Bula do Zimicina produzido pelo laboratorio Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
BULA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE
Zimicina (azitromicina)
Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda.
500mg - comprimidos revestidos
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Zimicina®
azitromicina di-hidratada
APRESENTAÇÕES
Zimicina® (azitromicina di-hidratada) 500 mg. Embalagem contendo 2, 3 ou 5 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO
USO PEDIÁTRICO ACIMA DE 45 KG
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de 500 mg contém:
azitromicina di-hidratada .................. ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ............................. 524 mg
(equivalente a 500 mg de azitromicina)
excipientes q.s.p. ............................. ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ............................................ 1 comprimido revestido
(fosfato de cálcio dibásico, celulose microcristalina, amido, dióxido de silício, amidoglicolato de sódio, laurilsulfato
de sódio, estearato de magnésio, hipromelose, lactose monoidratada, dióxido de titânio, macrogol e citrato de sódio).
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Zimicina® (azitromicina di-hidratada) comprimidos revestidos é indicada em infecções causadas por organismos
suscetíveis, em infecções do trato respiratório inferior incluindo bronquite e pneumonia, em infecções da pele e
tecidos moles, em otite média aguda e infecções do trato respiratório superior incluindo sinusite e
faringite/tonsilite. (Penicilina é o fármaco de escolha usual no tratamento de faringite devido a Streptococcus
pyogenes, incluindo a profilaxia da febre reumática. A azitromicina geralmente é efetiva na erradicação do
estreptococo da orofaringe; porém dados que estabelecem a eficácia da azitromicina e a subsequente prevenção
da febre reumática não estão disponíveis no momento).
Nas doenças sexualmente transmissíveis no homem e na mulher, Zimicina® é indicado no tratamento de infecções
genitais não complicadas devido a Chlamydia trachomatis. É também indicado no tratamento de cancro devido a
Haemophilus ducreyi, e em infecções genitais não complicadas devido a Neisseria gonorrhoeae sem resistência
múltipla. Infecções concomitantes com Treponema pallidum devem ser excluídas.
Propriedades Farmacodinâmicas
A azitromicina é o primeiro antibiótico da subclasse dos macrolídeos, conhecida como azalídeos, e é quimicamente
diferente da eritromicina. É obtida através da inserção de um átomo de nitrogênio no anel lactônico da
eritromicina A.
A azitromicina liga-se ao 23S rRNA da subunidade ribossômica 50S. Desta forma, bloqueia a síntese proteica
pela inibição do passo de transpeptidação/translocação da síntese proteica e pela inibição da montagem da
subunidade ribossômica 50S.
Eletrofisiologia cardíaca:
O prolongamento do intervalo QTc foi estudado em um ensaio paralelo, controlado por placebo e randomizado
em 116 indivíduos saudáveis, que receberam cloroquina (1000 mg) isoladamente ou em combinação com
azitromicina (500mg, 1000 mg e 1500 mg uma vez ao dia). A coadministração da azitromicina aumentou o
intervalo QTc de maneira dependente da dose e da concentração. Em comparação à cloroquina isoladamente, as
médias máximas (95% de limite superior de confiança) do aumento de QTcF foram 5 (10) ms, 7 (12) ms e 9 (14)
ms com coadministração de azitromicina 500 mg, 1000 mg e 1500 mg, respectivamente.
Mecanismo de resistência:
Os dois mecanismos de resistência aos macrolídeos encontrados mais frequentemente, incluindo a azitromicina,
são modificação de alvo (na maioria das vezes por metilação do 23S rRNA) e de efluxo ativo. A ocorrência
destes mecanismos de resistência varia de espécie para espécie e, dentro de uma espécie, a frequência de resistência
varia conforme a localização geográfica.
A modificação ribossômica mais importante que determina a ligação reduzida dos macrolídeos é pós- transcricional
(N6)-dimetilação de adenina no nucleotídeo A2058 (sistema de numeração E. coli) do 23S rRNA pelas metilases
codificadas pelos genes erm (eritromicina ribossomo metilase). Frequentemente, as modificações ribossômicas
determinam a resistência cruzada (fenótipo MLSB) para outras classes de antibióticos, cujos locais de ligação
ribossômica se sobrepõem à dos macrolídeos: as lincosamidas (incluindo a clindamicina), e as estreptograminas B
(que incluem, por exemplo, o componente quinupristina de quinupristina / dalfopristina).
Diversos genes erm estão presentes em diferentes espécies bacterianas, em particular, nos estreptococos e
estafilococos. A susceptibilidade aos macrolídeos também pode ser afetada por alterações mutacionais
encontradas menos frequentemente nos nucleotídeos A2058 e A2059, e em algumas outras posições de 23S rRNA,
ou nas grandes subunidades ribossômicas das proteínas L4 e L22.
As bombas de efluxo ocorrem em diversas espécies, incluindo as bactérias Gram-negativas, tais como Haemophilus
influenzae (onde podem determinar MICs intrinsecamente mais elevadas) e os estafilococos. Nos estreptococos e
enterococos, uma bomba de efluxo que reconhece membros 14 - e 15- macrolídeos (que incluem,
respectivamente, a eritromicina e azitromicina) é codificada por genes mef(A).
Metodologia para a determinação da susceptibilidade in vitro de bactérias à azitromicina
Os testes de susceptibilidade devem ser realizados utilizando métodos laboratoriais padronizados, tais como aqueles
descritos pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Estes incluem os métodos de diluição
(determinação MIC) e métodos de susceptibilidade de disco. Ambos, o CLSI e o Comitê Europeu para Testes de
Susceptibilidade Antimicrobiana (EUCAST) fornecem critérios interpretativos para estes métodos.
Com base numa série de estudos, recomenda-se que a atividade in vitro da azitromicina seja testada no ar ambiente,
para garantir um pH fisiológico do meio de crescimento. As tensões elevadas de CO2, muitas vezes usadas para
estreptococos e anaeróbios, e, ocasionalmente, para outras espécies, resultam em uma redução do pH do meio.
Isto tem um efeito adverso maior sobre a potência aparente da azitromicina do que sobre a de outros
macrolídeos.
Os valores limite de suscetibilidade CLSI, com base na microdiluição em caldo ou testes de diluição em Agar,
com incubação no ar ambiente, se encontram na tabela abaixo.
Critérios interpretativos CLSI de suscetibilidade de diluição
Microdiluição em caldo MIC (mg/L)
Organismo Suscetível Intermediário Resistente
Espécies Haemophilus 4 - - b
Moraxella catarrhalis 0,25 - -
Neisseria meningitidis 2 - -b
Staphylococcus aureus 2 4 ≥ 8
Estreptococosa
0,5 1 ≥ 2
a Inclui Streptococcus pneumoniae, estreptococos ß - hemolíticos e estreptococos viridans.
b A ausência atual de dados sobre cepas resistentes impede a definição de qualquer categoria diferente dos
suscetíveis. Se as cepas alcançam resultados MIC diferentes de susceptível, devem ser enviadas a um laboratório
de referência para testes adicionais.
Incubação no ar ambiente.
CLSI = Clinical and Laboratory Standards Institute;
MIC = Concentração inibitória mínima.
Fonte: CLSI, 2012; CLSI, 2010.
A susceptibilidade também pode ser determinada pelo método de difusão em disco, medindo os diâmetros da zona
de inibição após incubação no ar ambiente. Os discos de suscetibilidade contém 15 µg de azitromicina. Os critérios
de interpretação para as zonas de inibição, estabelecidos pelo CLSI com base em sua correlação com as categorias
de susceptibilidade MIC, estão listados na tabela abaixo.
Critérios de interpretação CLSI da zona do disco
Diâmetro da zona de inibição do disco (mm)
Espécies Haemophilus ≥12 - -
Moraxella catarralis ≥ 26 - -
Neisseria meningitidis ≥ 20 - -
Staphylococcus aureus ≥ 18 14 - 17 13
Estreptococos
a
≥18 14 - 17 13
MIC = concentração inibitória mínima;
mm = milímetros.
Fonte: CLSI, 2012, CLSI, 2010.
A validade de ambos os métodos de teste de diluição e difusão de disco deve ser verificada usando cepas de
controle de qualidade (CQ), como indicado pelo CLSI. Os limites aceitáveis para o teste de azitromicina contra
esses organismos estão listados na tabela abaixo.
Faixas de controle de qualidade para os testes de susceptibilidade da azitromicina (CLSI)
Microdiluição em caldo MIC
Organismo Faixa de controle de qualidade
(azitromicina mg/L)
Haemophilus influenzae ATCC 49247
1 - 4
Staphylococcus aureus ATCC 29213
0,5 - 2
Streptococcus pneumoniae ATCC 49619 0,06 - 0,25
Diâmetro da zona de inibição do disco (disco de 15 µg)
Organismo Faixa de controle de qualidade (mm)
13 - 21
Staphylococcus aureus ATCC 25923
21 - 26
Streptococcus pneumoniae ATCC 49619 19 – 25
MIC = Concentração inibitória mínima;
Fonte: CLSI, 2012
O Comitê Europeu em Testes de Susceptibilidade Antimicrobiana (EUCAST) também tem valores limite de
suscetibilidade estabelecidos para azitromicina, com base na determinação do MIC. Os critérios de susceptibilidade
EUCAST estão listados na tabela abaixo.
Valores limite de susceptibilidade EUCAST para a azitromicina
MIC (mg / L)
Suscetíveis Resistentes
Espécies de Staphylococcus 1 > 2
Streptococcus pneumoniae 0,25 > 0,5
Estreptococos -hemolíticoa
0,25 > 0,5
Haemophilus influenzae 0,12 > 4
Moraxella catarrhalis 0,25 > 0,5
Neisseria gonorrhoeae 0,25 > 0,5
a Inclui os Grupos A, B, C, G.
EUCAST = Comitê Europeu para Testes de Susceptibilidade Antimicrobiana;
Fonte: site EUCAST.
EUCAST Clínica Breakpoint Tabela v 2.0, válido 2012-
0101www.eucast.org/.../EUCAST.../Breakpoint_table_v_2.0_120221.pdf
Espectro antibacteriano:
A prevalência da resistência adquirida pode variar geograficamente e com tempo para espécies selecionadas e
informações locais sobre a resistência são desejáveis, particularmente no tratamento de infecções graves. Se
necessário o especialista deve ser avisado quando a prevalência local de resistência é tão grande que a utilidade
do agente em pelo menos alguns tipos de infecções é questionável.
A azitromicina demonstra resistência cruzada com isolados Gram-positivos resistentes à eritromicina. Como
anteriormente discutido, algumas modificações ribossômicas determinam a resistência cruzada com outras classes
de antibióticos cujos locais de ligação ribossômica se sobrepõem à dos macrolídeos: as lincosamidas (incluindo a
clindamicina), e estreptograminas B (que incluem, por exemplo, o componente quinupristina de quinupristina /
dalfopristina). Foi observada a diminuição da susceptibilidade do macrolídeo ao longo do tempo, em particular
para Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus, e também foi observado em estreptococos viridans e em
Streptococcus agalactiae.
Os organismos que comumente são sensíveis à azitromicina incluem:
Bactérias aeróbicas e facultativas Gram-positivas (isolados sensíveis à eritromicina): S. aureus, Streptococcus
agalactiae*, S. pneumoniae* e Streptococcus pyogenes*, outros estreptococos betahemolíticos (Grupos C, F, G),
e estreptococos do grupo viridans. Isolados resistentes aos macrolídeos são encontrados com relativa frequência
entre as bactérias aeróbicas e facultativas Gram-positivas, em particular entre S. aureus resistente à meticilina
(MRSA) e S. pneumoniae resistente à penicilina (PRSP).
Bactérias aeróbicas e facultativas Gram-negativas: Bordetella pertussis, Campylobacter jejuni, Haemophilus
ducreyi*, Haemophilus influenzae*, Haemophilus parainfluenzae* Legionella pneumophila, Moraxella
catarrhalis*, e Neisseria gonorrhoeae*. As Pseudomonas spp. e a maioria das Enterobacteriaceae são
inerentemente resistentes à azitromicina, embora a azitromicina tenha sido utilizada para tratar infecções por
Salmonella enterica.
Anaeróbios: Clostridium perfringens, Peptostreptococcus spp. e Prevotella bivia.
Outras espécies bacterianas: Borrelia burgdorferi, Chlamydia trachomatis, Chlamydophila pneumoniae*,
Mycoplasma pneumoniae*, Treponema pallidum e Ureaplasma urealyticum.
Patógenos oportunistas associados com infecção pelo HIV: MAC*, e os microorganismos eucarióticos
Pneumocystis jirovecii e Toxoplasma gondii.
* A eficácia da azitromicina contra as espécies indicadas tem sido demonstrada em estudos clínicos.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
Após a administração oral em humanos, a azitromicina é amplamente distribuída pelo corpo; a biodisponibilidade é
de aproximadamente 37%. A azitromicina administrada sob a forma de cápsulas após uma refeição substanciosa
tem a biodisponibilidade reduzida no mínimo em 50%. O tempo necessário para alcançar os picos de
concentração plasmática é de 2 a 3 horas.
Distribuição
Em estudos animais, foram observadas altas concentrações de azitromicina nos fagócitos. Em modelos experimentais,
maiores concentrações de azitromicina são liberadas durante a fagocitose ativa do que pelos fagócitos não
estimulados. Em modelos animais, isto resulta em altas concentrações de azitromicina sendo liberadas para os locais
de infecção.
Os estudos de farmacocinética em humanos demonstraram níveis acentuadamente maiores de azitromicina nos tecidos
do que no plasma (até 50 vezes a concentração máxima observada no plasma), indicando que o fármaco se liga
fortemente aos tecidos. A concentração nos tecidos-alvo, assim como pulmões, amígdalas e próstata excede a CIM90
para a maioria dos patógenos após dose única de 500 mg.
Após administração oral de doses diárias de 600 mg de azitromicina a concentração plasmática média (Cmáx) foi de
0,33 μg/mL e 0,55 μg/mL nos dias 1 e 22, respectivamente. O pico médio de concentração observado em leucócitos,
no maior local de disseminação da Mycobacterium avium-intracellulare, foi de 252 μg/mL (± 49%) e acima de 146
μg/mL (± 33%) em 24 horas no estado de equilíbrio.
Eliminação
A meia-vida plasmática de eliminação terminal reflete bem a meia-vida de depleção tecidual de 2 a 4 dias.
Aproximadamente 12% da dose administrada intravenosamente é excretada na urina em até 3 dias como fármaco
inalterado, sendo a maior parte nas primeiras 24 horas. A excreção biliar constitui a principal via de eliminação da
azitromicina como fármaco inalterado após a administração oral. Concentrações muito altas de azitromicina inalterada
foram encontradas na bile de seres humanos, juntamente com 10 metabólitos formados por N- e Odesmetilação, por
hidroxilação dos anéis de desosamina e aglicona e pela clivagem do conjugado de cladinose. A comparação das
análises cromatográficas (HPLC) e microbiológicas nos tecidos sugere que os metabólitos não participam da atividade
microbiológica da azitromicina.
Farmacocinética em Pacientes do Grupo de Risco
Idosos
Em voluntários idosos (> 65 anos) foi observado um leve aumento nos valores da área sob a curva (AUC) após um
regime de 5 dias quando comparado ao de voluntários jovens (< 40 anos), mas este aumento não foi considerado
clinicamente significativo, sendo que neste caso o ajuste de dose não é recomendado.
Insuficiência Renal
A farmacocinética da azitromicina em indivíduos com insuficiência renal leve a moderada (taxa de filtração
glomerular 10 – 80 mL/min) não foi afetada quando administrada em dose única de 1 g de azitromicina de liberação
imediata. Diferenças estatisticamente significativas na AUC0-120 (8,8 μg.h/mL vs 11,7 μg.h/mL), Cmáx (1,0 μg/mL vs
1,6 μg/mL) e clearance renal (2,3 mL/min/kg vs 0,2 mL/min/kg) foram observadas entre o grupo com insuficiência
renal grave (taxa de filtração glomerular < 10 mL/min) e o grupo com função renal normal.
Insuficiência Hepática
Em pacientes com insuficiência hepática de grau leve (classe A) a moderado (classe B), não há evidência de uma
alteração acentuada na farmacocinética sérica da azitromicina quando comparada a pacientes com a função hepática
normal. Nestes pacientes o clearance de azitromicina na urina parece estar aumentado, possivelmente para compensar
o clearance hepático reduzido.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Foi observada fosfolipidose (acúmulo intracelular de fosfolípides) em vários tecidos (por ex. olhos, gânglios da raiz
dorsal, fígado, bexiga, rins, baço e/ou pâncreas) de ratos, camundongos e cachorros após doses múltiplas de
azitromicina. A fosfolipidose foi observada em um grau similar nos tecidos de ratos e cachorros neonatos. Foi
demonstrado que o efeito é reversível após descontinuação do tratamento com azitromicina. A significância da
descoberta para animais e para humanos não é conhecida.
Zimicina® é contraindicado a indivíduos com hipersensibilidade à azitromicina, eritromicina, a qualquer antibiótico
macrolídeo, cetolídeo ou a qualquer componente da fórmula.
Zimicina® deve ser mantido em sua embalagem original. Conservar em temperatura ambiente (15-30°C). Proteger da
luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o e sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Características físicas:
Comprimido revestido branco, oval, biconvexo e com ambas as faces lisas.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Zimicina® pode ser administrado com ou sem alimentos (vide item 3. Características Farmacológicas).
Cada comprimido revestido de Zimicina® 500 mg contém 524,10 mg de azitromicina di-hidratada, equivalente a
500 mg de azitromicina base.
Zimicina® deve ser administrado em dose única diária. A posologia de acordo com a infecção está descrita
abaixo e pode ser administrado com ou sem alimentos.
Uso em Adultos
Para o tratamento de doenças sexualmente transmissíveis causadas por Chlamydia trachomatis, Haemophilus
ducreyi ou Neisseria gonorrhoeae suscetível, a dose é de 1000 mg em dose oral única.
Para todas as outras indicações nas quais é utilizada a formulação oral, uma dose total de 1500 mg deve ser
administrada em doses diárias de 500 mg, durante 3 dias. Como alternativa, a mesma dose total pode ser
administrada durante 5 dias, em dose única de 500 mg no primeiro dia e 250 mg, 1 vez ao dia, do segundo ao
quinto dia.
Uso em Crianças
A dose máxima total recomendada para qualquer tratamento em crianças é de 1500 mg.
Em geral, a dose total em crianças é de 30 mg/kg. No tratamento para faringite estreptocócica pediátrica deveria
ser administrada sob diferentes esquemas posológicos (vide a seguir).
A dose total de 30 mg/kg deve ser administrada em dose única diária de 10 mg/kg, durante 3 dias, ou a mesma
dose total pode ser administrada durante 5 dias, em dose única de 10 mg/kg no primeiro dia e 5 mg/kg, 1 vez ao
dia, do segundo ao quinto dia.
Uma alternativa para o tratamento de crianças com otite média aguda é dose única de 30 mg/kg.
Para o tratamento da faringite estreptocócica em crianças, foi demonstrada a eficácia da azitromicina administrada
em dose única diária de 10 mg/kg ou 20 mg/kg por 3 dias; entretanto não se deve exceder a dose diária de 500
mg. Em estudos clínicos comparativos, utilizando esses dois regimes de doses, foi observada uma eficácia
clínica similar. Porém, a erradicação bacteriológica foi maior e mais evidente com a dose de 20 mg/kg/dia.
Entretanto, a penicilina é geralmente o fármaco escolhido para o tratamento da faringite causada pelo
Streptococcus pyogenes, incluindo a profilaxia da febre reumática.
Zimicina® comprimidos revestidos deve ser administrada somente em crianças pesando mais que 45 kg.
Uso em Pacientes Idosos
A mesma dose utilizada em pacientes adultos pode ser utilizada em pacientes idosos. Pacientes idosos podem
ser mais susceptíveis ao desenvolvimento de arritmias Torsades de Pointes do que pacientes mais jovens (vide
item 5. Advertências e Precauções).
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal leve a moderada (taxa de filtração glomerular 10
– 80 mL/min). No caso de insuficiência renal grave (taxa de filtração glomerular < 10 mL/min) Zimicina® deve ser
administrado com cautela (vide item 5. Advertências e Precauções e item 3. Características Farmacológicas).
Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática
As mesmas doses que são administradas a pacientes com a função hepática normal podem ser utilizadas em
pacientes com insuficiência hepática leve a moderada (vide item 5. Advertências e Precauções)
Posologia para pacientes que iniciaram tratamento com azitromicina IV - Substituição do tratamento
intravenoso pelo tratamento oral.
A dose recomendada de azitromicina IV, pó para solução para infusão, para o tratamento de pacientes adultos
com pneumonia adquirida na comunidade causada por organismos sensíveis é de 500 mg, em dose única diária,
por via intravenosa, durante no mínimo, 2 dias. O tratamento intravenoso deve ser seguido por Zimicina®, via
oral, em dose única diária de 500 mg até completar um ciclo terapêutico de 7 a 10 dias. A substituição do
tratamento intravenoso pelo tratamento oral deve ser estabelecida a critério médico, de acordo com a resposta
clínica.
com doença inflamatória pélvica causada por organismos sensíveis é de 500mg, em dose única diária, por via
intravenosa, durante 1 ou 2 dias. O tratamento intravenoso deve ser seguido por Zimicina®, via oral, em dose
única diária de 250 mg até completar um ciclo terapêutico de 7 dias. A substituição do tratamento intravenoso
pelo tratamento oral deve ser estabelecida a critério médico, de acordo com a resposta clínica.
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça de administrar Zimicina® no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e
utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Este medicamento não deve ser mastigado.
Zimicina® é bem tolerada, apresentando baixa incidência de efeitos colaterais.
Em estudos clínicos foram relatados os seguintes efeitos indesejáveis:
Sanguíneo e Linfático: episódios transitórios de uma leve redução na contagem de neutrófilos foram ocasionalmente
observados nos estudos clínicos.
Ouvido e Labirinto: disfunções auditivas, incluindo perda de audição, surdez e/ou tinido, foram relatados por
pacientes recebendo azitromicina. Muitos desses eventos foram associados ao uso prolongado de altas doses em
estudos clínicos. Nos casos em que informações de acompanhamento estavam disponíveis, foi observado que a
maioria desses eventos foi reversível.
Gastrintestinal: náusea, vômito, diarreia, fezes amolecidas, desconforto abdominal (dor/cólica) e flatulência.
Hepatobiliar: disfunção hepática.
Pele e Tecido Subcutâneo: reações alérgicas incluindo rash e angioedema.
Em experiência pós-comercialização, foram relatados os seguintes efeitos indesejáveis:
Infecções e Infestações: monilíase e vaginite.
Sanguíneo e Linfático: trombocitopenia.
Sistema Imunológico: anafilaxia (raramente fatal) (vide item 5. Advertências e Precauções).
Metabolismo e Nutrição: anorexia.
Psiquiátrico: reação agressiva, nervosismo, agitação e ansiedade.
Sistema Nervoso: tontura, convulsões, cefaleia, hiperatividade, hipoestesia, parestesia, sonolência e desmaio. Casos
raros de distúrbio de paladar/ olfato e/ou perda foram relatados.
Ouvido e Labirinto: surdez, zumbido, alterações na audição, vertigem.
Cardíaco: palpitações e arritmias incluindo taquicardia ventricular foram relatados. Há relatos raros de
prolongamento QT e Torsades de Pointes. (vide item 5. Advertências e Precauções).
Vascular: hipotensão.
Gastrintestinal: vômito/diarreia (raramente resultando em desidratação), dispepsia, constipação, colite
pseudomembranosa, pancreatite e raros relatos de descoloração da língua.
Hepatobiliar: hepatite e icterícia colestática foram relatadas, assim como casos raros de necrose hepática e
insuficiência hepática, a qual resultou em morte (vide item 5. Advertências e Precauções).
Pele e Tecido Subcutâneo: reações alérgicas incluindo prurido, rash, fotossensibilidade, edema, urticária e
angioedema. Foram relatados raros casos de reações dermatológicas graves, incluindo eritema multiforme, síndrome
de Stevens Johnson e necrólise epidérmica tóxica.
Músculo-Esquelético e Tecido Conjuntivo: artralgia.
Renal e Urinário: nefrite intersticial e disfunção renal aguda.
Geral: foi relatado astenia, cansaço, mal-estar.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.