Bula do Vomistop para o Profissional

Bula do Vomistop produzido pelo laboratorio Medquimica Indústria Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Vomistop
Medquimica Indústria Farmacêutica S.a - Profissional

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BULA COMPLETA DO VOMISTOP PARA O PROFISSIONAL

VOMISTOP®

cloridrato de metoclopramida

MEDQUÍMICA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA S.A.

GOTAS

4 mg/mL

gotas

I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome Genérico:

Formas Farmacêuticas e Apresentação:

Gotas 4 mg/mL frascos gotejadores contendo 10 mL.

Gotas 4 mg/mL embalagem hospitalar 300 frascos gotejadores contendo 10 mL.

VIA ORAL

USO ADULTO

Composição:

Cada mL (21 gotas) contém 4,20 mg de cloridrato de metoclopramida mono-hidratado equivalente a 4 mg

de cloridrato de metoclopramida anidro.

Veículos: álcool etílico, ciclamato de sódio, metilparabeno, sacarina sódica di-hidratada e água

purificada.

II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AO PROFISSIONAL DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é destinado ao tratamento de:

- distúrbios da motilidade gastrintestinal e

- náuseas e vômitos de origem central e periférica (cirurgias, doenças metabólicas e infecciosas,

secundárias a medicamentos).

VOMISTOP®

é utilizado também para facilitar os procedimentos radiológicos do trato gastrintestinal.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia e a segurança antiemética de VOMISTOP®

- metoclopramida – podem ser comprovadas no

estudo de Strum S.B. et al (1982) envolvendo 38 pacientes que potencialmente desenvolveriam náuseas e

vômitos em tratamento quimioterápico.

Grumberg et al.(1984) em seu estudo com 33 pacientes pré-usuários de quimioterapia – cisplatina -

randomizado duplo-cego cruzado também comprovou a eficácia antiemética de VOMISTOP®

em doses

maiores que as terapêuticas , nesses casos em que a presença de vômitos e náuseas é comum a todos. No

estudo randomizado duplo-cego de Anthony L.B. ET al. (1986) comparando a eficácia antiemética entre a

administração medicamentosa oral e a intravenosa de metoclopramida, envolvendo 66 pacientes,

comprovou-se que tanto a via oral como a via intravenosa são equivalentes.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

VOMISTOP® é um produto de síntese original dotado de características químicas farmacológicas e

terapêuticas peculiares; sua substância ativa metoclopramida é quimicamente o cloridrato de (N-

dietilaminoetil)-2-metoxi-4-amino-5-cloro-benzamida.

A metoclopramida, antagonista da dopamina, estimula a motilidade muscular lisa do trato gastrintestinal

superior, sem estimular as secreções gástrica, biliar e pancreática. Seu mecanismo de ação é

desconhecido, parecendo sensibilizar os tecidos para a atividade da acetilcolina. O efeito da

metoclopramida na motilidade não é dependente da inervação vagal intacta, porém, pode ser abolido

pelas drogas anticolinérgicas.

A metoclopramida aumenta o tônus e amplitude das contrações gástricas (especialmente antral), relaxa o

esfíncter pilórico, duodeno e jejuno, resultando no esvaziamento gástrico e no trânsito intestinal

acelerados. Aumenta o tônus de repouso do esfíncter esofágico inferior.

Propriedades farmacocinéticas

A metoclopramida sofre metabolismo hepático insignificante, exceto para conjugação simples. Seu uso

seguro tem sido descrito em pacientes com doença hepática avançada com função renal normal.

Após a dose oral, o pico plasmático é alcançado em 30 a 60 minutos. A sua excreção é feita

principalmente pela urina e sua meia-vida plasmática é de aproximadamente 3 horas.

4. CONTRAINDICAÇÕES

VOMISTOP®

é contraindicado nos seguintes casos:

- em pacientes com antecedentes de hipersensibilidade a metoclopramida ou a qualquer componente da

fórmula;

- em que a estimulação da motilidade gastrintestinal seja perigosa, como por exemplo, na presença de

hemorragia gastrointestinal, obstrução mecânica ou perfuração gastrointestinal;

- em pacientes epiléticos ou que estejam recebendo outros fármacos que possam causar reações

extrapiramidais, uma vez que a frequência e intensidade destas reações podem ser aumentadas;

- em pacientes com feocromocitoma suspeita ou confirmada, pois pode desencadear crise hipertensiva,

devido à provável liberação de catecolaminas do tumor. Esta crise hipertensiva pode ser controlada com

fentolamina;

- em combinação com levodopa ou agonistas dopaminérgicos devido a um agonismo mútuo;

- doença de Parkinson;

- histórico conhecido de metemoglobinemia com metoclopramida ou deficiência de NADH citocromo b5

redutase.

Este medicamento é contraindicado para crianças menores de 1 ano de idade, devido ao risco de

aumento da ocorrência de desordens extrapiramidais nesta faixa etária.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Podem ocorrer sintomas extrapiramidais, particularmente em crianças e adultos jovens e/ou quando são

administradas altas doses (vide Reações Adversas). Essas reações são completamente revertidas após a

interrupção do tratamento. Um tratamento sintomático pode ser necessário (benzodiazepinas em crianças

e/ou fármacos anticolinérgicos, antiparkinsonianos em adultos). Na maioria dos casos, consistem de

sensação de inquietude; ocasionalmente podem ocorrer movimentos involuntários dos membros e da face;

raramente se observa torcicolo, crises oculógiras, protrusão rítmica da língua, fala do tipo bulbar ou

trismo.

O tratamento com VOMISTOP®

não deve exceder 3 meses devido ao risco de discinesia tardia.

Respeite o intervalo de tempo de ao menos 6 horas, especificado no item posologia, entre cada

administração de VOMISTOP®

, mesmo em casos de vômito e rejeição da dose, de forma a evitar

superdose.

A metoclopramida não é recomendada em pacientes epiléticos, visto que as benzamidas podem diminuir

o limiar epilético.

Como com neurolépticos, pode ocorrer Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM) caracterizada por

hipertermia, distúrbios extrapiramidais, instabilidade nervosa autonômica e elevação de CPK. Portanto,

deve-se ter cautela se ocorrer febre, um dos sintomas da Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM), e a

deve ser interrompida se houver suspeita da Síndrome Neuroléptica

Maligna (SNM).

Pacientes sob terapia prolongada devem ser reavaliados periodicamente.

VOMISTOP®

, gotas contêm metabissulfito de sódio, o qual pode desencadear reações do tipo alérgico

incluindo choque anafilático e de risco à vida ou crises asmáticas menos severas em pacientes suscetíveis.

A prevalência da sensibilidade ao sulfito na população em geral é desconhecida e provavelmente baixa,

sendo mais frequente em pacientes asmáticos do que em não-asmáticos.

Em pacientes com deficiência hepática ou renal é recomendada diminuição da dose (vide Posologia e

Modo de Usar).

Pode ocorrer metemoglobinemia, relacionada a deficiência na NADH citocromo b5 redutase. Nesses

casos a metoclopramida deve ser imediatamente e permanentemente suspensa e adotadas medidas

apropriadas.

A metoclopramida pode induzir Torsade de Pointes, portanto, recomenda-se cautela em pacientes que

apresentam fatores de risco conhecidos para prolongamento do intervalo QT, isto é:

- desequilíbrio eletrolítico não corrigido (por exemplo, hipocalemia e hipomagnesemia)

- síndrome do intervalo QT longo

- bradicardia

Uso concomitante de medicamentos que são conhecidos por prolongar o intervalo QT (por exemplo,

antiarrítmicos Classes IA e III, antidepressivos tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos) (vide Reações

Adversas).

Gravidez e lactação

Estudos em pacientes grávidas (>1000), não indicaram má formação fetal ou toxicidade neonatal durante

o primeiro trimestre da gravidez. Uma quantidade limitada de informações em pacientes grávidas (>300)

indicou não haver toxicidade neonatal nos outros trimestres. Estudos em animais não indicaram

toxicidade reprodutiva. Se necessário, o uso de metoclopramida pode ser considerado durante a gravidez.

Devido às suas propriedades farmacológicas, assim como outras benzamidas, caso a metoclopramida seja

administrada antes do parto, distúrbios extrapiramidais no recém-nascido não podem ser excluídos. A

metoclopramida é excretada pelo leite materno e reações adversas no bebê não podem ser excluídas.

Deve-se escolher entre interromper a amamentação ou abster-se do tratamento com metoclopramida

durante a amamentação.

Este medicamento não deve ser utilizado durante a lactação.

Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas

sem orientação médica.

Populações especiais

Pacientes idosos

A ocorrência de discinesia tardia tem sido relatada em pacientes idosos tratados por períodos

prolongados.

Deve-se considerar redução da dose em pacientes idosos com base na função renal ou hepática e

fragilidade geral.

Crianças e adultos jovens

As reações extrapiramidais podem ser mais frequentes em crianças e adultos jovens, podendo ocorrer

após uma única dose.

O uso em crianças com menos de 1 ano de idade é contraindicado (vide Contraindicações).

Para combinações de metoclopramida

O uso em crianças e adolescentes com idade entre 1 e 18 anos de idade não é recomendado.

Uso em pacientes diabéticos

A estase gástrica pode ser responsável pela dificuldade no controle de alguns diabéticos. A insulina

administrada pode começar a agir antes que os alimentos tenham saído do estômago e levar o paciente a

uma hipoglicemia. Tendo em vista que a metoclopramida pode acelerar o trânsito alimentar do estômago

para o intestino e, consequentemente, a porcentagem de absorção de substâncias, a dose de insulina e o

tempo de administração podem necessitar de ajustes nesses pacientes.

Uso em pacientes com insuficiência renal

Em pacientes com insuficiência renal severa (“clearance” de creatinina ≤15 mL/min), a dose diária deve

ser reduzida em 75%.

Em pacientes com insuficiência renal moderada a severa (“clearance” de creatinina de15 – 60 mL/min), a

dose diária deve ser reduzida em 50%.

Uso em pacientes com câncer de mama

A metoclopramida pode aumentar os níveis de prolactina, o que deve ser considerado em pacientes com

câncer de mama detectado previamente.

Uso em pacientes com insuficiência hepática

Em pacientes com insuficiência hepática severa, a dose deve ser reduzida em 50%.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Pode ocorrer sonolência após a administração de metoclopramida, potencializada por depressores do

sistema nervoso central, álcool; a habilidade em dirigir veículos ou operar máquinas pode ficar

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Combinação contraindicada: levodopa e metoclopramida possuem antagonismo mútuo.

Combinações a serem evitadas: álcool potencializa o efeito sedativo da metoclopramida.

Combinações a serem levadas em consideração:

• Anticolinérigicos e derivados da morfina: anticolonérgicos e derivados da morfina têm ambos

antagonismo mútuo com a metoclopramida na motilidade do trato digestivo.

• Depressores do sistema nervoso central (derivados da morfina, hipnóticos, ansiolíticos, anti-

histamínicos H1 sedativos, antidepressivos sedativos, barbituratos, clonidina e substâncias

relacionadas): O efeito sedativo dos depressores do SNC e da metoclopramida são

potencializados.

• Neurolépticos: metoclopramida pode ter efeito aditivo com neurolépticos para a ocorrência de

problemas extrapiramidais.

• Devidos aos efeitos procineticos da metoclopramida, a absorção de certas drogas pode estar

modificada.

• Digoxina: metoclopramida diminui a biodisponibilidade da digoxina. É necessária cuidadosa

monitoração da concentração plasmática da digoxina.

• Ciclosporina: metoclopramida aumenta a biodisponibilidade da ciclosporina. É necessária

cuidados monitorização da concentração plasmática da ciclosporina.

• Mivacúrio e suxametônio: injeção de metoclopramida pode prolongar a duração do bloqueio

neuromuscular (através da inibição no plasma da colinesterase).

Exames de laboratórios

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de cloridrato de metoclopramida em

exames laboratoriais.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger da luz e umidade.

Prazo de validade: Gotas: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico

Líquido límpido, inodoro, isento de material estranho

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

- Coloque o frasco na posição vertical com a tampa para o lado de cima.

- Vire o frasco com o conta-gotas para o lado de baixo e bata levemente com o dedo no fundo do frasco

para iniciar o gotejamento.

1mL = 21 gotas

Uso em adultos: 53 gotas, 3 vezes ao dia, via oral, 10 minutos antes das refeições.

Não há estudos dos efeitos de VOMISTOP®

administrado por vias não recomendadas. Portanto, por

segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.

Populações especiais

Pacientes diabéticos

A estase gástrica pode ser responsável pela dificuldade no controle de alguns diabéticos. A insulina

administrada pode começar a agir antes que os alimentos tenham saído do estômago e levar o paciente a

uma hipoglicemia.

Tendo em vista que a metoclopramida pode acelerar o trânsito alimentar do estômago para o intestino e,

consequentemente, a porcentagem de absorção de substâncias, a dose de insulina e o tempo de

administração podem necessitar de ajustes nesses pacientes.

Uso em pacientes com insuficiência renal

Considerando-se que a excreção da metoclopramida é principalmente renal, em pacientes com

"clearance" de creatinina inferior a 40 mL/min, o tratamento deve ser iniciado com aproximadamente

metade da dose recomendada. Dependendo da eficácia clínica e condições de segurança do paciente, a

dose pode ser ajustada a critério médico.

9. REAÇÕES ADVERSAS

A seguinte taxa de frequência CIOMS é utilizada, quando aplicável:

Reação muito comum (≥10%)

Reação comum (≥1% e < 10%)

Reação incomum (≥0,1% e < 1%)

Reação rara (≥0,01% e < 0,1%)

Reação muito rara (< 0,01%)

Desconhecido: não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis

Sistema nervoso

Muito comum: sonolência.

Comum: sintomas extrapiramidais, mesmo após administração de dose única do fármaco, principalmente

em crianças e adultos jovens (vide Advertência e Precauções), síndrome parkinsoniana, acatisia.

Incomum: distonia e discinesia agudas, diminuição do nível de consciência.

Raro: convulsões.

Desconhecido: discinesia tardia, durante ou após tratamento prolongado, principalmente em pacientes

idosos (vide Advertências e Precauções), Síndrome Neuroléptica Maligna.

Distúrbios psiquiátricos

Comum: depressão.

Incomum: alucinação.

Raro: confusão.

Desconhecido: ideias suicidas.

Distúrbio gastrintestinal

Comum: diarreia

Distúrbios no sistema linfático e sanguíneo

Desconhecido: metemoglobinemia, que pode estar relacionada a deficiência do NADH citocromo b5

redutase, principalmente em neonatos (vide Advertências e Precauções).

Sulfaemoglubinemia, principalmente com administração concomitante de altas doses de medicamentos

libertadores de enxofre.

Distúrbios endócrinos*

Incomum: amenorreia, hiperprolactinemia.

Raro: galactorreia.

Desconhecido: ginecomastia.

*Problemas endócrinos durante tratamento prolongado relacionados com hiperprolactinemia (amenorreia,

galactorreia, ginecomastia).

Distúrbios gerais ou no local da administração

Comum: astenia.

Incomum: hipersensibilidade.

Desconhecido: Reações anafiláticas (incluindo choque anafilático particularmente com a formulação

intravenosa).

Distúrbios cardíacos

Incomum: bradicardia, particularmente com a formulação intravenosa.

Desconhecido: bloqueio atrioventricular particularmente com a formulação intravenosa, parada cardíaca,

ocorrendo logo após o uso da solução injetável a qualpode ser subsequente a bradicardia (vide Posologia

e Modo de Usar – Administração). Aumento da pressão sanguínea em pacientes com ou sem

feocromocitoma (vide Contraindicações).

Prolongamento do intervalo QT e torsade de pointes (vide Quando não devo usar este medicamento?).

Distúrbios vasculares

Comum: hipotensão especialmente com a formulação intravenosa.

Incomum: choque, síncope após uso injetável.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.