Bula do Vumon para o Profissional

Bula do Vumon produzido pelo laboratorio Bristol-Myers Squibb Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Vumon
Bristol-Myers Squibb Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO VUMON PARA O PROFISSIONAL

Vumon

Solução injetável

10mg/mL

Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.

BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE – VUMON – Rev0913 1

APRESENTAÇÃO

VUMON (teniposídeo) é apresentado na forma farmacêutica de solução injetável em embalagem com 10

ampolas contendo 50 mg de teniposídeo dissolvidos em 5 mL (10 mg/mL) de uma solução não-aquosa.

USO INTRAVENOSO

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada ampola de VUMON contém 10 mg/mL de teniposídeo, ou seja, 50 mg de teniposídeo dissolvidos em 5

mL de uma solução não-aquosa contendo os excipientes: N,N-dimetilacetamida 300 mg, álcool benzílico 150

mg, óleo de rícino polioxietilado 2,5 g, etanol desidratado 42,7% (v/v) e ácido maleico para ajuste de pH

para aproximadamente 5.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

VUMON é indicado para o tratamento das seguintes condições, normalmente associado com outros agentes

antineoplásicos:

- Linfomas malignos1

;

- Doença de Hodgkin2

- Leucemia linfoblástica aguda3

, de alto risco, em adultos e crianças;

- Tumores intracranianos malignos4

como glioblastoma, ependimoma, astrocitoma;

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- Carcinoma de bexiga5

- Neuroblastoma e outros tumores sólidos6

em crianças.

1

CID C85.9 – Linfoma não-Hodgkin de tipo não especificado

2

CID C81 – Doença de Hodgkin

3

CID C91.0 – Leucemia linfoblástica aguda

4

CID C71 - Neoplasia maligna do encéfalo

5

CID C67 – Neoplasia maligna da bexiga

6

CID C74 – Neoplasia maligna da glândula supra-renal [Glândula adrenal]; CID C69.2 – Neoplasia maligna

da retina; CID C49 – Neoplasia maligna do tecido conjuntivo e de outros tecidos moles.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Linfomas Malignos

Um estudo fase III envolvendo 346 pacientes portadores de linfoma de alto grau comparou tratamento

contendo teniposídeo na dose de 60mg/m2

IV a cada quatro semanas, associado à ciclofosfamida,

doxorrubincina, prednisona, bleomicina e vincristina (CHVmp/BV) ao esquema ProMACE-MOPP e

mostrou resultado de sobrevida global comparável, porém com maior toxicidade aguda para ProMACE-

MOPP (Tabela 1).

Estudo de fase III envolvendo 242 pacientes com doença avançada comparou tratamento incluindo

teniposídeo na dose de 60mg/m2

associado à ciclofosfamida, doxorrubicina e prednisona (CHVP) seguido ou

não de interferon alfa e produziu taxa de resposta de 85% e sobrevida em 3 anos de 86% para CHVP seguido

de interferon alfa.

Sebban et al. (2006) num estudo randomizado avaliaram o tratamento com teniposídeo na dose de 60mg/m2

associado à doxorrubicina, ciclofosmfamida e prednisona, seguido de tratamento com interferon (CHVP-I –

CHVP seguido de interferon) comparado ao tratamento com CHOP seguido de quimioterapia com altas

doses com transplante de medula óssea (CHOP-HDT) em 401 pacientes portadores de linfoma folicular. As

taxas de resposta global foram semelhantes entre os grupos (79% e 78%). A análise de intenção de tratar

após um seguimento de 7,5 anos não demonstrou diferença entre os dois grupos tanto para a sobrevida global

(p=0,53) quanto para a sobrevida livre de evento (p=0,11) (Tabela 1).

Coiffier et al. (1999) realizaram um outro estudo randomizado envolvendo 131 pacientes com idade ≥ 59

anos com o diagnóstico de linfoma não-Hodgkin folicular de mau prognóstico. Os pacientes foram

randomizados para receber: o esquema CHVP, com teniposídeo na dose de 60mg/m2

a cada 28 dias seguido

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de interferon ou fludarabina em monoterapia. Os pacientes tratados com CHVP-Interferon obtiveram uma

maior resposta ao tratamento (71% vs 59%), um tempo para progressão maior (sobrevida livre de recidiva,

63% vs 49%) e uma maior sobrevida (77% vs 62%) que aqueles tratados com a fludarabina em monoterapia

(p < 0,05 para todas as análises) (Tabela 1).

O estudo fase III foi desenvolvido por Bastion et al. (1997) utilizando o teniposídeo na dose de 75mg/m2

a

cada três semanas, associado à ciclofosfamida e prednisona (CVP) comparado ao mesmo esquema CVP

associado à pirarrubicina (CTVP), para 453 pacientes idosos com Linfoma Não-Hodgkin. Quarenta por cento

dos pacientes obtiveram resposta completa: 47% no CVP e 32% no CTVP (p = 0,0001). A média de tempo

para falência do tratamento foi de 7 meses para CVP e 5 meses para CTVP (p < 0,05). A sobrevida média foi

de 13 meses para ambos os grupos, entretanto, a taxa de sobrevida em 5 anos foi de 26% para CVP e 19%

para CTVP.

Tabela 1 – Desfecho dos Estudos de VUMON em Linfomas Malignos

Estudo (n) Método Desfecho Tratamento Resultado

Somers 1994

n= 346

Fase III OS

CHVmP/BV

vs

Pro-MACE-MOPP

42%

37%

p = 0,64

Sebban 2006

n= 401

Fase III SVLE

n =209 CHVP + INF

n =192 CHOP + HDT

28% (95% CI 21-34%

38% (95% CI 31-45%

p = 0,11

Coiffier 1999

n= 131 Fase III

TTF

em 2 anos

CHVP + INF

Vs

Fludarabina

63%

49%

(95% CI 43-56%)

p < 0,05

(n) = amostra do estudo; SVLE = sobrevida livre de eventos; OS= sobrevida global; CI = intervalo de

confiança; TTF = tempo para falência de tratamento; CHVP = ciclofosfamida, teniposídeo, doxorrubicina e

prednisona; INF = interferon α; HDT = quimioterapia com altas doses (“high dose chemotherapy”); CHOP =

ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona; CHVP/BV = CHVP + bleomicina e vincristina;

Pro-MACE-MOPP = metotrexato, doxorrubicina, ciclofosfamida, etoposídeo, mecloretamida, vincristina,

procarbazina e prednisona.

Doença de Hodgkin

BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE – VUMON – Rev0913 4

Um estudo fase II incluindo 47 pacientes com doença avançada, avaliou o papel de tratamento com

associado à ciclofosfamida, adriamicina, prednisona, mecloretamina e

vincristina num esquema conhecido como MOPP e CAVmP e mostrou 68% de taxa de resposta completa

com 86% de sobrevida em 3 anos.

Wagener 1983

n = 50

Fase II SVLP MOPP/CAVmP→ RT 86%

SVLP=sobrevida livre de progressão; MOPP = mostarda nitrogenada, vincristina, prednisona e procarbazina;

CAVmP = ciclofosfamida, doxorrubicina,VUMON e prednisona; RT = radioterapia

Leucemia Linfoblástica Aguda

Um estudo fase III envolvendo 182 crianças com diagnóstico de LLA, desenvolvido por Evans et al. (1998),

avaliou o uso de teniposídeo associado ao metotrexato e à citarabina na consolidação, sob dose fixa por

superfície corpórea (dose padrão) ou de acordo com a depuração individual de cada fármaco. O teniposídeo

foi administrado na dose de 200mg/m2

nas semanas 7, 19, 31, 45 e 55 de 60. O estudo mostrou 97% de taxa

de remissão completa com 83% de sobrevida global em 5 anos.

Sadowitz et al. (1993) em outro estudo randomizado avaliaram 105 crianças com recidiva tardia de LLA,

comparando dois esquemas distintos de consolidação e intensificação tardia, um deles contendo teniposídeo

na dose 150mg/m2

nos dias 1 e 4 repetido por oito vezes, alternadamente a outros fármacos (ciclofosfamida,

mercaptopurina, prednisona, vincristina, metotrexato e citarabina). Cento e dois dos 105 pacientes (97%)

apresentaram taxa de segunda remissão completa com 37% de sobrevida livre de eventos em 4 anos (Tabela

2).

O papel do teniposídeo para crianças com LLA com recidiva precoce foi avaliado em estudo fase III por

Buchanan et al. (2000) que incluiu 297 crianças. A dose de teniposídeo utilizada foi de 150mg/m2

duas vezes

por semana por quatro semanas na fase de consolidação e de 150mg/m2

a cada duas semanas até completar

96 semanas da fase de manutenção. A taxa de remissão completa foi de 87%, porém com baixo índice de

sobrevida livre de eventos a longo prazo.

Um estudo de coorte prospectivo envolvendo 109 adultos com LLA que incluiu teniposídeo na dose de

165mg/m2

nos dias 1, 4, 8 e 11 dos ciclos 2, 4, 6 e 8 da consolidação, produziu 88% de taxa de remissão

completa com sobrevida livre de recaída em 5 anos de 42%.

Tabela 2 – Desfecho do Estudo de Fase III em crianças com LLA

BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE – VUMON – Rev0913 5

Sadowitz

1993

n= 105

Fase III

Duração da

remissão

Consolidação/intensificação tardia

com:

Doxorrubicina/prednisona

Citarabina/teniposídeo

35%

33,7%

p NS

Tumores Intracranianos Malignos

Um estudo randomizado envolvendo 375 pacientes portadores de glioblastoma multiforme (GBM) e glioma

anaplásico, avaliando o papel de dois diferentes esquemas de quimioterapia após radioterapia, mostrou

sobrevida média de 17,3 meses e 60 meses para GBM e glioma anaplásico, respectivamente para o grupo

tratado com teniposídeo na dose de 60mg/m2

por 3 dias associado a nimustina a cada seis semanas,

comparado ao esquema com nimustina e citarabina e favoravelmente comparado à controles históricos

(Tabela 3).

Estudo fase II com 56 pacientes com GBM sem tratamento prévio, avaliou a combinação de radioterapia e

quimioterapia com teniposídeo na dose de 50mg/m2

nos dias 1, 2, 3, 22, 23, 24, 43,44 e 45 associado à

carboplatina e carmustina e mostrou tempo para progressão de 7,5 meses com sobrevida média de 12,5

meses.

Um estudo fase II incluindo 35 pacientes com GBM refratário, avaliou tratamento com teniposídeo nas doses

de 45-70mg/m2

por três dias a cada 42 dias associado à nimustina, produzindo sobrevida média de seis

meses, com 29% dos pacientes livres de progressão de doença em seis meses.

Tabela 3 – Desfecho de Estudo fase III com tenoposídeo em Glioblastoma Multiforme

Weller 2003

n = 375

Sobrevida

média

RT →

ACNU + teniposídeo

ACNU + citarabina

17,3 meses

15,7 meses para glioblastoma

e

60 meses

62,5 meses para glioma

anaplásico

pNS

RT = radioterapia; ACNU = carmustina; NS = não significativo

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Carcinoma de Bexiga

Um estudo fase II incluindo 41 pacientes com doença metastática tratados com teniposídeo na dose de

100mg/m2

por dois dias associado à cisplatina a cada 21 dias produziu 51% de taxa de resposta com duração

mediana de 6 meses (Tabela 4).

Tabela 4 - Desfecho de Estudo Fase II com Teniposídeo em Carcinoma de Bexiga

Stoter

n = 41

Fase II

Taxa e duração

de resposta

CDDP +

teniposídeo

51%

6 meses

Neuroblastoma

Um estudo de coorte prospectivo comparou três protocolos para tratamento de 359 crianças com diagnóstico

de neuroblastoma estádio IV, sendo que um deles continha teniposídeo na dose de 375mg/m2

por 3 dias

associado a peptiquimio, ciclofosfamida, vincristina, cisplatina, doxorrubicina e melfalana com regimes de

administração distintos. Este estudo mostrou que nos dois protocolos contendo teniposídeo, a taxa de

ressecabilidade tumoral após tratamento foi de 50 a 60% aproximadamente, com taxa de resposta de 68% e

sobrevida global em 5 anos de aproximadamente 25% para ambos protocolos com teniposídeo (Tabela 5).

Um estudo fase III envolvendo 134 pacientes com neuroblastoma virgens de tratamento, comparou as taxas

de resposta e sobrevida em cinco anos entre tratamento com cisplatina/teniposídeo versus

ciclofosfamida/doxorrubicina. Este estudo mostrou 22% versus 13% de resposta completa favorecendo o

braço com teniposídeo (p=0,17) e sobrevida em 5 anos de 14% para ambos os braços (pNS) (Tabela 5).

Tabela 5 – Desfechos de Estudos com Teniposídeo em Neuroblastoma

De Bernardi

2003

N = 330

Coorte

prospectivo

Sobrevida em 5 anos

ICGNB 85

n = 106

ICGNB 89

n = 65

ICGNB 92

n = 159

28%

23%

MC Williams

1995

n = 134

Fase III Sobrevida em 5 anos

Ciclo/Doxo

CDDP/VM 26

14% para

ambos

BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE – VUMON – Rev0913 7

ICGNB 85 = peptiquimio, ciclofosfamida, vincristina, cisplatina, doxorrubicina, teniposídeo e melfalana;

ICGNB 89 = ICGNB 89 com diferente regime de administração; ICGNB92 = desferroxamina,

ciclofosfamida, etoposídeo, tiotepa e carboplatina.

Retinoblastoma

Um estudo de coorte retrospectivo incluindo 83 pacientes com comprometimento orbitário, avaliou dois

diferentes esquemas quimioterápicos, ambos contendo teniposídeo na dose de 100mg/m2

por três dias a cada

3 semanas associado a cisplatina, ciclofosmamida, doxorrubicina e vincristina e quimioterapia intratecal em

um esquema e o mesmo tratamento acrescido de etoposídeo e ifosfamida em outro período, com sobrevida

global em 5 anos variando entre 55 e 60% aproximadamente (Tabela 6).

Tabela 6 – Desfecho de Estudo Retrospectivo com Teniposídeo em Retinoblastoma

Antoneli 2003

n = 83

retrospectivo

Sobrevida global

em 5 anos

CDDP/VM -

26/doxo/CFM

Ou

CDDP/VM-

26/Ifo/VP-16

55% a 60%

CDDP = cisplatina; VM-26 = teniposídeo; CFM = ciclofosfamida; VP-16 = etoposídeo;

Ifo = ifosfamida

Sarcoma de Partes Moles

Um estudo de coorte prospectivo recrutando 503 crianças, com idade até 18 anos, portadoras de sarcoma de

partes moles, avaliou esquemas de poliquimioterapia que incluíam teniposídeo na dose de 150mg/m2

a cada

três semanas por dois a seis ciclos, em crianças com baixa resposta a esquema de terapia inicial com

ifosfamida, vincristina e actinomicina D. O protocolo era composto, ainda, pelos fármacos ifosfamida,

carboplatina, epirrubicina e etoposídeo. Os pacientes com doença estádio III tiveram maior sobrevida na

comparação com controle histórico de pacientes tratados com esquema sem o teniposídeo (sobrevida em

cinco anos de 60% versus 42%) (Tabela 7).

Tabela 7 – Desfecho de Estudo com Teniposídeo em sarcoma de partes moles

Stevens

N= 503

SV em 5 anos

Protocolo SIOP

89

MMT 84

60%

p não citado

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MMT = ifosfamida, vincristina e actinomicina D; SIOP 89 = ifosfamida, vincristina, actinomicina D,

teniposídeo, carboplatina, epirrubicina e etoposídeo.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Descrição

VUMON (teniposídeo; também conhecido por VM-26) é um derivado semissintético da podofilotoxina

usado no tratamento de certas doenças neoplásicas. É um composto neutro lipofílico praticamente insolúvel

em água. Deve ser preparado em solventes orgânicos. VUMON deve ser administrado por infusão

intravenosa, após diluição em veículo injetável apropriado.

Farmacodinâmica

VUMON é um medicamento citotóxico fase-específico, que atua no final da fase S ou início da fase G2 do

ciclo celular, impedindo as células de entrarem em mitose. VUMON também produz quebras em uma das

fitas ou em ambas as fitas de DNA. O mecanismo de ação parece ser devido à inibição de topoisomerases do

tipo II.

O teniposídeo possui um amplo espectro de atividade antineoplásica in vivo contra tumores de roedores,

incluindo tumores hematológicos e vários tumores sólidos.

Células resistentes ao etoposídeo podem apresentar resistência cruzada completa ao teniposídeo e vice-versa,

tanto em estudos in vivo quanto in vitro, muito embora tenham surgido relatos clínicos ocasionais sugerindo

uma falta de resistência cruzada completa.

Farmacocinética

A farmacocinética do teniposídeo parece ser linear em uma faixa de doses. O acúmulo de fármaco não ocorre

após a administração diária durante 3 dias. Não foram identificadas diferenças maiores na distribuição do

fármaco em adultos e crianças.

Após a infusão intravenosa, a depuração inicial do compartimento central é rápida, com uma meia-vida de

distribuição de aproximadamente 1 h. O teniposídeo se liga às proteínas em grandes proporções (> 99%),

fato que pode limitar sua distribuição no corpo. Os níveis de teniposídeo no líquido cefalorraquidiano são

baixos em relação aos níveis plasmáticos, medidos simultaneamente. A meia-vida terminal média varia de 6

a 20 h, com uma depuração renal calculada em somente cerca de 10% da depuração total. Embora as vias

metabólicas do teniposídeo não tenham sido caracterizadas, agentes tais como o fenobarbital e a fenitoína,

que induzem o metabolismo hepático, parecem aumentar a depuração do teniposídeo (vide 6.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).

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4. CONTRAINDICAÇÕES

VUMON não deve ser administrado em indivíduos que tenham demonstrado hipersensibilidade prévia ao

teniposídeo ou a qualquer componente da formulação.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com leucopenia ou trombocitopenia graves.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

VUMON deve ser prescrito somente por médicos que tenham experiência com fármacos quimioterápicos

para o câncer. A conduta na terapia e em complicações só é possível quando as instalações de tratamento

adequadas estão prontamente disponíveis. Pode ocorrer mielodepressão grave, que pode acarretar infecções

ou hemorragia. Tanto o hemograma quanto os testes de função renal e hepática devem ser realizados

regularmente. O tratamento deve ser interrompido se forem observadas depressão anormal da medula óssea

ou alteração das funções renal ou hepática.

Reações anafiláticas com risco de morte têm ocorrido após a administração inicial do teniposídeo ou após

exposição repetida. Até o momento, não há evidências que sugiram a sensibilidade cruzada entre VUMON e

etoposídeo.

VUMON deve ser administrado com cautela em pacientes com comprometimento da medula por tumor e em

pacientes com função renal ou hepática comprometida.

Acompanhamento regular das contagens de leucócitos e plaquetas deve ser feito durante o tratamento com

VUMON. Se a contagem de leucócitos estiver abaixo de 2000 células/mm3

ou a de plaquetas abaixo de

75000 células/mm3

, o tratamento deve ser postergado até que a recuperação da medula óssea seja completa, a

menos que estas sejam causadas pela doença maligna em si.

Deve-se tomar cuidado para assegurar que as infusões de VUMON sejam administradas através de um

catéter intravenoso, implantado em posição adequada antes da infusão, uma vez que a administração

imprópria pode resultar em extravasamento, necrose e/ou tromboflebite.

Casos de hipotensão têm sido relatados durante a infusão de VUMON. Sendo assim, os sinais vitais devem

ser monitorizados cuidadosamente durante os primeiros 30-60 minutos após o início da infusão.

Fertilidade e Uso na gravidez

Categoria de risco na gravidez: D

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Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe

imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Como o teniposídeo pode diminuir a fertilidade masculina, a preservação de esperma deve ser considerada

para posterior paternidade.

VUMON pode causar danos fetais quando administrado a mulheres grávidas. Efeitos embriotóxicos e

teratogênicos têm sido constatados em ratas prenhes que receberam o teniposídeo. Não foram conduzidos

estudos em mulheres grávidas. Se este medicamento for utilizado durante a gravidez ou se a paciente

engravidar enquanto estiver sob tratamento, ela deverá ser avisada dos danos potenciais para o feto.

Mulheres com potencial de engravidar devem ser aconselhadas a não fazê-lo.

Uso para lactantes

Não se sabe se este fármaco é excretado no leite materno. Como muitos fármacos o são e devido ao potencial

de VUMON em causar reações adversas graves em bebês, deve-se tomar a decisão entre interromper a

amamentação ou o tratamento, levando-se em consideração a importância do medicamento para a mãe.

Carcinogênese, Mutagênese e Comprometimento da fertilidade

Relatou-se a ocorrência de leucemia aguda não linfocítica em pacientes tratados com VUMON, em

associação com outros agentes antineoplásicos. O teniposídeo deve ser considerado um carcinógeno

potencial em humanos.

O teniposídeo mostrou ser mutagênico em vários testes de toxicidade genética em bactérias e mamíferos. O

teniposídeo provocou mutação de gene em linhagens de células de roedores e danos ao DNA em linhagens

de células humanas. Demonstraram-se aberrações cromossômicas em várias culturas histológicas de roedores

e humanos.

VUMON tem causado redução da espermatogênese em macacos e cães e diminuição de peso dos testículos e

ovários em cães.

Uso na pediatria

VUMON contém álcool benzílico em sua formulação. O álcool benzílico tem sido associado à toxicidade em

recém-nascidos. Uma síndrome caracterizada por dificuldade respiratória, "kernicterus", acidose metabólica,

deterioração neurológica, anormalidades hematológicas e morte tem ocorrido após a administração de

soluções contendo álcool benzílico a bebês prematuros de baixo peso.

Observou-se depressão aguda do sistema nervoso central (SNC), acidose metabólica e hipotensão em

pacientes recebendo doses maiores de VUMON que as recomendadas e naqueles que foram tratados

previamente com medicamentos antieméticos.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interação medicamento - medicamento

Anticonvulsivantes, tais como fenobarbital e fenitoína, aumentam a taxa de depuração do teniposídeo,

resultando em exposição sistêmica diminuída para uma determinada dose do produto. Doses maiores podem

ser necessárias em pacientes em tratamento com anticonvulsivantes.

A tolbutamida, o salicilato de sódio e o sulfametiazol demonstraram deslocar o teniposídeo da ligação com

as proteínas plasmáticas in vitro. Devido à taxa de ligação às proteínas extremamente alta do teniposídeo,

pequenos decréscimos na taxa de ligação poderiam resultar em aumentos substanciais dos níveis do fármaco

livre acarretando maior efeito e toxicidade.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar o produto em temperatura ambiente (25o

C).

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Após preparo, manter as soluções diluídas que contêm 0,1mg, 0,2mg ou 0,4 mg/mL de teniposídeo sob

iluminação fluorescente normal, por no máximo 24 horas em recipientes de grande volume de vidro ou

de poliolefina para administração parenteral. Não se recomenda a refrigeração. As soluções de 1

mg/mL de VUMON guardadas sob temperatura ambiente e iluminação fluorescente normal são

menos estáveis e devem ser administradas em até 4 horas a partir da preparação a fim de minimizar a

tendência de precipitação.

Características físicas e organolépticas

VUMON se apresenta como um líquido claro, de coloração fracamente amarela a amarela, essencialmente

livre de evidências visíveis de contaminação. É comercializado em ampolas de vidro com anel de ruptura da

cor verde.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

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Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A literatura atual deve ser consultada para a administração de doses específicas e regimes para indicações

particulares.

Para segurança e eficácia desta apresentação, VUMON não deve ser administrado por vias não

recomendadas. A administração deve ser somente pela via intravenosa.

Monoterapia

A dose total por ciclo é de 300 mg/m2

, administrados num período de 3 a 5 dias. Os ciclos podem ser

repetidos a cada 3 semanas ou a partir da recuperação da medula óssea.

A dosagem deve ser ajustada de acordo com a variabilidade individual do paciente e a toxicidade, quando

empregado como agente único ou em combinação com outros agentes antineoplásicos.

Terapia combinada

VUMON tem sido usado em associação com vários outros agentes quimioterápicos. Quando utilizado em

combinação com outros medicamentos mielodepressivos, a dose deve ser apropriadamente reduzida. O

hemograma deve ser monitorizado e, se necessário, avaliações da medula devem ser feitas regularmente.

Populações especiais

Pacientes com síndrome de Down podem ser particularmente sensíveis à quimioterapia mielodepressora,

portanto, modificações de dose devem ser consideradas nestes pacientes.

Preparação e Administração

NOTA: Existem relatos de que materiais de plástico duro feitos com ABS (um polímero composto por

acronitrila, butadina e estireno) se decompõem quando expostos a N-N-dimetilacetamida, um dos solventes

presentes na formulação de VUMON. Este efeito não foi descrito para o VUMON em si ou para soluções

diluídas de VUMON.

A fim de se prevenir a extração do plastificante DEHP [di(2-etilexil)ftalato] de recipientes feitos de cloreto

de polivinila (PVC), as soluções de VUMON devem ser preparadas e administradas através de recipientes de

grande volume e de dispositivos que não contêm DEHP, tais como os de vidro ou poliolefina.

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Imediatamente antes da administração, cada ampola de 5 mL de VUMON contendo 50 mg de teniposídeo

deve ser diluída para um volume final de 50, 125, 250 ou 500 mL com solução glicosada a 5% ou com soro

fisiológico (solução injetável de cloreto de sódio 0,9%). Estas diluições resultam em concentrações finais de

teniposídeo correspondentes a 1,0, 0,4, 0,2 e 0,1 mg/mL, respectivamente. A solução diluída deverá ser,

então, administrada por infusão intravenosa num período mínimo de 30 minutos. Para se reduzir a

possibilidade de uma resposta hipotensora, VUMON não deve ser administrado por injeção em "bolus"

ou infusão rápida (vide ADVERTÊNCIAS e PRECAUÇÕES). É importante assegurar que as

extremidades do catéter ou da agulha permaneçam dentro da veia durante a administração, para se evitar

extravasamento e possível irritação tecidual.

NOTA: Qualquer outro tipo de diluente, modo de diluição ou concentrações diferentes dos descritos acima

podem resultar na formação de um precipitado. Na evidência de precipitação, a solução não deve ser

administrada.

Da mesma forma, a precipitação pode ocorrer quando infusões prolongadas (24 h) de teniposídeo são

administradas através de uma variedade de materiais de infusão. Estas infusões e os sistemas de

administração devem ser inspecionados frequentemente durante a administração. Soluções de heparina

podem provocar a precipitação do teniposídeo. Sendo assim, os dispositivos/tubos de administração devem

ser lavados com soro glicosado a 5% ou solução injetável de cloreto de sódio a 0,9% antes e depois da

administração de VUMON.

As soluções diluídas de VUMON devem ser levemente agitadas durante a preparação da solução, conforme

necessário; a agitação excessiva pode resultar em precipitação. Nenhum outro medicamento deve ser

misturado com a infusão de VUMON.

Procedimentos para a Manipulação e o Descarte de Fármacos Antineoplásicos

É necessário cuidado na manipulação e na preparação de produtos antineoplásicos, como as soluções de

VUMON. Sempre tomar medidas para prevenir a exposição. Isto inclui equipamento apropriado, tal como

usar luvas e lavar as mãos com água e sabão após a manipulação de tais medicamentos. Se houver contato de

VUMON com a pele, lavar imediatamente e completamente com água e sabão. Se houver contato com

membranas mucosas, lavar a região com água por completo.

Devem ser considerados os procedimentos quanto à manipulação e descarte dos medicamentos

antineoplásicos. Vários guias sobre este assunto já foram publicados.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Toxicidade hematológica

Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.

BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE – VUMON – Rev0913 14

A mielodepressão é frequentemente limitada à dose, com leucopenia e trombocitopenia ocorrendo 7 a 14 dias

após o tratamento com VUMON. Sepse, por vezes fatal, pode ser uma consequência da mielossupressão

grave. A recuperação da medula óssea é normalmente completa dentro de 2 a 3 semanas. A leucopenia é

mais frequente e mais grave do que a trombocitopenia. Relatou-se também anemia e anemia hemolítica

imune.

A ocorrência de leucemia não linfocítica aguda foi relatada em pacientes tratados com VUMON em

associação com outros agentes antineoplásicos.

Toxicidade Gastrintestinal

As principais toxicidades gastrintestinais são náuseas e vômitos, que podem ser controladas com terapia

antiemética. Estomatite/mucosite, anorexia, diarreia, dor abdominal e disfunção hepática também podem

ocorrer.

Alopecia

Alta incidência de alopecia tem sido relatada, especialmente em pacientes recebendo múltiplos cursos de

terapia.

Hipotensão

Pode ocorrer hipotensão transitória após a administração intravenosa rápida de VUMON (vide 8.

POSOLOGIA E MODO DE USAR – Preparação e Administração). Relatam-se casos de morte súbita

devido à provável arritmia e hipotensão.

Hipersensibilidade

Reações do tipo anafiláticas caracterizadas por calafrios, febre, taquicardia, broncoespasmo, dispneia,

hipotensão e rash têm ocorrido durante ou imediatamente após a administração de VUMON. Estas reações

podem ser devido ao óleo de rícino polioxietilado, componente do veículo, ou ao teniposídeo em si - e -

podem ocorrer com a primeira dose ou, mais comumente, em pacientes com tumores cerebrais ou com

neuroblastoma. O risco da ocorrência de uma reação de hipersensibilidade pode estar relacionado com a

exposição repetida e com doses cumulativas. Estas reações normalmente têm respondido prontamente à

interrupção da infusão e a administração de agentes pressóricos, corticosteróides, anti-histamínicos ou

expansores de volume, conforme apropriado. Têm sido relatados também rubor, sudorese, hipertensão e

edema.

Dermatológicas

Relatam-se casos de urticária com ou sem prurido.

Neurotoxicidade

BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE – VUMON – Rev0913 15

Tem-se relatado neurotoxicidade, incluindo casos graves de neuropatia devido a uma interação entre o

sulfato de vincristina e o VUMON. A depressão do sistema nervoso central foi observada em pacientes

tratados com doses maiores que as recomendadas (vide 10. SUPERDOSE).

Outras

As seguintes reações também têm sido relatadas: infecções, disfunção renal, hipertensão, cefaleia, confusão e

astenia.

As frequências das reações adversas citadas acima não podem ser estimadas pelos dados disponíveis.

A tabela abaixo é apresentada por sistema de classe de órgãos e frequência, conforme as categorias: muito

comum (≥1/10), comum (≥1/100,<1/10), incomum (≥1/1000, <1/100), raro (≥1/10000, <1/1000), muito raro

(<1/10000) e, não conhecida (não pode ser definida com base nos dados disponíveis).

EVENTOS ADVERSOS RELATADOS DURANTE A FASE CLÍNICA E A EXPERIÊNCIA DE PÓS-

COMERCIALIZAÇÃO

Sistema de classe de órgão Frequência Eventos adversos

Distúrbios sanguíneos e do sistema

linfático

Não conhecida

Falência da medula óssea, leucemia, anemia,

anemia hemolítica, leucopenia, trombocitopenia

Distúrbios Cardíacos Não conhecida Arritmia, taquicardia

Distúrbios gastrintestinais Não conhecida

Dor abdominal, diarreia, náusea, vômito,

estomatite

Distúrbios Gerais e Condições no

Local de Administração

Astenia, calafrios, inflamação da mucosa,

edema, pirexia, morte súbita

Distúrbios hepatobiliares Não conhecida Função hepática anormal

Distúrbios do Sistema Imunológico Não conhecida Reação anafilática, hipersensibilidade

Infecções e Infestações Não conhecida Infecção, sepse*

Distúrbios do Metabolismo Não conhecida Anorexia

BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE – VUMON – Rev0913 16

Distúrbios do Sistema Nervoso Não conhecida

Depressão do nível de consciência,

dor de cabeça, neuropatia periférica,

neurotoxicidade

Distúrbios Psiquiátricos Não conhecida Confusão

Distúrbios renal e urinário Não conhecida Insuficiência renal

Distúrbios Respiratórios, Torácicos e

do Mediastino

Não conhecida Broncoespasmo, dispneia

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo Não conhecida Alopecia, hiperhidrose, prurido, urticária, rash

Distúrbios Vasculares Não conhecida Rubor, hipertensão, hipotensão

*Incluindo casos fatais

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.