Bula do Varfarina Sódica produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
varfarina sódica
Comprimido 5mg
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
Embalagens contendo 10, 30, 50 e 100 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
varfarina sódica..................................................................................................................5mg
Excipiente q.s.p...................................................................................................1 comprimido
Excipientes: lactose monoidratada, amido, estearato de magnésio, celulose microcristalina,
croscarmelose sódica e laurilsulfato de sódio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. INDICAÇÃO
A varfarina é indicada para a prevenção primária e secundária do tromboembolismo
venoso, na prevenção do embolismo sistêmico em pacientes com prótese de válvulas
cardíacas ou fibrilação atrial e na prevenção do acidente vascular cerebral, do infarto agudo
do miocárdio e da recorrência do infarto. Os anticoagulantes orais também estão indicados
na prevenção do embolismo sistêmico em pacientes com doença valvular cardíaca.
Fibrilação Atrial (FA)
Em cinco estudos clínicos prospectivos, randomizados e controlados, envolvendo 3.711
pacientes com FA não reumática, a varfarina sódica reduziu significativamente o risco de
tromboembolismo sistêmico, incluindo acidente vascular cerebral (vide Tabela 1). A
redução do risco variou de 60% a 86% em todos os estudos clínicos, exceto em um (CAFA:
45%), que foi interrompido prematuramente devido aos resultados positivos publicados de
dois desses estudos. A incidência de sangramentos importantes nesses estudos clínicos
variou de 0,6 a 2,7% (vide Tabela 1). (1, 2, 3, 4, 5)
Tabela 1: Estudos clínicos sobre a varfarina sódica em pacientes com FA não reumática.*
Nº de pacientes Tromboembolismo Sangramento
Importante (%)
Estudo
Pacientes
tratados
com
varfarina
controles PTR RNI
Redução
do
Risco
(%)
Valor
de p
controle
AFASAK(1) 335 336 1,5-
2,0
2,8-
4,2
60 0,027 0,6 0,0
SPAF(2) 210 211 1,3-
1,8
2,0-
4,5
67 0,01 1,9 1,9
BAATAF(3) 212 208 1,2-
1,5
1,5-
2,7
86 <0,05 0,9 0,5
CAFA(4) 187 191 1,3-
1,6
3,0
45 0,25 2,7 0,5
SPINAF(5) 260 266 1,2-
1,4-
2,8
79 0,001 2,3 1,5
*Todos os resultados dos estudos com a varfarina versus controle se basearam na análise por
intenção-de-tratar; incluíram acidente vascular cerebral sistêmico e tromboembolismo
sistêmico e excluíram acidente vascular cerebral hemorrágico e ataque isquêmico transitório.
PTR = (prothrombin ratio, relação de protrombina); RNI = Razão (ou Índice) de
Normalização Internacional.
Estudos em pacientes com FA e estenose mitral sugerem um benefício anticoagulante com
o uso de varfarina.
Infarto do Miocárdio
O estudo WARIS (Estudo de Recidiva de Infarto com varfarina) foi um estudo duplo-cego,
randomizado, envolvendo 1.214 pacientes, em duas a quatro semanas após o infarto,
tratados com varfarina até uma RNI-alvo de 2,8 a 4,8. O desfecho primário foi uma
combinação entre a mortalidade total e a recidiva de infarto. Foi avaliado um desfecho
secundário de eventos vasculares cerebrais. O tempo médio de acompanhamento dos
pacientes foi de trinta e sete meses. Os resultados de cada desfecho separadamente,
incluindo uma análise de morte vascular, são apresentados na Tabela 2. (6)
Tabela 2: Análise dos desfechos de eventos separados
Evento
(N=607)
Placebo
RR (IC95%) % Redução
do Risco
(valor de p)
Acompanhamento
Total Pacientes-
Ano
2018 1944
Mortalidade Total
Morte Vascular
94 (4,7/100 pa)
82 (4,1/100 pa)
123 (6,3/100 pa)
105 (5,4/100 pa)
0,76 (0,60, 0,97)
0,78 (0,60, 1,02)
24 (p=0,030)
22 (p=0,068)
Recidiva de IM 82 (4,1/100 pa) 124 (6,4/100 pa) 0,66 (0,51, 0,85) 34 (p=0,001)
Evento Vascular
Cerebral
20 (1,0/100 pa) 44 (2,3/100 pa) 0,46 (0,28, 0,75) 54 (p=0,002)
RR = Risco Relativo; Redução do risco = (1-RR); IC = Intervalo de Confiança; IM =
Infarto do Miocárdio; pa = pacientes-ano.
Válvulas Cardíacas Mecânicas e Bioprotéticas
Em um estudo prospectivo, randomizado, aberto e de controle positivo, envolvendo 254
pacientes com válvulas cardíacas mecânicas e protéticas, o intervalo sem ocorrência de
tromboembolismo foi considerado significantemente maior nos pacientes tratados com
varfarina sódica isoladamente, em comparação aos pacientes tratados com a associação
dipiridamol/ácido acetilsalicílico (p<0,005) e pentoxifilina/ácido acetilsalicílico (p<0,05)
(vide Tabela 3). (7)
Tabela 3 - Estudo clínico prospectivo, randomizado, aberto e de controle positivo, de
varfarina sódica em pacientes com válvulas cardíacas mecânicas protéticas.
Pacientes tratados com
varfarina sódica dipiridamol/ácido
acetilsalicílico
pentoxifilina/ácido
Tromboembolismo 2,2/100 pa 8,6/100 pa 7,9/100 pa
Sangramento
importante
2,5/100 pa 0,0/100 pa 0,9/100 pa
pa = paciente por ano
Em um estudo clínico prospectivo aberto, comparando a terapia de intensidade moderada
(RNI de 2,65) versus a terapia de alta intensidade (RNI de 9,0) com varfarina sódica, em
258 pacientes portadores de válvulas cardíacas mecânicas protéticas, os casos de
tromboembolismo ocorreram com frequência semelhante nos dois grupos (4,0 e 3,7
eventos/100 pacientes-ano, respectivamente). O sangramento importante foi mais comum
no grupo de alta intensidade (vide Tabela 4). (8)
Tabela 4 - Estudo clínico prospectivo e aberto de varfarina em pacientes com válvulas
cardíacas mecânicas protéticas.
Evento Terapia de intensidade
moderada com varfarina
(RNI 2,65)
Terapia de alta intensidade
com varfarina
(RNI 9,0)
Tromboembolismo 4,0/100 pa 3,7/100 pa
Sangramento importante 0,95/100 pa 2,1/100 pa
Em um estudo clínico randomizado com 210 pacientes, comparando dois tratamentos de
intensidades diferentes com varfarina sódica (RNI de 2,0 a 2,25 versus RNI 2,5 a 4,0) por
um período de três meses após a substituição do tecido da válvula cardíaca, os casos de
tromboembolismo ocorreram com uma frequência semelhante nos dois grupos (eventos
embólicos importantes 2,0% versus 1,9%, respectivamente, e eventos embólicos menores
10,8% versus 10,2%, respectivamente). Hemorragias importantes ocorreram em 4,6% dos
pacientes na terapia de maior intensidade, quando comparadas a nenhuma complicação na
terapia de menor intensidade. (9)
Referências bibliográficas:
1. Petersen P, Boysen G, Godtfredsen J, Andersen ED, Andersen B. Placebo-controlled,
randomized trial of warfarin and aspirin for prevention of thromboembolic complications in
chronic atrial fibrillation. The Copenhagen AFASAK study. Lancet 1989 Jan 28;1:175-9
(AFASAK Study).
2. Stroke Prevention in Atrial Fibrillation Study. Final results. Circulation. 1991
Aug;84(2):527-39 (SPAF Study).
3. The effect of low-dose warfarin on the risk of stroke in patients with nonrheumatic atrial
fibrillation. The Boston Area Anticoagulation Trial for Atrial Fibrillation Investigators. N
Engl J Med. 1990 Nov 29;323(22):1505-11 (BAATAF Study).
4. Connolly SJ, Laupacis A, Gent M, Roberts RS, Cairns JA, Joyner C. Canadian Atrial
Fibrillation Anticoagulation (CAFA) Study. J Am Coll Cardiol 1991 Aug;18:349-55.
5. Ezekowitz MD, Bridgers SL, James KE, Carliner NH, Colling CL, Gornick CC, Krause-
Steinrauf H, Kurtzke JF, Nazarian SM, Radford MJ. Warfarin in the prevention of stroke
associated with nonrheumatic atrial fibrillation. Veterans Affairs Stroke Prevention in
Nonrheumatic Atrial Fibrillation Investigators. N Engl J Med 1992 Nov 12;327:1406-12
(SPINAF Study).
6. Smith P, Arnesen H, Holme I. The effect of warfarin on mortality and reinfarction after
myocardial infarction.. N Engl J Med 1990;323:147-52 (WARIS Study).
7. Mok CK, Boey J, Wang R, et al. Warfarin versus dipyridamole-aspirin and
pentoxifylline-aspirin for prevention of prosthetic valve thromboembolism: a prospective
randomized clinical trial. Circ.1985;72:1059-1063.
8. Saour JN, Sieck JO, Mamo LA, Gallus AS. Trial of different intensities of
anticoagulation in patients with prosthetic heart valves. N Engl J Med. 1990;322:428-432.
9. Turpie AG, Hirsh J, Gunstensen J, Nelson H, Gent M. Randomized comparison to two
intensities of oral anticoagulant therapy after tissue heart valve replacement. Lancet.
1988;331:1242-1245.
FARMACODINÂMICA
A varfarina atua inibindo a síntese de fatores de coagulação dependentes da vitamina K,
incluindo os fatores II, VII, IX e X, e as proteínas anticoagulantes C e S. A vitamina K é
um cofator essencial para a síntese pós-ribossômica dos fatores de coagulação dependentes
dela. A vitamina K promove a biossíntese de resíduos do ácido gama-carboxiglutâmico nas
proteínas que são essenciais para a atividade biológica. Supõe-se que a varfarina interfira na
síntese do fator de coagulação através da inibição, redução e regeneração da vitamina K1-
epóxido.
O efeito de anticoagulação geralmente ocorre em vinte e quatro horas após a administração
de varfarina sódica. No entanto, a ocorrência do efeito anticoagulante máximo pode
demorar de setenta e duas a noventa e seis horas. A duração da ação de uma dose única de
varfarina é de dois a cinco dias. Seus efeitos podem se tornar mais evidentes com a
manutenção do tratamento, de acordo com a sobreposição dos efeitos de cada dose
administrada. O efeito da varfarina sódica depende diretamente das meias-vidas dos fatores
de coagulação dependentes de vitamina K e proteínas anticoagulantes afetadas: Fator II:
sessenta horas, VII: quatro a seis horas, IX: vinte e quatro horas e X: quarenta e oito a
setenta e duas horas, e proteínas C e S são de, aproximadamente, oito e trinta horas,
respectivamente.
FARMACOCINÉTICA
Absorção
A varfarina é praticamente absorvida por completo após a administração oral, sendo a
concentração sérica máxima geralmente atingida nas primeiras quatro horas.
Distribuição
A varfarina tem um volume de distribuição aparente relativamente pequeno, de 0,14L/kg
aproximadamente. A fase de distribuição, que dura de seis a doze horas, pode ser percebida
após a administração oral de uma solução aquosa. Aproximadamente 99% da droga é ligada
às proteínas plasmáticas.
Metabolismo
A varfarina é estereosseletivamente metabolizada por enzimas microssômicas hepáticas do
citocromo P-450 (CYP450) em metabólitos hidroxilados inativos (via predominante), e por
redutases em metabólitos reduzidos (álcoois de varfarina), com atividade anticoagulante
mínima. Os metabólitos da varfarina identificados incluem a d-hidrovarfarina, dois álcoois
diastereoisômeros e 4-, 6-, 7-, 8- e 10-hidroxivarfarina. As isoenzimas do citocromo P-450
envolvidas no metabolismo da varfarina incluem a 2C9, 2C19, 2C8, 2C18, 1A2 e 3A4. O
CYP2C9, uma enzima polimórfica, é provavelmente a principal forma do P-450 hepático
humano que modula a atividade anticoagulante in vivo da varfarina. Pacientes com uma ou
mais variações dos alelos da isoenzima 2C9 apresentam um clearance da S-varfarina
diminuído.
Excreção
A meia-vida terminal da varfarina após uma dose única é, aproximadamente, uma semana.
No entanto, a meia-vida efetiva varia de vinte a sessenta horas, com uma média de
aproximadamente quarenta horas. O clearance da R-varfarina é geralmente metade do
clearance da S-varfarina. Assim, uma vez que os volumes de distribuição são semelhantes,
a meia-vida da R-varfarina é maior que a da S-varfarina. A meia-vida da R-varfarina varia
de trinta e sete a oitenta e nove horas, ao passo que a meia-vida da S-varfarina varia de
vinte e uma a quarenta e três horas. Estudos com a droga marcada radioativamente
demonstraram que até 92% da dose administrada por via oral é recuperada na urina,
principalmente sob a forma de metabólitos. Uma quantidade muito pequena de varfarina
não metabolizada é excretada na urina. A excreção urinária ocorre na forma de metabólitos.
Pacientes Idosos
Os pacientes com idade igual ou superior a 60 anos parecem apresentar uma resposta de
Razão Normalizada Internacional (RNI) maior que a esperada para os efeitos
anticoagulantes da varfarina. A causa do aumento da sensibilidade aos efeitos
anticoagulantes da varfarina nessa faixa etária é desconhecida, mas pode ser devida à
combinação de fatores farmacocinéticos e farmacodinâmicos. Informações limitadas
sugerem que não há diferença no clearance da S-varfarina. No entanto, pode haver uma
discreta redução no clearance da R-varfarina nos pacientes idosos em comparação com os
jovens. Portanto, conforme a idade do paciente aumenta, é geralmente necessária uma dose
menor de varfarina para que se atinja um nível terapêutico de anticoagulação.
Disfunção Renal
Pacientes com disfunção renal têm maior propensão para diátese hemorrágica. Pacientes
com disfunção renal que fazem tratamento com varfarina devem monitorar a RNI
cuidadosamente.
Disfunção Hepática
A disfunção hepática pode potencializar a resposta à varfarina através do comprometimento
da síntese dos fatores de coagulação e da redução do metabolismo da varfarina.
-Durante as primeiras 24 horas antes ou após cirurgia ou parto.
-Gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre, devido à possibilidade de má-
formação fetal. A administração a gestantes em estágios mais avançados está associada à
hemorragia fetal e aumento na taxa de aborto.
-Aborto incompleto.
-Doenças hepáticas ou renais graves.
-Hemorragias.
-Hipertensão arterial grave não controlada.
-Endocardite bacteriana.
-Aneurisma cerebral ou aórtico.
-Hemofilia.
-Doença ulcerativa ativa do trato gastrintestinal.
-Feridas ulcerativas abertas.
-Hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.
Gravidez
Se administrado no primeiro trimestre da gravidez, varfarina pode causar pontilhado ósseo
no feto e anormalidades faciais e do sistema nervoso central, que também podem se
desenvolver após administração no segundo e terceiro trimestres. A administração a
gestante, em estágios mais avançados da gravidez, está associada à hemorragia fetal e
aumento da taxa de aborto.
Categoria X de risco na gravidez: Em estudos em animais e mulheres grávidas, o fármaco
provocou anomalias fetais, havendo clara evidência de risco para o feto que é maior do que
qualquer benefício possível para a paciente.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar
grávidas durante o tratamento. A varfarina é reconhecidamente teratogênica.
A varfarina não deve ser administrada a pacientes que apresentem sangramento ativo. Em
geral, não deve ser prescrito a pacientes com risco de hemorragia, embora possa ser usado
com extrema precaução.
Os idosos e pacientes com deficiência de vitamina K requerem cuidado especial, assim
como aqueles com hipertireoidismo.
Se houver interação medicamentosa com outro fármaco e risco de hemorragia grave, um
deles deve ser suspenso.
Em caso de suspeita de alteração do efeito do fármaco, a atividade anticoagulante deve ser
cuidadosamente monitorada, a fim de se aumentar ou diminuir a sua dose, se necessário. O
período crítico é aquele em que pacientes estabilizados com um anticoagulante iniciam o
tratamento com um fármaco interagente ou quando se retira o fármaco interagente em
pacientes antes estabilizados com a interação medicamentosa.
Idosos
A administração de varfarina em idosos deve ser realizada com muita cautela e
monitoramento frequente.
Lactação
Com base na publicação de dados de quinze mulheres lactantes, a varfarina não foi
detectada no leite humano. Dentre os quinze lactentes, seis apresentaram tempo de
protombina dentro da faixa esperada. No entanto, o tempo de protombina não foi alcançado
nos outros nove. Os lactentes devem ser monitorados quanto ao aparecimento de
hematomas e sangramentos. Os efeitos em bebês prematuros não foram avaliados. Devem
Interação medicamento-medicamento
Deve-se ter cuidado no uso em conjunto de qualquer fármaco em pacientes recebendo
tratamento com anticoagulante oral.
-A atividade da varfarina pode ser potencializada por esteroides anabólicos (como:
etilestranol, metandrostenolona, noretrandolona), amiodarona, amitriptilina/nortriptilina,
azapropazona, aztreonam, benzafibrato, cefamandol, cloranfenicol, hidrato de coral,
cimetidina, ciprofloxacino, clofibrato, cotrimoxazol, danazol, destropropoxifeno,
destrotiroxina, dipiridamol, eritromicina, neomicina, feprazona, fluconazol, glucagon,
metronidazol, miconazol, oxifenilbutazona, fenformina, fenilbutazona, feniramidol,
quinidina, salicilatos, tolbutamida, sulfonamidas (ex: sulfafenazol, sulfinpirazona),
tamoxifeno, triclofos, diflunisal, flurbiprofeno, indometacina, ácido mefenâmico,
piroxicam, sulindaco e, possivelmente, outros analgésicos anti-inflamatórios, cetoconazol,
ácido nalidíxico, norfloxacino, tetraciclinas e outros antibióticos de largo espectro,
alopurinol, dissulfiram, metilfenidato, paracetamol, fármacos para tratamento de disfunções
da tireoide e qualquer fármaco potencialmente tóxico ao fígado.
-Mulheres em uso de varfarina devem consultar o médico antes do uso concomitante de
creme vaginal ou supositório de miconazol, pois pode haver potencialização do efeito
anticoagulante.
-Tanto a potencialização quanto a inibição do efeito anticoagulante têm sido relatadas com
fenitoína, ACTH e corticosteroides.
-A colestiramina e o sulcralfato acarretam diminuição da atividade da varfarina. A
colestiramina pode também diminuir a absorção de vitamina K sem, no entanto, aumentar a
atividade anticoagulante da varfarina. O efeito anticoagulante pode ser diminuído pela
administração de vitamina K, inclusive como constituinte de alguns alimentos, como
saladas verdes.
-A atividade anticoagulante da varfarina pode ser inibida por alguns fármacos, tais como:
aminoglutetimida, barbiturato, carbamazepina, etclorvinol, glutatimida, griseofulvina,
dicloralfenazona, primidona, rifampicina e contraceptivos orais.
Interação medicamento-substância
A atividade anticoagulante pode também ser aumentada com grandes quantidades ou
ingestão crônica de álcool, particularmente em pacientes com insuficiência hepática.
Interação medicamento-alimento
Alimentos contendo vitamina K alteram a eficácia anticoagulante.
Interação medicamento-exame laboratorial
Com exceção dos exames relacionados aos fatores da coagulação dependentes da vitamina
K, que são deprimidos pela varfarina, não há referência de interferência significativa com
outros exames laboratoriais.
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO
DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30ºC).
PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Este medicamento tem prazo de validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas: Comprimido circular de cor branca a levemente amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Este medicamento deve ser administrado por via oral. Recomenda-se que em caso de
necessidade de fracionar os comprimidos de varfarina, eles deverão ser partidos
manualmente sem a utilização de instrumento cortante, para isso, coloque-o sobre uma
superfície limpa, lisa e seca, mantenha a parte sulcada para cima, coloque os dedos
indicadores nas extremidades de cada lado do comprimido e pressione para baixo.
-A posologia de varfarina deve ser individualizada para cada paciente, de acordo com a
resposta de TP/INR (valores obtidos através de exames de sangue) do paciente ao
medicamento.
-Dosagem inicial: recomenda-se que a terapia com varfarina seja iniciada com uma dose de
2,5mg a 5mg ao dia, com ajustes posológicos baseados nos resultados de TP/INR.
-Manutenção: na maioria dos pacientes, a resposta é satisfatoriamente mantida com uma
dose de 2,5 a 10mg ao dia. A flexibilidade da dosagem pode ser obtida partindo-se os
comprimidos ao meio.
-Dose perdida: o efeito anticoagulante de varfarina persiste por mais de 24 horas. Caso o
paciente esqueça de tomar a dose prescrita de varfarina no horário marcado, esta deve ser
tomada, assim que possível, no mesmo dia. No dia seguinte, a dose esquecida não deve ser
adicionalmente ingerida e o tratamento deve ser seguido normalmente. A dose nunca deve
ser duplicada.
A duração da terapia para cada paciente deve ser individualizada. De modo geral, a terapia
com anticoagulante deve ser continuada até que o risco de trombose e embolia seja
eliminado.
Hemorragia de menor ou maior intensidade pode ocorrer durante a terapia com varfarina,
em qualquer tecido ou órgão, manifestando-se como sangramento externo ou interno,
associado a sintomas e complicações dependentes do órgão ou sistema afetado.
Pode ocorrer também necrose da pele e de outros tecidos, êmbolos aterotrombóticos
sistêmicos e microêmbolos de colesterol.
Algumas complicações hemorrágicas podem apresentar sinais e sintomas que não são
imediatamente identificados como resultantes da hemorragia. Estas reações adversas estão
marcadas a abaixo com um asterisco (*).
Classe de sistemas de Órgãos - Termo do MedDRA
Desordens do sistema linfático e sanguíneo: Anemia*
Desordens cardíacas: Dor no peito*, hemorragia pericárdica
Desordens endócrinas: Hemorragia da suprarrenal
Desordens oculares: Hemorragia ocular
Desordens gastrintestinais: Distensão abdominal, dor abdominal*, diarreia, disgeusia, disfagia*,
flatulência, sangramento gengival, hematêmese, hematoquezia, melena, hemorragia retal,
hemorragia retroperitonial, vômito
Desordens gerais e condições no local de administração: Astenia*, calafrios, fadiga*, mal-estar*,
dor*, palidez*, inchaço*
Desordens hepatobiliares: Hemorragia hepática, hepatite
Desordens do sistema imune: Reação anafilática, hipersensibilidade
Sistema musculoesquelético, tecido conjuntivo e desordens ósseas: Artralgia*, hemartrose,
mialgia*
Desordens do sistema nervoso: Tonturas*, cefaleias*, hemorragia intracraniana, parestesia*,
paralisia*, hematoma espinhal
Desordens psiquiátricas: Letargia
Desordens urinárias: Hematúria
Desordens do sistema reprodutor e mama: Menorragia, hemorragia vaginal
Desordens respiratórias, torácicas e mediastinais: Epistaxe, dispneia*, hemoptise, hemotórax,
hemorragia pulmonar alveolar, calcificação pulmonar
Desordens do tecido subcutâneo e pele: Alopecia, dermatite, dermatite bolhosa, petéquias,
prurido, erupção cutânea, necrose da pele, urticária
Desordens vasculares: Síndrome dos dedos roxos*, embolismo arterial, embolia gordurosa,
hemorragia, hipotensão*, necrose, choque*, síncope*, vasculite
(*) sintomas ou condições médicas resultantes de complicações hemorrágicas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Em caso de superdose de varfarina o quadro clínico esperado é de hemorragia de qualquer
tecido ou órgão. Os sinais e sintomas variam de acordo com a localização e extensão do
sangramento. A possibilidade de hemorragia deve ser considerada em qualquer paciente
sob terapia anticoagulante que sofra quedas, quando não houver um diagnóstico óbvio.
Para correção da protrombinopenia excessiva, com ou sem sangramento, a suspensão de
uma ou mais doses do medicamento pode ser suficiente. Se necessário, doses pequenas de
vitamina K (2,5 a 10mg) geralmente corrigem o distúrbio. No caso de persistência de um
sangramento menor ou evolução para uma hemorragia fraca, podem ser administradas
doses de 5 a 25mg de vitamina K por via parenteral.
Caso ocorram estados protrombinopênicos ou hemorragia grave não responsivos à vitamina
K, deve-se considerar a transfusão de plasma fresco congelado ou sangue total.
Em caso de dose excessiva, o paciente deverá ser encaminhado imediatamente a um serviço
hospitalar.
O sangramento durante a terapia anticoagulante nem sempre se correlaciona com a
atividade de protrombina. Tem ocorrido hemorragia adrenal com resultante insuficiência
suprarrenal durante terapia anticoagulante.
Na insuficiência suprarrenal decorrente da hemorragia adrenal, deve ser instituída
prontamente a corticoterapia por via intravenosa logo depois da confirmação do
diagnóstico.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.