Bula do Vecuron para o Profissional

Bula do Vecuron produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Vecuron
Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda. - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO VECURON PARA O PROFISSIONAL

Vecuron

Brometo de vecurônio

Solução Injetável – 4 mg e 10 mg

Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda.

MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE

BULA DO PROFISSIONAL DA SAÚDE

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

brometo de vecurônio

APRESENTAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA

Pó liófilo injetável 4 mg + Solução diluente

-Embalagem com 10 frascos-ampola + 10 ampolas de solução diluente

Pó liófilo injetável 10 mg

- Embalagens com 10 frascos–ampola

VIA DE ADMINISTRAÇÃO

Administração por via intravenosa

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 7 SEMANAS

VECURONIUM BROMIDE - vecuronium bromide injection, powder, lyophilized, for solution Hospira, Inc.

Intravenous Medications 2009

Vecuronium Official FDA information, side effects and uses.

COMPOSIÇÃO:

O Vecuron é um pó liófilo sem adição de conservantes.

Vecuron 4 mg

Cada ampola ou frasco-ampola de pó liófilo contém:

Brometo de vecurônio ........................................................4,0 mg

Excipiente q.s.p. ..................................................... 1 amp ou 1 fa

(Excipientes: ácido cítrico anidro, fosfato de sódio dibásico anidro, manitol, hidróxido de sódio/ácido fosfórico)

Cada ampola de diluente contém:

Água para injetáveis q.s.p. ................................................. 1,0 ml

Vecuron 10 mg

Cada frasco-ampola de pó liófilo contém:

Brometo de vecurônio ......................................................10,0 mg

Excipiente q.s.p. .................................................................... 1 fa

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÃO

O Vecuron é indicado como adjuvante da anestesia geral, para facilitar a intubação endotraqueal e promover o

relaxamento da musculatura esquelética durante a cirurgia.

2. RESULTADO DE EFICÁCIA

Vecurônio é um bloqueador neuromuscular não despolarizante e de ação curta, análogo monoquaternário do

pancurônio. Estudo mostrou que vecurônio é 1,2 vezes mais potente que pancurônio.

Engbaek, J, Ording H, Pedersen T, Viby-Mogensen J. Dose-response relationships and neuromuscular blocking

effects of veccuronium and pancuronium during ketamine anesthesia. Br J Anesth. 1984; 56:953-957.

Neto G F D. Efeitos Cardiovasculares dos Relaxantes Neuromusculares. Rev Bras Anest 1988;38:1:25-41.

Estudo comparativo com vecurônio e atracúrio submetidos à laparotomia, mostrou que o vecurônio obteve maior

estabilidade hemodinâmica, recuperação espontânea mais rápida, além de maior relaxamento muscular.

Chaudhari LS, Shetty NA, Buddhi M, Krishnan G. A comparison of continuos infusion of vecuronium and

atracurium in midline and paramedian laparotomies. J Postgrad Med. 1999; 45:5-9.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

O brometo de vecurônio é um relaxante neuromuscular não despolarizante, quimicamente designado como o

aminosteróide brometo de 1-(3alfa, 17beta-diacetoxi-2beta piperidino-5alfa-androstan-16beta-il) metilpiperidínio.

Mecanismo de Ação

O produto bloqueia o processo de transmissão entre a terminação nervosa e a musculatura estriada, ligando-se

competitivamente com a acetilcolina aos receptores nicotínicos localizados na região terminal da placa motora do

músculo estriado. Diferente dos bloqueadores neuromusculares despolarizantes, como a succinilcolina, o produto não

causa fasciculações musculares.

Dentro de 90 a 120 segundos após a administração intravenosa de uma dose de 0,08 mg a 0,10 mg de brometo de

vecurônio por kg de peso corpóreo (aproximadamente 2 x ED90 sob anestesia neuroléptica), são obtidas de boas a

excelentes condições de relaxamento para intubação endotraqueal, e após 3 a 4 minutos da administração desta dose,

ocorre paralisia muscular generalizada adequada para qualquer tipo de cirurgia.

A duração de ação até a recuperação de 25% da contratilidade muscular padrão (duração clínica) com esta dose, é de 20

a 30 minutos. O tempo de recuperação de 95% da contratilidade muscular padrão com esta dose, é aproximadamente 40

a 50 minutos.

Com dosagens maiores de brometo de vecurônio, o tempo de início de ação é abreviado e a duração de ação é

prolongada. Nas dosagens de 0,15 mg; 0,20 mg; 0,25 mg; 0,30 mg de brometo de vecurônio por kg de peso, o tempo

médio de início de ação sob anestesia neuroléptica é de 146, 110, 92 e 77 segundos respectivamente. A duração clínica

média de ação com essas dosagens é de 41, 55, 70 e 86 minutos respectivamente. Ainda com essas altas dosagens

ocorre um aumento gradual, mas relativamente insignificante, da velocidade de recuperação do bloqueio

neuromuscular.

Com a administração do Vecuron por infusão intravenosa contínua, pode ser obtido um estado estacionário do bloqueio

neuromuscular de 90%, com velocidade de infusão constante e sem um prolongamento clinicamente significativo do

tempo de recuperação do bloqueio neuromuscular ao término da infusão. O produto não apresenta efeitos cumulativos

se as doses de manutenção forem administradas quando houver 25% de recuperação da contratilidade muscular.

Diversas doses de manutenção podem, portanto, ser administradas em sequência.

As propriedades citadas fazem com que o produto possa ser usado tanto em curtos como em longos procedimentos

cirúrgicos. Dentro dos limites de dosagem clínica, o produto não exerce atividade bloqueadora vagolítica nem

ganglionar. A administração de inibidores da acetilcolinesterase, como a neostigmina, piridostigmina ou edrofônio,

antagoniza a ação do brometo de vecurônio.

Farmacocinética Clínica

Após a administração intravenosa do produto, a meia-vida de distribuição do vecurônio é de aproximadamente 2,2 (±

1,4) minutos. O vecurônio distribui-se principalmente no compartimento extracelular. Em estado estacionário, o volume

de distribuição médio é de 0,27 L/kg em pacientes adultos. A depuração plasmática do vecurônio é de 5,2 (± 0,7)

ml/kg/min e a meia vida de eliminação plasmática é de 71 (± 20) minutos.

O grau de metabolização do vecurônio é relativamente baixo. Em humanos, um derivado 3-hidroxi, tendo

aproximadamente 50% menos potência bloqueadora neuromuscular que o vecurônio, pode ser demonstrado na urina e

na bile como metabólito de brometo de vecurônio. Em pacientes que não apresentam insuficiência renal nem hepática, a

concentração plasmática deste derivado é inferior ao limite de detecção e não contribui para o bloqueio neuromuscular

promovido pelo brometo de vecurônio.

A excreção biliar é a principal via de eliminação . Estima-se que dentro de 24 horas após a administração intravenosa do

produto, 40 a 80% da dose administrada são excretados na bile como compostos monoquaternários. O vecurônio

inalterado representa aproximadamente 95% desses compostos, e o 3-hidroxi vecurônio, 5%.

A eliminação renal é relativamente baixa. O total de compostos monoquaternários excretados na urina coletada por

cateter intravesical, durante 24 horas após administração de brometo de vecurônio, é de em média 30% da dose

administrada.

Uso em Pediatria

Constatou-se que em neonatos e lactentes, a dose ED90 (aproximadamente 28 µg/kg de peso corporal) encontrada de

brometo de vecurônio sob anestesia com halotano, foi aproximadamente a mesma que em adultos. Embora

estatisticamente insignificante, a ED90 encontrada em crianças (aproximadamente 32 µg/kg de peso corporal), foi um

pouco maior que em adultos.

O tempo de início de ação do produto em neonatos e lactentes é consideravelmente mais curto em comparação a

crianças e adultos, devido, provavelmente, ao menor tempo de circulação e maior débito cardíaco nos neonatos e

lactentes. Uma sensibilidade maior da junção neuromuscular aos agentes bloqueadores neuromusculares também pode

justificar um início de ação mais rápida nesses pacientes. A duração de ação e o tempo de recuperação com o produto

são maiores nos neonatos e lactentes que nos adultos. As doses de manutenção podem, portanto, ser administradas com

menor frequência em neonatos e lactentes. Comparando-se a duração de ação e o tempo de recuperação entre adultos e

crianças, em geral, a duração de ação é de 30% e o tempo de recuperação é de 30% a 20% menores em crianças.

Efeitos cumulativos como em adultos, não são observados em pacientes pediátricos com doses repetidas de manutenção

de aproximadamente ¼ da dose inicial e administradas quando ocorrer 25% de recuperação da contratilidade muscular

padrão. O tempo de recuperação prolongado do produto em neonatos e lactentes não é de tal magnitude que seja

necessário usar rotineiramente agentes reversores. Se utilizados, esses agentes reversores são eficazes para antagonizar

o bloqueio neuromuscular, tanto em neonatos e lactentes, como em crianças e adultos.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Em estudos realizados com animais, com doses elevadas, foi observada toxicidade relacionada à atividade

farmacológica do brometo de vecurônio.

4. CONTRAINDICAÇÕES

O produto é contraindicado em pacientes com história decorrida anteriormente e reações anafiláticas devido ao

vecurônio ou ao íon brometo.

Este medicamento é contraindicado para o uso em pacientes que apresentarem, hipersensibilidade aos

componentes da fórmula do Vecuron.

Este medicamento é contra indicado para menores de 7 semanas

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

É necessário que a ventilação mecânica seja mantida até que a respiração espontânea seja recuperada, pois o produto

causa paralisia da musculatura respiratória.

Em geral, têm sido relatadas reações anafiláticas aos bloqueadores neuromusculares. Embora raramente tenham sido

encontradas com o uso do produto, deve-se sempre tomar as precauções para o tratamento dessas reações, caso ocorram

(ver Reações Adversas).

Dentro das dosagens clínicas o brometo de vecurônio não apresenta efeitos cardiovasculares, portanto não há atenuação

da bradicardia causada por alguns anestésicos e opióides ou devido ao reflexo vagal durante a cirurgia.

Entretanto, a utilização de drogas vagolíticas, como a atropina na pré-medicação, ou na indução da anestesia, pode ser

importante em procedimentos cirúrgicos, nos quais as reações vagais têm maior possibilidade de ocorrer (por exemplo:

cirurgias em que são usados anestésicos de conhecido efeito vagomimético, cirurgias oftálmicas, abdominais, ano-retal,

etc.).

Não há dados suficientes, até o momento, que recomendem o uso do produto em Unidade de Tratamento Intensivo.

Como ocorre com outros relaxantes neuromusculares, foi relatado bloqueio neuromuscular prolongado em pacientes

gravemente enfermos, em unidades de cuidados intensivos, após a utilização do produto por períodos prolongados. É

essencial que durante o bloqueio neuromuscular contínuo, os pacientes recebam analgesia e sedação adequadas e que a

transmissão neuromuscular seja monitorada durante toda a intervenção cirúrgica. Além disso, os relaxantes musculares

devem ser administrados em doses cuidadosamente ajustadas, que devem ser suficientes para a manutenção do bloqueio

completo, sob a supervisão de médicos especializados, familiarizados com as ações dos produtos e com as técnicas

adequadas de controle neuromuscular.

O brometo de vecurônio deve ser administrado somente por médicos especializados ou sob sua supervisão,

familiarizados com o uso e efeito desses medicamentos, como qualquer agente bloqueador neuromuscular.

As seguintes patologias podem influenciar a farmacocinética e/ou farmacodinâmica do brometo de vecurônio

Doença hepática e/ou das vias biliares

O produto é excretado principalmente pelas vias biliares. Em geral, são encontradas apenas moderadas alterações no

curso do bloqueio neuromuscular induzido pelo brometo de vecurônio, em pacientes acometidos por doença hepática ou

das vias biliares. Além disso, essas alterações são dose-dependentes. Com uma dose de 0,1 mg de brometo de

vecurônio/kg de peso corpóreo, foram encontrados um leve e estatisticamente insignificante prolongamento do tempo

de início de ação e diminuição do tempo de duração, quando comparado a pacientes normais.

Nas doses de 0,15 mg e 0,20 mg de brometo de vecurônio/kg, o prolongamento do tempo de início de ação foi ainda

menos pronunciado (0,15 mg/kg) ou ausente (0,2 mg/kg) e nenhuma alteração foi vista na duração de ação no grupo de

0,15 mg/kg, enquanto que no grupo de 0,2 mg/kg foram observados aumentos significativos na duração de ação e no

tempo de recuperação.

Insuficiência renal

Quando administrado o produto em pacientes com insufi-ciência renal, foram relatadas apenas mínimas alterações dos

parâmetros farmacodinâmicos. À semelhança de outros bloqueadores neuromusculares não despolarizantes, pode

ocorrer uma diminuição limitada de resistência à ação do brometo de vecurônio em pacientes com insuficiência renal.

Quando o produto for administrado em pacientes com insuficiência renal, pode ocorrer um pequeno aumento no tempo

de início de ação e de recuperação, entretanto, este aumento não é clinicamente significativo.

Tempo de circulação prolongado

O tempo de circulação prolongado está associado com doenças cardiovasculares, idade avançada, estados edematosos,

resultando em um aumento do volume de distribuição, contribuindo desta forma, para um aumento no tempo de início

de ação do bloqueio neuromuscular.

Doença neuromuscular

O produto deve ser usado com extrema cautela em caso de doença neuromuscular ou após poliomielite, uma vez que a

resposta a esses agentes neuromusculares pode ser consideravelmente alterada nesses pacientes.

A magnitude e duração dessa alteração pode variar amplamente.

Nos pacientes com miastenia gravis ou síndrome miastênica (Eaton Lambert), pequenas doses do produto podem ter

profundos efeitos, portanto, nesses pacientes, o produto deve ser administrado conforme a resposta.

Hipotermia

É prolongado o efeito bloqueador neuromuscular do produto, em cirurgias com hipotermia.

Condições que podem aumentar os efeitos do brometo de vecurônio

Hipocalemia (por exemplo: após vômitos intensos, diarréia e terapia diurética), hipermagnesemia, hipocalcemia (após

transfusões maciças), hipoproteinemia, desidratação, acidose, hipercapnia e caquexia. Distúrbios eletrolíticos graves,

pH sanguíneo alterado ou desidratação devem, portanto, ser sempre corrigidos quando possível.

Como o brometo de pancurônio, d-tubocurarina ou outros bloqueadores não despolarizantes, o produto pode causar uma

redução no tempo parcial de tromboplastina e no tempo de protrombina.

Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e utilizar máquinas

Os pacientes não devem utilizar máquinas potencialmente perigosas, ou dirigir veículos durante as 24 horas após a

recuperação completa da ação bloqueadora neuromuscular do produto.

Gravidez – Categoria C

Não há dados suficientes sobre o uso do produto durante a gestação animal ou humana que possam assegurar prováveis

danos ao feto. O brometo de vecurônio somente deverá ser usado na gravidez quando os benefícios forem claramente

superiores aos potenciais riscos fetais.

Em mulheres que estiverem usando sulfato de magnésio para toxemia gravídica, a reversão do bloqueio neuromuscular

induzido pelo brometo de vecurônio pode ser insatisfatória, pois os sais de magnésio potencializam o bloqueio

neuromuscular. Portanto, a dosagem do produto deve ser reduzida e cuidadosamente ajustada à resposta de

contratilidade muscular, em mulheres que estão recebendo o sulfato de magnésio.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Lactantes

Não se sabe se esta droga é excretada no leite humano.

Cirurgia obstétrica

Estudos com brometo de vecurônio administrado em doses de até 0,1 mg/kg, demonstraram segurança para uso em

cesarianas.

O índice de Apgar, o tônus muscular fetal e a adaptação cardior-respiratória, não são afetados pelo produto. Das

amostras sangüíneas do cordão umbilical, constatou-se apenas uma pequena transferência placentária da droga, que não

levou a nenhuma observação clínica de efeitos adversos no recém-nascido.

Uso pediátrico

Pacientes pediátricos de 10 a 16 anos tem a mesma necessidade de dosagem que adultos e podem ser tratados da mesma

maneira. Vecuronium Official FDA information, side effects and uses

Pacientes de 1 a 10 anos de idade, podem necessitar de doses iniciais maiores assim como uma manutenção mais

frequente que adultos. Vecuronium Official FDA information, side effects and uses

Intravenous Medications 2009

Crianças menores de 1 ano, porém maiores que 7 semanas são mais sensíveis a Vecuron que adultos. A segurança e

eficácia de Vecuron em crianças menores que 7 semanas não foi estabelecida.

Não há dados suficientes sobre infusão contínua de Vecuron em pacientes pediátricos, portanto nenhuma recomendação

de dosagem é recomendada. Vecuronium Official FDA information, side effects and uses

Neonatos com menos de cinco meses de idade podem ser mais sensíveis ao vecurônio e recomenda-se uma dose teste

inicial de 10-20mcg /kg, seguida por manutenção de acordo com a resposta.

A duração da ação e recuperação é mais longa em neonatos e lactentes do que em crianças e adultos e podem necessitar

de doses menores de manutenção administrado com menor frequência. The complete drug reference - Martindale

Thirty – fourth edition.

Pacientes idosos

Embora estudos adequados com agentes bloqueadores neuromusculares não tenham sido realizados na população

geriátrica, problemas específicos geriátricos que limitariam a utilização destas medicações em idosos, não são

esperados. Pacientes idosos possuem maior probabilidade de insuficiência renal relacionado à idade, podendo diminuir

a proporção de depuração de galamina, metocurarina, pancurônio, succinilcolina ou tubocurarina do corpo,

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

As drogas seguintes demonstraram influenciar a magnitude e/ou duração dos bloqueadores neuromusculares não

despolarizantes:

Efeito Aumentado

•Anestésicos:

-halotano, éter, enflurano, isoflurano, metoxiflurano, ciclopropano;

-altas doses de tiopental, metoexital, cetamina, fentanila, gamahidroxibutirato, etomidato.

•Outros bloqueadores neuromusculares não despolarizantes.

•A prévia administração de succinilcolina

•Outros medicamentos:

-Antibióticos: antibióticos aminoglicosídicos e polipeptídicos, acilaminopenicilinas, altas doses de metronidazol;

-Diuréticos, bloqueadores beta-adrenérgicos, tiamina, inibidores da MAO, quinidina, protamina, bloqueadores alfa-

adrenérgicos, sais de magnésio.

Efeito Reduzido

•Neostigmina, edrofônio, piridostigmina, derivados aminopiridínicos.

•A prévia administração de corticosteróides de forma crônica, fenitoína, carbamazepina.

•Norepinefrina, azatioprina (apenas efeitos limitados e passageiros), teofilina, cloreto de cálcio.

Efeito Variável

•Relaxantes musculares despolarizantes como succinilcolina, administrados após o brometo de vecurônio, podem

produzir potencialização ou atenuação do efeito bloqueador neuromuscular do produto.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO

Conservar a embalagem do produto fechada, em temperatura ambiente controlada, entre 15 e 25ºC, protegida da luz.

Após reconstituição sob condições assépticas, ou diluição, o Vecuron pode ser mantido por 24 horas em temperatura

ambiente, entre 15 e 30ºC e à luz do dia. Entretanto, para evitar contaminação microbiológica, deve-se desprezar o

conteúdo não utilizado.

O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem. Não utilize medicamento

com prazo de validade vencido.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use o medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspectos físicos e organolépticos

Pó branco, livre de partículas estranhas e contido em frasco. Quando reconstituído, produz uma solução límpida,

incolor, isentas de partículas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Dosagem

A dosagem do Vecuron deve ser individualizada para o paciente.

Ao se determinar a dose, devem ser levadas em consideração: a técnica anestésica usada, a provável duração da

cirurgia, a possível interação com outras drogas que forem administradas antes ou durante a anestesia e as condições do

paciente.

Recomenda-se o uso de estimulador dos nervos periféricos para monitorar o bloqueio neuromuscular e sua recuperação.

As seguintes dosagens servem como orientação geral para a dose necessária do brometo de vecurônio em bolus

intravenoso inicial e de manutenção para assegurar um relaxamento muscular satisfatório para pequenos, médios e

longos procedimentos cirúrgicos sob anestesia balanceada, com ou sem o uso do produto, para facilitar a intubação

endotraqueal.

Adultos e Crianças (ver também uso em pediatria):

Dose de Intubação: 0,08 mg a 0,10 mg de brometo de vecurônio por kg de peso corporal.

Dosagens de brometo de vecurônio para procedimentos cirúrgicos após intubação com succinilcolina:

De 0,03 mg a 0,05 mg de brometo de vecurônio/kg de peso. Se a succinilcolina for usada para intubação, a

administração de brometo de vecurônio deve ser retardada até que o paciente tenha se recuperado clinicamente do

bloqueio neuromuscular induzido pela succinilcolina.

Dose de manutenção

De 0,02 mg a 0,03 mg de brometo de vecurônio/kg. Essas doses de manutenção devem ser administradas quando

houver recuperação de 25% da contratilidade muscular padrão.

Observações:

•Em pacientes obesos, essas doses devem ser reduzidas, levando-se em consideração a pouca massa muscular.

•Uma vez que os anestésicos inalatórios potencializam a ação do brometo de vecurônio (ver Interações), em geral as

dosagens do produto devem ser reduzidas nas cirurgias em que forem usados esses anestésicos.

Havendo necessidade do uso de doses mais elevadas de brometo de vecurônio, dosagens iniciais variando de 0,15 mg

até 0,30 mg/kg foram administradas durante cirurgias sob anestesia neuroléptica ou com halotano, sem que tenham sido

notados quaisquer efeitos colaterais cardiovasculares enquanto foi mantida ventilação apropriada. O uso de altas

dosagens de brometo de vecurônio diminui farmacodinamicamente o tempo de início de ação e aumenta a duração de

ação (ver também Características).

Em operações cesarianas e em intervenções cirúrgicas neonatais a dose não deve exceder 0,1 mg/kg.

Neonatos e lactentes de até 1 ano de vida

Devido às possíveis variações da sensibilidade da junção neuromuscular, especialmente em neonatos (até 4 semanas) e,

provavelmente, em lactentes (até 4 meses), recomenda-se uma dose-teste inicial de 0,01 mg a 0,02 mg de brometo de

vecurônio/kg, seguida por doses aumentadas até que se obtenha 90 % a 95% de depressão da contratilidade muscular.

As doses necessárias para lactentes de 5 meses a 1 ano são as mesmas que as dos adultos. Entretanto, uma vez que o

tempo de início de ação do brometo de vecurônio nesses pacientes é consideravelmente menor que em crianças e

adultos, o uso de altas dosagens de intubação, em geral, não é necessário para o desenvolvimento precoce de boas

condições de intubação.

Uma vez que a duração de ação e o tempo de recuperação com o produto é maior em neonatos e lactentes do que em

crianças e adultos, as doses de manutenção são exigidas menos frequentemente (ver também Uso em Pediatria).

Dosagem necessária para administração de brometo de vecurônio em infusão contínua

Se o brometo de vecurônio for administrado por infusão contínua, recomenda-se dar inicialmente uma dose em bolus

(ED90 ou 2 x ED90) e, quando o bloqueio neuromuscular começar a se recuperar, iniciar a administração do produto

por infusão.

A velocidade de infusão deve ser ajustada para que se mantenha uma resposta de 10% da contratilidade muscular

padrão. Em adultos, a velocidade de infusão necessária para que se mantenha esse nível de bloqueio neuromuscular,

varia de 0,8 mcg a 1,4 mcg de brometo de vecurônio/kg/min. Para neonatos e lactentes, vide “Neonatos e Lactentes de

até um ano de vida” acima. A monitoração repetida do bloqueio é recomendada, uma vez que a velocidade de infusão

varia de paciente para paciente, e com a técnica anestésica utilizada.

Administração

O brometo de vecurônio deve ser administrado por via intravenosa

Não é recomendável misturar o produto na mesma seringa ou frasco com outros fármacos ou soluções, exceto para

aquelas soluções com as quais o produto demonstrou ser compatível (ver Compatibilidade).

Reconstituição

Vecuron 4 mg

A adição de 1 ml de água para injetáveis resulta em uma solução isotônica de pH 4, contendo 4 mg/ml de brometo de

vecurônio.

Vecuron 10 mg

A adição de 5 ml de água para injetáveis resulta em uma solução isotônica de pH 4, contendo 2 mg/ml de brometo de

Alternativamente, para se obter uma solução com uma concentração mais baixa, o VECURON de 4 mg e 10 mg pode

ser reconstituído com volumes de até 4 ml e 10 ml respectivamente com as seguintes soluções para infusão:

•Solução de cloreto de sódio a 0,9%

•Solução de ringer lactato

•Solução de cloreto de sódio a 0,9% e glicose a 5%

Compatibilidade

Quando o Vecuron é reconstituído com água para injetáveis, a solução resultante pode ser misturada com os seguintes

líquidos de infusão, embalados em PVC ou vidro para uma diluição de até 40 mg/litro:

•Solução de ringer

Essas soluções reconstituídas podem também ser injetadas em equipo de infusão nos seguintes fluídos:

•Normosol M com glicose a 5%

•Haemaccel

•Dextran-40 a 5% em solução de cloreto de sódio a 0,9%

Não foram realizados estudos de compatibilidade com outros fluídos de infusão.

Assim como ocorre com diversas outras drogas, foi constatada incompatibilidade do produto com o tiopental ou

soluções contendo tiopental.

O produto pode ser injetado no mesmo equipo de infusão contendo uma das seguintes drogas: fentanil, droperidol,

cloridrato de nicomorfina e brometo de pancurônio.

Não foram realizados estudos de compatibilidade com outras drogas.

9. REAÇOES ADVERSAS

•Reações Anafiláticas

São descritas reações anafiláticas aos relaxantes neuromus-culares em geral. Apesar dessas serem muito raras com o uso

do produto, sempre devem ser tomadas as precauções para o seu tratamento, caso elas ocorram. Cuidados especiais

devem ser tomados, particularmente em caso de história anterior de reações anafiláticas aos bloqueadores

neuromusculares, uma vez que foram relatados casos de reação alérgica cruzada entre bloqueadores neuromusculares.

•Liberação de Histamina e Reações Histaminóides

Uma vez que os bloqueadores neuromusculares são conhecidos como capazes de induzir a liberação de histamina local

ou sistemicamente, a possível ocorrência de prurido e reação eritematosa no local de injeção e/ou reações histaminóides

(anafilactóides) generalizadas, como broncoespasmo e alterações cardiovasculares, devem sempre ser consideradas

quando se faz uso dessas medicações.

Estudos experimentais com injeção intradérmica de brometo de vecurônio demonstraram que esse fármaco tem apenas

uma fraca capacidade de induzir liberação de histamina local. Estudos controlados no homem não demonstraram

qualquer aumento significativo nos níveis de histamina no plasma humano após administração intravenosa do produto.

Até o momento tais casos foram relatados raramente durante o uso de brometo de vecurônio em grande escala.

10. SUPERDOSE

Em caso de superdosagem e bloqueio neuromuscular prolongado, o paciente deve permanecer sob ventilação mecânica,

e devem ser administradas doses adequadas de um inibidor da colinesterase (por exemplo: neostigmina, piridostigmina,

edrofônio), como antídoto. Quando a administração de um agente inibidor da colinesterase não reverter mais os efeitos

neuromusculares de brometo de vecurônio, deve-se continuar a ventilação até que se restaure a respiração espontânea.

A administração de doses repetidas de um inibidor da colinesterase pode ser perigosa.

Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.