Bula do Vimizim produzido pelo laboratorio Biomarin Brasil Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
VIMIZIM®
(alfaelosulfase)
Biomarin Brasil Farmacêutica Ltda.
solução injetável
1 mg/mL
1
APRESENTAÇÕES
VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) é apresentado como solução concentrada para diluição para infusão
(1 mg por mL). Fornecido como um frasco de 5 mL de uso único.
PARA USO COMO INFUSÃO INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
USO RESTRITO A HOSPITAIS
COMPOSIÇÃO
Cada mL de solução contém 1 mg de alfaelosulfase. Um frasco de 5 mL contém 5 mg de
alfaelosulfase. A alfaelosulfase é a forma recombinante de N-acetilgalactosamina-6-sulfatase
humana (rhGALNS) e é produzido em cultura de células de mamíferos (Ovário de Hamster
Chinês-OHC) por tecnologia de DNA recombinante.
(alfaelosulfase) destina-se à infusão intravenosa e é fornecido como solução estéril,
não pirogênica, incolor a amarelo pálido, transparente a levemente opalescente que deve ser
diluída com cloreto de sódio a 0,9% para injeção, USP, antes da administração. VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) é fornecido em frascos de vidro de 5 mL Tipo 1 transparentes.
Cada frasco contém 5 mg de alfaelosulfase, 13,6 mg de acetato de sódio tri-hidratado, 34,5 mg
de fosfato de sódio monobásico mono-hidratado, 31,6 mg de cloridrato de L-arginina, 100 mg de
sorbitol e 0,5 mg de polissorbato 20 em solução extraível de 5 mL com pH entre 5,0 e 5,8.
(alfaelosulfase) não contém conservantes.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE
VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) é indicado para pacientes com mucopolissacaridose tipo IVA (MPS
IVA; síndrome de Morquio A).
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Os estudos clínicos realizados com VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) avaliaram o impacto do
tratamento nas manifestações sistêmicas da MPS IVA em vários domínios, incluindo resistência,
função respiratória, velocidade de crescimento e mobilidade, bem como sulfato de queratano
(SQ) na urina.
Um total de 235 pacientes com MPS IVA foi inscrito e exposto a VIMIZIMTM
(alfaelosulfase)
em seis estudos clínicos.
A segurança e a eficácia de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) foram avaliadas em um estudo clínico
randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, de fase 3 que incluiu 176 pacientes com MPS
IVA, com idades entre 5 e 57 anos. A maioria dos pacientes apresentava baixa estatura,
resistência debilitada e sintomas musculoesqueléticos. Os pacientes que conseguiam caminhar
mais de 30 metros (m) e menos de 325 m em um Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC 6) no
início do estudo foram inscritos no estudo.
Os pacientes receberam VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) 2 mg/kg semanalmente (n=58) ou 2 mg/kg
a cada duas semanas (n=59) ou placebo (n=59) durante um total de 24 semanas. Todos os
pacientes foram tratados com anti-histamínicos antes de cada infusão. O endpoint primário foi a
mudança, desde o início do estudo, na distância do TC 6 comparado ao placebo na Semana 24.
Os endpoints secundários foram a mudança, desde o início do estudo, no Teste de Escada (TE)
de 3 minutos e nos níveis de SQ na urina na Semana 24. Um total de 173 pacientes foi inscrito
posteriormente em um estudo de extensão no qual os pacientes recebiam 2 mg/kg de
VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) semanalmente ou 2 mg/kg a cada duas semanas, e depois foram
trocados para 2 mg/kg a cada semana sob disponibilidade dos resultados da Semana 24.
Os endpoints primários e secundários foram avaliados na Semana 24. O efeito do tratamento
observado na distância percorrida em 6 minutos de caminhada, comparado ao placebo, foi de
22,5 m (CI95, 4,0, 40,9; p=0,0174) no regime de 2 mg/kg/semana. O efeito do tratamento
observado na subida de escada por minuto, comparado ao placebo, foi de 1,1 degrau/min (CI95,
-2,1, 4,4; p=0,4935) no regime de 2 mg/kg/semana. O efeito do tratamento observado no
percentual de alteração no SQ na urina, comparado ao placebo, foi de -40,7% (CI95, -49,0, -
32,4; p<0,0001) no regime de 2 mg/kg/semana. A diferença foi maior entre o grupo de placebo e
o grupo de tratamento semanal em todos os endpoints. Os resultados do regime a cada duas
3
semanas na distância percorrida em 6 minutos de caminhada ou nos degraus de escada por
minuto foram comparáveis ao placebo.
Tabela 1: Resultados do estudo clínico controlado por placebo em 2 mg por kg por semana
Placebo VIMIZIMTM
versus Placebo
Início
do
estudo
Semana
24
Alteração Início
Alteração Diferença nas
alterações
N 58 57* 57 59 59 59
Teste de Caminhada de 6 Minutos (metros)
Média
± DP
203,9
±
76,32
243,3
± 83,53
36,5
± 58,49
211,9
69,88
225,4
± 83,22
13,5
± 50,63
23,0†
(CI95; 2,9; 43,1)
22,5‡
(CI95; 4,0; 40,9)
(p = 0,0174)‡,§
Mediana 216,5 251,0 20,0 228,9 229,4 9,9
Mín;
Máx
42,4;
321,5
52,0;
399,9
-57,8;
228,7
36,2;
312,2
50,6;
501,0
-99,2;
220,5
Teste de Escada de 3 Minutos (degraus/minuto)
29,6
16,44
34,9
± 18,39
4,8
± 8,06
30,0
14,05
33,6
± 18,36
3,6
± 8,51
1,1†
(CI95; -1,9; 4,2)
1,1‡
(CI95; -2,1; 4,4)
(p = 0,4935)
Mediana 30,5 34,7 4,3 30,8 32,0 0,9
0,0;
71,9
82,3
-12,4;
20,5
59,0
79,3
-13,0;
32,4
Sulfato de Queratano na urina
N¶
58 54 54 58 56 55
μg/mg %
alteração
% alteração
26,9 14,2
± 8,38
-45,1
± 19,89
25,7 24,3
± 13,45
-4,4
± 27,03
-40,7†
4
14,11
15,09
(CI95; -49,7; -
31,6)
-40,7‡
(CI95; -49,0; -
32,4)
(p<0,0001) ‡,§
Mediana 24,1 13,6 -50,8 26,7 25,5 -12,3
2,1;
0,7;
37,6
-79,4;
5,3
2,5;
52,8
2,2;
49,9
-50,0;
73,6
* Um paciente no grupo de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) desistiu após 1 infusão
† Média observada de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) - Placebo
‡ Média baseada no modelo de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) -Placebo, ajustado para o início do
§ Valor p baseado na diferença média com base no modelo
¶ Resultados não disponíveis de todos os pacientes inscritos
Figura 1: Alteração média nas medições ANCOVA repetidas no teste de caminhada de 6
minutos (população selecionada para tratamento)
As barras de erro representam o desvio padrão da alteração média dos mínimos quadrados desde
o início do estudo.
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Nos estudos de extensão, os pacientes que receberam VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) 2 mg/kg
semanalmente mostraram manutenção da melhoria inicial na resistência e permanência na
redução de SQ na urina até 156 semanas.
Mecanismo de ação: as mucopolissacaridoses abrangem um grupo de distúrbios de
armazenamento lisossômico causados pela deficiência de enzimas lisossômicas específicas
necessárias para o catabolismo de glicosaminoglicanos (GAG). A MPS IVA é caracterizada pela
falta ou pela redução acentuada na atividade da N-acetilgalactosamina-6-sulfatase. A deficiência
na atividade da sulfatase resulta no acúmulo de substratos de GAG, SQ e de sulfato de
condroitina-6 (SC6) no compartimento lisossômico das células em todo o corpo. O acúmulo leva
à disfunção generalizada de células, tecidos e órgãos. VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) destina-se a
fornecer a enzima exógena N-acetilgalactosamina-6-sulfatase que entrará nos lisossomos e irá
aumentar o catabolismo do SQ e SC6 (GAGs). A absorção da alfaelosulfase pelas células nos
lisossomos é provavelmente mediada pela ligação de cadeias de oligossacarídeos terminadas em
manose-6-fosfato da alfaelosulfase para receptores de manose-6-fosfato.
Na falta de um modelo animal da doença, a atividade farmacológica de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) foi confirmada usando condrócitos primários humanos de um paciente com MPS
IVA. O tratamento de condrócitos na MPS IVA com VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) induziu o
clearance de armazenamento lisossômico de SQ dos condrócitos e restaurou a expressão de
alguns genes condrogênicos. O SQ extracelular não foi afetado pelo tratamento com
VIMIZIMTM
(alfaelosulfase), demonstrando que a atividade de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) foi
restrita ao lisossomo.
Farmacodinâmica: o efeito farmacodinâmico de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) foi avaliado por
reduções nos níveis de SQ na urina. A relação de SQ na urina com outras medições de resposta
clínica não foi estabelecida. Nenhuma associação foi observada entre o desenvolvimento de
anticorpos e os níveis de SQ na urina.
Propriedades farmacocinéticas: os parâmetros farmacocinéticos de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) foram avaliados em 23 pacientes com MPS IVA que receberam infusões
intravenosas semanais de 2 mg/kg de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) por aproximadamente 4 horas
durante 22 semanas. Os parâmetros farmacocinéticos na Semana 0 e na Semana 22 são
apresentados na Tabela 2. A AUC0-t média e a Cmáx aumentaram de 181% para 192% na Semana
6
22 comparado à Semana 0. A meia-vida média (t1/2) aumentou de 7,52 min na Semana 0 para
35,9 min na Semana 22. Pacientes do sexo masculino e feminino tiveram clearance comparável
de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase), e o clearance não variou com idade ou peso na Semana 22. Foi
avaliado o impacto de anticorpos na farmacocinética de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase). Nenhuma
associação foi aparente entre a titulação total de anticorpos e o clearance de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase). Entretanto, os pacientes tratados com VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) 2 mg/kg
semanalmente, com respostas positivas de anticorpos neutralizadores, tiveram valores
diminuídos de clearance total (CL) e t1/2 prolongada. Apesar da alteração do perfil
farmacocinético, a presença de anticorpos neutralizadores não afetou a farmacodinâmica, a
eficácia e a segurança dos pacientes tratados com VIMIZIMTM
(alfaelosulfase). Nenhum
acúmulo de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) no plasma foi evidente após a dosagem semanal.
Tabela 2: Parâmetros de farmacocinética
Parâmetro
Farmacocinético
Semana 0
Média (DP)
Semana 22
AUC0-t, mín x
µg/mL*
238 (100) 577 (416)
Cmáx, μg/mL†
1,49 (0,534) 4,04 (3,24)
CL, mL/min/kg‡
10,0 (3,73) 7,08 (13,0)
Vdss, mL/kg§
396 (316) 650 (1842)
Vdz, mL/kg¶
124 (144) 300 (543)
t1/2, min#
7,52 (5,48) 35,9 (21,5)
Tmáx, minÞ
172 (75,3) 202 (90,8)
*AUC0-t, área sob a curva de concentração-tempo no plasma do tempo zero ao tempo da última
concentração mensurável;
†
Cmáx, concentração máxima observada no plasma;
‡
CL, clearance total do medicamento após administração intravenosa;
§
Vdss, volume aparente de distribuição em estado de equilíbrio;
¶
Vdz, volume aparente de distribuição com base na fase terminal;
#
t1/2 , meia-vida de eliminação;
Þ
Tmáx, tempo de zero à concentração máxima no plasma.
Toxicologia: dados pré-clínicos não revelaram nenhum risco especial a humanos com base nos
estudos convencionais de farmacologia de segurança que avaliaram os sistemas nervoso central,
respiratório e cardiovascular, toxicidade de dose única e repetida em ratos e macacos ou
fertilidade e desenvolvimento embriofetal em ratos ou coelhos. Um estudo de desenvolvimento
7
peri e pós-natal em ratos não mostrou nenhuma evidência de quaisquer efeitos no
desenvolvimento pré e pós-natal em doses de até 20 mg/kg.
Carcinogênese, mutagênese e comprometimento da fertilidade: estudos de longo prazo em
animais para avaliar o potencial carcinogênico ou estudos para avaliar o potencial mutagênico
não foram realizados com VIMIZIMTM
(alfaelosulfase). Estudos de reprodução foram realizados
em ratos em doses até 10 vezes a dose humana e não revelaram nenhuma evidência de
fertilidade ou performance reprodutiva deficientes.
HIPERSENSIBILIDADE GRAVE OU COM RISCO À VIDA AO PRINCÍPIO ATIVO
OU A QUALQUER EXCIPIENTE LISTADO NA COMPOSIÇÃO, SE A
HIPERSENSIBILIDADE NÃO FOR CONTROLÁVEL.
Avisos gerais
ANAFILAXIA E REAÇÕES ALÉRGICAS GRAVES: COMO OCORRE COM
QUALQUER PRODUTO PROTEICO INTRAVENOSO, REAÇÕES ALÉRGICAS
GRAVES DE HIPERSENSIBILIDADE SÃO POSSÍVEIS. SE OCORREREM ESSAS
REAÇÕES, INTERROMPA IMEDIATAMENTE A INFUSÃO E INICIE
TRATAMENTO MÉDICO ADEQUADO. PARA OS PACIENTES QUE TIVERAM
REAÇÕES ALÉRGICAS GRAVES DURANTE A INFUSÃO COM VIMIZIM™
(ALFAELOSULFASE), DEVE-SE TOMAR CUIDADO AO REINTRODUZIR O
MEDICAMENTO.
Reações à infusão: as reações à infusão (RIs) são definidas como reações que ocorrem desde o
início da infusão até o final do dia após a infusão. As RIs foram as reações adversas mais
comumente observadas em pacientes tratados com VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) em estudos
clínicos. AS RIs PODEM INCLUIR REAÇÕES ALÉRGICAS. RIs GRAVES FORAM
OBSERVADAS EM ESTUDOS CLÍNICOS, E INCLUEM ANAFILAXIA,
HIPERSENSIBILIDADE E VÔMITO. Os sintomas mais comuns de RIs (ocorrendo em
≥10% dos pacientes tratados com VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) e ≥5% mais quando comparado
ao placebo) foram cefaleia, náusea, vômito, pirexia, calafrios e dor abdominal. As RIs foram, em
geral, leves ou moderadas, e a frequência foi maior durante as 12 primeiras semanas de
tratamento e com tendência a ocorrerem menos frequentemente com o tempo. Nos pacientes que
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tiveram RIs, as infusões posteriores foram gerenciadas com taxa de infusão contínua mais lenta,
tratamento com anti-histamínicos profiláticos adicionais e, em caso de reação mais grave,
tratamento com corticosteroides profiláticos.
DEVIDO AO POTENCIAL PARA RIs COM VIMIZIMTM
(ALFAELOSULFASE), OS
PACIENTES DEVEM RECEBER ANTI-HISTAMÍNICOS COM OU SEM
ANTIPIRÉTICOS ANTES DA INFUSÃO. O CUIDADO DAS RIs DEVE SER BASEADO
NA GRAVIDADE DA REAÇÃO E INCLUIR DIMINUIÇÃO DA VELOCIDADE OU
MESMO INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA DA INFUSÃO E/OU ADMINISTRAÇÃO DE
ANTI-HISTAMÍNICOS, ANTIPIRÉTICOS E/OU CORTICOSTEROIDES
ADICIONAIS. CASO OCORRAM RIs GRAVES, INTERROMPER IMEDIATAMENTE
A INFUSÃO DE VIMIZIMTM
(ALFAELOSULFASE) E INICIAR O TRATAMENTO
ADEQUADO. DEVEM SER LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO OS RISCOS E
BENEFÍCIOS DA READMINISTRAÇÃO DE VIMIZIMTM
(ALFAELOSULFASE) APÓS
UMA REAÇÃO GRAVE.
Compressão da medula espinhal ou cervical: a compressão da medula espinhal ou cervical
(CMC) é uma complicação conhecida e grave da MPS IVA e pode ocorrer como parte da
história natural da doença. Em estudos clínicos, a CMC foi observada em pacientes que
receberam VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) e em pacientes que receberam placebo. Os pacientes
com MPS IVA devem ser monitorados quanto a sinais e sintomas de CMC (incluindo dor nas
costas, paralisia dos membros abaixo do nível da compressão, incontinência urinária e fecal) e
receber cuidados clínicos adequados.
Uso em populações específicas
Categoria B para gravidez: estudos de reprodução foram realizados em ratos e coelhos em
doses até 10 vezes a dose humana, e não revelaram nenhuma evidência de fertilidade deficiente
ou dano ao feto devido a VIMIZIMTM
(alfaelosulfase). Contudo, não existem estudos adequados
e bem controlados em mulheres grávidas. Como os estudos de reprodução animal nem sempre
preveem a resposta humana, este medicamento deve ser usado durante a gravidez somente se
claramente necessário. Esse medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem a
orientação de um médico ou cirurgião-dentista.
Lactantes: dados reprodutivos disponíveis em animais mostraram excreção de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) no leite. Não se sabe se VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) é excretado no leite
9
materno humano, por isso a decisão sobre continuar/descontinuar a amamentação ou
continuar/descontinuar a terapia com VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) deve ser tomada
considerando-se o benefício da amamentação para a criança e o benefício da terapia com
VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) para a mãe.
Uso pediátrico: como acontece em todos os distúrbios genéticos lisossômicos, é importante
iniciar o tratamento o mais cedo possível. Recomenda-se o tratamento de crianças com idade < 5
anos, embora essa população não tenha sido incluída no estudo pivotal. A maioria dos pacientes
tratados com VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) em estudos clínicos estava na faixa etária pediátrica
(5 a 17 anos). Um estudo aberto está sendo conduzido em 15 pacientes com menos de 5 anos de
idade (9 meses a <5 anos) tratados com 2 mg/kg de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) semanalmente.
Os resultados de segurança até agora de pacientes pediátricos com menos de 5 anos de idade são
consistentes com os resultados observados em pacientes com 5 a 57 anos.
Uso geriátrico: os estudos clínicos de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) não incluem nenhum
paciente com 65 anos ou mais. Não se sabe se respondem de modo diferente dos pacientes mais
Nenhum estudo de interação foi realizado.
Conserve VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) sob refrigeração de 2°C a 8°C. Não congele ou agite.
Proteja da luz.
Esse medicamento é válido por 36 meses, a partir da data de fabricação impressa no cartucho.
Número de lote, datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) é fornecido como solução concentrada para infusão (1 mg por mL)
exigindo diluição.
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Uma vez preparado, VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) diluído deve ser usado imediatamente.
Se o uso imediato não for possível, VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) diluído pode ser
armazenado por até 24 horas em temperatura de 2 °C a 8 °C seguido de 24 horas em
temperatura de 23 °C a 27 °C durante a administração.
(alfaelosulfase) é apresentado sob a forma de solução concentrada para infusão. O
concentrado transparente a levemente opalescente e incolor a amarelo-claro não deve conter
partículas visíveis. A solução deve ser diluída antes de poder ser utilizada para infusão.
Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance de crianças.
A prescrição de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) deverá ocorrer após a comprovação do diagnóstico
mediante dois resultados de exames laboratoriais, realizados em dias diferentes, comprovando a
deficiência da enzima N-acetilgalactosamina 6–sulfatase.
A dose recomendada de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) é de 2 mg por kg de peso corporal,
administrados uma vez por semana em infusão intravenosa durante aproximadamente 4 horas.
RECOMENDA-SE O PRÉ-TRATAMENTO COM ANTI-HISTAMÍNICOS COM OU
SEM ANTIPIRÉTICOS DE 30-60 MINUTOS ANTES DO INÍCIO DA INFUSÃO
(CONSULTAR “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Instruções de uso: VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) deve ser diluído com solução de cloreto de
sódio a 0,9%, USP, até volume final de 100 mL ou 250 mL baseado no peso do paciente, antes
da infusão (consultar “Diluição e Administração”) e administrado via infusão intravenosa.
Para pacientes com menos de 25 kg, VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) não deve ser preparado em
bolsas de solução salina maiores que 100 mL.
Quando diluído em 100 mL, a taxa de infusão inicial deve ser de 3 mL/h. A taxa de infusão pode
ser aumentada conforme tolerância, a cada 15 minutos como segue (Tabela 3): primeiro,
aumentar a taxa para 6 mL/h, depois, a cada 15 minutos, em incrementos de 6 mL/h até a taxa
máxima de 36 mL/h ser atingida.
11
Quando diluído em 250 mL, a taxa de infusão inicial deve ser de 6 mL/h. A taxa de infusão pode
ser aumentada conforme tolerância, a cada 15 minutos, como segue (Tabela 3): primeiro,
aumentar a taxa para 12 mL/h, depois, a cada 15 minutos, em incrementos de 12 mL/h até a taxa
máxima de 72 mL/h ser atingida.
Tabela 3: Volumes e taxas recomendados de infusão*
Peso
(kg)
Volume
total de
infusão
(mL)
Etapa 1
Taxa
inicial
de
0-15
minutos
(mL/h)
Etapa 2
15 – 30
Etapa 3
30 – 45
Etapa 4
45-60
Etapa 5
60-75
Etapa 6
75-90
Etapa 7
90+
<
25
100 3 6 12 18 24 30 36
≥ 25 250 6 12 24 36 48 60 72
* A taxa de infusão pode ser aumentada conforme tolerado pelo paciente
VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) deve ser preparado e administrado sob a supervisão de um
profissional da saúde capacitado para lidar com emergências médicas.
Diluição e administração: prepare e use VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) de acordo com as
seguintes etapas. Use técnicas assépticas. VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) deve ser diluído antes da
administração. A solução de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) diluído deve ser administrada nos
pacientes usando-se um equipo de infusão com filtro em linha de 0,2 µm.
1. Determine o número de frascos a ser diluído com base no peso do paciente e na dose
recomendada de 2 mg/kg usando o seguinte cálculo:
Peso do paciente (kg) multiplicado por 2 mg por kg = Dose do paciente (mg)
Dose do paciente (mg) dividida por (1 mg/mL de concentrado de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase)) = Número total de mL de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase)
12
Quantia total (mL) de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) dividida por 5 mL por frasco = Número
total de frascos
2. Arredonde para cima para obter o número inteiro de frascos. Retire do refrigerador o número
estimado de frascos. Não aqueça os frascos nem os coloque em micro-ondas.
3. Pegue uma bolsa de infusão contendo injeção de cloreto de sódio a 0,9%, USP, adequada para
administração intravenosa. O volume total da infusão é determinado pelo peso corporal do
paciente.
Os pacientes que pesam menos de 25 kg devem receber um volume total de 100 mL.
Os pacientes que pesam 25 kg ou mais devem receber um volume total de 250 mL.
4. Antes de retirar VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) do frasco, inspecione visualmente cada frasco
quanto a material particulado e alteração na coloração. Como esta é uma solução proteica, pode
ocorrer pequena floculação (fibras finas translúcidas). A solução de VIMIZIMTM
deve estar transparente a levemente opalescente, incolor a amarelo pálido. Não use se a solução
estiver com alteração na coloração ou se houver material particulado na solução.
5. Retire e descarte o volume de solução de cloreto de sódio a 0,9%, USP, da bolsa de infusão,
igual ao volume do concentrado de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) a ser adicionado.
6. Retire lentamente o volume calculado de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) do número apropriado
de frascos, com cuidado para evitar agitação excessiva.
7. Adicione lentamente VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) à bolsa de infusão com cuidado para evitar
agitação.
8. Com cuidado, gire a bolsa de infusão para garantir a distribuição adequada de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase). Não agite a solução.
9. Administre a solução diluída de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) aos pacientes usando um equipo
com filtro em linha de 0,2 µm.
13
(alfaelosulfase) não contém conservantes; por isso, o produto deve ser usado
imediatamente após a diluição. Se o uso imediato não for possível, o produto diluído pode ser
armazenado por até 24 horas em temperatura de 2 °C a 8 °C seguido de 24 horas em temperatura
de 23 °C a 27 °C. A administração de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) deve ser concluída dentro de
48 horas após a diluição. Os frascos são para uso único. Não congele nem agite. Proteja da luz.
Descarte qualquer produto não utilizado.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado
eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem
ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos
adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária, NOTIVISA, disponível em
http://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmCadastro.asp ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal, no site http://www.cvs.saude.sp.gov.br/eventos_adv.asp?x=todos
A avaliação das reações adversas baseia-se na exposição de 176 pacientes com MPS IVA, com
idades de 5 a 57 anos recebendo 2 mg/kg de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) semanalmente (n=58),
2 mg/kg de VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) a cada duas semanas (n=59), ou placebo (n=59) em um
estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo.
Reações adversas importantes incluem anafilaxia, reações alérgicas graves e RIs. As reações
adversas mais comumente relatadas foram RIs (consultar “Advertências e Precauções”).
As reações adversas mais comuns do estudo clínico de Fase 3 relatadas em ≥ 5% mais pacientes
tratados com VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) (2 mg/kg semanalmente) do que nos pacientes
tratados com placebo estão listadas na Tabela 4 por Classe de Sistemas de Órgãos.
As frequências são definidas como: muito comuns (≥ 1/10) e comuns (≥ 1/100 a < 1/10). As
reações incomuns têm frequência de ≥ 1/1000 a < 1/100. Dentro de cada grupo de frequência, as
reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade.
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Tabela 4: Reações adversas com incidência ≥ 5% maior nos pacientes tratados com
VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) semanalmente do que nos pacientes tratados com placebo
MedDRA
Classe de Sistemas de Órgãos
Termo preferido Frequência
Distúrbios do sistema nervoso Cefaleia Muito comum
Tontura Muito comum
Distúrbios respiratórios,
torácicos e mediastinais
Dispneia Muito comum
Distúrbios gastrointestinais Diarreia, vômito, dor
orofaríngea, dor
abdominal superior, dor
abdominal, náusea
Muito comum
Distúrbios musculoesqueléticos
e de tecido conjuntivo
Mialgia Comum
Calafrios Muito comum
Distúrbios gerais e condições
no local da administração
Pirexia Muito comum
Outras reações adversas nos estudos clínicos incluíram anafilaxia (incomum) e reações de
hipersensibilidade (comum).
A natureza e a gravidade das reações adversas observadas em outros estudos clínicos foram
semelhantes às reações adversas detalhadas acima. Um paciente descontinuou o estudo durante o
tratamento aberto com VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) devido a um evento adverso.
Imunogenicidade
Como ocorre com todas as proteínas terapêuticas, existe potencial para imunogenicidade. A
avaliação da incidência de formação de anticorpos é altamente dependente da sensibilidade e da
especificidade do ensaio. Além disso, a incidência observada de positividade de anticorpos
(incluindo anticorpos neutralizadores) em um ensaio pode ser influenciada por diversos fatores,
incluindo metodologia do ensaio, manuseio da amostra, momento da coleta de amostra,
medicamentos concomitantes e doença subjacente. Por essas razões, a comparação da incidência
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de anticorpos em VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) com a incidência de anticorpos em outros
produtos pode ser equivocada.
Todos os pacientes tratados com VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) desenvolveram anticorpos anti-
alfaelosulfase. Aproximadamente 80% dos pacientes desenvolveram anticorpos neutralizadores
capazes de evitar que o medicamento se ligasse ao receptor de manose-6-fosfato independente
de cátion. Ao longo do tempo, foram observadas a permanência das melhorias nas medidas de
eficácia e reduções no SQ na urina entre os estudos, apesar da presença de anticorpos anti-
alfaelosulfase. Não foi encontrada nenhuma correlação entre titulações mais altas de anticorpos
ou positividade de anticorpos neutralizadores, reduções nas medidas de eficácia ou ocorrência de
anafilaxia ou outras reações de hipersensibilidade. Anticorpos IgE contra VIMIZIMTM
(alfaelosulfase) foram detectados em ≤ 10% dos pacientes tratados e não foram consistentemente
relacionados à anafilaxia ou a outras reações de hipersensibilidade e/ou interrupção do
tratamento.
Não foi observado nenhum caso de superdose com VIMIZIMTM
(alfaelosulfase). No caso de
superdose, recomenda-se que os pacientes sejam monitorados quanto a sinais e sintomas de
reações adversas ou efeitos colaterais e que o tratamento sintomático apropriado seja
administrado imediatamente.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações