Bula do Varicoss produzido pelo laboratorio Cifarma Científica Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Varicoss®
cumarina - DCB: 02649
troxerrutina - DCB: 08990
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome comercial: Varicoss®
Nome genérico: cumarina (DCB 02649) + troxerrutina (DCB 08990)
APRESENTAÇÃO
Drágeas – (15mg + 90mg) – Embalagem contendo 20 e 60 drágeas.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada drágea de VARICOSS® contém:
cumarina (benzopirona)...........................................................................................................................................................................15 mg
troxerrutina...............................................................................................................................................................................................90 mg
Excipientes q.s.p....................................................................................................................................................................................1 drágea
(goma arábica, metilparabeno, carbonato de cálcio, cera de carnaúba, corante amarelo tartrazina, água purificada, dióxido de silício,
dióxido de titânio, polimetacrilatos, lactose, talco, estearato de magnésio, sacarose, ácido esteárico e álcool isopropílico).
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
VARICOSS® é indicado nas síndromes varicosas, varizes, hemorroidas, úlceras das pernas; flebites, tromboflebites, periflebites,
síndromes pré-flebiticas, estases linfáticas, linfangites, linfadenites, linfedemas, estases venosas, edemas, arterites; profilaxia de trombose
pré e pós-operatória e na gravidez; profilaxia e tratamento de edemas e estases linfáticas pós-operatórias e pós-traumáticas; braquialgias,
cervicalgias e lombalgias.
Melhora da microcirculação, efeito protetor do endotélio e hemodinâmico: Os agentes cumarina e troxerrutina contidos no VARICOSS®
apresentam efeito protetor do endotélio capilar, melhorando a capacidade de fluxo sanguíneo através de ações hemodinâmicas e
antitrombóticas. Com isto, a exsudação de plasma para o interstício é diminuída. Obtêm-se, assim, melhora do fluxo capilar que é apoiada
pelos efeitos hemodinâmicos, demonstrado especialmente pela troxerrutina, para a flexibilidade dos eritrócitos. No caso de insuficiência
venosa crônica, obtêm-se diminuição da adesão de leucócitos, que danifica as paredes capilares e causa inflamações, assim como da
agregação de trombócitos, o que entre outros, é o centro dos processos patológicos. Efeito antiedematoso, antiflogísticos, protetor de
tecido e linfocinético: A cumarina estimula o efeito proteolítico dos macrófagos, em edemas locais ricos em proteínas. Com a proteólise
ocorre uma rápida remissão dos edemas e do processo inflamatório, pois, a proteína do edema, responsável pela retenção de água
intersticial, causadora e mantenedora do processo inflamatório é dividida em pequenas moléculas e frações de moléculas. Estas são
transportadas através de capilares sanguíneos e linfáticos, obtendo-se um aumento da capacidade de transporte linfático, pelo visível
efeito linfocinético da cumarina e da troxerrutina. Em modelos de inflamação definidos farmacologicamente, a inflamação aguda é
influenciada pela cumarina, assim como é influenciada pelos antiflogísticos clássicos (em medidas comparáveis). Os mecanismos de ação
básicos podem ser considerados comprovados: a inibição do “respiratory burst” de leucócitos ativados pela cumarina e pela troxerrutina e
as propriedades captadoras, especialmente da cumarina e, também da troxerrutina, em relação às espécies reativas de oxigênio, exercem
um papel importante, como também a inibição do metabolismo de prostaglandina e leucotrieno. A fibrose de tecido afetado, que
determina o processo terminal da doença é diminuída. O aumento da proteólise intersticial, juntamente com a influência do “respiratory
burst” em leucócitos ativados e na captação de radicais superóxidos, promovidos pelos dois agentes, formam o núcleo dos efeitos
antiedematosos, antiflogísticos, protetores das paredes capilares, prevenindo assim a formação de tecido fibrótico. Assim a combinação
cumarina + troxerrutina, através do efeito hemodinâmico, promove a melhoria de perfusão sanguínea e linfática.
Farmacocinética:
A cumarina é rapidamente absorvida e biotransformada, após administração oral. Seu principal metabólito ativo, 7-hidroxicumarina,
possui um tempo de meia vida de alguns minutos. O metabólito principal é ligado ao ácido glicurônico e eliminado na urina. A
biodisponibilidade plasmática da cumarina, após administração de 6 drágeas de VARICOSS®, é de 0,84% comparada com a
administração intravenosa de 90 mg. Isto se deve provavelmente, a eliminação pré-sistêmica, que é marcante na administração oral. A
cumarina é hidroxilada rapidamente. A biodisponibilidade do metabólito (7-hidroxicumarina) após a administração oral, em comparação
com a administração intravenosa, é de 120,6%. Dos resultados da 7-hidroxicumarina pode-se ver que o preparado é completamente
absorvido, e que a biodisponibilidade do principio ativo está assegurada.
Cmax : concentração máxima observada, após correção basal.
Tmax : momento da correção máxima após correção basal.
ASC24 : área sob a curva (segundo a regra do trapézio) após correção basal.
t1/2 : tempo de meia-vida, após correção basal.
***: não pode ser determinado.
Aproximadamente 10% de troxerrutina são absorvidos após a administração oral, sendo eliminada em sua maior parte na bílis, e uma
menor parte eliminada via renal. Na biotransformação não surgem os metabólitos conhecidos da rutina, especialmente a quercetina. O
tempo de meia-vida é de várias horas.
Dados toxicológicos:
Toxicidade aguda
DL50 oral lebres: 32 drágeas de VARICOSS® correspondem a aproximadamente 3,36 g da mistura (1:6) das substâncias ativas por Kg.
Rato: 6 g de mistura (1:6) das substâncias ativas por Kg de peso corpóreo. Em babuínos foram testadas doses unitárias da mistura
cumarina + troxerrutina na relação 1:6 (70/140/280/560/1120/2240/4480/ mg/kg) com posterior observação durante 7 dias. Os animais
sobreviveram a todas as doses. As intolerâncias constituíram-se em vômitos, salivação e agitação, após administração de três doses
máximas durante 30 minutos. Fezes e urina apresentaram uma coloração amarelo-esverdeada após a ingestão e evacuação de 4 doses
máximas.
Toxicidade sub-crônica
No caso da administração repetida em ratos, durante 7 semanas, não puderam ser observadas alterações macroscópicas ou histológicas
com doses de 0/50/450/4050 mg/Kg. Os babuínos não apresentaram alterações, dependentes da substância, nos parâmetros clínico-
químicos ou diagnósticos nos órgãos com uma administração extra de 2000 mg/Kg durante 7 dias: além de vomitar alimentos e a
substância de teste. Administração de 100 mg/Kg durante 21 dias causou inicialmente vômitos, que diminuíram na 3ª semana de teste.
Não houve perdas de peso e nem resultados patológicos. A administração de 100/300/1000 mg de mistura de agentes/Kg, por um período
de 13 semanas causou uma morte, quando administrada a dose máxima. No mais, os babuínos apresentaram vômitos. Por um tempo curto
os valores de leucinoamonopeptidase e ornitincarbomiltransferase apresentaram-se elevados.
Toxicidade crônica
Durante 6 meses, ratos receberam cumarina + troxerrutina (1:6) em doses de 50, 450, e 4050 mg/Kg de peso. A dose máxima foi 1300
vezes maior que a dose terapêutica. Os exames bioquímicos e histopatológico completos dos órgãos e do sangue, não apresentaram
indícios clínicos para processos tóxicos, sintomas clínicos e outras reações adversas ao tratamento. No estudo clássico toxicológico em
babuínos - no qual o metabolismo da cumarina e da troxerrutina é muito semelhante ao dos seres humanos – o esquema de dose era de
0,100, 300 e 1000 mg de VARICOSS® /Kg, administrados diariamente por via oral. Os pesos hepáticos relativos ao grupo recebendo
1000 mg de VARICOSS® /Kg estavam elevados, porém, este não apresentou alterações histológicas ou ultra estruturais.
Toxicidade de reprodução
No estudo combinado sobre teratogenia e fertilidade em ratazanas SPF-Wistar, foram administradas até 128 vezes a dose diária
terapêutica de VARICOSS®. Por meio de procedimentos histológicos, foram controladas, também, as malformações não letais de
órgãos. A mistura dos agentes cumarina + troxerrutina não influenciou a fertilidade, nem na geração P, que recebeu o tratamento, nem na
geração F-1 que não foi tratada. Da mesma forma não puderam ser comprovados efeitos teratogênicos. O desenvolvimento peri e pós-
natal ocorreu sem distúrbios, tanto na primeira como na segunda geração de filhos, o ensaio não apresentou indício para um risco
toxicológico na reprodução. Outro estudo embriotóxico foi efetuado em porcos miniaturas Göttinger. Os animais receberam 100 vezes a
dose terapêutica de VARICOSS®, juntamente com a alimentação. Os úteros e os fetos examinados macroscopicamente e
histologicamente, sobre malformações e intoxicações orgânicas, não apresentaram influência da substância testada para a taxa de
absorção e malformação.
Mutagênese
Teste Ames: Não houve indícios para a existência de potencial mutagênico de VARICOSS® em 5 tribos de Salmonela typhimurium
testadas. Nem com, nem sem ativação metabólica ou na presença de frações de microssomos de ratos ou de babuínos apareceram
mutações. A troxerrutina também não apresentou propriedades mutagênicas.
VARICOSS® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida aos componentes da fórmula, hepatogias graves, ou
hepatopatias progressas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Atenção diabéticos: contém açúcar.
Este produto contém o corante amarelo de tartrazina que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma
brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
O uso durante o primeiro trimestre de gestação requer avaliação médica da relação risco/benefício. O uso de doses altas (mais de 3
drágeas ao dia) de VARICOSS®, em tratamentos prolongados (mais de um mês de duração), deve ser acompanhado de avaliação médica
criteriosa da função hepática.
O uso do medicamento deve ser interrompido e o médico informado, se houver o aparecimento de sintomas como náuseas acompanhadas
por urticária, urina escura ou amarelamento da pele e/ou do globo ocular.
Não há restrições ou recomendações especiais com relação ao uso do medicamento por pacientes idosos.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe ao seu médico se estiver
amamentando.
Atenção diabéticos: contém açúcar.
Este produto contém o corante amarelo de tartrazina que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma
brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
A administração simultânea de drogas que prejudicam a função hepática pode levar ao aumento de possíveis reações hepáticas.
VARICOSS® deve ser conservado em sua embalagem original à temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz.
VARICOSS® possui prazo de validade de 24 meses a partir da data da sua fabricação desde que observados os cuidados de conservação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
VARICOSS® é uma drágea circular com revestimento açucarado de coloração amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Posologia média recomendada: 1 drágea, 3 vezes ao dia. Qualquer mudança nessa posologia ficará a critério médico.
Estudos clínicos recentes têm demostrado a eficácia do produto com doses diárias que variam entre uma a seis drágeas (2 drágeas, 3
vezes ao dia).
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Têm sido relatados rubor (vermelhidão), distúrbios gastrintestinais e cefaleia. Elevações eventuais de enzimas hepáticas (transaminases
séricas, gama-glutamil transpeptidases) podem ocorrer predominantemente durante o período inicial do tratamento, as quais diminuem
com a descontinuação do uso do produto. Casos isolados de hepatite acompanhados ou não de icterícia foram relatados, e os mesmos
foram reversíveis após a interrupção do tratamento. Houve relatos de casos isolados de doenças gastrintestinais.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.