Bula do Vita k produzido pelo laboratorio União Química Farmacêutica Nacional S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
VITA K
(fitomenadiona)
União Química Farmacêutica Nacional S.A
Solução injetável
10 mg/mL
fitomenadiona
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Solução injetável 10 mg/mL: embalagem contendo 50 ampolas de 1 mL.
VIA INTRAMUSCULAR/SUBCUTÂNEA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL contém:
fitomenadiona ................................................................................................................... 10 mg
Veículo: solutol, glicose, álcool benzílico e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
VITA K (fitomenadiona) é indicado nos distúrbios de coagulação causados por falha na formação dos fatores II, VII, IX e X
provocada pela deficiência da vitamina K ou quando há interferência na atividade dessa vitamina. Na deficiência de protrombina
induzida por cumarina ou derivados da indanediona. Como tratamento profilático e terapias de doenças hemorrágicas em recém-
nascidos. Além de hipoprotrombinemia devido a terapia antibacteriana; hipoprotrombinemia secundária por fatores limitantes da
absorção ou da síntese de vitamina K, por exemplo: icterícia obstrutiva, fístula biliar, caquexia, colite ulcerativa, doença celíaca,
ressecação intestinal, fibrose cística do pâncreas e enterite regional; e hipoprotrombinemia induzida por outra droga, demonstrando
que o resultado é devido a interferência com o metabolismo da vitamina K (por exemplo: salicilatos).
A administração de vitamina K a recém-nascidos normais impede o declínio na concentração dos fatores da coagulação que ocorre
nos primeiros dias após o nascimento; entretanto não eleva essas concentrações para os níveis do adulto. Em geral, os prematuros
apresentam uma resposta menor à administração de vitamina K. Nos lactentes com doença hemorrágica do recém-nascido, a
administração de vitamina K eleva a concentração desses fatores de coagulação para níveis normais no recém-nascido e controla a
tendência ao sangramento em cerca de 6 horas.
A administração profilática de rotina de 1 mg de fitomenadiona por via intramuscular ao nascimento é exigida em lei nos EUA.
Pode ser necessário aumentar ou repetir essa dose se a mãe tiver recebido terapia com anticoagulantes ou anticonvulsivantes, ou
caso o lactente desenvolva alguma tendência hemorrágica.
Referências bibliográficas:
Marcus R., Coulston A M. Vitaminas Lipossoluveis – In: Goodman AG, Hardman JG, Limbird LE, organizadores. Goodman &
Gilman: As bases farmacológicas da terapêutica. 10ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill; 2003. P. 1341 – 1343.
Propriedades farmacodinâmicas
A solução aquosa de fitomenadiona (vitamina K1) para injeção parenteral possui o mesmo tipo e grau de atividade da vitamina K
natural necessária para a produção no fígado de: protrombina ativa (fator II), proconvertina (fator VII), componente tromboplastina
do plasma (fator IX) e fator de Stuart (fator X). O teste de protrombina é sensível aos níveis de 3 desses 4 fatores – II, VII e X. A
vitamina K é um cofator essencial para a enzima microssomal que catalisa a carboxilação pós-translacional dos resíduos múltiplos e
específicos do ácido glutâmico ligado ao peptídeo nos precursores hepáticos inativos dos fatores II, VII, IX e X. Os resíduos do
ácido gamacarboxiglutâmico resultantes convertem os precursores em fatores de coagulação ativos que são secretados
subsequentemente pelas células do fígado no sangue.
Em animais e humanos, a fitomenadiona é quase isenta de atividade farmacodinâmica. Porém, em animais e humanos com
deficiência em vitamina K, a ação farmacológica dessa vitamina está relacionada à função fisiológica normal que promove a
biossíntese hepática da vitamina K dependente de fatores de coagulação.
Propriedades farmacocinéticas
A fitomenadiona é absorvida prontamente após administração intramuscular. Pouca vitamina K acumula-se nos tecidos.
Após a administração intramuscular a fitomenadiona concentra-se inicialmente no fígado e sua disponibilidade sistêmica é de cerca
de 50%. O primeiro compartimento de distribuição corresponde ao volume plasmático. A fitomenadiona está 90% ligada às
proteínas plasmáticas (fração VLDL). A concentração plasmática da fitomenadiona está normalmente entre 0,4 e 1,2 mg/litro.
Uma dose de 10 mg de fitomenadiona por via intramuscular produz concentrações plasmáticas de 10 a 20 mg/litro. A meia-vida de
eliminação plasmática é de 1,5 a 3 horas.
Após a degradação metabólica a fitomenadiona une-se ao ácido glicurônico, sendo depois excretada pela urina e pela bile. Menos de
10% da droga inalterada são excretados pela urina. O único metabólito ativo da fitomenadiona, é a fitomenadiona-2,3-epóxido que
se transforma em fitomenadiona.
O produto não deve ser usado por pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.
Gerais
Reações severas, incluindo mortes, ocorreram durante e imediatamente após a administração parenteral de fitomenadiona.
Normalmente essas reações severas assemelham-se à hipersensibilidade e anafilaxia, incluindo choque e parada cardíaca e/ou
respiratória.
Alguns pacientes apresentaram essas reações severas quando receberam a fitomenadiona pela primeira vez. A maioria desses
eventos ocorreram após administração endovenosa, mesmo quando tomada a devida precaução de diluir a fitomenadiona e evitar a
infusão rápida. Portanto, a via endovenosa deve ser restrita a situações onde outra via não é possível e o alto risco envolvido é
justificável.
O álcool benzílico como conservante na solução bacteriostática de cloreto de sódio tem sido associado com toxicidade em recém-
nascidos.
Dados sobre toxicidade de outros conservantes estão indisponíveis para esta faixa etária. Não existe evidência sugerindo que a
pequena quantidade de álcool benzílico presente no VITA K seja associada à toxicidade, quando usado como recomendado.
Após a administração da fitomenadiona, não se deve esperar efeito coagulante imediato. A melhora detectável do tempo de
protrombina ocorre, no mínimo, entre 1 e 2 horas. Caso o sangramento seja grave, pode ser também necessário a terapia com sangue
total ou seus componentes.
A fitomenadiona não contraria a ação anticoagulante da heparina. Mesmo quando a vitamina K1 for utilizada para corrigir o excesso
de hipoprotrombinemia induzida por anticoagulante, a terapia com anticoagulante ainda é indicada. O paciente enfrentará
novamente o risco de coágulos como anteriormente ao início da terapia com anticoagulante. A fitomenadiona não é um agente de
coagulação, mas uma terapia extremamente cuidadosa com vitamina K1 pode restabelecer condições que originalmente permitam
fenômeno trombolítico.
Deve ser mantida a menor dosagem possível e o tempo de protrombina deve ser verificado regularmente como indicação das
condições clínicas.
Repetidas doses altas de vitamina K não são garantia de doenças no fígado se a resposta para o uso inicial da vitamina for
insatisfatória. Falha na resposta de vitamina K pode indicar que as condições da doença tratada são inerentemente não responsivas à
vitamina K.
Gravidez – categoria C
Estudos em reprodução animal não foram realizados com a fitomenadiona. Não é conhecido se a fitomenadiona pode causar dano ao
feto quando administrado em mulheres grávidas ou se pode afetar a capacidade reprodutiva. A fitomenadiona deve ser administrada
em mulheres grávidas somente se realmente necessário.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Amamentação
Não se sabe se essa droga é excretada no leite materno. Por muitas drogas serem excretadas no leite materno, deve-se tomar cuidado
quando a fitomenadiona é administrada em mulheres na amamentação.
Pediatria
Hemólise, hiperbilirrubinemia e icterícia em recém-nascidos, principalmente crianças prematuras, podem estar relacionadas a dose
de fitomenadiona. Portanto, a dose recomendada não deve ser excedida (ver itens “9. Reações adversas” e “8. Posologia e modo de
uasr”).
Pacientes idosos
Pacientes com idade avançada tendem a ser mais sensíveis à reversão do anticoagulação com VITA K, a dosagem nesses pacientes
deve ser a menor recomendada.
Carcinogênese, mutagênese e diminuição da fertilidade
Não foram realizados estudos de carcinogênese, mutagênese e diminuição da fertilidade com a fitomenadiona.
O uso de Vita K pode resultar em resistência temporária a anticoagulantes depressores de protrombina, especialmente quando altas
doses de fitomenadiona são administradas.
Caso doses relativamente altas sejam empregadas, pode ser necessário reinstituir a terapia anticoagulante utilizando algumas doses
altas de anticoagulante depressor de protrombina ou utilizar uma terapia que tenha a mesma ação com diferente princípio de
funcionamento como a heparina sódica.
Interferência em exames laboratoriais
Não se conhecem informações sobre a interferência de fitomenadiona em exames laboratoriais.
Ingestão concomitante com outras substâncias
Não há restrições especificas quanto à ingestão concomitante com alimentos e bebidas.
Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C); proteger da luz. A solução
não deve ser congelada. A vitamina K1 é rapidamente degradada pela luz.
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico: solução límpida, amarela, isenta de partículas estranhas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Sempre que possível VITA K deve ser administrado por via subcutânea ou intramuscular (ver item “5. Advertências e precauções”).
Quando a administração endovenosa é inevitável, a droga deve ser injetada vagarosamente, não excedendo 1 mg por minuto.
Proteger da luz o tempo todo.
Produtos parenterais devem ser inspecionados visualmente em relação ao material particulado e descoloração, antes da
administração, sempre que a solução e o recipiente permitirem.
Instrução para diluição
VITA K pode ser diluído com cloreto de sódio 0,9% para injeção, dextrose 5% para injeção ou dextrose 5% e cloreto de sódio para
injeção. O álcool benzílico como conservante têm sido associado à toxicidade em recém-nascidos. Portanto, todos os diluentes
devem ser livres de conservantes (ver item “5. Advertências e precauções”). Outros diluentes não devem ser utilizados. Quando
diluições são indicadas, a administração deve começar imediatamente após a mistura com o diluente, e porções não utilizadas da
diluição devem ser descartadas, assim como o conteúdo não utilizado da ampola.
Profilaxia da doença hemorrágica do recém-nascido
A Academia Americana de Pediatria recomenda a utilização de vitamina K1 em recém-nascidos. Uma dose única intramuscular
(IM) de VITA K de 0,5 a 1 mg, é recomendada dentro de 1 hora após o nascimento.
Tratamento da doença hemorrágica do recém-nascido
A administração empírica de vitamina K1 não deve substituir a avaliação laboratorial apropriada do mecanismo de coagulação. A
resposta imediata (diminuição do tempo de protrombina em 2 a 4 horas) após a administração da vitamina K1 é o diagnóstico usual
da doença hemorrágica do recém-nascido e a falha de resposta indica outro diagnóstico ou distúrbio na coagulação.
A dose de 1 mg de VITA K deve ser administrada por via subcutânea (SC) ou intramuscular (IM). Doses maiores podem ser
necessárias, caso a mãe esteja utilizando anticoagulantes orais.
Embora a terapia com sangue total ou seus componentes possam ser indicados se o sangramento for excessivo, essa terapia não
corrige a causa do distúrbio e VITA K deve ser administrado concomitantemente.
Deficiência de protrombina induzida por anticoagulante em adultos
Para corrigir o tempo de protrombina prolongado excessivamente pela terapia com anticoagulante oral – inicialmente é
recomendado 2,5 a 10 mg ou até 25 mg. Em raros casos podem ser exigidos doses de 50 mg. A frequência e as quantidades das
doses subsequentes devem ser determinadas pelo tempo de resposta da protrombina ou da condição clínica. Se em 6 a 8 horas após a
administração parenteral o tempo de protrombina não diminuir satisfatoriamente, a dose deve ser repetida. Em caso de choque ou
perda excessiva de sangue é indicada a terapia com sangue total ou seus componentes.
Hipoprotrombinemia devido a outras causas em adultos
Recomenda-se a dosagem de 2,5 a 25 mg ou mais (raramente chega a 50 mg); a quantidade e a via de administração depende da
severidade da condição e da resposta obtida (ver item “5. Advertências e precauções””).
Quando possível, sugere-se a descontinuação ou a redução da dosagem das drogas que interferem com o mecanismo de coagulação
(como salicilatos, antibióticos) como alternativa para a administração concomitante de VITA K. A severidade do distúrbio da
coagulação determinará se a administração imediata de VITA K é requerida na descontinuação ou na redução das drogas que
interferem.
Resumo da posologia recomendada
Recém-nascidos Dosagem
Doença hemorrágica do recém-nascido
Profilaxia 0,5 – 1 mg IM (intramuscular) dentro de 1 hora após o nascimento
Tratamento 1 mg SC (subcutânea) ou IM (intramuscular) (doses maiores podem ser
necessárias caso a mãe esteja utilizando anticoagulantes orais)
Adultos Dosagem inicial
Deficiência de protrombina induzida por anticoagulante (causada por
cumarina ou derivados da indanediona)
2,5 mg – 10 mg ou até 25 mg (raramente 50 mg)
Hipoprotrombinemia devido a outras causas (antibióticos, salicilatos ou
outras drogas, fatores limitantes da absorção ou síntese)
2,5 mg – 25 mg ou mais (raramente chega a 50 mg)
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Reações severas de hipersensibilidade, incluindo reações anafilactoides e mortes têm sido descritas após administração parenteral. A
maioria desses casos ocorre por administração endovenosa. A possibilidade de sensibilidade alérgica, incluindo reação anafilactoide,
deve ser lembrada na administração parenteral.
Sensações transitórias de vermelhidão e sensações características de sabor são observadas, assim como raras vertigens, pulso rápido
e fraco, suor profuso, hipotensão respiratória, dispneia e cianose. Dor, inchaço e sensibilidade podem ocorrer no local da injeção.
Após repetidas injeções, raramente podem surgir placas eritematosas, endurecidas e com prurido; raramente esses sintomas
progridem para lesões do tipo esclerodérmicas que podem persistir por períodos longos.
Em outros casos, essas lesões assemelham-se ao eritema persistente. Hiperbilirrubinemia tem sido observada em recém-nascidos
após administração de fitomenadiona. Isso ocorre raramente com as doses recomendadas (ver “Pediatria” no item “5. Advertências e
precauções”).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.