Bula do Urografina produzido pelo laboratorio Bayer S.a.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
Urografina®
Bayer S.A.
Solução injetável
80 mg de diatrizoato de sódio e 520 mg de diatrizoato de meglumina
Urografina® 292
diatrizoato de sódio
diatrizoato de meglumina
Informação importante! Leia com atenção!
APRESENTAÇÃO:
Cartucho com frasco-ampola de 50 mL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL contém 80 mg de diatrizoato (amidotrizoato) de sódio e 520 mg de diatrizoato
(amidotrizoato) de meglumina em solução aquosa.
Excipientes: edetato de cálcio dissódico e água para injetáveis
INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
Urografina®
é um meio de contraste para diagnóstico indicado para realce de imagens de
raios X em urografia intravenosa e retrógrada, exames angiográficos bem como artrografia,
colangiografia intraoperatória, fistulografia, histerossalpingografia, colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada (CPER), sialografia e outras.
Urografina®®®® não deve ser utilizada em mielografia, ventriculografia ou cisternografia
devido à possibilidade de provocar sintomas neurotóxicos nestes procedimentos.
Urografina® contém sais do ácido diatrizoico, substâncias que promovem o contraste
radiológico, possibilitando a visualização de veias e artérias, detecção de anormalidades no
sistema urinário, coração e cavidades corpóreas. Converse com o seu médico para obter
maiores esclarecimentos sobre a ação do produto e sua utilização.
A administração de Urografina®®®® é contraindicada na presença de insuficiência
cardíaca ou atividade excessiva da glândula tireoide, as quais não estejam sendo
adequadamente controladas.
Durante a gravidez ou na presença de inflamação aguda dos órgãos sexuais femininos
internos não se deve efetuar exames de raio-X do útero e das trompas uterinas.
Exames de raio-X do pâncreas e ductos biliares não devem ser realizados em pacientes
que apresentem inflamação aguda do pâncreas.
Urografina®®®® não deve ser administrada no espaço ao redor da medula espinhal, pois
pode causar reações adversas graves como dor, convulsões, coma, frequentemente
com resultados letais.
Advertências e Precauções
Ocasionalmente, ocorrem reações alérgicas após o uso de meios de contraste como a
Urografina®. Geralmente são reações na pele ou respiratórias sem gravidade, mas
podem ocorrer reações graves como angioedema (inchaço abaixo da pele), edema
subglótico, broncoespasmo (fechamento dos brônquios) e choque alérgico. Essas
reações geralmente ocorrem no período de uma hora depois da administração do meio
de contraste. Raramente, podem ocorrer após horas ou dias.
Informe ao médico a ocorrência das seguintes situações, para que seu médico decida
se é possível ou não realizar o exame pretendido: alergia (por exemplo: alergia a
frutos do mar, febre do feno e urticária) ou asma brônquica; sensibilidade ao iodo ou
aos meios de contraste com iodo, aos sais do ácido diatrizoico ou a qualquer outro
componente da fórmula do produto; idade avançada; estado de saúde debilitado;
distúrbios graves do fígado ou rins; doenças circulatórias ou do coração; diabetes,
com doença renal; depleção de volume; uso de biguanidas (tipo de medicamento
utilizado no tratamento de diabetes) e de betabloqueadores (tipo de medicamento
utilizado no tratamento da pressão alta e outras doenças cardíacas); alteração no
sistema nervoso central, tais como distúrbios cerebrais com convulsões; distúrbios da
circulação cerebral como, por exemplo, história de derrame; hipertiroidismo latente;
bócio (inchaço no pescoço causado por aumento do tamanho da glândula tiroide);
mieloma múltiplo (câncer das células sanguíneas), paraproteinemia (superprodução
de proteínas específicas) e miastenia grave (condição alérgica que atinge partes
específicas do corpo, ou condição na qual os músculos começam a ficar fracos e
facilmente cansados); gota; feocromocitoma (tipo especial de pressão alta causada por
um tumor raro da glândula suprarrenal, a qual se situa próxima aos rins); doenças
autoimunes; ingestão regular de drogas especiais ou álcool; interferências no processo
de coagulação.
Independentemente da dose administrada, podem ocorrer: leve inchaço da face,
lábios, língua ou garganta, conjuntivite, tosse, coceira, coriza, espirro e urticárias, os
quais são, possivelmente, os primeiros sinais do início de uma reação grave. Nestes
casos, deve-se descontinuar imediatamente a administração do meio de contraste e, se
necessário, iniciar por via venosa o tratamento adequado.
Na presença de inflamação, os exames realizados nos ductos biliares podem aumentar
o risco de reações.
A possibilidade de gravidez deve ser excluída antes de realizar a histerossalpingografia.
Efeitos na habilidade de dirigir ou utilizar máquinas
Como acontece com todos os meios de contraste iodados, existe, em casos raros, a
possibilidade de ocorrência de reações tardias após a administração, podendo ocorrer
diminuição na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Gravidez e lactação
Informe ao médico se está, ou pretende, ficar grávida ou se está amamentando.
Até o momento, não foi demonstrada suficientemente a segurança do uso de meios de
contraste em gestantes. Uma vez que, sempre que possível, a exposição à radiação
deve ser evitada durante a gravidez, os benefícios de qualquer exame com raios X,
com ou sem meio de contraste, devem ser cuidadosamente considerados pelo seu
médico frente aos possíveis riscos.
Meios de contraste de eliminação renal, como Urografina®, passam para o leite
materno apenas em pequenas quantidades. Dados limitados sugerem que o risco para
o lactente é baixo. Portanto, a amamentação é provavelmente segura.
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica
ou do cirurgião-dentista.”
Interações medicamentosas
Informe seu médico sobre os medicamentos que esteja usando, pois alguns deles, como
a interleucina, podem aumentar a prevalência de reações tardias (por exemplo, febre,
erupções na pele, sintomas do tipo gripal, dor nas articulações e coceira). Seu médico
deve informá-lo de como tomar estes medicamentos antes de realizar o exame.
- Interferência em testes diagnósticos
Após a administração do meio de contraste iodado, o diagnóstico de doenças da tireoide
fica comprometido por até 2 semanas e, às vezes, até por períodos maiores em casos
isolados.
"Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro
medicamento."
"Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a
sua saúde."
MEDICAMENTO?
O produto deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 °C e 30 ºC). Proteger da luz
e de raios X.
"Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem."
"Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original."
Características organolépticas
Urografina® é fornecida pronta para uso, como uma solução límpida, incolor a levemente
amarelada.
"Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de
validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para
saber se poderá utilizá-lo."
"Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças."
Urografina® é injetada, pelo médico, no vaso sanguíneo através de uma pequena agulha.
Urografina® pode também ser injetada nas cavidades do corpo. Deve ser administrada
imediatamente antes do exame de raio-X.
Orientações gerais
- Instruções para uso/manuseio
Inspeção:
Meios de contraste não devem ser usados em caso de coloração acentuada, presença de
material particulado ou apresentar algum defeito no frasco.
Manuseio:
Meios de contraste devem somente ser transferidos para a seringa imediatamente antes da
realização do exame.
A tampa de borracha não deve ser perfurada mais do que uma vez, a fim de evitar que uma
grande quantidade de micropartículas entre na solução. Recomenda-se o uso de cânulas
com bisel longo e diâmetro máximo de 18 G para perfurar a tampa de borracha e retirar a
solução (cânulas de uso exclusivo com orifício lateral são particularmente adequadas).
Após uma sessão, deve-se descartar a solução não utilizada do meio de contraste.
- Sugestões de dieta
Nas angiografias da região abdominal e nas urografias, obtêm-se melhores imagens
radiológicas quando o intestino está livre de material fecal e gases. Por isto, nos dois dias
anteriores ao exame, devem ser evitados alimentos que aumentem a formação de gases, em
particular ervilha, feijão e lentilha, saladas, frutas, pão integral ou fresco, assim como todo
tipo de verduras cruas. Na véspera do exame, deve-se evitar comer após às 18 horas. Além
disso, pode ser conveniente administrar um laxante à noite. Contudo, administração de
laxante antes do exame e jejum prolongado são contraindicados em recém-nascidos,
lactentes e crianças pequenas.
- Hidratação
Deve ser assegurada adequada hidratação, antes e após a administração do meio de
contraste. Esta observação aplica-se especialmente a pacientes com mieloma múltiplo,
diabete melito com nefropatia, poliúria, oligúria, hiperuricemia, assim como para recém-
nascidos, lactentes, crianças pequenas e idosos. Alterações no equilíbrio hídrico e
eletrolítico devem ser corrigidas antes do exame.
- Recém-nascidos (< 1 mês) e lactentes (1 mês – 2 anos)
Lactentes com menos de 1 ano de idade e especialmente recém-nascidos são susceptíveis
ao desequilíbrio eletrolítico e alterações hemodinâmicas. Portanto, deve-se ter precaução
com a dose administrada do meio de contraste, o desempenho técnico do procedimento
radiológico e a condição do paciente.
- Ansiedade
Estados pronunciados de excitação, ansiedade e dor podem aumentar o risco de ocorrência
de reações adversas ou intensificar as reações relacionadas ao meio de contraste. Para estes
pacientes, pode-se administrar um sedativo.
- Aquecimento antes do uso
O meio de contraste, quando aquecido à temperatura corpórea antes de sua administração, é
melhor tolerado e pode ser mais facilmente injetado devido à redução da viscosidade.
Usando um incubador, aqueça a 37ºC apenas o número de frascos necessários para um dia
de exame. Não se verificou qualquer alteração na pureza química do produto quando os
frascos, aquecidos por período prolongado, permaneceram protegidos da luz. Todavia,
nestes casos, o período de armazenamento não deve exceder 3 meses.
- Pré-teste:
A realização de teste de sensibilidade com uma pequena dose do meio de contraste não é
recomendável e não apresenta valor de prognóstico. Além disso, o próprio teste de
sensibilidade provocou em alguns casos reações de hipersensibilidade graves e até mesmo
fatais.
A administração intravascular de meios de contraste deve ser efetuada, se possível, com o
paciente deitado.
A dose ideal é específica, pois depende do estado geral de saúde, idade, peso e função
cardíaca de cada paciente e do tipo de radiografia em que será utilizada. A velocidade de
injeção de Urografina® e o tempo de intervalo entre a aplicação e a realização do exame
também dependerá do tipo de exame em que será utilizada. Para a maioria dos tipos de
raios X, é necessária apenas uma única dose de Urografina®.
Em pacientes portadores de insuficiência cardiovascular ou renal acentuadas, assim como
nos pacientes debilitados, a dose do meio de contraste deve ser a menor possível. Nestes
pacientes, é aconselhável monitorar a função renal por, pelo menos, 3 dias após o exame.
No caso de mais de uma injeção, deve-se dar tempo suficiente ao corpo para que o influxo do
fluído intersticial normalize a osmolalidade sérica aumentada. Em pacientes adequadamente
hidratados, esse período é alcançado em 10 - 15 minutos. Se, em circunstâncias especiais, for
necessário aumentar a dose total de 300 a 350 mL em adultos deve-se administrar mais água e,
possivelmente, eletrólitos.
Devido à possibilidade de ocorrência de reações graves, o paciente deve ficar em
observação por, pelo menos, 30 minutos após a administração do meio de contraste, uma
vez que a maioria das reações ocorre nesse período.
MEDICAMENTO?
"Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou
cirurgião-dentista."
Se notar algum efeito indesejável não mencionado em “Informações ao Paciente” ou
se estiver inseguro sobre o efeito deste produto, favor informar o médico.
As reações adversas de Urografina®®®® dependem do modo de administração, ou seja, se
for aplicado em vaso sanguíneo ou em cavidades do corpo.
Uso intravascular:
Efeitos colaterais associados ao uso de meios de contraste intravasculares iodados são
geralmente de intensidade leve a moderada e de natureza transitória. Entretanto, têm
sido relatadas reações graves e com risco para a vida, até mesmo fatais. As reações
mais frequentemente relatadas são náusea, vômito, sensação de dor e de calor pelo
corpo.
- Reações anafilactoides/ de hipersensibilidade
As reações relatadas frequentemente são: angioedema leve (casos leves de inchaço do
rosto, lábios, boca, língua ou garganta), conjuntivite, tosse, coceira, rinite, espirro e
urticária. Tais reações, que podem ocorrer independentemente da quantidade e do
modo de administração, podem ser os primeiros sinais de um estado incipiente de
choque. Neste caso, deve-se suspender imediatamente a administração do meio de
contraste e, se necessário, instituir por via venosa o tratamento adequado.
Reações graves que requeiram tratamento de emergência podem ocorrer na forma de
reação circulatória acompanhada de dilatação dos vasos periférica e subsequente
queda de pressão, aumento do batimento cardíaco reflexo, falta de ar, agitação,
confusão e cianose (coloração azulada da pele), possivelmente levando à perda de
consciência.
Hipotensão (queda de pressão), broncoespasmo (dificuldade para respirar) e espasmo
ou edema laríngeo são incomuns.
Reações tardias ao meio de contraste são raras.
- Corpo como um todo
Sensação de calor e dor de cabeça são reações comuns relatadas. Mal-estar, calafrio,
sudorese (transpiração excessiva) e reações vasovagais (desmaio precedido por suor,
frio, palidez e fraqueza) são incomuns.
Em casos raros, podem ocorrer alterações da temperatura corpórea e aumento de
volume das glândulas salivares.
- Respiratório
Distúrbios transitórios da frequência respiratória, falta de ar, desconforto
respiratório e tosse são comuns.
Parada respiratória e água no pulmão (edema pulmonar) são raras.
- Cardiovascular
Distúrbios transitórios clinicamente relevantes da frequência cardíaca, pressão
arterial, distúrbios da função ou ritmo do coração e parada cardíaca são incomuns.
Em casos raros, verificou-se a ocorrência de eventos tromboembólicos graves,
causando o infarto do miocárdio.
- Gastrintestinal
Náusea e vômito são reações comuns. Dor abdominal tem sido relatada com pouca
frequência.
- Cerebrovascular
Na angiografia cerebral, e em outros procedimentos, nos quais o meio de contraste
atinge o cérebro pelo sangue arterial em altas concentrações, podem ocorrer
complicações neurológicas transitórias incomuns como tontura, dor de cabeça,
agitação ou confusão, perda de memória, distúrbios da fala, visão e audição,
convulsões, tremor, diminuição da força ou dos movimentos/paralisia, sensibilidade à
luz, cegueira temporária, coma e sonolência.
Eventos tromboembólicos graves, fatais em casos isolados, causando derrame, são
raramente relatados.
- Renal
Diminuição ou insuficiência renal são raramente relatadas.
- Pele
Angioedema leve (casos leves de inchaço do rosto, lábios, boca, língua ou garganta),
vermelhidão com dilatação dos vasos, urticária, coceira e eritema (vermelhidão) são
reações comuns observadas.
Podem-se desenvolver, em casos raros, reações tóxicas de pele, como a síndrome
mucocutânea (por exemplo: síndrome de Stevens-Jonhson ou síndrome de Lyell).
- Irritação no local da injeção
Dor local ocorre com frequência, principalmente na angiografia periférica e
geralmente desaparece sem deixar sequela. Entretanto, tem-se verificado em ocasiões
bastante raras inflamação e necrose tecidual.
Casos de tromboflebite (inchaço e vermelhidão ao longo do vaso sanguíneo) e
trombose venosa (formação de coágulo) são incomuns.
Uso em cavidades corpóreas
Reações após administração em cavidades corpóreas são raras. A maioria delas
ocorre algumas horas após a administração.
O aumento dos níveis de amilase é frequente após a colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada (CPER). A opacificação acinar após CPER mostrou estar
associada a aumento do risco de pancreatite pós-CPER. Foram descritos casos raros
de pancreatite necrosante.
Casos de reações vasovagais (desmaio precedido por suor, frio, palidez e fraqueza)
relacionados a histerossalpingografia são incomuns.
- Reações anafilactoides/hipersensibilidade
A hipersensibilidade sistêmica é rara, na maioria das vezes leve e geralmente ocorre
na forma de reações de pele. Entretanto, não pode ser totalmente excluída a
possibilidade de uma reação de hipersensibilidade grave.
"Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de
reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do
seu serviço de atendimento."