Bula do Valcyte produzido pelo laboratorio Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.a.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
Valcyte®
(cloridrato de valganciclovir)
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Comprimidos revestidos
450 mg
Valcyte
Roche
cloridrato de valganciclovir
Antiviral
APRESENTAÇÃO
Frasco com 60 comprimidos revestidos.
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de Valcyte®
contém:
Princípio ativo: 496,3 mg de cloridrato de valganciclovir (equivalente à 450 mg de valganciclovir)
Excipientes: povidona, crospovidona, celulose microcristalina, ácido esteárico, mistura de revestimento
(hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, óxido de ferro vermelho e polissorbato).
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Solicitamos a gentileza de ler cuidadosamente as informações a seguir. Caso não esteja seguro a respeito de
determinado item, por favor, informe ao seu médico.
Valcyte®
é indicado para o tratamento de retinite (inflamação da retina) por citomegalovírus (CMV) em pacientes
com síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e como profilaxia da doença por citomegalovírus em receptores
de transplante de órgão sólido (TOS) de alto risco (doador soropositivo para CMV e receptor soronegativo).
O citomegalovírus (CMV) é um vírus da família herpes vírus, e cerca de 50% a 75% dos adultos já foram infectados
por ele. Nos indivíduos com o sistema de defesa íntegro, o CMV permanece em estado dormente. Em indivíduos
com o sistema de defesa enfraquecido, como os doentes com AIDS, ou em pacientes que receberam transplante de
órgão e fazem uso de medicação contra rejeição, o CMV torna-se ativo e causa doença. Em pacientes com AIDS, a
retinite (inflamação da retina) é a manifestação mais frequente do CMV. Em pacientes que receberam transplante de
órgãos, a doença pelo CMV pode causar várias complicações, entre elas a perda do órgão transplantado.
Valcyte®
é um antiviral que contém o ingrediente ativo valganciclovir. Depois de ingerido, é rapidamente
convertido para ganciclovir e age interrompendo a reprodução do CMV. Em um estudo clínico com pacientes com
AIDS e retinite por CMV em que Valcyte®
foi comparado ao ganciclovir, observou-se um tempo médio para
progressão da retinite de 226 dias (mediana de 160 dias) no grupo que usou Valcyte®
, nos períodos de indução e de
manutenção.
Valcyte®
é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao valganciclovir, ao ganciclovir ou a
qualquer componente do produto.
Você deve utilizar Valcyte®
conforme prescrito pelo seu médico.
Em animais, foi verificado que o ganciclovir é mutagênico (pode causar dano à molécula de DNA), teratogênico
(pode causar malformação), carcinogênico (pode causar câncer) e aspermatogênico (pode alterar a produção de
espermatozoides). Portanto, Valcyte®
pode causar defeitos de nascimento, câncer e inibição temporária ou
permanente da espermatogênese (formação de espermatozoides)
Por causa da semelhança entre as estruturas químicas de Valcyte®
, de aciclovir e valaciclovir, pode ocorrer reação de
hipersensibilidade cruzada entre esses medicamentos, ou seja, se você desenvolveu alergia a um desses fármacos,
pode apresentar reação alérgica a Valcyte®
.
Leucopenia, neutropenia, anemia, trombocitopenia, pancitopenia graves, depressão da medula óssea e anemia
aplástica foram observadas em pacientes tratados com Valcyte®
e ganciclovir. Portanto, seu médico deve solicitar
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testes laboratoriais para contagem de células do sangue antes do início do tratamento com Valcyte®
e durante o
tratamento. Pode ser necessário o tratamento com fator de crescimento hematopoiético (favorece a proliferação de
células do sangue) e/ou a interrupção da dose de Valcyte®
Ganciclovir oral NÃO pode ser substituído por Valcyte®
na mesma quantidade (um para um) devido ao risco de
superdose (vide item “O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A
INDICADA DESTE MEDICAMENTO?”).
Efeitos sobre a capacidade de conduzir veículos ou operar máquinas
Convulsões, sedação, tontura, ataxia (incapacidade de coordenar o movimento muscular durante um movimento
voluntário) e/ou confusão foram relatadas em decorrência do uso de Valcyte®
e / ou ganciclovir. Caso ocorram, tais
efeitos podem afetar tarefas que requerem agilidade, inclusive a habilidade para dirigir veículos ou operar máquinas.
Até o momento, não há informações de que Valcyte®
possa causar doping. Em caso de dúvidas, consulte o seu
médico.
Gravidez e lactação
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término e se você estiver
amamentando.
Os estudos de toxicidade reprodutiva com valganciclovir não foram repetidos por causa da rápida e extensa
conversão para ganciclovir. O ganciclovir causa disfunção na fertilidade (possibilidade de engravidar) e
teratogenicidade (malformação no feto) em animais.
A segurança de Valcyte®
para uso em humanos durante a gravidez não foi estabelecida. O uso de Valcyte®
deve ser
evitado por mulheres grávidas, a menos que os benefícios para a mãe justifiquem os riscos potenciais ao feto. Se
você estiver em idade fértil, deve ser orientada a utilizar métodos de contracepção eficazes durante o tratamento com
Valcyte®
. Os pacientes do sexo masculino devem ser orientados a utilizar um método anticoncepcional de barreira
durante o tratamento e por, no mínimo, 90 dias após o término do tratamento com Valcyte®
Como a possibilidade de ganciclovir ser excretado no leite materno não pode ser excluída, causando reações adversas
sérias na criança, seu médico deve avaliar a necessidade de descontinuar o medicamento ou a amamentação, levando
em conta o benefício potencial de Valcyte®
para a mãe lactante.
Idosos
A segurança e a eficácia não foram estabelecidas nessa população de pacientes.
Crianças
A segurança e a eficácia não foram estabelecidas nessa população de pacientes. O uso de Valcyte®
não é
recomendado em crianças.
Insuficiência renal
Se você tem insuficiência renal, é necessário que o médico faça ajustes da dose de Valcyte®
baseados na depuração
de creatinina e monitore cuidadosamente os níveis de creatinina sérica ou da depuração de creatinina. Se você faz
hemodiálise, é recomendado o uso de ganciclovir intravenoso no lugar de Valcyte®
Ingestão concomitante com outras substâncias (interações medicamentosas)
é metabolizado para ganciclovir; portanto, as interações associadas ao ganciclovir são esperadas para
. Por isso, é muito importante que seu médico seja informado se você estiver tomando outros
medicamentos, incluindo probenecida, zidovudina, didanosina, micofenolato de mofetila, zalcitabina, trimetoprima ,
ciclosporina e outros medicamentos antivirais, mielossupressores (diminuem a produção de células sanguíneas pela
medula óssea) ou medicamentos associados à insuficiência renal (como dapsona, pentamidina, flucitosina,
vincristina, vimblastina, adriamicina, anfotericina B, análogos nucleosídeos, hidroxiureia e interferons peguilados /
ribavirina), entre outros.
Deve-se ter cuidado especial se você já estiver em tratamento com zidovudina . A administração conjunta desse
medicamento com Valcyte®
pode levar à redução do número de neutrófilos (glóbulos brancos) e anemia e alguns
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pacientes podem não tolerar a terapia concomitante com dose plena. Pacientes que recebem probenecida e Valcyte®
devem ser monitorados rigorosamente quanto à toxicidade por ganciclovir.
Os pacientes em uso de Valcyte®
e didanosina devem ser monitorados cuidadosamente devido ao risco de toxicidade
por didanosina.
Foram relatadas convulsões em pacientes em uso de imipenem-cilastatina (usado como antibiótico) e ganciclovir.
não deve ser usado concomitantemente com imipenem-cilastatina, a menos que os benefícios potenciais
superem os riscos potenciais.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Você deve conservar Valcyte®
em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Descarte de medicamentos não utilizados e / ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser descartados
no esgoto, e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local estabelecido, se
disponível.
Os comprimidos revestidos de Valcyte®
são ovais, convexos, de coloração cor-de-rosa, com “VGC” gravado de um
lado e “450” do outro.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Cuidado: você deve seguir exatamente as recomendações de dose indicada pelo médico, para evitar superdose.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Tendo em vista que Valcyte®
tem potencial para causar danos ao feto e câncer em humanos, devem ser adotadas
precauções para o manuseio de comprimidos quebrados. Evite contato direto dos comprimidos quebrados ou
esmagados com a pele ou com as mucosas. Caso ocorra contato, lave minuciosamente a pele com água e sabão e
enxágue os olhos abundantemente com água corrente.
Você deve tomar Valcyte®
por via oral e junto com alimentos.
Tratamento de indução (dose de ataque) para retinite por CMV
Para pacientes com retinite ativa por CMV, a dose recomendada é de 900 mg (dois comprimidos de 450 mg), duas
vezes ao dia, durante 21 dias. O tratamento de indução prolongado pode aumentar o risco de toxicidade na medula
óssea.
Tratamento de manutenção para retinite por CMV
Em seguida ao tratamento de indução, ou em pacientes com retinite inativa por CMV, a dose recomendada é de 900
mg (dois comprimidos de 450 mg), uma vez ao dia. Os pacientes com piora da retinite podem repetir o tratamento de
indução.
Prevenção da doença provocada por CMV no transplante de órgãos
Em pacientes receptores de transplante renal, a dose recomendada é 900 mg (dois comprimidos de 450 mg), uma vez
ao dia. O tratamento deve ser iniciado até o 10º dia após o transplante e mantido até o 200º dia pós-transplante.
Em pacientes receptores de transplante de órgão sólido que não seja o rim, a dose recomendada é de 900 mg (dois
comprimidos de 450 mg), uma vez ao dia. O tratamento deve ser iniciado até o 10º dia após o transplante e mantido
até o 100º dia pós-transplante.
Instruções de dose em populações especiais Para pacientes adultos com insuficiência renal, o médico deverá ajustar
a dose de acordo com a depuração de creatinina. A dose de indução pode variar de 450 mg, a cada dois dias, até 450
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mg, duas vezes ao dia, e a dose de manutenção pode variar de 450 mg, duas vezes por semana, até 450 mg, uma vez
ao dia.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Se você esquecer de tomar uma dose de Valcyte®
, tome-a assim que se lembrar e retorne ao esquema de tratamento
habitual. Entretanto, se estiver quase no horário da próxima dose, pule a dose que você esqueceu e tome a próxima
dose no horário habitual. Não tome dose dobrada para compensar a que você esqueceu.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Além dos efeitos benéficos de Valcyte®
, é possível que ocorram efeitos indesejáveis durante o tratamento, mesmo
quando administrado conforme a prescrição. O médico pode interromper o tratamento temporária ou definitivamente,
dependendo de suas condições.
Você deve verificar todos os possíveis efeitos adversos do uso de Valcyte®
com o seu médico. Se você apresentar
sintomas como febre, tremores, fortes dores, dificuldade em respirar ou outros efeitos indesejáveis, você deve
contatar seu médico imediatamente.
Se você está preocupado com esses ou outros efeitos adversos, fale com seu médico.
As seguintes categorias de frequência serão utilizadas nesta seção: muito comum (≥ 10%), comum (≥ 1% a <10%),
incomum (≥0,1% a <1%), raro (≥0,01% a <0,1%) e muito raro (<0,01%).
Experiência dos estudos clínicos com Valcyte®
Como valganciclovir é um pró-fármaco do ganciclovir, é esperado que os efeitos indesejáveis sabidamente
associados ao uso de ganciclovir ocorram com Valcyte®
. Todos os eventos adversos observados nos estudos clínicos
de Valcyte®
haviam sido observados previamente nos estudos realizados com ganciclovir.
Tratamento de retinite por CMV em pacientes com AIDS
Os eventos relatados com maior frequência em estudos clínicos com pacientes adultos com retinite causada por CMV
tratados com Valcyte®
foram diarreia, neutropenia e febre. Vide também a lista completa dos eventos adversos
relatados neste estudo no sub-item de “Prevenção de doença causada por CMV em pacientes adultos de TOS”.
Prevenção de doença causada por CMV em pacientes de TOS
Os eventos adversos mais frequentemente relatados em estudos clínicos com pacientes adultos foram leucopenia,
diarreia, náusea e neutropenia em receptores de transplante de órgão sólido tratados até o 100° dia pós-transplante e
leucopenia, neutropenia, anemia e diarreia em pacientes transplantados renais tratados até o 200º dia pós-transplante.
A maioria dos eventos adversos foi de intensidade leve ou moderada.
Lista de eventos adversos com incidência > 5% observados nos grupos tratados com valganciclovir em estudos
clínicos em pacientes com retinite causada por CMV e/ou em pacientes submetidos a transplante de órgãos sólidos:
Distúrbios gastrintestinais: diarreia, náusea, vômito, dor abdominal, obstipação (prisão de ventre), dor na região
superior do abdome, dispepsia (dificuldade de digestão), distensão abdominal (“estufamento”) e ascite (acúmulo de
líquido na barriga).
Distúrbios gerais e condições do local de administração: febre, fadiga, inchaço dos membros inferiores, dor,
inchaço, inchaço periférico e fraqueza.
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático: neutropenia (redução de um dos tipos de glóbulos brancos,
responsável pela defesa de infecções), anemia (diminuição dos níveis de hemoglobina, responsável pelo transporte de
oxigênio dos pulmões aos tecidos, na circulação sanguínea), trombocitopenia (redução das plaquetas, que auxiliam
na coagulação do sangue) e leucopenia (diminuição de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo, do
sangue).
Infecções e infestações: candidíase oral (“sapinho”), faringite / nasofaringite (inflamação de garganta ou nariz),
sinusite, infecção do trato respiratório superior (como resfriado, por exemplo), gripe, pneumonia, bronquite,
pneumonia por Pneumocystis carinii e infecção do trato urinário.
Distúrbios do sistema nervoso: dor de cabeça, insônia, neuropatia periférica (comprometimento dos nervos
periféricos que se manifesta por formigamentos, perda de sensibilidade), parestesia (formigamento ou dormência de
uma região do corpo), tremores e tontura (excluindo tontura rotatória).
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Distúrbios de pele e tecido subcutâneo: dermatite de todos os tipos (inflamação na pele), sudorese noturna, coceira,
acne e erupção cutânea de todos os tipos.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: tosse, falta de ar, tosse produtiva, rinorreia (coriza) e derrame
pleural (acúmulo de líquido nos pulmões, popularmente chamado de “água nos pulmões”).
Distúrbios oculares: descolamento da retina e visão turva.
Distúrbios psiquiátricos: depressão.
Investigações: redução de peso e elevação da creatinina sérica (exame de sangue para avaliação do funcionamento
dos rins).
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo: dor nas costas, dor nas articulações, câimbras musculares
e dor nos membros.
Distúrbios renais e urinários: insuficiência renal (problema nos rins) e disúria (dor/ardência para urinar).
Distúrbios do sistema imune: rejeição do enxerto e do transplante.
Distúrbios metabólicos e de nutrição: anorexia, caquexia (desnutrição intensa), aumento ou redução de potássio no
sangue, redução de magnésio no sangue, aumento de glicose (açúcar) no sangue, diminuição de apetite, desidratação,
redução de fósforo ou cálcio no sangue.
Distúrbios hepatobiliares: função do fígado alterada.
Procedimentos cirúrgicos e médicos: complicações pós-operatórias, dor no pós-operatório, infecção da ferida
cirúrgica.
Trauma, envenenamento e complicações técnicas: aumento da drenagem na ferida cirúrgica e reabertura de ferida
previamente fechada.
Distúrbios vasculares: pressão baixa e pressão alta.
Os eventos adversos sérios considerados relacionados ao uso de Valcyte®
e com frequência inferior a 5% são:
pancitopenia (diminuição global das células do sangue), depressão da medula óssea, anemia aplástica (insuficiência
da produção dos precursores de hemácias/glóbulos vermelhos), neutropenia febril, diminuição da depuração de
creatinina renal, sangramento com potencial risco de morte associado à trombocitopenia (diminuição do número de
plaquetas), convulsão, distúrbio psicótico, alucinações, confusão, agitação e hipersensibilidade à valganciclovir.
A neutropenia (redução de um dos tipos de glóbulos brancos, responsável pela defesa contra bactérias) grave é vista
com mais frequência em pacientes com retinite causada por CMV submetidos ao tratamento com valganciclovir que
nos pacientes com transplante de órgãos sólidos que receberam valganciclovir ou ganciclovir oral até o 100° dia pós-
transplante ou valganciclovir até o 200º dia pós-transplante. Houve maior aumento da creatinina sérica em pacientes
com transplante de órgãos sólidos tratados até o 100° ou 200º dia pós-transplante, tanto com valganciclovir e
ganciclovir oral quando comparados a pacientes com retinite causada por CMV. Insuficiência renal é uma
característica comum aos pacientes com transplante de órgão sólido.
Em relação à extensão da profilaxia com Valcyte®
em pacientes submetidos a transplante renal, uma maior
incidência na diminuição dos leucócitos (células brancas de defesa) foi relatada no grupo de pacientes que recebeu
200 dias de Valcyte®
, sendo a grande maioria considerada leve. Quando considerada a leucopenia moderada, os
relatos foram semelhantes entre os pacientes que receberam 100 ou 200 dias da profilaxia com Valcyte®
.
As incidências de neutropenia, anemia e trombocitopenia foram semelhantes em ambos os grupos de tratamento.
O perfil de segurança global de Valcyte®
em pacientes transplantados renais que receberam 100 e 200 dias de
profilaxia com Valcyte®
foi comparável.
CMV congênita
Embora Valcyte®
não esteja aprovado para tratamento de CMV congênita e os dados sobre o uso de valganciclovir e
ganciclovir em neonatos e bebês com infecção sintomática por CMV congênita sejam limitados, nenhum problema
de segurança foi identificado e a segurança parece consistente com o perfil de segurança conhecido de
valganciclovir/ganciclovir.
Os eventos adversos mais frequentes associados ao tratamento com valganciclovir foram neutropenia, anemia,
anormalidade da função hepática e diarreia. A maioria dos eventos foi controlável com a continuação do tratamento
em estudo. Os únicos eventos adversos sérios associados ao tratamento foram neutropenia e anemia. Nenhuma
diferença significativa foi observada na taxa de crescimento (circunferência craniana média, peso e altura) ao longo
do tempo em cada ponto entre os dois grupos de tratamento.
Experiência dos estudos clínicos com ganciclovir
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Valcyte®
é rapidamente convertido para ganciclovir. Os eventos adversos relatados com ganciclovir, e não
mencionados anteriormente estão relacionados a seguir: colangite (inflamação dos canais biliares), dificuldade de
deglutir, arroto, inflamação do esôfago, perda do controle das evacuações, gases, gastrite, distúrbio
gastrintestinal, hemorragia (sangramento) gastrintestinal, ulceração oral, inflamação do pâncreas, alterações na
língua, desânimo, infecções bacterianas, fúngicas e virais, hemorragia (sangramento), mal-estar, alterações na
membrana mucosa, dor, reação de fotossensibilidade (sensibilidade à luz), rigidez, sepse (infecção geral grave do
organismo), inflamação do fígado, icterícia (coloração amarelada de pele e mucosas), alopecia (redução parcial ou
total de pelos ou cabelos em uma determinada área de pele), pele seca, aumento do suor, urticária (erupção cutânea,
acompanhada de coceira), sonhos anormais, amnésia (perda de memória), ansiedade, ataxia (incapacidade de
coordenar movimentos musculares), coma, boca seca, distúrbio emocional, síndrome hipercinética (movimentos
excessivos), aumento da rigidez muscular, diminuição da libido, convulsões mioclônicas (contrações muito rápidas
de um músculo ou um grupo de músculos), nervosismo, sonolência, pensamento anormal, dor musculoesquelética
(relacionada aos músculos e ossos), síndrome miastênica (doença autoimune, caracterizada por fraqueza e fadiga),
hematúria (sangue na urina), impotência, insuficiência renal (problemas nos rins), alteração na frequência urinária,
aumento de fosfatase alcalina (enzima do fígado), creatinofosfoquinase sanguínea (denota lesão de tecido muscular),
diminuição da glicose (açúcar) sanguínea, aumento da desidrogenase láctica sanguínea (pode denotar lesão de vários
tecidos, como pulmão e coração, entre outros), diabetes mellitus, hipoproteinemia (diminuição das proteínas no
sangue), ambliopia (redução da visão), cegueira, dor de ouvido, hemorragia de olho, dor ocular, surdez, glaucoma
(pressão alta dos olhos), distúrbio do paladar, tinitus (zumbido), visão anormal, distúrbio do vítreo (parte interna do
olho), eosinofilia (aumento dos eosinófilos no sangue), leucocitose (aumento do número de glóbulos brancos),
linfadenopatia (crescimento de um ou mais gânglios linfáticos), esplenomegalia (aumento do volume do baço),
alteração do ritmo de batimento do coração (inclusive arritmia ventricular), tromboflebite profunda /flebite
(inflamação da veia), enxaqueca, aumento da frequência cardíaca, dilatação dos vasos sanguíneos e congestão sinusal
(região da face).
Anormalidades laboratoriais
As anormalidades laboratoriais reportadas em pacientes de TOS foram neutropenia, anemia, trombocitopenia e
aumento da creatinina no sangue. A incidência de anormalidades laboratoriais foi comparável com a extensão da
profilaxia em até 200 dias em pacientes transplantados renais de alto risco.
Experiência pós-comercialização com ganciclovir e Valcyte®
Os eventos adversos dos relatos espontâneos pós-comercialização com ganciclovir intravenoso ou oral que não foram
mencionados nos sub-itens acima e para os quais a relação causal não pode ser excluída são anafilaxia (reação
alérgica grave, com falta de ar intensa e choque) e redução na fertilidade em homens. Qualquer efeito adverso
associado a ganciclovir pode também ocorrer com Valcyte®
. Os eventos adversos relatados durante o período pós-
comercialização são compatíveis com os observados em estudos clínicos com Valcyte®
e ganciclovir.
Atenção: este produto é um medicamento que possui uma nova posologia no país e, embora as pesquisas
tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer
eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.