Bula do Zyvox produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
ZYVOX®
(linezolida)
LABORATÓRIOS PFIZER LTDA.
COMPRIMIDOS REVESTIDOS
600 mg
LLD_ZYVCOR_03 1
14/nov/2013
linezolida
I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
Nome comercial: Zyvox®
Nome genérico: linezolida
APRESENTAÇÕES
Zyvox® comprimido revestido de 600 mg em embalagens contendo 10 comprimidos.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO
USO PEDIÁTRICO (vide item 8. Posologia e Modo de Usar).
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de Zyvox® 600 mg contém o equivalente a 600 mg de linezolida.
Excipientes: amido de milho, celulose microcristalina, hiprolose, amidoglicolato de sódio, estearato de
magnésio, Opadry® branco, cera de carnaúba e Opacode red (impressão).
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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
Zyvox® (linezolida) está indicado no tratamento de infecções presumidas ou comprovadamente causadas por
bactérias sensíveis (vide o espectro de ação no item 3. Características Farmacológicas). Entre estas infecções
bacterianas se destacam as associadas com bacteremia concomitante, como por exemplo: 1) Pneumonia
adquirida em ambiente hospitalar (incluindo aquelas relacionadas à ventilação mecânica) ou comunitário; 2)
Infecções de pele e de partes moles complicadas (incluindo pé diabético sem osteomielite concomitante) e não
complicadas; 3) Infecções enterocócicas, incluindo aquelas causadas por cepas de Enterococcus faecium e
Enterococcus faecalis resistentes à vancomicina. Zyvox® é ativo somente contra bactérias Gram-positivas.
Zyvox® não tem atividade contra patógenos Gram-negativos. É exigida terapia Gram-negativa específica caso se
confirme ou se suspeite de um patógeno Gram-negativo concomitante (vide item 5. Advertências e Precauções e
item 3. Características Farmacológicas).
ADULTOS
Infecções enterocócicas resistentes à vancomicina: pacientes adultos com infecção enterocócica resistente à
vancomicina documentada ou suspeita foram inscritos em um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego
comparando uma dose alta de Zyvox® (600 mg) com uma dose baixa de Zyvox® (200 mg) dadas a cada 12
horas (q12h) por via intravenosa (IV) ou oral durante 7 a 28 dias. As taxas de cura para a população ITT com
infecção enterocócica resistente à vancomicina documentada no baseline são apresentadas na Tabela 1 por
origem de infecção. A taxa de cura foi maior no braço de dose alta do que no braço de dose baixa, embora a
diferença não tenha sido estatisticamente significativa.
Tabela 1. Taxas de cura na visita do teste de cura para pacientes adultos itt com infecções enterocócicas
resistentes à vancomicina documentadas no baseline
Origem da Infecção
Curado
Zyvox® 600 mg q12h
n/N (%)
Zyvox® 200 mg q12h
Qualquer local 39/58 (67) 24/46 (52)
Qualquer local com bacteremia associada 10/17 (59) 4/14 (29)
Bacteremia de origem desconhecida 5/10 (50) 2/7 (29)
Pele e estrutura dérmica 9/13 (69) 5/5 (100)
Trato urinário 12/19 (63) 12/20 (60)
Pneumonia 2/3 (67) 0/1 (0)
Outro* 11/13 (85) 5/13 (39)
* Inclui origens de infecção, tais como, abscesso hepático, sepsia biliar, vesícula biliar necrótica, abscesso
pericolônico, pancreatite e infecção relacionada ao cateter.
Pneumonia nosocomial: pacientes adultos com pneumonia nosocomial clínica e radiologicamente documentada
foram inscritos em um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego. Os pacientes foram tratados durante 7 a
21 dias. Um grupo recebeu 600 mg q12h em injeção intravenosa de Zyvox®, e o outro grupo recebeu 1 g q12h
de vancomicina intravenosa. Ambos os grupos receberam aztreonam concomitante (1 a 2 g intravenosa a cada 8
horas), que poderia ser continuado se clinicamente indicado. As taxas de cura em pacientes clinicamente
avaliáveis foram de 57% para os pacientes tratados com linezolida e 60% para os tratados com vancomicina. As
taxas de cura em pacientes clinicamente avaliáveis com pneumonia associada à ventilação foram de 47% para
pacientes tratados com linezolida e de 40% para os tratados com vancomicina. Uma análise com intenção de
tratar modificada (MITT) de 94 pacientes tratados com linezolida e de 83 tratados com vancomicina incluía
indivíduos que tiveram um agente patológico isolado antes do tratamento. As taxas de cura na análise MITT
foram de 57% em pacientes tratados com linezolida e de 46% em pacientes tratados com vancomicina. As taxas
de cura por patógeno para pacientes avaliáveis microbiologicamente são apresentadas na Tabela 2.
Tabela 2. Taxas de cura na visita de teste de cura para pacientes adultos microbiologicamente avaliáveis com
pneumonia nosocomial
Patógeno
Zyvox®
vancomicina
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Staphylococcus aureus 23/38 (61) 14/23 (61)
S. aureus resistente à meticilina 13/22 (59) 7/10 (70)
Streptococcus pneumoniae 9/9 (100) 9/10 (90)
Infecções complicadas na pele e na estrutura dérmica: pacientes adultos com infecções complicadas na pele e na
estrutura dérmica documentadas foram inscritos em um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego, de uso
duplo de tratamento inativo, comparando medicações em estudo administradas por via intravenosa seguidas de
medicações dadas oralmente durante um total de 10 a 21 dias de tratamento. Um grupo de pacientes recebeu
injeção com 600 mg q12h IV de Zyvox® seguida de comprimidos com 600 mg q12h de Zyvox®; o outro grupo
recebeu 2 g de oxacilina a cada 6 horas (q6h) IV seguido de 500 mg q6h de dicloxacilina oralmente. As taxas de
cura em pacientes clinicamente avaliáveis foram de 90% em pacientes tratados com linezolida e de 85% em
pacientes tratados com oxacilina. Uma análise com intenção de tratar modificada (MITT) de 316 pacientes
tratados com linezolida e de 313 pacientes tratados com oxacilina incluía pacientes que preenchiam todos os
critérios para a entrada no estudo. As taxas de cura na análise MITT foram de 86% em pacientes tratados com
linezolida e de 82% em pacientes tratados com oxacilina. As taxas de cura por patógeno para pacientes
microbiologicamente avaliáveis são apresentadas na Tabela 3.
Tabela 3. Taxas de cura na visita de teste de cura para pacientes adultos microbiologicamente avaliáveis com
infecções complicadas na pele e na estrutura dérmica
oxacilina/dicloxacilina
Staphylococcus aureus 73/83 (88) 72/84 (86)
S. aureus resistente à meticilina 2/3 (67) 0/0 (-)
Streptococcus agalactiae 6/6 (100) 3/6 (50)
Streptococcus pyogenes 18/26 (69) 21/28 (75)
Um estudo separado forneceu conhecimento adicional com o uso de Zyvox® no tratamento de infecções devido
ao Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA). Este foi um estudo randomizado, aberto, em pacientes
adultos hospitalizados com infecção devido a MRSA documentada ou suspeita. Um grupo de pacientes recebeu
injeção com 600 mg q12h de Zyvox® IV seguida por comprimidos com 600 mg q12h de Zyvox®. O outro
grupo de pacientes recebeu 1 g q12h de vancomicina IV. Ambos os grupos foram tratados durante 7 a 28 dias e
puderam receber aztreonam ou gentamicina concomitante se clinicamente indicado. As taxas de cura em
pacientes microbiologicamente avaliáveis com infecção devido ao MRSA na pele ou na estrutura dérmica foram
de 26/33 (79%) para pacientes tratados com linezolida e de 24/33 (73%) para pacientes tratados com
vancomicina.
PACIENTES PEDIÁTRICOS
Infecções devido a organismos gram-positivos: um estudo sobre segurança e eficácia forneceu conhecimento
sobre o uso de Zyvox® em pacientes pediátricos para o tratamento de pneumonia nosocomial, infecções
complicadas na pele e na estrutura dérmica, bacteremia relacionada ao cateter, bacteremia de origem não
identificada e outras infecções devido patógenos bacterianos Gram-positivos, incluindo Staphylococcus aureus
resistente e suscetível à meticilina e Enterococcus faecium resistente à vancomicina. Os pacientes pediátricos
recém-nascidos a 11 anos de idade com infecções causadas por organismos Gram-positivos documentadas ou
suspeitas foram inscritos em um estudo randomizado, aberto, comparador-controlado. Um grupo de pacientes
recebeu injeção com 10 mg/kg de Zyvox® IV a cada 8 horas (q8h) seguida por Zyvox® para 10 mg/kg q8h de
Suspensão Oral. Um segundo grupo recebeu 10 a 15 mg/kg de vancomicina IV a cada 6 a 24 horas, dependendo
da idade e do clearance renal. Pacientes que tinham infecções VRE confirmadas foram colocados em um
terceiro braço do estudo e receberam 10 mg/kg q8h de Zyvox® IV e/ou oralmente. Todos os pacientes foram
tratados durante um total de 10 a 28 dias e puderam receber antibióticos Gram-negativos concomitantes se
clinicamente indicado. Na população com intenção de tratar (ITT), havia 206 pacientes randomizados para
linezolida e 102 pacientes randomizados para vancomicina. Cento e dezessete (57%) pacientes tratados com
linezolida e 55 (54%) tratados com vancomicina eram clinicamente avaliáveis. As taxas de cura em pacientes
ITT foram de 81% em pacientes randomizados para linezolida e de 83% em pacientes randomizados para
vancomicina (Intervalo de Confiança de 95% da diferença do tratamento; -13%, 8%). As taxas de cura em
pacientes clinicamente avaliáveis foram de 91% em pacientes tratados com linezolida e de 91% em pacientes
tratados com vancomicina (IC de 95%; -11%, 11%). Os pacientes com intenção de tratar modificada (MITT)
incluíam pacientes ITT que, nos valores basais, tiveram um elemento patológico Gram-positivo isolado no local
da infecção ou no sangue. As taxas de cura em pacientes MITT foram de 80% em pacientes randomizados para
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linezolida e de 90% em pacientes randomizados para vancomicina (IC de 95%; -23%, 3%). As taxas de cura para
pacientes ITT, MITT e clinicamente avaliáveis são apresentadas na Tabela 4. Após o estudo ter sido completado,
13 pacientes adicionais que variavam de 4 dias a 16 anos de idade foram inscritos em uma extensão aberta do
braço VRE do estudo. A Tabela 5 fornece as taxas de cura clínica por patógeno para pacientes
microbiologicamente avaliáveis, incluindo pacientes microbiologicamente avaliáveis com Enterococcus faecium
resistente à vancomicina na extensão deste estudo.
Tabela 4. Taxas de cura na visita de teste de cura para pacientes pediátricos com intenção de tratar, intenção de
tratar modificada e clinicamente avaliáveis através de diagnóstico no baseline
População
ITT MITT* Clinicamente Avaliáveis
Qualquer diagnóstico 150/186 (81) 69/83 (83) 86/108 (80) 44/49 (90) 106/117 (91) 49/54 (91)
Bacteremia de Origem
Não Identificada
22/29 (76) 11/16 (69) 8/12 (67) 7/8 (88) 14/17 (82) 7/9 (78)
Bacteremia relacionada
ao cateter
30/41 (73) 8/12 (67) 25/35 (71) 7/10 (70) 21/25 (84) 7/9 (78)
Infecções complicadas na
pele e na estrutura
dérmica
61/72 (85) 31/34 (91) 37/43 (86) 22/23 (96) 46/49 (94) 26/27 (96)
Pneumonia nosocomial 13/18 (72) 11/12 (92) 5/6 (83) 4/4 (100) 7/7 (100) 5/5 (100)
Outras infecções 24/26 (92) 8/9 (89) 11/12 (92) 4/4 (100) 18/19 (95) 4/4 (100)
*Pacientes MITT = ITT com um elemento patológico Gram-positivo isolado no baseline
Tabela 5. Taxas de cura na visita de teste de cura para pacientes pediátricos microbiologicamente avaliáveis com
infecções devido a patógenos gram-positivos
Microbiologicamente Avaliável
Enterococcus faecium resistente à vancomicina 6/8 (75)* 0/0 (-)
Staphylococcus aureus 36/38 (95) 23/24 (96)
S. aureus resistente à meticilina 16/17 (94) 9/9 (100)
Streptococcus pyogenes 2/2 (100) 1/2 (50)
*Inclui dados de 7 pacientes inscritos na extensão aberta deste estudo.
ESTUDO CLÍNICO DE INFECÇÕES GRAM-POSITIVAS DA CORRENTE SANGUÍNEA
RELACIONADAS AO CATETER - Um estudo clínico, aberto, randomizado, foi conduzido em pacientes
adultos com infecções sistêmicas relacionadas ao cateter causadas por patógenos Gram-positivos comparando
linezolida (600 mg a cada 12 horas IV/oral) com vancomicina 1 g IV a cada 12 horas ou oxacilina 2 g IV a cada
6 horas/dicloxacilina 500 mg por via oral, a cada 6 horas com duração do tratamento de 7 a 28 dias. A taxa de
mortalidade neste estudo foi 78/363 (21,5%) e 58/363 (16,0%) para a linezolida e o comparador,
respectivamente. Com base nesses resultados de regressão logística, a razão estimada é de 1,426 [IC 95% 0,970,
2,098]. Como a causalidade não foi estabelecida, o desequilíbrio observado ocorreu principalmente em pacientes
tratados com linezolida que apresentavam no pré-tratamento patógenos Gram-negativos, mistura de patógenos
Gram-negativos e Gram-positivos, ou nenhum patógeno. Pacientes randomizados para linezolida que tinham
somente uma infecção Gram-positiva no pré-tratamento, incluindo o subgrupo de pacientes com bacteremia
Gram-positiva apresentaram uma taxa de sobrevida similar ao comparador.
PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS - A linezolida é um agente antibacteriano sintético pertencente a
uma nova classe de antibióticos, as oxazolidinonas, com atividade in vitro contra as bactérias Gram-positivas
aeróbicas, algumas bactérias Gram-negativas e microrganismos anaeróbicos. A linezolida inibe seletivamente a
síntese proteica bacteriana através de um mecanismo de ação singular. A linezolida liga-se aos sítios do
ribossomo bacteriano (23S da subunidade 50S) e impede a formação de um complexo de iniciação 70S
funcional, essencial para o processo de transcrição.
Suscetibilidade: somente microrganismos relevantes às indicações clínicas estão presentes a seguir:
Categoria
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ORGANISMOS SUSCETÍVEIS (inclusive os resistentes à oxacilina e aos glicopeptídeos)
1) Microrganismos Gram-positivos aeróbios
Enterococcus faecalis
Enterococcus faecium*
Staphylococcus aureus*
Staphylococci coagulase negativa
Streptococcus agalactiae*
Streptococcus pneumoniae*
Streptococcus pyogenes*
Streptococci do grupo C
Streptococci do grupo G
2) Microrganismos Gram-positivos anaeróbios
Clostridium perfringens
Peptostreptococcus anaerobius
Peptostreptococcus species
MICRORGANISMOS RESISTENTES
Haemophilus influenzae
Moraxella catarrhalis
Neisseria species
Enterobacteriaceae
Pseudomonas species
* a eficácia clínica foi demonstrada para isolados susceptíveis em indicações clinicas aprovadas.
O efeito pós-antibiótico in vitro (EPA) da linezolida para o Staphylococcus aureus foi de aproximadamente 2
horas.
Parâmetros de avaliação: os seguintes valores da MIC separam as cepas isoladas sensíveis das cepas isoladas não
sensíveis:
Critérios de interpretação da suscetibilidade
Patógeno MIC (mcg/mL) Difusão em disco (diâmetros da
zona em mm)
S I R S I R
Enterococcus spp. < 2 4 > 8 > 23 21-22 < 20
Staphylococcus spp.a
< 4 - - > 21 - -
Streptococcus pneumoniae a
< 2b
- - > 21c
- -
Streptococcus spp. (exceto S. pneumoniae) a
S = Suscetível; I = Suscetibilidade Intermediária; R = Resistente
a
A ausência de dados atuais sobre cepas resistentes impede a definição de outras categorias que não a
categoria "suscetível". As cepas com resultados sugestivos de uma categoria "não suscetível" devem ser
testadas novamente e caso o resultado seja confirmado, devem ser encaminhadas para um laboratório de
referência para testes adicionais.
b
Os padrões de interpretação para S. pneumoniae e Streptococcus spp. (exceto S. pneumoniae) são aplicáveis
apenas para testes realizados por microdiluição utilizando meio Mueller-Hinton cátion- ajustado com 2 a 5%
de sangue lisado de cavalo semeado diretamente com uma suspensão de colônia e incubado a 35°C por 20 a
24 horas.
c
Os padrões de interpretação dos diâmetros de zona são aplicáveis apenas para testes realizados utilizando
Agar Mueller-Hinton enriquecido com 5% de sangue desfibrinado de ovelha semeado diretamente com uma
suspensão de colônia e incubado a 5% de CO2 a 35°C por 20 a 24 horas.
Os estudos usados para definir os parâmetros de avaliação acima foram os métodos padronizados de
microdiluição e difusão em ágar do NCCLS (Comitê Nacional para Padrões Laboratoriais Clínicos dos Estados
Unidos).
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS – 1) Absorção: a linezolida é absorvida rápida e extensivamente
após a administração oral. As concentrações plasmáticas máximas são atingidas dentro de 2 horas após a
administração e a biodisponibilidade oral absoluta (equivalência dos níveis séricos atingidos com as doses oral e
intravenosa) é completa (aproximadamente 100%). A absorção a partir da suspensão oral é semelhante a obtida
com os comprimidos revestidos e não é afetada significativamente por alimentos. A Cmáx e Cmín (média e
desvio padrão) da linezolida plasmática no estado de equilíbrio foram determinadas em 15,1 (2,5) mg/L e 3,68
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(2,68) mg/L, respectivamente, após administrações intravenosas de 600 mg, a cada 12 horas. Em outro estudo
com dose oral de 600 mg a cada 12 horas, a Cmáx e Cmín foram determinadas em 21,2 (5,8) mg/L e 6,15 (2,94)
mg/L, respectivamente, no estado de equilíbrio. As condições de estado de equilíbrio foram alcançadas no
segundo dia de tratamento. 2) Distribuição: o volume de distribuição no estado de equilíbrio é, em média, de 40
a 50 litros em adultos saudáveis e aproxima-se do volume de água corporal total. A ligação às proteínas
plasmáticas é de aproximadamente 31% e não é dependente da concentração plasmática. As concentrações da
linezolida foram determinadas em vários fluidos em estudos com número limitado de voluntários após a
administração de doses múltiplas. As razões da linezolida na saliva e no suor em relação ao plasma foram 1,2:1,0
e 0,55:1,0, respectivamente. As mesmas razões para a secreção líquida de revestimento epitelial e para as células
alveolares do pulmão, quando medidas na concentração máxima em estado de equilíbrio dinâmico, foram 4,5:1,0
e 0,15:1,0, respectivamente. Informações sobre a farmacocinética em pacientes pediátricos com derivação
ventrículo-peritoneal mostraram concentrações variáveis de linezolida no fluido cerebrospinal após dose únicas e
múltiplas de linezolida. As concentrações terapêuticas não foram alcançadas ou mantidas no fluido
cerebrospinal. Portanto, o uso da linezolida para tratamento empírico de pacientes pediátricos com infecções do
sistema nervoso não é recomendado. 3) Metabolismo: a oxidação metabólica do anel de morfolina resulta
principalmente em dois derivados inativos do ácido carboxílico de anel aberto. O metabólito de ácido
aminoetoxiacético (PNU-142300) é menos abundante. O metabólito de hidroxietilglicina (PNU-142586) é o
metabólito humano predominante e se forma por um processo não enzimático. Foram caracterizados outros
metabólitos inativos em menor proporção. 4) Eliminação: em pacientes com função renal normal ou
insuficiência renal de leve a moderada, a linezolida é excretada na urina principalmente como PNU-142586
(40%), como fármaco inalterado (30%) e como PNU-142300 (10%), no estado de equilíbrio. Nenhuma
concentração do fármaco inalterado é encontrada nas fezes, enquanto que aproximadamente 6% e 3% de cada
dose são excretados como PNU-142586 e PNU-142300, respectivamente. A meia-vida de eliminação é, em
média, de cinco a sete horas. A depuração não renal responde por cerca de 65% da depuração total da linezolida.
Observa-se um pequeno grau de não linearidade na depuração com o aumento das doses de linezolida. Isso
parece ser devido à depuração renal e não renal menores na presença de concentrações mais elevadas de
linezolida. Entretanto, a diferença na depuração é pequena e, aparentemente, não se reflete na meia-vida de
eliminação.
POPULAÇÕES ESPECIAIS - A Cmáx e o volume de distribuição (Vss) da linezolida são similares
independente da idade nos pacientes pediátricos. Porém, a depuração da linezolida varia em função da idade.
Com exceção dos neonatos pré-termo menores que uma semana de idade, a depuração é mais rápida em grupos
de pacientes mais jovens, entre 1 semana e 11 anos de idade, resultando numa área sob a curva (AUC) e meia-
-vida menores que em adultos. A depuração da linezolida diminui gradativamente com o aumento da idade dos
pacientes pediátricos e em pacientes adolescentes o valor médio da depuração se aproxima do observado na
população adulta.
NEONATOS, CRIANÇAS E ADOLESCENTES - Em neonatos de até 1 semana, a depuração sistêmica da
linezolida (baseado no peso corporal) aumenta rapidamente na primeira semana de vida. Portanto, neonatos
recebendo doses de 10 mg/kg a cada 8 horas terão maior exposição sistêmica no primeiro dia após o nascimento.
Entretanto, não se espera acúmulo excessivo com esta dosagem durante a primeira semana de vida devido ao
aumento da depuração durante este período. Em crianças de 1 semana a 12 anos de idade, a administração de 10
mg/kg a cada 8 horas resultou em exposição semelhante a obtida em adultos recebendo 600 mg a cada 12 horas.
Crianças e adolescentes (< 18 anos de idade): em adolescentes (12 a 17 anos), a farmacocinética da linezolida foi
similar a de adultos após uma dose de 600 mg. Portanto, adolescentes recebendo 600 mg a cada 12 horas
apresentam exposição similar à observada em adultos recebendo a mesma dose.
IDOSOS - A farmacocinética da linezolida não é significativamente diferente em pacientes com 65 anos ou
mais.
MULHERES - As mulheres apresentam um volume de distribuição um pouco menor que os homens e a
depuração média diminui aproximadamente 20%, quando corrigida para o peso corporal. As concentrações
plasmáticas são um pouco mais elevadas em mulheres e isso pode ser atribuído, em parte, às diferenças no peso
corporal. Entretanto, como a meia-vida média da linezolida não é significativamente diferente em homens e
mulheres, não se espera que as concentrações plasmáticas em mulheres aumentem substancialmente acima dos
valores sabidamente tolerados e, por essa razão, não são necessários ajustes posológicos.
PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL - Após dose única de 600 mg, houve um aumento de 7 a 8 vezes
na exposição aos 2 principais metabólitos da linezolida no plasma de pacientes com insuficiência renal grave (p.
ex.: depuração de creatinina < 30 mL/min). Entretanto, não houve aumento na AUC do fármaco inalterado.
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Embora haja remoção dos principais metabólitos da linezolida por hemodiálise, os níveis plasmáticos dos
metabólitos após dose única de 600 mg foram consideravelmente mais altos após diálise do que aqueles
observados em pacientes com função renal normal ou insuficiência renal leve a moderada. Em 24 pacientes com
insuficiência renal grave, 21 destes estavam sob hemodiálise regular, picos de concentrações plasmáticas dos 2
principais metabólitos após vários dias de tratamento foi cerca de 10 vezes as concentrações observadas em
pacientes com função renal normal. Nível de pico plasmático da linezolida não foi afetado. O significado clínico
destes achados não foi estabelecido, assim como o limite de segurança (vide item 8. Posologia e Modo de Usar).
Não é necessário ajuste posológico em pacientes com insuficiência renal leve, moderada ou grave, pois a
depuração renal é independente da depuração de creatinina. Observou-se, contudo, que aproximadamente 30%
do nível sérico é removido durante uma sessão de hemodiálise. Assim, a linezolida deve ser administrada
preferencialmente após a diálise.
PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA - Dados limitados indicam que a farmacocinética da
linezolida e seus metabólitos (PNU-142300 ou PNU-142586) não se alterou em pacientes com insuficiência
hepática leve a moderada (Child-Pugh classe A ou B). Por essa razão, não é necessário ajuste posológico nesses
pacientes. A farmacocinética da linezolida em pacientes com insuficiência hepática grave (Child-Pugh classe C)
não foi avaliada. Entretanto, como a linezolida é metabolizada por um processo não enzimático, não se espera
que o comprometimento da função hepática altere significativamente seu metabolismo (vide item 8. Posologia e
Modo de Usar).
DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICOS - A fertilidade e reprodução de ratos machos em níveis de
exposição aproximadamente iguais aos valores esperados em humanos foram reduzidas pela linezolida, em
animais sexualmente maduros, estes efeitos foram reversíveis. Os efeitos reversíveis sobre a fertilidade foram
mediados por alterações na espermatogênese. Os espermatozoides afetados continham mitocôndrias formadas e
orientadas de forma anormal e não eram viáveis. A presença de esperma anormal no epidídimo foi acompanhada
por hipertrofia epitelial e hiperplasia. Não foi observado hipertrofia epididimal em cães tratados por 1 mês,
embora as alterações de testículos, epidídimo e peso da próstata tenham sido aparentes. Uma leve diminuição da
fertilidade após tratamento oral foi apresentada por ratos adultos sexualmente maduros assim como ratos jovens,
que receberam tratamento durante o período de desenvolvimento sexual (50 mg/kg/dia do dia 7 ao 36 pós-natal e
100 mg/kg/dia do dia 37 ao 55), com níveis de exposição de até 1,7 vezes a média da AUC em pacientes
pediátricos de 3 meses a 11 anos. A diminuição da fertilidade não foi observada após tratamento in utero de
curto prazo durante o inicio do período neonatal (dia 6 da gestação até dia 5 pós-natal), exposição neonatal (dia 5
a 21 pós-natal), ou exposição juvenil (dia 22 a 35 pós-natal). Foram observadas reduções reversíveis na
motilidade e morfologia dos espermatozoides em ratos após tratamento durante os dias 22 a 35 pós-natal. Os
estudos de toxicidade reprodutiva em camundongos e ratos não apresentaram evidências de efeito teratogênico
para níveis de exposição até 4 vezes aos utilizados em humanos. Entretanto, as mesmas concentrações de
linezolida causaram toxicidade materna em camundongos e foram observados aumento na mortalidade de
embriões, incluindo perda total da prole, pesos corporais fetais reduzidos e exacerbação da predisposição
genética normal a variações esternais na cepa de camundongo. Em ratos, foi observada leve toxicidade materna
em doses menores do que as exposições clínicas esperadas. Do mesmo modo, também foi determinada
toxicidade fetal leve manifestada como pesos corporais fetais reduzidos, ossificação reduzida das esternébras,
sobrevida reduzida da prole e retardos leves da maturação. Quando do acasalamento, esses mesmos filhotes
apresentaram evidências de aumento da perda na fase de pré-implantação com correspondente diminuição de
fertilidade, e esse achado foi relacionado com a dose e reversível após interrupção. A linezolida e seus
metabólitos são excretados no leite de ratas lactantes e as concentrações observadas foram maiores do que no
plasma materno. A linezolida não foi teratogênica em coelhos quando administrada a cada 12 horas com dose
oral total de até 15 mg/kg/dia (0,06 vezes a exposição clínica, baseado na AUC). A toxicidade materna (sinais
clínicos, redução do ganho de peso corpóreo e consumo de alimento) ocorreu a 5 e 15 mg/kg/dia, e redução de
peso corpóreo fetal ocorreu a 15 mg/kg/dia. A exposição a linezolida foi menor devido a sensibilidade
característica dos coelhos aos antibióticos. A linezolida produziu mielossupressão reversível em ratos e cães
adultos e jovens. Em ratos recebendo 80 mg/kg/dia de linezolida oralmente por 6 meses foi observado
degeneração axonal mínima a leve, não reversível, do nervo ciático. Também foi observada degeneração mínima
do nervo ciático em 1 macho nesta mesma dose após 3 meses em necropsia interina. A avaliação morfológica
dos tecidos fixados por perfusão foi conduzida para investigar a evidencia de degeneração do nervo óptico. Foi
evidenciado degeneração do nervo óptico (mínima a moderada) em 2 ratos machos que receberam 80 mg/kg/dia
de linezolida por 6 meses, mas a relação direta com o medicamento foi equivocada devido a natureza precisa do
achado e sua distribuição assimétrica. A degeneração do nervo foi comparável microscopicamente a relatos
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espontâneos de degeneração unilateral do nervo óptico em ratos “idosos” e pode ser uma exacerbação de uma
alteração de fundo comum.
Zyvox® é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade à linezolida ou a qualquer um dos
componentes da fórmula. Zyvox® também é contraindicado a pacientes que estejam utilizando qualquer
medicamento que seja um inibidor das monoaminoxidases A ou B (ex.: fenelzina, isocarboxazida) ou até duas
semanas de uso de qualquer um destes medicamentos. A menos que os pacientes sejam monitorados quanto a um
potencial aumento da pressão sanguínea, Zyvox® não deve ser administrado em pacientes com hipertensão não
controlada, feocromocitoma, tireotoxicose e/ou pacientes utilizando algum dos seguintes tipos de medicamentos:
agentes simpatomiméticos de ação direta ou indireta (ex.: pseudoefedrina, fenilpropanolamina), agentes
vasoconstritores (ex.: epinefrina, norepinefrina), agentes dopaminérgicos (ex.: dopamina, dobutamina) (vide item
6. Interações Medicamentosas). Zyvox® não deve ser administrado em pacientes com síndrome do carcinoide
e/ou pacientes utilizando algum dos seguintes medicamentos: inibidores de recaptação de serotonina,
antidepressivos tricíclicos, agonistas do receptor de serotonina 5-HT1 (triptanos), meperidina ou buspirona (vide
item 6. Interações Medicamentosas), a menos que os sinais e/ou sintomas da síndrome serotoninérgica sejam
cuidadosamente observados nos pacientes.
GERAIS - Mielossupressão reversível (anemia, trombocitopenia, leucopenia e pancitopenia) foi relatada em
alguns pacientes recebendo linezolida, que pode ser dependente da duração da terapia com linezolida. Deve-se
considerar o monitoramento com hemograma completo de pacientes que tenham risco aumentado de
sangramento, com história de mielossupressão preexistente, que receberem, concomitantemente, medicações que
possam diminuir os níveis de hemoglobina, a contagem ou a função das plaquetas ou que receberem linezolida
por mais de 2 semanas. Relatou-se a ocorrência de colite pseudomembranosa, de grau leve a risco de morte, com
o uso de quase todos os agentes antibacterianos, incluindo a linezolida. Por essa razão, é importante considerar
esse diagnóstico em pacientes que apresentam diarreia após a administração de qualquer agente antibacteriano.
Foi relatada diarreia associada a Clostridium difficile com a maioria dos agentes antibacterianos, incluindo
linezolida, que pode variar de diarreia leve a colite fatal. O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora
normal do cólon permitindo o crescimento de C. difficile. A C. difficile produz toxinas A e B que contribuem
para o desenvolvimento de diarreia associada. Hipertoxinas produzidas por cepas de C. difficile causaram
aumento da morbidade e mortalidade, uma vez que estas infecções podem ser refratárias a tratamento
antimicrobiano e podem requerer colectomia. A diarreia associada a C. difficile deve ser considerada em todos os
pacientes que apresentam diarreia seguida do uso de antibióticos. Cuidadoso histórico médico é necessário uma
vez que houve relatos de diarreia associada a C. difficile até 2 meses após a administração de agentes
antibacterianos. O uso dos antibióticos pode ocasionalmente resultar em crescimento excessivo de organismos
não sensíveis. Se ocorrer uma superinfecção durante o tratamento, devem ser tomadas medidas apropriadas.
Neuropatia periférica e óptica foram relatadas em pacientes tratados com Zyvox®, principalmente os tratados
por mais tempo do que o máximo recomendado (28 dias). Nos casos de neuropatia óptica que progrediram para
perda de visão os pacientes foram tratados por períodos prolongados, acima da duração máxima recomendada.
Caso surjam sintomas de insuficiência visual, como alterações na acuidade visual, visão de cores, visão
embaçada ou defeito no campo visual, é recomendada uma avaliação oftálmica imediata. A função visual deve
ser monitorada em todos os pacientes recebendo Zyvox® por períodos prolongados (3 meses ou mais) e em
todos os pacientes que relatarem novos sintomas visuais relacionados a duração do tratamento com linezolida.
Caso ocorra neuropatia óptica ou periférica a continuidade do tratamento com Zyvox® deve ser considerada em
relação aos riscos potenciais e os benefícios obtidos pelo processo terapêutico. Acidose láctica foi relatada com o
uso de Zyvox®. Pacientes que apresentaram náusea ou vômito recorrente, acidose não explicada ou baixo nível
de bicarbonato durante o tratamento com Zyvox® devem receber atenção médica imediata. Não foram
estabelecidas a segurança e a eficácia da linezolida quando administrada durante períodos superiores a 28 dias.
Houve raros relatos de convulsões em pacientes tratados com linezolida. Na maioria dos casos, já havia um
histórico ou fatores de risco de convulsões. Ocorreram relatos espontâneos de Síndrome serotoninérgica com a
coadministração de linezolida e agentes serotoninérgicos, incluindo antidepressivos tais como, inibidores
seletivos de recaptação da serotonina (ISRS). No caso em que a administração concomitante de agentes
serotoninérgicos e Zyvox® é clinicamente apropriada, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados
quanto a sinais e sintomas da Síndrome serotoninérgica, tais como, disfunção cognitiva, hiperpirexia,
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hiperreflexia e incoordenação. Se estes sinais ou sintomas ocorrerem deve-se considerar a descontinuação de um
ou ambos os medicamentos. Se o agente serotoninérgico é interrompido deve-se observar os sintomas da
suspensão. Em voluntários sadios, a coadministração de rifampicina com linezolida resultou em uma diminuição
de 21% do Cmáx e de 32% da AUC da linezolida (vide item 6. Interações Medicamentosas). O significado
clínico desta interação é desconhecido. Zyvox® não tem atividade clínica contra patógenos Gram-negativos e
não é indicado para o tratamento de infecções Gram-negativas. É exigida terapia Gram-negativa específica caso
se confirme ou se suspeite de um patógeno Gram-negativo concomitante. Zyvox® deve ser usado com cuidado
especial em pacientes com alto risco de morte por infecções sistêmicas, tais como aquelas infecções relacionadas
aos cateteres venosos centrais nas unidades de terapia intensiva. Zyvox® não está aprovado para o tratamento de
pacientes com infecções da corrente sanguínea relacionadas ao cateter.
ESTUDO CLÍNICO DE INFECÇÕES GRAM-POSITIVAS DA CORRENTE SANGUÍNEA
RELACIONADAS AO CATETER - Um estudo clínico, aberto, randomizado, foi conduzido em pacientes
adultos com infecções sistêmicas relacionadas ao cateter causadas por patógenos Gram-positivos comparando
linezolida (600 mg a cada 12 horas IV/oral) com vancomicina 1 g IV a cada 12 horas ou oxacilina 2 g IV a cada
6 horas/dicloxacilina 500 mg por via oral, a cada 6 horas com duração do tratamento de 7 a 28 dias. A taxa de
mortalidade neste estudo foi 78/363 (21,5%) e 58/363 (16,0%) para a linezolida e o comparador,
respectivamente. Com base nesses resultados de regressão logística, a razão estimada é de 1,426 [IC 95% 0,970,
2,098]. Como a causalidade não foi estabelecida, o desequilíbrio observado ocorreu principalmente em pacientes
tratados com linezolida que apresentavam no pré-tratamento patógenos Gram-negativos, mistura de patógenos
Gram-negativos e Gram-positivos, ou nenhum patógeno. Pacientes randomizados para linezolida que tinham
somente uma infecção Gram-positiva no pré-tratamento, incluindo o subgrupo de pacientes com bacteremia
Gram-positiva apresentaram uma taxa de sobrevida similar ao comparador.
Atenção: Zyvox® solução para infusão contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em
diabéticos.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO - Não se dispõe de dados adequados do uso da linezolida em
gestantes. Os estudos em animais demonstraram efeitos no sistema reprodutor. O risco potencial para humanos é
desconhecido. Assim sendo, não se recomenda o uso de Zyvox® durante a gravidez. Quando seu uso for
considerado necessário deve-se julgar que o benefício esperado supere o risco potencial, levando-se em conta a
importância do uso de Zyvox® para a mãe. A linezolida é transferida para o leite materno de ratas de laboratório.
Não se sabe se a linezolida é excretada no leite humano. Portanto, deve-se ter cautela quando linezolida é
administrada a mulheres lactantes.
Zyvox® é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez, portanto, este medicamento
não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
A linezolida não é metabolizada de modo detectável pelo sistema enzimático do citocromo P450 (CYP) e não
induz nem inibe as atividades das isoformas de CYP humanas clinicamente significativas (1A2, 2C9, 2C19, 2D6,
2E1, 3A4). Por essa razão, não são esperadas interações medicamentosas induzidas por CYP-450 com a
linezolida. Fármacos como a varfarina e a fenitoína, que são substratos de CYP2C9, podem ser administrados
com a linezolida, sem alterações no esquema posológico. Zyvox® é um inibidor fraco, não seletivo e reversível
da monoaminoxidase (MAO). Portanto, alguns pacientes recebendo Zyvox® podem apresentar aumento leve e
reversível da resposta pressórica induzida pela pseudoefedrina ou fenilpropanolamina. As doses iniciais de
fármacos adrenérgicos, como a dopamina ou agonistas da dopamina, devem ser reduzidas e ajustadas para se
alcançar a resposta desejada. Relatos espontâneos muito raros de Síndrome serotoninérgica foram relatados com
a coadministração de linezolida e agentes serotoninérgicos (vide item 5. Advertências e Precauções).
Antibióticos: não foram observadas interações nos estudos de farmacocinética com o aztreonam ou a
gentamicina. O efeito da rifampicina na farmacocinética da linezolida foi estudado em dezesseis voluntários
sadios, adultos e do sexo masculino recebendo linezolida 600 mg duas vezes ao dia por 2,5 dias com ou sem
rifampicina 600 mg uma vez ao dia por 8 dias. A rifampina diminuiu em média o Cmáx e a AUC da linezolida
em 21% [IC 90%, 15, 27] e 32% [IC 90%, 27, 37] respectivamente. O mecanismo desta interação e seu
significado clínico são desconhecidos (vide item 5. Advertências e Precauções).
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Zyvox® solução para infusão deve ser conservado em temperatura ambiente (abaixo de 25°C), protegido da luz
e pode ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação. Manter a bolsa protegida da luz dentro da
embalagem de papel laminado e caixa até o momento do uso. Nessas condições a solução é estável por 24 meses
a partir da data de fabricação, descrito na embalagem externa, antes da abertura da bolsa. Usar imediatamente
após a abertura. Se não for usada imediatamente, nas condições de armazenamento recomendadas, não se
garantem a eficácia e principalmente a segurança de uso de Zyvox® solução para infusão.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características físicas e organolépticas: solução límpida, incolor a amarela, essencialmente livre de partículas
visíveis.
Zyvox® solução para infusão pode ser utilizado tanto como tratamento inicial quanto para a substituição ou
continuidade de outros tratamentos em infecções bacterianas (vide item 1. Indicações). Os pacientes que iniciam
o tratamento com a formulação parenteral podem passar a receber a formulação oral, quando clinicamente
indicado. Nessas circunstâncias, não é necessário ajuste posológico, visto que a linezolida possui uma
biodisponibilidade de aproximadamente 100%. A solução para infusão deve ser administrada durante 30 a 120
minutos. A dose recomendada de linezolida deve ser administrada por via intravenosa duas vezes ao dia para
pacientes adultos e três vezes ao dia na faixa etária pediátrica.
DURAÇÃO E DOSAGENS RECOMENDADAS
Infecções * Dosagens e Vias de Administração
Duração recomendada
de tratamento
Pacientes pediátricos†
(do nascimento até 11
anos de idade)
Adultos e
Adolescentes (com
12 anos de idade ou
acima)
Infecções complicadas de pele e tecidos
moles
10 mg/kg IV a cada 8
horas
600 mg IV a cada 12
10 -14 dias consecutivosPneumonia adquirida na comunidade,
incluindo bacteremia concomitante
Pneumonia hospitalar
Infecções enterocócicas resistentes a
vancomicina, incluindo bacteremia
concomitante
14-28 dias consecutivos
Infecções não complicadas de pele e
tecidos moles
< 5 anos: 10 mg/kg IV
a cada 8 horas
5-11 anos: 10 mg/kg
IV a cada 12 horas
10 -14 dias consecutivos
* de acordo com os patógenos designados.
† neonatos < 7 dias: a maioria dos neonatos pré-termo < 7 dias de idade (idade gestacional < 34 semanas)
apresentam valores menores de depuração sistêmica da linezolida e valores maiores de AUC que muitos neonatos a
termo e lactentes com idades superiores. O tratamento para estes neonatos deve ser iniciado com uma dose de 10
mg/kg a cada 12 horas. Deve-se considerar o uso de uma dose de 10 mg/kg a cada 8 horas em neonatos com uma
resposta clínica inadequada. Todos os pacientes neonatos devem receber 10 mg/kg a cada 8 horas a partir dos 7 dias
de vida (vide item 3. Características Farmacológicas).
Pacientes idosos e pacientes do sexo feminino: não é necessário ajuste de dose.
Pacientes com insuficiência renal: não é necessário ajuste posológico (vide item 3. Características
Farmacológicas).
Pacientes com insuficiência renal grave (p. ex.: CLCR < 30 mL/min): não é necessário ajuste de dose. Devido ao
significado clínico desconhecido de altas exposições (até 10 vezes) os dois metabólitos principais da linezolida
em pacientes com insuficiência renal grave, a linezolida deve ser administrada com cautela nestes pacientes e
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somente quando os benefícios esperados superarem os riscos teóricos. Como aproximadamente 30% da dose de
linezolida é removida durante 3 horas de hemodiálise, a linezolida deve ser administrada após a sessão de diálise
em pacientes recebendo tal tratamento. Os principais metabólitos da linezolida são significativamente removidos
pela hemodiálise, mas as concentrações destes metabólitos ainda são consideravelmente altas após a diálise
quando comparadas àquelas observadas em pacientes com função renal normal ou insuficiência renal de leve a
moderada. Portanto, a linezolida deve ser utilizada com especial cuidado em pacientes com insuficiência renal
grave, submetidos a diálise e somente quando os benefícios previstos superarem o risco teórico. Não há dados
sobre a experiência de linezolida administrada a pacientes submetidos a diálise peritoneal ambulatorial continua
(CAPD) ou tratamentos alternativos para falência renal (outros que a hemodiálise).
Pacientes com insuficiência hepática: não é necessário ajuste de dose. No entanto, os dados clínicos disponíveis
são limitados e, portanto, recomenda-se que a linezolida seja administrada em tais pacientes somente quando o
beneficio previsto superar o risco teórico (vide item 3. Características Farmacológicas).
INSTRUÇÕES PARA USO E MANUSEIO - Remova a embalagem de papel laminado quando estiver pronto
para ser usado. Verifique se existe vazamento apertando a bolsa firmemente. Se houver qualquer vazamento, não
utilize a bolsa, pois a esterilidade pode ter sido afetada. Toda solução não utilizada deve ser desprezada.
Administre a solução para infusão intravenosa em um período de 30 a 120 minutos. Não utilize as bolsas de
infusão intravenosa em conexões seriadas. Não introduza aditivos na solução. Se a infusão de Zyvox® for
realizada concomitantemente à administração de outro fármaco, cada fármaco deve ser administrado
separadamente, de acordo com as doses recomendadas e a via de administração para cada produto. Não
reconecte as bolsas parcialmente usadas. A solução para infusão é compatível com as seguintes soluções:
dextrose a 5%, cloreto de sódio a 0,9%, Ringer-lactato para injeção (Solução de Hartmann para injeção).
INCOMPATIBILIDADE - Não introduza aditivos na solução. Se a infusão de Zyvox® for realizada
concomitantemente à administração de outros fármacos, cada fármaco deve ser administrado separadamente, de
acordo com as doses recomendadas e a via de administração para cada produto. Do mesmo modo, se for
necessário usar o mesmo cateter intravenoso para a infusão sequencial de várias drogas, o cateter deve ser lavado
antes e depois da administração da linezolida, com pequeno volume de uma solução de infusão compatível. A
solução para infusão é fisicamente incompatível com os seguintes compostos: anfotericina B, cloridrato de
clorpromazina, diazepam, isetionato de pentamidina, lactobionato de eritromicina, fenitoína sódica e
sulfametoxazol/trimetoprima e quimicamente incompatível com a ceftriaxona sódica.
Estudos Clínicos: as reações adversas consideradas relacionadas ao medicamento em estudos clínicos
controlados com incidência ≥ 1% (comum) e < 1% (incomum) foram:
Infecções não complicadas de pele e
tecidos moles
Todas as outras indicações
Gastrintestinal ADULTOS - Comum: diarreia e
náusea. Incomum: vômito.
PEDIÁTRICOS - Comum: dor, cãibras
e distensão abdominal, diarreia, náusea
e vômito.
ADULTOS - Comum: diarreia,
náusea e vômito. PEDIÁTRICOS -
Comum: diarreia, náusea, vômito e
sangramento gastrintestinal.
Incomum: dor, cãibras e distensão
abdominal.
Infecções ADULTOS - Comum: monilíase
vaginal. Incomum: monilíase oral.
ADULTOS - Comum: monilíase
vaginal e monilíase oral.
PEDIÁTRICOS: Incomum: monilíase
oral.
Laboratoriais ADULTOS - testes hematológicos e
hepáticos anormais. PEDIÁTRICOS:
testes hematológicos e hepáticos
anormais.
ADULTOS - testes hematológicos e
hepáticos anormais. PEDIÁTRICOS -
Metabólico e
nutricional
PEDIÁTRICOS - Comum:
hipocalemia.
Respiratório PEDIÁTRICOS - Comum: faringite e
tosse.
PEDIÁTRICOS - Comum: apneia,
dispneia e pneumonia. Incomum:
tosse e faringite.
Sistema Nervoso ADULTOS - Comum: alteração do ADULTOS - Comum: cefaleia.
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paladar, cefaleia e tontura.
PEDIÁTRICOS - Comum: cefaleia e
febre.
Incomum: alteração do paladar e
tontura. PEDIÁTRICOS - Comum:
febre. Incomum: cefaleia.
Pós-comercialização: Sangue e sistema linfático: anemia reversível, leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia;
Ocular: neuropatia óptica, algumas vezes progredindo para perda de visão, foi relatada em pacientes tratados
com linezolida. Estes relatos foram principalmente em pacientes tratados por períodos mais longos do que a
duração máxima recomendada de 28 dias (vide item 5. Advertências e Precauções); Imunológico: anafilaxia;
Endócrino: acidose láctica (vide item 5. Advertências e Precauções); Nervoso: neuropatia periférica, convulsões
(vide item 5. Advertências e Precauções); Pele: rash, angioedema, raros relatos de alterações cutâneas bolhosas,
tais como aqueles descritos como síndrome de Stevens-Johnson.; Gastrintestinal: descoloração da língua e
descoloração superficial dos dentes foram relatadas raramente com o uso de linezolida. A descoloração foi
removida com limpeza dental profissional (descamação manual) nos casos com desfecho conhecido.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as
pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente,
podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos
pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Não foram relatados casos de superdosagem. Entretanto, as seguintes informações podem ser úteis: recomenda-
se tratamento de suporte, juntamente com a manutenção da filtração glomerular. Aproximadamente 30% de uma
dose de linezolida é removida pela hemodiálise.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
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III – DIZERES LEGAIS
MS - 1.0216.0177
Farmacêutico Responsável: José Cláudio Bumerad – CRF-SP n° 43746
Fabricado e embalado por:
Fresenius Kabi Norge AS
Halden – Noruega
Embalado por:
Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
Rodovia Castelo Branco, km 32,5
Itapevi - SP – Brasil
CNPJ nº 61.072.393/0039-06
Indústria Brasileira.
Registrado, importado e distribuído por:
LABORATÓRIOS PFIZER LTDA.
Av. Presidente Tancredo de Almeida Neves, 1555
CEP 07112-070 – Guarulhos – SP
CNPJ nº 46.070.868/0001-69
Fale Pfizer 0800-7701575
www.pfizer.com.br
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA.
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HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES DE BULA
Número de expediente
que alterou a bula
Nome do assunto relacionado Data da notificação
ou da petição
Data de aprovação,
se aplicável
Nome dos itens da bula que foram
alterados
352079/13-0 MEDICAMENTO NOVO -
Notificação de Inclusão de local
de embalagem secundária
0278984/13-1 MEDICAMENTO NOVO - Inclusão
Inicial de Texto de Bula - RDC
60/12
12-abr-2013 NA Versão inicial
NA – não aplicável
ZYVOX®
(linezolida)
LABORATÓRIOS PFIZER LTDA.
SOLUÇÃO PARA INFUSÃO
2 mg/mL
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linezolida
I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
Nome comercial: Zyvox®
Nome genérico: linezolida
APRESENTAÇÕES
Zyvox® solução para infusão 2 mg/mL em embalagens contendo 10 bolsas de 300 mL.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO INJETÁVEL POR INFUSÃO INTRAVENOSA
USO ADULTO
USO PEDIÁTRICO (vide item 8. Posologia e Modo de Usar)
SISTEMA FECHADO
COMPOSIÇÃO
Cada mL de Zyvox® solução para infusão contém o equivalente a 2 mg de linezolida.
Excipientes: citrato de sódio diidratado, ácido cítrico anidro, glicose monoidratada, hidróxido de sódioa
, ácido
clorídricoa
e água para injetáveis.
a = para ajuste de pH
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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE