Bula do Aldactone para o Profissional

Bula do Aldactone produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Aldactone
Laboratorios Pfizer Ltda. - Profissional

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BULA COMPLETA DO ALDACTONE PARA O PROFISSIONAL

Aldactone®

Laboratórios Pfizer Ltda.

Comprimidos

25 mg, 50 mg e 100 mg

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19/jun/2014

espironolactona

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome comercial: Aldactone®

Nome genérico: espironolactona

APRESENTAÇÕES

Aldactone® 25 mg ou 50 mg em embalagens contendo 30 comprimidos.

Aldactone® 100 mg em embalagens contendo 16 comprimidos.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO:

Cada comprimido de Aldactone® 25 mg ou 50 mg contém o equivalente a 25 mg ou 50 mg de espironolactona,

respectivamente.

Excipientes: dióxido de silício coloidal, aroma hortelã-pimenta, amido de milho, lactose monoidratada, celulose

microcristalina, estearato de magnésio.

Cada comprimido de Aldactone® 100 mg contém o equivalente a 100 mg de espironolactona.

Excipientes: sulfato de cálcio diidratado, amido de milho, povidona, estearato de magnésio.

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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Aldactone® (espironolactona) comprimidos é indicado para o tratamento da hipertensão essencial; distúrbios

edematosos, tais como: edema e ascite da insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática e síndrome

nefrótica; edema idiopático; como terapia auxiliar na hipertensão maligna; na hipopotassemia quando outras

medidas forem consideradas impróprias ou inadequadas; profilaxia da hipopotassemia e hipomagnesemia em

pacientes tomando diuréticos, ou quando outras medidas forem inadequadas ou impróprias. Aldactone® é

indicado para o diagnóstico e tratamento do hiperaldosteronismo primário e tratamento pré-operatório de

pacientes com hiperaldosteronismo primário.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O Estudo Randomizado de Avaliação de Aldactone (RALES, na sigla em inglês) foi um estudo duplo-cego,

multinacional, em 1.663 pacientes com fração de ejeção ≤35%, história de insuficiência cardíaca Classe IV da

New York Heart Association (NYHA, na sigla em inglês) de 6 meses e insuficiência cardíaca de Classe III-IV na

época da randomização. Todos os pacientes deveriam estar tomando um diurético de alça e, se tolerado, um

inibidor da ECA. Pacientes com creatinina >2,5 mg/dL na linha de base ou um aumento recente de 25% ou com

potássio sérico >5,0 mEq/L na linha de base foram excluídos.

Os pacientes foram randomizados 1:1 para 25 mg de espironolactona por via oral uma vez ao dia ou ao placebo

correspondente. Consultas de seguimento e avaliações laboratoriais (incluindo potássio sérico e creatinina) foram

realizadas a cada quatro semanas durante as primeiras 12 semanas, a seguir a cada 3 meses durante o primeiro

ano e depois a cada 6 meses.

O endpoint primário do estudo RALES foi o tempo até o evento fatal de todas as causas. O RALES foi concluído

antecipadamente, após um acompanhamento médio de 24 meses, por causa do benefício sobre a mortalidade

detectado em uma análise intermediária planejada. As curvas de sobrevida por grupo de tratamento são

mostradas na Figura 1.

Figura 1. Sobrevida por grupo de tratamento no estudo RALES

A espironolactona reduziu o risco de morte em 30% comparado ao placebo (p<0,001; intervalo de confiança de

95% entre 18% - 40%). A espironolactona reduziu o risco de morte cardíaca, a morte primariamente súbita e a

morte por insuficiência cardíaca progressiva em 31% comparado ao placebo (p<0,001; intervalo de confiança de

95%, entre 18% - 42%).

A espironolactona também reduziu o risco de hospitalização por causas cardíacas (definidas como piora da

insuficiência cardíaca, angina, arritmias ventriculares ou infarto do miocárdio) em 30% (p<0,001, intervalo de

confiança 95%, entre 18% - 41%). Alterações na classe NYHA foram mais favoráveis com a espironolactona: no

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grupo de espironolactona, a classe NYHA no final do estudo melhorou em 41% dos pacientes e piorou em 38%

comparado com melhora em 33% e piora em 48% no grupo placebo (p<0,001).

Os índices de risco de mortalidade para alguns subgrupos são mostrados na Figura 2. O efeito favorável da

espironolactona na mortalidade se mostrou semelhante em ambos os sexos e em todos os grupos etários, exceto

em pacientes abaixo de 55 anos; não havia não brancos em número suficiente no estudo RALES para obter

qualquer conclusão sobre efeitos diferenciais por raça. O benefício da espironolactona se mostrou maior em

pacientes com níveis de potássio sérico baixos na linha de base e menor em pacientes com frações de ejeção <

0,2. Estas análises de subgrupo devem ser interpretadas com cautela.

Figura 2. Índices de risco de mortalidade por todas as causas por subgrupos no RALES

Figura 2: o tamanho de cada caixa é proporcional ao tamanho da amostra e à frequência

do evento. ACEI significa inibidor da enzima conversora de angiotensina, LVEF significa

fração de ejeção ventricular esquerda, Cr Clearance significa clearance de creatinina e

Ser Creatinine significa creatinina sérica.

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A eficácia e tolerância de longo prazo de espironolactona na hipertensão essencial foram avaliadas entre 20.812

pacientes em um estudo prospectivo conduzido por Jeunemaitre e cols. Em pacientes tratados com

espironolactona sozinha durante um período de acompanhamento médio de 23 meses, uma dose média de 96,5

mg reduziu a pressão sistólica e a pressão diastólica em respectivamente, 18 e 10 mmHg abaixo dos níveis pré-

tratamento. A redução da pressão arterial foi maior com doses de 75 a 100 mg (12,4% e 12,2%) do que com

doses de 25 a 50 mg (5,3 e 6,5%, p<0,001). O nível de creatinina plasmática aumentou modestamente (8,3

µmol/litro), assim como o nível de potássio plasmático (0,6 mmol/litro) (ambos p<0,001); o nível de ácido úrico

aumentou, mas não significativamente (10,5 µmol/litro). Os níveis de glicose em jejum e de colesterol total não

mudaram, os níveis de triglicérides aumentaram ligeiramente (0,1 mmol/litro, p<0,05). Estas alterações foram

semelhantes em ambos os sexos e não foram influenciadas pela duração do acompanhamento. Os autores

concluíram que a espironolactona administrada na prática diária reduziu a pressão arterial sem induzir efeitos

adversos metabólicos.

Nishizaka e cols avaliaram o benefício anti-hipertensivo de adição de baixas doses de espironolactona a regimes

de múltiplos fármacos, que incluíram um diurético e um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA)

ou um bloqueador do receptor de angiotensina (BRA) em pacientes com hipertensão resistente com e sem

aldosteronismo primário. A espironolactona em baixas doses foi associada com uma redução média adicional da

pressão arterial de 21 ± 21/10 ± 14 mmHg após 6 semanas e 25 ± 20/12 ± 12 mmHg no acompanhamento de 6

meses. A redução da pressão arterial foi semelhante em pacientes com e sem aldosteronismo primário e foi

aditiva ao uso de inibidores da ECA, BRAs e diuréticos. Os autores concluíram que baixas doses de

espironolactona proporcionam uma redução aditiva significativa da pressão arterial em pacientes afro-

americanos e brancos com hipertensão resistente, com e sem aldosteronismo primário.

Saruta e cols avaliaram 40 pacientes pré-operatoriamente com aldosteronismo primário devido a adenoma

examinando a gravidade da hipertensão, história familiar de hipertensão, idade dos pacientes, duração da

hipertensão, atividade da renina plasmática, concentração da aldosterona plasmática e eficácia de

espironolactona (100 mg por dia por 10 dias) na pressão arterial. Em 30 dos 40 pacientes a pressão arterial foi

reduzida para menos de 160/95 mmHg dentro de um ano após adrenalectomia (respondedores). Em outros 10

pacientes, a pressão arterial não foi reduzida marcadamente e permaneceu acima de 160/95 mmHg (não-

respondedores).

Foi observada uma redução da pressão arterial média de mais de 15 mmHg após administração de

espironolactona em 29 dos 30 respondedores. O outro único paciente apresentou uma redução de 11 mmHg da

pressão arterial média. Por outro lado, nenhum dos não-respondedores mostrou uma redução da pressão arterial

média de mais de 15 mmHg após a administração de espironolactona. A partir destes resultados os autores

concluíram que a resposta pré-operatória da pressão arterial à administração de 100 mg por dia de

espironolactona por 10 dias representa um indicador útil para o prognóstico pós-operatório de hipertensão em

pacientes com aldosteronismo primário devido a adenoma.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

Mecanismo de Ação

A espironolactona é um antagonista farmacológico específico da aldosterona, atuando no local de troca de íons

sódio-potássio dependente de aldosterona, localizado no túbulo contornado distal do rim. A espironolactona

causa aumento das quantidades de sódio e água a serem excretados, enquanto o potássio é retido. A

espironolactona atua como diurético e como anti-hipertensivo por este mecanismo. Ela pode ser administrada

sozinha ou com outros agentes diuréticos que atuam mais proximamente no túbulo renal.

Atividade antagonista da aldosterona

Por aumento dos níveis de mineralocorticoides, a aldosterona está presente no hiperaldosteronismo primário e

secundário. Estados edematosos em que o aldosteronismo secundário é usualmente envolvido incluem a

insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática e síndrome nefrótica. Pela competição com a aldosterona

pelos receptores, a espironolactona promove uma terapia eficaz no tratamento de edema e ascites nestas

condições. A espironolactona atua contra o aldosteronismo secundário induzido pelo volume de depleção e

associado com a perda de sódio causado pela terapia diurética.

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A espironolactona é efetiva na diminuição da pressão sanguínea sistólica e diastólica em pacientes com

hiperaldosteronismo primário. É também efetiva na maioria dos casos de hipertensão essencial apesar do fato da

secreção de aldosterona estar dentro dos limites normais no início da hipertensão essencial.

A espironolactona não demonstrou elevar as concentrações séricas de ácido úrico, precipitar crises de gota, ou

alterar o metabolismo dos carboidratos.

Propriedades Farmacocinéticas

A espironolactona é rápida e extensamente metabolizada. Produtos contendo enxofre constituem os principais

metabólitos e acredita-se serem os principais responsáveis, junto à espironolactona, pelos efeitos terapêuticos do

medicamento. Os dados farmacocinéticos foram obtidos de 12 voluntários saudáveis que receberam 100 mg de

espironolactona diariamente por 15 dias. No 15° dia, a espironolactona apresentou resultados imediatamente na

coleta de sangue após um café da manhã de baixa caloria.

Fator de Acumulação:

AUC (0-24 horas, Dia

15)/AUC (0-24 horas,

Dia 1)

Pico Médio na

Concentração Sérica

Média (SD) Meia-vida

Pós-Estado de Repouso

7-α-(tiometil)

espironolactona

1,25 391 ng/mL às 3,2 horas 13,8 horas (6,4)

(terminal)

6-β-hidroxi-7-α-(tiometil)

1,50 125 ng/mL às 5,1 horas 15,0 horas (4,0)

Canrenona 1,41 181 ng/mL às 4,3 horas 16,5 horas (6,3)

Espironolactona 1,30 80 ng/mL às 2,6 horas Aproximadamente 1,4

horas(0,5) (β meia-vida)

A atividade farmacológica dos metabólitos da espironolactona no homem não é conhecida. Contudo, em ratos

adrenalectomizados, as atividades antimineralocorticoides dos metabólitos canrenona (C), 7-α-(tiometil)

espironolactona (TMS) e 6-β-hidroxi-7-α-(tiometil) espironolactona (HTMS), relativos à espironolactona, foram

1,10, 1,28 e 0,32 respectivamente. Relativo à espironolactona, sua afinidade de ligação ao receptor de

aldosterona em lâmina de rim de rato foi 0,19, 0,86 e 0,06 respectivamente.

Em humanos, a potência do TMS e do 7-α-tioespironolactona na reversão dos efeitos do mineralocorticoide

sintético, fludrocortisona, na composição eletrolítica urinária foram 0,33 e 0,26 respectivamente, relativo à

espironolactona. Contudo, visto que as concentrações séricas deste esteroide não foram determinadas, sua

incompleta absorção e/ou metabolismo de primeira passagem não poderia ser excluído como uma razão para sua

reduzida atividade in vivo.

A espironolactona e seus metabólitos são mais de 90% ligados a proteínas plasmáticas. Os metabólitos são

excretados primariamente na urina e secundariamente na bile.

O efeito de alimentos na absorção da espironolactona foi avaliado em estudo de dose única em nove voluntários

saudáveis que não fazem uso de medicação. O alimento aumentou a biodisponibilidade da espironolactona não

metabolizado por aproximadamente 100%. A importância clínica deste achado não é conhecida.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Carcinogênese, mutagênese e diminuição da fertilidade: O Aldactone® administrado oralmente demonstrou

ser um tumorígeno em estudos de administração na dieta realizados com ratos, com seus efeitos proliferativos

manifestados nos órgãos endócrinos e no fígado. Em estudo de 18 meses utilizando doses de espironolactona de

50, 150 e 500 mg/kg/dia, houve um aumento estatisticamente significativo em adenomas benignos de tireoide e

testículos e, em ratos machos, um aumento relacionado à dose nas alterações proliferativas no fígado (incluindo

hepatomegalia e nódulos hiperplásicos). Em um estudo de 24 meses no qual a mesma espécie de ratos recebeu

doses de 10, 30, 100 e 150 mg/kg/dia de Aldactone®, a faixa de efeitos proliferativos incluíram um aumento

significativo de adenomas hepatocelulares e células de tumor intersticial testicular em machos, e um aumento

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significativo de células de adenoma folicular na tireoide e carcinomas em ambos os sexos. Há aumento

estatisticamente significativo também, porém, não relacionado à dose, em pólipos estruma endometrial uterino

em fêmeas.

Foi observada incidência de leucemia mielocística relacionada à dose (acima de 20 mg/kg/dia), em ratos

alimentados diariamente com doses de canrenoato de potássio (um componente quimicamente similar a

espironolactona e cujo principal metabólito, canrenona, é também um principal produto da espironolactona no

homem), por um período de 1 ano. Em estudos de 2 anos em ratos, a administração oral de canrenoato de

potássio foi associada com leucemia mielocística e hepática, tireoide e tumores testiculares e mamários.

Nem espironolactona ou canrenoato de potássio produziram efeitos mutagênicos em testes utilizando bactérias

ou leveduras. Na ausência de ativação metabólica, nem espironolactona ou canrenoato de potássio se mostraram

mutagênicos em testes mamários in vitro. Na presença de ativação metabólica, foi relatado que a espironolactona

apresenta resultados negativos em alguns testes mutagênicos mamários in vitro e inconclusivos (mas

ligeiramente positivo) para mutagenicidade em outros testes mamários in vitro. Na presença de ativação

metabólica, canrenoato de potássio tem sido reportado resultados positivos para mutagenicidade em alguns testes

mamários in vitro, inconclusivo em alguns e negativo em outros.

Em um estudo de reprodução de 3 gerações no qual ratas fêmeas receberam doses diárias de 15 e 50 mg/kg/dia

de espironolactona, não houve efeitos no acasalamento e fertilidade, mas houve um pequeno aumento na

incidência de filhotes natimortos com doses de 50 mg/kg/dia. Quando injetado em ratas fêmeas (100 mg/kg/dia

por 7 dias via intraperitoneal (i.p.)) de espironolactona, parece aumentar o comprimento do ciclo estral pelo

prolongamento diestro durante o tratamento e induzindo constante diestro durante o período de observação pós-

tratamento de 2 semanas. Estes efeitos foram associados ao retardo do desenvolvimento do folículo ovariano e

uma redução dos níveis de estrógeno circulantes, que poderia ser esperado prejudicar o acasalamento, fertilidade

e fecundidade. A espironolactona (100 mg/kg/dia), administrado via i.p. em camundongos fêmeas durante um

período de 2 semanas de coabitação com machos não tratados, diminuiu o número de concebimentos do

acasalamento (este efeito mostrou ser causado pela inibição da ovulação) e diminuição do número de embriões

implantados e daqueles que se tornaram uma gravidez (este efeito mostrou ser causado por uma inibição da

implantação), e dose de 200 mg/kg, também aumentou o período de latência para o acasalamento.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Aldactone® é contraindicado a pacientes com insuficiência renal aguda, diminuição significativa da função

renal, anúria, hiperpotassemia, doença de Addison, hipersensibilidade conhecida à espironolactona ou a qualquer

outro componente da fórmula, ou com uso concomitante de eplerenona.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Gerais

O uso concomitante de Aldactone® e outros diuréticos poupadores de potássio, inibidores da ECA (enzima

conversora de angiotensina), medicamentos anti-inflamatórios não-esteroides, antagonistas da angiotensina II,

bloqueadores da aldosterona, heparina, heparina de baixo peso molecular, ou outras drogas ou condições

conhecidas que possam causar hiperpotassemia, suplementos de potássio, uma dieta rica em potássio ou

substitutos do sal contendo potássio podem levar à hiperpotassemia grave.

É aconselhável realizar uma avaliação periódica dos eletrólitos séricos, tendo em vista a possibilidade de

hiperpotassemia, hiponatremia e uma possível elevação transitória da ureia sérica especialmente em pacientes

idosos e/ou com distúrbios preexistentes da função renal ou hepática, para os quais a relação risco/benefício deve

ser considerada.

Acidose metabólica hiperclorêmica reversível, usualmente em associação com hiperpotassemia, foi relatada em

alguns pacientes com cirrose hepática descompensada, mesmo quando a função renal é normal.

Hiperpotassemia em pacientes com Insuficiência Cardíaca Grave

Hiperpotassemia pode ser fatal. É crítico monitorar e controlar os níveis séricos de potássio em pacientes com

insuficiência cardíaca grave recebendo espironolactona. Evitar o uso de outros diuréticos poupadores de

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potássio. Evitar uso de suplementos orais de potássio em pacientes com o potássio sérico >3.5 mEq/L. A

recomendação de monitoramento de potássio e creatinina é uma semana após início ou aumento da dose de

espironolactona, mensalmente após os três primeiros meses e a cada quatro meses, por um ano e após, a cada 6

meses. Descontinuar ou interromper o tratamento se potássio sérico >5 mEq/L ou se a creatinina sérica >4

mg/dL (vide item 8. Posologia e Modo de Usar).

Uso Durante a Gravidez e Lactação

Aldactone® não apresentou efeitos teratogênicos em camundongos. Coelhos que receberam Aldactone®

apresentaram taxa de concepção reduzida, aumento da taxa de reabsorção e número menor de nascimentos vivos.

Nenhum efeito embriotóxico foi observado em ratos aos quais houve administração de altas doses de

Aldactone®, no entanto, houve relato de hipoprolactinemia limitada e relacionada à dose, assim como

diminuição dos pesos da próstata ventral e da vesícula seminal em machos e aumento da secreção de hormônio

luteinizante e dos pesos ovariano e uterino em fêmeas. Feminização da genitália externa em fetos masculinos foi

relatada em outro estudo em ratos.

A espironolactona e seus metabólitos podem atravessar a barreira placentária. Não há estudos em mulheres

grávidas. Aldactone® deve ser usado durante a gravidez somente se o potencial benéfico justificar o risco

potencial para o feto.

A canrenona, um metabólito ativo e principal da espironolactona, aparece no leite materno. Devido a muitos

fármacos serem excretados no leite materno e devido ao desconhecido potencial para eventos adversos sobre o

lactante, uma decisão deve ser tomada em relação à descontinuação do tratamento levando-se em conta a

importância do fármaco para a mãe. Caso o uso de Aldactone® durante o período da amamentação seja

considerado essencial, um método alternativo de alimentação para a criança deve ser instituído.

Aldactone® é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este

medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

dentista.

Efeitos na Capacidade de Dirigir e Operar Máquinas

Sonolência e tontura ocorrem em alguns pacientes. É recomendada precaução ao dirigir ou operar máquinas até

que a resposta inicial ao tratamento seja determinada.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Há casos relatados de hiperpotassemia grave em pacientes que fazem uso de diuréticos poupadores de potássio,

incluindo Aldactone® e inibidores da ECA ou outras drogas que causam hiperpotassemia.

Aldactone® potencializa o efeito de outros diuréticos e anti-hipertensivos quando administrados

concomitantemente. A dose desses fármacos deverá ser reduzida quando Aldactone® for incluído ao tratamento.

Aldactone® reduz a resposta vascular à norepinefrina. Devem ser tomados cuidados com a administração em

pacientes submetidos à anestesia enquanto esses estiverem sendo tratados com Aldactone®.

Foi demonstrado que Aldactone® aumenta à meia-vida da digoxina.

Medicamentos anti-inflamatórios não-esteroides tais como ácido acetilsalicílico (AAS), indometacina e ácido

mefenâmico podem atenuar a eficácia natriurética dos diuréticos devido à inibição da síntese intrarrenal de

prostaglandinas e foi demonstrado que atenuam o efeito diurético do Aldactone®.

Aldactone® aumenta o metabolismo da antipirina.

Aldactone® pode interferir na análise dos exames de concentração plasmática de digoxina.

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Acidose metabólica hipercalêmica foi relatada em pacientes que receberam Aldactone® concomitantemente a

cloreto de amônio ou colestiramina.

Coadministração de Aldactone® e carbenoxolona podem resultar em eficácia reduzida de qualquer uma dessas

medicações.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Aldactone® 25 mg e 100 mg devem ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz

e umidade e podem ser utilizados por 24 meses a partir da data de fabricação.

Aldactone® 50 mg devem ser conservados em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e

umidade e pode ser utilizado por 36 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características físicas e organolépticas: Comprimidos redondos de cor branca, biconvexos, de bordas retas.

Aldactone® 25 mg: comprimidos com sulco e a inscrição “25mg” em uma de suas faces e lisa na outra.

Aldactone® 50 mg: comprimidos com a inscrição “A-50” em uma das faces e lisa na outra.

Aldactone® 100 mg: comprimidos com ranhura em uma das faces e lisa na outra.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Adultos: A dose diária pode ser administrada em doses fracionadas ou em dose única.

Hipertensão Essencial: Dose usual de 50 mg/dia a 100 mg/dia, que nos casos resistentes ou graves pode ser

gradualmente aumentada, em intervalos de 2 semanas, até 200 mg/dia. O tratamento deve ser mantido por no

mínimo 2 semanas, visto que uma resposta adequada pode não ocorrer antes desse período de tempo. A dose

deverá ser, posteriormente, reajustada de acordo com a resposta do paciente.

Doenças Acompanhadas por Edema

A dose diária pode ser administrada tanto em doses fracionadas como em dose única.

Insuficiência Cardíaca Congestiva: É recomendado administrar uma dose inicial diária de 100 mg de

espironolactona, administrada em dose única ou dividida, podendo variar entre 25 mg e 200 mg diariamente.

Quando o edema estiver controlado, a dose habitual de manutenção deve ser determinada para cada paciente.

Cirrose Hepática: Se a relação sódio urinário/potássio urinário (Na+

/ K+

) for maior que 1 (um), a dose usual é

de 100 mg/dia. Se essa relação for menor do que 1 (um), a dose recomendada é de 200 mg/dia a 400 mg/dia. A

dose de manutenção deve ser determinada para cada paciente.

Síndrome Nefrótica: Habitualmente 100 mg/dia a 200 mg/dia. Aldactone® não é medicamento anti-

inflamatório, não tendo sido demonstrado afetar o processo patológico básico, e seu uso é aconselhado somente

se outra terapia for ineficaz.

Edema Idiopático: A dose habitual é de 100 mg por dia.

Edema em Crianças: A dose diária inicial é de aproximadamente 3,3 mg por kg de peso administrada em dose

fracionada. A dosagem deverá ser ajustada com base na resposta e tolerabilidade do paciente.

Se necessário pode ser preparada uma suspensão triturando os comprimidos de Aldactone® com algumas gotas

de glicerina e acrescentando líquido com sabor. Tal suspensão é estável por 1 mês quando mantida em local

refrigerado.

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Diagnóstico e Tratamento do Hiperaldosteronismo Primário

Aldactone® pode ser empregado como uma medida diagnóstica inicial para fornecer evidência presuntiva de

hiperaldosteronismo primário enquanto o paciente estiver em dieta normal.

Teste a Longo Prazo: dose diária de 400 mg por 3 ou 4 semanas. Correção da hipopotassemia e hipertensão

revela evidência presuntiva ou o diagnóstico de hiperaldosteronismo primário.

Teste a Curto Prazo: dose diária de 400 mg por 4 dias. Se o potássio sérico se eleva durante a administração de

Aldactone®, porém diminui quando é descontinuado, o diagnóstico presuntivo de hiperaldosteronismo primário

deve ser considerado.

Tratamento Pré-operatório de Curto Prazo de Hiperaldosteronismo Primário

Quando o diagnóstico de hiperaldosteronismo for bem estabelecido por testes mais definitivos, Aldactone® pode

ser administrado em doses diárias de 100 mg a 400 mg como preparação para a cirurgia. Para pacientes

considerados inaptos para cirurgia, Aldactone® pode ser empregado como terapia de manutenção em longo

prazo, com o uso da menor dose efetiva individualizada para cada paciente.

Hipertensão Maligna

Somente como terapia auxiliar e quando houver excesso de secreção de aldosterona, hipopotassemia e alcalose

metabólica. A dose inicial é de 100 mg/dia, aumentada quando necessário a intervalos de duas semanas para até

400 mg/dia. A terapia inicial pode incluir também a combinação de outros fármacos anti-hipertensivos à

espironolactona. Não reduzir automaticamente a dose dos outros medicamentos como recomendado na

hipertensão essencial.

Hipopotassemia/ hipomagnesemia

A dosagem de 25 mg/dia a 100 mg/dia é útil no tratamento da hipopotassemia e/ou hipomagnesemia induzida

por diuréticos, quando suplementos orais de potássio e/ou magnésio forem considerados inadequados.

Dose omitida: Caso o paciente esqueça-se de tomar Aldactone® no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que

lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose

esquecida e utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve tomar a dose duplicada para compensar doses

esquecidas. O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As seguintes reações adversas foram relatadas em tratamento com Aldactone®:

Neoplasmas Benignos, Malignos e não específicos (incluindo cistos e pólipos): neoplasma benigno de mama.

Sistema Sanguíneo e Linfático: leucopenia (incluindo agranulocitose), trombocitopenia.

Metabólico e Nutricional: distúrbios eletrolíticos e hiperpotassemia.

Psiquiátrico: alterações na libido, confusão.

Sistema Nervoso: tontura.

Gastrointestinal: distúrbios gastrointestinais, náuseas.

Hepatobiliar: função hepática anormal.

Pele e Tecidos Subcutâneos: síndrome de Steve-Johnson, necrólise epidérmica tóxica (NET), erupção à droga

com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) alopecia, hipertricose (crescimento de cabelo anormal), prurido,

rash, urticária.

Músculo-esquelético e Tecidos Conjuntivos: hiperpotassemia e cãibras nas pernas.

Sistema Renal e Urinário: insuficiência renal aguda.

Sistema Reprodutivo e Distúrbios Mamários: dor nas mamas, distúrbios menstruais, ginecomastia*.

Geral: mal-estar.

* A ginecomastia é geralmente reversível quando a espironolactona é descontinuada, embora, em casos raros, o

aumento das mamas pode persistir.

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19/jun/2014

Outras reações também relatadas foram: sonolência, cansaço, dor de cabeça, confusão mental, febre, ataxia,

impotência. Foi observado carcinoma mamário em pacientes tomando espironolactona, todavia uma relação de

causa e efeito não pôde ser estabelecida.

Ginecomastia pode se desenvolver em associação com o uso de Aldactone® e o médico deve estar alerta para

sua possível instalação.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.