(ácido acetilsalicílico)
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Comprimidos revestidos de liberação entérica
100 mg
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Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
AAS®
Protect
ácido acetilsalicílico
APRESENTAÇÃO
Comprimidos revestidos de liberação entérica de 100 mg: embalagens com 10 e 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
Cada comprimido revestido de AAS Protect contém:
ácido acetilsalicílico ............................................................................................. 100 mg
excipientes q.s.p. .................................................................................................. 1 comprimido
(celulose microcristalina, lactose monoidratada, amido de milho, dióxido de silício, hipromelose,
macrogol 400, ácido cítrico, dióxido de titânio, Eudragit L-30D, polissorbato 80, talco, trietilcitrato,
simeticona)
agregação plaquetária:
• para reduzir o risco de mortalidade em pacientes com suspeita de infarto agudo do miocárdio;
• para reduzir o risco de morbidade e mortalidade em pacientes com antecedente de infarto do
miocárdio;
• para a prevenção secundária de acidente vascular cerebral;
• para reduzir o risco de ataques isquêmicos transitórios (AIT) e acidente vascular cerebral em
pacientes com AIT;
• para reduzir o risco de morbidade e morte em pacientes com angina pectoris estável e instável;
• para prevenção do tromboembolismo após cirurgia vascular ou intervenções, por exemplo,
angioplastia coronária transluminal percutânea (PTCA), enxerto de bypass de artéria coronária
(CABG), endarterectomia ou shunt arteriovenoso;
• para a profilaxia de trombose venosa profunda e embolia pulmonar após imobilização
prolongada, por exemplo, após cirurgia de grande porte;
• para reduzir o risco de primeiro infarto do miocárdio em pessoas com fatores de risco
cardiovasculares, por exemplo, diabetes mellitus, hiperlipidemia, hipertensão, obesidade,
tabagismo, idade avançada.
o risco de reinfarto e morte em sete estudos prospectivos, randomizados e controlados por placebo. Esses
estudos testaram diversas doses de ácido acetilsalicílico (325 a 1.500 mg/dia) e envolveram pacientes com
diferentes períodos pós-infarto (4 semanas a 5 anos). Nenhum estudo demonstrou isoladamente uma
redução de mortalidade estatisticamente significativa, mas análises globais dos dados demonstraram que o
ácido acetilsalicílico reduz significativamente a mortalidade cardiovascular (em 15%) e eventos
vasculares não fatais (infarto do miocárdio ou AVC) (em 30%).
Para comprovar a eficácia do ácido acetilsalicílico em baixas doses na prevenção primária do infarto do
miocárdio, realizaram-se cinco estudos prospectivos e randomizados conduzidos por pesquisadores
independentes: três estudos com pacientes com fatores de risco cardiovascular e dois estudos com
indivíduos sadios.
Todos os cinco estudos demonstraram que o ácido acetilsalicílico em baixas doses é eficaz na prevenção
de eventos vasculares (especialmente infarto do miocárdio não fatal) em pacientes com risco vascular
aumentado. Os fatores de risco investigados nesses estudos (TPT e HOT) foram hipertensão, diabetes
mellitos, hiperlipidemia e outros. Deve-se enfatizar que os efeitos benéficos do ácido acetilsalicílico
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ocorreram em adição ao tratamento específico dos fatores de risco, como, por exemplo, terapia anti-
hipertensiva.
Efeito do AAS sobre o risco de doença coronária nos estudos clínicos de prevenção primária:
Estudo
clínico
(Referência)
ácido
acetilsalicílico
Eventos/
Pacientes
Controle
Índice
(IC 95%)
Duração
da
Terapia*
Risco Anual
para evento
CHD entre
Evento
Vascular
Evitado por
1000
Tratados por
ano
n/n (%) n/n (%) anos % %
BMD (1) 169/3429
(4,93)
88/1710
(5,15)
0,96
(0,73-1,24)
5,8 0,89 0,4
PHS (2) 163/11037
(1,48)
266/11034
(2,41)
0,61
(0,50-0,74)
5 0,48 1,9
TPT (3) 83/1268
(6,55)
107/1272
(8,41)
0,76
(0,57-1,03)
6,8 1,24 2,7
HOT (4) 82/9399
(0,87)
127/9391
(1,35)
0,64
(0,49-0,85)
3,8 0,36 1,3
PPP (5) 26/2226
(1,17)
35/2269
(1,54)
0,75
(0,45-1,26)
3,6 0,43 1,0
BMD = British Male Doctors Trial (Estudo dos Médicos Britânicos); CHD = Coronary Heart Disease
(Doença Coronária Cardíaca); HOT = Hypertension Optimal Treatment Trial (Estudo do Tratamento
Ótimo da Hipertensão); PHS = Physicians’ Health Study (Estudo da Saúde dos Médicos); PPP = Primary
Prevention Project (Projeto de Prevenção Primária); TPT = Thrombosis Prevention Trial (Estudo da
Prevenção da Trombose).
* Os valores fornecidos são médios, exceto o valor de TPT, que é a mediana.
O ácido acetilsalicílico inibe a agregação plaquetária bloqueando a síntese do tromboxano A2 nas
plaquetas. Seu mecanismo de ação baseia-se na inibição irreversível da ciclooxigenase (COX-1). Esse
efeito inibitório é especialmente acentuado nas plaquetas, porque estas não são capazes de sintetizar
novamente essa enzima. Acredita-se que o ácido acetilsalicílico tenha outros efeitos inibitórios sobre as
plaquetas. Por essa razão é usado para várias indicações relativas ao sistema vascular.
O ácido acetilsalicílico pertence ao grupo dos fármacos anti-inflamatórios não-esteroidais, com
propriedades analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias. Altas doses orais são usadas para o alívio da
dor e nas afecções febris menores, tais como resfriados e gripe, para a redução da temperatura e alívio das
dores musculares e das articulações e distúrbios inflamatórios agudos e crônicos, tais como artrite
reumatoide, osteoartrite e espondilite anquilosante.
Propriedades farmacocinéticas
Após a administração oral, o ácido acetilsalicílico é rápida e completamente absorvido pelo trato
gastrintestinal. Durante e após a absorção, o ácido acetilsalicílico é convertido em ácido salicílico, seu
principal metabólito ativo. Os níveis plasmáticos máximos de ácido acetilsalicílico são atingidos após 10
a 20 minutos e os de ácido salicílico após 0,3 a 2 horas. Em virtude do revestimento resistente a ácido, o
princípio ativo não é liberado no estômago mas sim no meio alcalino do intestino. Portanto, em
comparação com os comprimidos simples, a absorção do ácido acetilsalicílico é retardada em 3 a 6 horas
após a administração dos comprimidos com revestimento entérico.
Tanto o ácido acetilsalicílico como o ácido salicílico ligam-se amplamente às proteínas plasmáticas e são
rapidamente distribuídos a todas as partes do organismo. O ácido salicílico passa para o leite materno e
atravessa a placenta. O ácido salicílico é eliminado principalmente por metabolismo hepático; os
metabólitos incluem o ácido salicilúrico, o glicuronídeo salicilfenólico, o glicuronídeo salicilacílico, o
ácido gentísico e o ácido gentisúrico.
A cinética da eliminação do ácido salicílico é dependente da dose, uma vez que o metabolismo é limitado
pela capacidade das enzimas hepáticas. Desse modo, a meia-vida de eliminação varia de 2 a 3 horas após
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doses baixas até cerca de 15 horas com doses altas O ácido salicílico e seus metabólitos são excretados
principalmente por via renal.
Dados pré-clínicos de segurança
O perfil de segurança pré-clínico do ácido acetilsalicílico está bem documentado. Nos estudos com
animais, os salicilatos causaram dano renal em altas doses, mas nenhuma outra lesão orgânica.
O ácido acetilsalicílico tem sido extensamente estudado in vitro e in vivo quanto à mutagenicidade. Não
foi observado nenhum indício relevante de potencial mutagênico. O mesmo se aplica para os estudos de
carcinogenicidade.
Em estudos com animais de diferentes espécies, os salicilatos apresentaram efeitos teratogênicos.
Após a exposição durante o período pré-natal, foram descritos efeitos embriotóxicos e fetotóxicos,
distúrbios de implantação e dificuldade na capacidade de aprendizado dos descendentes.
- hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico, a outros salicilatos ou a qualquer outro componente do
produto;
- histórico de asma induzida pela administração de salicilatos ou substâncias com ação similar,
principalmente fármacos anti-inflamatórios não-esteroidais;
- úlceras gastrintestinais agudas;
- diátese hemorrágica;
- insuficiência renal grave;
- insuficiência hepática grave;
- insuficiência cardíaca grave;
- combinação com metotrexato em dose de 15 mg/semana ou mais (veja item “Interações
Medicamentosas”);
- último trimestre de gravidez (veja subitem“Gravidez”).
- hipersensibilidade a analgésicos, anti-inflamatórios ou antirreumáticos e em presença de outras
alergias;
- histórico de úlceras gastrintestinais, incluindo úlcera crônica ou recidivante ou histórico de
sangramentos gastrintestinais;
- tratamento concomitante com anticoagulantes (veja item “Interações Medicamentosas”);
- em pacientes com insuficiência renal ou pacientes com insuficiência cardiovascular (por exemplo,
doença vascular renal, insuficiência cardíaca congestiva, depleção do volume, cirurgia importante,
septicemia ou evento hemorrágico importante), uma vez que o ácido acetilsalicílico pode aumentar
o risco de dano renal ou insuficiência renal aguda;
- em pacientes que sofrem de deficiência grave de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), o ácido
acetilsalicílico pode induzir a hemólise ou anemia hemolítica. Fatores que podem aumentar o risco
de hemólise são, por exemplo, altas doses, febre ou infecções agudas;
- disfunção hepática;
- o ibuprofeno pode interferir nos efeitos inibitórios do ácido acetilsalicílico sobre a agregação
plaquetária. Pacientes em tratamento com ácido acetilsalicílico que tomarem ibuprofeno para o
alívio de dor devem informar o seu médico (veja item “Interações Medicamentosas”);
- o ácido acetilsalicílico pode desencadear broncoespasmo e induzir ataques de asma ou outras
reações de hipersensibilidade. Os fatores de risco são a presença de asma preexistente, febre do
feno, pólipos nasais ou doença respiratória crônica. Esse conceito aplica-se também aos pacientes
que apresentem reações alérgicas (por exemplo, reações cutâneas, prurido e urticária) a outras
substâncias;
- devido ao efeito de inibição da agregação plaquetária, que persiste por vários dias após a
administração, o ácido acetilsalicílico pode conduzir a uma tendência de aumento de sangramento
durante e após intervenções cirúrgicas (incluindo cirurgias de pequeno porte, como por exemplo,
extrações dentárias);
- em doses baixas, o ácido acetilsalicílico reduz a excreção do ácido úrico. Essa redução pode
desencadear crises de gota em pacientes predispostos;
- produtos contendo ácido acetilsalicílico não devem ser utilizados por crianças e adolescentes para
quadros de infecções virais com ou sem febre, sem antes consultar um médico. Em certas doenças
virais, especialmente as causadas por varicela e vírus influenza A e B, há risco da Síndrome de
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Reye, uma doença muito rara, mas com potencial risco para a vida do paciente, que requer ação
médica imediata. O risco pode aumentar quando o ácido acetilsalicílico é administrado
concomitantemente na vigência desta doença embora a relação causal não tenha sido comprovada.
Vômitos persistentes na vigência destas doenças podem ser um sinal de Síndrome de Reye.
Crianças e adolescentes
CRIANÇAS OU ADOLESCENTES NÃO DEVEM USAR ESTE MEDICAMENTO PARA
CATAPORA OU SINTOMAS GRIPAIS ANTES QUE UM MÉDICO SEJA CONSULTADO
SOBRE A SÍNDROME DE REYE, UMA RARA, MAS GRAVE DOENÇA ASSOCIADA A ESTE
MEDICAMENTO.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não se observaram efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Gravidez
A inibição da síntese de prostaglandinas pode afetar adversamente a gravidez e/ou o
desenvolvimento embrio/fetal. Dados de estudos epidemiológicos consideram a possibilidade de
aumento do risco de aborto e de malformações após o uso de inibidores da síntese de
prostaglandinas no início da gravidez. Acredita-se que o risco aumente com a dose e a duração do
tratamento. Os dados disponíveis não revelam nenhuma associação entre o uso do ácido
acetilsalicílico e o aumento do risco de aborto. Os dados epidemiológicos disponíveis para o ácido
acetilsalicílico, sobre malformações, não são consistentes, mas não se pode excluir o aumento do
risco de gastrosquise. Um estudo prospectivo com cerca de 14.800 pares mãe-filho expostos
precocemente durante a gestação (1º ao 4º mês) não demonstrou qualquer associação com um
índice elevado de malformações.
Estudos em animais demonstram toxicidade reprodutiva (veja item “Características
farmacológicas subitem Dados pré-clínicos de segurança”).
Não se recomenda o uso de medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico durante o primeiro e
o segundo trimestres de gravidez, a menos que seja realmente necessário. Em caso de necessidade
de uso destes medicamentos por mulheres que pretendam engravidar ou durante o primeiro e o
segundo trimestres de gravidez, as doses e a duração do tratamento devem ser as menores possíveis.
Durante o terceiro trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese de prostaglandinas podem
expor:
- o feto a:
• toxicidade cardiopulmonar (com fechamento prematuro do ducto arterioso e hipertensão
pulmonar);
• disfunção renal, que pode progredir para insuficiência renal, com oligohidrâmnios.
- a mãe e a criança no final da gestação a:
• possível prolongamento do tempo de sangramento, um efeito antiagregante que pode
ocorrer mesmo após doses muito baixas;
• inibição das contrações uterinas levando a atraso ou prolongamento do trabalho de parto.
O uso do ácido acetilsalicílico é contraindicado no último trimestre de gestação, apresentando
categoria de risco na gravidez D para tal período. Durante os dois primeiros trimestres de gestação,
o ácido acetilsalicílico deve ser utilizado com cautela, se realmente necessário, apresentando
categoria de risco na gravidez C para tal período.
Consequentemente, o ácido acetilsalicílico é contraindicado durante o terceiro trimestre de
gestação.
Categoria D – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Lactação
Os salicilatos e seus metabólitos passam para o leite materno em pequenas quantidades. Como não
se observaram até o momento efeitos adversos no lactente após uso eventual, em geral, é
desnecessária a interrupção da amamentação.
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Entretanto, com o uso regular ou ingestão de altas doses, a amamentação deve ser descontinuada
- metotrexato em doses de 15 mg/semana ou mais: aumento da toxicidade hematológica de metotrexato
(diminuição da depuração renal do metotrexato por agentes anti-inflamatórios em geral e deslocamento
do metotrexato de sua ligação na proteína plasmática pelos salicilatos) (veja item “Contraindicações”).
Combinações que requerem precauções para o uso:
- metotrexato em doses inferiores a 15 mg/semana: aumento da toxicidade hematológica do metotrexato
do metotrexato de sua ligação na proteína plasmática pelos salicilatos).
- ibuprofeno: a administração concomitante de ibuprofeno antagoniza a inibição plaquetária irreversível
induzida pelo ácido acetilsalicílico. O tratamento com ibuprofeno em pacientes com risco cardiovascular
aumentado pode limitar os efeitos cardioprotetores do ácido acetilsalicílico (veja item “Advertências e
Precauções”).
- anticoagulantes, trombolíticos/ outros inibidores da agregação plaquetária/hemostase: aumento do risco
de sangramento.
- outros anti-inflamatórios não-esteroidais com salicilatos em doses elevadas: aumento do risco de úlceras
e sangramento gastrintestinal devido ao efeito sinérgico.
-inibidores seletivos da recaptação de serotonina (SSRIs): aumento do risco de sangramento
gastrintestinal superior possivelmente em razão do efeito sinérgico.
-digoxina: aumento das concentrações plasmáticas de digoxina em função da diminuição da excreção
renal.
-antidiabéticos, por exemplo, insulina e sulfonilureias: aumento do efeito hipoglicêmico por altas doses
do ácido acetilsalicílico por ação hipoglicêmica do ácido acetilsalicílico e deslocamento da sulfonilureia
de sua ligação nas proteínas plasmáticas.
-diuréticos em combinação com ácido acetilsalicílico em altas doses: diminuição da filtração glomerular
por diminuição da síntese renal de prostaglandina.
-glicocorticoides sistêmicos, exceto hidrocortisona usada como terapia de reposição na doença de
Addison: diminuição dos níveis de salicilato plasmático durante o tratamento com corticosteroides e risco
de superdose de salicilato após interrupção do tratamento, devido ao aumento da eliminação de salicilatos
pelos corticosteroides.
-inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) em combinação com ácido acetilsalicílico em
altas doses: diminuição da filtração glomerular por inibição das prostaglandinas vasodilatadoras. Além de
diminuição do efeito anti-hipertensivo.
-ácido valproico: aumento da toxicidade do ácido valproico devido ao deslocamento dos sítios de ligação
com as proteínas.
-álcool: aumento do dano à mucosa gastrintestinal e prolongamento do tempo de sangramento devido a
efeitos aditivos do ácido acetilsalicílico e do álcool.
-uricosúricos como benzbromarona, probenecida: diminuição do efeito uricosúrico (competição na
eliminação renal tubular do ácido úrico).
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
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Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características organolépticas:
AAS Protect é um comprimido branco redondo com um “♥” gravado em um dos lados e o outro liso.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dosagem:
- Infarto agudo do miocárdio: uma dose inicial de 100 a 300 mg é administrada assim que houver suspeita
de infarto do miocárdio. A dose de manutenção é de 100 mg a 300 mg por dia por 30 dias após o infarto.
Após 30 dias deve–se considerar terapia adicional para prevenção de recorrência do infarto. Por serem
comprimidos com revestimento gastrorresistente, para esta indicação a dose inicial deve ser mastigada
para obter a absorção rápida.
- Antecedente de infarto do miocárdio: 100 a 300 mg por dia.
- Prevenção secundária de acidente vascular cerebral: 100 a 300 mg por dia.
- Em pacientes com ataques isquêmicos transitórios (AIT): 100 a 300 mg por dia.
- Em pacientes com angina pectoris estável e instável: 100 a 300 mg por dia.
- Prevenção do tromboembolismo após cirurgia vascular ou intervenções: 100 a 300 mg por dia.
- Profilaxia de trombose venosa profunda e embolia pulmonar: 100 a 200 mg por dia ou 300 mg em dias
alternados.
- Redução do risco de primeiro infarto do miocárdio: 100 mg por dia ou 300 mg em dias alternados.
formulações de ácido acetilsalicílico, incluindo tratamento oral de curto e longo prazo, desta forma, a
organização de acordo com as categorias de frequências CIOMS III não se aplica.
Distúrbios do trato gastrintestinal superior e inferior, tais como sinais e sintomas comuns de dispepsia,
dor abdominal e gastrintestinal. Raramente inflamação e úlcera gastrintestinal, potencialmente, mas muito
raramente levando a úlcera gastrintestinal com hemorragia e perfuração, com os respectivos sinais e
sintomas clínicos e laboratoriais.
Devido ao seu efeito inibitório sobre as plaquetas, o ácido acetilsalicílico pode ser associado ao aumento
do risco de sangramento. Observaram-se sangramentos tais como hemorragia perioperatória, hematomas,
epistaxe, sangramento urogenital e sangramento gengival. Foram raros a muito raros os relatos de
sangramentos graves, como hemorragia do trato gastrintestinal, hemorragia cerebral (especialmente em
pacientes com hipertensão não controlada e/ou em uso concomitante de anti-hemostáticos), que em casos
isolados podem apresentar potencial risco para a vida do paciente.
Hemorragia pode resultar em anemia pós-hemorrágica/ anemia por deficiência de ferro (devido a, por
exemplo, microssangramento oculto) aguda e crônica, com respectivos sinais e sintomas clínicos e
laboratoriais, como astenia, palidez e hipoperfusão.
Hemólise e anemia hemolítica foram relatadas em pacientes com forma grave de deficiência de glicose-6-
fosfato desidrogenase (G6PD).
Foram relatados dano renal e insuficiência renal aguda.
Reações de hipersensibilidade com suas respectivas manifestações clínicas e laboratoriais inclusive
síndrome asmática, reações leves a moderadas que potencialmente afetam a pele, trato respiratório, trato
gastrintestinal e sistema cardiovascular, incluindo sintomas como eritema (rash), urticária, edema,
prurido, rinite, congestão nasal, dificuldade cardiorrespiratória e muito raramente, reações graves,
incluindo choque anafilático.
Relatou-se muito raramente disfunção hepática transitória com aumento das transaminases hepáticas.
Relataram-se tontura e zumbido, que podem ser indicativos de superdose.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
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resultado de intoxicação crônica terapeuticamente adquirida e de intoxicações agudas (superdose) com
potencial risco para a vida do paciente, variando de ingestão acidental em crianças a intoxicações
eventuais.
A intoxicação crônica por salicilatos pode ser insidiosa, visto que pode apresentar sinais e sintomas não
específicos. A intoxicação crônica leve por salicilato, ou salicilismo, ocorre normalmente apenas após o
uso repetido de doses elevadas. Os sintomas incluem tontura, vertigem, zumbido, surdez, sudorese,
náusea, vômito, dor de cabeça e confusão, e podem ser controlados com a redução da dose. Zumbidos
podem ocorrer em concentrações plasmáticas de 150 a 300 microgramas/mL. Reações adversas mais
graves ocorrem nas concentrações acima de 300 microgramas/mL.
A principal manifestação da intoxicação aguda é um distúrbio grave do equilíbrio ácido/base que pode
variar de acordo com a idade e a gravidade da intoxicação. A acidose metabólica é a forma mais comum
entre as crianças.
A gravidade da intoxicação não pode ser estimada apenas pela concentração plasmática. A absorção do
ácido acetilsalicílico pode ser retardada devido à redução do esvaziamento gástrico, formação de
concreções no estômago, ou como resultado da ingestão de preparações com revestimento
gastrorresistente. O tratamento da intoxicação por ácido acetilsalicílico é determinado pela sua extensão,
estágio e sintomas clínicos e de acordo com as técnicas de tratamento padrão para intoxicação. Dentre as
principais medidas deve-se acelerar a excreção do fármaco bem como o restabelecimento do metabolismo
ácido/base e eletrolítico.
Devido aos complexos efeitos fisiopatológicos da intoxicação por salicilatos, sinais e sintomas / achados
de investigações podem incluir:
Sinais e Sintomas Achados de investigações Medidas Terapêuticas
Intoxicação leve a
moderada
Lavagem gástrica,
administração repetida de
carvão ativado, diurese
alcalina forçada
Taquipneia, hiperventilação,
alcalose respiratória
Alcalose, alcalúria Monitoramento de fluidos e
eletrólitos
Sudorese
Náusea e vômito
Intoxicação moderada a
grave
alcalina forçada, hemodiálise
em casos graves
Alcalose respiratória com
acidose metabólica compensatória
Acidose, acidúria Monitoramento de fluidos e
Hiperpirexia Monitoramento de fluidos e
Respiratórios: variando de
hiperventilação, edema
pulmonar não cardiogênico
à parada respiratória, asfixia
Cardiovasculares: variando de
disritmia, hipotensão à parada
cardíaca
Por exemplo: Pressão arterial,
alteração do eletrocardiograma
Perdas de fluidos e eletrólitos:
desidratação, oligúria à
insuficiência renal
Por exemplo: Hipocalemia,
hipernatremia, hiponatremia,
disfunção renal alterada
Monitoramento de fluidos e
Danos no metabolismo da
glicose, cetose
Hiperglicemia, hipoglicemia
(principalmente em crianças)
Aumento dos níveis de cetona
Zumbidos, surdez
Gastrintestinal: sangramentos
gastrintestinais
Hematológicos: variando de Por exemplo:
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inibição plaquetária à
coagulopatia
prolongamento do tempo de
protrombina,
hipoprotrombinemia
Neurológico: encefalopatia
tóxica e depressão do Sistema
Nervoso Central com
manifestações que variam de
letargia, confusão a coma e
convulsões.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.