Bula do Visipaque produzido pelo laboratorio ge Healthcare do Brasil Comércio e Serviços para Equipamentos Medico-Hospitalares Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
VISIPAQUE®
GE Healthcare do Brasil Comércio e Serviços para Equipamentos Médico-
hospitalares LTDA.
Forma Farmacêutica: Solução Injetável
Concentrações:
VISIPAQUE 270 (550 mg/ml de iodixanol)
VISIPAQUE 320 (652 mg/ml de iodixanol)
MODELO DE BULA – INFORMAÇÕES AO PROFISSIONAL DA SAÚDE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
iodixanol
APRESENTAÇÕES
270 (550 mg/ml de iodixanol): solução injetável em frasco de vidro de 50 e
100mL e frasco plástico de 50, 100, 150 e 500mL.
320 (652 mg/ml de iodixanol): solução injetável em frasco de vidro ou
plástico de 50 e 100 mL
USO INTRAVENOSO, INTRA-ARTERIAL OU INTRATECAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
VISIPAQUE 270 (550 mg/ml de iodixanol): cada mL da solução contém 550 mg de
iodixanol.
VISIPAQUE 320 (652 mg/ml de iodixanol): cada mL da solução contém 652 mg de
Excipientes: trometamol, cloreto de sódio, cloreto de cálcio, edetato dissódico de cálcio e
água para injeção.
O pH é ajustado entre 6,8-7,6 com ácido clorídrico.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este produto medicinal se destina somente para uso diagnóstico.
Meio de contraste radiográfico para angiocardiografia, angiografia cerebral
(convencional), arteriografia periférica (convencional), angiografia abdominal
(angiografia digital por subtração - DSA), urografia, venografia, tomografia
computadorizada (TC) realçada por contraste. Mielografia lombar, torácica e cervical.
VISIPAQUE foi administrado em 1244 pacientes adultos. Os agentes comparadores
administrados em 861 pacientes adultos incluíram meios de contraste não iônicos de baixa
osmolaridade e iônicos de alta e baixa osmolaridade. Aproximadamente metade (590) dos
pacientes que receberam VISIPAQUE tinha idade igual ou acima de 60 anos e a idade
média era de 56 anos (variação de 18 a 90 anos). Dos 1244 pacientes, 806 (65%) eram
homens e 438 (35%) eram mulheres. A distribuição racial: 85% eram caucasianos, 12%
negros, <1% oriental e 3% outra raça ou desconhecida. A informação demográfica para o
conjunto de pacientes que recebeu um agente de contraste comparador foi semelhante.
A eficácia foi avaliada em 1235 pacientes que receberam VISIPAQUE e 855 que
receberam outros meios de contraste, com base na qualidade da visualização do
diagnóstico radiográfico (isto é, excelente, bom, ruim ou nenhuma) e na capacidade de
fazer um diagnóstico (isto é, confirmou um diagnóstico anterior, considerado normal ou
diagnosticou novos achados). Os resultados foram comparados aos dos controles ativos
[ioxagalato, ioexol, iopromida e diatrizoato de meglumina sódica] em concentrações que
eram similares às de VISIPAQUE.
Administração intra-arterial
USO ADULTO
Angiocardiografia, arteriografia cerebral, arteriografia periférica e arteriografia visceral
foram avaliadas com uma ou ambas as concentrações de VISIPAQUE (270 mg I/mL ou 320
mg I/mL). Nestes estudos intra-arteriais, a classificação da visualização diagnóstica foi
boa ou excelente em 100% do s pacientes e um diagnóstico radiológico foi realizado em
todos (100%) os pacientes que receberam VISIPAQUE. Em estudos intra -arteriais
adicionais, a qualidade geral da visualização diagnóstica foi classificada como ótima na
maioria dos pacientes e um diagnóstico radiológico foi feito em todos (100%) os pacientes
aos quais VISIPAQUE foi administrado. Os resultados foram comparados aos dos
controles ativos [ioxaglato, ioexol, diatrizoato de meglumina sódica]. O número de
pacientes avaliados em cada indicação é informado abaixo.
A angiocardiografia foi avaliada em dois estudos clínicos duplo -cegos, randomizados, em
101 pacientes adultos que receberam VISIPAQUE 320 mg I/mL e em 97 que receberam
ioexol 350 mg I/mL1
. Sete estudos adicionais de angiocardiografia foram realizados em
217 pacientes adultos que receberam VISIPAQUE 320 mg I/mL, em 37 que receberam
ioexol 350 mg I/mL, em 40 que receberam diatrizoato de meglumina sódica 370 mg I/mL e
em 96 que receberam ioxaglato 320 mg I/mL 2 , 3
. A classificação da visualização foi boa ou
excelente em 100% dos pacientes que receberam VISIPAQUE; um diagnóstico radiológico
foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram semelhantes aos dos controles
ativos. Não foi obtida a confirmação dos achados radiológicos por ou tros métodos
diagnósticos.
A aplicação em arteriografia cerebral foi avaliada em dois estudos clínicos, duplo -cegos,
randomizados, em 51 pacientes adultos que receberam VISIPAQUE 320 mg I/mL e em 48
que receberam ioexol 300 mg I/mL4 , 5
. Dois estudos adicionais em arteriografia cerebral
foram realizados: um estudo cruzado envolvendo VISIPAQUE 270 mg I/mL e 320 mg I/mL
(15 pacientes adultos), e outro estudo envolvendo VISIPAQUE 320 mg I/mL (40
pacientes) e ioxaglato 320 mg I/mL (40 pacientes) 6
. A classificação da visualização foi
boa ou excelente em 100% dos pacientes que receberam VISIPAQUE e um diagnóstico
radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram semelhantes aos dos
controles ativos. Não foi obtida a confirmação dos achados radioló gicos por outros
métodos diagnósticos.
A arteriografia periférica foi avaliada em dois estudos clínicos duplo -cegos,
randomizados, em pacientes adultos que receberam VISIPAQUE 320 mg I/mL (49
pacientes), ioexol 350 mg I/mL (25 pacientes) e o ioxaglato 320 mg I/mL (25 pacientes)7
.
Quatro estudos adicionais em arteriografia periférica foram realizados com VISIPAQUE
270 mg I/mL (50 pacientes adultos), VISIPAQUE 320 mg I/mL ( 76 pacientes), ioexol 300
mg I/mL (37 pacientes) e iopromida 300 mg I/mL (47 pacientes ). A classificação da
visualização foi boa ou excelente em 100% dos pacientes que receberam VISIPAQUE; um
diagnóstico radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram
semelhantes aos dos controles ativos. Não foi obtida a confirmação dos achados
radiológicos por outros métodos diagnósticos. 8, 9 , 10
A arteriografia visceral foi avaliada em dois estudos duplo -cegos, randomizados, em
pacientes adultos que receberam VISIPAQUE 320 mg I/mL (55 pacientes adultos), ioexol
350 mg I/mL (27 pacientes) e ioxaglato 320 mg I/mL (25 pacientes) 11, 12
. A classificação
da visualização foi boa ou excelente em 100% dos pacientes que receberam VISIPAQUE;
um diagnóstico radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram
semelhantes aos do ioexol. Não foi obtida a confirmação dos achados radiológicos por
outros métodos. O risco adicional para a arteriografia renal com a administração de
VISIPAQUE não pode ser analisado.
Estudos similares com angiografia digital por subtração (DSA) foram concluídos com
achados comparáveis observados na arteriografia cerebral, arteriografia periférica e
arteriografia visceral. Não foram conduzidos estudos para determinar a menor
concentração efetiva.
USO PEDIÁTRICO
Dois estudos multicêntricos com dois grupos de paci entes (iodixanol 320 mg I/mL e ioexol
350 mg I/mL) em cada estudo foram conduzidos. Um total de 195 pacientes abaixo de 14
anos de idade foi incluído. Trinta e seis pacientes tinham menos de um mês; entre estas
crianças três tinham menos que 24 horas de vi da. Setenta e sete pacientes tinham entre um
mês e dois anos de idade.
A eficácia foi avaliada por dois radiologistas independentes usando uma escala de quatro
pontos para classificar a qualidade da visualização fornecida pelo meio de contraste
(excelente, boa, ruim, inadequada).
Os investigadores consideraram que, para todos os pacientes, o exame forneceu a
informação necessária para realizar um diagnóstico radiográfico. A qualidade geral da
visualização foi excelente para 86% dos pacientes no grupo iodi xanol. Para um paciente
no grupo ioexol a qualidade foi ruim devido a dificuldades técnicas.
O exame forneceu informação diagnóstica complementar para uma porcentagem
semelhante de pacientes nos dois grupos de agentes de contraste. Em 41 de 92 pacientes
(45%) no grupo iodixanol e em 40 de 76 pacientes (53%) no grupo ioexol, o contraste
forneceu informação anatômica adicional. Os dois estudos em cardioangiografia mostraram
que o iodixanol foi eficiente. Nenhuma diferença significante foi detectada entre os
grupos iodixanol e ioexol.
Administração intravenosa
Urografia excretora, tomografia computadorizada realçada com contraste (TCRC) da
cabeça, TCRC do corpo e venografia periférica foram estudadas com uma ou ambas
concentrações de VISIPAQUE (270 mg I/mL ou 320 mg I/mL). Nestes estudos
intravenosos, a classificação da visualização diagnóstica foi boa ou excelente em 96 -100%
dos pacientes e um diagnóstico radiológico foi feito em todos (100%) os pacientes que
receberam VISIPAQUE. Os resultados foram comparados aos do controle ativo. O número
de pacientes avaliados em cada indicação é fornecido abaixo.
A urografia excretora foi avaliada em um estudo clínico não controlado, aberto, em 40
pacientes onde 20 receberam VISIPAQUE 270 mg I/mL e 20 receb eram VISIPAQUE 320
I/mL1 3
, e em dois estudos clínicos randomizados, duplo -cegos, nos quais foram
administrados VISIPAQUE 270 mg/mL (50 pacientes adultos), VISIPAQUE 320 mg I/mL
(50 pacientes) e ioexol 300 mg I/mL (50 pacientes) 1 2
boa ou excelente em 100% dos pacientes que receberam VISIPAQUE; um diagnóstico
radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram semelhantes aos do
controle ativo. Não foi obtida a confirmação dos achados radiológicos por outro s métodos
A TCRC de cabeça foi avaliada em dois estudos clínicos duplo -cegos, randomizados, com
administração de VISIPAQUE 270 mg I/mL (49 pacientes adultos), VISIPAQUE 320 mg
I/mL (50 pacientes) e ioexol 300 mgI/mL (49 pacientes) 1 4
. A TCRC de corpo foi avaliada
em três estudos clínicos randomizados, duplo -cegos, com a administração de VISIPAQUE
270 mg I/mL (104 pacientes adultos), VISIPAQUE 320 mg I/mL (109 pacientes) e ioexol
300 mg I/mL (101 pacientes)1 5
. Tanto na TCRC de cabeça como de corpo, a classificação
radiológicos por outros métodos diagnósticos.
A venografia periférica foi avaliada em dois estudos clínicos duplo -cegos, randomizados,
em 46 pacientes adultos que receberam VISIPAQUE 270 mg I/mL e em 50 pacientes que
receberam ioexol 300 mg I/mL1 6
. A classificação da visualização foi boa ou excelente em
100% dos pacientes que receberam VISIPAQUE; um diagnóstico radiológico foi feito na
maioria dos pacientes. Os resultados foram semelhantes aos do controle ativo. Não foi
obtida a confirmação dos achados radiológicos por outros métodos diagnósticos.
Urografia
Dos dois estudos executados, um era um estudo de centro único e o outro era
multicêntrico1 7
. Três grupos separados de pacientes foram avaliados em cada estudo, e 147
pacientes com idades entre 30 dias e 15 anos foram incluídos. Dentre estes pacientes, 47
receberam iodixanol 270 mg I/mL, 50 receberam iodixanol 320 mg |I/mL, enquanto 50
receberam ioexol 300 mg I/mL. Cinqüenta e cinco deles tinham menos de dois anos de
idade. As doses de iodo injetadas variaram entre 0,23 e 1,07 g I kg/peso corpóreo (a média
variou entre 0,49 e 0,58 g I kg/peso corpóreo). Um dos pacientes foi sedado.
A eficácia foi avaliada por dois radiologistas usando uma escala de quatro pontos para
classificar a qualidade do realce fornecido pelo meio de contraste (excelente, boa, ruim,
inadequada).
Os rins direito e esquerdo foram avaliados separadamente A informação geral da
informação diagnóstica foi excelente ou boa para a maioria dos pacientes nos três grupos.
A menor proporção de informação diagnóstica excelente foi encontrada no grupo do ioexol
300 mg I/mL, tanto para o rim direito como para o rim esquerdo. No grupo do iodixanol
270 mg I/mL as imagens de 3 pacientes (2 do rim direito e 1 do rim esquer do) foram
classificadas como ruim. Para 2 pacientes, as classificações foram inadequadas devido a
falta de funcionamento do rim esquerdo. No grupo do iodixanol 320 mg I/mL, a
informação diagnóstica geral foi classificada como ruim em 5 pacientes(2 rins dir eitos e 3
rins esquerdos). Para um paciente a imagem foi considerada inadequada devido a falta de
secreção do rim direito. No grupo do ioexol 300 mg I/mL, as imagens de 5 pacientes (4
rins direitos e 1 rim esquerdo) foram consideradas ruins. As imagens de dois pacientes
foram classificadas como inadequadas: uma devido a um rim esquerdo displásico
policístico e uma devido a um rim policístico.
Com relação à utilidade do realce do contraste, para a grande maioria dos pacientes o
diagnóstico de referência foi confirmado ou pareceu consistente com os sintomas depois
do exame com o contraste. Além disso, novos diagnósticos foram confirmados para 6
pacientes: 3 com iodixanol 270 mg I/mL, 1 com iodixanol 320 mg I/mL e 2 com ioexol.
Em relação à qualidade radiográfica, houve uma tendência dirigida à maior pontuação
(qualidade diagnóstica geral excelente/boa) com iodixanol, especialmente com iodixanol
320 mg I/mL. Isto pode ser devido à maior concentração de iodo que, combinada com a
isotonicidade do meio de contraste, pode causar menor efeito diurético; uma densidade um
pouco mais alta do contraste no sistema coletor pode ser esperada. É, todavia, impossível
interpretar tais diferenças sem relacioná -las à função renal. Os resultados não indicaram
quaisquer diferenças entre os três grupos com relação à opacificação do parênquima renal.
Tomografia computadorizada (cabeça e corpo)
Quatro estudos foram executados, duas TC da cabeça e duas TC do corpo, e entre estes
havia dois estudos multicêntricos. Três grupos de pac ientes em cada estudo foram
avaliados; iodixanol 270, iodixanol 320 e ioexol 300, respectivamente. No total 296
pacientes com idades entre quatro dias e 17 anos foram incluídos, 57 com menos de dois
anos de idade.
A maioria dos pacientes nos grupos de TC do corpo foi examinada devido a tumores ou
doenças infecciosas. Noventa e seis pacientes receberam iodixanol 270 mg I/mL, 100
receberam iodixanol 320 mg I/mL, e 100 pacientes receberam ioexol 300 mg I/mL. As
doses de iodo administradas variaram entre 0,24 e 1,87 g I kg/peso corpóreo (média
variando entre 0,55 e 0,67 g I kg/peso corpóreo). Cento e sete pacientes foram sedados.
classificar a qualidade do realce fornecido pelo meio de contraste, assim como de cada
área do corpo examinada (excelente, boa, ruim, inadequada).
A informação diagnóstica geral foi excelente ou boa para todos os pacientes no grupo
iodixanol 270 mg I/mL, para 96% dos pacientes no grupo iodixanol 3 20 mg I/mL e para
97% dos pacientes no grupo ioexol 300 mg I/mL. As imagens de 3 pacientes no grupo
iodixanol 320 mg I/mL foram classificadas como inadequadas. Para um paciente, o
investigador considerou que não foi observao realce por provável infiltração do contraste
durante a injeção; para os outros dois a razão foi a velocidade baixa de administração e
artefatos, respectivamente. Devido a problema técnico, um paciente no grupo ioexol 300
mg I/mL também foi classificado como inadequado.
Com relação à consistência com o diagnóstico de referência, para metade dos pacientes
nos grupos iodixanol a TC com realce de contraste excluiu o diagnóstico de referência ou
pareceu inconsistente com os sintomas atuais, enquanto que para o ioexol isto ocorreu em
42% dos pacientes. Para um paciente no grupo iodixanol 320 mg I/mL a CT com realce de
contraste não permitiu comparações com o diagnóstico de referência ou com os sintomas
atuais, para outro paciente neste grupo nenhuma resposta foi registrada pelo investigador
devido a provável infiltração do contraste. No grupo ioexol 300 mg I/mL, os resultados
radiográficos não permitiram comparações com o diagnóstico de referência ou com os
sintomas atuais em 3 pacientes.
Com relação à contribuição do agente de contraste para o diagnóstico radiográfico, os
investigadores relataram que a confiança no diagnóstico aumentou em 82 -83% dos
pacientes entre os três grupos.
Informação geral diagnóstica excelente foi obtida com todos os meios de contraste. Não
houve diferenças significativas entre os dois grupos iodixanol e o grupo ioexol nas
avaliações de eficácia.
Administração intratecal
A eficácia de VISIPAQUE 270 mg I/mL e 300 mg I/mL administrado por via intratecal
para mielografia foi documentada em um programa clí nico de fase III. Este programa
compreendeu dois estudos independentes (estudos 1 e 2) 1 8, 19
, ambos desenhados como
estudos fase III, multicêntricos, randomizados, de grupos paralelos, duplo -cegos, com 3
grupos de tratamento. Setecentos e dez pacientes fora m avaliados (398 no estudo 1 e 312
no estudo 2). Os estudos foram realizados em oito centros em seis países.
Em ambos os estudos o objetivo principal era comparar as eficácias radiográficas de
VISIPAQUE 270 mg I/mL e 300 mg I/mL com Omnipaque 300 mg I/mL (estudo 1) e
iotrolan 300 mg I/mL (estudo 2), respectivamente, administrados por via intratecal. Para
ambos os estudos, o principal parâmetro foi a qualidade geral da informação diagnóstica
obtida pelos diferentes contrastes em cada região particular da c oluna (lombar, torácica
e/ou cervical).
Em todos os grupos de meio de contraste, quase todas as imagens foram de qualidade boa
ou excelente e de valor diagnóstico. Não houve diferença estatisticamente significante
com relação à visualização adequada entre os três meios de contraste em ambos os
estudos.
No estudo 1, 121 pacientes foram submetidos ao exame cervical, 62 com punção cervical e
59 com punção lombar. Quando se compara a proporção de pacientes com filmes
excelentes versus a proporção de filmes não excelentes obtidos no grupo VISIPAQUE 320
com a proporção obtida no grupo Omnipaque 300, encontra -se uma diferença
estatisticamente significante a favor de VISIPAQUE para a área cervical com punção
cervical (p=0,009). Não houve diferença para VISIPAQUE 270 versus Omnipaque 300 para
a injeção lombar (p=0,53) ou para a injeção cervical (p=0,52). Em geral, VISIPAQUE 320
forneceu maior número de filmes excelentes que VISIPAQUE 270 e Omnipaque 300 na
área cervical.
No estudo 2, cinqüenta e quatro pacientes fo ram submetidos ao exame cervical, 12 com
punção cervical e 42 com punção lombar. Não foi observada tendências clara com relação
à qualidade da visualização radiográfica entre os grupos de meio de contaste devido ao
número pequeno de pacientes.
No estudo 1, para a área lombar, uma proporção estatisticamente significante maior de
filmes foi classificada como excelente com VISIPAQUE 320 em comparação com
Omnipaque 300 (p=0,006). Não houve diferença entre VISIPAQUE 270 e Omnipaque 300
(p=0,43).
No estudo 2 não foi observada nenhuma diferença estatisticamente significante entre
VISIPAQUE 320 e VISIPAQUE 270 versus iotrolan 300 (p=0,24 e p=0,58,
respectivamente).
Teoricamente, a maior viscosidade de um meio de contraste dimérico pode influenciar a
qualidade de visualização de estruturas anatômicas e isto pode ter se refletido em maior
classificação de filmes excelentes com VISIPAQUE 320 mg I/mL. Embora apenas uma
diferença mínima na qualidade radiográfica a favor do iodixanol 320 tenha sido
encontrada, este achado poder ser de maior importância em hospitais gerais com
radiologistas menos experientes e equipamento de raios -X menos adequado. Portanto, a
extensão das indicações para uso do iodixanol em exames mielográficos é considerada
bastante apropriada.
Não indicado. O uso por via intratecal aplica-se apenas para adultos.
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O iodixanol é um meio de contraste radiológico não -iônico, isosmolar, dimérico,
hexaiodinatado e solúvel em água. Soluções aquosas puras de iodi xanol em todas as
concentrações clínicas relevantes apresentam uma osmolalidade inferior em relação àquela
do sangue total e àquelas das potências correspondentes dos meios de contraste
monoméricos não-iônicos. VISIPAQUE torna-se isotônico em contato com o s fluidos
corporais normais através da adição de eletrólitos. Os valores de osmolalidade e de
viscosidade de VISIPAQUE são os seguintes:
Concentração
Osmolalidade*
mOsm/kg H2 O
Viscosidade
(mPa.s)
37ºC a 20ºC a 37ºC
270 mg I/mL 290 11,3 5,8
320 mg I/mL 290 25,4 11,4
*Método: Osmometria de vapor -pressão.
Propriedades farmacodinâmicas
O iodo organicamente ligado absorve radiação nos vasos sangüíneos/tecidos quando é
injetado. Para a maioria dos parâmetros hemodinâmicos, clínico -químicos e da coagulação
avaliados após a injeção intravenosa de iodixanol em voluntários sadios, não se detectou
qualquer desvio significativo com relação aos valores prévios à injeção. As poucas
alterações observadas nos parâmetros laboratoriais foram leves e consideradas não
apresentar importância clínica.
VISIPAQUE induz somente efeitos leves sobre a função renal nos pacientes. Em 64
pacientes diabéticos com níveis de creatinina sérica de 115 a 308 µmol/L, a utilização de
VISIPAQUE resultou em 3% dos pacientes apresentando uma elevação na creatinina de >
44.2 µmol/L e 0% dos pacientes com uma elevação de > 88.4 µmol/L. A liberação de
enzimas (fosfatase alcalina e N-acetil-β-glicosaminidase) a partir das células tubulares
proximais é menor que após injeções de meios de contraste monoméricos não -iônicos e a
mesma tendência é observada em comparação a meios d e contraste iônicos diméricos.
VISIPAQUE é também bem tolerado pelos rins.
Os parâmetros cardiovasculares, como a pressão diastólica final e a pressão sistólica do
ventrículo esquerdo, a freqüência cardíaca e o intervalo QT, bem como o fluxo sangüíneo
femoral, foram menos influenciados após a administração de VISIPAQUE quando
comparado a outros meios de contraste, sempre que foram medidos.
Propriedades farmacocinéticas
O iodixanol se distribui rapidamente no organismo, com uma meia -vida média de
distribuição de cerca de 21 minutos. O volume de distribuição aparente é da mesma
magnitude que o do líquido extracelular (0,26 l/kg de peso corpóreo), indicando que o
iodixanol é distribuído apenas no volume extracelular.
Nenhum metabólito foi detectado. A ligaç ão à proteínas é inferior a 2%.
A meia-vida média de eliminação é de aproximadamente 2 horas em adultos normais. Em
crianças, a eliminação do iodixanol é prolongada (t 1 /2 de aproximadamente 4 horas em
recém nascidos). O iodixanol é excretado principalment e através dos rins por filtração
glomerular. Cerca de 80% da dose administrada é recuperada não metabolizada na urina
dentro de 4 horas e 97% dentro de 24 horas após a injeção intravenosa em voluntários
sadios. Apenas cerca de 1,2% da dose injetada é excre tada nas fezes dentro de 72 horas. A
concentração urinária máxima surge cerca de 1 hora após a injeção. Na faixa de dose
recomendada, não se observou uma cinética dependente da dose.
Após a administração intratecal, a meia -vida do iodixanol é prolongada, refletindo a taxa
de eliminação do compartimento do sistema nervoso central para a circulação sistêmica. A
aparente meia-vida de eliminação varia, mas com um valor médio em torno de 12 horas.
Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula. Tireotoxicose franca. Histórico de
reação de hipersensibilidade grave ao VISIPAQUE .
Precauções especiais para o uso de meios de contraste não -iônicos em geral
Uma história positiva de alergia, asma ou reações indesejáveis aos meios de contraste
iodados indica a necessidade de serem adotadas precauções especiais. Nestes casos, pode -
se considerar a pré-medicação com corticosteróides ou antagonistas H 1 e H2 da histamina.
O risco de reações sérias relacionadas ao uso de VISIPAQUE é considerado como remoto.
Não obstante, os meios de contraste iodados podem causar reações anafilactóides ou
outras manifestações de hipersensibilidade. Por conseguinte, deve -se planejar
antecipadamente uma conduta terapêutica com as medi cações e os equipamentos
necessários disponíveis para o tratamento imediato, para o caso de ocorrer uma reação
séria. É aconselhável usar sempre uma cânula ou cateter permanente para acesso
intravenoso rápido durante todo o procedimento radiográfico.
Os meios de contraste não-iônicos exercem menos efeitos sobre o sistema de coagulação in
vitro, em comparação com os meios de contraste iônicos. Ao realizar procedimentos de
cateterização vascular, deve-se ter atenção meticulosa com a técnica angiográfica e la var o
cateter com freqüência (por exemplo, com solução salina heparinizada) a fim de reduzir ao
mínimo o risco de trombose e embolia relacionado ao procedimento.
Deve-se garantir uma hidratação adequada antes da administração do meio de contraste e
depois dela. Isto se aplica, em especial, aos pacientes com mieloma múltiplo, diabetes
mellitus, disfunção renal, bem como a lactentes, crianças pequenas e idosos. Os lactentes
pequenos (< 1 ano de idade) e especialmente os recém -nascidos são susceptíveis a
desequilíbrios eletrolíticos e alterações hemodinâmicas.
Deve-se também ter uma cautela especial com os pacientes com cardiopatias graves e
hipertensão pulmonar uma vez que eles podem apresentar alterações hemodinâmicas ou
arritmias.
Os pacientes com patologia cerebral aguda, tumores ou história de epilepsia estão
predispostos a convulsões e merecem cuidados especiais. Além disso, os alcoólatras e os
viciados em drogas apresentam um risco elevado para convulsões e reações neurológicas.
Para prevenir a insuficiência renal aguda depois da administração de meios de contraste,
deve-se ter uma cautela especial com os pacientes apresentando disfunção renal pré -
existente e diabetes mellitus, uma vez que são pacientes de risco. Os pacientes com
paraproteinemias (mielomatose e macroglobulinemia de Waldenström) também estão sob
risco.
As medidas preventivas incluem:
- Identificação dos pacientes de alto risco;
- Assegurar uma hidratação adequada. Se for necessário, através da manutenção de uma
infusão IV desde antes do procedimento até que o meio de contraste tenha sido
eliminado pelos rins;
- Evitar uma carga adicional sobre os rins sob a forma de medicamentos nefrotóxicos,
agentes orais para colecistografia, pinçamento arterial, angioplastia arterial renal ou
cirurgia de grande porte, até que o meio de contraste tenha sido eliminado;
- Adiar a repetição do exame com meio de contraste até que a função renal retorne aos
níveis prévios ao exame.
Pacientes diabéticos recebendo metformina
Existe um risco de desenvolvimento de acidose lática quando meios de contrate iodados
são administrados a pacientes diabéticos tratados com metformina, particularmente
naqueles com disfunção renal. Para reduzir o risco de acidose lática, o nível de creatinina
sérica deve ser medido em pacientes diabéticos tratados com metformina antes da
administração intravascular de meios de contraste iodados e as seguintes precauções
devem ser tomadas nas circunstâncias a seguir.
Creatinina sérica normal (<130μmol/L)/função renal normal : A administração de
metformina deve ser interrompida no momento da administração do meio de contraste e
não deve ser retomada antes de 48 horas, a menos que a função renal/creatinina sérica
permaneça dentro da faixa de normalidade.
Creatinina sérica anormal (>130μmol/L)/função renal comprometida : A metformina deve
ser interrompida e o exame com uso de meio de contraste deve ser adiado por 48 horas. A
metformina deve somente ser reiniciada se a função re nal não for diminuída (se a
creatinina sérica não aumenta) em relação aos resultados antes da administração do
contraste.
Casos de emergência: Nos casos de emergência onde a função renal está comprometida ou
é desconhecida, o médico deve avaliar o risco /benefício do exame com uso de meio de
contraste e as seguintes precauções devem ser instituídas: a metformina deve ser
interrompida; O paciente deve ser completamente hidratado antes da administração do
contraste e por 24 horas depois; A função renal (ex. creatinina sérica), o ácido láctico
sérico e o pH sanguíneo devem ser monitorados. Um pH menor que 7,25 ou um nível de
ácido láctico maior que 5 mmol/L são indicativos de acidose lática. O paciente deve ser
observado para verificar se existem sintomas de acidose lática, os quais incluem vômito,
sonolência, náusea, dor epigástrica, anorexia, hiperpneia, letargia, diarréia e sede.
O maior fator de risco para a nefropatia induzida por meio de contraste é a disfunção
renal subjacente. Diabetes e o volume de meio de contraste iodado administrado são
fatores contribuidores, na presença de disfunção renal. Preocupações adicionais são a
desidratação, a perfusão renal comprometida e a presença de outros fatores que podem ser
nefrotóxicos, como certas medicações ou cirurgia de grande porte.
Deve-se ter uma cautela especial com os pacientes apresentando alterações graves da
função renal e hepática, porque a eliminação do meio de contraste pode estar
significativamente retardada. Os pacientes sob hemodiálise podem r eceber meios de
contraste para procedimentos radiológicos, não sendo necessária a correlação do momento
da administração do meio de contraste com a sessão de hemodiálise.
A administração de meios de contraste iodados pode agravar os sintomas da miastenia
gravis. Aos pacientes com feocromocitoma submetidos a procedimentos invasivos, deve -se
administrar alfa-bloqueadores como profilaxia para crises hipertensivas. Deve -se ter
cuidado especial com os pacientes com hipertireoidismo. Aqueles com bócio multinodul ar
podem estar sob risco de hipertireoidismo após a administração de meios de contraste
iodados. Também deve-se ter em mente a possibilidade de indução de hipotireoidismo
transitório em lactentes prematuros que recebem meios de contraste.
Não foram relatados casos de extravasamentos de VISIPAQUE, mas é provável que,
devido à sua isotonicidade, o VISIPAQUE cause menos dor local e edema extravascular do
que os meios de contraste hiperosmolares. Nos casos de extravasamento, recomendam -se a
elevação e o resfriamento do local afetado como medidas de rotina. A descompressão
cirúrgica pode ser essencial nos casos de síndrome de compartimento.
Tempo de observação
O paciente deve permanecer sob observação estreita durante 15 minutos após a última
injeção, uma vez que a maioria das reações sérias ocorre neste período. O paciente deve
permanecer no ambiente hospitalar, mas não necessariamente no setor de radiologia, por 1
hora após a última injeção e deve retornar ao setor de radiologia se apresentar qualquer
sintoma.
Uso intratecal
Após uma mielografia, o paciente deve permanecer em repouso com a cabeça e o tórax
elevados cerca de 20º durante uma hora. Em seguida, ele pode deambular com cuidado,
mas devendo evitar inclinar-se e abaixar-se. A cabeça e o tórax devem ser mantidos
elevados durante as primeiras 6 horas, se o paciente permanecer no leito. Os pacientes
suspeitos de terem um baixo limiar para convulsões devem ser observados durante este
período. Os pacientes ambulatoriais não devem ser deixados totalmente a sós nas
primeiras 24 horas.
Não é recomendável dirigir veículos ou operar máquinas durante as primeiras 24 horas
seguintes a um exame intratecal.
Gravidez e Lactação
Não se estabeleceu a segurança do VISIPAQUE para uso durante a gestação humana. Uma
avaliação dos estudos com animais de laboratório não indicou efeitos nocivos diretos ou
indiretos no que diz respeito à reprodução, desenvolvimento do embrião ou do feto,
evolução da gestação e evolução peri - ou pós-natal. Estudos de reprodução em ratas e
coelhas não revelaram quaisquer evidências de redução da fertilidade ou de
teratogenicidade devidas ao iodixanol.
Como a exposição à radiação deve, sempre que possível, ser evitada durante a gravidez, os
benefícios de qualquer exame radiográfico, com ou sem meios de contraste, devem ser
cuidadosamente ponderados contra um possível risco. O produto não deve ser usado na
gravidez, a menos que o beneficio sobrepuje o risco e o exame seja considerado essencial
pelo médico.
O grau de excreção no leite humano é de sconhecido, porém supõe-se que seja baixo. O
aleitamento materno deve ser suspenso antes da administração de VISIPAOUE e não deve
ser reiniciado até, no mínimo, 24 horas depois.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
O uso de meios de contraste iodados pode resultar em um comprometimento transitório da
função renal e isto pode precipitar uma acidose láctica em pacientes diabéticos que
estejam recebendo metformina. Para as medidas de precaução, consulte a seção
Advertências e Precauções.
Em pacientes tratados com interleucina -2 menos de duas semanas antes da injeção de um
meio de contraste iodado, detectou-se um risco mais elevado de reações tardias ( sintomas
gripais ou reações cutâneas).
Interações Medicamento-Exame laboratorial
Todos os meios de contraste iodados podem interferir nas provas de função tireoidiana,
pois a capacidade de ligação da tireóide ao iodo pode ser reduzida durante várias sema nas.
Altas Concentrações de meio de contraste no soro e na urina podem interferir com exames
de laboratório para bilirrubina, proteínas ou substâncias inorgânicas (por exemplo, ferro,
cobre, cálcio e fosfato). Estas substâncias, portanto, não devem ser an alisadas no dia do
exame.
Uma elevação transitória e leve da creatinina sérica é comum depois da administração de
meios de contraste iodados, mas não costuma ter importância clínica.
VISIPAQUE deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC), protegido
da luz e não deve ser congelado. Manter o produto em sua embalagem original. O produto
pode ser armazenado por até 1 mês a 37ºC e protegido da luz, antes de seu uso.
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses a partir da data de sua fabricação
nas apresentações em frascos de vidro e de 36 meses nas apresentações em frascos de
plástico.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
VISIPAQUE é uma solução aquosa estéril, límpida, incolor a amarelo pálido pronta para
uso.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crian ças.
Cuidados de administração
Como todos os produtos parenterais, VISIPAQUE deve ser inspecionado visualmente para
detectar a presença de partículas, alteração da coloração e da integridade do recipiente,
antes do seu uso.
O produto deve ser coletado dentro de uma seringa imediatamente antes do uso. Os frascos
destinam-se a ser usados uma única vez; assim qualquer quantidade não usada deve ser
descartada.
VISIPAQUE deve ser aquecido à temperatura corporal (37ºC) antes de sua administração.
Não se observaram incompatibilidades com outros produtos. Contudo, o VISIPAOUE não
deve ser misturado diretamente com outras medicações. Deve -se usar uma seringa
separada.
Instruções adicionais para bombas infusoras
Os frascos de 500 mL de meio de contraste devem ser usados exclusivamente com bombas
infusoras automáticas, aprovadas para este volume. Deve -se usar um único procedimento
de perfuração.
O equipo que segue para o paciente, a partir da bomba injetora automática, deve ser
trocado após cada paciente. A apresentação de 500 mL é para múltiplas doses. Usar
somente por um período de um dia (24 horas). Qualquer quantidade não usada do meio de
contraste que permanecer no frasco e todos os equipos devem ser descartados ao fim do
dia. É essencial seguir as instruções do fabricante da bomba injetora automática.
Posologia
A dose pode variar segundo o tipo do exame, a idade, o peso, o débito cardíaco, o estado
geral do paciente e a técnica utilizada. Em geral, se usam uma concentração e um volume
de iodo aproximadamente iguais aos de outros meios de contraste radiológico iodados
utilizados atualmente; entretanto, também foram obtidas informações diagnósticas
adequadas em alguns estudos com injeção de iodixanol com uma concentração de iod o um
pouco menor. Deve-se garantir uma hidratação adequada antes e depois da administração,
da mesma forma que para com os outros meios de contraste. O produto é destinado para
uso intravenoso, intra-arterial e intratecal.
As seguintes doses podem ser utilizadas como referência. As doses fornecidas para uso
intra-arterial correspondem a uma única injeção, que pode ser repetida.
Indicação/exame Concentração Volume
Uso intra-arterial
Arteriografias (adultos)
cerebral seletiva 270/320(1 )
mg I/mL 5-10 mL por inj
aortografia 270/320 mg I/mL 40-60 mL por inj
periférica 270/320 mg I/mL 30-60 mL por inj.
visceral seletiva por ASD i.a. 270 mg I/mL 10-40 mL por inj
Angiocardiografia
Adultos
Inj. ventricular esquerda e em raiz aórtica 320 mg I/mL 30-60 mL por inj
Arteriografia coronariana seletiva 320 mg I/mL 4-8 mL por inj
Crianças 270/320 mg I/mL De acordo com a idade,
peso e patologia (dose
total máxima recomendada
10 mL/kg)
(1) Ambas as dosagens estão documentadas, porém 270 mg I/mL é a dose r ecomendada na
maioria dos casos.
Uso intravenoso
Urografia
Adultos 270/320 mg I/mL 40-80 mL(2 )
Crianças < 7 kg 270/320 mg I/mL 2-4 mL /kg
Crianças > 7 kg 270/320 mg I/mL 2-3 mL/kg
Todas as dosagens
dependem da idade, peso
corporal e patologia (máx.
50 mL)
Venografia 270 mg I/mL 50-150 mL/perna
TC com contraste
TC de crânio, adultos 270/320 mg I/mL 50-150 mL
TC de corpo, adultos 270/320 mg I/mL 75-150 mL
Crianças, TC de crânio e de corpo 270/320 mg I/mL 2-3 mL/kg até 50 mL
(em alguns casos até 150
mL podem ser
administrados)
Uso intratecal, somente adultos
Mielografia torácica e lombar
(injeção lombar)
270 mg I/mL
ou
320 mg I/mL
10-12 mL(3 )
10 mL(3 )
Mielografia cervical
(injeção lombar ou cervical)
(2) Em casos selecionados se pode exceder os 80 mL.
(3) Para reduzir ao mínimo as possíveis reações adversas não se deve exceder uma dose
total de 3,2 g de iodo.
Abaixo estão listadas possíveis reações adversas relacionadas a procedimentos
radiográficos que incluíram o uso de VISIPAQUE.
As reações adversas associadas com VISIPAQUE são, em geral, leves a moderadas e
transitórias por natureza. Reações sérias, assim como fatali dades, são observadas
apenas em ocasiões muito raras.
Em geral, as reações de hipersensibilidade apresentam-se como sintomas respiratórios
ou cutâneos, tais como dispnéia, erupção cutânea, eritema, urticária, prurido, reação
de pele, edema angioneurótico, hipotensão, febre, edema de laringe, broncoespasmo ou
edema pulmonar. Elas podem aparecer imediatamente após a injeção ou em até alguns
dias depois.
As reações de hipersensibilidade podem ocorrer independentemente da dose ou do
modo de administração e sintomas leves podem representar os primeiros sinais de uma
reação séria anafilactóide/choque.
A administração do meio de contraste deve ser interrompida imediatamente e, se
necessário, terapia específica deve ser instituída através do acesso vascular. Os
pacientes em uso de betabloqueadores podem apresentar -se com sintomas atípicos de
hipersensibilidade, os quais podem ser erroneamente interpretados como sendo uma
reação vagal.
Todos os meios de contraste iodados podem interferir com os testes de função
tireoidiana. A capacidade do tecido tireoidiano de se ligar ao iodo pode ser reduzida
durante um período de até duas semanas. As altas concentrações do meio de contraste
no soro e na urina podem interferir com a dosagem laboratorial in vitro de
bilirrubinas, proteínas ou substâncias inorgânicas (p.ex., ferro, cobre, cálcio e
fosfato). Portanto, essas substâncias não devem ser dosadas no dia do exame.
Administração intravascular (via intravenosa, via intra-arterial)
Reação incomum (>1/1000 e < 1/100): hipersensibilidade, cefaleia, náusea, vômito,
sensação de calor.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1000): vertigem, arritmia, hipotensão, tosse, dor, febre.
Reação muito rara (> 1/10.000): distúrbio sensorial, cegueira transitória, hipertensão,
isquemia, dispneia, dor/desconforto abdominal, insuficiência renal aguda, sensação de
frio.
Outras reações também observadas, porém a incidência não pode ser determinada
pela ausência de dados clínicos: reação anafilactóide, choque anafilático, estado
confusional, disfunção motora, convulsão, hipocinesia ventricular, isquemia
miocárdica, espasmo arterial, trombose, tromboflebite, edema pulmonar não -
cardiogênico, artralgia, iodismo.
Administração intratecal
As reações adversas após administração intratecal podem ser tardi as e apresentar-se
algumas horas ou mesmo dias após o procedimento. A frequência é semelhante à da
punção lombar simples.
Irritação meníngea associada a fotofobia e meningismo e meningite química franca
foram observados com outros meios de contraste iodad os não-iônicos. Também deve-se
considerar a possibilidade de meningite infecciosa. De modo semelhante, as
manifestações de uma disfunção cerebral transitória foram detectadas em situações
muito raras com o uso de outros meios de contraste iodados nâo -iônicos. As
manifestações incluíram convulsões, confusão transitória, ou disfunção motora ou
sensitiva transitória. Alterações do EEG são encontradas em alguns desses pacientes.
Reação incomum (>1/1000 e < 1/100): cefaleia, vômito.
Outras reações: vertigem, náusea, dor no local da injeção.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Uma superdosagem é improvável em pacientes com uma função renal normal. A duração
do procedimento é importante para a tolerabilidade renal para doses elevadas de meios de
contraste (t1/ 2 de cerca de 2 horas). Na eventualidade de uma superdosagem acidental, as
perdas de água e eletrólitos devem ser compensadas por procedimento de infusão. A
função renal deve ser monitorada, no mínimo, durante os 3 dias seguintes. Se necessário,
pode-se recorrer à hemodiálise para remover o iodixanol do organismo do paciente. Não
existe um antídoto específico.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.