No tratamento da peritonite bacteriana espontânea em pacientes cirróticos, ocorre cura
bacteriológica de até 100% em 48 horas (Gomez-Jimenez et al, 1993). Na febre tifoide seu
uso é seguro e eficaz, em adultos e crianças, comparável ao cloranfenicol (Moosa &
Rubidge, 1989). Nas diarreias causadas por Shigella, Salmonella, E. coli e Campylobacter,
em crianças, tem eficácia similar quando comparado ao ciprofloxacino (Leibovitz et al,
2000).
Sua eficácia também é observada no tratamento empírico de infecções bacterianas na
criança e adulto imunocomprometidos com neutropenia febril e câncer (Hoepelman et al,
1988; Menichetti et al, 1990; Ariffin et al, 2001). Nesses pacientes, o uso de ceftriaxona
diário, uma vez ao dia, é mais custo-efetivo do que a ceftazidima, três doses ao dia, ambos
em associação à amicacina (Rossini et al, 1998; Ariffin et al, 2001).
Na profilaxia peri-operatória de infecções, sua administração em dose única no pré-
operatório tem eficácia superior ou igual a outros antibióticos administrados em múltiplas
doses. É superior à associação de gentamicina e metronidazol em cirurgias intestinais
(Morris, 1993) e a cefoxitina, em cirurgias abdominais (Morris,1994). Em relação ao
cefepime (este também em dose única), a eficácia nas cirurgias colorretais é semelhante
(Zanella et al, 2000). Nas cirurgias ginecológicas, biliares e cardiovasculares, a eficácia de
sua administração em dose única é similar a cefazolina em múltiplas doses (Hemsell et al,
1984; Kellum et al, 1984; Soteriu et al, 1989). Nas cirurgias mamárias, observou-se menor
incidência de infecção pós operatória quando comparado a ceftazidima (Thomas et al,
1999). Nas cirurgias ortopédicas sua eficácia é semelhante à da cefuroxima (Meyer,1984).
Na profilaxia de infecção após trauma penetrante, a administração precoce (dentro de 2
horas) de ceftriaxona 2g em dose única tem eficácia semelhante ao uso da cefoxitina na dose
de 2g, 3 vezes ao dia por 3 dias associado a um menor custo de tratamento (Schmidt-
Matthiesen et al, 1999).
Ceftriaxona em uma única dose é eficaz para o tratamento da gonorreia com resultados de
erradicação da bactéria que variam de 98 a 100% (Handsfield et al, 1994; Jones et al,1991).
Sua eficácia em dose única no tratamento do cancroide é similar à azitromicina (Martin et al,
1994). Sua associação com doxicilina é tão eficaz quanto a associação clindamicina e
ciprofloxacino no tratamento da doença inflamatória pélvica (Arrendondo et al, 1997).
No tratamento da Doença de Lyme mostra-se superior à penicilina e pode ser considerada
droga de escolha (Dattwyler et al, 1987, 1988 e 1997).
No tratamento das celulites sua eficácia é comparável a cefazolina (Goldstein et al, 1984).
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Farmacodinâmica
Microbiologia
A atividade bactericida da ceftriaxona se deve à inibição da síntese da parede celular. A
ceftriaxona, in vitro, é ativa contra um amplo espectro de microrganismos Gram-positivos e
Gram-negativos, sendo altamente estável à maioria das betalactamases, tanto
cefalosporinases quanto penicilinases desses microrganismos. A ceftriaxona é normalmente
ativa in vitro contra os seguintes microrganismos e suas respectivas infecções:
Aeróbios Gram-positivos:
Staphylococcus aureus (meticilina-sensíveis),
Staphylococci coagulase-negativo,
Streptococcus pyogenes (Beta hemolítico grupo A),
Streptococcus agalactiae (Beta hemolítico grupo B),
Streptococci beta hemolítico (grupo não-A ou B),
Streptococcus viridans.
Streptococcus pneumoniae
Obs: Os estafilococos meticilina-resistentes são resistentes às cefalosporinas, inclusive à
ceftriaxona. Em geral, Enterococos faecalis, Enterococos faecium e Listeria monocytogenes
são também resistentes.
Aeróbios Gram-negativos:
Acinetobacter lwoffi,
Acinetobacter anitratus (principalmente Acinetobacter baumanii)*,
Aeromonas hydrophila,
Alcaligenes faecalis,
Alcaligenes odorans,
Bactéria Alcaligenes-like,
Borrelia burgdorferi,
Capnocytophaga spp.,
Citrobacter diversus (incluindo C. amalonaticus),
Citrobacter freundii*,
Escherichia coli,
Enterobacter aerogenes*,
Enterobacter cloacae*,
Enterobacter spp. (outros)*,
Haemophilus ducreyi,
Haemophilus influenzae,
Haemophilus parainfluenzae,
Hafnia alvei,
Klebsiella oxytoca,
Klebsiella pneumoniae**,
Moraxella catarrhalis (antiga Branhamella catarrhalis)
Moraxella osloensis,
Moraxella spp. (outras),
Morganella morganii,
Neisseria gonorrhoeae,
Neisseria meningitidis,
Pasteurella multocida,
Plesiomonas shigelloides,
Proteus mirabilis,
Proteus penneri*,
Proteus vulgaris*,
Pseudomonas fluorescens*,
Pseudomonas spp. (outras)*,
Providentia rettgeri*,
Providentia spp. (outras),
Salmonella typhi,
Salmonella spp (não-tifoide),
Serratia marcescens*,
Serratia spp. (outras)*,
Shigella spp.,
Vibrio spp.,
Yersinia enterocolitica,
Yersinia spp. (outras).
*Alguns isolados destas espécies são resistentes à ceftriaxona, principalmente devido à
produção de beta-lactamase codificada cromossomicamente.
** Alguns isolados destas espécies são resistentes devido à produção de beta-lactamase de
espectro ampliado mediada por plasmídio.
Obs: Muitas cepas de microrganismos anteriormente mencionados que apresentam
resistência a outros antibióticos, como por exemplo amino e ureido-penicilina,
cefalosporinas mais antigas e aminoglicosídeos, são sensíveis à ceftriaxona.
Treponema pallidum é sensível à ceftriaxona in vitro e em experimentação animal.
Trabalhos clínicos indicam que tanto a sífilis primária como a secundária respondem bem ao
tratamento com ceftriaxona. Com poucas exceções clínicas, isolados de P. aeruginosa são
resistentes à ceftriaxona.
Microrganismos anaeróbicos:
Bacteroides spp. (bile sensíveis)*,
Clostridium spp.(exceto C. difficile),
Fusobacterium nucleatum,
Fusobacterium spp (outros),
Gaffkia anaerobica (anteriormente Peptococcus),
Peptostreptococcus spp.
* Alguns isolados desta espécie são resistentes devido a produção de beta-lactamase.
Obs: Muitas cepas de Bacteroides spp. produtoras de beta-lactamases (especialmente B.
fragillis) são resistentes.
Clostridium difficile é resistente.
A sensibilidade à ceftriaxona pode ser determinada por meio do teste de difusão com disco
ou do teste de diluição com Agar ou caldo usando técnicas padronizadas para testes de
sensibilidade como as recomendadas pelo National Committee for Clinical Laboratory
Standards (NCCLS).
O NCCLS fornece os seguintes parâmetros para a ceftriaxona:
Teste de sensibilidade por diluição (concentrações inibitórias em mg/L): sensível = 8mg/L;
moderadamente sensível 16 - 32mg/L; resistentes = 64mg/L.
Teste de sensibilidade por difusão usando disco com 30mcg de ceftriaxona (diâmetro da
zona de inibição em mm):
sensível = 21mm, moderadamente sensível = 20 - 14mm, resistentes = 13mm.
Os microrganismos devem ser testados com os discos de ceftriaxona, uma vez que ficou
demonstrado in vitro que a ceftriaxona é ativa contra certas cepas que se mostraram
resistentes em discos da classe cefalosporina.
Quando as normas recomendadas pelo NCCLS não estão disponíveis, pode-se utilizar outras
normas bem padronizadas de sensibilidade e interpretação dos testes.
Farmacocinética
A farmacocinética da ceftriaxona não é linear e todos os parâmetros farmacocinéticos
básicos, exceto a meia vida de eliminação, são dependentes da dose se baseados nas
concentrações totais da droga.
Absorção
A concentração plasmática máxima depois de dose única de 1 g IM é de cerca de 81mg/L e
é alcançada em 2 - 3 horas após a administração. As áreas sob as curvas de concentração
plasmática x tempo, após administração IM e IV, são equivalentes. Isto significa que a
biodisponibilidade da ceftriaxona após administração IM é de 100%.
Distribuição
O volume de distribuição da ceftriaxona é de 7 a 12 litros. Ceftriaxona mostrou excelente
penetração tissular e nos líquidos orgânicos após dose de 1 – 2g. Alcança concentrações
bem acima da concentração inibitória mínima contra a maioria dos patógenos responsáveis
pela infecção e são detectáveis por mais de 24 horas em mais de 60 tecidos ou líquidos
orgânicos, incluindo pulmões, coração, fígado e vias biliares, amígdalas, ouvido médio,
mucosa nasal, ossos e fluidos cérebro-espinhal, pleural, prostático e sinovial.
Na administração intravenosa, a ceftriaxona difunde-se rapidamente para o líquido
intersticial, onde a concentração bactericida contra organismos sensíveis é mantida por 24
horas.
Ligação proteica
A ceftriaxona liga-se de modo reversível à albumina, diminuindo a ligação com o aumento
da concentração. Assim, para uma concentração plasmática <100mcg/mL, a ligação proteica
é de 95%, enquanto para uma concentração de 300mcg/mL, a ligação é de 85%. Devido ao
conteúdo mais baixo de albumina, a proporção de ceftriaxona livre no líquido intersticial é
proporcionalmente mais alta do que no plasma.
Passagem para o líquido cefalorraquidiano
A ceftriaxona atravessa as meninges inflamadas de recém-nascidos, lactentes e crianças
maiores. Concentrações da ceftriaxona >1,4mg/L têm sido encontradas no LCR, 24 horas
após administração de 50 - 100mg/kg de ceftriaxona por via intravenosa (recém-nascido e
lactentes, respectivamente). A concentração de pico no líquor é atingida cerca de 4 horas
após injeção IV e resulta em um valor médio de 18mg/L. O grau de difusão médio no
líquido cefalorraquidiano (LCR) corresponde a 17% da concentração plasmática nos
pacientes com meningite bacteriana e 4% em pacientes com meningite asséptica.
Em pacientes adultos com meningite, a administração de 50mg/kg produz, em 2 a 24 horas,
concentrações no LCR muitas vezes superiores às concentrações inibitórias mínimas
necessárias para a grande maioria dos microrganismos causadores de meningite.
Passagem placentária e excreção pelo leite
A ceftriaxona atravessa a placenta e é excretada pelo leite em baixas concentrações.
Metabolização
A ceftriaxona não é metabolizada sistemicamente, mas convertida a metabólitos
microbiologicamente inativos pela flora intestinal.
Eliminação
A depuração total do plasma é 10 - 22mL/min. A depuração renal é 5 - 12mL/min.
Em adultos, cerca de 50 - 60% de ceftriaxona é excretada sob a forma inalterada na urina,
enquanto 40 – 50% são excretados sob a forma inalterada na bile. A meia-vida de
eliminação em adultos sadios é de aproximadamente 8 horas.
Farmacocinética em situações clínicas especiais
Nos recém-nascidos a eliminação urinária representa cerca de 70% da dose administrada.
Em crianças com menos de 8 dias de vida e em indivíduos idosos, com mais de 75 anos, a
média da meia-vida de eliminação é cerca de 2 a 3 vezes mais longa.
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, a farmacocinética da ceftriaxona é
minimamente alterada, sendo a meia-vida de eliminação apenas discretamente aumentada.
Se apenas a função renal está prejudicada, há um aumento da eliminação biliar da
ceftriaxona; se apenas a função hepática está prejudicada, há um aumento da eliminação
renal desta substância.
Triaxon®
é contraindicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade aos antibióticos
do grupo das cefalosporinas.
Pacientes com hipersensibilidade a penicilina também podem ser alérgicos a Triaxon®
.
Recém-nascidos com hiperbilirrubinemia e recém-nascidos prematuros não devem ser
tratados com ceftriaxona. Estudos in vitro mostraram que a ceftriaxona pode deslocar a
bilirrubina da albumina sérica levando a um possível risco de encefalopatia bilirrubínica
nesses pacientes.
é contraindicado a recém-nascidos (≤ 28 dias) caso eles requeiram (ou possam
requerer) tratamento com soluções IV contendo cálcio, incluindo infusão contínua de cálcio
como a nutrição parenteral, devido ao risco de precipitação de ceftriaxona cálcica (vide itens
Posologia e Modo de Usar e Reações Adversas – Interação com cálcio).
Assim como com outras cefalosporinas, reações anafiláticas fatais também foram relatadas,
mesmo em pacientes com alergia desconhecida ou previamente expostos. A ocorrência de
choque anafilático exige imediata intervenção.
Anemia hemolítica imune mediada foi observada em pacientes que receberam
antibacterianos da classe das cefalosporinas, incluindo ceftriaxona. Casos graves de anemia
hemolítica, incluindo óbitos, foram relatados durante o tratamento em adultos e crianças.
Caso um paciente desenvolva anemia durante o uso de ceftriaxona, o diagnóstico de uma
anemia associada à cefalosporina deve ser considerado e o uso da ceftriaxona interrompido
até que a etiologia seja determinada.
Diarreia associada ao Clostridium difficile (CDAD) foi relatada com o uso de quase todos os
agentes antibacterianos, incluindo ceftriaxona, e pode variar na gravidade, de diarreia leve à
colite fatal. O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon levando
a um crescimento exacerbado do C. difficile.
C. difficile produz toxinas A e B, as quais contribuem para o desenvolvimento de CDAD.
Cepas de C. difficile hiperprodutoras de toxina causam aumento da morbidade e
mortalidade, pois estas infecções podem ser refratárias à terapia antimicrobiana, podendo
requerer colectomia. CDAD deve ser considerada em todos os pacientes que apresentarem
diarreia após uso de antibióticos. É necessário histórico médico cuidadoso porque já foi
relatada a ocorrência de CDAD mais de dois meses após a administração de agentes
antibacterianos.
Caso haja suspeita de CDAD ou o diagnóstico seja confirmado, o antibiótico em uso não
específico contra C. difficile talvez necessite ser descontinuado. O manejo adequado de
líquidos e eletrólitos, suplementação proteica, tratamento antibiótico para C. difficile e a
avaliação cirúrgica devem ser instituídos.
Superinfecções com os microrganismos não susceptíveis podem ocorrer como com outros
agentes antibacterianos.
Em casos raros, o exame ultrassonográfico da vesícula biliar revelou imagens sugestivas de
sedimento que foram confundidas com cálculos biliares e usualmente ocorreram com doses
maiores do que as doses padrão recomendadas. Essas imagens, entretanto, são precipitados
de ceftriaxona cálcica que desaparecem com a descontinuação ou conclusão da terapêutica
com Triaxon®
. Raramente esses achados se acompanham de sintomas. Em casos
sintomáticos, recomenda-se tratamento clínico conservador. A interrupção do tratamento em
pacientes sintomáticos fica a critério médico.
À luz da evidência científica atual, não foram observados casos de precipitações
intravasculares em pacientes, exceto em recém-nascidos, tratados com ceftriaxona e
soluções ou produtos que contenham cálcio. No entanto, Triaxon®
não deve ser misturado
ou administrado simultaneamente com soluções ou produtos que contenham cálcio, a
qualquer paciente, mesmo por diferentes cateteres ou acessos venosos para infusão (vide
itens Interações medicamentosas e Reações adversas).
Casos de pancreatite, possivelmente de etiologia biliar (obstrutiva), foram raramente
relatados em pacientes tratados com ceftriaxona. A maior parte desses pacientes apresentava
fatores de risco para estase/aglutinação biliar como por exemplo, tratamento prévio intenso,
doença grave e nutrição parenteral total. O papel de fator desencadeante ou de cofator de
ceftriaxona relacionado à precipitação biliar não pode ser descartado.
A segurança e eficácia de ceftriaxona em recém-nascidos, lactentes e crianças foram
estabelecidas para as doses descritas no item Posologia. Estudos mostraram que a
ceftriaxona, assim como outras cefalosporinas, pode deslocar a bilirrubina da albumina
sérica.
Triaxon®
não é recomendado para neonatos, especialmente prematuros, que apresentem
risco de desenvolver encefalopatia devido à hiperbilirrubinemia (vide item
Contraindicações).
Durante tratamentos prolongados, hemograma completo deve ser feito regularmente.
O diluente de Triaxon®
IM, composto de uma solução de lidocaína, nunca deve ser
administrado na veia. Desta forma, sempre utilize Triaxon®
IM somente por via
intramuscular, nunca por via intravenosa.
Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar
amamentação durante o uso deste medicamento.
Apesar dos estudos não demonstrarem defeitos físicos no feto ou indução de mutação
genética é necessário cautela nos três primeiros meses de gestação, a não ser em casos
absolutamente necessários.
Ceftriaxona atravessa a barreira placentária. A segurança durante a gravidez não foi
estabelecida em seres humanos.
Estudos de reprodução em animais não evidenciaram embrio ou fetotoxicidade nem
teratogenicidade, ou eventos adversos sobre a fertilidade (tanto masculina quanto feminina),
o nascimento ou o desenvolvimento peri ou pós-natal. Em primatas, não foi observada
embriotoxicidade ou teratogenicidade.
Como Triaxon®
é excretado no leite humano, em baixas concentrações, é recomendada
cautela em mulheres que amamentam.
Uso em idosos
As doses para adultos não precisam ser alteradas para pacientes geriátricos.
Uso em pacientes pediátricos
A dose em pacientes pediátricos deve ser adaptada de acordo com a idade, o peso corporal e
gravidade da infecção (vide item Posologia e Modo de Usar).
Uso em pacientes com insuficiência hepática e renal
Vide item Posologia e Modo de Usar.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Não há dados que indiquem qualquer tipo de eventos adversos que possam levar ao
comprometimento da capacidade de dirigir ou operar máquinas.
Até o momento, não se observaram quaisquer alterações da função renal após administração
simultânea de doses elevadas de ceftriaxona e potentes diuréticos, como a furosemida, em
altas doses.
Não existe também qualquer evidência de que ceftriaxona aumente a toxicidade renal dos
aminoglicosídeos.
Ceftriaxona não apresentou efeito similar ao provocado pelo dissulfiram após administração
de álcool.
Ceftriaxona não contém o radical N-metiltiotetrazol que está associado a uma possível
intolerância ao álcool e a sangramentos observados com outras cefalosporinas.
A probenicida não tem influência sobre a eliminação de Triaxon®
.
Em estudos in vitro, efeitos antagônicos foram observados com o uso combinado de
cloranfenicol e ceftriaxona.
Diluentes contendo cálcio, como as soluções de Ringer ou Hartmann, não devem ser
utilizados para a reconstituição de Triaxon®
ou para diluições posteriores de soluções
reconstituídas para administração IV, pois pode ocorrer a formação de precipitado. A
precipitação de ceftriaxona cálcica também é possível quando Triaxon®
é misturado com
soluções contendo cálcio no mesmo acesso de administração IV. Triaxon®
não deve ser
administrado simultaneamente com soluções IV contendo cálcio, inclusive infusões
contínuas contendo cálcio tais como as de nutrição parenteral, através de equipo em Y.
No entanto, em outros pacientes, exceto em recém-nascidos, Triaxon®
e soluções que
contenham cálcio podem ser administrados sequencialmente, se as linhas de infusão forem
bem lavadas com um líquido compatível. Em estudos in vitro utilizando plasma adulto e
neonatal do sangue do cordão umbilical, foi demonstrado que recém-nascidos apresentam
um risco aumentado de precipitação de ceftriaxona cálcica (vide itens Posologia e
Contraindicações).
Baseado em artigos da literatura, ceftriaxona não deve ser diluída em frasco com outros
antimicrobianos tais como, amsacrina, vancomicina, fluconazol e aminoglicosídeos.
Interações com exames laboratoriais
Nos pacientes tratados com ceftriaxona, o teste de Coombs pode raramente se tornar falso-
positivo. Assim como com outros antibióticos, pode ocorrer teste falso-positivo para
galactosemia.
Os métodos não enzimáticos para a determinação de glicose na urina podem fornecer
resultados falsos-positivos. Por esse motivo a determinação de glicose na urina deve ser feita
por métodos enzimáticos.
Condições de conservação
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO
CARTUCHO DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE
(15 A 30°C). PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Prazo de validade
Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
As soluções reconstituídas permanecem estáveis física e quimicamente por 6 horas à
temperatura ambiente (ou por 24 horas no refrigerador entre 2 e 8°C). Entretanto, como
regra geral, as soluções devem ser usadas imediatamente após a preparação.
Após preparo, manter no refrigerador, entre 2 e 8°C, por até 24 horas ou manter a
temperatura ambiente por até 6 horas.
Triaxon®
é constituído de pó cristalino branco a levemente amarelado. Solução reconstituída
levemente amarelada a âmbar.
não possui características organolépticas marcantes que permitam sua
diferenciação em relação a outros pós e soluções.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Descarte de seringas / materiais perfuro-cortantes
Os seguintes pontos devem ser rigorosamente respeitados quanto ao uso e descarte de
seringas e outros materiais perfurocortantes:
•As agulhas e seringas nunca devem ser reaproveitadas.
•Todas as agulhas e seringas utilizadas devem ser colocadas em um recipiente de descarte
apropriado, à prova de perfurações.
•Manter o recipiente de descarte fora do alcance das crianças.
•A colocação do recipiente de descarte no lixo doméstico deve ser evitada.
•O descarte do recipiente deve ser realizado de acordo com as exigências locais ou conforme
indicado pelo prestador de cuidados de saúde.
Descarte de medicamentos não utilizados e/ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não
devem ser descartados no esgoto e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o
sistema de coleta local estabelecido, se disponível.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Posologia
Adultos e crianças acima de 12 anos: A dose usual é de 1 - 2g de Triaxon®
em dose única
diária (cada 24 horas). Em casos graves ou em infecções causadas por patógenos
moderadamente sensíveis, a dose pode ser elevada para 4g, uma vez ao dia.
Recém-nascidos (abaixo de 14 dias): Dose única diária de 20 - 50mg/kg. Não ultrapassar
50mg/kg. Não é necessário diferenciar crianças prematuras de crianças nascidas a termo.
Triaxon®
é contraindicado a recém-nascidos (≤ 28 dias) caso eles requeiram (ou possam
requerer) tratamento com soluções IV contendo cálcio, incluindo infusão de cálcio contínua
como a nutrição parenteral, devido ao risco de precipitação de ceftriaxona cálcica (vide item
Contraindicações).
Recém-nascidos, lactentes e crianças (15 dias até 12 anos): Dose única diária de 20 -
80mg/kg.
Para crianças de 50kg ou mais deve ser utilizada a posologia de adultos. Doses intravenosas
maiores ou iguais a 50mg/kg de peso corpóreo devem ser administradas por períodos de
infusão superiores a 30 minutos.
Pacientes idosos: As doses para adultos não precisam ser alteradas para pacientes
geriátricos.
Duração do tratamento: O tempo de tratamento varia de acordo com a evolução da
doença. Como se recomenda na antibioticoterapia em geral, a administração de Triaxon®
deve ser mantida durante um período mínimo de 48 a 72 horas após o desaparecimento da
febre ou após obterem-se evidências de erradicação da bactéria.
Terapêutica associada: Tem sido demonstrado, em condições experimentais, um
sinergismo entre ceftriaxona e aminoglicosídeos, para muitos bacilos Gram-negativas.
Embora não se possa prever sempre um aumento de atividade com esta associação, este
sinergismo deve ser considerado nas infecções graves com risco de morte causadas por
microrganismos como, por exemplo, Pseudomonas aeruginosa. Devido à incompatibilidade
física, os medicamentos devem ser administrados separadamente, nas doses recomendadas.
Instruções posológicas especiais
Meningite: Na meningite bacteriana de lactentes e crianças deve-se iniciar o tratamento
com 100mg/kg em dose única diária (dose máxima de 4g). Logo que o germe responsável
tenha sido identificado e sua sensibilidade determinada, pode-se reduzir a posologia. Os
melhores resultados foram obtidos com os seguintes tempos de tratamento:
Neisseria meningitides 4 dias
Haemophilus influenzae 6 dias
Streptococcus pneumoniae 7 dias
Borreliose de Lyme (Doença de Lyme): A dose preconizada é de 50mg/kg até o total de 2g
em crianças e adultos, durante 14 dias, em dose única diária.
Gonorreia: Para o tratamento da gonorreia causada por cepas produtoras e não produtoras
de penicilinase, recomenda-se uma dose única intramuscular de 250mg.
Profilaxia no peri-operatório: Para prevenir infecção pós-operatória em cirurgia
contaminada ou potencialmente contaminada, recomenda-se dose única de 1 a 2g de
30 a 90 minutos antes da cirurgia. Em cirurgia colorretal, a administração de
com ou sem um derivado 5-nitroimidazólico (por exemplo, ornidazol) mostrou-se
eficaz.
Insuficiência hepática e renal: Não é necessário diminuir a dose nos pacientes com
insuficiência renal, desde que a função hepática não esteja prejudicada. Somente nos casos
de insuficiência renal pré-terminal (depuração de creatinina < 10mL/min), a dose de
não deve ser superior a 2g/dia. Não é necessário diminuir a dose de Triaxon®
em
pacientes com insuficiência hepática desde que a função renal não esteja prejudicada. No
caso de insuficiências hepática e renal graves e concomitantes, deve-se determinar a
concentração plasmática de Triaxon®
a intervalos regulares e se necessário, fazer o ajuste da
dose.
Em pacientes sob diálise não há necessidade de doses suplementares após a diálise.
Entretanto, as concentrações séricas devem ser acompanhadas, a fim de avaliar a
necessidade de ajustes na posologia, pois a taxa de eliminação nesses pacientes pode ser
alterada.
Modo de usar
Administração intramuscular
Diluir Triaxon®
IM 250mg ou 500mg em 2mL e Triaxon®
IM 1g em 3,5mL de uma solução
de lidocaína a 1% e injetar profundamente na região glútea ou em outro músculo
relativamente grande. Recomenda-se não injetar mais do que 1g em cada glúteo. A solução
de lidocaína nunca deve ser administrada por via intravenosa.
Administração intravenosa
IV 500mg em 5mL e Triaxon®
IV 1g em 10mL de água para injeção e então
administrar por via intravenosa direta, durante 2 a 4 minutos.
Infusão contínua
A infusão deve ser administrada em pelo menos 30 minutos. Para infusão intravenosa, 2g de
são dissolvidos em 40mL das seguintes soluções que não contenham cálcio:
cloreto de sódio 0,9%, cloreto de sódio 0,45% + dextrose 2,5%, dextrose 5%, dextrose 10%,
dextram 6% em dextrose 5%, infusão de amino-hidroxi-etil 6 - 10%, água estéril para
injeção. A solução de Triaxon®
não deve ser diluída em frasco com outros antimicrobianos
ou com outras soluções que não estas citadas acima, devido à possibilidade de
incompatibilidade.
Incompatibilidades
Diluentes contendo cálcio, como as soluções de Ringer ou Hartmann, não devem ser
utilizados para a reconstituição de Triaxon®
ou para diluições posteriores de soluções
reconstituídas para administração IV, pois pode ocorrer a formação de precipitado. A
precipitação de ceftriaxona cálcica também pode ocorrer quando Triaxon®
é misturado com
soluções contendo cálcio no mesmo equipo de administração IV. Triaxon®
não deve ser
administrado simultaneamente com soluções IV contendo cálcio, inclusive infusões
contínuas contendo cálcio tais como as de nutrição parenteral, através de equipo em Y. No
entanto, em outros pacientes, exceto em recém-nascidos, Triaxon®
e soluções que
contenham cálcio podem ser administrados sequencialmente, entre as infusões, se linhas de
infusão forem bem lavadas com um líquido compatível.
Até o momento não houve relatos de interação entre ceftriaxona e produtos orais contendo
cálcio ou interação entre ceftriaxona intramuscular e produtos contendo cálcio (IV ou oral).
Baseado em artigos da literatura, ceftriaxona não deve ser diluída em frasco com outros
antimicrobianos tais como, amsacrina, vancomicina, fluconazol e aminoglicosídeos.
O volume final do medicamento preparado, segue abaixo:
IV Volume final
500mg 5,36mL
1g 10,72mL
IM
250mg 2,18mL
500mg 2,36mL
1g 4,22mL
A dose de substância ativa por Kg de peso corpóreo, segue abaixo:
Concentrações de Triaxon®
Quantidade nominal de
substância ativa
Dose Max. teórica de
substância ativa por Kg*
250mg 307,25mg 4,4mg/Kg
500mg 614,4mg 8,8mg/Kg
1g 1228,8mg 17,5mg/Kg
* Para este cálculo foi considerado o peso médio corpóreo de 70Kg.
Triaxon®
geralmente é bem tolerado. Durante o uso de Triaxon®
foram observados os
seguintes eventos adversos, os quais podem desaparecer espontaneamente ou com a
descontinuação do uso.
Durante tratamentos prolongados, hemograma completo deve ser feito regularmente.
Reação comum (>1/100 e <1/10): fezes amolecidas, náuseas, vômitos, diarreia, estomatite e
glossite. Alterações hematológicas, como eosinofilia, leucopenia, granulocitopenia, anemia
hemolítica, trombocitopenia. Casos isolados de agranulocitose (<500/mm3
) foram relatados,
a maior parte deles após 10 dias de tratamento e doses totais de 20g ou mais.
Reação incomum (>1/1.000 e <1/100): reações cutâneas como exantema, dermatite
alérgica, prurido, urticária, edema e eritema. Foram relatados, casos isolados se graves
reações cutâneas como: eritema multiforme, síndrome de Stevens Johnson ou Síndrome de
Lyells/necrólise epidérmica tóxica.
Reação rara (>1/10.000 e <1/1.000): cefaleia, tontura, sedimento sintomático de
ceftriaxona cálcica na vesícula biliar, aumento das enzimas hepáticas, oligúria, aumento na
creatinina sérica, micose no trato genital, febre, tremores, reações anafiláticas e
anafilactoides. Em raros casos, reações de flebite ocorrem após administração intravenosa.
Estas podem ser minimizadas pela prática de injeção lenta do produto (2 – 4 min).
O ultrassom da vesícula biliar pode mostrar imagens de sedimento (que podem ser
confundidas com cálculos) que desaparecem com a suspensão da droga.
A injeção intramuscular sem a solução de lidocaína (diluente) é dolorosa.
Casos de pancreatite, possivelmente de etiologia biliar (obstrutiva), foram raramente
relatados em pacientes tratados com Triaxon®
. A maior parte desses pacientes apresentava
fatores de risco para estase/aglutinação biliar como por exemplo, tratamento prévio intenso,
doença grave e nutrição parenteral total. O papel de fator desencadeante ou de cofator de
relacionado à precipitação biliar não pode ser descartado.
Reação muito rara (<1/10.000): enterocolite pseudomembranosa, distúrbios de coagulação.
Precipitação renal foi relatada, principalmente em crianças maiores que 3 anos e que foram
tratadas ou com altas doses diárias (p. e. doses maiores ou iguais a 80mg/kg/dia) ou com
dose total excedendo 10g e apresentando outros fatores de risco (por exemplo restrição
hídrica, confinamento a cama, etc). Esse evento pode ser sintomático ou assintomático, pode
levar à insuficiência renal e é reversível com a descontinuação de Triaxon®
.
Interação com cálcio
Dois estudos in vitro, um utilizando plasma de adultos e outro plasma neonatal do sangue do
cordão umbilical, foram realizados para avaliar a interação de ceftriaxona e cálcio.
Concentrações de ceftriaxona de até 1mM (em excesso de concentrações obtidas in vivo,
após administração de 2g de ceftriaxona em perfusão durante 30 minutos) foram usadas em
combinação com concentrações de cálcio de até 12mM (48mg/dL). A recuperação de
ceftriaxona do plasma foi reduzida com concentrações de cálcio de 6mM (24mg/dL) ou
superior no plasma de adultos ou 4mM (16mg/dL) ou superior no plasma neonatal. Isso
pode ser reflexo da precipitação de ceftriaxona cálcica.
Em recém-nascidos que receberam ceftriaxona e soluções contendo cálcio, foi relatado um
pequeno número de casos fatais, nos quais um material cristalino foi observado nos pulmões
e rins durante a autópsia. Em alguns desses casos, a mesma linha de infusão intravenosa foi
usada para ceftriaxona e para as soluções contendo cálcio, e em algumas destas vias de
infusão foi observado um precipitado. Pelo menos uma fatalidade foi relatada com um
recém-nascido no qual ceftriaxona e soluções contendo cálcio foram administrados em
diferentes momentos, em vias de infusão diferentes; e nenhum material cristalino foi
observado na autópsia desse neonato. Não houve relatos semelhantes em pacientes não
neonatos.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Em casos de superdose, a concentração da droga não deve ser reduzida por hemodiálise ou
diálise peritoneal. Não há antídoto específico. O tratamento deve ser sintomático.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.