Bula do Azukon mr produzido pelo laboratorio Torrent do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
AZUKON®
MR
gliclazida
Comprimido de liberação modificada - 30 mg
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de liberação modificada 30 mg: embalagem contendo 30 e 200 comprimidos de
liberação modificada.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de liberação modificada de AZUKON®
MR 30 mg contém:
gliclazida................................................................................................................................30 mg
Excipientes: lactose monoidratada, hipromelose, fosfato de cálcio dibásico, povidona, dióxido
de silício (coloidal) e estearato de magnésio.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
AZUKON®
MR é indicado no tratamento do:
- diabetes não insulinodependente;
- diabetes no obeso;
- diabetes no idoso;
- diabetes com complicações vasculares.
Os benefícios clínicos da gliclazida no tratamento do diabetes foram demonstrados através de
vários estudos clínicos, desde o lançamento do produto no mercado.
O estudo ADVANCE avaliou os benefícios no controle intensivo da hemoglobina glicada em
11140 pacientes com diabetes Tipo 2, divididos em grupo de controle padrão e grupo de
controle intensivo, tratados com gliclazida. Após uma média de 5 anos de acompanhamento dos
pacientes, a média de hemoglobina glicada foi menor no grupo intensivo (6,5%) do que no
grupo padrão (7,3%). O controle intensivo com gliclazida reduziu a incidência de eventos
microvasculares e macrovasculares combinados (18,1% vs. 20,0% no controle padrão; 95% de
intervalo de confiança [CI], 0,82 a 0,98, P=0,01), reduziu a incidência de eventos
microvasculares (9,4% vs. 10,9%, 95% CI, 0,77 a 0,97; P=0,01), basicamente pela redução de
incidência de nefropatia (4,1% vs. 5,2%, 0,66 a 0,93, P=0,006).
Um estudo retrospectivo foi conduzido comparando gliclazida com glibenclamida quanto ao
intervalo de tempo para início da insulinização em pacientes com diabetes tipo 2. Devido ao
possível efeito protetor para as células beta promovido pela gliclazida, o período para início de
tratamento insulínico, a partir do diagnóstico de diabetes tipo 2 e seu tratamento, foi
significativo mais longo no grupo tratado com gliclazida do que no grupo glibenclamida
(P<0,001).
BU-04 1
ADVANCE Collaborative Group: Intensive Blood Glucose Control and Vascular Outcomes in Patients with
Type 2 Diabetes. N Engl J Med 2008;358:2560-72.
Satoh, et al: Secondary sulfonylurea failure: Comparison of period until insulin treatment between diabetic
patients treated with gliclazide and glibenclamide. Diabetes Research and Clinical Practice (2005).
Propriedades Farmacodinâmicas:
Gliclazida é uma sulfonilureia, um antidiabético oral, resultado do enxerto de um anel
heterocíclico nitrogenado, através de ligação endocíclica ao grupamento sulfonilureia, diferente,
portanto, das outras sulfonilureias.
Gliclazida reduz os níveis sanguíneos de glicose por estimulação da secreção de insulina pelas
células beta das ilhotas de Langerhans. O aumento de insulina pós-prandial e a secreção de
peptídeo C persistem após 2 anos de tratamento.
Além destas propriedades metabólicas, a gliclazida possui propriedades hemovasculares.
Efeitos na liberação da insulina:
No diabético tipo 2, em resposta à glicose, a gliclazida restaura o pico inicial de secreção da
insulina na presença de glicose e aumenta a segunda fase de secreção de insulina. Um aumento
significativo na resposta da insulina é observado após uma refeição ou uma ingestão de glicose.
Propriedades hemovasculares:
Gliclazida reduz as microtromboses através de dois mecanismos que podem estar envolvidos em
complicações do diabetes:
- inibição parcial da adesão e agregação plaquetária, assim como diminuição dos marcadores de
ativação plaquetária (beta-tromboglobulina, tromboxano B2),
- ação na atividade fibrinolítica do endotélio vascular com aumento da atividade do t-PA.
Propriedades Farmacocinéticas:
Após a administração oral de gliclazida, as concentrações plasmáticas aumentam
progressivamente até a 6ª hora, evoluindo para a forma de platô entre a 6ª e a 12ª hora. As
variações intra-individuais são fracas.
A absorção da gliclazida é completa. A tomada conjunta com as refeições não modifica a
velocidade e a taxa de absorção.
Até um máximo de 120 mg a relação entre a dose administrada e a área sob a curva das
concentrações em função do tempo é linear (AUC).
A ligação às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 95%.
A gliclazida é metabolizada principalmente ao nível hepático e sua excreção é essencialmente
urinária, com menos de 1% sendo encontrada sob forma inalterada na urina. Nenhum metabólito
ativo foi detectado no plasma.
A meia-vida de eliminação da gliclazida encontra-se entre 12 e 20 horas.
O volume de distribuição é de aproximadamente 30 litros.
No paciente idoso não ocorre qualquer modificação clinicamente significativa dos parâmetros
farmacocinéticos.
A tomada única diária de gliclazida permite a manutenção de uma concentração plasmática
eficaz da gliclazida durante 24 horas.
Dados pré-clínicos de segurança
Dados pré-clínicos, baseados na toxicidade e genotoxicidade de doses repetidas, não
demonstraram qualquer risco para os seres humanos. Nenhum estudo de carcinogenicidade de
longo prazo foi realizado.
Não foram relatados efeitos teratogênicos em animais; apenas foi observada uma redução no
peso corporal do feto de animais que receberam doses 25 vezes maiores do que as doses
máximas recomendadas para o homem.
BU-04 2
AZUKON®
MR está contraindicado nos seguintes casos:
- hipersensibilidade à gliclazida, ou a outras sulfonilureias ou sulfonamidas, ou a qualquer um
dos excipientes utilizados, listados no item da composição do produto;
- diabetes tipo 1;
- pré-coma e coma diabético, cetoacidose diabética;
- insuficiência renal ou hepática grave: nesses casos, recomenda-se o uso da insulina;
- tratamento com miconazol (vide item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS);
- durante a amamentação (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Hipoglicemia:
Este tratamento somente deve ser prescrito se o paciente se alimenta regularmente (incluindo
café da manhã). É importante ter uma ingestão regular de carboidratos devido ao maior risco de
hipoglicemia se as refeições forem feitas fora dos horários, em casos de dieta inadequada ou se
a dieta contém um balanço inadequado de carboidratos. A hipoglicemia é mais provável de
ocorrer em pacientes que seguem uma dieta hipocalórica, após esforço intenso ou prolongado,
após o consumo de álcool ou durante a administração de uma combinação de agentes
hipoglicemiantes.
A hipoglicemia pode ocorrer durante tratamento com sulfonilureias (vide item REAÇÕES
ADVERSAS). Alguns casos podem ser graves e prolongados. A hospitalização e a perfusão de
glicose podem ser necessárias por alguns dias.
Uma cuidadosa seleção dos pacientes, da dose utilizada, assim como de informações suficientes
sobre o paciente são necessárias para reduzir o risco de hipoglicemia.
A hipoglicemia é favorecida pelos seguintes fatores:
- recusa ou incapacidade do paciente em cooperar (principalmente pacientes idosos);
- alimentação inadequada, horários de refeições irregulares, falta de uma das refeições, períodos
de jejum ou mudança de dieta;
- desequilíbrio entre exercício físico e ingestão de carboidratos;
- insuficiência renal;
- insuficiência hepática grave;
- superdosagem de AZUKON®
MR;
- algumas disfunções endócrinas: disfunções relativas à tireoide, insuficiências hipofisária e
adrenal;
- administração concomitante de outros medicamentos (vide item INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS).
Insuficiência Renal e Hepática:
A farmacocinética e/ou farmacodinâmica da gliclazida pode ser alterada em pacientes com
insuficiência hepática ou insuficiência renal grave. Um episódio de hipoglicemia ocorrido
nesses pacientes pode ser prolongado; então uma administração apropriada deve ser iniciada.
Informações ao paciente:
Os riscos de hipoglicemia, seus sintomas (vide item REAÇÕES ADVERSAS), tratamento e
qualquer condição de pré-disposição devem ser explicados ao paciente e sua família.
O paciente deve ser particularmente informado sobre a importância de seguir uma dieta
alimentar, praticar exercícios regularmente e monitorar regularmente os níveis de açúcar
sanguíneos.
Desequilíbrio glicêmico: o balanço da glicose sanguínea em pacientes tratados com um
antidiabético oral pode ser afetado por algum dos seguintes eventos: febre, trauma, infecção ou
cirurgia.
Em alguns casos poderá ser necessário recorrer à insulina.
BU-04 3
A eficácia hipoglicêmica de qualquer antidiabético oral, incluindo a gliclazida, pode ser
atenuada ao longo do tempo em muitos pacientes: isto pode estar ligado à progressão da
gravidade do diabetes, ou redução da resposta ao tratamento. Este fenômeno é conhecido como
uma insuficiência secundária e deve ser diferenciado de uma insuficiência primária, na qual o
medicamento é ineficaz desde as primeiras administrações. A possibilidade de ajuste da dose e a
supervisão da dieta alimentar devem ser considerados antes de classificar o paciente como uma
insuficiência secundária.
Testes laboratoriais:
Recomenda-se medir os níveis de hemoglobina glicada (ou níveis de glicose em jejum) para
avaliar o controle de glicose no sangue. Um automonitoramento da glicose sanguínea também
pode ser conduzido.
Medicamentos da classe das sulfonilureias podem causar anemia hemolítica em pacientes que
apresentam deficiência da enzima glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD). Uma vez que a
gliclazida pertence a essa classe, precauções devem ser tomadas em pacientes com deficiência
da G6PD e um tratamento com outra classe terapêutica que não as sulfonilureias deve ser
considerado.
Condução de veículos e utilização de equipamentos:
AZUKON®
MR não possui nenhuma interferência conhecida na habilidade de dirigir ou operar
máquinas. No entanto, os pacientes deverão ser alertados sobre os sintomas da hipoglicemia e
deverão ser cautelosos quando dirigirem veículos ou operarem equipamentos, especialmente no
início do tratamento.
Gravidez:
Não existem dados clínicos sobre o uso de gliclazida em mulheres grávidas e existem poucos
dados sobre outras sulfonilureias. Em animais, a gliclazida não é teratogênica.
Um controle do diabetes deve ser realizado antes da gravidez a fim de reduzir o risco de má
formação congênita causada pelo diabetes não controlado.
Os agentes hipoglicemiantes orais não devem ser usados durante a gravidez e, por isso, a
insulina constitui o tratamento de escolha do diabetes neste caso. A substituição da terapia
hipoglicemiante oral por insulina é recomendada desde o momento que a gravidez é planejada
ou assim que a gravidez for descoberta.
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
Lactação:
Não existem dados clínicos disponíveis sobre a excreção da gliclazida ou de seus metabólitos no
leite materno.
Levando em consideração o risco de hipoglicemia neonatal, esse medicamento é contraindicado
1) Produtos que podem aumentar o risco de hipoglicemia
Associação contraindicada:
- Miconazol (via sistêmica): aumento do efeito hipoglicemiante com possibilidade de ocorrência
de sintomas hipoglicêmicos, ou até mesmo coma;
Associações não recomendadas:
- Fenilbutazona (via sistêmica): aumento do efeito hipoglicemiante das sulfonilureias
(deslocamento da ligação às proteínas plasmáticas e/ou diminuição de sua eliminação).
BU-04 4
Deve-se administrar preferencialmente outro agente anti-inflamatório; senão, advertir o paciente
e enfatizar a importância do automonitoramento: se necessário, ajustar a dose de AZUKON®
MR durante e após o tratamento com o anti-inflamatório.
- Álcool: aumento da reação hipoglicêmica (por inibição de mecanismos compensatórios)
podendo potencializar a ocorrência de coma hipoglicêmico.
Deve-se evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de medicamentos contendo álcool.
Associações que requerem precauções especiais:
A potencialização do efeito da diminuição da glicose no sangue, em alguns casos, pode causar
hipoglicemia em caso de tratamento concomitante com os seguintes fármacos: outros
antidiabéticos (insulina, acarbose, metformina, tiazolidinediona, inibidores da dipeptil
peptidase-4, receptores agonistas GLP-1), betabloqueadores, fluconazol, inibidores da enzima
conversora de angiotensina (captopril, enalapril), antagonistas do receptor H2, IMAO,
sulfonamidas, claritromicina e anti-inflamatórios não-esteroidais.
2) Produtos que podem aumentar os níveis de glicose no sangue
Associação não recomendada:
- Danazol: efeito diabetogênico do danazol
Se a combinação for inevitável, advertir o paciente e enfatizar a importância de
automonitoramento dos níveis de glicose no sangue e urina. Pode ser necessário ajustar a dose
do antidiabético durante e após o tratamento com danazol.
- Clorpromazina (neurolépticos): em altas doses (acima de 100 mg/dia de clorpromazina)
aumentam os níveis de glicose no sangue (diminuição da liberação de insulina).
Advertir o paciente e enfatizar a importância de automonitoramento dos níveis sanguíneos de
glicose e, se necessário, ajustar a dose do agente antidiabético durante o tratamento com o
neuroléptico e após ele ser descontinuado.
- Glicocorticoides (vias sistêmica e local: preparações intra-articular, cutânea e retal) e
tetracosactrina: aumentam os níveis sanguíneos de glicose com possível cetose (diminuição da
tolerância aos carboidratos causada por glicocorticoides).
Advertir o paciente e enfatizar a importância do monitoramento dos níveis sanguíneos de
glicose, particularmente no início do tratamento. Se necessário, ajustar a dose do antidiabético
durante o tratamento com os glicocorticoides e após eles serem descontinuados.
- Ritodrina, salbutamol, terbutalina: (via intravenosa)
Aumento dos níveis sanguíneos de glicose pelos agonistas beta-2.
Enfatizar a importância do monitoramento dos níveis sanguíneos de glicose. Se necessário,
mudar para tratamento com insulina.
3) Associações que devem ser consideradas:
- Anticoagulantes (varfarina...)
Sulfonilureias podem potencializar o efeito anticoagulante durante o tratamento concomitante.
Pode ser necessário ajustar a dose do anticoagulante.
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30° C). Proteger da luz. Desde que respeitados os
cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da
data de sua fabricação.
Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
BU-04 5
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
AZUKON®
MR 30 mg: Comprimido de coloração branca a quase branca, biconvexo, oblongo
e sulcado em um dos lados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Este medicamento deve ser utilizado apenas em adultos.
A dose diária pode variar de 1 a 4 comprimidos ao dia, isto é, de 30 a 120 mg, em uma única
tomada, por via oral, no café da manhã.
Recomenda-se engolir os comprimidos inteiros com um copo de água.
Se uma dose for esquecida, a dose seguinte não deve ser aumentada.
Como para todos os medicamentos hipoglicemiantes, a dose deverá ser ajustada conforme a
resposta metabólica individual de cada paciente (glicemia, HbA1c).
Dose inicial:
A dose inicial recomendada de AZUKON®
MR é de 1 comprimido (30 mg) ao dia.
Se os níveis sanguíneos de glicose estiverem satisfatórios, esta dosagem pode ser adotada como
tratamento de manutenção;
Se os níveis sanguíneos de glicose não estiverem adequadamente controlados, a dosagem
poderá ser aumentada sucessivamente para 60, 90 ou 120 mg por dia, respeitando um intervalo
de no mínimo 1 mês entre cada aumento, exceto em pacientes cujos níveis sanguíneos de
glicose não diminuírem após 2 semanas de tratamento. Nesse caso, é possível propor um
aumento da dosagem no final da segunda semana de tratamento.
A dose diária máxima recomendada é de 120 mg.
Substituição de outro antidiabético oral por AZUKON®
MR:
AZUKON®
MR pode substituir um outro tratamento antidiabético oral.
Neste caso, a dosagem e a meia-vida do antidiabético anterior devem ser levadas em
consideração no momento da substituição.
A substituição geralmente é realizada sem qualquer período de transição, preferencialmente
começando com uma dose de 30 mg. A dosagem deve ser adaptada de acordo com a resposta
glicêmica de cada paciente, como descrito acima.
No caso de substituição de uma sulfonilureia com meia-vida prolongada, pode ser necessária
uma janela terapêutica de alguns dias para evitar o efeito aditivo dos dois medicamentos, que
pode causar uma hipoglicemia. Durante esta substituição, recomenda-se seguir o mesmo
procedimento utilizado no início do tratamento com AZUKON®
MR, ou seja, iniciar o
tratamento com uma dose de 30 mg por dia e, se necessário, a dose poderá ser ajustada sempre
em incrementos de 30 mg (até uma dose máxima diária de 120 mg), de acordo com a resposta
metabólica.
Associação com outros antidiabéticos orais:
MR pode ser associado às biguanidas, aos inibidores da alfa-glucosidase ou à
insulina.
Em pacientes que não estão adequadamente controlados com AZUKON®
MR, pode-se iniciar
uma terapia concomitante com insulina sob estreita supervisão médica.
Em pacientes acima de 65 anos:
BU-04 6
MR deve ser prescrito utilizando o mesmo regime terapêutico adotado para
pacientes com menos de 65 anos.
Em pacientes com insuficiência renal leve a moderada:
O regime terapêutico utilizado deve ser o mesmo que para os pacientes com função renal
normal, sob monitoramento cauteloso. Esses dados foram confirmados nos estudos clínicos.
Em pacientes com risco de hipoglicemia:
- estados de subnutrição ou alimentação deficiente;
- patologias endócrinas graves ou precariamente compensadas (insuficiência pré-hipofisária,
hipotireoidismo, insuficiência adrenocorticotrófica);
- interrupção de uma terapia prolongada e/ou alta dosagem de corticoides;
- doença vascular grave (doença coronariana grave, obstrução grave das carótidas, doença
vascular difusa).
Recomenda-se iniciar o tratamento sistematicamente com a dose mínima de 30 mg por dia.
Não existem dados ou estudos clínicos realizados em crianças.
Este medicamento não pode ser partido, aberto ou mastigado.
De acordo com a experiência clínica com gliclazida, os efeitos indesejáveis a seguir foram
reportados:
Hipoglicemia
Assim como outras sulfonilureias, o tratamento com AZUKON®
MR pode levar à ocorrência de
hipoglicemia, em particular, se as refeições forem puladas ou realizadas em intervalos
irregulares.
Os possíveis sintomas são: dor de cabeça, fome intensa, náusea, vômito, cansaço, distúrbios do
sono, agitação, agressividade, diminuição da capacidade de concentração e atenção, reações
lentas, depressão, confusão, distúrbios da visão e da fala, afasia, tremores, paresias, desordens
sensoriais, tonteira, sensação de impotência, perda do autocontrole, delírio, convulsões,
respiração dificultada, bradicardia, sonolência, perda da consciência e até mesmo coma,
possivelmente fatal.
Também podem ser observados sinais de disfunção adrenérgica como: transpiração, pele fria e
úmida, ansiedade, taquicardia, hipertensão arterial, palpitações, angina pectoris e arritmia
cardíaca.
Esses sintomas geralmente desaparecem após ingestão de carboidratos (glicose). Entretanto, os
adoçantes artificiais não apresentam nenhum efeito. Experiências realizadas com outras
sulfonilureias demonstraram que, apesar destas medidas serem eficazes inicialmente, pode haver
reincidência da hipoglicemia.
No caso de hipoglicemia grave ou prolongada, mesmo que seja temporariamente controlada
pela ingestão de açúcar, pode ser necessário um acompanhamento médico imediato e até mesmo
hospitalização do paciente.
Distúrbios gastrintestinais, tais como dor abdominal, náusea, vômito, dispepsia, diarreia e
constipação foram relatados: esses distúrbios podem ser evitados ou reduzidos se a
administração de AZUKON®
MR for feita no horário do café da manhã.
Os efeitos indesejáveis listados a seguir foram mais raramente relatados:
- reações cutâneas e subcutâneas: erupção da pele, prurido, urticária, angioedema, eritema,
erupção maculopapular, reações bolhosas (como síndrome de Stevens-Johnson e necrólise
epidérmica tóxica).
BU-04 7
- distúrbios sanguíneos e linfáticos: alterações hematológicas são raras. Elas podem incluir
anemia, leucopenia, trombocitopenia, granulocitopenia. Essas alterações são geralmente
reversíveis com a interrupção do tratamento.
- distúrbios hepatobiliares: aumento nos níveis das enzimas hepáticas (AST, ALT, fosfatase
alcalina), hepatite (casos isolados). Interromper o tratamento se ocorrer icterícia colestática.
De um modo geral, esses sintomas desaparecem quando o tratamento é interrompido.
- distúrbios visuais: distúrbios visuais transitórios devido a mudanças nos níveis sanguíneos de
glicose podem ocorrer principalmente no início do tratamento.
Efeitos de classe:
Assim como outras sulfonilureias, os eventos adversos a seguir foram observados: casos de
eritrocitopenia, agranulocitose, anemia hemolítica, pancitopenia por vasculite alérgica,
hiponatremia, aumento nos níveis das enzimas hepáticas e até mesmo prejuízo da função
hepática (colestase e icterícia) e hepatite que regrediram com a interrupção do tratamento com
sulfonilureia ou leva a uma insuficiência hepática com ameaça de vida ao paciente em casos
isolados.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.