Bula do Ansentron produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
ANSENTRON
(cloridrato de ondansetrona di-hidratado)
Biosintética Farmacêutica Ltda.
Solução injetável
4 mg / 2 ml
8 mg / 4 ml
Biosintética Farmacêutica Ltda Ansentron_VPS 04a
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
cloridrato de ondansetrona di-hidratado
APRESENTAÇÕES
Solução injetável 4 mg/2 mL e 8 mg/4 mL - Embalagem com 1 ampola.
USO INTRAVENOSO OU INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E USO PEDIÁTRICO A PARTIR DE 1 MÊS DE IDADE (para o controle de
náuseas e vômitos pós-operatórios)
USO ADULTO E USO PEDIÁTRICO A PARTIR DE 6 MESES DE IDADE (para o controle de
náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e radioterapia)
COMPOSIÇÃO
Cada ampola de ANSENTRON 4 mg contém:
cloridrato de ondansetrona di-hidratado..................................................................................................5 mg
(correspondendo a 4 mg de ondansetrona base)
Excipientes: cloreto de sódio, ácido cítrico, citrato de sódio di-hidratado e água para injetáveis.
Cada ampola de ANSENTRON 8 mg contém:
cloridrato de ondansetrona di-hidratado................................................................................................10 mg
(correspondendo a 8 mg de ondansetrona base)
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
ANSENTRON é indicado para o controle de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e
radioterapia, em adultos e crianças a partir de 6 meses de idade.
Também é indicado para prevenção e tratamento de náuseas e vômitos do período pós-operatório, em
adultos e crianças a partir de 1 mês de idade.
A ondansetrona demonstrou eficácia no controle de náuseas e vômitos em 75% dos pacientes tratados
com quimioterapia com cisplatina.1
1
MARTY M. et al. Comparison of the 5-hydroxytryptamine3 (serotonin) antagonist ondansetron (GR
38032F) with high-dose metoclopramide in the control of cisplatin-induced emesis. N Engl J Med,
32;322(12): 816-21, 1990.
Propriedades farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
A ondansetrona, substância ativa de ANSENTRON, é um potente antagonista, altamente seletivo, dos
receptores 5-HT3. Seu mecanismo de ação no controle da náusea e do vômito ainda não é bem conhecido.
Os agentes quimioterápicos e a radioterapia podem causar liberação de 5-HT no intestino delgado,
iniciando um reflexo de vômitos pela ativação dos aferentes vagais nos receptores 5-HT3. A ondansetrona
bloqueia o início desse reflexo.
A ativação dos aferentes vagais pode ainda causar liberação de 5-HT em área extrema localizada no
assoalho do quarto ventrículo, e isso também pode promover vômitos através de um mecanismo central.
Desse modo, o efeito da ondansetrona no controle de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia
citotóxica e radioterapia se devem ao antagonismo da droga aos receptores 5-HT3 dos neurônios do
sistema nervoso periférico e sistema nervoso central.
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Não se conhece o mecanismo de ação na náusea e no vômito pós-operatórios, no entanto as vias devem
ser comuns às da náusea e do vômito induzidos por agentes citotóxicos.
ANSENTRON injetável possui um rápido início de ação, e por isso pode ser administrado na indução da
anestesia ou imediatamente antes da quimioterapia ou radioterapia, conforme o caso.
Efeitos farmacodinâmicos
A ondansetrona não altera as concentrações de prolactina plasmática.
- Prolongamento do intervalo QT
O efeito da ondansetrona no intervalo QTc foi avaliado em um estudo cruzado, duplo-cego, randomizado,
controlado por placebo e controle positivo (moxifloxacino), em 58 adultos saudáveis (homens e
mulheres).As doses de ondansetrona incluíram 8 mg e 32 mg infundidos intravenosamente durante 15
minutos. Na dose mais elevada testada, de 32 mg, a diferença máxima média (limite superior de 90% do
IC) no intervalo QTcF em relação ao placebo após a correção na linha de base foi de 19,6 (21,5) msec. Na
dose mais baixa testada, de 8 mg, a diferença máxima média (limite superior de 90% do IC) em relação
ao placebo após correção na linha de base foi de 5,8 (7,8) msec. Neste estudo, não houve medições do
intervalo QTcF maiores que 480 msec e nenhum prolongamento do intervalo QTcF foi maior que 60
msec.
Propriedades farmacocinéticas
As propriedades farmacocinéticas da ondansetrona permanecem inalteradas em dosagens repetidas.
Absorção
Observou-se exposição sistêmica equivalente após a administração intramuscular e intravenosa da
ondansetrona.
Distribuição
A ligação às proteínas plasmáticas é de cerca de 70% a 76%. Em adultos, a disponibilidade da
ondansetrona após dose oral é similar a observada após a administração intravenosa ou intramuscular; o
volume de distribuição é de cerca de 140 L no estado de equilíbrio.
Metabolismo
A ondansetrona é depurada da circulação sistêmica predominantemente por metabolismo hepático,
através de diversas vias enzimáticas. A ausência da enzima CYP2D6 (polimorfismo da debrisoquina) não
interfere na farmacocinética da ondansetrona.
Eliminação
A ondansetrona é eliminada da circulação sistêmica predominantemente por metabolismo hepático.
Menos de 5% da dose absorvida é excretada inalterada na urina. A disponibilidade da ondansetrona após
dose oral é similar à observada após a administração intravenosa ou intramuscular; a meia-vida de
eliminação terminal é de aproximadamente três horas.
Populações especiais de pacientes
-Sexo
Foi demonstrado que, após dose oral, indivíduos do sexo feminino apresentam taxa e extensão de
absorção maiores, bem como clearance sistêmico e volume de distribuição reduzidos.
- Crianças e adolescentes (de 1 mês a 17 anos):
Pacientes pediátricos com idade entre 1 e 4 meses de vida (n=19) submetidos à cirugia apresentaram um
clearance aproximadamente 30% menor do que em pacientes entre 5 e 24 meses (n=22), mas comparável
a pacientes entre 3 e 12 anos de idade, quando normalizado ao peso corporal. A meia-vida em pacientes
entre 1 e 4 meses foi em média 6,7 horas, comparado a 2,9 horas para pacientes entre 5 e 24 meses e 3 e
12 anos. As diferenças nos parâmetros farmacocinéticos na população com idade entre 1 a 4 meses podem
ser explicadas em parte pela maior porcentagem de água corporal em neonatos e bebês e pelo maior
volume de distribuição.de drogas hidrossolúveis como a ondansetrona. Em pacientes pediátricos com
idade entre 3 e 12 anos de idade submetidos a cirurgia eletiva com anestesia geral verificou-se a redução
dos valores absolutos do clearance e do volume de distribuição da ondansetrona quando comparados com
os valores em pacientes adultos. Ambos os parâmetros aumentaram de forma linear com o peso, e a partir
de 12 anos de idade os valores se aproximaram dos obtidos em adultos jovens. Quando o clearance e o
volume de distribuição foram normalizados de acordo com o peso corporal, os valores desses parâmetros
mostraram-se similares nos diversos grupos de idade.
O uso de doses ajustadas ao peso corpóreo compensou as alterações relacionadas à idade e é eficaz para
normalizar a exposição sistêmica em pacientes pediátricos.
A análise da farmacocinética da ondansetrona foi realizada em 428 indivíduos (pacientes com câncer,
pacientes submetidos à cirurgia e voluntários saudáveis) com idade entre 1 mês e 44 anos após a
administração de ondansetrona por via intravenosa. Com base nesta análise, a exposição sistêmica (ASC)
de ondansetrona após a administração por via oral ou IV em crianças e adolescentes foi comparável a
adultos, com exceção em bebês com 1 a 4 meses de vida. O volume de distribuição estava relacionado a
idade e foi menor em adultos do que em bebês e crianças. O clearance estava relacionado ao peso e não à
idade, exceto em bebês com 1 a 4 meses de vida. É difícil concluir se houve uma redução adicional do
clearance relacionada a idade em bebês entre 1 a 4 meses de vida ou se simplesmente houve variabilidade
neste grupo devido ao baixo número de indivíduos estudados nesta faixa etária. Considerando que
pacientes com menos de 6 meses de idade receberão apenas uma dose única em casos de náuseas e
vômitos no pós-operatório, a diminuição do clearance possivelmente não será clinicamente relevante.
- Idosos:
Os primeiros estudos de Fase I em voluntários idosos saudáveis mostraram uma ligeira diminuição
relacionada com a idade na depuração, e um aumento na meia-vida da ondansetrona. Entretanto, a grande
variabilidade inter-individual resultou em uma considerável sobreposição nos parâmetros
farmacocinéticos entre jovens (<65 anos de idade) e idosos (≥65 anos de idade) e não foram observadas
diferenças na segurança e eficácia observadas entre pacientes com câncer de jovens e idosos matriculados
em ensaios clínicos em náuseas e vômitos para suportar uma recomendação de dosagem diferente para os
idosos. Com base nas concentrações plasmáticas mais recentes e em modelos de exposição-resposta, um
efeito maior sobre QTcF é previsto em pacientes ≥75 anos de idade quando comparado com adultos
jovens. Informações específicas de doses são fornecidas para pacientes acima de 65 anos de idade e acima
de 75 anos de idade (ver Posologia e Administração – Náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e
radioterapia – Idosos).
- Pacientes com disfunção renal:
Em pacientes com disfunção renal moderada (clearance de creatinina de 15 a 60 mL/min), tanto o
clearance sistêmico quanto o volume de distribuição foram reduzidos após administração intravenosa de
ondansetrona, resultando em um leve e clinicamente insignificante aumento da meia-vida de eliminação
(5,4 horas).
Em pacientes com disfunção renal grave que requer hemodiálise regular (estudados entre as diálises), a
ondansetrona demonstrou perfil farmacocinético essencialmente inalterado após a administração
intravenosa.
-Pacientes com disfunção hepática:
Nos pacientes com disfunção hepática grave, o clearance sistêmico da ondansetrona reduziu-se
acentuadamente, a meia-vida de eliminação prolongou-se (15-32 horas) e a biodisponibilidade oral foi de
aproximadamente 100% devido à redução do metabolismo pré-sistêmico.
ANSENTRON é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade conhecida a qualquer
componente da fórmula.
Tendo como base os relatos de hipotensão profunda e perda de consciência quando ANSENTRON foi
administrado com cloridrato de apomorfina, o uso concomitante dessas substâncias é contraindicado.
Há relatos de reações de hipersensibilidade em pacientes que já apresentaram esse tipo de reação a outros
antagonistas seletivos de receptores 5-HT3.
Ondansetrona prolonga o intervalo QT de maneira dose-dependente. Além disso, casos pós-
comercialização de Torsades de Pointes têm sido relatados em pacientes usando ondansetrona. Evitar o
uso de ondansetrona em pacientes com sídrome do QT longo congênito. ANSENTRON deve ser
administrado com precaução em pacientes que possuem ou podem desenvolver prolongamento do QTc.
Essas condições incluem pacientes com distúrbios eletrolíticos, pacientes com a síndrome do QT longo
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congênito, ou pacientes que tomam outros medicamentos que levam ao prolongamento QT ou distúrbios
eletrolíticos.
Hipocalemia e hipomagnesemia devem ser corrigidas antes da administração de ondansetrona.
Síndrome serotoninérgica tem sido descrita após o uso concomitante de ANSENTRON e outros fármacos
serotoninérgicos (ver Interações Medicamentosas). Se o tratamento concomitante com ANSENTRON e
outras drogas serotoninérgicas é clinicamente justificado, é recomendada a observação apropriada do
paciente.
Tendo-se em vista que a ondansetrona aumenta o tempo de trânsito no intestino grosso, pacientes com
sinais de obstrução intestinal subaguda devem ser monitorados após a administração.
A ondansetrona injetável não deve ser administrada na mesma seringa nem infundida com qualquer outra
medicação.
A ondansetrona injetável deve ser administrada somente com soluções de infusão recomendadas (ver
Posologia e Modo de usar).
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Em testes psicomotores, a ondansetrona não comprometeu o desempenho do paciente nessas atividades
nem causou sedação. Não são previstos efeitos negativos em cada uma dessas atividades pela
farmacologia de ANSENTRON.
Gravidez e lactação
A segurança do uso da ondansetrona em mulheres grávidas ainda não foi estabelecida. Avaliações de
estudos em animais experimentais não indicaram efeito nocivo direto nem indireto no desenvolvimento
do embrião ou feto, no curso da gestação e no desenvolvimento perinatal e pós-natal. Entretanto, uma vez
que estudos em animais nem sempre são preditivos da resposta humana, o uso da ondansetrona durante a
gravidez não é recomendado.
Os testes têm demonstrado que a ondansetrona é excretada no leite de animais. Por esse motivo,
recomenda-se que lactantes sob tratamento com a ondansetrona não amamentem.
Categoria B de risco na gravidez
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação do médico ou
Estudos específicos demonstraram que não há interações farmacocinéticas quando a ondansetrona é
administrada com álcool, temazepam, furosemida, tramadol ou propofol.
A ondansetrona é metabolizada por múltiplas enzimas hepáticas do citocromo P450: CYP3A4, CYP2D6
e CYP1A2. Devido à multiplicidade de enzimas capazes de metabolizar a ondansetrona, a inibição ou
redução da atividade de uma dessas enzimas (por exemplo, a deficiência genética de CYP2D6) é
normalmente compensada por outras enzimas e resulta em pouca ou nenhuma mudança no clearance da
ondansetrona, não tornando necessário o ajuste de dose.
Deve-se ter cautela quando ondansetrona é co-administrada com drogas que prolongam o intervalo QT
e/ou causam distúrbios eletrolíticos. (ver o item Advertências e Precauções)
apomorfina
Tendo como base os relatos de hipotensão profunda e perda de consciência quando a ondansetrona foi
administrado com cloridrato de apomorfina, o uso concomitante dessas substâncias é contraindicado.
fenitoína, carbamazepina e rifampicina
Em pacientes tratados com indutores potentes da CYP3A4, como fenitoína, carbamazepina e rifampicina,
o clearance oral da ondansetrona foi aumentado e as concentrações plasmáticas reduzidas.
fármacos serotoninérgicos
Síndrome serotoninérgica (incluindo estado mental alterado, instabilidade autonômica e anormalidades
neuromusculares) tem sido descrita após o uso concomitante de ondansetrona e outros fármacos
serotoninérgicos, incluindo inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) e inibidores da
recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN) (ver Advertências e Precauções).
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tramadol
Dados de estudos pequenos indicam que a ondansetrona pode reduzir o efeito analgésico do tramadol.
Cuidados de armazenamento
As ampolas de ANSENTRON devem ser armazenadas em sua embalagem original, em temperatura
ambiente (entre 15°C e 30o
C) e protegidas da luz.
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24
meses a contar da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
As ampolas de ANSENTRON devem ser usadas somente uma vez, injetadas ou diluídas imediatamente
após serem abertas. Qualquer solução remanescente deve ser descartada. As ampolas não devem ser
autoclavadas.
Aspectos físicos / Características organolépticas
As ampolas de ANSENTRON são de vidro âmbar, contendo líquido límpido e incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de uso
Uso intravenoso ou intramuscular.
As soluções para injeção de ANSENTRON devem ser usadas somente uma vez e injetadas ou diluídas
imediatamente após serem abertas. Qualquer solução remanescente deve ser descartada. As ampolas não
devem ser autoclavadas.
Estudos de compatibilidade foram realizados com bolsas e equipos de PVC. A estabilidade é verificada
usando-se bolsas PET ou frascos de vidro tipo 1.
Diluições da ondansetrona em solução de NaCl a 0,9% p/v ou em solução de glicose a 5% p/v
demonstraram ser estáveis em seringas de polipropileno. Portanto, considera-se que a ondansetrona
diluída com os fluidos compatíveis de infusão recomendados abaixo poderão ser estáveis em seringas de
polipropileno.
Segundo as boas práticas farmacêuticas, as soluções intravenosas devem ser preparadas no momento da
infusão e sob condições adequadas de assepsia.
Compatibilidade com fluidos intravenosos:
ANSENTRON injetável deve somente ser misturado com os líquidos de infusão recomendados. Estudos
de compatibilidade têm demonstrado que a solução de ANSENTRON é estável durante sete dias em
temperatura abaixo de 25°C, sob luz fluorescente ou em refrigerador, com os seguintes fluidos de infusão
intravenosa:
- solução intravenosa de cloreto de sódio a 0,9% p/v;
- solução intravenosa de glicose a 5% p/v;
- solução intravenosa de manitol a 10% p/v;
- solução intravenosa de Ringer;
- solução intravenosa de cloreto de potássio a 0,3% p/v + cloreto de sódio a 0,9% p/v;
- solução intravenosa de cloreto de potássio a 0,3% p/v + glicose a 5% p/v.
Compatibilidade com outras drogas:
ANSENTRON pode ser administrado por infusão intravenosa de 1 mg/hora, por exemplo, através de um
frasco de infusão ou de uma bomba de infusão. As seguintes drogas podem ser administradas, com
ondansetrona, nas concentrações de 16 a 160 µg/mL (8 mg/500 mL e 8 mg/50 mL, respectivamente, por
exemplo), através de equipo em Y.
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cisplatina
Concentrações de até 0,48 mg/mL (240 mg em 500 mL, por exemplo) administradas durante uma a oito
horas.
fluoruracila
Concentrações de até 0,8 mg/mL (2,4 g em três litros ou 400 mg em 500 mL, por exemplo) administradas
a uma velocidade de pelo menos 20 mL/h (500 mL por 24 horas). Altas concentrações de 5-fluoruracila
podem causar precipitação da ondansetrona. A infusão de 5-fluoruracila pode conter até 0,045% p/v de
cloreto de magnésio em adição a outros excipientes que se mostraram compatíveis.
carboplatina
Concentrações na faixa de 0,18 mg/mL a 9,9 mg/mL (90 mg em 500 mL a 990 mg em 100 mL, por
exemplo) administradas durante dez minutos a uma hora.
etoposida
Concentrações na faixa de 0,144 mg/mL a 0,25 mg/mL (72 mg em 500 mL a 250 mg em 1.000 mL, por
exemplo) administradas durante 30 minutos a uma hora.
ceftazidima
Doses na faixa de 250 mg a 2.000 mg reconstituídas com água estéril para injeções, como recomendado
pelo produtor (2,5 mL para 250 mg e 10 mL para 2 g de ceftazidima, por exemplo), e administradas como
injeção intravenosa em bolus durante aproximadamente cinco minutos.
ciclofosfamida
Doses na faixa de 100 mg a 1 g reconstituídas com água estéril para injeções, 5 mL por 100 mg de
ciclofosfamida, 5 mL por 100mg de ciclofosfamida, como recomendado pelo fabricante, e administradas
como injeção intravenosa em bolus durante aproximadamente cinco minutos.
doxorrubicina
Doses na faixa de 10 mg a 100 mg reconstituídas com água estéril para injeções por 10 mg de
doxorrubicina, 5 mL por 10 mg de doxorrubicina, como recomendado pelo fabricante, e administradas
dexametasona
Podem ser administrados 20 mg de fosfato sódico de dexametasona como injeção intravenosa lenta
durante dois a cinco minutos através de equipo em Y de uma infusão, liberando-se 8 mg ou 16 mg de
ondansetrona diluída em 50 mL a 100 mL de um líquido de infusão compatível durante aproximadamente
15 minutos. A compatibilidade entre o fosfato sódico de dexametasona e a ondansetrona foi demonstrada
com a administração dessas drogas através do mesmo equipo, o que resultou em concentrações na faixa
de 32 µg a 2,5 mg/mL de fosfato sódico de dexametasona e de 8 µg a 1 mg/mLde ondansetrona.
Posologia
- Náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e radioterapia
O potencial emetogênico do tratamento de câncer varia de acordo com as doses e combinações dos
regimes de quimioterapia e radioterapia usados. A seleção do regime de dose deve ser determinada pela
gravidade emetogênica.
Adultos
A dose intravenosa ou intramuscular recomendada é de 8 mg, administrada imediatamente antes do
tratamento.
Para quimioterapia altamente emetogênica, uma dose intravenosa inicial máxima de 16 mg de
ondansetrona infundida durante 15 minutos pode ser usada. Não deve ser administrada uma dose
intravenosa única maior que 16 mg.
A eficácia de ANSENTRON em quimioterapia altamente emetogênica pode ser aumentada pela adição de
uma dose única intravenosa de 20 mg de fosfato sódico de dexametasona administrada antes da
quimioterapia. Recomenda-se tratamento oral para proteger contra êmese prolongada ou retardada após as
primeiras 24 horas.
Doses intravenosas maiores que 8 mg a até um máximo de 16 mg devem ser diluídas em 50 mL a 100 mL
de cloreto de sódio 0,9% injetável ou dextrose 5% injetável antes da administração e infundidas por não
menos que 15 minutos (ver Modo de Usar). Doses de ANSENTRON de 8 mg ou menos não precisam ser
diluídas e devem ser administradas como uma injeção intramuscular ou intravenosa lenta em não menos
que 30 segundos.
A dose inicial de ANSENTRON deve ser seguida por 2 doses adicionais intramusculares ou intravenosas
de 8 mg com duas ou quatro horas de intervalo, ou por uma infusão constante de 1 mg/h por até 24 horas.
Crianças e adolescentes (de 6 meses a 17 anos de idade)
A dose em casos de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia pode ser calculada baseada na área de
superfície corporal ou peso. Em estudos clínicos pediátricos, ondansetrona foi administrada através de
infusão intravenosa diluída em 25 a 50 mL de solução salina ou outro fluido de infusão compatível e
infudida por um período superior a 15 minutos.
- Posologia baseada em área de superfície corporal
ANSENTRON deve ser administrado imediatamente antes da quimioterapia em uma dose única por via
intravenosa na dose de 5 mg/m2
. A dose intravenosa não deve exceder 8 mg. A dose oral pode começar
doze horas depois e pode continuar por até 5 dias (tabela 1). Não deve ser excedida a dose de adultos.
Tabela 1: Dosagem baseada em área de superfície corporal para náuseas e vômitos induzidos por
quimioterapia (idade entre 2 a 17 anos)
Área de superfície corporal Dia 1 Dias 2 a 6
≥0,6 m
2
a ≤1,2 m2 5 mg/m2
por via intravenosa,
mais 4 mg por via oral após 12
horas
4 mg por via oral a cada 12 horas
> 1,2 m2
5 ou 8 mg/m2
por via
intravenosa, mais 8 mg por via
oral após 12 horas
8 mg por via oral a cada 12 horas
- Posologia baseada por peso corporal
ANSENTRON deve ser administrado imediatamente antes da quimioterapia em uma dose única
intravenosa de 0,15 mg/kg. A dose intravenosa não deve exceder 8 mg. No dia 1, duas doses adicionais
por via intravenosa podem ser dadas com intervalos de 4 horas. A administração por via oral pode
começar doze horas mais tarde e pode continuar por até 5 dias (tabela 2). Não deve ser excedida a dose de
adultos.
Tabela 2: Posologia baseada em peso corporal para náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia
(idade entre 2 a 17 anos)
Peso corporal Dia 1 Dias 2 a 6
> 10 kg Até 3 doses de 0,15 mg/kg a
cada 4h
Idosos
ANSENTRON é bem tolerado por pacientes com idade acima de 65 anos.
Em pacientes com idade a partir de 65 anos, todas as doses intravenosas devem ser diluídas e infundidas
durante 15 minutos e, se repetidas, deve ser dado um intervalo de não menos que quatro horas.
Em pacientes de 65 a 74 anos de idade, a dose intravenosa inicial de Ansentron 8 mg ou 16 mg,
infundidas durante 15 minutos, deve ser seguida por duas doses de 8 mg infundidas durante 15 minutos,
após intervalo de não menos que 4 horas.
Em pacientes de 75 anos de idade ou mais, a dose inicial intravenosa de Ansentron não deve exceder 8
mg infundidas durante 15 minutos. A dose inical de 8 mg deve ser seguida por duas doses de 8 mg,
infundidas durante 15 minutos e após um intervalo de não menos que 4 horas (ver População especial de
pacientes – Idosos).
Pacientes com insuficiência renal
Não é necessária nenhuma alteração da via de administração, da dose diária nem da frequência de dose.
Pacientes com insuficiência hepática
O clearance de ANSENTRON é significativamente reduzido e a meia-vida plasmática significativamente
prolongada em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave. Para esses pacientes, a dose total
diária, por via intravenosa ou oral, não deve exceder 8 mg.
Pacientes com deficiência do metabolismo de esparteína / debrisoquina
A meia-vida de eliminação da ondansetrona não é alterada em indivíduos que têm deficiência do
metabolismo de esparteína e debrisoquina. Consequentemente, em tais pacientes, doses repetidas não
provocarão níveis diferentes de exposição a droga dos que ocorrem na população em geral. Não é
necessário alterar a dosagem diária nem a frequência de dose.
Náuseas e vômitos pós-operatórios
Para prevenção de náuseas e vômitos pós-operatórios, recomenda-se usar ANSENTRON em dose única
de 4 mg, que pode ser administrada através de injeção intramuscular ou intravenosa lenta na indução da
anestesia.
Para tratamento de náuseas e vômitos pós-operatórios já estabelecidos, recomenda-se uma dose única de 4
mg administrada através de injeção intramuscular ou intravenosa lenta.
Crianças e adolescentes (de 1 mês a 17 anos de idade)
Para prevenção e tratamento de náuseas e vômitos pós-operatórios em pacientes pediátricos submetidos a
cirurgia sob anestesia geral, pode-se administrar ondansetrona através de injeção intravenosa lenta na
dose de 0,1 mg/kg, até o máximo de 4 mg, antes, durante ou depois da indução da anestesia ou ainda após
a cirurgia.
Existem poucos estudos com o uso de ANSENTRON na prevenção e no tratamento de náuseas e vômitos
pós-operatórios em pessoas idosas, entretanto ANSENTRON é bem tolerado por pacientes acima de 65
anos de idade submetidos a quimioterapia.
diária, por via intravenosa ou oral, não deve exceder 8 mg. Recomenda-se, portanto, a administração
parenteral ou oral.
Pacientes com deficiência do metabolismo de esparteína/debrisoquina
provocarão níveis diferentes de exposição à droga dos que ocorrem na população em geral. Não é
Os eventos muito comuns, comuns e incomuns são determinados geralmente a partir de dados de estudos
clínicos. A incidência no grupo placebo foi levada em consideração. Os eventos raros e muito raros são
determinados a partir de dados espontâneos pós-comercialização. As frequências seguintes são estimadas
na dose padrão recomendada para ANSENTRON de acordo com indicação e formulação.
Reação muito comum (> 1/10): cefaléia.
Reações comuns (> 1/100 e < 1/10): sensação de calor ou rubor; constipação; reações no local da injeção
intravenosa.
Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): convulsão; transtornos do movimento (inclusive distúrbios
extrapiramidais, tais como crises oculógiras, reações distônicas e discinesia, observados sem evidências
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definitivas de persistência de sequelas clínicas); arritmias; dor torácica, com ou sem depressão do
segmento ST; bradicardia; hipotensão; soluços; aumento assintomático de testes funcionais hepáticos
(essas reações foram observadas em pacientes submetidos a quimioterapia com cisplatina).
Reações raras (> 1/10.000 e < 1/1.000): reações de hipersensibilidade imediata, às vezes grave, inclusive
anafilaxia; tontura predominantemente durante a administração intravenosa rápida; distúrbios visuais
passageiros (como visão turva), predominantemente durante a administração intravenosa; prolongamento
do intervalo QT (incluindo Torsades de Pointes).
Reações muito raras (< 1/10.000): cegueira passageira, predominantemente durante a administração
intravenosa; erupção cutânea tóxica, incluindo necrólise epidérmica tóxica.
A maior parte dos casos de cegueira relatados foi resolvida em até 20 minutos. A maioria dos pacientes
recebeu agentes quimioterápicos, inclusive cisplatina.
Alguns casos de cegueira passageira foram relatados como de origem cortical.
Em casos de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.