Bula do Ultiva produzido pelo laboratorio Glaxosmithkline Brasil Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
Ultiva
GlaxoSmithKline Brasil Ltda.
Pó liófilo injetável
2mg
Ultiva®
Modelo de texto de bula - Pacientes
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LEIA ATENTAMENTE ESTA BULA ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO.
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
cloridrato de remifentanila
APRESENTAÇÕES
Pó liófilo a ser reconstituído antes do uso, para injeção intravenosa, na seguinte concentração:
Ultiva
2 mg – embalagem com 5 frascos-ampola
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E USO PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 ANO DE IDADE.
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de 2 mg de Ultiva
contém:
cloridrato de remifentanila (equivalente a 2 mg de remifentanila)....................................................2,194 mg
excipientes*...................................................... q.s.p. ......................................................... 1 frasco-ampola
*excipientes: glicina, ácido clorídrico.
Diluente: água para injeção.
II) INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Ultiva®
é um medicamento indicado para produzir ou manter a anestesia durante cirurgias, inclusive a do
coração, e para o alívio da dor imediatamente após a operação. Ultiva
também é indicado para
promover alívio da dor e sedação em pacientes mecanicamente ventilados (ou seja, que respiram com
ajuda de aparelhos) em unidade de terapia intensiva (UTI).
Ultiva
apresenta como substância ativa a remifentanila, que pertence a um grupo de medicamentos
chamados de agonistas opioides. Esses medicamentos são capazes de promover anestesia, assim como
alívio da dor e sedação, durante as cirurgias. A remifentanila tem início de ação rápido, e seu efeito é
curto.
O uso de Ultiva®
não é indicado caso você tenha sensibilidade conhecida à remifentanila, a outros
compostos semelhantes ou a qualquer componente da formulação (ver seção Composição).
O médico não deve administrar Ultiva
por via epidural, um tipo de anestesia em que a injeção é
aplicada nas costas e serve principalmente para aliviar as dores do parto. Este medicamento também
não pode ser usado por via intratecal (no espaço entre duas membranas que revestem o cérebro,
chamado de espaço subaracnoide).A administração de Ultiva
deve ser feita somente por via
intravenosa, ou seja, no interior de uma veia.
Este medicamento é contraindicado para menores de 1 ano de idade.
Gravidez e lactação
O médico somente deve utilizar Ultiva
em mulheres grávidas quando os benefícios potenciais para a
mãe superarem os possíveis riscos para o feto.
Deve haver cuidado na administração de Ultiva
a mulheres que estejam amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e
sua atenção podem estar prejudicadas.
Ultiva®
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Se você responder “sim” a qualquer uma das perguntas a seguir, informe seu médico sobre esse assunto
antes da operação.
- Você já teve alguma reação adversa, ou seja reação indesejável durante uma operação?
-Você sabe se é alérgico a algum medicamento usado durante uma operação?
- Você já teve algum problema de respiração?
- Os batimentos do seu coração são lentos ou irregulares?
- Você sabe se sua pressão arterial é baixa?
- Você tomou recentemente outros tipos de medicamento conhecidos, como betabloqueadores ou
bloqueadores dos canais de cálcio?
- Você está grávida ou pretende engravidar em breve?
- Você está amamentando?
Ultiva®
deve ser administrado somente no hospital, onde há equipamentos para monitorar e manter as
funções da respiração, do coração e dos vasos sanguíneos. Apenas o profissional treinado no uso de
anestésicos deve administrar Ultiva®
, pois é importante que saiba reconhecer as possíveis reações
adversas ao medicamento e agir de forma correta caso uma delas ocorra. Ele também deve ter sido
treinado na abertura das vias respiratórias e sua manutenção e na ventilação assistida.
Como todos os outros medicamentos da mesma classe, Ultiva
não é recomendável como agente único
na anestesia geral.
Se você tiver rigidez muscular causada por Ultiva
, um profissional de saúde capacitado deve tomar as
medidas de suporte adequadas para sua condição clínica. Ele pode administrar outros medicamentos
para tratar essa reação, se for intensa, ou diminuir a velocidade de uso Ultiva
e até interrompê-lo
(neste caso, a rigidez muscular é resolvida em alguns minutos).
Ultiva
deve ser administrado somente em locais com equipamentos para monitorar e tratar os
possíveis casos de depressão respiratória (comprometimento da respiração). O tratamento deve ser feito
por pessoa capacitada e inclui a diminuição da velocidade de infusão ou sua interrupção temporária. É
importante que o paciente recupere totalmente a consciência e a respiração espontânea antes de ser
liberado da sala de recuperação anestésica.
Pode ocorrer de algum efeito adverso afetar sua pressão arterial e seu coração, como queda de pressão
e diminuição da frequência dos batimentos cardíacos. Esses efeitos podem ser controlados pela redução
da velocidade da infusão de Ultiva
ou da dose dos anestésicos utilizados em conjunto ou ainda pela
administração intravenosa (na veia) de outros medicamentos apropriados.
Em certos tipos de cirurgia o paciente pode sentir dor após a operação logo que Ultiva
é suspenso.
Nesses casos, é necessário o uso de medicamentos para alívio da dor antes ou logo depois da
interrupção de Ultiva
. O médico deve fazer a escolha adequada do medicamento de acordo com a
cirurgia e o nível de cuidados exigidos no período pós-operatório.
A administração de Ultiva
deve ser feita com equipamento exclusivo para evitar que resíduos do
medicamento permaneçam na linha de infusão ou no equipo, se estes forem utilizados para fluidos ou
outras drogas, e provoquem reações adversas.
Assim como outros medicamentos da mesma classe, Ultiva
pode causar dependência.
Pacientes com hipersensibilidade conhecida a opioides de diferentes classes podem apresentar reação
seguida da administração de Ultiva®
. Recomenda-se cautela antes do uso de remifentanila nesses
pacientes (ver na seção 8. Quais os males que este medicamento pode me causar?).
Cuidados e advertências para populações especiais
Uso em pacientes com problemas nos rins
Não é necessário ajustar a dose de Ultiva
para esses pacientes.
Uso em pacientes com problemas de fígado
Esses pacientes podem ser um pouco mais sensíveis à depressão respiratória causada por Ultiva
e o
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médico deve monitorá-los de perto. Deve também ajustar a dose de Ultiva
de acordo com as
necessidades de cada paciente.
Uso em pacientes idosos
O médico deve reduzir a dose inicial de Ultiva
nos idosos e depois ajustá-la cuidadosamente de
acordo com as necessidades de cada paciente.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
O paciente só poderá dirigir veículos e operar máquinas algum tempo após o término da administração
de Ultiva
, isto é, quando os efeitos do medicamento forem eliminados. Esta orientação fica a
critério médico
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e
sua atenção podem estar prejudicadas.
Gravidez e lactação
somente deve ser utilizado em mulheres grávidas quando, a critério do médico, os benefícios
potenciais para a mãe superarem os possíveis riscos para o feto. O uso deste medicamento também não
é recomendável durante trabalhos de parto nem cesarianas.
Seu médico deve ter cuidado ao administrar Ultiva
se você estiver amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Este medicamento pode causar doping.
Interações medicamentosas
Como ocorre com outros medicamentos da mesma classe, o uso de Ultiva
diminui as quantidades ou
doses de anestésicos voláteis ou intravenosos necessários à anestesia.
Os efeitos adversos de Ultiva
que afetam o coração e a pressão arterial podem agravar-se caso você
esteja tomando drogas depressoras cardíacas, como betabloqueadores ou bloqueadores do canal de
cálcio.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro
medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Este medicamento deve ser guardado dentro da embalagem original e conservado em temperatura
inferior a 25°C. Com a reconstituição e a posterior diluição, Ultiva
permanece estável por 24 horas
em temperatura ambiente (25°C).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Massa branca ou esbranquiçada que pode estar intacta ou fragmentada. Quando reconstituído com água
esterilizada para injeção, o produto é um líquido transparente, incolor e praticamente livre de matéria
particulada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Caso você observe alguma mudança no aspecto do medicamento que ainda esteja no prazo de validade,
consulte o médico ou o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Ultiva®
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Modo de usar
Ultiva®
deve ser utilizado somente por via intravenosa, ou seja, no interior de uma veia.
O médico não deve administrar Ultiva
por via epidural, um tipo de anestesia em que a injeção é
aplicada nas costas e serve principalmente para aliviar as dores do parto. Também não deve ser usado
por via intratecal, isto é, injetado no espaço compreendido entre as membranas que revestem o cérebro,
o chamado espaço subaracnoide.
Ultiva® sempre deve ser utilizado no ambiente hospitalar e por um profissional habilitado, que tenha
treinamento adequado para usar o medicamento e controlar os efeitos adversos que podem manifestar-se.
O médico deve utilizá-lo somente com equipamentos capazes de monitorar e manter as funções do seu
organismo, como as respiratórias e as relacionadas ao coração.
Ultiva
permanece estável por 24 horas, em temperatura ambiente (25ºC), após a reconstituição e a
posterior diluição entre 20 e 250 µg/mL (50 µg/mL é a diluição adequada para adultos e 20-25 µg/mL
para crianças maiores de 1 ano de idade). Recomenda-se uma das seguintes soluções para
administração intravenosa:
- água estéril para injeção;
- solução de glicose a 5%;
- solução glicofisiológica a 5% (solução de glicose a 5% e de cloreto de sódio a 0,9%);
- solução fisiológica (solução de cloreto de sódio a 0,9%);
- solução de cloreto de sódio a 0,45%.
só deve ser administrado com as soluções para infusão mostradas acima.
não deve ser misturado a outros medicamentos antes da administração.
As tabelas seguintes fornecem instruções sobre as velocidades de infusão de Ultiva
.
Tabela 1. Velocidade de infusão de Ultiva
injetável (mL/kg/h)
Velocidade de distribuição
do medicamento
(µg/kg/min)
Velocidade de distribuição da infusão (mL/kg/h) em soluções com
concentrações de:
20 µg/mL
1 mg/50 mL
25 µg/mL
1 mg/40 mL
50 µg/mL
1 mg/20 mL
250 µg/mL
10 mg/40 mL
0,0125
0,025
0,05
0,075
0,1
0,15
0,2
0,25
0,5
0,75
1,0
1,25
1,5
1,75
2,0
0,038
0,23
0,3
0,45
0,6
2,25
3,0
3,75
4,5
5,25
6,0
0,03
0,06
0,12
0,18
0,24
0,36
0,48
1,2
1,8
2,4
3,6
4,2
4,8
0,015
0,09
0,9
2,1
Não recomendável
0,012
0,018
0,024
0,036
0,048
0,42
Tabela 2. Velocidade de infusão de Ultiva
injetável (mL/h) em uma solução de 20 µg/mL
Velocidade de Peso do paciente (kg)
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infusão
5 10 20 30 40 50 60
0,35
0,4
0,188
0,375
1,125
7,5
9,0
10,5
12,0
15,0
18,0
21,0
24,0
6,75
13,5
22,5
27,0
31,5
36,0
30,0
42,0
48,0
1,875
11,25
37,5
45,0
52,5
60,0
54,0
63,0
72,0
Tabela 3. Velocidade de infusão de Ultiva
injetável (mL/h) em uma solução de 25µg/mL
Velocidade
de infusão
Peso do paciente (kg)
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
7,2
9,6
5,4
10,8
14,4
19,2
21,6
28,8
8,4
12,6
16,8
25,2
33,6
38,4
2,7
16,2
32,4
43,2
Tabela 4. Velocidade de infusão de Ultiva
injetável (mL/h) em uma solução de 50µg/mL
Velocidade de infusão
30 40 50 60 70 80 90 100
84,0
96,0
75,0
90,0
105,0
120,0
108,0
126,0
144,0
6,3
147,0
168,0
192,0
8,1
81,0
135,0
162,0
189,0
216,0
150,0
180,0
210,0
240,0
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Tabela 5. Velocidade de infusão de Ultiva
injetável (mL/h) em uma solução de 250µg/mL
0,72
1,08
1,44
1,80
3,60
5,40
7,20
9,00
10,80
12,60
14,40
0,96
1,92
2,40
4,80
9,60
12,00
16,80
19,20
1,20
3,00
6,00
15,00
18,00
21,00
24,00
2,16
2,88
21,60
25,20
28,80
1,68
2,52
3,36
4,20
8,40
29,40
33,60
3,84
38,40
3,24
4,32
16,20
27,00
32,40
37,80
43,20
30,00
36,00
42,00
48,00
Posologia
A dosagem de Ultiva®
depende da operação que você vai fazer. Seu médico saberá utilizar a dose
adequada.
Adultos
A tabela seguinte resume a velocidade de infusão inicial e a dosagem.
Orientação de dosagem para adultos
Indicação
Bolus de infusão de
(µg/kg)
Infusão contínua deUltiva
inicial
Limites
Indução da anestesia em pacientes
ventilados
1
(aplicar em no mínimo 30
segundos)
0,5 a 1 -
Manutenção da anestesia em pacientes ventilados
Óxido nitroso (66%) 0,5 a 1 0,4 0,1 a 2
Isoflurano (dose inicial de 0,5 CAM*) 0,5 a 1 0,25 0,05 a 2
Propofol (dose inicial de 100
µg/kg/min)
0,5 a 1 0,25 0,05 a 2
Anestesia com respiração espontânea Não recomendável 0,04 0,025 a 0,1
Continuação da analgesia no pós-
operatório imediato
Não recomendável 0,1 0,025 a 0,2
* CAM = concentração alveolar mínima.
O tempo de administração de Ultiva
em bolus na indução da anestesia não deve ser menor que 30
segundos.
Nas doses recomendadas, a remifentanila reduz significativamente a quantidade de hipnótico
necessária para manter a anestesia. Portanto, o médico deve administrar o isoflurano e o propofol como
descrito acima para evitar anestesia excessivamente profunda (ver, na seção 4. O que devo saber antes
de usar este medicamento?). Não há dados disponíveis sobre as dosagens recomendáveis para uso
simultâneo de outros hipnóticos e de remifentanila.
Indução da anestesia
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O médico deve administrar Ultiva
com um agente hipnótico, como propofol, tiopental ou isoflurano,
na indução da anestesia. A velocidade de infusão pode ser de 0,5 a 1 µg/kg/min, com ou sem bolus de
infusão inicial de 1 µg/kg, por no mínimo 30 segundos. Se o médico previr a entubação endotraqueal
(introdução de tubo na traquéia) entre 8 e 10 minutos após o início da infusão de Ultiva
, o bolus não
será necessário.
Manutenção da anestesia
Após a entubação endotraqueal, o médico deve diminuir a velocidade de infusão de Ultiva
de acordo
com a técnica anestésica, como foi indicado na tabela acima. Devido ao início rápido e à curta duração
da ação de Ultiva
, o médico pode ajustar a velocidade de administração durante a anestesia em
incrementos de 25% a 100% ou diminuições de 25% a 50%, a intervalos de 2 a 5 minutos, para obter o
nível desejável de resposta µ-opiácea. Em resposta à anestesia leve, infusões suplementares na forma
de bolus podem ser administradas a intervalos de 2 a 5 minutos.
Anestesia de pacientes que respiram sem ajuda de aparelhos e com via aérea protegida (por
máscara laríngea, por exemplo)
Os pacientes anestesiados que respiram sem ajuda de aparelhos e com via aérea protegida podem ter
depressão respiratória. Se isso ocorrer, o médico deve ter cuidado especial para ajustar a dose às
necessidades do paciente, e talvez seja preciso auxiliar a respiração por meio de aparelho. A taxa de
infusão inicial recomendável para analgesia suplementar de pacientes anestesiados que respiram
espontaneamente é de 0,04 µg/kg/min, e o médico deve ajustá-la até obter o efeito desejado. Estudou-
se uma variação de velocidades de infusão de 0,025 a 0,1 µg/kg/min. Não se recomenda a
administração de bolus em pacientes anestesiados que respiram sem ajuda de aparelhos.
Continuação até o período pós-operatório imediato
Caso o médico não inicie a analgesia de longa duração antes do final da cirurgia, pode ser necessária a
administração de Ultiva
para mantê-la durante o período pós-operatório imediato até que o analgésico
de longa duração atinja o efeito máximo.
Oss pacientes ventilados mecanicamente (ou seja, que respiram com ajuda de aparelhos), o médico
deve ajustar a velocidade de infusão até atingir o efeito desejado.
Nos pacientes que respiram de forma espontânea, o médico deve diminuir a velocidade de infusão de
, inicialmente, para 0,1 µg/kg/min. A velocidade de infusão pode então ser aumentada ou
diminuída, no máximo em 0,025 µg/kg/min, a intervalos de 5 minutos, para ajustar o nível de analgesia
ou a frequência respiratória do paciente. Ultiva
deverá ser administrado apenas em ambientes
completamente equipados para monitoramento e suporte das funções respiratórias e cardiovasculares,
sob restrita supervisão de profissionais especificamente treinados no reconhecimento e no controle dos
efeitos adversos esperados dos opioides potentes.
Não se recomenda o uso de injeções de bolus de Ultiva
para tratar a dor, durante o período pós-
operatório, de pacientes que respiram espontaneamente.
Medicação simultânea
diminui as quantidades de anestésicos voláteis, hipnóticos ou benzodiazepínicos necessárias
para promover a anestesia (ver, na seção O Que Devo Saber Antes de Usar Este Medicamento, o item
Interações Medicamentosas).
As doses de alguns agentes utilizados em anestesia, como isoflurano, tiopental, propofol e temazepam,
atingiram redução de 75% quando usadas com a remifentanila.
Descontinuação
Devido à cessação rápida da ação de Ultiva
, não haverá nenhuma atividade opiácea residual de 5 a 10
minutos após a sua descontinuação (suspensão). Se você for submetido a procedimentos cirúrgicos nos
quais se espera a ocorrência de dor pós-operatória, seu médico deverá administrar-lhe analgésicos antes
ou imediatamente após a descontinuação de Ultiva
. Será preciso esperar o tempo necessário para que
os analgésicos de longa duração atinjam o efeito máximo. O médico deve escolher o analgésico de
acordo com o procedimento cirúrgico e o nível de cuidados pós-operatórios.
Crianças (de 1 a 12 anos de idade)
Não existem dados suficientes para fazer recomendações de dosagem.
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Orientação de dosagem para manutenção de anestesia em pacientes pediátricos (1-12 anos de
idade)
Agente anestésico concomitante
Infusão contínua de Ultiva
Velocidade de
manutenção típica
Óxido nitroso (70%) 1 0,4 0,4 a 3
Halotano (dose inicial de 0,3 CAM) 1 0,25 0,05 a 1,3
Sevoflurano (dose inicial de 0,3 CAM) 1 0,25 0,05 a 0,9
Isoflurano (dose inicial de 0,5 CAM) 1 0,25 0,06 a 0,9
Quando o médico administrar Ultiva
em bolus, a infusão deve ser, no mínimo, de 30 segundos. Caso
não tenha administrado uma dose simultânea de bolus, ele só deve começar a cirurgia pelo menos 5
minutos após o início da infusão de Ultiva
. Os pacientes pediátricos precisam ser monitorados e a
dose ajustada para a profundidade de analgesia apropriada ao procedimento cirúrgico.
Nas doses recomendadas acima, a remifentanila reduz significativamente a quantidade de hipnótico
necessária para manter a anestesia. Portanto, o médico deve administrar o isoflurano, o halotano e o
sevoflurano de acordo com as instruções constantes da tabela acima para evitar anestesia
excessivamente profunda. Não há dados disponíveis sobre dosagens recomendáveis para uso
simultâneo de outros hipnóticos e da remifentanila (ver o item Posologia, nesta seção).
Após a descontinuação da infusão, a compensação do efeito analgésico de Ultiva
é rápida e similar à
dos pacientes adultos. O médico deve prever a necessidade e efetuar a administração de analgésicos
apropriados para o período pós-operatório (ver o item Posologia, nesta seção).
Neonatos (bebês de até 28 dias) e crianças (menores de 1 ano)
O perfil farmacocinético da remifentanila em neonatos e crianças menores de 1 ano de idade é
comparável ao dos pacientes adultos após as correções das diferenças de peso corporal. Entretanto, não
existem dados clínicos suficientes para estabelecer dosagens adequadas a essa faixa etária.
Anestesia cardíaca de adultos
Orientação de dosagem para anestesia cardíaca
infusão típica
Entubação Não recomendável 1 _
Isoflurano (dose inicial de 0,4 CAM) 0,5 a 1 1 0,003 a 4
Propofol (dose inicial de 50 µg/kg/min) 0,5 a 1 1 0,01 a 4,3
Continuação da analgesia pós-operatória
antes da extubação
Não recomendável 1 0 a 1
Período de indução da anestesia
Após a administração do hipnótico até o começo da perda da consciência, o médico deve administrar
em velocidade inicial de infusão de 1 µg/kg/min. Não se recomenda a administração em bolus
de Ultiva
durante a indução, em cirurgia cardíaca. A entubação endotraqueal só deve ser feita 5
minutos após o início da infusão.
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Período de manutenção da anestesia
Após a entubação endotraqueal, o médico deve ajustar a velocidade de infusão de Ultiva
com a condição do paciente. Doses suplementares de bolus também podem ser administradas conforme
a necessidade. Para pacientes cardíacos de alto risco, como os que apresentam função ventricular
deficiente, dose máxima em bolus é de 0,5 µg/kg. Essas recomendações de dosagem também se
aplicam durante a permanência na circulação extracorpórea (máquina que mantém a circulação do
sangue enquanto o coração está parado).
necessária para manter a anestesia. Portanto, o médico deve administrar o isoflurano e o propofol
conforme instruções constantes da tabela acima para evitar anestesia excessivamente profunda. Não há
dados disponíveis sobre dosagens recomendadas para uso simultâneo de outros hipnóticos de
remifentanila (ver o item Posologia, nesta seção).
Manutenção da analgesia pós-operatória antes da extubação (retirada do tubo localizado na
traquéia e que auxilia a respiração durante a cirurgia )
Recomenda-se que a infusão de Ultiva
se mantenha no nível final intraoperatório durante a
transferência do paciente para a área de recuperação pós-anestésica. Quando o paciente chegar a essa
área, o médico deve fazer monitoramento estrito do nível de analgesia e de sedação, assim como ajustar
a velocidade de infusão às necessidades particulares do paciente.
Antes da descontinuação de Ultiva
, o médico deve administrar agentes sedativos e analgésicos
alternativos com antecedência suficiente. A escolha e a dose do analgésico devem adequar-se ao nível
de cuidados pós-operatórios requeridos pelo paciente (ver o item Posologia, nesta seção).
Recomenda-se que o médico descontinue a infusão de Ultiva
reduzindo a velocidade em 25%, a
intervalos de pelo menos 10 minutos, até fazê-la cessar completamente. Durante a retirada do
ventilador mecânico, o médico não deve aumentar a infusão de Ultiva
fazendo apenas ajustes de
diminuição e suplementando o procedimento com analgésicos alternativos conforme a necessidade.
Recomenda-se que alterações hemodinâmicas, como hipertensão e taquicardia, sejam tratadas com
agentes alternativos apropriados.
Anestesia cardíaca pediátrica
Não existem dados suficientes para recomendar o uso de Ultiva® durante cirurgias cardíacas
pediátricas.
Unidade de terapia intensiva
A infusão de Ultiva® controlada por alvo (TCI, ou target controlled infusion) não foi estudada em
pacientes sob terapia intensiva.
pode ser usado isoladamente, de início, para promover analgesia e sedação em pacientes
mecanicamente ventilados (que respiram através de aparelhos) internados em unidade de terapia
intensiva (UTI).
Recomenda-se que a administração de Ultiva
tenha início na velocidade de infusão de 0,1 a 0,15
µg/kg/min. Essa velocidade deve ser ajustada em incrementos de 0,025 µg/kg/min até atingir o nível
ideal de analgesia e sedação. O médico deve manter um intervalo mínimo de 5 minutos entre os ajustes
de dose. O nível de analgesia e sedação deve ser cuidadosamente monitorado e reavaliado com
regularidade, ajustando-se adequadamente a velocidade de infusão de Ultiva
. Se o nível de sedação
desejável não for alcançado com a velocidade de infusão de 0,2 µg/kg/min, recomenda-se a
administração de um agente sedativo apropriado. O médico deve ajustar a dose do agente sedativo até
obter o nível ideal de sedação. Pode-se efetuar aumentos posteriores da velocidade de infusão de
em incrementos de 0,025 µg/kg/min caso seja necessária a analgesia adicional.
tem sido estudado em pacientes de UTI durante pesquisas clínicas bem controladas por até três
dias. Os dados adicionais de estudos clínicos feitos durante períodos mais longos são limitados.
A tabela abaixo resume a velocidade de infusão inicial e a faixa típica de dosagens de analgesia e
sedação para cada paciente.
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Orientação de dosagem para pacientes sob terapia intensiva
Infusão contínua
µg/kg/min
Velocidade inicial Faixa
0,1 a 0,15 0,006 a 0,74
Não se recomenda a administração de dose de Ultiva
em bolus nas unidades de terapia intensiva.
O uso de Ultiva
pode reduzir a necessidade de administração simultânea de qualquer outro agente
sedativo. As dosagens iniciais típicas de agentes sedativos, se necessário, são dadas abaixo.
Dosagem inicial recomendada de agentes sedativos (se necessários)
Agente sedativo Bolus (mg/kg) Infusão (mg/kg/h)
Propofol Até 0,5 0,5
Midazolam Até 0,03 0,03
Para efetuar o ajuste isolado dos agentes sedativos, não se deve administrá-los como mistura.
Analgesia adicional de pacientes ventilados submetidos a procedimentos estimulantes
Pode ser necessário aumentar a velocidade de infusão pré-estabelecida de Ultiva
para controlar a dor
de pacientes em ventilação mecânica submetidos a procedimentos estimulantes e/ou dolorosos, como
sucção endotraqueal, troca de curativo e fisioterapia. Recomenda-se manter velocidade de infusão de
de no mínimo 0,1 µg/kg/min por pelo menos 5 minutos antes do início do procedimento
estimulante. O médico deve fazer ajustes de dose posteriores, a intervalos de 2 a 5 minutos e em
incrementos de 25% a 50%, como antecipação ou resposta à necessidade de analgesia adicional. Para
fornecer maior anestesia durante os procedimentos estimulantes, tem-se usado a velocidade de infusão
média de 0,25 µg/kg/min e máxima de 0,75 µg/kg/min.
alternativos com antecedência suficiente. A escolha do agente apropriado e das doses deve ser feita
antecipadamente. Para assegurar a superficialização suave do regime à base de Ultiva
, recomenda-se
o ajuste da velocidade de infusão em estágios de 0,1 µg/kg/min, por até 1 hora, antes da extubação.
Após a retirada do tubo da traquéia, o médico deve reduzir a velocidade de infusão em decréscimos de
25%, a intervalos de no mínimo 10 minutos, até descontinuar a infusão. Durante a retirada do
ventilador mecânico, não se deve aumentar a infusão de Ultiva
, fazendo-se somente ajustes de
diminuição, suplementados com analgésicos alternativos, conforme a necessidade.
Crianças na unidade de terapia intensiva
Não existem dados disponíveis sobre o uso de Ultiva
em pacientes pediátricos.
Pacientes idosos (acima de 65 anos)
Anestesia geral
A dose inicial de remifentanila administrada a pacientes maiores de 65 anos de idade deve conter a
metade da recomendada a adultos, sendo depois ajustada às necessidades do paciente, uma vez que há
aumento de sensibilidade aos efeitos farmacológicos do medicamento entre os idosos. Esse ajuste de
dosagem se aplica a todas as fases da anestesia, inclusive indução, manutenção e analgesia pós-
operatória.
Anestesia cardíaca
Não é necessária a redução da dose inicial.
Não é necessária a redução da dose inicial (ver o item Posologia, nesta seção).
Pacientes obesos
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Recomenda-se a redução da dosagem de Ultiva
para pacientes obesos com base no peso ideal, pois o
clearance (capacidade de eliminação do medicamento pelo organismo) e o volume de distribuição da
remifentanila estão mais bem correlacionados com o peso ideal do que com o peso real nessa
população.
Pacientes com insuficiência renal
Não é necessário nenhum ajuste de dose para pacientes com insuficiência renal (mau funcionamento do
rim), uma vez que o perfil farmacocinético da remifentanila permanece inalterado nessa população.
Pacientes com insuficiência hepática
Não é necessário nenhum ajuste de dose para pacientes com insuficiência hepática (mau funcionamento
do fígado), uma vez que o perfil farmacocinético da remifentanila permanece inalterado nessa
população. Entretanto, os pacientes com insuficiência grave podem ser levemente mais sensíveis ao
efeito depressor do sistema respiratório provocado pela remifentanila. O médico deve monitorar
cuidadosamente esses pacientes, ajustando a dose do medicamento às necessidades deles.
Pacientes submetidos a neurocirurgia
As experiências clínicas com pacientes submetidos a neurocirurgia, embora limitadas, mostraram que
não são necessárias dosagens especiais.
Pacientes ASA III/IV
Uma vez que se espera que os efeitos hemodinâmicos dos opiáceos potentes sejam mais pronunciados
nos pacientes classificados pelos critérios da Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA, na sigla
em inglês) como de nível III (com doença sistêmica grave) ou IV (doença sistêmica grave com
constante risco de morte), o médico deve ter cautela na administração de Ultiva
nessa população.
Recomenda-se a redução da dosagem inicial e ajuste de acordo com o efeito.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.
As reações adversas mais frequentemente observadas com o uso de Ultiva
são a continuação dos
efeitos farmacológicos característicos dos medicamentos dessa classe.
Essas reações adversas são revertidas minutos após a interrupção ou a diminuição da velocidade de
administração de Ultiva
.
Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Rigidez dos músculos esqueléticos (que estão sobre os ossos e as cartilagens)
- Pressão baixa
- Náusea (enjoo)
- Vômito
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Diminuição da frequência dos batimentos cardíacos
- Pressão alta após a operação
- Depressão respiratória aguda, que compromete o funcionamento da respiração
- Apneia (suspensão ou ausência de respiração)
- Coceira
- Calafrios após a operação
Ultiva®
Modelo de texto de bula - Pacientes
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Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Baixos níveis de oxigênio no organismo
- Prisão de ventre
- Dores após a operação
Reações raras (ocorrem de 0,01% a 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Sedação (durante o período de recuperação após a anestesia geral)
- Reações alérgicas, inclusive anafilaxia (que é uma reação grave e generalizada)*
- Parada abrupta do coração, geralmente precedida de diminuição da frequência dos batimentos
cardíacos*
* Essas reações adversas foram relatadas quando houve administração de Ultiva
em conjunto com um
ou mais agentes anestésicos.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações
indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe a empresa sobre o aparecimento de reações indesejáveis e problemas com este
medicamento, entrando em contato através do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC)
pelo telefone 0800 701 22 33.