Bula do Amplospec produzido pelo laboratorio Instituto Biochimico Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Amplospec®
ceftriaxona dissódica
Instituto BioChimico Indústria Farmacêutica Ltda.
Pó para solução injetável 1 g
BioChimico
4005078-16 Texto de bula – Amplospec 2
VIA INTRAVENOSA
VIA INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Pó para solução injetável
Caixas contendo 50 frascos-ampola contendo pó estéril equivalente a 1 g de ceftriaxona.
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém 1 g de ceftriaxona equivalente a 1,19 g de ceftriaxona dissódica.
Contém aproximadamente 83 mg (3,6 mEq) de sódio por grama de ceftriaxona.
II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é indicado para o tratamento de infecções causadas por microrganismos sensíveis à ceftriaxona, como por
exemplo: sepse; meningite; borreliose de Lyme disseminada (estágios iniciais e tardios da doença) (Doença de Lyme); infecções
intra-abdominais (peritonites, infecções do trato gastrintestinal e biliar); infecções ósseas, articulares, tecidos moles, pele e feridas;
infecções em pacientes imunocomprometidos; infecções renais e do trato urinário; infecções do trato respiratório, particularmente
pneumonia e infecções otorrinolaringológicas; infecções genitais, inclusive gonorreia; profilaxia perioperatória de infecções.
O tratamento com ceftriaxona dissódica é eficaz em infecções de gravidade variável, incluindo a sepse neonatal e em adulto,
causadas por microrganismos sensíveis.38, 11, 41
É indicado no tratamento empírico da meningite em crianças acima de 1 ano
associado à ampicilina.9
Sua eficácia em adultos é comparável à da associação ampicilina e cloranfenicol12
e, em crianças, aos
seguintes antibióticos: cloranfenicol, ampicilina (isolados ou em associação), cefepima e cefotaxima, com a vantagem de posologia
apenas 1 vez ao dia.9, 35, 32
No tratamento das infecções respiratórias agudas ou crônicas agudizadas sua eficácia é observada em
crianças, adultos e idosos, na pneumonia comunitária e hospitalar, de gravidade variável, e em casos graves.33, 15,10, 21, 4, 25
Seu uso em
dose única no tratamento da otite média aguda em crianças tem eficácia similar à do tratamento durante 7 a 10 dias com
amoxicilina, associação amoxicilina e ácido clavulânico e sulfametoxazol e trimetoprima e tem sua indicação como alternativa
quando a aderência ao tratamento for questionável.40, 5 ,3
Ceftriaxona dissódica mostrou-se eficaz no tratamento das infecções renais
e do trato urinário, não-complicadas e complicadas.4, 19
Sua eficácia e segurança também foram demonstradas em mulheres
grávidas,42
crianças e adolescentes.23
No tratamento da peritonite bacteriana espontânea em pacientes cirróticos, ocorre cura
bacteriológica de até 100% em 48 horas.14
Na febre tifóide seu uso é seguro e eficaz, em adultos e crianças, comparável ao
cloranfenicol.29
Nas diarréias causadas por Shigella, Salmonella, E. coli e Campylobacter, em crianças, tem eficácia similar quando
comparado ao ciprofloxacino.24
Sua eficácia também é observada no tratamento empírico de infecções bacterianas em crianças e
adultos imunocomprometidos com neutropenia febril e câncer.18, 27, 1
Nesses pacientes, o uso de ceftriaxona dissódica diário, uma
vez ao dia, é mais custo-efetivo do que a ceftazidima, três doses ao dia, ambos em associação à amicacina.34, 1
Na profilaxia
perioperatória de infecções, sua administração em dose única no pré-operatório tem eficácia superior ou igual a outros antibióticos
administrados em múltiplas doses. É superior à associação de gentamicina e metronidazol em cirurgias intestinais30
e a cefoxitina,
em cirurgias abdominais.31
Em relação ao cefepime (este também em dose única), a eficácia nas cirurgias colorretais é semelhante.43
Nas cirurgias ginecológicas, biliares e cardiovasculares, a eficácia de sua administração em dose única é similar a cefazolina em
múltiplas doses.17, 22, 37
Nas cirurgias mamárias, observou-se menor incidência de infecção pós-operatória quando comparado a
ceftazidima.39
Nas cirurgias ortopédicas sua eficácia é semelhante à da cefuroxima.28
Na profilaxia de infecção após trauma
penetrante, a administração precoce (dentro de 2 horas) de ceftriaxona dissódica 2 g em dose única tem eficácia semelhante ao uso
da cefoxitina na dose de 2 g, 3 vezes ao dia por 3 dias associado a um menor custo de tratamento.36
Ceftriaxona dissódica em uma
única dose é eficaz para o tratamento da gonorreia com resultados de erradicação da bactéria que variam de 98 a 100% .16,19
Sua
eficácia em dose única no tratamento do cancróide é similar à azitromicina.26
Sua associação com doxicilina é tão eficaz quanto a
associação clindamicina e ciprofloxacino no tratamento da doença inflamatória pélvica.2
No tratamento da Doença de Lyme,
mostra-se superior à penicilina e pode ser considerada droga de escolha.6, 7, 8
No tratamento das celulites, sua eficácia é comparável a
cefazolina.13
BioChimico
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Farmacodinâmica
A atividade bactericida da ceftriaxona se deve à inibição da síntese da parede celular. A ceftriaxona, in vitro, é ativa contra um
amplo espectro de microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos, sendo altamente estável à maioria das betalactamases,
tanto cefalosporinases quanto penicilinases desses microrganismos. A ceftriaxona é normalmente ativa in vitro contra os seguintes
microrganismos e suas respectivas infecções:
Aeróbios Gram-positivos: Staphylococcus aureus (meticilina-sensíveis); Staphylococci coagulase-negativo; Streptococcus
pyogenes (Beta hemolítico grupo A); Streptococcus agalactiae (Beta hemolítico grupo B); Streptococci beta hemolítico (grupo não-
A ou B); Streptococcus viridans; Streptococcus pneumoniae.
Obs: Os estafilococos meticilina-resistentes são resistentes às cefalosporinas, inclusive à ceftriaxona. Em geral, Enterococos
faecalis, Enterococos faecium e Listeria monocytogenes são também resistentes.
Aeróbios Gram-negativos: Acinetobacter lwoffi; Acinetobacter anitratus (principalmente Acinetobacter baumanii)*; Aeromonas
hydrophila; Alcaligenes faecalis; Alcaligenes odorans; Bactéria Alcaligenes-like; Borrelia burgdorfe; Capnocytophaga spp.;
Citrobacter diversus (incluindo C. amalonaticus); Citrobacter freundii*; Escherichia coli; Enterobacter aerogenes*; Enterobacter
cloacae*; Enterobacter spp. (outros)*; Haemophilus ducreyi; Haemophilus influenzae; Haemophilus parainfluenzae; Hafnia alvei;
Klebsiella oxytoca; Klebsiella pneumoniae**; Moraxella catarrhalis (antiga Branhamella catarrhalis); Moraxella osloensis;
Moraxella spp. (outras); Morganella morganii; Neisseria gonorrhoeae; Neisseria meningitidis; Pasteurella multocida; Plesiomonas
shigelloides; Proteus mirabilis; Proteus penneri*; Proteus vulgaris*; Pseudomonas fluorescens*; Pseudomonas spp. (outras)*;
Providentia rettgeri*; Providentia spp. (outras); Salmonella typhi; Salmonella spp (não-tifóide); Serratia marcescens*; Serratia
spp. (outras)*; Shigella spp.;Vibrio spp.; Yersinia enterocolitica; Yersinia spp. (outras).
*Alguns isolados destas espécies são resistentes à ceftriaxona, principalmente devido à produção de betalactamase codificada
cromossomicamente.
** Alguns isolados destas espécies são resistentes devido à produção de betalactamase de espectro ampliado mediada por plasmídio.
Obs: Muitas cepas de microrganismos anteriormente mencionados que apresentam resistência a outros antibióticos, como por
exemplo amino e ureido-penicilina, cefalosporinas mais antigas e aminoglicosídeos, são sensíveis à ceftriaxona. Treponema
pallidum é sensível à ceftriaxona in vitro e em experimentação animal. Trabalhos clínicos indicam que tanto a sífilis primária como
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a secundária respondem bem ao tratamento com ceftriaxona. Com poucas exceções clínicas, isolados de P. aeruginosa são
resistentes à ceftriaxona.
Microrganismos anaeróbicos: Bacteroides spp. (sensíveis a bile)*; Clostridium spp.(exceto C. difficile); Fusobacterium
nucleatum, Fusobacterium spp (outros); Gaffkia anaerobica (anteriormente Peptococcus);Peptostreptococcus spp.
* Alguns isolados desta espécie são resistentes devido a produção de betalactamase.
Obs: Muitas cepas de Bacteroides spp. produtoras de betalactamases (especialmente B. fragillis) são resistentes. Clostridium
difficile é resistente.
A sensibilidade à ceftriaxona pode ser determinada por meio do teste de difusão com disco ou do teste de diluição com ágar ou
caldo usando técnicas padronizadas para testes de sensibilidade como as recomendadas pelo National Committee for Clinical
Laboratory Standards (NCCLS).
O NCCLS fornece os seguintes parâmetros para a ceftriaxona:
Teste de sensibilidade por diluição (concentrações inibitórias em mg/L): sensível = 8 mg/L; moderadamente sensível 16 - 32 mg/L;
resistentes = 64 mg/L.
Teste de sensibilidade por difusão usando disco com 30 mcg de ceftriaxona (diâmetro da zona de inibição em mm): sensível = 21
mm, moderadamente sensível = 20 - 14 mm, resistentes = 13 mm.
Os microrganismos devem ser testados com os discos de ceftriaxona uma vez que ficou demonstrado in vitro, que a ceftriaxona é
ativa contra certas cepas que se mostraram resistentes em discos da classe cefalosporina. Quando as normas recomendadas pelo
NCCLS não estão disponíveis, pode-se utilizar outras normas bem padronizadas de sensibilidade e interpretação dos testes.
Farmacocinética
A farmacocinética da ceftriaxona não é linear e todos os parâmetros farmacocinéticos básicos, exceto a meia vida de eliminação, são
dependentes da dose se baseados nas concentrações totais da droga.
Absorção
A concentração plasmática máxima depois de dose única de 1 g IM é de cerca de 81 mg/L e é alcançada em 2 - 3 horas após
administração. As áreas sob as curvas de concentração plasmática x tempo, após administração IM e IV, são equivalentes. Isto
significa que a biodisponibilidade da ceftriaxona após administração IM é de 100%.
Distribuição
O volume de distribuição da ceftriaxona é de 7 a 12 litros. Ceftriaxona mostrou excelente penetração tissular e nos líquidos
orgânicos após dose de 1 - 2 g. Alcança concentrações bem acima da concentração inibitória mínima contra a maioria dos patógenos
responsáveis pela infecção e é detectável por mais de 24 horas em mais de 60 tecidos ou líquidos orgânicos, incluindo pulmões,
coração, fígado e vias biliares, amígdalas, ouvido médio, mucosa nasal, ossos e fluidos cérebro-espinhal, pleural, prostático e
sinovial. Na administração intravenosa, a ceftriaxona difunde-se rapidamente para o líquido intersticial, onde a concentração
bactericida contra organismos sensíveis é mantida por 24 horas.
Ligação protéica
A ceftriaxona liga-se de modo reversível à albumina, diminuindo a ligação com o aumento da concentração. Assim, para uma
concentração plasmática <100 mcg/mL, a ligação protéica é de 95%, enquanto para uma concentração de 300 mcg/mL, a ligação é
de 85%. Devido ao conteúdo mais baixo de albumina, a proporção de ceftriaxona livre no líquido intersticial é proporcionalmente
mais alta do que no plasma.
Passagem para o líquido cefalorraquidiano
A ceftriaxona atravessa as meninges inflamadas de recém-nascidos, lactentes e crianças maiores. Concentrações da ceftriaxona >1,4
mg/L têm sido encontradas no LCR, 24 horas após administração de 50 - 100 mg/kg de ceftriaxona dissódica por via intravenosa
(recém nascido e lactentes, respectivamente). A concentração de pico no líquor é atingida cerca de 4 horas após injeção IV e resulta
em um valor médio de 18 mg/L. O grau de difusão médio no líquido cefalorraquidiano (LCR) corresponde a 17% da concentração
plasmática nos pacientes com meningite bacteriana e 4% em pacientes com meningite asséptica. Em pacientes adultos com
meningite, a administração de 50 mg/kg produz, em 2 a 24 horas, concentrações no LCR muitas vezes superiores às concentrações
inibitórias mínimas necessárias para a grande maioria dos microrganismos causadores de meningite.
Passagem placentária e excreção pelo leite
A ceftriaxona atravessa a placenta e é excretada pelo leite em baixas concentrações.
Metabolização
A ceftriaxona não é metabolizada sistemicamente, mas convertida a metabólitos microbiologicamente inativos pela flora intestinal.
Eliminação
A depuração total do plasma é 10 - 22 mL/min. A depuração renal é 5 - 12 mL/min.
Em adultos, cerca de 50 - 60% de ceftriaxona é excretada sob a forma inalterada na urina, enquanto 40 - 50% são excretados sob a
forma inalterada na bile. A meia-vida de eliminação em adultos sadios é de aproximadamente 8 horas.
Farmacocinética em situações clínicas especiais
Nos recém-nascidos, a eliminação urinária representa cerca de 70% da dose administrada. Em crianças com menos de 8 dias de vida
e em indivíduos idosos, com mais de 75 anos, a média da meia-vida de eliminação é cerca de 2 a 3 vezes mais longa. Em pacientes
com insuficiência renal ou hepática, a farmacocinética da ceftriaxona é minimamente alterada, sendo a meia-vida de eliminação
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apenas discretamente aumentada. Se apenas a função renal está prejudicada, há um aumento da eliminação biliar da ceftriaxona; se
apenas a função hepática está prejudicada, há um aumento da eliminação renal desta substância.
Hipersensibilidade: Amplospec®
é contraindicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade à ceftriaxona, a qualquer um dos
excipientes da formulação ou a qualquer outro cefalosporínico. Pacientes com histórico de reações de hipersensibilidade à penicilina
e outros agentes betalactâmicos podem apresentar maior risco de hipersensibilidade à ceftriaxona (vide item “Advertências e
Precauções – Hipersensibilidade”).
Lidocaína: contraindicações à lidocaína devem ser excluídas antes da administração de injeções intramusculares de ceftriaxona, nas
quais a solução de lidocaína deve ser utilizada como solvente. Favor consultar as contraindicações descritas na bula da lidocaína.
Soluções de ceftriaxona que contém lidocaína nunca devem ser administradas por via intravenosa.
Neonatos prematuros: Amplospec®
é contraindicado a neonatos prematuros com idade pós-menstrual (idade corrigida) de até 41
semanas (idade gestacional + idade cronológica).
Recém-nascidos com hiperbilirrubinemia: recém-nascidos com hiperbilirrubinemia não devem ser tratados com ceftriaxona.
Estudos in vitro mostraram que a ceftriaxona pode deslocar a bilirrubina de sua ligação com a albumina sérica, levando a um
possível risco de encefalopatia bilirrubínica nesses pacientes.
Neonatos e soluções intravenosas que contém cálcio: Amplospec®
é contraindicado a neonatos (≤ 28 dias) caso eles requeiram (ou
possam requerer) tratamento com soluções IV que contêm cálcio, incluindo infusão contínua de cálcio como a nutrição parenteral,
por causa do risco de precipitação de ceftriaxona cálcica (vide itens “Posologia e Modo de Usar”, “Interações Medicamentosas” e
“Reações Adversas – Interação com cálcio”).
Hipersensibilidade: assim como para todos os agentes antibacterianos betalactâmicos, reações de hipersensibilidade sérias e,
ocasionalmente, fatais foram reportadas em pacientes tratados com Amplospec®
(vide item “Reações Adversas”). No caso de
reações de hipersensibilidade graves, o tratamento com Amplospec®
deve ser descontinuado imediatamente e medidas de
emergência adequadas devem ser iniciadas. Antes do início do tratamento, deve-se concluir se o paciente apresenta histórico de
reações de hipersensibilidade à ceftriaxona, outros cefalosporínicos ou qualquer outro tipo de agente betalactâmico. Deve-se tomar
precauções, caso Amplospec®
seja administrado em pacientes com histórico de hipersensibilidade a outros agentes betalactâmicos.
Anemia hemolítica: anemia hemolítica imune mediada foi observada em pacientes que receberam antibacterianos da classe das
cefalosporinas, incluindo Amplospec®
. Casos graves de anemia hemolítica, incluindo óbitos, foram relatados durante o tratamento
em adultos e crianças. Caso um paciente desenvolva anemia durante o uso de ceftriaxona, o diagnóstico de uma anemia associada à
cefalosporina deve ser considerado e o uso da ceftriaxona interrompido até que a etiologia seja determinada.
Diarreia associada ao Clostridium difficile (CDAD): CDAD foi relatada com o uso de quase todos os agentes antibacterianos,
incluindo Amplospec®
, e pode variar na gravidade, de diarreia leve à colite fatal. O tratamento com agentes antibacterianos altera a
flora normal do cólon, levando a um crescimento exacerbado do C. difficile. C. difficile produz toxinas A e B, as quais contribuem
para o desenvolvimento de CDAD. Cepas de C. difficile hiperprodutoras de toxina causam aumento da morbidade e mortalidade,
pois essas infecções podem ser refratárias à terapia antimicrobiana, podendo requerer colectomia. CDAD deve ser considerada em
todos os pacientes que apresentarem diarreia após uso de antibióticos. É necessário histórico médico cuidadoso porque já foi
relatada a ocorrência de CDAD mais de dois meses após a administração de agentes antibacterianos. Caso haja suspeita de CDAD
ou o diagnóstico seja confirmado, o antibiótico não específico em uso contra C. difficile talvez necessite ser descontinuado. O
manejo adequado de líquidos e eletrólitos, suplementação proteica, tratamento antibiótico para C. difficile e a avaliação cirúrgica
devem ser instituídos.
Superinfecções: superinfecções com os microrganismos sensíveis podem ocorrer como com outros agentes antibacterianos.
Precipitados de ceftriaxona cálcica: precipitados de ceftriaxona cálcica na vesícula biliar foram observados durante exames
ultrassonográficos em pacientes que, particularmente, estavam recebendo doses de ceftriaxona iguais ou superiores a 1 g/dia. A
probabilidade de surgimento desses precipitados, aparentemente, é maior em pacientes pediátricos. Os precipitados desaparecem
após descontinuação do tratamento com Amplospec®
e são raramente sintomáticos. Em casos sintomáticos, o gerenciamento não
cirúrgico conservador é recomendado e a descontinuação do tratamento com Amplospec®
deve ser considerada pelo médico com
base na avaliação individual do risco-benefício. À luz da evidência científica atual, não foram observados casos de precipitações
intravasculares em pacientes, exceto em recém-nascidos tratados com ceftriaxona e soluções ou produtos que contenham cálcio. No
entanto, Amplospec®
não deve ser misturado ou administrado simultaneamente com soluções ou produtos que contenham cálcio, a
qualquer paciente, mesmo por diferentes cateteres ou acessos venosos para infusão (vide itens “Interações medicamentosas” e
“Reações adversas”).
BioChimico
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Pancreatite: casos de pancreatite, possivelmente de etiologia biliar obstrutiva, foram raramente relatados em pacientes tratados com
Amplospec®
. A maior parte desses pacientes apresentava fatores de risco para estase / aglutinação biliar, como tratamento prévio
intenso, doença grave e nutrição parenteral total. O papel de fator desencadeante ou de cofator de Amplospec®
relacionado à
precipitação biliar não pode ser descartado.
Monitoramento hematológico: durante tratamentos prolongados, hemograma completo deve ser feito regularmente.
Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica
ou do cirurgião-dentista.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.
Apesar dos estudos não demonstrarem defeitos físicos no feto ou indução de mutação genética, é necessário cautela nos três
primeiros meses de gestação, a não ser em casos absolutamente necessários. Ceftriaxona atravessa a barreira placentária. A
segurança durante a gravidez não foi estabelecida em seres humanos. Estudos de reprodução em animais não evidenciaram embrio
ou fetotoxicidade nem teratogenicidade, ou eventos adversos sobre a fertilidade (tanto masculina quanto feminina), o nascimento ou
o desenvolvimento peri ou pós-natal. Em primatas, não foi observada embriotoxicidade ou teratogenicidade. Como Amplospec®
é
excretado no leite humano em baixas concentrações, é recomendada cautela em mulheres que amamentam.
Uso em idosos
As doses para adultos não precisam ser alteradas para pacientes geriátricos.
Uso em pacientes pediátricos
A segurança e a eficácia de Amplospec®
em recém-nascidos, lactentes e crianças foram estabelecidas para as doses descritas no
item “Posologia”. Estudos mostraram que a ceftriaxona, assim como outras cefalosporinas, pode deslocar a bilirrubina da albumina
sérica. Amplospec®
não é recomendado para neonatos, especialmente prematuros, que apresentem risco de desenvolver
encefalopatia por causa da hiperbilirrubinemia (vide item “Contraindicações”).
Insuficiência hepática e renal
Vide item “Posologia e Modo de Usar”.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Durante o tratamento com Amplospec®
, efeitos indesejados podem ocorrer (por exemplo, tontura), os quais podem influenciar a
habilidade de dirigir e operar máquinas (vide item “Reações adversas”). Pacientes devem ser cautelosos ao dirigir ou operar
máquinas.
Até o momento, não se observaram alterações da função renal após administração simultânea de doses elevadas de ceftriaxona
dissódica e potentes diuréticos, como a furosemida. Há evidências conflitantes sobre o potencial aumento na toxicidade renal dos
aminoglicosídeos, quando administrados com cefalosporinas. O monitoramento dos níveis de aminoglicosídeos e da função renal
descritos na prática clínica devem ser rigorosamente cumpridos, quando houver administração em combinação com ceftriaxona
dissódica. Ceftriaxona dissódica não apresentou efeito similar ao provocado pelo dissulfiram após administração de álcool.
Ceftriaxona não contém o radical N-metiltiotetrazol, que está associado a uma possível intolerância ao álcool e a sangramentos
observados com outras cefalosporinas. A probenicida não tem influência sobre a eliminação de ceftriaxona dissódica. Em estudos in
vitro, efeitos antagônicos foram observados com o uso combinado de cloranfenicol e ceftriaxona. Diluentes que contêm cálcio,
como as soluções de Ringer ou Hartmann, não devem ser utilizados para a reconstituição de ceftriaxona dissódica ou para diluições
posteriores de soluções reconstituídas para administração IV, pois pode ocorrer a formação de precipitado. A precipitação de
ceftriaxona cálcica também é possível quando ceftriaxona dissódica é misturado com soluções que contêm cálcio no mesmo acesso
de administração IV. Ceftriaxona dissódica não deve ser administrado simultaneamente com soluções IV que contêm cálcio,
inclusive infusões contínuas que contêm cálcio, tais como as de nutrição parenteral, através de equipo em Y. No entanto, em outros
pacientes, exceto em recém-nascidos, ceftriaxona dissódica e soluções que contenham cálcio podem ser administrados
sequencialmente, se as linhas de infusão forem bem lavadas com um líquido compatível. Em estudos in vitro que utilizaram plasma
adulto e neonatal do sangue do cordão umbilical, foi demonstrado que recém-nascidos apresentam um risco aumentado de
precipitação de ceftriaxona cálcica (vide itens “Posologia” e “Contraindicações”). O uso concomitante de ceftriaxona dissódica com
antagonistas da vitamina K pode aumentar o risco de sangramentos. Os parâmetros de coagulação devem ser monitorados
frequentemente e a dose do anticoagulante deve ser ajustada adequadamente durante e após o tratamento com ceftriaxona dissódica
(vide item “Reações adversas”).
Interações com exames laboratoriais
BioChimico
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Em pacientes tratados com ceftriaxona dissódica, o teste de Coombs pode se tornar falso positivo. Assim como com outros
antibióticos, pode ocorrer resultado falso positivo para galactosemia. Os métodos não enzimáticos para a determinação de glicose na
urina podem fornecer resultados falsos positivos. Por esse motivo, a determinação de glicose na urina durante o tratamento com
ceftriaxona dissódica deve ser feita por métodos enzimáticos. A presença da ceftriaxona pode falsamente reduzir os valores
estimados de glicose no sangue, quando obtidos a partir de alguns sistemas de monitoramento da glicose sanguínea. Favor consultar
as informações de uso para cada sistema utilizado. Métodos de análise alternativos devem ser utilizados, se necessário.
Condições de conservação
Amplospec®
deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Manter o frasco-ampola dentro do cartucho.
Prazo de validade
Este medicamento possui prazo de validade de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
As soluções reconstituídas permanecem estáveis física e quimicamente por 6 horas à temperatura ambiente (ou por 24 horas no
refrigerador entre 2 e 8°C). Entretanto, como regra geral, as soluções devem ser usadas imediatamente após a preparação. Depois de
reconstituída, a solução apresenta coloração que varia do amarelo-pálido ao âmbar, dependendo da concentração e do tempo de
estocagem; esta particularidade da ceftriaxona não tem qualquer significado quanto à tolerabilidade e eficácia do medicamento.
Após preparo, manter no refrigerador, entre 2º e 8°C, por até 24 horas ou manter a temperatura ambiente por até 6 horas.
não possui características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em relação a outros pós e soluções.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Descarte de seringas / materiais perfurocortantes
Os seguintes pontos devem ser rigorosamente respeitados quanto ao uso e descarte de seringas e outros materiais perfurocortantes:
• As agulhas e seringas nunca devem ser reaproveitadas.
• Todas as agulhas e seringas utilizadas devem ser colocadas em um recipiente de descarte apropriado, à prova de
perfurações.
• Manter o recipiente de descarte fora do alcance das crianças.
• A colocação do recipiente de descarte no lixo doméstico deve ser evitada.
• O descarte do recipiente deve ser realizado de acordo com as exigências locais ou conforme indicado pelo prestador de
cuidados de saúde.
Descarte de medicamentos não utilizados e/ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser descartados no esgoto e o
descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local estabelecido, se disponível.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Adultos e crianças acima de 12 anos: a dose usual é de 1 – 2 g de Amplospec®
em dose única diária (cada 24 horas). Em casos
graves ou em infecções causadas por patógenos moderadamente sensíveis, a dose pode ser elevada para 4 g, uma vez ao dia.
Recém-nascidos (abaixo de 14 dias): dose única diária de 20 – 50 mg/kg. Não ultrapassar 50 mg/kg. Amplospec®
é contraindicado
a neonatos prematuros com idade pós-menstrual (idade gestacional + idade cronológica) de até 41 semanas (vide item
“Contraindicações”). Amplospec®
também é contraindicado a recém-nascidos (≤ 28 dias) caso eles requeiram (ou possam requerer)
tratamento com soluções IV que contêm cálcio, incluindo infusão de cálcio contínua como a nutrição parenteral, devido ao risco de
precipitação de ceftriaxona cálcica (vide item “Contraindicações”).
Recém-nascidos, lactentes e crianças (15 dias a 12 anos): dose única diária de 20 – 80 mg/kg. Para crianças de 50 kg ou mais,
deve ser utilizada a posologia de adultos. Doses intravenosas maiores ou iguais a 50 mg/kg de peso corpóreo devem ser
administradas por períodos de infusão iguais ou superiores a 30 minutos.
Pacientes Idosos: as doses para adultos não precisam ser alteradas para pacientes idosos, desde que o paciente não apresente
insuficiência renal e hepática graves.
Duração do tratamento: o tempo de tratamento varia de acordo com a evolução da doença. Como se recomenda na
antibioticoterapia em geral, a administração de Amplospec®
deve ser mantida durante um período mínimo de 48 a 72 horas após o
desaparecimento da febre ou após obterem-se evidências de erradicação da bactéria.
Terapêutica associada: tem sido demonstrado, em condições experimentais, um sinergismo entre Amplospec®
e aminoglicosídeos,
para muitos bacilos Gram-negativos. Embora não se possa prever sempre um aumento de atividade com essa associação, esse
BioChimico
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sinergismo deve ser considerado nas infecções graves com risco de morte causadas por microrganismos, como Pseudomonas
aeruginosa. Por causa da incompatibilidade química entre Amplospec®
e aminoglicosídeos, esses medicamentos devem ser
administrados separadamente, nas doses recomendadas. A incompatibilidade química também foi observada na administração
intravenosa da ansacrina, vancomicina e fluconazol com Amplospec®
.
Instruções posológicas especiais
Meningite: na meningite bacteriana de lactentes e crianças, deve-se iniciar o tratamento com 100 mg/kg em dose única diária (dose
máxima de 4 g). Logo que o germe responsável tenha sido identificado e sua sensibilidade determinada, pode-se reduzir a posologia.
Os melhores resultados foram obtidos com os seguintes tempos de tratamento:
Neisseria meningitides 4 dias
Haemophilus influenzae 6 dias
Streptococcus pneumoniae 7 dias
Borreliose de Lyme (Doença de Lyme): a dose preconizada é de 50 mg/kg até o total de 2 g em crianças e adultos, durante 14 dias,
em dose única diária.
Gonorreia: para o tratamento da gonorreia causada por cepas produtoras e não produtoras de penicilinase, recomenda-se uma dose
única intramuscular de 250 mg.
Profilaxia no perioperatório: para prevenir infecção pós-operatória em cirurgia contaminada ou potencialmente contaminada,
recomenda-se dose única de 1 a 2 g de Amplospec®
30 a 90 minutos antes da cirurgia. Em cirurgia colorretal, a administração de
Amplospec®
com ou sem um derivado 5-nitroimidazólico (por exemplo, ornidazol) mostrou-se eficaz.
Insuficiência hepática e renal: não é necessário diminuir a dose de Amplospec®
em pacientes com insuficiência hepática desde
que a função renal não esteja prejudicada. Somente nos casos de insuficiência renal pré-terminal (depuração de creatinina < 10
mL/min), a dose de Amplospec®
não deve ser superior a 2 g/dia. Não é necessário diminuir a dose nos pacientes com insuficiência
renal, desde que a função hepática não esteja prejudicada.
No caso de insuficiências hepática e renal graves e concomitantes, deve-se determinar a concentração plasmática de Amplospec®
a
intervalos regulares e se necessário, fazer o ajuste da dose. Em pacientes sob diálise não há necessidade de doses suplementares
após a diálise. Entretanto, as concentrações séricas devem ser acompanhadas, a fim de avaliar a necessidade de ajustes na posologia,
pois a taxa de eliminação nesses pacientes pode ser alterada.
Modo de usar
Administração intramuscular
Diluir Amplospec®
1g em 3,5 mL de uma solução de lidocaína a 1% e injetar profundamente na região glútea ou em outro músculo
relativamente grande. Recomenda-se não injetar mais do que 1 g em cada glúteo. A solução de lidocaína nunca deve ser
administrada por via intravenosa.
Administração intravenosa
1 g em 10 mL de água para injeção e então administrar por via intravenosa direta, durante 2 a 4 minutos.
Infusão contínua
A infusão deve ser administrada em pelo menos 30 minutos. Para infusão intravenosa, 2 g de Amplospec®
são dissolvidos em 40
mL das seguintes soluções que não contenham cálcio: cloreto de sódio 0,9% e água estéril para injeção. A solução de Amplospec®
não deve ser diluída em frasco com outros antimicrobianos ou com outras soluções à que possuam possibilidade de
incompatibilidade.
Incompatibilidades
Diluentes contendo cálcio, como as soluções de Ringer ou Hartmann, não devem ser utilizados para a reconstituição de Amplospec®
ou para diluições posteriores de soluções reconstituídas para administração IV, pois pode ocorrer formação de precipitado. A
precipitação de ceftriaxona cálcica também pode ocorrer quando ceftriaxona dissódica é misturado com soluções contendo cálcio no
mesmo equipo de administração IV. Ceftriaxona dissódica não deve ser administrado simultaneamente com soluções IV contendo
cálcio, inclusive infusões contínuas contendo cálcio tais como as de nutrição parenteral, através de equipo em Y. No entanto, em
outros pacientes, exceto em recém-nascidos, ceftriaxona dissódica e soluções que contenham cálcio podem ser administrados
sequencialmente, entre as infusões, se as linhas de infusão forem bem lavadas com um líquido compatível. Até o momento não
houve relatos de interação entre ceftriaxona e produtos orais contendo cálcio ou interação entre ceftriaxona intramuscular e produtos
contendo cálcio (IV ou oral). Baseado em artigos da literatura, ceftriaxona não deve ser diluída em frasco com outros
antimicrobianos tais como, amsacrina, vancomicina, fluconazol e aminoglicosídeos.
O volume final de 1g do medicamento preparado para administração intravenosa é 10,72 mL, enquanto para a administração
intramuscular é 4,22 mL.
A dose de substância ativa por kg de peso corpóreo segue abaixo:
Massa de Amplospec®
Quantidade de substância ativa na
forma de ceftriaxona dissódica
Dose Max. Teórica de substância ativa
por Kg*
1g 1192,9 mg 17,04 mg/Kg
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*Para este cálculo foi considerado o peso médio corpóreo de 70 Kg.
Estudos clínicos
As reações adversas mais frequentemente reportadas para Amplospec®
são eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, diarreia,
erupção cutânea e aumento das enzimas hepáticas. Os dados para determinar a frequência das reações adversas de ceftriaxona foram
obtidos de estudos clínicos.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, diarreia, fezes amolecidas, aumento das enzimas
hepáticas e erupção cutânea.
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): infecção fúngica no trato genital, granulocitopenia, anemia, coagulopatia, cefaleia, tontura,
náusea, vômito, prurido, flebite, dor no local da administração, febre e aumento da creatinina sérica.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000): colite pseudomembranosa, broncoespasmo, urticária, hematúria, glicosúria, edema e
calafrios.
Pós-comercialização
As reações adversas a seguir foram identificadas durante o período de pós-comercialização de ceftriaxona. Essas reações foram
reportadas por uma população de tamanho incerto, portanto, não é possível estimar com segurança sua frequência e/ou estabelecer
uma relação causal com a exposição ao fármaco.
Problemas gastrintestinais: pancreatite, estomatite e glossite.
Alterações hematológicas: casos isolados de agranulocitose (< 500/mm3) foram relatados, a maior parte deles após
10 dias de tratamento e doses totais de 20 g ou mais.
Reações cutâneas: pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA) e casos isolados de graves reações cutâneas, como eritema
multiforme, síndrome de Stevens Johnson ou síndrome de Lyell / necrólise epidérmica tóxica.
Alterações no sistema nervoso: convulsão.
Infecções e infestações: superinfecção.
Outros efeitos colaterais raros: sedimento sintomático de ceftriaxona cálcica na vesícula biliar (litíase biliar), icterícia, kernicterus,
oligúria, reações anafiláticas e anafilactoides.
Interação com cálcio: dois estudos in vitro, um utilizando plasma de adultos e outro plasma neonatal do sangue do cordão
umbilical, foram realizados para avaliar a interação de ceftriaxona e cálcio. Concentrações de ceftriaxona de até 1 mM (em excesso
de concentrações obtidas in vivo, após administração de 2 g de ceftriaxona em perfusão durante 30 minutos) foram usadas em
combinação com concentrações de cálcio de até 12 mM (48 mg/dL). A recuperação de ceftriaxona do plasma foi reduzida com
concentrações de cálcio de 6 mM (24 mg/dL) ou superior no plasma de adultos ou 4 mM (16 mg/dL) ou superior no plasma
neonatal. Isso pode ser reflexo da precipitação de ceftriaxona cálcica. Em recém-nascidos que receberam ceftriaxona e soluções que
continham cálcio, foi relatado um pequeno número de casos fatais, nos quais um material cristalino foi observado nos pulmões e
rins durante a autópsia. Em alguns desses casos, a mesma linha de infusão intravenosa foi usada para ceftriaxonae para as soluções
contendo cálcio e, em algumas dessas vias de infusão, foi observado um precipitado. Pelo menos uma fatalidade foi relatada com
um recém-nascido no qual ceftriaxona e soluções que continham cálcio foram administrados em diferentes momentos, em vias de
infusão diferentes; e nenhum material cristalino foi observado na autópsia desse neonato. Não houve relatos semelhantes em
pacientes não neonatos. Foram relatados casos de precipitação de ceftriaxona no trato urinário, principalmente em crianças que
foram tratadas com altas doses (por exemplo, doses maiores ou iguais a 80 mg/kg/dia ou com dose total excedendo 10 g) e que
apresentavam outros fatores de risco (por exemplo, desidratação, confinamento a cama). Esse evento pode ser assintomático ou
sintomático, e pode levar à obstrução da uretra e insuficiência renal aguda, mas é geralmente reversível com a descontinuaçãodo
medicamento.
Efeitos colaterais locais: em raros casos, reações de flebite ocorrem após administração intravenosa. Essas podem ser minimizadas
pela prática de injeção lenta do produto (2 – 4 min).
Investigações: resultados falso positivos para os testes de Coombs, galactosemia e métodos não enzimáticos para determinação da
glicose.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.