Bula do Aas Protect produzido pelo laboratorio Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
AAS PROTECT
(ácido acetilsalicílico)
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Comprimidos revestidos de liberação entérica
100 mg
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Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
AAS®
Protect
ácido acetilsalicílico
APRESENTAÇÃO
Comprimidos revestidos de liberação entérica de 100 mg: embalagens com 10 e 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
Cada comprimido revestido de AAS Protect contém:
ácido acetilsalicílico ............................................................................................. 100 mg
excipientes q.s.p. .................................................................................................. 1 comprimido
(celulose microcristalina, lactose monoidratada, amido de milho, dióxido de silício, hipromelose,
macrogol 400, ácido cítrico, dióxido de titânio, Eudragit L-30D, polissorbato 80, talco, trietilcitrato,
simeticona)
AAS Protect é indicado para as seguintes situações, com base nas suas propriedades inibidoras da
agregação plaquetária:
• para reduzir o risco de mortalidade em pacientes com suspeita de infarto agudo do miocárdio;
• para reduzir o risco de morbidade e mortalidade em pacientes com antecedente de infarto do
miocárdio;
• para a prevenção secundária de acidente vascular cerebral;
• para reduzir o risco de ataques isquêmicos transitórios (AIT) e acidente vascular cerebral em
pacientes com AIT;
• para reduzir o risco de morbidade e morte em pacientes com angina pectoris estável e instável;
• para prevenção do tromboembolismo após cirurgia vascular ou intervenções, por exemplo,
angioplastia coronária transluminal percutânea (PTCA), enxerto de bypass de artéria coronária
(CABG), endarterectomia ou shunt arteriovenoso;
• para a profilaxia de trombose venosa profunda e embolia pulmonar após imobilização
prolongada, por exemplo, após cirurgia de grande porte;
• para reduzir o risco de primeiro infarto do miocárdio em pessoas com fatores de risco
cardiovasculares, por exemplo, diabetes mellitus, hiperlipidemia, hipertensão, obesidade,
tabagismo, idade avançada.
Cerca de 15.000 pacientes que sofreram infarto do miocárdio usaram o ácido acetilsalicílico para reduzir
o risco de reinfarto e morte em sete estudos prospectivos, randomizados e controlados por placebo. Esses
estudos testaram diversas doses de ácido acetilsalicílico (325 a 1.500 mg/dia) e envolveram pacientes com
diferentes períodos pós-infarto (4 semanas a 5 anos). Nenhum estudo demonstrou isoladamente uma
redução de mortalidade estatisticamente significativa, mas análises globais dos dados demonstraram que o
ácido acetilsalicílico reduz significativamente a mortalidade cardiovascular (em 15%) e eventos
vasculares não fatais (infarto do miocárdio ou AVC) (em 30%).
Para comprovar a eficácia do ácido acetilsalicílico em baixas doses na prevenção primária do infarto do
miocárdio, realizaram-se cinco estudos prospectivos e randomizados conduzidos por pesquisadores
independentes: três estudos com pacientes com fatores de risco cardiovascular e dois estudos com
indivíduos sadios.
Todos os cinco estudos demonstraram que o ácido acetilsalicílico em baixas doses é eficaz na prevenção
de eventos vasculares (especialmente infarto do miocárdio não fatal) em pacientes com risco vascular
aumentado. Os fatores de risco investigados nesses estudos (TPT e HOT) foram hipertensão, diabetes
mellitos, hiperlipidemia e outros. Deve-se enfatizar que os efeitos benéficos do ácido acetilsalicílico
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ocorreram em adição ao tratamento específico dos fatores de risco, como, por exemplo, terapia anti-
hipertensiva.
Efeito do AAS sobre o risco de doença coronária nos estudos clínicos de prevenção primária:
Estudo
clínico
(Referência)
ácido
acetilsalicílico
Eventos/
Pacientes
Controle
Índice
(IC 95%)
Duração
da
Terapia*
Risco Anual
para evento
CHD entre
Evento
Vascular
Evitado por
1000
Tratados por
ano
n/n (%) n/n (%) anos % %
BMD (1) 169/3429
(4,93)
88/1710
(5,15)
0,96
(0,73-1,24)
5,8 0,89 0,4
PHS (2) 163/11037
(1,48)
266/11034
(2,41)
0,61
(0,50-0,74)
5 0,48 1,9
TPT (3) 83/1268
(6,55)
107/1272
(8,41)
0,76
(0,57-1,03)
6,8 1,24 2,7
HOT (4) 82/9399
(0,87)
127/9391
(1,35)
0,64
(0,49-0,85)
3,8 0,36 1,3
PPP (5) 26/2226
(1,17)
35/2269
(1,54)
0,75
(0,45-1,26)
3,6 0,43 1,0
BMD = British Male Doctors Trial (Estudo dos Médicos Britânicos); CHD = Coronary Heart Disease
(Doença Coronária Cardíaca); HOT = Hypertension Optimal Treatment Trial (Estudo do Tratamento
Ótimo da Hipertensão); PHS = Physicians’ Health Study (Estudo da Saúde dos Médicos); PPP = Primary
Prevention Project (Projeto de Prevenção Primária); TPT = Thrombosis Prevention Trial (Estudo da
Prevenção da Trombose).
* Os valores fornecidos são médios, exceto o valor de TPT, que é a mediana.
Propriedades farmacodinâmicas
O ácido acetilsalicílico inibe a agregação plaquetária bloqueando a síntese do tromboxano A2 nas
plaquetas. Seu mecanismo de ação baseia-se na inibição irreversível da ciclooxigenase (COX-1). Esse
efeito inibitório é especialmente acentuado nas plaquetas, porque estas não são capazes de sintetizar
novamente essa enzima. Acredita-se que o ácido acetilsalicílico tenha outros efeitos inibitórios sobre as
plaquetas. Por essa razão é usado para várias indicações relativas ao sistema vascular.
O ácido acetilsalicílico pertence ao grupo dos fármacos anti-inflamatórios não-esteroidais, com
propriedades analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias. Altas doses orais são usadas para o alívio da
dor e nas afecções febris menores, tais como resfriados e gripe, para a redução da temperatura e alívio das
dores musculares e das articulações e distúrbios inflamatórios agudos e crônicos, tais como artrite
reumatoide, osteoartrite e espondilite anquilosante.
Propriedades farmacocinéticas
Após a administração oral, o ácido acetilsalicílico é rápida e completamente absorvido pelo trato
gastrintestinal. Durante e após a absorção, o ácido acetilsalicílico é convertido em ácido salicílico, seu
principal metabólito ativo. Os níveis plasmáticos máximos de ácido acetilsalicílico são atingidos após 10
a 20 minutos e os de ácido salicílico após 0,3 a 2 horas. Em virtude do revestimento resistente a ácido, o
princípio ativo não é liberado no estômago mas sim no meio alcalino do intestino. Portanto, em
comparação com os comprimidos simples, a absorção do ácido acetilsalicílico é retardada em 3 a 6 horas
após a administração dos comprimidos com revestimento entérico.
Tanto o ácido acetilsalicílico como o ácido salicílico ligam-se amplamente às proteínas plasmáticas e são
rapidamente distribuídos a todas as partes do organismo. O ácido salicílico passa para o leite materno e
atravessa a placenta. O ácido salicílico é eliminado principalmente por metabolismo hepático; os
metabólitos incluem o ácido salicilúrico, o glicuronídeo salicilfenólico, o glicuronídeo salicilacílico, o
ácido gentísico e o ácido gentisúrico.
A cinética da eliminação do ácido salicílico é dependente da dose, uma vez que o metabolismo é limitado
pela capacidade das enzimas hepáticas. Desse modo, a meia-vida de eliminação varia de 2 a 3 horas após
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doses baixas até cerca de 15 horas com doses altas O ácido salicílico e seus metabólitos são excretados
principalmente por via renal.
Dados pré-clínicos de segurança
O perfil de segurança pré-clínico do ácido acetilsalicílico está bem documentado. Nos estudos com
animais, os salicilatos causaram dano renal em altas doses, mas nenhuma outra lesão orgânica.
O ácido acetilsalicílico tem sido extensamente estudado in vitro e in vivo quanto à mutagenicidade. Não
foi observado nenhum indício relevante de potencial mutagênico. O mesmo se aplica para os estudos de
carcinogenicidade.
Em estudos com animais de diferentes espécies, os salicilatos apresentaram efeitos teratogênicos.
Após a exposição durante o período pré-natal, foram descritos efeitos embriotóxicos e fetotóxicos,
distúrbios de implantação e dificuldade na capacidade de aprendizado dos descendentes.
O ácido acetilsalicílico não deve ser utilizado nos seguintes casos:
- hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico, a outros salicilatos ou a qualquer outro componente do
produto;
- histórico de asma induzida pela administração de salicilatos ou substâncias com ação similar,
principalmente fármacos anti-inflamatórios não-esteroidais;
- úlceras gastrintestinais agudas;
- diátese hemorrágica;
- insuficiência renal grave;
- insuficiência hepática grave;
- insuficiência cardíaca grave;
- combinação com metotrexato em dose de 15 mg/semana ou mais (veja item “Interações
Medicamentosas”);
- último trimestre de gravidez (veja subitem“Gravidez”).
O ácido acetilsalicílico deve ser utilizado com cautela nos seguintes casos:
- hipersensibilidade a analgésicos, anti-inflamatórios ou antirreumáticos e em presença de outras
alergias;
- histórico de úlceras gastrintestinais, incluindo úlcera crônica ou recidivante ou histórico de
sangramentos gastrintestinais;
- tratamento concomitante com anticoagulantes (veja item “Interações Medicamentosas”);
- em pacientes com insuficiência renal ou pacientes com insuficiência cardiovascular (por exemplo,
doença vascular renal, insuficiência cardíaca congestiva, depleção do volume, cirurgia importante,
septicemia ou evento hemorrágico importante), uma vez que o ácido acetilsalicílico pode aumentar
o risco de dano renal ou insuficiência renal aguda;
- em pacientes que sofrem de deficiência grave de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), o ácido
acetilsalicílico pode induzir a hemólise ou anemia hemolítica. Fatores que podem aumentar o risco
de hemólise são, por exemplo, altas doses, febre ou infecções agudas;
- disfunção hepática;
- o ibuprofeno pode interferir nos efeitos inibitórios do ácido acetilsalicílico sobre a agregação
plaquetária. Pacientes em tratamento com ácido acetilsalicílico que tomarem ibuprofeno para o
alívio de dor devem informar o seu médico (veja item “Interações Medicamentosas”);
- o ácido acetilsalicílico pode desencadear broncoespasmo e induzir ataques de asma ou outras
reações de hipersensibilidade. Os fatores de risco são a presença de asma preexistente, febre do
feno, pólipos nasais ou doença respiratória crônica. Esse conceito aplica-se também aos pacientes
que apresentem reações alérgicas (por exemplo, reações cutâneas, prurido e urticária) a outras
substâncias;
- devido ao efeito de inibição da agregação plaquetária, que persiste por vários dias após a
administração, o ácido acetilsalicílico pode conduzir a uma tendência de aumento de sangramento
durante e após intervenções cirúrgicas (incluindo cirurgias de pequeno porte, como por exemplo,
extrações dentárias);
- em doses baixas, o ácido acetilsalicílico reduz a excreção do ácido úrico. Essa redução pode
desencadear crises de gota em pacientes predispostos;
- produtos contendo ácido acetilsalicílico não devem ser utilizados por crianças e adolescentes para
quadros de infecções virais com ou sem febre, sem antes consultar um médico. Em certas doenças
virais, especialmente as causadas por varicela e vírus influenza A e B, há risco da Síndrome de
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Reye, uma doença muito rara, mas com potencial risco para a vida do paciente, que requer ação
médica imediata. O risco pode aumentar quando o ácido acetilsalicílico é administrado
concomitantemente na vigência desta doença embora a relação causal não tenha sido comprovada.
Vômitos persistentes na vigência destas doenças podem ser um sinal de Síndrome de Reye.
Crianças e adolescentes
CRIANÇAS OU ADOLESCENTES NÃO DEVEM USAR ESTE MEDICAMENTO PARA
CATAPORA OU SINTOMAS GRIPAIS ANTES QUE UM MÉDICO SEJA CONSULTADO
SOBRE A SÍNDROME DE REYE, UMA RARA, MAS GRAVE DOENÇA ASSOCIADA A ESTE
MEDICAMENTO.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não se observaram efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Gravidez
A inibição da síntese de prostaglandinas pode afetar adversamente a gravidez e/ou o
desenvolvimento embrio/fetal. Dados de estudos epidemiológicos consideram a possibilidade de
aumento do risco de aborto e de malformações após o uso de inibidores da síntese de
prostaglandinas no início da gravidez. Acredita-se que o risco aumente com a dose e a duração do
tratamento. Os dados disponíveis não revelam nenhuma associação entre o uso do ácido
acetilsalicílico e o aumento do risco de aborto. Os dados epidemiológicos disponíveis para o ácido
acetilsalicílico, sobre malformações, não são consistentes, mas não se pode excluir o aumento do
risco de gastrosquise. Um estudo prospectivo com cerca de 14.800 pares mãe-filho expostos
precocemente durante a gestação (1º ao 4º mês) não demonstrou qualquer associação com um
índice elevado de malformações.
Estudos em animais demonstram toxicidade reprodutiva (veja item “Características
farmacológicas subitem Dados pré-clínicos de segurança”).
Não se recomenda o uso de medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico durante o primeiro e
o segundo trimestres de gravidez, a menos que seja realmente necessário. Em caso de necessidade
de uso destes medicamentos por mulheres que pretendam engravidar ou durante o primeiro e o
segundo trimestres de gravidez, as doses e a duração do tratamento devem ser as menores possíveis.
Durante o terceiro trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese de prostaglandinas podem
expor:
- o feto a:
• toxicidade cardiopulmonar (com fechamento prematuro do ducto arterioso e hipertensão
pulmonar);
• disfunção renal, que pode progredir para insuficiência renal, com oligohidrâmnios.
- a mãe e a criança no final da gestação a:
• possível prolongamento do tempo de sangramento, um efeito antiagregante que pode
ocorrer mesmo após doses muito baixas;
• inibição das contrações uterinas levando a atraso ou prolongamento do trabalho de parto.
O uso do ácido acetilsalicílico é contraindicado no último trimestre de gestação, apresentando
categoria de risco na gravidez D para tal período. Durante os dois primeiros trimestres de gestação,
o ácido acetilsalicílico deve ser utilizado com cautela, se realmente necessário, apresentando
categoria de risco na gravidez C para tal período.
Consequentemente, o ácido acetilsalicílico é contraindicado durante o terceiro trimestre de
gestação.
Categoria D – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Lactação
Os salicilatos e seus metabólitos passam para o leite materno em pequenas quantidades. Como não
se observaram até o momento efeitos adversos no lactente após uso eventual, em geral, é
desnecessária a interrupção da amamentação.
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Entretanto, com o uso regular ou ingestão de altas doses, a amamentação deve ser descontinuada
Interações contraindicadas:
- metotrexato em doses de 15 mg/semana ou mais: aumento da toxicidade hematológica de metotrexato
(diminuição da depuração renal do metotrexato por agentes anti-inflamatórios em geral e deslocamento
do metotrexato de sua ligação na proteína plasmática pelos salicilatos) (veja item “Contraindicações”).
Combinações que requerem precauções para o uso:
- metotrexato em doses inferiores a 15 mg/semana: aumento da toxicidade hematológica do metotrexato
do metotrexato de sua ligação na proteína plasmática pelos salicilatos).
- ibuprofeno: a administração concomitante de ibuprofeno antagoniza a inibição plaquetária irreversível
induzida pelo ácido acetilsalicílico. O tratamento com ibuprofeno em pacientes com risco cardiovascular
aumentado pode limitar os efeitos cardioprotetores do ácido acetilsalicílico (veja item “Advertências e
Precauções”).
- anticoagulantes, trombolíticos/ outros inibidores da agregação plaquetária/hemostase: aumento do risco
de sangramento.
- outros anti-inflamatórios não-esteroidais com salicilatos em doses elevadas: aumento do risco de úlceras
e sangramento gastrintestinal devido ao efeito sinérgico.
-inibidores seletivos da recaptação de serotonina (SSRIs): aumento do risco de sangramento
gastrintestinal superior possivelmente em razão do efeito sinérgico.
-digoxina: aumento das concentrações plasmáticas de digoxina em função da diminuição da excreção
renal.
-antidiabéticos, por exemplo, insulina e sulfonilureias: aumento do efeito hipoglicêmico por altas doses
do ácido acetilsalicílico por ação hipoglicêmica do ácido acetilsalicílico e deslocamento da sulfonilureia
de sua ligação nas proteínas plasmáticas.
-diuréticos em combinação com ácido acetilsalicílico em altas doses: diminuição da filtração glomerular
por diminuição da síntese renal de prostaglandina.
-glicocorticoides sistêmicos, exceto hidrocortisona usada como terapia de reposição na doença de
Addison: diminuição dos níveis de salicilato plasmático durante o tratamento com corticosteroides e risco
de superdose de salicilato após interrupção do tratamento, devido ao aumento da eliminação de salicilatos
pelos corticosteroides.
-inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) em combinação com ácido acetilsalicílico em
altas doses: diminuição da filtração glomerular por inibição das prostaglandinas vasodilatadoras. Além de
diminuição do efeito anti-hipertensivo.
-ácido valproico: aumento da toxicidade do ácido valproico devido ao deslocamento dos sítios de ligação
com as proteínas.
-álcool: aumento do dano à mucosa gastrintestinal e prolongamento do tempo de sangramento devido a
efeitos aditivos do ácido acetilsalicílico e do álcool.
-uricosúricos como benzbromarona, probenecida: diminuição do efeito uricosúrico (competição na
eliminação renal tubular do ácido úrico).
AAS Protect deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
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Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características organolépticas:
AAS Protect é um comprimido branco redondo com um “♥” gravado em um dos lados e o outro liso.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Para uso oral. Tomar os comprimidos de preferência antes das refeições, com bastante líquido.
Dosagem:
- Infarto agudo do miocárdio: uma dose inicial de 100 a 300 mg é administrada assim que houver suspeita
de infarto do miocárdio. A dose de manutenção é de 100 mg a 300 mg por dia por 30 dias após o infarto.
Após 30 dias deve–se considerar terapia adicional para prevenção de recorrência do infarto. Por serem
comprimidos com revestimento gastrorresistente, para esta indicação a dose inicial deve ser mastigada
para obter a absorção rápida.
- Antecedente de infarto do miocárdio: 100 a 300 mg por dia.
- Prevenção secundária de acidente vascular cerebral: 100 a 300 mg por dia.
- Em pacientes com ataques isquêmicos transitórios (AIT): 100 a 300 mg por dia.
- Em pacientes com angina pectoris estável e instável: 100 a 300 mg por dia.
- Prevenção do tromboembolismo após cirurgia vascular ou intervenções: 100 a 300 mg por dia.
- Profilaxia de trombose venosa profunda e embolia pulmonar: 100 a 200 mg por dia ou 300 mg em dias
alternados.
- Redução do risco de primeiro infarto do miocárdio: 100 mg por dia ou 300 mg em dias alternados.
As reações adversas listadas são baseadas em relatos espontâneos pós-comercialização com todas as
formulações de ácido acetilsalicílico, incluindo tratamento oral de curto e longo prazo, desta forma, a
organização de acordo com as categorias de frequências CIOMS III não se aplica.
Distúrbios do trato gastrintestinal superior e inferior, tais como sinais e sintomas comuns de dispepsia,
dor abdominal e gastrintestinal. Raramente inflamação e úlcera gastrintestinal, potencialmente, mas muito
raramente levando a úlcera gastrintestinal com hemorragia e perfuração, com os respectivos sinais e
sintomas clínicos e laboratoriais.
Devido ao seu efeito inibitório sobre as plaquetas, o ácido acetilsalicílico pode ser associado ao aumento
do risco de sangramento. Observaram-se sangramentos tais como hemorragia perioperatória, hematomas,
epistaxe, sangramento urogenital e sangramento gengival. Foram raros a muito raros os relatos de
sangramentos graves, como hemorragia do trato gastrintestinal, hemorragia cerebral (especialmente em
pacientes com hipertensão não controlada e/ou em uso concomitante de anti-hemostáticos), que em casos
isolados podem apresentar potencial risco para a vida do paciente.
Hemorragia pode resultar em anemia pós-hemorrágica/ anemia por deficiência de ferro (devido a, por
exemplo, microssangramento oculto) aguda e crônica, com respectivos sinais e sintomas clínicos e
laboratoriais, como astenia, palidez e hipoperfusão.
Hemólise e anemia hemolítica foram relatadas em pacientes com forma grave de deficiência de glicose-6-
fosfato desidrogenase (G6PD).
Foram relatados dano renal e insuficiência renal aguda.
Reações de hipersensibilidade com suas respectivas manifestações clínicas e laboratoriais inclusive
síndrome asmática, reações leves a moderadas que potencialmente afetam a pele, trato respiratório, trato
gastrintestinal e sistema cardiovascular, incluindo sintomas como eritema (rash), urticária, edema,
prurido, rinite, congestão nasal, dificuldade cardiorrespiratória e muito raramente, reações graves,
incluindo choque anafilático.
Relatou-se muito raramente disfunção hepática transitória com aumento das transaminases hepáticas.
Relataram-se tontura e zumbido, que podem ser indicativos de superdose.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
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A toxicidade por salicilatos (> 100 mg/kg/dia por mais de 2 dias pode provocar toxicidade) pode ser
resultado de intoxicação crônica terapeuticamente adquirida e de intoxicações agudas (superdose) com
potencial risco para a vida do paciente, variando de ingestão acidental em crianças a intoxicações
eventuais.
A intoxicação crônica por salicilatos pode ser insidiosa, visto que pode apresentar sinais e sintomas não
específicos. A intoxicação crônica leve por salicilato, ou salicilismo, ocorre normalmente apenas após o
uso repetido de doses elevadas. Os sintomas incluem tontura, vertigem, zumbido, surdez, sudorese,
náusea, vômito, dor de cabeça e confusão, e podem ser controlados com a redução da dose. Zumbidos
podem ocorrer em concentrações plasmáticas de 150 a 300 microgramas/mL. Reações adversas mais
graves ocorrem nas concentrações acima de 300 microgramas/mL.
A principal manifestação da intoxicação aguda é um distúrbio grave do equilíbrio ácido/base que pode
variar de acordo com a idade e a gravidade da intoxicação. A acidose metabólica é a forma mais comum
entre as crianças.
A gravidade da intoxicação não pode ser estimada apenas pela concentração plasmática. A absorção do
ácido acetilsalicílico pode ser retardada devido à redução do esvaziamento gástrico, formação de
concreções no estômago, ou como resultado da ingestão de preparações com revestimento
gastrorresistente. O tratamento da intoxicação por ácido acetilsalicílico é determinado pela sua extensão,
estágio e sintomas clínicos e de acordo com as técnicas de tratamento padrão para intoxicação. Dentre as
principais medidas deve-se acelerar a excreção do fármaco bem como o restabelecimento do metabolismo
ácido/base e eletrolítico.
Devido aos complexos efeitos fisiopatológicos da intoxicação por salicilatos, sinais e sintomas / achados
de investigações podem incluir:
Sinais e Sintomas Achados de investigações Medidas Terapêuticas
Intoxicação leve a
moderada
Lavagem gástrica,
administração repetida de
carvão ativado, diurese
alcalina forçada
Taquipneia, hiperventilação,
alcalose respiratória
Alcalose, alcalúria Monitoramento de fluidos e
eletrólitos
Sudorese
Náusea e vômito
Intoxicação moderada a
grave
alcalina forçada, hemodiálise
em casos graves
Alcalose respiratória com
acidose metabólica compensatória
Acidose, acidúria Monitoramento de fluidos e
Hiperpirexia Monitoramento de fluidos e
Respiratórios: variando de
hiperventilação, edema
pulmonar não cardiogênico
à parada respiratória, asfixia
Cardiovasculares: variando de
disritmia, hipotensão à parada
cardíaca
Por exemplo: Pressão arterial,
alteração do eletrocardiograma
Perdas de fluidos e eletrólitos:
desidratação, oligúria à
insuficiência renal
Por exemplo: Hipocalemia,
hipernatremia, hiponatremia,
disfunção renal alterada
Monitoramento de fluidos e
Danos no metabolismo da
glicose, cetose
Hiperglicemia, hipoglicemia
(principalmente em crianças)
Aumento dos níveis de cetona
Zumbidos, surdez
Gastrintestinal: sangramentos
gastrintestinais
Hematológicos: variando de Por exemplo:
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inibição plaquetária à
coagulopatia
prolongamento do tempo de
protrombina,
hipoprotrombinemia
Neurológico: encefalopatia
tóxica e depressão do Sistema
Nervoso Central com
manifestações que variam de
letargia, confusão a coma e
convulsões.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.