Bula do Aubagio para o Profissional

Bula do Aubagio produzido pelo laboratorio Genzyme do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Aubagio
Genzyme do Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO AUBAGIO PARA O PROFISSIONAL

1

Aubagio

Genzyme - A Sanofi Company

Comprimido revestido

14 mg

AUBAGIO®

teriflunomida

APRESENTAÇÃO

Comprimido revestido de 14 mg de teriflunomida disponível em embalagens com 30 comprimidos.

USO ORAL. USO ADULTO.

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém 14 mg de teriflunomida.

Excipientes: lactose monoidratada, amido, hiprolose, celulose microcristalina, amido glicolato de

sódio e estearato de magnésio. O revestimento do comprimido é composto de hipromelose, dióxido

de titânio, talco, macrogol e azul de indigotina, laca de alumínio.

1. INDICAÇÕES

AUBAGIO está indicado no tratamento de pacientes com as formas recorrentes da esclerose múltipla

para reduzir a frequência das exacerbações clínicas e para retardar o acúmulo de incapacidade

física.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia de AUBAGIO foi demonstrada em dois estudos fase 3, controlados com placebo, em

pacientes com as formas recorrentes da esclerose múltipla, e um estudo fase 3, controlado com

placebo, em pacientes com esclerose múltipla recente (isto é, com o primeiro episódio clínico).

O estudo 1 (EFC6049/TEMSO), duplo cego, controlado com placebo, avaliou doses únicas diárias de

teriflunomida 7 mg e 14 mg, em pacientes com formas recorrentes da esclerose múltipla (EMR)

durante 108 semanas. Todos os pacientes apresentavam o diagnóstico definitivo de esclerose

múltipla (EM), exibindo um curso clínico de recidivas com ou sem progressão, com pelo menos uma

recidiva no ano anterior ao estudo ou, pelo menos duas recidivas nos dois anos anteriores ao estudo.

Os indivíduos não tinham recebido interferon-beta por pelo menos 4 meses, ou qualquer outra

medicação para EM por pelo menos 6 meses antes de entrar no estudo, nem foi permitido o uso

destes medicamentos durante o estudo. Avaliações neurológicas foram realizadas na triagem, a cada

12 semanas até a semana 108 e em visitas não agendadas por suspeita de recidiva. Ressonância

magnética de imagem (MRI) foi realizada na triagem, e nas semanas 24, 48, 72 e 108. O desfecho

primário foi a taxa anual de recidivas (ARR).

Um total de 1088 pacientes com EMR foram randomizados para receber 7 mg (n=366) ou 14 mg

(n=259) de teriflunomida ou placebo (n=363). Na inclusão, os pacientes tinham uma pontuação ≤ 5,5

na Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS). A idade média da população do estudo foi

de 37,9 anos, a duração média da doença foi de 5,33 anos, e a média do EDSS basal foi de 2,68.

Um total de 91,4% apresentava EM recorrente-remitente (EMRR) e 8,6% tinham a forma de EM

progressiva com recidivas. O tempo médio com placebo foi de 631 dias, com 7 mg de AUBAGIO foi

de 635 dias, e com 14 mg de AUBAGIO foi de 627 dias.

A ARR foi significativamente reduzida em pacientes tratados com 14 mg de AUBAGIO, comparado

com os pacientes que receberam placebo (Tabela 1). Houve uma redução consistente na ARR,

observada nos subgrupos definidos por sexo, idade, terapia anterior da EM, e atividade basal da

doença.

O risco de progressão da incapacidade sustentada por 12 semanas (conforme avaliado pelo

aumento de, pelo menos 1 ponto, do EDSS basal ≤ 5,5, ou o aumento de 0,5 ponto para aqueles

com EDSS basal > 5,5) foi estatisticamente menor apenas no grupo da teriflunomida 14 mg

comparado com o placebo (Tabela 1 e Figura 1).

O efeito da teriflunomida em diversas variáveis de imagem na Ressonância Magnética (MRI) foi

avaliado, incluindo o volume total de lesões T2 e lesões T1 hipointensas. A mudança no volume total

das lesões comparado com o basal foi significativamente menor no grupo 14 mg do que no grupo

placebo. Pacientes tratados com teriflunomida tiveram, significativamente menos lesões realçadas

por gadolínio por imagem ponderada T1 do que aqueles no grupo placebo (Tabela 1).

Tabela 1: Resultados clínicos e de MRI do Estudo EFC6049/TEMSO

AUBAGIO 14 mg

(N=358)

Placebo

(N= 363)

Desfechos Clínicos

Taxa Anual de Recidivas (desfecho primário) 0,369 (p=0,0005) 0,539

Redução do risco relativo 31%

Porcentagem de pacientes que permaneceram sem recidivas

na semana 108

56,5% (p=0,0030) 45,6%

Porcentagem de progressão da incapacidade na semana 108 20,2% (p=0,028) 27,3%

Razão de azar 0,70

Redução do risco relativo 30%

Desfecho MRI

Alteração média do volume total de lesões

1

basal (mL) na

semana 108

0,345 (p=0,0003)

2

1,127

Porcentagem de alteração relativa ao placebo 69%

Número médio de lesões T1 realçadas por gadolínio por

imagem

0,261 (p<0,0001) 1,331

Redução relativa 80%

Volume total de lesões: soma das lesões T2 e T1 hipointensas, volume em mL.

Valores de p baseados na raiz cúbica transformada dos dados para volume total de lesões.

Figura 1: Gráfico Kaplan-Meier do tempo de progressão da incapacidade sustentada por 12

semanas – população intenção de tratar

O estudo 2 (EFC10531/TOWER), duplo cego, controlado com placebo, avaliou doses únicas diárias de

teriflunomida 7 mg e 14 mg em pacientes com as formas recorrentes da esclerose múltipla (EMR),

com duração média do tratamento de, aproximadamente, 18 meses. Todos os pacientes tinham o

diagnóstico definitivo de EM, exibindo um curso clínico de recidivas com ou sem progressão, com

pelo menos uma recidiva durante o ano anterior ao estudo, ou pelo menos 2 recidivas durante os 2

anos anteriores ao estudo. Os indivíduos não haviam recebido interferon-beta, ou qualquer outro

medicamento para EM, nos últimos 3 meses anteriores à inclusão no estudo, e nenhum destes

medicamentos foi permitido durante o estudo. Avaliações neurológicas foram realizadas na triagem,

a cada 12 semanas até o final do estudo, e em visitas não agendadas por suspeita de recidiva. O

desfecho primário era a taxa anual de recidivas (ARR).

Um total de 1169 pacientes foram randomizados para receber 7 mg (n=408) ou 14 mg (n=372) de

teriflunomida ou placebo (n=389). A idade média foi de 37,9 anos, a duração média da doença foi de

5,16 anos, e a média do EDSS basal foi de 2,50. A maioria dos pacientes apresentava EM

recorrente-remitente (97,5%). O tempo médio com placebo foi de 571 dias, com AUBAGIO 7 mg foi

de 552 dias, e com AUBAGIO 14 mg foi de 567 dias.

A ARR foi reduzida significativamente em pacientes tratados com 14 mg de AUBAGIO, comparado

com os pacientes que receberam placebo (Tabela 2). Houve uma redução consistente na ARR,

observada nos subgrupos definidos por sexo, idade, terapia anterior de EM, e atividade basal da

O risco de progressão da incapacidade sustentada por 12 semanas (conforme avaliado pelo aumento

de, pelo menos 1 ponto, do EDSS basal ≤ 5,5, ou o aumento de 0,5 ponto para aqueles com EDSS

basal > 5,5) foi significantemente menor apenas no grupo de teriflunomida 14 mg comparado com

placebo (Tabela 2 e Figura 2).

Tabela 2: Resultados clínicos do Estudo EFC10531/TOWER

(N=370)

(N= 388)

Taxa anual de recidivas (desfecho primário) 0,319 (p=0,0001) 0,501

Redução do risco relativo 36,3%

57,1% (p<0,0001) 46,8%

Porcentagem da progressão da incapacidade na semana 108 15,8% (p=0,044) 19,7%

Razão de azar 0,69

Figura 2: Gráfico Kaplan-Meier do tempo para a progressão da incapacidade sustentada por 12

semanas – população com intenção de tratar

O Estudo 3 (EFC6260/TOPIC), duplo cego, controlado com placebo, avaliou doses únicas diárias de

teriflunomida 7 mg e 14 mg por até 108 semanas em pacientes com EM recente (isto é, com o

primeiro episódio clínico). Os pacientes apresentaram o primeiro evento neurológico num período de

90 dias da randomização, com 2 ou mais lesões T2, com pelo menos 3 mm de diâmetro que são

característicos de EM. O desfecho primário foi o tempo para o segundo episódio clínico (recidiva).

Um total de 618 pacientes foram randomizados para receber 7 mg (n=205) ou 14 mg (n=216) de

teriflunomida ou placebo (n=197). A idade média da população do estudo foi de 32,1 anos e o tempo

médio desde o primeiro evento neurológico foi de 1,85 meses, 59,1% dos pacientes entraram no

estudo com um episódio monofocal, e 40,9% com um episódio multifocal. O tempo médio com

placebo foi de 464 dias, com AUBAGIO 7 mg foi de 464 dias, e com AUBAGIO 14 mg foi de 493 dias.

O risco do segundo episódio clínico foi reduzido de forma estatisticamente significativa no grupo de 14

mg de teriflunomida, comparado com o placebo (Tabela 3 e Figura 3).

O risco do segundo episódio clínico, ou uma nova lesão na MRI (uma nova lesão T1 ou T2 realçada

por gadolínio), foi reduzida de forma estatística e significante no grupo de teriflunomida 14 mg,

comparados com placebo (Tabela 3 e Figura 3).

Tabela 3: Resultados clínicos e de MRI do EFC6260/TOPIC

(N=214)

(N= 197)

Porcentagem de pacientes que permaneceram sem um

segundo episódio clínico na semana 108 (desfecho primário)

76,0% (p=0,0087) 64,1%

Razão de azar 0,574

segundo episódio clínico e sem nova lesão MRI na semana 108

28,5% (p=0,0003) 13,0%

Razão de azar 0,651

0,227 (p=0,0374)

0,202

0,395 (p=0,0008) 0,953

Figura 3: Gráfico Kaplan-Meier do tempo para o segundo episódio clínico –

população com intenção de tratar (EFC6260/TOPIC)

O efeito da teriflunomida na atividade MRI também foi demonstrada em um quarto estudo,

randomizado, duplo cego, controlado com placebo, com pacientes com EM com recidivas. Um total de

179 pacientes foi tratado com o dobro da dose usual na primeira semana e, depois, recebeu 7 mg

(n=61) ou 14 mg (n=57) de teriflunomida ou placebo (n=61) para o restante do período de 36 semanas

de tratamento. O desfecho primário foi o número médio de lesões únicas ativas/MRI durante o

tratamento. O exame RMI foi realizado no início, semana 6, semana 12, semana 18, semana 24,

semana 30 e semana 36. O resultado demográfico basal foi consistente em todos os grupos de

tratamento. O número médio de lesões ativas únicas por MRI do cérebro, durante o período das 36

semanas de tratamento, foi menor nos pacientes tratados com teriflunomida 14 mg (0,98) e 7 mg (1,06)

quando comparado com placebo (2,69), sendo que a diferença foi estatisticamente significante para

ambos (p=0,0052 e p=0,0234, respectivamente).

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

1. O'Connor P, Wolinsky JS, Confavreux C, Comi G, Kappos L, Olsson TP, Benzerdjeb H,

Truffinet P, Wang L, Miller A, Freedman MS; TEMSO Trial Group. Randomized trial of oral

teriflunomide for relapsing multiple sclerosis. N Engl J Med. 2011 Oct 6;365(14):1293-303.

2. Freedman MS; Teriflunomide in relapsing multiple sclerosis: therapeutic utility. Ther Adv

Chronic Dis. 2013. Sep 4;4(5):192-205.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

A teriflunomida é um agente imunomodulador com propriedades anti-inflamatórias que inibe de forma

seletiva e reversível a enzima mitocondrial diidroorotato desidrogenase (DHO-DH), necessária para a

síntese de novo de pirimidina. Como consequência, a teriflunomida bloqueia a proliferação dos

linfócitos estimulados que necessitam da síntese de novo de pirimidina para expandir. O mecanismo

exato pelo qual a teriflunomida exerce o seu efeito terapêutico na esclerose múltipla, não é

totalmente conhecido, porém, pode incluir a redução do número de linfócitos ativados no sistema

nervoso central. É provável que a teriflunomida diminua na periferia o número de linfócitos ativados

disponíveis para migrarem para o sistema nervoso central.

Potencial para prolongar o intervalo QT:

No estudo realizado com pacientes sadios controlados com placebo através de QT, a teriflunomida,

em concentrações médias do estado de equilíbrio, não demonstrou qualquer potencial para

prolongamento do intervalo QTcF comparado com o placebo: o maior tempo de diferença média

pareado entre a teriflunomida e o placebo foi de 3,45 ms, com limite superior de IC 90% sendo 6,45

ms. Adicionalmente, nenhum valor de QTcF foi ≥ 480 ms e nenhuma alteração da linha basal foi > 60

ms.

Sistema imune:

Efeito no número de células imunes no sangue – nos estudos controlados com placebo, 14 mg de

teriflunomida uma vez ao dia levou à uma leve redução na contagem média de linfócitos, de menos

de 0,3 x 109

/L, que ocorreu durante os três primeiros meses de tratamento, sendo que os níveis

foram mantidos até o final do tratamento.

Em um estudo clínico, pacientes tratados com teriflunomida, apresentaram resposta imune

apropriada à vacinação de gripe sazonal, consistente com a preservação de uma resposta à vacina

de reforço. Pacientes dos grupos tratados com teriflunomida 7 mg e 14 mg atingiram títulos de

anticorpos pós-vacinação consistentes com soroproteção: mais de 90% dos pacientes atingiram

títulos de anticorpos pós-vacinação ≥ 40 para H1N1 e cepas B, em ambos os grupos de tratamento

com teriflunomida. Para a cepa H3N2, títulos ≥ 40 foram atingidos em > 90% dos pacientes no grupo

com 7 mg, e em 77% dos pacientes no grupo de 14 mg.

Em um segundo estudo de farmacodinâmica, a resposta imune à vacina inativada contra a raiva, neo

antígeno, foi avaliada em um estudo duplo cego, randomizado, controlado com placebo, em

indivíduos saudáveis. A média geométrica dos títulos para a vacina contra a raiva foi menor no grupo

teriflunomida do que no grupo placebo, atingindo uma razão de tratamento pós-vacinação de

teriflunomida versus placebo [IC 90%] de 0,53 [0,53; 0,81] no final da vacinação. Entretanto, após a

vacinação, os níveis de anticorpos anti-raiva estavam acima de 0,5 UI/mL em todos os indivíduos, o

limite para soroproteção. Neste mesmo estudo, a capacidade para montar uma reação de

hipersensibilidade tipo tardia na pele para antígenos antigos como: Candida albicans, Trichophyton

ou a Proteína Purificada Derivada da Tuberculina, em indivíduos recebendo teriflunomida, não

diferiram do placebo.

Efeito nas funções renais tubulares:

Nos estudos controlados com placebo, observou-se uma redução média do ácido úrico sérico de 20

a 30% em pacientes tratados com teriflunomida comparada com o placebo. A redução média de

fósforo sérico foi de 10 a 15% no grupo de teriflunomida comparado com o placebo. Estes efeitos são

considerados como relacionados ao aumento na excreção renal tubular e não são relacionadas às

alterações nas funções glomerulares.

Farmacocinética

Baseado em uma análise farmacocinética populacional com teriflunomida utilizando dados de

indivíduos saudáveis e pacientes com EM, t½ média, foi de aproximadamente 19 dias após doses

repetidas de 14 mg. Leva-se aproximadamente 3 meses para atingir as concentrações de equilíbrio.

A razão área sob a curva (ASC) estimada de acúmulo é de aproximadamente 30, após doses

repetidas de 14 mg.

Absorção:

O tempo mediano para se atingir a concentração plasmática máxima ocorre entre 1 a 4 horas após a

dose, seguido de administrações orais repetidas de teriflunomida, com alta biodisponibilidade

(~100%).

Os alimentos não possuem efeito clínico relevante na farmacocinética da teriflunomida.

A exposição sistêmica aumenta de forma proporcional à dose, após a administração oral de 7 a 14

mg.

Distribuição:

A teriflunomida se liga de forma extensiva à proteína plasmática (> 99%), e se distribui

principalmente no plasma. O volume de distribuição é de 11 L após a administração intravenosa (IV)

única.

Metabolismo:

A teriflunomida é moderadamente metabolizada e grande parte circulante é detectada no plasma. A

via primária de biotransformação para os metabólitos menores da teriflunomida é a hidrólise, sendo a

oxidação uma via de menor importância. O caminho secundário envolve a oxidação, N-acetilação e

conjugação com sulfato.

Eliminação:

A teriflunomida é excretada no trato gastrintestinal principalmente através da bile, como droga

inalterada, e possivelmente por secreção direta. Durante 21 dias, 60,1% da dose administrada são

excretadas pelas fezes (37,5%) e urina (22,6%). Após o procedimento de eliminação acelerada com

colestiramina, foram recuperadas 23,1% adicionais (principalmente nas fezes). Após a administração

de dose única IV, o clearance corpóreo total da teriflunomida é de 30,5 mL/h.

Procedimento de eliminação acelerada - colestiramina e carvão ativado:

A teriflunomida é eliminada do plasma lentamente. Sem o procedimento de eliminação acelerada, o

tempo médio para a concentração plasmática atingir valores menores que 0,25 mg/L é de 6 meses.

Devido às variações individuais no clearance do medicamento, este pode demorar até 2 anos. O

procedimento de eliminação acelerada pode ser utilizado a qualquer momento após a

descontinuação de AUBAGIO. A eliminação pode ser acelerada pelos seguintes processos:

 Administração de 8 g de colestiramina, a cada 8 horas, por 11 dias. Se 8 g de colestiramina,

três vezes por dia, não são bem tolerados, 4 g de colestiramina, três vezes por dia, podem

ser usados.

 Administração de 50 g de pó de carvão ativado, a cada 12 horas, por 11 dias.

Se ambos os procedimentos de eliminação são pouco tolerados, os dias de tratamento não precisam

ser consecutivos, a menos que seja necessário diminuir a concentração plasmática de teriflunomida

rapidamente.

Ao final dos 11 dias, ambos esquemas aceleram a eliminação de teriflunomida com sucesso, levando

à diminuição das concentrações plasmáticas de teriflunomida em mais de 98%.

O uso do procedimento de eliminação acelerada pode, potencialmente, resultar no retorno da

atividade da doença, caso o paciente estiver respondendo ao tratamento com AUBAGIO.

Populações especiais:

Sexo, idosos e crianças:

Foram identificadas diversas fontes de variabilidade intrínseca em indivíduos saudáveis e em

pacientes com esclerose múltipla, baseada na análise de farmacocinética populacional: idade, peso

corpóreo, sexo, raça e níveis de albumina e de bilirrubina. No entanto, o impacto permanece limitado

(≤ 31%).

Insuficiência hepática:

A insuficiência hepática leve e moderada não teve impacto na farmacocinética da teriflunomida. A

farmacocinética da teriflunomida em pacientes com insuficiência hepática severa, não foi avaliada

(veja item 4. Contraindicações).

Insuficiência renal:

A insuficiência renal grave não teve impacto na farmacocinética da teriflunomida.

4. CONTRAINDICAÇÕES

AUBAGIO está contraindicado em:

- pacientes com insuficiência hepática grave;

- pacientes com hipersensibilidade conhecida à teriflunomida, leflunomida ou a qualquer um dos

componentes da formulação;

- mulheres grávidas, ou mulheres com potencial de engravidar e que não estejam utilizando métodos

contraceptivos confiáveis, durante o tratamento com teriflunomida e por todo o tempo em que o nível

plasmático esteja acima de 0,02 mg/L (veja item 5. Advertências e precauções).

Categoria de risco na gravidez: X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres

grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.

Proibido para mulheres grávidas ou em idade fértil sem a utilização de métodos

contraceptivos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Advertências

Efeitos Hepáticos

Efeito nas enzimas hepáticas - elevação de transaminases hepáticas (ALT):

Foi observada elevação nas enzimas hepáticas em pacientes recebendo teriflunomida. Durante os

estudos clínicos controlados com placebo, ocorreu aumento de 3 vezes o limite superior da

normalidade (ULN) da ALT 62/1002 (6,2%) dos pacientes com teriflunomida 14 mg e em 38/997

(3,8%) dos pacientes com placebo, durante o período do tratamento. Estas elevações ocorreram

principalmente nos 6 primeiros meses de tratamento. Metade destes casos retornou ao normal, sem

a descontinuação da medicação. Em estudos clínicos, a teriflunomida foi descontinuada, caso a

elevação de ALT excedesse em 3 vezes o limite superior da normalidade por 2 vezes. Os níveis de

transaminases séricas retornaram ao normal dentro de aproximadamente, 2 meses após a

descontinuação de AUBAGIO.

Um caso adicional clinicamente significante de “hepatite tóxica” foi reportado, em uma paciente

feminina de 35 anos. Apesar da etiologia do evento hepático permanecer desconhecido, uma relação

causal com a teriflunomida, neste caso, é possível.

Obter os níveis de transaminase sérica e de bilirrubina dentro de 6 meses antes de iniciar a terapia

com AUBAGIO. Monitorar os níveis de ALT, pelo menos mensalmente por seis meses, após iniciar

AUBAGIO. Considerar o monitoramento quando AUBAGIO é administrado com outros medicamentos

potencialmente hepatotóxicos. Considerar a descontinuação de AUBAGIO, caso o aumento na

transaminase sérica (maior do que três vezes o limite superior da normalidade - ULN) seja

confirmado. Monitorar a transaminase sérica e a bilirrubina na terapia com AUBAGIO,

particularmente em pacientes que desenvolveram sintomas sugestivos de disfunção hepática, como:

náusea não explicada, vômito, dor abdominal, fadiga, anorexia, icterícia e/ou urina escura. Caso haja

a suspeita de lesão hepática induzida pelo AUBAGIO, descontinue a teriflunomida e inicie um

processo de eliminação acelerada (veja item 3. Características farmacológicas) e monitore os testes

hepáticos semanalmente até a normalização. Caso a lesão hepática induzida pela teriflunomida seja

pouco provável, pois outras causas prováveis foram encontradas, retomar a terapia com

teriflunomida pode ser considerado.

Uso por mulheres grávidas ou em idade fértil

Veja seção de gravidez e lactação.

Precauções

Efeitos na Pressão Sanguínea:

Durante o tratamento com AUBAGIO, deve-se monitorar de forma apropriada a pressão sanguínea,

pois a teriflunomida pode levar ao aumento da mesma.

Em estudos controlados com placebo, a alteração no valor da pressão sanguínea sistólica média, do

basal ao desfecho, foi de 2,7 mmHg para AUBAGIO 14 mg e -0,6 mmHg para o placebo. A alteração

da pressão sanguínea diastólica basal foi de 1,9 mmHg para AUBAGIO 14 mg e de -0,3 mmHg para

o placebo. Hipertensão foi reportada como uma reação adversa em 4,3% dos pacientes tratados com

14 mg de AUBAGIO, comparado com 1,8% com placebo. Verifique a pressão sanguínea antes de

iniciar AUBAGIO, e depois do início, verificar periodicamente.

Infecções:

Nos estudos de AUBAGIO controlados com placebo, não foi observado um aumento geral no risco

de infecções sérias com teriflunomida 14 mg (2,7%) comparado com placebo (2,2%). Entretanto, um

caso fatal de sepse causada por Klebsiella pneumonia ocorreu em um paciente que estava tomando

teriflunomida 14 mg por 1,7 anos. Nos estudos clínicos com AUBAGIO, foi observado casos de

tuberculose e reativação de hepatite por citomegalovírus.

Baseado no efeito imunomodulatório de AUBAGIO, caso o paciente desenvolva uma infecção séria,

deve-se considerar a suspensão do tratamento com AUBAGIO e reavaliar o risco/benefício antes de

reiniciar o tratamento. Devido à meia-vida prolongada de eliminação da teriflunomida, pode-se

considerar a realização do procedimento de eliminação acelerada com colestiramina ou carvão

ativado (vide item 3. Características Farmacológicas - Eliminação, para maiores informações sobre o

procedimento de eliminação acelerada).

O médico deverá instruir os pacientes a reportarem sintomas de infecção durante o tratamento com

AUBAGIO.

Pacientes com infecções agudas em atividade ou crônicas, não devem iniciar o tratamento com

AUBAGIO até a infecção ser tratada.

AUBAGIO não é recomendado para pacientes com imunodeficiência severa, doença na medula

óssea, ou infecções não controladas severas.

A segurança de AUBAGIO em indivíduos com tuberculose latente é desconhecida, pois a triagem de

tuberculose não foi realizada sistematicamente nos estudos clínicos. Para pacientes positivos na

triagem de tuberculose, tratar com a prática médica padrão antes da terapia com AUBAGIO.

Efeitos Hematológicos:

Em estudos controlados com placebo e com 14 mg de AUBAGIO, a diminuição na contagem das

células brancas sanguíneas média foi de, aproximadamente, 15% (principalmente em neutrófilos e

linfócitos) e na contagem de plaquetas foi de, aproximadamente, 10%, comparados com os valores

basais. A redução na contagem média das células brancas do sangue ocorreu durante as 6 primeiras

semanas e a contagem destas células permaneceu baixa durante o tratamento. Em estudos

controlados com placebo, foi observada contagem de neutrófilos < 1,5 x 109

/L em 16% dos pacientes

com AUBAGIO 14 mg comparado com 7% dos pacientes com placebo; foi observada contagem de

linfócitos < 0,8 x 109

/L 12% dos pacientes com AUBAGIO 14 mg comparado com 6% dos pacientes

com placebo.

No basal, um hemograma recente deve estar disponível antes de iniciar o tratamento com AUBAGIO

e deve ser avaliado durante a terapia. Além disso, o monitoramento deve ser baseado em sinais e

sintomas sugestivos de infecção.

Vacinação:

Dois estudos clínicos demonstraram que vacinas com antígenos inativados (na primeira vacinação),

ou vacinas de reforço (reexposição) eram seguras e eficazes durante o tratamento com AUBAGIO. O

uso de vacinas vivas atenuadas pode acarretar em risco de infecção, portanto, devem ser evitadas.

Neuropatia Periférica:

Casos de neuropatia periférica foram reportados em pacientes recebendo AUBAGIO. A maioria dos

pacientes melhorou após a descontinuação de AUBAGIO. Entretanto, houve uma ampla variabilidade

de resultados, isto é, em alguns pacientes a neuropatia foi solucionada e em outros os sintomas

persistiram. Caso um paciente que esteja tomando AUBAGIO desenvolva neuropatia periférica

confirmada, considerar a descontinuação da terapia com AUBAGIO e realizar o procedimento de

eliminação acelerada.

Efeito da teriflunomida em terapias imunossupressoras ou imunomoduladoras:

A teriflunomida é um composto derivado da leflunomida. A coadministração da teriflunomida com a

leflunomida, não é recomendável.

A coadministração com terapias antineoplásicas ou imunossupressoras utilizadas para o tratamento

de esclerose múltipla, não foi avaliada. Estudos de segurança, nos quais a teriflunomida foi

administrada concomitantemente com terapias imunomoduladoras por até um ano (interferon-beta,

acetato de glatirâmer), não revelaram qualquer preocupação específica quanto à segurança. Não foi

estabelecida a segurança a longo prazo destas combinações no tratamento de esclerose múltipla.

Gravidez e lactação

Não há estudos adequados e bem controlados de AUBAGIO em mulheres grávidas. No entanto, com

base em estudos em animais, AUBAGIO pode aumentar o risco de morte fetal ou efeitos

teratogênicos, quando administrado em mulheres grávidas. Teriflunomida é contraindicado na

gravidez (veja item 4. Contraindicações).

É esperado que concentrações plasmáticas de teriflunomida menores que 0,02 ug/mL tenham risco

mínimo, baseado em dados disponíveis de animais. Caso AUBAGIO seja descontinuado, o

procedimento de eliminação acelerada é recomendado (veja item 3. Características Farmacológicas

– Eliminação).

Dados de animais sugerem riscos ao feto. Mulheres em idade fértil devem usar um método

contraceptivo eficaz para evitar a gravidez durante o tratamento com AUBAGIO.

Caso AUBAGIO seja descontinuado, a mulher deve continuar com o método contraceptivo até que a

concentração plasmática humana de teriflunomida seja igual ou menor que 0,02 µg/mL. Mulheres,

que planejam engravidar ou que estão grávidas, devem ser aconselhadas sobre o procedimento de

eliminação acelerada, que pode ser usado para diminuir as concentrações plasmáticas de

teriflunomida rapidamente.

Sem o procedimento de eliminação acelerada, leva-se 8 meses, em média, para se atingir

concentrações plasmáticas menores ou iguais a 0,02 µg/mL. No entanto, devido à variação

individual, o clearance da droga pode levar até 2 anos. O procedimento de eliminação acelerada

pode ser utilizado em qualquer momento, após a descontinuação de AUBAGIO (veja item 3.

Características Farmacológicas – Eliminação).

Uso por Homens

O risco de toxicidade embriofetal em homens em tratamento com teriflunomida é considerado baixo.

Lactação

Estudos em animais mostraram excreção de teriflunomida no leite materno. Não se sabe se a droga

é excretada no leite materno humano. Pelo fato de que muitas drogas são excretadas no leite

humano e devido ao potencial de eventos adversos sérios em lactentes, a decisão deve ser feita se o

aleitamento será interrompido ou se a droga será descontinuada, considerando a importância da

droga à mãe.

Categoria de risco na gravidez: X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres

grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

Populações especiais

Crianças:

A segurança e eficácia de AUBAGIO em pacientes pediátricos com esclerose múltipla, antes dos 18

anos de idade, não foi estabelecida.

Idosos:

Estudos clínicos de AUBAGIO não incluíram pacientes acima de 65 anos de idade. AUBAGIO deve

ser utilizado com cautela em pacientes com idade acima de 65 anos.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

AUBAGIO não influencia ou influencia de forma insignificante, a capacidade de dirigir veículos e de

operar máquinas.

Informação de Doping:

Até o momento, não há informações de que AUBAGIO possa causar doping.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A via primária de biotransformação para a teriflunomida é a hidrólise, sendo a oxidação uma via de

menor importância, com envolvimento limitado do citocromo P450 (CYP) ou das enzimas flavina

monoamina oxidase.

Potencial de outras drogas afetarem AUBAGIO:

Baseado nos estudos in vitro, a teriflunomida é um substrato do transportador de efluxo BCRP.

Inibidores da BCRP (tais como: ciclosporina, eltrombopag e gefitinibe) podem aumentar a exposição

à teriflunomida.

Potentes indutores da CYP e transportadores: Rifampicina não afetou a farmacocinética da

teriflunomida.

Potencial de AUBAGIO afetar outras drogas:

Efeito da teriflunomida nos substratos da CYP2C8:

Houve um aumento na Cmax média e ASC da repaglinida (respectivamente, 1,7 e 2,4 vezes), após

doses repetidas de teriflunomida, sugerindo que a teriflunomida é um inibidor da CYP2C8 in vivo. A

magnitude da interação pode ser maior na dose recomendada de repaglinida. Portanto, o

monitoramento de pacientes em uso concomitante de drogas metabolizadas pela CYP2C8 (tais como

repaglinida, paclitaxel, pioglitazone, ou rosiglitazone) é recomendado, pois estes podem ter maior

exposição.

Efeito da teriflunomida na varfarina

Foi observada uma diminuição de 25% no pico do índice internacional normalizado (INR), quando a

teriflunomida foi coadministrada com a varfarina, comparada com a administração isolada da

varfarina. Portanto, quando a varfarina é coadministrada com a teriflunomida, o acompanhamento e

monitoramento próximos são recomendados.

Efeito da teriflunomida nos contraceptivos orais:

Houve um aumento na Cmax média e ASC0-24 de etinilestradiol (respectivamente, 1,58 e 1,54 vezes),

e de Cmax e ASC0-24 de levonorgestrel (respectivamente, 1,33 e 1,41 vezes), após doses repetidas de

teriflunomida. Não é esperada que esta interação com a teriflunomida impacte de forma adversa na

eficácia dos contraceptivos orais, no entanto, deve-se considerar o tipo de tratamento contraceptivo

oral utilizado em combinação com a teriflunomida.

Efeito da teriflunomida nos substratos da CYP1A2

Doses repetidas de teriflunomida diminuíram a Cmax média e ASC da cafeína (substrato da CYP1A2),

respectivamente em 18% e 55%, sugerindo que a teriflunomida in vivo é um indutor fraco da

CYP1A2. Portanto, drogas metabolizadas por CYP1A2 (tais como, duloxetina, alosetrona, teofilina e

tizanidina) devem ser utilizadas com cautela durante o tratamento com teriflunomida, pois podem

levar à redução na eficácia de tais drogas.

Efeito da teriflunomida nos substratos do transportador de ânions orgânicos 3 (OAT3)

Houve um aumento na Cmax média e ASC do cefaclor (1,43 e 1,54 vezes, respectivamente), após

doses repetidas de teriflunomida, sugerindo que a teriflunomida é um inibidor do OAT3 in vivo.

Portanto, quando a teriflunomida é coadministrada com substratos da OAT3 (tais como: cefaclor,

penicilina G, ciprofloxacino, indometacina, cetoprofeno, furosemida, cimetidina, metotrexato,

zidovudina), deve-se observar com cautela.

Efeitos da teriflunomida no BCRP e/ou substratos do polipeptídico transportador de ânions orgânicos

B1 e B3

Houve um aumento na Cmax média e ASC da rosuvastatina (2,65 e 2,51 vezes, respectivamente),

após doses repetidas de teriflunomida. Entretanto, não houve impacto aparente deste aumento na

exposição plasmática da rosuvastatina na atividade da HMG-CoA redutase. Caso sejam utilizados

juntos, a dose da rosuvastatina não deve exceder 10 mg, administrados uma vez ao dia. Para outros

substratos do BCRP (por exemplo: metotrexato, topotecano, sulfassalazina, daunorubicina,

doxorubicina) e da família OATP, especialmente inibidores da HMG-CoA redutase (por exemplo,

sinvastatina, atorvastatina, pravastina, metotrexato, nateglinida, repaglinida, rifampicina), em

administração concomitante com a teriflunomida, também se deve ter cautela. Monitorar os pacientes

de perto para sinais e sintomas de exposição excessiva e considerar a redução na dose destes

medicamentos.

Efeito da teriflunomida nos substratos da CYP2B6, CYP3A, CYP2C9, CYP2C19 e CYP2D6

A teriflunomida não afetou a farmacocinética da brupopiona (um substrato da CYP2B6), midazolam

(um substrato da CYP3A), S-varfarina (um substrato da CYP2C9), omeprazol (um substrato

CYP2C19) e metoprolol (um substrato da CYP2D6).

Interação com exames laboratoriais

Não há dados sobre interferência com testes laboratoriais.

Interação com alimentos

Não é esperada a interação de AUBAGIO com alimentos, pois os mesmos não possuem efeito

clínico relevante na farmacocinética da teriflunomida.

Interação com álcool e nicotina

Não há dados sobre a interação de álcool e nicotina.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

AUBAGIO deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e

30ºC).

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o na embalagem original.

Características físicas e organolépticas

AUBAGIO 14 mg está disponível na forma de comprimido revestido com formato pentagonal, na

coloração azul clara a azul pastel, com a concentração de 14 mg gravada em um dos lados do

comprimido e no outro lado o logo da empresa.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

O paciente deve tomar o comprimido com líquido por via oral.

A dose recomendada de AUBAGIO é de 14 mg, uma vez ao dia, administrada pela via oral.

AUBAGIO pode ser administrado com ou sem alimentos.

Não há estudos dos efeitos de AUBAGIO administrado por vias não recomendadas. Portanto, por

segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via

oral, conforme recomendado pelo médico.

Insuficiência hepática:

Não é necessário o ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática leve e moderada.

Insuficiência renal:

Não é necessário o ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal grave.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Um total de 2047 pacientes com teriflunomida (7 ou 14 mg uma vez ao dia) e 997 com placebo

constituíram a população de segurança, na análise que reuniu os estudos controlados com placebo

em pacientes com as formas recorrentes da esclerose múltipla (EMR).

As reações adversas mais frequentes com AUBAGIO (incidência ≥ 10% e ≥ 2% maior do que no

grupo placebo) nos estudos controlados com placebo foram: cefaleia, diarreia, náusea, alopecia e

aumento da ALT.

A classificação utilizada na frequência dos CIOMS, quando aplicável, foi: muito comum ≥ 10%;

comum ≥ 1 e < 10%; incomum ≥ 0,1 e < 1%; rara ≥ 0,01 e < 0,1%; muito rara <0,01% (não pode ser

estimado pelos dados disponíveis no momento).

Tabela 4: Reações adversas encontradas nos estudos controlados com placebo (ocorrendo em ≥ 1%

dos pacientes, e reportados para teriflunomida 14 mg a uma taxa ≥1% mais alta do que o reportado

para o placebo)

Teriflunomida

CLASSIFICAÇÃO PRIMÁRIA SISTEMA ÓRGÃO

Termo preferencial n(%)

Placebo

(n=997)

14 mg

(n=1002)

INFECÇÕES E INFESTAÇOES

Influenza 70 (7,0%) 88 (8,8%)

Sinusite 42 (4,2%) 53 (5,3%)

Gastroenterite viral 11 (1,1%) 24 (2,4%)

DISTÚRBIOS DO SISTEMA LINFÁTICO E SANGUÍNEO

Neutropenia 19 (1,9%) 59 (5,9%)

DISTÚRBIOS DO SISTEMA NERVOSO

Parestesia 67 (6,7%) 88 (8,8%)

DISTÚRBIOS VASCULARES

Hipertensão 18 (1,8%) 43 (4,3%)

DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS

Diarreia 75 (7,5%) 136 (13,6%)

Náusea 72 (7,2%) 107 (10,7%)

Dor no abdômen superior 36 (3,6%) 50 (5,0%)

Dor de dente 18 (1,8%) 29 (2,9%)

DISTÚRBIOS NO TECIDO SUBCUTÂNEO E PELE

Alopecia 50 (5,0%) 135 (13,5%)

Rash 32 (3,2%) 45 (4,5%)

DISTÚRBIOS DO TECIDO MUSCULOESQUELÉTICO E CONJUNTIVO

Dor musculoesquelética 21 (2,1%) 33 (3,3%)

DISTÚRBIOS DO SISTEMA REPRODUTIVO E MAMA

Menorragia 4 (0,4%) 16 (1,6%)

INVESTIGAÇÃO

Aumento da alanina aminotransferase 89 (8,9%) 150 (15,0%)

Aumento da aspartato aminotransferase 17 (1,7%) 34 (3,4%)

Aumento da gama-glutamiltransferase 9 (0,9%) 23 (2,4%)

Diminuição de peso 8 (0,8%) 24 (2,4%)

Diminuição da contagem de neutrófilos 11 (1,1%) 22 (2,2%)

Polineuropatia

Nos estudos controlados com placebo, a neuropatia periférica, incluindo polineuropatia e

mononeuropatia (por exemplo: síndrome do túnel do carpo), foram reportados com maior frequência

nos pacientes recebendo AUBAGIO do que nos pacientes recebendo placebo. Nos estudos pivotais,

controlados com placebo, a incidência de neuropatia periférica, confirmada pelos estudos de

condução nervosa foi de 1,4% (13 pacientes) e 1,9% (16 pacientes), com 7 mg e 14 mg de

AUBAGIO, respectivamente, comparados com 0,4% com placebo (4 pacientes). O tratamento foi

descontinuado em 8 pacientes com neuropatia periférica confirmada (3 estavam utilizando

teriflunomida 7 mg e 5 estavam utilizando teriflunomida 14 mg). Quatro deles se recuperaram após a

descontinuação do tratamento. Nem todos os casos de neuropatia periférica foram resolvidos com o

tratamento continuo.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado

eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer

eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos

adversos pelo Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

10. SUPERDOSE

Não há experiência quanto à superdose ou intoxicação de teriflunomida em humanos. Doses diárias

de 70 mg de teriflunomida por até 14 dias foram bem toleradas, em indivíduos saudáveis.

Em caso de superdose ou intoxicação relevante, recomenda-se o uso de colestiramina ou carvão

ativado para acelerar a eliminação (consulte o item 3. Caracteristicas farmacológicas).

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.