Bula do Urbanil para o Profissional

Bula do Urbanil produzido pelo laboratorio Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Urbanil
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO URBANIL PARA O PROFISSIONAL

URBANIL

(clobazam)

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Comprimidos

10 mg e 20 mg

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Esta bula sofreu aumento de tamanho para adequação a legislação vigente da ANVISA.

Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.

URBANIL®

clobazam

APRESENTAÇÕES

Comprimidos 10 mg - embalagem com 20.

Comprimidos 20 mg - embalagem com 20.

USO ORAL. USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 3 ANOS.

COMPOSIÇÃO

URBANIL 10 mg: cada comprimido contém 10 mg de clobazam.

URBANIL 20 mg: cada comprimido contém 20 mg de clobazam.

Excipientes: lactose monoidratada, amido de milho, talco, estearato de magnésio e dióxido de silício.

1. INDICAÇÕES

Pelo seu efeito ansiolítico puro e sua grande margem de segurança garantida por uma tolerabilidade excelente, o Urbanil

está formalmente indicado em todos os quadros somáticos ou psíquicos com manifestações importantes de ansiedade.

Assim, a ação tranquilizante do Urbanil é destinada ao tratamento de:

- ansiedades relativas e endógenas;

- manifestações psicossomáticas dos estados ansiosos, relacionados com os diversos aparelhos (respiratório, cardiovascular,

digestivo, geniturinário, locomotor etc.);

- tensão e ansiedade que acompanham doenças orgânicas.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Clobazam é um benzodiazepínico com ação ansiolítica e anticonvulsivante.

Estudos com clobazam em pacientes hospitalizados (Sandler et aI., 1977; Gisselmann et aI., 1976) ou ambulatoriais

(Buduba et aI., 1977; Alvarado, 1976; Gisselmann et aI., 1976; Nibra and Pena, 1978) demonstraram o efeito ansiolítico

quando administrado por períodos de 3 semanas a 12 meses.

A escala de Hamilton para a avaliação de ansiedade e a impressão clínica global tem demonstrado melhora quando

comparamos o uso do clobazam em relação ao placebo em pacientes com ansiedade.

Estudos abertos (Grand et al, 1976; Moragrega-Adame, 1976) ou mesmo comparativos (Coste-Simonin and Krantz, 1975,

1979) demonstraram que o clozabam proporcionou o alívio da ansiedade associada aos sintomas cardiovasculares.

Estudos abertos feitos com clobazam em doses diárias de 5 a 15 mg com crianças de até 15 anos que apresentavam

ansiedade de causa primária ou associada à escola, hospitalização ou doenças orgânicas, demonstrou que o mesmo foi

efetivo em aliviar os sintomas de ansiedade (Boulesteix et aI., 1977; Grenier and Rolland, 1975).

Estudo realizado por Montenegro et al (2008) onde avaliou retrospectivamente 251 pacientes com epilepsia refratária

demonstrou que o uso do clobazam foi efetivo para um melhor controle do quadro epiléptico como terapia complementar.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Urbanil está indicado nos estados agudos e crônicos de ansiedade, que podem manifestar-se do seguinte modo: ansiedade,

tensão, agitação, excitação, irritabilidade, insônia de origem emocional, transtornos psicovegetativos e psicossomáticos

(transtorno mental que causa sintomas no corpo) (por exemplo diarreia, aceleração dos batimentos cardíacos, sudorese),

assim como instabilidade emocional.

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A indicação em casos de transtornos psicovegetativos e psicossomáticos restringe-se aos casos em que não haja causas

orgânicas. Antes de iniciar o tratamento dos estados de ansiedade associados com instabilidade emocional, o médico deve

determinar se o paciente sofre de depressões que requeiram tratamento especial ou adicional.

Urbanil está também indicado para terapia complementar nos casos de epilepsia, não adequadamente controlados com o

uso de anticonvulsivantes clássicos.

Farmacodinâmica

Modo de ação

Clobazam é um ansiolítico e anticonvulsivante pertencente ao grupo dos benzodiazepínicos.

Urbanil é o 7-cloro 1-metil 5-fenil 1H-1,5 benzodiazepin-2,4 (3H, 5H)-diona. Deste modo, não interfere no rendimento

psicomotor, permitindo o desempenho das atividades normais do paciente.

Farmacocinética

Absorção

Após administração oral, clobazam é rápido e extensivamente absorvido. A Biodisponibilidade relativa de clobazam

comprimidos não foi significantemente diferente.

O tempo para atingir o pico da concentração plasmática (Tmax) é de 0,5 – 4h.

A administração de clobazam comprimidos com a alimentação retarda a absorção em aproximadamente 1 hora, mas não

afeta a extensão total da absorção. Clobazam pode ser administrado distante das refeições.

A ingestão concomitante de álcool pode aumentar a biodisponibilidade do clobazam em 50%.

Distribuição

Após uma dose única de 20 mg de clobazam, a variabilidade interindividual marcada em concentrações plasmáticas

máximas (222 a 709 ng/mL) foi observada após 0,25 a 4 horas.

Clobazam é lipofílico e é distribuído rapidamente pelo organismo. Baseado na população de análise farmacocinética, o

volume aparente de distribuição até o estado de equilíbrio foi de aproximadamente 102L, e é independente da concentração

ao longo do intervalo terapêutico. Aproximadamente 80-90% de clobazam se liga à proteína plasmática.

Clobazam acumula aproximadamente de 2-3 vezes até o estado de equilíbrio enquanto o metabólito ativo N-desmetil

clobazam (N-CLB) acumula cerca de 20 vezes após a administração de clobazam duas vezes ao dia. As concentrações de

estado de equilíbrio são atingidas dentro de aproximadamente duas semanas.

Metabolismo

Clobazam é rápida e extensivamente metabolizado pelo fígado. O metabolismo de clobazam ocorre primariamente por

desmetilação hepática do N-desmetil clobazam (N-CLB), mediada por CYP3A4 e, em menor proporção por CYP2C19. N-

CLB é um metabólito ativo e o principal metabólito circulante encontrado no plasma humano.

O metabólito ativo N-CLB sofre biotransformação no fígado de formando4-hidroxi-N-desmetil clobazam, mediada

primariamente por CYP2C19.

Metabolizadores fracos de CYP2C19 apresentam uma concentração 5 vezes maior de N-CLB no plasma em comparação

com potentes metabolizadores;

Clobazam é um fraco inibidor da CYP2D6. A coadministração com dextrometorfano levou a um aumento de 90% na AUC

e 59% nos valores de Cmax de dextrometorfano.

Eliminação

Baseado na população de análise farmacocinética, as meias-vida de eliminação plasmática de clobazam e N-CLB foram

estimadas em cerca de 36 e 79 horas, respectivamente.

Clobazam é eliminado principalmente pelo metabolismo hepático, com eliminação renal subsequente. Em um estudo de

balanço de massa, aproximadamente 80% da dose administrada foi recuperada na urina e cerca de 11% nas fezes.

Menos de 1% de clobazam inalterado e menos de 10% de N-CLB inalterado são excretados através dos rins.

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Clobazam atravessa a barreira placentária e aparece no leite materno. Tanto no sangue fetal quanto no leite materno, podem

ser alcançadas concentrações efetivas.

Idosos: em idosos, há uma tendência na redução do clearance após administração oral. A meia vida de eliminação é

prolongada e o volume de distribuição aumentado. Isto pode gerar um maior acúmulo da droga quando administrada em

uma base de doses múltiplas do que em pacientes jovens.

O efeito da idade no clearance e o perfil de acumulação do clobazam, parecem também se aplicar ao metabólito ativo.

Pacientes com insuficiência hepática: em pacientes com doença hepática severa, o volume de distribuição do clobazam é

aumentado e a meia vida de eliminação é prolongada.

Pacientes com insuficiência renal: em pacientes com insuficiência renal, as concentrações plasmáticas do clobazam são

reduzidas, possivelmente devido a absorção da droga estar prejudicada. A meia vida de eliminação é em grande parte

independente da função renal.

4. CONTRAINDICAÇÕES

− Hipersensibilidade ao clobazam ou a qualquer componente da fórmula;

− Doença muscular progressiva crônica - Miastenia grave (risco de agravamento da doença);

− Pacientes com insuficiência respiratória severa (risco de degeneração);

− Síndrome da apneia do sono (risco de degeneração);

− Pacientes com insuficiência hepática severa (risco de precipitação da encefalopatia);

− Urbanil está contraindicado durante a lactação.

Benzodiazepínicos não devem ser administrados em crianças sem avaliação clara da sua necessidade. Utbanil não deve ser

utilizado em crianças entre 6 meses e 3 anos A não ser em casos excepcionais, onde há indicações obrigatórias no

tratamento anticonvulsivante.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência respiratória severa (risco de

degeneração) e pacientes com insuficiência hepática severa (risco de precipitação da encefalopatia).

Este medicamento é contraindicado para crianças de 6 meses a 3 anos de idade. Entretanto em casos excepcionais,

onde há indicações obrigatórias, pode ser usado para tratamento anticonvulsivante.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Advertências

Álcool: é recomendado não consumir álcool durante o tratamento com Urbanil devido ao risco de aumento da sedação e de

outras reações adversas (vide Interações Medicamentosas).

Amnésia: lapsos de memória para eventos que ocorram após um evento “causador da doença” (amnésia anterógrada)

podem ocorrer mesmo quando os benzodiazepínicos são utilizados em uma variação de dose normal, mas especialmente

quando se utilizam doses mais altas.

Dependência: os benzodiazepínicos, incluindo o clobazam, podem levar à dependência física e psicológica. O risco de

dependência aumenta com a dose e a duração do tratamento. Entretanto, o risco está presente mesmo com a ingestão diária

de clobazam durante períodos de somente algumas semanas, e se aplica não somente ao possível abuso com altas doses,

mas também com a variação da dose terapêutica. O risco de dependência está aumentado em pacientes com histórico de

abuso de drogas ou álcool. O benefício terapêutico deve ser avaliado contra o risco de dependência durante o uso

prolongado.

Na retirada dos benzodiazepínicos, especialmente se abrupta, um fenômeno rebote ou síndrome de retirada podem ocorrer.

Fenômeno rebote: o fenômeno rebote é caracterizado pela recorrência, de forma acentuada, dos sintomas que originalmente

levaram ao tratamento com clobazam (por exemplo: ansiedade, convulsões). Isto pode estar acompanhado por outras

reações incluindo alterações de humor, ansiedade ou distúrbio do sono e agitação.

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Síndrome da retirada: após o desenvolvimento da dependência física, a interrupção abrupta do tratamento com clobazam

pode levar a sintomas de abstinência. Isto pode incluir cefaleias, distúrbios do sono, aumento dos sonhos, ansiedade

extrema, tensão, agitação, confusão e excitabilidade, alteração na percepção ambiental, perda de sentimento de identidade

em relação aos outros ou do seu próprio senso de realidade (despersonalização), alucinações e psicoses sintomáticas

(delírio de abstinência), sensações de entorpecimento e formigamento das extremidades, dor muscular, tremor, sudorese,

náusea, vômito, agudeza anormal da audição (hiperacusia), hipersensibilidade à luz, barulhos e contato físico, bem como

convulsões epilépticas. A síndrome de abstinência também pode ocorrer na troca abrupta do benzodiazepínico de ação

prolongada, como por exemplo Urbanil, por um benzodiazepínico de ação de curta duração.

Em pacientes com histórico de dependência a drogas ou álcool, pode haver um aumento no risco de desenvolver

dependência ao clobazam, assim como ocorre com outros benzodiazepínicos.

Gravidez: existe uma quantidade limitada de dados sobre o uso de clobazam em mulheres grávidas. Como uma medida de

precaução é preferível evitar o uso de clobazam durante a gravidez. O clobazam deve ser utilizado durante a gravidez

apenas se o potencial benefício justificar o potencial risco ao feto (vide Gravidez e Lactação).

Em pacientes com depressão ou ansiedade associada com depressão, Urbanil deve ser apenas utilizado concomitante com

tratamento adequado. O uso de benzodiazepínicos de forma isolada (como Urbanil), pode precipitar o suicídio nesses

pacientes.

Em pacientes com esquizofrenia ou outras doenças psicóticas, o uso de benzodiazepínicos é recomendado apenas para

auxiliar, ou seja não é recomendado para o tratamento primário.

Precauções

Reações de pele sérias: reações de pele sérias, incluindo Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) e Necrólise Epidérmica

Tóxica (NET) foram reportados com clobazam tanto em crianças como em adultos durante a experiência pós-

comercialização. A maioria dos casos reportados envolveu o uso concomitante de outros medicamentos, incluindo

fármacos antiepilépticos que são associados com reações de pele sérias.

SSJ/NET podem ser associados com resultado fatal. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto aos sinais

e sintomas de SSJ/NET durante as primeiras 8 semanas de tratamento. O clobazam deve ser imediatamente descontinuado

quando há suspeita de SSJ/NET. Caso sinais e sintomas sugiram SSJ/NET, o uso de clobazam não deve ser reiniciado e um

tratamento alternativo deve ser considerado (vide Reações Adversas).

Depressão respiratória: a administração de Urbanil pode causar depressão respiratória, especialmente se administrado em

altas doses. Portanto, os pacientes com insuficiência respiratória crônica ou aguda devem ter a sua função respiratória

monitorada e redução da dose pode ser necessária.

Clobazam é contraindicado em pacientes com insuficiência respiratória severa (vide Contraindicações)

Fraqueza muscular: o clobazam pode causar fraqueza muscular. Portanto, em pacientes com fraqueza muscular pré-

existente ou com oscilação de movimentos e no modo de andar devido a doenças da medula espinhal e do cerebelo (ataxia

espinhal ou cerebelar), recomenda-se observação especial e possível redução na dose do paciente.

Clobazam é contraindicado em pacientes com miastenia grave (vide Contraindicações).

Tolerância em epilepsia: no tratamento de epilepsia com benzodiazepínicos, incluindo Urbanil, deve-se considerar a

possibilidade de uma diminuição na eficácia (desenvolvimento de tolerância) durante o tratamento.

Metabolizadores fracos do CYP 2C19: em pacientes com deficiência na metabolização do CYP 2C19, os níveis do

metabólito ativo N-desmetil clobazam podem ser aumentados em comparação com os metabolizadores potentes. Ajuste de

dose de clobazam pode ser necessário como, por exemplo, dose inicial baixa com cuidadosa titulação (vide Características

Farmacológicas).

Urbanil pode causar sedação ou efeitos adversos similares, assim como fraqueza muscular.

Gravidez e lactação

Estudos com animais não indicaram efeitos prejudiciais diretos ou indiretos com relação à toxicidade reprodutiva. Não

foram encontradas quaisquer malformações congênitas em camundongos, ratos ou coelhos nos estudos com animais.

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Na base de dados de segurança pós-comercialização, existem dados limitados de gravidez exposta ao clobazam. Alguns

destes casos reportaram diustúrbios fetais e neonatais mas, a epilepsia materna e a coadministração de medicamentos

antiepilépticos foram fatores que causaram confusão.

O clobazam atravessa a placenta mas nenhum efeito na organogênese foi identificado.

Como uma medida de precaução é preferível evitar o uso de clobazam durante a gravidez. O clobazam deve ser utilizado

durante a gravidez apenas se o potencial benefício justificar o potencial risco ao feto (vide Advertência e Precauções). A

utilização de Urbanil antes ou durante o nascimento da criança pode resultar na ocorrência de depressão respiratória

(incluindo dificuldade respiratória e apneia), que pode estar associada com outros distúrbios como sinais de sedação,

hipotermia, hipotonia e dificuldade de deglutição nos recém-nascidos. Além disso, pode ocorrer dependência física aos

benzodiazepínicos em recém-nascidos de mães que tomaram o medicamento por longos períodos até o final da gravidez.

No período após o nascimento, estes recém-nascidos podem apresentar risco de desenvolver a Síndrome de Abstinência. É

recomendada monitoração adequada ao recém-nascido no período após o nascimento.

Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

O clobazam é excretado no leite materno e, portanto, não deve ser utilizado durante a lactação.

Populações especiais

Pacientes com insuficiência na função renal ou hepática apresentam uma resposta aumentada ao clobazam e maior

suscetibilidade aos seus efeitos adversos, portanto, em tais pacientes uma redução da dose pode ser necessária. Em

tratamento prolongado, a função renal e hepática devem ser avaliadas regularmente.

Nos pacientes idosos, devido ao aumento da sensibilidade às reações adversas como sonolência, tontura, fraqueza

muscular, há um aumento no risco de quedas que podem resultar em grave lesão. Uma redução da dose é recomendada

(vide Posologia e Modo de Usar e Reações Adversas).

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Alguns efeitos adversos (por exemplo, sedação, fraqueza muscular) podem prejudicar a capacidade do paciente de

concentração e reação, e, portanto, constituir um risco em situações nas quais estas capacidades têm uma importância

especial (por exemplo, conduzir um veículo ou máquina).

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção

podem estar prejudicadas.

Mutagenicidade

Clobazam não tem efeitos genotóxicos ou mutagênicos.

Carcinogenicidade

Em um estudo de carcinogenicidade, foi encontrado em ratos um aumento significativo de adenoma celular de folículo de

tireoide no grupo com doses mais elevadas (100 mg/kg de peso corpóreo).

Clobazam, como outros benzodiazepínicos, acarreta na ativação da tireoide em ratos. Estas mudanças não foram

observadas em investigações com outras espécies.

Teratogenicidade

Ensaios realizados em camundongos, ratos e coelhos sensíveis a talidomida com doses diárias de até 100 mg/kg de peso

corpóreo não indicaram efeitos teratogênicos.

Em testes de fertilidade em camundongos com 200 mg/kg de peso corpóreo diários e em ratos com 85 mg/kg de peso

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Álcool

O consumo concomitante de álcool pode aumentar a biodisponibilidade do clobazam em 50% (vide Características

Farmacológicas) e, portanto, levar a um aumento dos efeitos de clobazam (vide Advertências e Precauções).

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Drogas depressoras do Sistema Nervoso Central

O uso concomitante de Urbanil, especialmente quando utilizado em altas doses, com medicamentos depressores do Sistema

Nervoso Central, tais como: analgésicos narcóticos, anti-histamínicos sedativos, hipnóticos, ansiolíticos, alguns

antidepressivos, anticonvulsivantes, anestésicos, antipsicóticos ou outros sedativos potencializa o efeito mutuamente. Deve-

se tomar extremo cuidado, quando Urbanil é utilizado nos casos de superdosagem com lítio ou com as substâncias acima.

Anticonvulsivantes

Nos casos em que Urbanil é administrado como terapia auxiliar no tratamento da epilepsia com outros anticonvulsivantes, a

dose deve ser ajustada sob estrita supervisão médica, (monitoração do EEG), uma vez que podem ocorrer interações com a

medicação básica do paciente.

Nos pacientes que recebem tratamento simultâneo de ácido valpróico e Urbanil, pode haver um aumento leve a moderado

na concentração plasmática de ácido valpróico. No tratamento concomitante com Urbanil, os níveis plasmáticos da

fenitoína podem aumentar. Se possível, os níveis sanguíneos do ácido valpróico ou da fenitoína devem ser monitorados.

Carbamazepina e fenitoína podem causar um aumento na conversão metabólica do clobazam para N-desmetil clobazam.

O estiripentol aumenta os níveis plasmáticos de clobazam e de seu metabólito ativo N-desmetil clobazam através da

inibição de CYP3A e CYP2C19. Recomenda-se a monitorização dos níveis sanguíneosantes do início da administração de

estiripentol, e então, uma vez que um novo estado de equilíbrio da concentração seja atingido (aproximadamente após 2

semanas).

Analgésicos narcóticos

O uso concomitante de Urbanil com analgésicos narcóticos poderá intensificar a euforia, podendo levar ao aumento da

dependência psicológica.

Relaxantes musculares

Os efeitos dos relaxantes musculares e óxido nitroso podem aumentar.

Inibidores do CYP 2C19

Potentes e moderados inibidores do CYP 2C19 podem resultar em um aumento da exposição ao N-desmetil clobazam (N-

CLB). Ajuste de dose de clobazam pode ser necessário quando coadministrado com potentes (fluconazol, fluvoxamina,

ticlopidina) ou moderados (omeprazol) inibidores do CYP 2C19 (vide Características Farmacológicas).

Substrato de CYP 2D6

O clobazam é um fraco inibidor do CYP 2D6 (vide Características Farmacológicas). Ajuste de doses de drogas

metabolizadas por CYP 2D6 (dextrometorfano, pimozida, paroxetina, nebivolol) pode ser necessário.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Urbanil deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), proteger da luz e umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Urbanil 10 mg: comprimidos brancos, redondos, biconvexos, apresentando uma face lisa e outra face com sulco central.

Urbanil 20 mg: comprimidos brancos, redondos, biplanos, apresentando uma face lisa e a outra face com sulco central.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

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8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Para o adulto, a dose preconizada de Urbanil é de 1 comprimido de 10 mg duas a três vezes ao dia, ou 1 comprimido de 20

mg duas vezes ao dia, quando se deseja uma resposta maior em função da maior intensidade do caso. De qualquer modo, a

modificação da posologia deve ser orientada pelo médico, para cada paciente.

Não há estudos dos efeitos de URBANIL administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir

a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral conforme recomendado pelo médico.

Populações especiais

Para crianças e pacientes idosos ou debilitados deve-se prescrever uma dose de 1/2 comprimido de 10 mg duas vezes ao

dia, ou mesmo 1 comprimido de 10 mg duas vezes ao dia. Em manifestações psiquiátricas graves e em pacientes

hospitalizados, estas doses poderão ser aumentadas a critério médico, até o limite máximo de 60 mg/dia.

Este medicamento não deve ser mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reação muito comum (> 1/10)

Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10)

Reação incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100)

Reação rara (> 1/10.000 e ≤ 1/1.000)

Reação muito rara (≤ 1/10.000)

Distúrbios do Sistema Nervoso

Sedação, levando ao cansaço e sonolência, poderá ocorrer especialmente no início do tratamento com Urbanil ou na

administração de altas doses. Podem também ocorrer diminuição do tempo de reação, sonolência, paralisação das emoções,

confusão, cefaleia, vertigens, fraqueza muscular, ataxia, ou leve tremor nos dedos.

Especialmente em pacientes que receberam tratamento com altas doses ou em longo prazo, pode haver anormalidades

reversíveis tais como diminuição ou indistinção da fala (distúrbios de articulação), oscilação do movimento e do modo de

andar ou perda da libido.

Foram relatados casos muito raros de perturbação da consciência, algumas vezes combinada com distúrbios respiratórios,

após uso prolongado de benzodiazepínicos, particularmente em pacientes idosos, que algumas vezes persiste durante algum

tempo.

Amnésia anterógrada pode ocorrer mesmo quando os benzodiazepínicos são usados em doses normais, mas especialmente

em doses elevadas. Efeitos amnésicos podem estar associados com atitudes inapropriadas.

Distúrbios psiquiátricos

Especialmente em idosos e crianças podem ocorrer reações paradoxais como excitação, irritabilidade, agressividade,

delírio, alucinações, estado agudo de agitação, pesadelos, acessos de raiva, reações psicóticas, ansiedade, tendências

suicidas, espasmos musculares frequentes, dificuldade em adormecer e em adormecer profundamente. Na ocorrência de tais

reações, o tratamento com Urbanil deve ser interrompido.

Uma depressão pré-existente pode ser desmascarada durante o tratamento com benzodiazepínicos.

Tolerância e dependência poderão ocorrer, especialmente durante o uso prolongado.

Distúrbios oculares

Distúrbios da visão (diplopia, nistagmo). Tais reações ocorrem particularmente com tratamentocom altas doses ou em

tratamento prolongado e são reversíveis.

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais

Depressão respiratória pode ocorrer especialmente na administração de elevadas doses de Urbanil. Portanto,

particularmente em pacientes com insuficiência da função respiratória pré-existente (por exemplo, em pacientes com asma

brônquica), ou naqueles com dano cerebral podem ocorrer insuficiência respiratória ou degeneração.

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Distúrbios gastrintestinais

Boca seca, constipação, diminuição do apetite, náusea.

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

Podem ocorrer casos muito raros de reações cutâneas, tais como: rash ou urticária.

Síndrome de Stevens-Johnson, Necrólise Epidérmica Tóxica, incluindo alguns casos com resultado fatal.

Distúrbios do metabolismo e nutrição

Ganho de peso. Esta reação ocorre particularmente com tratamento com altas doses ou em tratamento prolongado e é

reversível.

Distúrbios gerais

Queda (vide Advertências e Precauções).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível

em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Superdosagem e intoxicação com benzodiazepínicos, incluindo clobazam, podem conduzir a depressão do Sistema Nervoso

Central, associado a sonolência, confusão e apatia, possivelmente levando à ataxia, depressão respiratória, hipotensão e,

raramente coma. O risco de fatalidade aumenta em casos de envenenamento combinado com outros depressores do Sistema

Nervoso Central, incluindo o álcool.

Tratamento

No tratamento por intoxicação deve ser levado em consideração o possível envolvimento de múltiplos agentes.

Lavagem gástrica, reposição de fluidos intravenosos e medidas de suporte podem ser indicadas adicionalmente a

monitorização da consciência, respiração, pulso e pressão sanguínea. Equipamentos para lidar nos casos de complicações

como obstrução das vias aéreas ou insuficiência respiratória devem estar disponíveis.

Casos de hipotensão podem ser tratados com substitutos do plasma e, se necessário, com agentes simpatomiméticos.

A eliminação secundária de Urbanil (por diurese forçada ou hemodiálise) é ineficaz.

A eficácia da administração suplementar de fisostigmina (um agente colinérgico) ou de flumazenil (um antagonista dos

benzodiazepínicos) não deve ser utilizada devido a experiência existente insuficiente.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.