Bula do Agrastat para o Profissional

Bula do Agrastat produzido pelo laboratorio Aspen Pharma Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Agrastat
Aspen Pharma Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO AGRASTAT PARA O PROFISSIONAL

Bula Profissional de Saúde

I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

AGRASTAT®

cloridrato de tirofibana

APRESENTAÇÃO

AGRASTAT® é apresentado em frasco-ampola com 50 mL de solução concentrada de

tirofibana base para infusão intravenosa, na concentração de 0,25 mg (250

microgramas)/ml.

USO POR VIA INTRAVENOSA (APÓS DILUIÇÃO)

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Princípio ativo: Cada 1 mL de solução concentrada para infusão contêm 0,281 mg (281

microgramas) de cloridrato de tirofibana monoidratada, que é equivalente a 0,25 mg

(250 microgramas) de tirofibana base anidra.

Excipientes: Cloreto de sódio, citrato de sódio diidratado e ácido cítrico anidro.

O pH varia de 5,5 a 6,5 e pode ter sido ajustado com ácido clorídrico e/ou hidróxido de

sódio.

1. INDICAÇÕES

AGRASTAT®, em combinação com heparina, é indicado para pacientes com angina

instável ou infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST (IMSEST) para prevenir

a ocorrência de eventos cardíacos isquêmicos. É também indicado para pacientes com

síndromes coronárias isquêmicas, submetidos à angioplastia coronária ou aterectomia,

para prevenir a ocorrência de complicações coronarianas isquêmicas relacionadas ao

fechamento abrupto da artéria coronária tratada (veja POSOLOGIA E MODO DE

USAR).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

ESTUDO PRISM – PLUS

Foi um estudo duplo-cego, multicêntrico, controlado, que comparou a eficácia do uso

do AGRASTAT®, associado à heparina não fracionada (n=773), com a heparina não

fracionada isoladamente (n=797), em pacientes com angina instável ou com infarto

agudo do miocárdio sem onda Q (NQWMI).

Os pacientes precisavam apresentar episódios de angina frequentes ou prolongados,

ou angina pós-infarto durante as 12 horas anteriores à randomização, acompanhada

de novas alterações transitórias ou persistentes nas ondas ST-T (depressão ou

elevação ST > 0,1 mV; inversões da onda T > 0,3 mV ou elevação das enzimas cardíacas

(CPK total > 2 x o limite superior de normalidade, ou elevação da fração CPK-MB no

momento da inscrição( >5% do que o limite superior de normalidade).

Neste estudo os pacientes foram randomizados para receberem ou:

- AGRASTAT® por infusão IV em duas fases (infusão de 0,4 microgramas/kg/min,

durante 30 minutos, seguida de uma infusão de manutenção de 0,1 microgramas

/kg/min) e heparina [5000 U em bolo, seguida de 1.000 U/h, titulada para manter um

tempo de tromboplastina parcial ativada (APTT) de aproximadamente duas vezes o

controle].

- Ou a heparina isoladamente (5.000 U em bolo, seguida de 1.000 U/h titulados para

manter o APTT em 2 vezes o controle).

Todos os pacientes receberam ácido acetilsalicílico, a menos que contraindicado; 300 -

325 mg /dia, por via oral, nas primeiras 48 horas e depois 80 - 325 mg/dia, via oral (de

acordo com a orientação do médico assistente). O estudo da droga iniciou-se nas 12

horas seguintes ao último episódio de angina. Os pacientes foram tratados por 48

horas, após as quais foram submetidos à angiografia e, possivelmente,

angioplastia/aterectomia, se indicado, enquanto o cloridrato de tirofibana era

infundido. O cloridrato de tirofibana foi infundido por um período médio de 71,3

horas.

O desfecho primário do estudo foi ocorrência de isquemia refratária, infarto do

miocárdio ou morte nos sete dias que se seguiram ao início do cloridrato de tirofibana.

A idade média dos pacientes foi de 63 anos, sendo 32% deles mulheres. No início,

aproximadamente 58% dos pacientes tinham depressão do segmento ST, 53% tinham

inversão de onda T e 46% tinham elevação de enzimas cardíacas. Durante o estudo

aproximadamente 90% dos pacientes foram submetidos à angiografia, 30% à

angioplastia precoce e 23% à cirurgia precoce de bypass de artéria coronária.

No desfecho primário do estudo, houve uma redução de 32% no risco (RR) (12,9%

vs.17,9%) no grupo do cloridrato de tirofibana para o desfecho combinado (p=0,004).

Isto representa, aproximadamente, 50 eventos prevenidos por 1000 pacientes

tratados. Os resultados do desfecho primário foram principalmente atribuídos à

ocorrência de infarto do miocárdio e a condições de isquemia refratária.

Aos 30 dias, a RR para o desfecho combinado (morte/infarto do miocárdio/condições

de isquemia refratária /readmissões por angina refratária) foi reduzido para 22%

(18,5% vs. 22,3%; p=0,029).

Aos 6 meses, a RR do desfecho combinado (morte/infarto do miocárdio/condições de

isquemia refratária/readmissões por angina refratária) foi reduzido para 19% (27,7%

vs. 32,1%; p=0,024).

Considerando o desfecho combinado mais comum, morte ou infarto do miocárdio, o

resultado após 7 dias, 30 dias e 6 meses foram os seguintes: em 7dias para o grupo de

tirofibana foi uma RR de 43% (4,9% vs. 8,3%; p=0,006); em 30 dias a RR foi de 30%

(8,7% vs. 11,9%; p=0,027) e em 6 meses a RR foi de 23% (12,3% vs. 15,3%; p=0,063).

A redução na incidência de infarto do miocárdio em pacientes que estavam recebendo

AGRASTAT® apareceu precocemente durante o tratamento (durante as primeiras 48

horas) e se manteve ao longo dos 6 meses seguintes, sem efeito significativo sobre a

mortalidade.

Nos 30% de pacientes que foram submetidos à angioplastia/aterectomia durante a

hospitalização inicial, houve 46% de RR (8,8% vs. 15,2%) para o desfecho primário nos

primeiros 30 dias, assim como 43% de RR (5,9% vs. 10,2%) para “infarto do miocárdio

ou morte”.

Baseado em um estudo de segurança, a administração concomitante de AGRASTAT®

mais enoxaparina (n=315) foi comparada com a administração de AGRASTAT® mais

heparina não fracionada (n=210) em pacientes que apresentavam angina instável e

infarto do miocárdio sem onda Q. Uma dose de ataque de AGRASTAT® (0,4

microgramas/kg/min), em infusão intravenosa, foi administrada durante 30 minutos,

seguida de uma dose de manutenção de 0,1 micrograma/kg/min por 108 horas. Os

pacientes randomizados para o grupo da enoxaparina receberam 1,0

mg/kg/subcutânea de injeção de enoxaparina a cada 12 horas, por um período de pelo

menos 24 horas e de no máximo 96 horas. Os pacientes randomizados para o grupo da

heparina não fracionada receberam 5.000 UI IV em bolo de heparina não fracionada,

seguidas de uma infusão de 1.000 UI por hora por pelo menos 24 horas e no máximo

108 horas. A taxa total de sangramento por trombólise em infarto do miocárdio (TIMI)

foi de 3,5% para o grupo tirofibana/enoxaparina e 4,8% para o grupo de

tirofibana/heparina não fracionada. Sangramentos cutâneos e orais foram mais

frequentes nos pacientes randomizados para o grupo da enoxaparina/tirofibana, que

também apresentaram mais sangramentos no sítio do cateter. Pacientes

randomizados para o grupo da enoxaparina, que subsequentemente requereram

intervenção coronariana percutânea (PCI) foram trocados para heparina não

fracionada peri-procedimento, com a dose titulada para manter o tempo de

coagulação ativada (ACT) em 250 segundos ou mais. Embora tenha havido diferenças

significativas nas taxas de sangramento cutâneo entre os dois grupos (29,2% no grupo

da enoxaparina (que foram convertidos para a heparina não fracionada) e 15,2% no

grupo da heparina não fracionada), não se observaram sangramentos maiores por

TIMI em ambos os grupos. A eficácia de AGRASTAT® em combinação com a

enoxaparina ainda não foi estabelecida.

Os pacientes que mais se beneficiam do tratamento com AGRASTAT® são aqueles que

apresentam risco elevado de desenvolver um infarto do miocárdio nos 3 a 4 dias

seguintes ao início dos sintomas de angina aguda. De acordo com dados

epidemiológicos, uma incidência mais alta de eventos cardiovasculares foi associada a

certos indicadores, como, por exemplo: idade, freqüência cardíaca ou pressão arterial

alta, dor cardíaca isquêmica recorrente ou persistente, mudanças importantes no ECG

(particularmente alterações no segmento ST), aumento das enzimas ou marcadores

cardíacos (p.ex., CK-MB, troponinas) e insuficiência cardíaca.

1) Inhibition of the platelet glycoprotein IIb/IIIa receptor with tirofiban in unstable

angina and non-Q-wave myocardial infarction. Platelet Receptor Inhibition in Ischemic

Syndrome Management in Patients Limited by Unstable Signs and Symptoms (PRISM-

PLUS) Study Investigators. N Engl J Med. 1998 May 21;338(21):1488-97. Erratum in: N

Engl J Med 1998 Aug 6;339(6):415.

2) Zhao XQ, Théroux P, Snapinn SM, Sax FL. Intracoronary thrombus and platelet

glycoprotein IIb/IIIa receptor blockade with tirofiban in unstable angina or non-Q-wave

myocardial infarction. Angiographic results from the PRISM-PLUS trial (Platelet

receptor inhibition for ischemic syndrome management in patients limited by unstable

signs and symptoms). PRISM-PLUS Investigators. Circulation. 1999 Oct

12;100(15):1609-15.

3) A comparison of aspirin plus tirofiban with aspirin plus heparin for unstable angina.

Platelet Receptor Inhibition in Ischemic Syndrome Management (PRISM) Study

Investigators. N Engl J Med. 1998 May 21;338(21):1498-505.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

Mecanismo de ação: A ativação, adesão e agregação plaquetária representam as

etapas iniciais, fundamentais para a formação dos trombos arteriais que se depositam

sobre as placas ateroscleróticas rompidas. A formação do trombo é crucial na

fisiopatologia das síndromes coronárias isquêmicas agudas, como a angina instável e

infarto do miocárdio, bem como das complicações isquêmicas cardíacas após

angioplastia coronária.

AGRASTAT® é um antagonista não peptídico do receptor de glicoproteína (GP) IIb/IIIa,

o principal receptor plaquetário de superfície envolvido na agregação plaquetária.

AGRASTAT® impede a ligação do fibrinogênio ao receptor de (GP) IIb/IIIa, bloqueando,

desse modo, a ligação cruzada das plaquetas e a agregação plaquetária.

AGRASTAT® causa potente inibição da função plaquetária, conforme demonstrado por

sua capacidade de inibir a agregação plaquetária induzida pelo difosfato de adenosina

(ADP) ex vivo e de prolongar o tempo de sangramento em indivíduos saudáveis e

pacientes com doença arterial coronária. O tempo decorrente até a inibição

corresponde ao perfil de concentração plasmática do fármaco. Após a descontinuação

de uma infusão de AGRASTAT®, a função plaquetária rapidamente retorna aos valores

basais (de 4 a 8 horas).

A administração concomitante de uma infusão de 0,15 microgramas/kg/min de

AGRASTAT® e aspirina durante 4 horas resulta previsivelmente em inibição quase

máxima da agregação plaquetária e em modesto efeito aditivo no prolongamento do

tempo de sangramento.

Em pacientes com angina instável, a administração de AGRASTAT® por infusão

intravenosa em duas fases (infusão de 0,4 microgramas/kg/min durante 30 minutos

seguida de 0,1 microgramas/kg/min durante até 48 horas na presença de heparina e

aspirina) produz aproximadamente 90% de inibição da agregação plaquetária induzida

pelo difosfato de adenosina (ADP) ex vivo, com prolongamento de 2,9 vezes do tempo

de sangramento durante a infusão. A inibição foi alcançada rapidamente com a infusão

durante 30 minutos e foi mantida no seu decorrer.

Em pacientes submetidos à angioplastia coronariana, a administração de AGRASTAT®

por infusão intravenosa em duas fases (infusão em bolus de 10 microgramas/kg

durante 5 minutos, seguida de infusão de manutenção de 0,15 microgramas/kg/min

durante 16 a 24 horas), em combinação com heparina e aspirina, produziu

aproximadamente mais de 90% de inibição da agregação plaquetária induzida pelo

difosfato de adenosina (ADP) ex vivo, em quase todos os pacientes. A inibição quase

máxima é atingida rapidamente com a infusão em bolus durante 5 minutos, a qual é

mantida no seu decorrer. Após a descontinuação da infusão de AGRASTAT®, a função

plaquetária retorna rapidamente aos valores basais (de 4 a 8 horas).

Farmacocinética

Distribuição

A tirofibana não se liga fortemente às proteínas plasmáticas e essa ligação é

independente da concentração na faixa de 0,01 a 25 microgramas/mL. A fração não

ligada no plasma humano é de 35%. No estado de equilíbrio, o volume de distribuição

da tirofibana varia de 22 a 42 litros. A tirofibana atravessa a barreira placentária em

ratas e coelhas.

Metabolismo

O perfil da tirofibana marcada com 14C na urina e nas fezes indica que a radioatividade

se deve principalmente à tirofibana inalterada (até 10 horas após a última dose). Esse

achado sugere a ocorrência de um metabolismo limitado da tirofibana.

Eliminação

Após uma dose intravenosa de tirofibana marcada com 14C em indivíduos saudáveis,

66% da radioatividade foi recuperada na urina e 23%, nas fezes. A recuperação total da

radioatividade foi de aproximadamente 91%. Tanto a excreção urinária quanto a biliar

contribui significativamente para a eliminação da tirofibana. Em indivíduos saudáveis,

a depuração plasmática da tirofibana varia de 213 a 314 mL/min. A depuração renal é

responsável por 39% a 69% da depuração plasmática. A meia-vida é de 1,4 a 1,8 hora.

Em pacientes com doença arterial coronária, a depuração plasmática de tirofibana

varia de 152 a 267 mL/min. A depuração renal é responsável por 39% da depuração

plasmática. A meia-vida varia de 1,9 a 2,2 horas.

A tirofibana é excretada no leite de ratas.

4. CONTRAINDICAÇÕES

AGRASTAT® é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a qualquer

componente do produto.

Como a inibição da agregação plaquetária aumenta o risco de hemorragias,

AGRASTAT® é contraindicado em pacientes com hemorragia interna ativa, histórico

de hemorragia intracraniana, neoplasia intracraniana, malformação arteriovenosa ou

aneurisma e para pacientes que desenvolveram trombocitopenia após exposição ao

AGRASTAT®.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

AGRASTAT® deve ser usado com cautela nas seguintes situações:

· Hemorragias recentes (<1 ano), incluindo histórico de hemorragia gastrintestinal ou

hemorragia geniturinária de significância clínica;

· Coagulopatia conhecida, distúrbios plaquetários ou histórico de trombocitopenia;

· Contagem de plaquetas < 150.000 células/mm3;

· Histórico de doença cerebrovascular no ano precedente;

· Procedimentos cirúrgicos de porte ou trauma físico grave no mês precedente;

· Procedimento epidural recente;

· Histórico, sintomas ou achados sugestivos de dissecação da aorta;

· Hipertensão grave, não controlada (pressão arterial sistólica > 180 mm Hg e/ou

pressão arterial diastólica > 110 mm Hg);

· Pericardite aguda;

· Retinopatia hemorrágica;

· Hemodiálise crônica.

Precauções relativas a hemorragias: Sabendo-se que AGRASTAT® inibe a agregação

plaquetária, deve-se ter cautela quando esse medicamento for usado com outras

medicações que afetem a hemostasia. A segurança de AGRASTAT®, utilizado em

combinação com agentes trombolíticos, não foi estabelecida até o momento. Durante

o tratamento com AGRASTAT®, os pacientes devem ser monitorizados quanto a

possíveis sangramentos. Caso necessário, deve-se considerar a descontinuação do

medicamento e a possibilidade de realizar transfusão.

Foram relatados sangramentos fatais (veja REAÇÕES ADVERSAS).

Local de punção da artéria femoral: AGRASTAT® está associado a pequenos aumentos

das taxas de sangramento, particularmente no local de acesso arterial para colocação

do introdutor femoral. Deve-se ter cautela para, na tentativa de obter acesso femoral,

somente puncionar a parede anterior desta artéria, evitando-se a técnica de

cateterização de Seldinger. Deve-se tomar cuidado para se obter hemostasia

apropriada após a remoção dos introdutores e manter o paciente sob atenta

observação.

Monitorização laboratorial: A contagem de plaquetas, a hemoglobina e o

hematócrito devem ser monitorizados antes do tratamento, em até 6 horas após a

infusão em bolus ou de ataque e, a seguir, pelo menos diariamente durante o

tratamento com AGRASTAT® (ou mais frequentemente se houver evidência de queda

significativa). No caso de pacientes que receberam anteriormente antagonistas do

receptor de GP IIb/IIIa deve-se considerar a monitorização precoce das plaquetas. Se o

paciente apresentar redução do número de plaquetas para menos de 90.000

células/mm3, contagens adicionais devem ser realizadas para excluir

pseudotrombocitopenia. Se for confirmada trombocitopenia, AGRASTAT® e heparina

devem ser descontinuados e essa alteração monitorizada e tratada apropriadamente.

Além disso, o tempo parcial de tromboplastina ativada (TPTa) deve ser determinado

antes do tratamento e os efeitos anticoagulantes da heparina devem ser

cuidadosamente monitorizados por meio de avaliações repetidas do TPTa e sua dose,

ajustada de maneira adequada (veja POSOLOGIA E MODODE USAR).

Pode ocorrer sangramento que acarreta risco de vida, especialmente quando heparina

for administrada com outros produtos que afetam a homeostase, tais como

antagonistas do receptor GP IIb/IIIa.

Insuficiência renal grave: Em estudos clínicos, pacientes com insuficiência renal grave

(clearance de creatinina < 30 mL/min) demonstrou-se redução da depuração

plasmática de AGRASTAT®. A posologia de AGRASTAT® deve ser reduzida nesses

pacientes (veja POSOLOGIA E MODO DE USAR).

Uso Pediátrico

A segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas.

Uso em Idosos

Em estudos clínicos, a eficácia de AGRASTAT® em idosos (> 65 anos de idade) foi

comparável à observada em pacientes mais jovens (< 65 anos de idade). Pacientes

idosos que receberam AGRASTAT® com heparina ou heparina isoladamente tiveram

incidência maior de complicações hemorrágicas do que pacientes mais jovens. O

incremento do risco de hemorragia em pacientes tratados com AGRASTAT® em

combinação com heparina sobre o risco em pacientes tratados somente com heparina

foi comparável, independentemente da idade. A incidência global de eventos adversos

não hemorrágicos foi maior em pacientes mais velhos (em comparação à observada

em pacientes mais jovens). Entretanto, a incidência de eventos adversos não

hemorrágicos nesses pacientes foi comparável entre os grupos que receberam

AGRASTAT®associado à heparina e aqueles que receberam heparina isoladamente.

Não é recomendado ajuste posológico para esse grupo de pacientes (veja POSOLOGIA

E MODO DE USAR).

Uso durante a gravidez e lactação

Gravidez

Não há estudos adequados e bem controlados em grávidas. AGRASTAT® deve ser

utilizado durante a gravidez somente se o benefício potencial justificar o risco

potencial para o feto. Categoria B

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica ou do cirurgião-dentista.

Lactação

Não se sabe se AGRASTAT® é excretado no leite humano. Como muitos medicamentos

são excretados no leite humano e em razão dos potenciais efeitos adversos para o

lactente, deve-se optar por descontinuar a amamentação ou o tratamento com

AGRASTAT®, levando-se em consideração a importância do medicamento para a mãe.

Efeitos na habilidade de dirigir ou usar máquinas

Não há informações disponíveis de como ou se o AGRASTAT® pode interferir com a

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

AGRASTAT® foi estudado em associação com aspirina e heparina. O uso de

AGRASTAT® em combinação com heparina e aspirina foi associado ao aumento de

sangramentos quando comparado à aspirina e à heparina administradas isoladamente

(veja REAÇÕES ADVERSAS). Deve-se ter cautela quando AGRASTAT® for usado com

outros medicamentos que afetam a hemostasia (por exemplo, varfarina) (veja

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Precauções relativas a hemorragia).

Em estudos clínicos, AGRASTAT® foi utilizado concomitantemente com

betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, anti-inflamatórios não

esteróides (AINEs) e preparações contendo nitratos sem evidência de interações

adversas clinicamente significativas.

Em um subgrupo de pacientes (n= 762) no estudo PRISM (Inibição dos Receptores

Plaquetários no Controle da Síndrome Isquêmica), a depuração plasmática de

tirofibana de pacientes que receberam uma das medicações mencionadas a seguir foi

comparada à de pacientes que não a receberam. Não houve interações clinicamente

significativas na depuração plasmática da tirofibana com: acebutolol, paracetamol,

alprazolam, amlodipina, preparações contendo aspirina, atenolol, bromazepam,

captopril, diazepam, digoxina, diltiazem, docusato sódico, enalapril, furosemida,

gliburida, heparina, insulina, isossorbida, lorazepam, lovastatina, metoclopramida,

metoprolol, morfina, nifedipina, preparações contendo nitratos, oxazepam, cloreto de

potássio, propranolol, ranitidina, sinvastatina, sucralfato e temazepam.

Os pacientes que receberam levotiroxina ou omeprazol com AGRASTAT® tiveram um

aumento na depuração da tirofibana, no entanto não se conhece o significado clínico

deste achado.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENO DO MEDICAMENTO

Armazenar em temperatura ambiente entre 15 e 30° C. Mantenha o frasco fechado,

protegido da luz. Não congelar.

Após diluição (ver posologia e modo de usar) o medicamento deverá ser infundido

num prazo de 24 horas.

O prazo de validade do medicamento, a partir da data de fabricação, é de 24 meses.

Número do lote e datas de fabricação e validade; vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.

Características Físicas e Organolépticas: A solução de AGRASTAT®, tanto a

concentrada quanto a diluída, conforme recomendações, apresenta aspecto incolor,

sendo límpida e inodora.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

O frasco de AGRASTAT® solução concentrada deve ser diluído antes da

administração, veja modo de usar.

AGRASTAT® somente deve ser utilizado por via intravenosa usando-se equipamento

estéril. AGRASTAT® pode ser administrado com heparina, na mesma linha venosa.

Recomenda-se usar AGRASTAT® utilizando-se bomba de infusão calibrada. Deve-se

evitar infusão de ataque prolongada e ter cautela para calcular a dose em bolus e a

velocidade de infusão com base no peso do paciente.

Em estudos clínicos, os pacientes receberam aspirina, exceto quando contraindicado.

Angina instável ou Infarto do Miocárdio sem elevação do segmento ST:

AGRASTAT®deve ser administrado por via intravenosa, em combinação com heparina,

na velocidade de infusão inicial de 0,4 microgramas/kg/min durante 30 minutos. Ao

término da infusão inicial de AGRASTAT®, deve-se continuar a infusão de manutenção

na velocidade de 0,1 microgramas/kg/min. A tabela a seguir é fornecida como guia

para ajuste posológico com base no peso do paciente.

AGRASTAT® solução concentrada para infusão intravenosa deve ser diluído antes da

administração para a concentração de 50 microgramas/mL, veja modo de usar.

No estudo que demonstrou a eficácia, AGRASTAT®, em combinação com heparina, em

geral foi mantido durante no mínimo 48 horas, até 108 horas; em média, os pacientes

receberam AGRASTAT® durante 71,3 horas. Essa infusão pode ser continuada durante

angiografia e deveria prosseguir por até 12 a 24 horas após angioplastia/aterectomia.

Os introdutores arteriais devem ser removidos quando o tempo de coagulação ativada

do paciente for inferior a 180 segundos ou 2 a 6 horas após suspensão da heparina.

Angioplastia/Aterectomia: Nessas situações, AGRASTAT® deve ser administrado por

via intravenosa, em combinação com heparina, em bolus inicial de 10 microgramas/kg

administrados durante 3 minutos e, a seguir, na velocidade de infusão de manutenção

de 0,15 microgramas/kg/min. A tabela a seguir é fornecida como guia para ajuste

posológico com base no peso do paciente.

AGRASTAT® solução concentrada para infusão deve ser diluído antes da

A infusão de manutenção de AGRASTAT® deve ser administrada durante 36 horas. No

fim do procedimento, a heparina deve ser descontinuada, e os introdutores arteriais

devem ser removidos quando o tempo de coagulação ativada do paciente for inferior a

180 segundos.

Pacientes com Insuficiência Renal Grave: Conforme especificado nas tabelas, a

posologia de AGRASTAT® deve ser reduzida em 50% em pacientes com insuficiência

renal grave (clearance de creatinina <30 mL/min) (veja ADVERTÊNCIAS E

PRECAUÇÕES, Insuficiência renal grave).

Pacientes submetidos a hemodiálise: Considerar as mesmas orientações de posologia

feitas para pacientes com Insuficiência renal grave.

Outros Grupos de Pacientes: Não é recomendado ajuste posológico para pacientes

idosos (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Uso em Idosos) ou para pacientes do

sexo feminino.

Modo de Usar

Medicações para uso parenteral devem ser inspecionadas visualmente quanto à

presença de micropartículas e alteração de cor antes do uso, sempre que a solução e o

frasco permitirem.

AGRASTAT® pode ser administrado na mesma linha venosa utilizada para

administração de sulfato de atropina, dobutamina, dopamina, cloridrato de epinefrina,

furosemida, lidocaína, cloridrato de midazolam, sulfato de morfina, nitroglicerina,

cloreto de potássio, cloridrato de propanolol e famotidina injetável.

AGRASTAT® e diazepam não devem ser administrados na mesma linha intravenosa.

·

AGRASTAT® solução concentrada:

O conteúdo do frasco de AGRASTAT® solução concentrada deve ser diluído antes da

administração do seguinte modo:

1. Retire 50 mL de um frasco estéril de 250 mL de solução salina estéril a 0,9% ou de

glicose a 5% em água e substitua por 50 mL de AGRASTAT® solução concentrada

(frasco de 50 mL) para obter a concentração de 50 microgramas/mL. Misture bem

antes da administração.

2. Administre a posologia apropriada, calculada com base na tabela descrita

anteriormente.

3. Toda a solução intravenosa não utilizada deve ser descartada.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reações muito comuns (>1/10): Quando usado concomitantemente com heparina e

aspirina, o efeito colateral desfavorável mais comum é a ocorrência de sangramentos,

geralmente de gravidade leve, de local conhecido, podendo também ocorrer

hematúria, hematêmese e hemoptise.

Reações comuns (> 1/100 e < 1/10): Contagem de plaquetas no sangue inferior a

90.000 células/mm³ e sangramentos de maior gravidade, requerendo transfusão

sanguínea, cefaleia, náusea e febre.

Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): Contagem de plaquetas no sangue inferior a

50.000 células/mm³, com consequente aumento de sangramentos, incluindo os de

maior gravidade.

Reações raras (> 1/10.000 e < 1/1.000): Hemorragias graves e fatais; e grave

trombocitopenia (contagem inferior a 10.000/mm³).

Reações muito raras (< 1/10.000): Reações alérgicas graves, incluindo reações

anafiláticas, geralmente no primeiro dia de infusão, durante o tratamento inicial e

durante a readministração do medicamento.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária – NOTIVISA, disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.