Bula do Vacina Adsorvida Difteria, Tétano e Pertussis produzido pelo laboratorio Instituto Butantan
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
INSTITUTO BUTANTAN
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BLPCVDTPFA V01 / Página 1 de 10 / Agosto 2014
DIZERES DE TEXTO DE BULA – PROFISSIONAL DE SAÚDE
vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP)
anatoxina diftérica: até 30 Lf/dose
anatoxina tetânica: até 25 Lf/dose
vacina pertussis: até 16 UOp/dose
APRESENTAÇÃO:
Suspensão injetável.
Cada cartucho da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) contém 20 frascos-
ampola com 5 mL (10 doses de 0,5 mL).
A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) é apresentada em frasco-ampola com
10 doses de 0,5 mL de suspensão injetável composta pelas anatoxinas diftérica e tetânica
combinadas com a vacina pertussis (coqueluche), adsorvidas por hidróxido de alumínio e
adicionada de timerosal como conservante.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAMUSCULAR.
NÃO UTILIZE A VACINA POR VIA INTRAVENOSA.
USO PEDIÁTRICO EM MENORES DE 7 ANOS.
COMPOSIÇÃO:
Cada dose de 0,5 mL contém:
anatoxina diftérica .................................................................... até 30 Lf
anatoxina tetânica .................................................................... até 25 Lf
vacina pertussis .................................................................... até 16 UOp
hidróxido de alumínio ......................................................... até 1,25 mg (em Al3+)
timerosal ................................................................................ até 0,05 mg
solução fisiológica tamponada pH 6,4 q.s.p. ..................... 0,50 mL
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INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é indicado para a imunização ativa contra a difteria, o tétano e pertussis
em crianças entre 2 meses a 6 anos, 11 meses e 29 dias (ou seja, 7 anos de idade
incompletos). Anticorpos específicos são observados, em níveis protetores, 15 dias a 20
dias após a 3ª dose da imunização básica. A adsorção dos antígenos pelo hidróxido de
alumínio (adjuvante) potencializa as suas ações imunogênicas mesmo quando são aplicados
volumes relativamente reduzidos de antígenos.
O Corynebacterium diphtheriae, agente etiológico da difteria não é invasivo. Produz
exotoxina responsável por intoxicação generalizada do paciente infectado, com elevado
grau de letalidade principalmente em crianças muito jovens. A eficácia da vacinação
antidiftérica pode ser avaliada pela constatação, nos Estados Unidos da América, em 1921,
antes da vacinação generalizada, da ocorrência de 200.000 casos de difteria. Após o início
da vacinação em massa com o toxóide diftérico, em 1983, ocorreram apenas 15 casos de
difteria naquele país(1)
.
O Clostridium tetani, agente etiológico do tétano não é invasivo, porém, produz uma
exotoxina potente, neurotóxica, cujos sinais clínicos mais característicos consistem de
rigidez muscular e espasmos musculares. O toxóide tetânico (vacina adsorvida tétano) é
uma das vacinas mais eficazes (cobertura imunológica próxima a 100% entre os indivíduos
corretamente vacinados) e com casuística muito pequena de reações adversas.
Os toxóides diftérico e tetânico com potência de 2 (duas) ou mais Unidades Internacionais
(UI) de antitoxina específica em animais de laboratório, induzem nas crianças vacinadas
com três doses, como recomendado, títulos séricos iguais ou superiores a 0,01 UI/mL de
antitoxina específica (títulos de 0,01 UI/mL são universalmente considerados como
protetores).
A vacinação antipertussis quando generalizada nos Estados Unidos da América reduziu ao
redor de 120.000 casos da doença, com 1.100 mortes em 1950(2)
a uma média anual ao
redor de 3.500 casos com 10 mortes.
Mesmo com a dramática redução de casos de morbidade e, como consequência, também de
mortalidade em crianças vacinadas com a vacina difteria, tétano e pertussis (DTP), ainda
poderão ser encontrados portadores sadios de C. diphtheriae e de B. pertussis.
O Ministério da Saúde do Brasil demonstra graficamente a redução de mortalidade infantil
verificada de 1990 a 2002, pela utilização rotineira das vacinas contra a difteria, tétano e
pertussis (DTP), sarampo, tuberculose e poliomielite, relacionadas às porcentagens de
coberturas vacinais. Examinando os dois extremos do gráfico verifica-se que, com uma
cobertura vacinal de 66% (Difteria, Tétano e Pertussis), de 78% (Sarampo), 79%
(Tuberculose) e 58% (Poliomielite) a mortalidade que era de 49,4% reduziu-se a 27,7% em
2003 com coberturas vacinais de 96%, 94%, 100% e 97% respectivamente às doenças
acima enumeradas (3)
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(1)
Recomendation of the imunization Practices Advisory Committee (ACIP), MMWR,
1991, 40/Nº RR-10, 1-28 in: Physicians’ Desk Reference PDR 51ed, 1997, pg. 1417.
(2)
Reported incidence of notifiable diseases in the United States MMWR, 1970:19(53):44.
(3)
CGPNI/DEVEP/SVS - MS.
Os antígenos presentes na vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) atuam na
sensibilização de células do sistema imune geradoras de anticorpos presentes no indivíduo
vacinado. Estas células derivam do linfócito B e, que transformadas em plasmócitos,
induzem a produção de anticorpos (imunidade humoral) e células responsáveis pela
memória imunológica. O linfócito T, também sensibilizado pelos antígenos, é responsável
pela instalação da imunidade celular. Para a sensibilização de linfócitos concorrem outras
células, como as apresentadoras de antígeno (macrófagos, células dendríticas e o próprio
linfócito B), que atuam fagocitando os antígenos, processando-os em seu interior e
posteriormente apresentando-os aos linfócitos. Os anticorpos circulantes atuam na
neutralização específica de toxinas bacterianas, na neutralização viral, na fagocitose e lise
de bactérias. Os linfócitos T (imunidade celular) não produzem anticorpos, porém, quando
ativados pelos antígenos, geram subpopulações de linfócitos T (inclusive de memória)
responsáveis por diversas reações protetoras às infecções intracelulares e outras, devido a
antígenos particulados (bactérias, vírus e fungos). A diferenciação de linfócitos B ou T,
ativados pelos antígenos, em células de memória é de grande importância para a instalação
de imunidade sólida e duradoura após a aplicação das doses recomendadas da vacina. A
memória imunológica permite, também, que uma única dose de reforço da vacina aplicada
anos após a imunização básica, desenvolva (dias após a aplicação), reações secundárias de
imunidade com elevado teor de anticorpos humorais e inclusive de imunidade celular T-
dependente.
A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) é contraindicada para crianças
maiores de 7 anos completos, adulto, idosos e outros grupos de risco.
A aplicação da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) é contraindicada em
crianças que tenham apresentado após a aplicação da dose anterior:
a) reação anafilática sistêmica grave (hipotensão, choque, dificuldade respiratória);
b) encefalopatias nos primeiros sete dias após a vacinação.
Conservar a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) à temperatura entre
+2ºC e +8ºC. NÃO CONGELAR.
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Não administrar a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) por via
intravenosa, intradérmica e subcutânea.
Não utilizar a vacina após o vencimento do prazo de validade.
Em casos de doenças agudas febris moderadas ou graves, portadores de doenças
neurológicas crônicas e com risco de descompensação devido à febre, recomenda-se
adiar a vacinação até o desaparecimento dos sintomas.
Em recém-nascidos prematuros com menos de 31 semanas e/ou pesando menos de
Nenhuma medicação concomitante constitui contraindicação para uso da vacina, ressalvada
a aplicação de imunossupressores. Todavia, qualquer medicamento que esteja sendo
aplicado no indivíduo deve ser considerado e avaliado pelo médico assistente. A vacina
adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) pode ser aplicada simultaneamente com as
outras vacinas que constam do Programa Nacional de Imunizações, tais como: poliomielite,
hepatite B, sarampo, BCG (esta última deve ser administrada em local de injeção diferente).
A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) deve ser conservada sob refrigeração à
temperatura entre +2ºC e +8°C. Não deve ser colocada no congelador ou “freezer”; o
congelamento é estritamente contraindicado. Respeitadas essas condições a vacina
adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) possui validade de 24 meses a partir da sua data
de fabricação. Esta informação se encontra no rótulo da vacina e em seu cartucho, sendo o
produto válido até o último dia do mês indicado.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamentos com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Depois de aberto, este medicamento pode ser utilizado em até 15 dias, desde que mantido
sob condições assépticas e sob refrigeração à temperatura entre +2ºC e +8ºC.
ASPECTO FÍSICO:
Observar o aspecto depois de agitar fortemente o frasco-ampola, que deve ser de um
líquido leitoso, sem partículas visíveis a olho nu.
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CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS:
Vide “Aspecto Físico”.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
POSOLOGIA:
DOSAGEM:
Usar a vacina de acordo com o esquema básico e reforço a seguir:
Esquema Básico: são indicadas 3 doses de 0,5 mL, com intervalo de 60 dias entre as
doses.
Notas:
1- O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias;
2- O aumento do intervalo entre as doses não invalida as feitas anteriormente, e, portanto,
não exige que se reinicie o esquema;
3- Recomenda-se completar as três doses no primeiro ano de vida;
4- Não utilizar a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) em crianças maiores de
7 anos de idade;
5- No caso de uma criança iniciar e não completar a vacinação básica até a idade de 6 anos
11 meses e 29 dias, as doses necessárias para completar o esquema deverão ser de vacina
adsorvida difteria e tétano adulto (dT).
Vacinação de Reforço:
Primeiro reforço: uma dose de 0,5 mL aos 15 meses de idade.
Segundo reforço: uma dose de 0,5 mL entre 4 e 6 anos de idade.
O Ministério da Saúde recomenda a escolha do esquema de vacinação conforme o
Calendário Nacional de Vacinação, o Calendário Nacional de Vacinação dos Povos
Indígenas e as Campanhas Nacionais de Vacinação vigentes, no âmbito do Programa
Nacional de Imunizações (PNI), em todo o território nacional.
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MODO DE USAR:
A vacina deve ser fortemente agitada e inoculada por via intramuscular profunda, no vasto
lateral da coxa em crianças até 2 anos de idade e na região do deltóide ou no glúteo em
crianças maiores de 2 anos de idade. Não administrar a vacina adsorvida difteria, tétano
e pertussis (DTP) por via intravenosa, intradérmica ou subcutânea.
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento):
No local de Aplicação: calor, endurecimento e edema acompanhado ou não de dor, restritos
ao local de aplicação devido à presença de adjuvante contendo alumínio. Em alguns casos,
pode haver formação de abscesso (tumor com conteúdo liquido) no local da aplicação, que
pode ser: estéril (abscesso frio), causado em certos casos pela inoculação subcutânea
inadvertida de vacina para aplicação intramuscular, ou séptico (abscesso quente), contendo
pus que se formou como consequência de infecção bacteriana secundária. O prognóstico
dos eventos adversos locais é bom, com evolução para cura espontânea na grande maioria
dos casos.
Reações Gerais: febre acompanhada ou não de reações locais; cefaleia; irritabilidade;
sonolência; anorexia, vômitos, choro persistente (duração igual ou maior que 3 horas) que
se manifestam geralmente nas primeiras 24 horas. O prognóstico desses eventos é bom.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
Não descrito na literatura.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este
Choro persistente (duração igual ou maior que três horas): pode ocorrer após a vacinação,
manifestando-se geralmente nas primeiras 24 horas (usualmente nas primeiras duas a oito
horas), de forma contínua e inconsolável. Nas primeiras 48 horas após a aplicação da
vacina pode ocorrer febre igual ou maior a 39ºC.
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este
Episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH): caracterizado pela instalação súbita de
quadro clínico constituído por diminuição do tônus muscular (hipotonia),
diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos (hiporresponsividade) e
palidez ou cianose, manifestando-se nas primeiras 48 horas (geralmente nas
primeiras seis horas) que se seguem à aplicação da vacina. Na maioria das crianças,
ocorre inicialmente irritabilidade e febre. O EHH pode durar desde alguns minutos
até algumas horas.
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Convulsão: crises tônico-clônicas generalizadas (contrações rítmicas da musculatura
do corpo) associada à perda de consciência e disfunção autonômica (relaxamento de
esfíncteres, hipersecreção salivar e brônquica), geralmente associada à febre
superior a 38ºC, especialmente em crianças entre 3 meses a 6 anos de idade, nas 72
horas após a aplicação da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP). Tem
duração de poucos minutos ou de até mais de 15 minutos. Na maioria dos casos
notificados a convulsão ocorre nas primeiras 12 horas que se seguiram à vacinação.
Tem-se relatado o aparecimento de convulsão tanto no esquema inicial quanto após
a administração de dose de reforço. O prognóstico é bom, não havendo
demonstração de seqüelas a curto ou longo prazo. É recomendado o uso, com
precaução, da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis acelular (DTPa) para
completar o esquema de vacinação.
Reações imunoalérgicas: urticárias, exantema macular, papular, maculopapular ou
aparecimento de petéquias.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este
Encefalopatias: a encefalopatia significa qualquer doença que acometa o cérebro. O
termo “encefalite” significa inflamação do cérebro e comumente designa uma
síndrome clínica onde se observa a presença de processo inflamatório no cérebro e,
frequentemente, também nas meninges (meningoencefalite). Desta forma, o termo
encefalopatia é utilizado quando a doença se assemelha clinicamente à encefalite,
mas sem evidência de reação inflamatória. O quadro clínico que tem início abrupto
nos sete primeiros dias após a aplicação da vacina pode se caracterizar por sinais e
sintomas mais leves até quadros mais graves. Segundo a padronização de definições
para eventos adversos pós-imunização, proposta em reunião realizada no Canadá
em 1991, com a participação da Organização Mundial de Saúde, considera-se que a
encefalopatia aguda é associada cronologicamente com a vacina adsorvida difteria,
tétano e pertussis (DTP) quando ocorre até 7 dias após a aplicação da vacina e
caracteriza-se pela presença de pelo menos duas das seguintes manifestações: a)
convulsões; b) alteração profunda do nível de consciência, com duração de um dia
ou mais; c) nítida alteração de comportamento, que persiste por um dia ou mais. O
quadro de encefalopatia, assim caracterizado é raro, com frequência estimada
variando de 0,0 a 10,5 casos por milhão de doses aplicadas da vacina (de acordo
com os dados obtidos no Estudo Nacional de Encefalopatia Infantil - ENEI,
investigação de grande porte do tipo caso-controle realizada na Grã-Bretanha no
período de 1976 a 1079). Outros estudos realizados posteriormente confirmaram
estes achados. A grande dificuldade no esclarecimento destes casos é uma avaliação
diagnóstica adequada, já que doenças coincidentes com quadro clínico semelhante
são de difícil diagnóstico e muitas vezes o diagnóstico definitivo só acontece alguns
meses ou anos depois do quadro, como mostrou o ENEI. É contraindicada a
administração do componente pertussis da vacina para as doses subsequentes,
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devendo completar-se o esquema com a vacina adsorvida difteria e tétano infantil
(DT).
Reações de hipersensibilidade: provocada pela vacina adsorvida difteria, tétano e
pertussis (DTP) podem ser do tipo anafilático ou não.
-Anafilaxia: imediata (reação de hipersensibilidade do tipo I de Gell & Coombs) e ocorre
habitualmente nas primeiras 2 horas após a exposição ao alérgeno, mais frequentemente
nos primeiros 30 minutos, apresentando-se uma ou mais das seguintes manifestações:
urticária, sibilos, laringoespasmo, edema dos lábios, hipotensão e choque. O choque
anafilático provocado pela vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) ocorre
raramente, podendo instalar-se logo após a vacinação e caracteriza-se por insuficiência
circulatória (hipotensão arterial, pulsos periféricos finos ou ausentes, extremidades frias,
face congesta, sudorese intensa e alteração do nível de consciência), acompanhada ou não
de manifestações cutânea (urticária, edema facial ou edema generalizado) e/ou de
broncoespasmo e/ou laringoespasmo. Nos casos de reação anafilática, é contraindicada a
administração da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) e das vacinas:
pentavalente (vacina combinada que contenha os componentes DTP), vacina adsorvida
difteria e tétano infantil (DT) e adulto (dT), vacina adsorvida tétano e vacina adsorvida
difteria, tétano e pertussis acelular (DTPa).
-Alterações cutâneas (urticária; exantema macular ou maculopapular): podem surgir horas
ou dias após a aplicação da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) e são
frequentemente resultantes de reações antígeno-anticorpo, sem significado patológico
importante, ou são devidas a outras causas (viroses, alimentos e medicamentos, por
exemplo), sendo muito pouco provável que reapareçam após a aplicação de dose
subsequente da vacina. Nestes casos não há contraindicação para as doses seguintes.
-Apnéia: existem vários estudos que mostram a associação entre vacinação e apnéia,
bradicardia e insaturação arterial em prematuros extremos, ao serem vacinados aos 2 meses
de idade pós-natal. Esses eventos ocorreram após as vacinas DTP, DTP e Hib (como
vacinas combinadas ou em aplicação simultânea); após vacinação simultânea DTP
(celular), Hib conjugada, vacina hepatite B (HB) e VIP (inativada contra poliomielite); após
vacinas pentavalentes ou hexavalentes com componente pertussis acelular. Tais eventos
foram benignos, mas muitos deles exigiram estimulação táctil ou suplementação de
oxigênio, às vezes com assistência ventilatória. Para esses recém-nascidos (prematuros
extremos ou internados na unidade neonatal por ocasião da idade de vacinação) é
recomendado o uso da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis acelular (DTPa)
mantendo-se observação médica cuidadosa durante 48 horas após a aplicação da vacina. As
doses seguintes podem ser feitas com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP)
ou com vacinas combinadas que contenham os componentes DTP.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema Notificação em Vigilância –
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
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