Bula do Bacteracin para o Profissional

Bula do Bacteracin produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Bacteracin
Laboratório Teuto Brasileiro S/a - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO BACTERACIN PARA O PROFISSIONAL

Bacteracin®

Bacteracin-F®

Comprimido 400mg + 80mg (Bacteracin®

)

Comprimido 800mg + 160mg (Bacteracin-F®

Suspensão oral 200mg/5mL + 40mg/5mL

MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS

PROFISSIONAIS DE SAÚDE

sulfametoxazol

trimetoprima

APRESENTAÇÕES

Embalagens contendo 12, 20, 100, 200 e 500 comprimidos.

Embalagem contendo 10 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS

Embalagens contendo 1, 25, 50 e 100 frascos com 50mL + copo-medida.

Embalagens contendo 1, 25, 50 e 100 frascos com 100mL + copo-medida.

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 SEMANAS

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de Bacteracin®

contém:

sulfametoxazol...............................................................................................................400mg

trimetoprima.....................................................................................................................80mg

Excipientes q.s.p.................................................................................................1 comprimido

Excipientes: álcool etílico, amido, estearato de magnésio, croscarmelose sódica,

laurilsulfato de sódio, povidona e talco.

Cada comprimido de Bacteracin-F®

sulfametoxazol...............................................................................................................800mg

trimetoprima...................................................................................................................160mg

Excipientes: álcool etílico, amido, povidona, estearato de magnésio, croscarmelose sódica,

laurilsulfato de sódio e talco.

Cada 5mL da suspensão oral contém:

sulfametoxazol...............................................................................................................200mg

trimetoprima.....................................................................................................................40mg

Veículo q.s.p......................................................................................................................5mL

Excipientes: aroma de tutti-frutti, carmelose sódica, corante vermelho ponceaux,

metilparabeno, polissorbato 80, propilparabeno, sacarina sódica, dióxido de silício, sorbitol,

simeticona, álcool etílico e água de osmose reversa.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Bacteracin®

somente deve ser usado quando o benefício do tratamento superar qualquer

risco possível; considerações devem ser feitas quanto ao agente bacteriano efetivo. Como a

suscetibilidade da bactéria in vitro varia geograficamente e com o tempo, a situação local

deve ser considerada quando se seleciona uma antibioticoterapia.

(comprimidos e suspensões)

Este medicamento é indicado para o tratamento das infecções causadas por microrganismos

sensíveis à associação trimetoprima + sulfametoxazol, tais como:

-infecções do trato respiratório e otites: exacerbações agudas de quadros crônicos de

bronquite, sinusite, tratamento e profilaxia (primária e secundária) da pneumonia por

Pnemocystis carinii em adultos e crianças. Otite média em crianças, quando há boas razões

para se preferir essa combinação a um antibiótico simples;

-infecções do trato urinário e renais: cistites agudas e crônicas, pielonefrites, uretrites,

prostatites e cancroides;

-infecções genitais em homens e mulheres, inclusive uretrite gonocócica;

-infecções gastrintestinais, incluindo febre tifoide e paratifoide, e tratamento dos

portadores, cólera (como medida conjunta à reposição de líquidos e eletrólitos), diarreia dos

viajantes causada pela Escherichia coli enterotoxicogênica, shiguellose (cepas sensíveis de

Shigella flexneri e Shigella sonnei, quando o tratamento antibacteriano for indicado);

-infecções da pele e tecidos moles: piodermite, furúnculos, abscessos e feridas infectadas;

-Outras infecções bacterianas causadas por uma grande variedade de microrganismos

(tratamento possivelmente em combinação com outros antibióticos): osteomielite aguda e

crônica, brucelose aguda, nocardiose, blastomicose sul-americana, actonomicetoma.

Infecções do trato respiratório

Exacerbação aguda de bronquite crônica e otite média em crianças, quando há evidência de

sensibilidade ao SMZ-TMP e uma boa razão para preferir essa combinação a um

antibiótico simples nas duas indicações.

Tratamento e profilaxia (primária e secundária) da Pneumonia por Pnemocystis carinii em

adultos e crianças.

Infecções do trato urogenital

Infecções do trato urinário, uretrites gonocóccicas e cancroide.

Infecções do trato gastrintestinal

Febre tifoide e paratifoide, shigelose (cepas susceptíveis de Shigela flexneri e Shigela

sonnei, quando a terapia antibacteriana é indicada) diarreia dos viajantes causada por

Escherichia coli enterotoxigênica e cólera (como medida conjunta à reposição de líquidos e

eletrólitos).

Outras infecções bacterianas

Infecções causadas por uma ampla variedade de organismos (possivelmente tratamento em

combinação com outros antibióticos), por exemplo, brucelose, osteomielite aguda e crônica,

nocardiose, actinomicetoma, blastomicose sul-americana e septicemia.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Este medicamento mostra-se eficaz no tratamento de inúmeras infecções. Nas infecções

respiratórias superiores e inferiores, em crianças e adultos, com eficáciaº comparável à

eritromicina e amoxicilina (Bottone et al., 1982; Davies et al.,1983).

Na otite média aguda sua eficácia é similar à amoxicilina, cefaclor e ceftriaxona (Feldman

et al., 1988; Blumer et al., 1984; Shurin et al., 1980; Barnett et al., 1997), e é opção nas

infecções causadas por H. influenzae resistente à ampicilina ou em pacientes com

hipersensibilidade à penicilina (Shurin et al., 1980). Pode ser usado na profilaxia da otite

média recorrente e otite média crônica (Gaskins et al., 1982; Krause et al., 1982). Na

sinusite aguda, pode ser considerado agente de primeira linha (Fagnan, 1998).

No tratamento das pneumonias mostra eficácia similar ao cefadroxil, à penicilina G

procaína e cefalexina (Phadtare & Rangnekar, 1988; Castro, 1986; Keeley et al.,1990) e

pode ser uma opção em casos leves a moderados; contudo, deve-se sempre considerar a

resistência local (Nierdman et al., 1993). Também se mostra eficaz na bronquite crônica

agudizada (Pines et al., 1969).

O sulfametoxazol + trimetoprima é considerado medicamento de escolha na profilaxia e no

tratamento da pneumonia por P. carinii em adultos e crianças HIV positivo (Anon, 1992;

Schneider et al., 1992). Nesses pacientes, seu uso mostra-se também eficaz na profilaxia

primária da toxoplasmose cerebral (Carr et al., 1992).

Nas infecções agudas, não complicadas, do trato urinário inferior, o sulfametoxazol +

trimetoprima tem eficácia similar ao ofloxacino e ciprofloxacino no tratamento com

duração de três dias (McCarty et al., 1999), similar ao norfloxacino e nitrofurantoína em

estudos que avaliaram o tratamento por sete dias (Anon,1987; Spencer et al., 1994) e,

similar ao ciprofloxacino, no tratamento por dez dias (Henry et al., 1986). Também é

efetivo na profilaxia de infecções recorrentes do trato urinário (Anon, 1987; Stamm et al.,

1980). No tratamento da pielonefrite aguda não complicada, o sulfametoxazol +

trimetoprima tem eficácia similar ao cefaclor e à ofloxacina (Trager et al., 1980; Cox et al.,

1986) e, quando usado em associação com gentamicina, apresenta menor resistência

antimicrobiana significativa, quando comparada à associação ampicilina com gentamicina,

além de oferecer menor custo (Johnson et al., 1991).

Nas prostatites agudas e crônicas, mostra-se eficaz devido à sua alta concentração no tecido

prostático (Lipsky et al., 1999).

O sulfametoxazol + trimetoprima demonstrou ser tão eficaz quanto à estreptomicina e,

provavelmente, superior à tetraciclina no tratamento do cancroide (Fitzpatrick et al., 1981).

Na uretrite gonocócica e não gonocócica (por clamídias) é um tratamento alternativo.

Verifica-se a eliminação do gonococo em dois dias de tratamento e da clamídia em cinco a

dez dias de tratamento com o sulfametoxazol + trimetoprima (Tavares W, 1996).

O sulfametoxazol + trimetoprima é efetivo no tratamento das infecções gastrintestinais por

Salmonella, Shigella e E. coli enteropatogênica (Ansdell et al., 1999; Du Pont et al., 1993;

Thisyakorn & Mansuwan, 1992). Na diarreia dos viajantes, estudos mostram eficácia

similar ao ciprofloxacino, com o tratamento de cinco dias (Ericson et al., 1987).

Em adultos, sulfametoxazol + trimetoprima, por sete dias, mostrou-se tão eficaz quanto à

amoxicilina/ácido clavulânico em infecções de pele e do subcutâneo (Davies et al., 1983).

Referências bibliográficas

1. Andssel VE, Ericsson CD. Prevention and empiric treatment of traveler’s diarrhea.

Med Clin North Am. 1999; 83:945-973.

2. Anon: Recommendations for prophylaxis against pneumocystis carinii pneumonia

for adults and adolescents infected with HIV. JAMA 1992; 267:2294-2299.

3. Anon: Urinary Tract Infection Study Group: Coordinated multicenter study of

norfloxacin versus trimethoprim-sulfamethoxazole treatment of symptomatic urinary

tract infections. J Infect Dis 1987; 155:170-177.

4. Barnett E, Teele D, Klein J et al.: Comparison of ceftriaxone and trimethoprim-

sulfamethoxazole for acute otitis media. Pediatrics 1997; 99:23-28.

5. Blumer JL, Bertino JS & Husak MP: Comparison of cefaclor and trimethoprim-

sulfamethoxazole in the treatment of acute otitis media. Pediatr Infect Dis 1984; 3:25.

6. Bottone E, Baldini G, Macchia P et al.: Evaluation of the clinical efficacy of

erythromycin, amoxicillin, and co-trimoxazole in treatment of acute respiratory tract

infections in paediatric patients. Curr Med Res Opin 1982; 8:67-74.

7. Carr A, Tindall B, Brew BJ et al.: Low-dose trimethoprim-sulfamethoxazole

prophylaxis for toxoplasmic encephalitis in patients with AIDS. Ann Intern Med 1992;

117:106-111.

8. Castro M: A comparative study of cefadroxil and co-trimoxazole in patients with

lower respiratory tract infections. Drugs 1986; 32(suppl 3):50-56.

9. Cox CE, Callery SV & Tack KJ: Clinical experience with ofloxacin in urinary tract

infection. Infection 1986; 14(suppl 4):S303-S304.

10. Davies JG, Rose AJ & Walker GD: A comparison of Augmentin and co-

trimoxazole in the treatment of adult infections in general practice. Br J Clin Pract

1983; 126:387-393.

11. Du Pont HL, Ericsson CD. Prevention and treatment of traveler’s diarrhea. N Engl J

Med. 1993; 328:1821-1827.

12. Ericsson CD, Johnson PC, Herbert PC et al.: Ciprofloxacin or trimethoprim-

sulfamethoxazole as initial therapy for traveler's diarrhea. Ann Intern Med 1987;

106:216-220.

13. Fagnan LJ. Acute sinusitis: a cost-effective approach to diagnosis and treatment.

Am Fam Physician 1998; 58(8):1795-802,805-6.

14. Feldman W, Momy J & Dulberg C: Trimethoprim-sulfamethoxazole v amoxicillin

in the treatment of acute otitis media. Can Med Assoc J 1988; 139:961-964.

15. Fitzpatrick JE, Tyler H & Gramstad NG: Treatment of chancroid: comparison of

sulfamethoxazole-trimethoprim with recommended therapies. JAMA 1981; 246:1804-

1805.

16. Gaskins JD, Holt RJ, Kyong CU, Weart CW, Ward J. Chemoprophylaxis of

recurrent otitis media using trimethoprim/sulfamethoxazole. Drug Intell Clin Pharm.

1982; 16:387-390.

17. Henry NK, Schultz HJ, Grubbs NC et al.: Comparison of ciprofloxacin and co-

trimoxazole in the treatment of uncomplicated urinary tract infection in women. J

Antimicrob Chemother 1986; 18(suppl. D):103-106.

18. Johnson JR, Lyons MF II, Pearce W et al.: Therapy for women hospitalized with

acute pyelonephritis: a randomized trial of ampicillin versus trimethoprim-

sulfamethoxazole for 14 days. J Infect Dis 1991; 163:325-330.

19. Keeley DJ, Nkrumah FK & Kapuyanyika C: Randomized trial of sulfamethoxazole

+ trimethoprim versus procaine penicillin for the outpatient treatment of childhood

pneumonia in Zimbabwe. Bull World Health Organ 1990; 68:185-192.

20. Krause PJ, Owens NJ, Nightingale CH et al.: Penetration of amoxicillin, cefaclor,

erythromycin/sulfisoxazole, and trimethoprim-sulfamethoxazole into the middle ear

fluid of patients with chronic serous otitis media. J Infect Dis 1982; 145:815-821.

21. Lipski BA. Prostatitis and urinary tract tract infection in men: what’s new; what’s

true? Am J Med. 1999; 106:327-334.

22. McCarty JM, Richard G, Huck W et al.: A randomized trial of short-course

ciprofloxacin, ofloxacin, or trimethoprim/ sulfamethoxazole for the treatment of acute

urinary tract infection in women. Am J Med 1999; 106:292-299.

23. Niederman MS, Bass JB Jr, Campbell GD. Guidelines for the inicial management of

adults with community acquired pneumonia: diagnosis, assessment of severity and

inicial antimicrobial therapy. Am Rev Respir Dis. 1993; 148: 1418-1426.

24. Phadtare JM & Rangnekar RY: Comparative study of the efficacy of co-trimoxazole

and cephalexin in respiratory infections. Pharmatherapeutica 1988; 5:183-188.

25. Pines A, Greenfield JS, Raafat H, Rahman M, Siddiqui AM. Preliminary experience

with trimethoprim and sulfamethoxazole in the treatment of purulent chronic bronchitis.

Postgrad Med J. 1969; 45(suppl.):89-90.

26. Schneider MME, Hoepelman AIM, Schattenkerk JKM et al.: A controlled trial of

aerosolized pentamidine or trimethoprim-sulfamethoxazole as primary prophylaxis

against pneumocystis carinii pneumonia in patients with human immunodeficiency

virus infection. N Engl J Med 1992; 327:1836-1841.

27. Shurin PA, Pelton SI, Donner A et al.: Trimethoprim-sulfamethoxazole compared

with ampicillin in the treatment of acute otitis media. J Pediatr 1980; 96:1081-1087.

28. Spencer RC, Moseley DJ & Greensmith MJ: Nitrofurantoin modified release versus

trimethoprim or co-trimoxazole in the treatment of uncomplicated urinary tract

infection in general practice. J Antimicrob Chemother 1994; 33 (suppl.):121-129.

29. Stamm WE, Counts GW, Wagner KF et al: Antimicrobial prophylaxis of recurrent

urinary tract infections: a double-blind, placebo-controlled trial. Ann Intern Med 1980;

92:770-775.

30. Tavares W. Derivados do enxofre. In: Manual de antibióticos e quimioterápicos

antiinfecciosos. São Paulo: Editora Atheneu, 1996: 616-635.

31. Thisyakorn U & Mansuwan P: Comparative efficacy of mecillinam,

mecillinam/amoxicillin and trimethoprim-sulfamethoxazole for treatment of typhoid

fever in children. Pediatr Infect Dis J 1992; 11:979-980.

32. Trager GM, White GW, Porembski PE et al.: A comparison of cefaclor and

trimethoprim/sulfamethoxazole in the treatment of urinary tract infections. Curr Ther

Res 1980; 28:419-423.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

Este medicamento contém dois componentes ativos, sulfametoxazol e trimetoprima, agindo

sinergicamente pelo bloqueio sequencial de duas enzimas que catalisam estágios sucessivos

da biossíntese do ácido folínico no microrganismo. Esse mecanismo habitualmente resulta

em atividade bactericida in vitro em concentrações nas quais as substâncias

individualmente são apenas bacteriostáticas. Adicionalmente, Bacteracin®

é frequentemente

eficaz contra organismos que são resistentes a um dos seus dois componentes. Devido ao

seu mecanismo de ação, o risco de resistência bacteriana é minimizado.

O efeito antibacteriano de Bacteracin®

in vitro atinge um amplo espectro de

microrganismos patogênicos gram-positivos e gram-negativos, embora a sensibilidade

possa depender da área geográfica em que é utilizado.

Microrganismos geralmente sensíveis (CIM = concentração inibitória mínima < 80

mg/L)* :

* Equivalente ao SMZ.

Cocos: Branhamella catarrhalis.

Bacilos gram-negativos: Haemophilus influenzae (betalactamase positivo, betalactamase

negativo), Haemophilus parainfluenzae, E. coli, Citrobacter freundii, Citrobacter spp.,

Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae, outras Klebsiella spp., Enterobacter cloacae,

Enterobacter aerogenes, Hafnia alvei, Serratia marcescens, Serratia liquefaciens, outras

Serratia spp., Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Morganella morganii, Shigella spp.,

Yersinia enterocolitica, outras Yersinia spp., Vibrio cholerae.

Outros diversos bacilos gram-negativos: Edwardsiella tarda, Alcaligenes faecalis,

Pseudomonas cepacia, Burkholderia (Pseudomonas) pseudomallei.

Com base em experiência clínica, os seguintes microrganismos devem também ser

considerados como sensíveis: Brucella, Listeria monocytogenes, Nocardia asteroides,

Pneumocystis carinii, Cyclospora cayetanensis.

Microrganismos parcialmente sensíveis (CIM = 80 – 160mg/L)*:

Cocos: Staphylococcus aureus (meticilina sensíveis e meticilina resistentes),

Staphylococcus spp. (coagulase negativo), Streptococcus pneumoniae (penicilina sensíveis,

penicilina resistentes),

Bacilos gram-negativos: Haemophilus ducreyi, Providencia rettgeri, outras Providencia

spp., Salmonella typhi, Salmonella-enteritidis Stenotrophomonas maltophilia

(anteriormente denominado Xanthomonas maltophilia).

Outros diversos bastonetes gram-negativos: Acinetobacter lwoffi, Acinetobacter

anitratus (principalmente A. baumanii), Aeromonas hydrophila.

Microrganismos resistentes (CIM > 160mg/L)*:

Mycoplasma spp., Mycobacterium tuberculosis, Treponema pallidum.

A prevalência local de resistência a Bacteracin®

entre as bactérias pertinentes à infecção

tratada deve ser conhecida quando Bacteracin®

é prescrito em bases empíricas.

Para excluir resistência, especialmente em infecções com probabilidade de serem causadas

por um patógeno parcialmente sensível, o isolado deve ser testado para sensibilidade.

A sensibilidade ao Bacteracin®

pode ser determinada por métodos padronizados, tais como

os testes de disco ou de diluição recomendados pelo National Comittee for Clinical

Laboratory Standards – NCCLS.

Os seguintes critérios para sensibilidade recomendados pelo NCCLS são disponibilizados

na tabela abaixo:

Tabela 1. Critérios para sensibilidade recomendados pelo NCCLS

Teste de disco* Teste de diluição**

Diâmetro da zona de inibição (mm) CIM (mg/mL)

TMP SMZ

Sensível ≥ 16 ≤ 2 ≤ 38

Parcialmente sensível 11 - 15 4 76

Resistente ≤ 10 ≥ 8 ≥ 152

* Disco: 1,25µg TMP (trimetoprima) e 23,75µg SMZ (sulfametoxazol).

** TMP (trimetoprima) e SMZ (sulfametoxazol) em uma proporção de 1 para 19.

Farmacocinética

As propriedades farmacocinéticas da trimetoprima (TMP) e do sulfametoxazol (SMZ) são

muito semelhantes.

Absorção

Após administração oral, a TMP e o SMZ são rapidamente e quase completamente

absorvidos na porção superior do trato gastrintestinal. Após dose única de 160mg de TMP

+ 800mg de SMZ, são obtidas concentrações plasmáticas máximas de 1,5 – 3µg/mL para

TMP e 40 – 80µg/mL para SMZ, dentro de uma a quatro horas. Se a administração for

repetida a cada 12 horas, as concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio, atingidas em

dois ou três dias, variam entre 1,3 e 2,8µg/mL para o TMP e entre 32 e 63µg/mL para o

SMZ.

Distribuição

O volume de distribuição da TMP é cerca de 130 litros e do SMZ é cerca de 20 litros, sendo

que 45% de TMP e 66% de SMZ estão ligadas às proteínas plasmáticas.

O TMP em relação ao SMZ penetra melhor em tecido prostático não inflamado, fluido

seminal, fluido vaginal, saliva, tecido pulmonar normal inflamado e fluido biliar; a

penetração no liquor e humor aquoso é similar para ambos componentes.

Grandes quantidades de TMP e pequenas quantidades de SMZ passam da corrente

sanguínea para os líquidos intersticiais e para outros líquidos orgânicos extravasculares.

Entretanto, em associação, as concentrações de TMP e SMZ são superiores às

concentrações inibitórias mínimas (CIM) para a maioria dos microrganismos suscetíveis.

Em seres humanos, TMP e SMZ são detectados nos tecidos fetais (placenta, fígado,

pulmão), no sangue do cordão umbilical e líquido amniótico, indicando a transferência

placentária dos dois fármacos. Em geral, concentrações fetais de TMP são similares às

concentrações maternas, e as de SMZ do feto, menores que as da mãe.

Tanto TMP quando SMZ são excretados pelo leite materno. Concentrações no leite

materno são similares à concentração do plasma materno para TMP e mais baixas para

Metabolismo

Aproximadamente 50 – 70% da dose de TMP e 10 – 30% da dose de SMZ são excretados

inalterados na urina. Os principais metabólitos de TMP são os derivados óxidos 1 e 3 e

hidroxi 3' e 4'; alguns metabólitos são microbiologicamente ativos. A SMZ é metabolizada

no fígado, predominantemente por acetilação N4, e, em uma menor extensão, por

conjugação glicuronídica; seus metabólitos são inativos.

Eliminação

As meias-vidas dos dois componentes são muito semelhantes (em média de dez horas para

TMP e onze horas para SMZ).

Os dois fármacos, assim como seus metabólitos, são eliminados quase exclusivamente por

via renal por meio de filtração glomerular e secreção tubular, o que determina

concentrações urinárias das substâncias ativas consideravelmente mais altas que as

concentrações no sangue. Apenas uma pequena parte dos fármacos é eliminada por via

fecal.

Farmacocinética em condições clínicas especiais

As meias-vidas de TMP e SMZ não são significativamente alteradas nos pacientes idosos

com função renal normal. Em pacientes com comprometimento da função renal (clearance

de creatinina de 15 – 30mL/min), as meias-vidas dos dois componentes podem estar

aumentadas, exigindo ajustes dos regimes de doses.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Bacteracin®

está contraindicado nos casos de lesões graves do parênquima hepático e em

pacientes com insuficiência renal grave quando não se pode determinar regularmente a

concentração plasmática.

Da mesma forma, Bacteracin®

está contraindicado aos pacientes com história de

hipersensibilidade à sulfonamida ou trimetoprima ou a qualquer um dos componentes da

formulação.

não deve ser utilizado em combinação com dofetilida (vide item Interações

medicamentosas).

Este medicamento é contraindicado para uso por prematuros e recém-nascidos

durante as primeiras seis semanas de vida.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O tratamento deve ser descontinuado imediatamente ao primeiro sinal de aparecimento de

rash cutâneo ou qualquer outra reação adversa grave.

Bacteracin®

deve ser administrado com cautela em pacientes com história de alergia e asma

brônquica.

Existe maior risco de reações adversas graves em pacientes idosos ou em pacientes que

apresentem as seguintes condições: insuficiência hepática, insuficiência renal ou uso

concomitante de outros fármacos (nesse caso, o risco pode ser relacionado à dosagem ou

duração do tratamento). Embora raro, já foi descrito caso fatal relacionado com reações

graves, tais como: discrasias sanguíneas, eritema exsudativo multiforme (síndrome de

Stevens-Johnson), necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Lyell), erupção cutânea

medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) e necrose hepática

fulminante.

Para diminuir o risco de reações indesejáveis, a duração do tratamento com Bacteracin®

deve ser a menor possível, especialmente em pacientes idosos. Em caso de

comprometimento renal, a dose deve ser ajustada.

Pacientes em uso prolongado de Bacteracin®

devem fazer controle regular de hemograma.

Caso surja redução significativa de qualquer elemento figurado do sangue, o tratamento

com Bacteracin®

deve ser suspenso.

A não ser em casos excepcionais, Bacteracin®

não deve ser administrado a pacientes com

alterações hematológicas graves.

Foram relatados casos de pancitopenia em pacientes que receberam a combinação

trimetoprima com metotrexato (vide item Interações medicamentosas).

Nos pacientes idosos ou em pacientes com história de deficiência de ácido fólico ou

insuficiência renal, podem ocorrer alterações hematológicas indicativas de deficiência de

ácido fólico. Essas alterações são reversíveis administrando-se ácido folínico.

devem fazer exame de urina e avaliação da

função renal (em particular, pacientes com insuficiência renal) regularmente. É necessário o

monitoramento da ingestão adequada de líquidos e diurese, durante o tratamento, para

evitar cristalúria.

Devido à possibilidade de hemólise, Bacteracin®

não deve ser administrado a pacientes

portadores de deficiência de G6PD (desidrogenase de glicose-6-fosfato), a não ser em casos

de absoluta necessidade e em doses mínimas.

Notou-se que o TMP prejudica o metabolismo da fenilalanina, mas isso não é significativo

em pacientes fenilcetonúricos com restrição dietética apropriada.

Como com todos os fármacos com sulfonamidas, é aconselhável ter cuidado com pacientes

com porfiria ou disfunção da tireoide. Pacientes que são acetiladores lentos podem ser mais

suscetíveis a reações idiossincráticas às sulfonamidas.

Gravidez e lactação.

Categoria de risco na gravidez: C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica ou do cirurgião-dentista.

Com base em relatórios de estudos incluindo gestantes, revisão de literatura e relatórios

espontâneos de malformações, o uso de Bacteracin®

parece não apresentar risco de

teratogenicidade em seres humanos.

Em animais de laboratório, doses muito elevadas de TMP e SMZ produziram

malformações fetais típicas de antagonismo de ácido fólico.

Uma vez que tanto TMP como SMZ atravessam a barreira placentária e podem, portanto,

interferir no metabolismo do ácido fólico, Bacteracin®

somente deverá ser utilizado durante

a gravidez se os possíveis riscos para o feto justificarem os benefícios terapêuticos

esperados. Recomenda-se que toda gestante em tratamento com Bacteracin®

receba

concomitantemente 5 a 10mg de ácido fólico diariamente. Deve-se evitar o uso de

durante o último estágio da gravidez, tanto quanto possível, devido ao risco de

kernicterus no neonato.

Tanto TMP como SMZ são excretados no leite materno. Embora a quantidade ingerida pelo

lactente seja pequena, possíveis riscos para o lactente (kernicterus, hipersensibilidade)

devem ser ponderados frente aos benefícios terapêuticos esperados para a mãe.

Até o momento, não há informações de que Bacteracin®

(sulfametoxazol e trimetoprima)

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Diuréticos: aumento da incidência de trombocitopenia com púrpura foi observado em

pacientes idosos recebendo concomitantemente certos diuréticos, principalmente tiazídicos.

digoxina: níveis sanguíneos elevados de digoxina podem ocorrer com terapia concomitante

com este medicamento, especialmente em pacientes idosos. Níveis séricos de digoxina

devem ser monitorados.

varfarina: foi descrito que sulfametoxazol + trimetoprima pode aumentar

significativamente o efeito antitrombótico do anticoagulante varfarina. Essa interação deve

ser considerada quando este medicamento é administrado a pacientes já sob terapêutica

anticoagulante. Em tais casos, o tempo de coagulação deve ser novamente determinado.

fenitoína: sulfametoxazol + trimetoprima pode inibir o metabolismo hepático da fenitoína.

Um aumento de 39% na meia-vida da fenitoína e 27% de diminuição na taxa de clearance

metabólico da fenitoína foram observados, seguindo a administração de sulfametoxazol +

trimetoprima sob dosagens clínicas normais. Se os dois fármacos forem administrados

simultaneamente, é importante observar a toxicidade da fenitoína.

ciclosporina: deterioração reversível da função renal, evidenciada por aumento da

creatinina sérica, foi observada em pacientes tratados com TMP-SMZ e ciclosporina após

transplante renal. Esse efeito combinado é provavelmente devido ao componente

trimetoprima. Uma diminuição reversível no clearance de creatinina foi observada em

pacientes com função renal normal. Isso é provavelmente causado por uma inibição

reversível da secreção tubular da creatinina.

Antidepressivos: a eficácia dos antidepressivos tricíclicos pode diminuir quando

coadministrados com sulfametoxazol + trimetoprima.

metotrexato: as sulfonamidas, incluindo SMZ, podem competir com a ligação proteica e

também com o transporte renal de metotrexato, aumentando, portanto, a fração do

metotrexato livre e sua exposição sistêmica. Foram relatados casos de pancitopenia em

pacientes tratados com a combinação de trimetoprima com metotrexato (vide item

Advertências e precauções). A trimetoprima apresenta baixa afinidade para a deidrofolato-

redutase humana, mas pode aumentar a toxicidade do metotrexato, levando à possibilidade

de interações adversas hematológicas relacionadas ao medicamento metotrexato,

especialmente na presença de outros fatores de risco, tais como idade avançada,

hipoalbuminemia, insuficiência renal e reserva da medula óssea diminuída. Tais reações

adversas podem ocorrer especialmente com metotrexato administrado em doses elevadas.

Recomenda-se tratar esses pacientes com ácido fólico, para contrabalançar os efeitos sobre

a hematopoiese.

pirimetamina: relatos ocasionais sugerem que os pacientes recebendo pirimetamina, como

na profilaxia da malária, em doses excedendo 25mg semanalmente podem desenvolver

anemia megaloblástica, se sulfametoxazol + trimetoprima for prescrito concomitantemente.

Hipoglicemiantes orais: sulfametoxazol + trimetoprima, assim como outras sulfonamidas,

potencializa o efeito dos hipoglicemiantes orais.

indometacina: aumento de níveis sanguíneos de SMZ pode ocorrer em pacientes que estão

também recebendo indometacina.

amantadina: delírio tóxico tem sido relatado após ingestão concomitante de SMZ-TMP e

amantadina.

Há evidências de que trimetoprima pode interagir com dofetilida pela inibição de seu

sistema de transporte renal. Trimetoprima 160mg em combinação com sulfametoxazol

800mg, duas vezes ao dia, coadministrado com dofetilida 500µg, duas vezes ao dia, durante

quatro dias, resultou em um aumento na área sob a curva concentração-tempo (ASC) de

dofetilida em 103% e um aumento de 93% na concentração plasmática máxima (Cmax).

Dofetilida pode causar arritmias ventriculares sérias associadas com prolongamento do

intervalo QT, incluindo torsades de pointes, que são diretamente relacionadas com a

concentração plasmática de dofetilida. Portanto, a administração concomitante de dofetilida

e trimetoprima é contraindicada.

Influência em métodos diagnósticos

O sulfametoxazol + trimetoprima, especialmente o componente trimetoprima, pode

interferir na determinação sérica do metotrexato, utilizando a técnica de ligação proteica

competitiva, quando a diidrofolato redutase bacteriana for utilizada como proteína de

ligação. Não ocorre nenhuma interferência, entretanto, se o metotrexato for dosado por

radioimunoensaio. A presença de TMP e SMZ também pode interferir na reação de picrato

alacalino de Jaffé, usada na determinação de creatinina, resultando em aumento dos valores

normais em cerca de 10%.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAGEM

DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO

DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30ºC).

PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.

Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.

Aspecto físico:

Comprimido: Circular de cor branca a creme.

Suspensão oral: Suspensão homogênea de cor rosa.

Características Organolépticas: Comprimido: Os comprimidos de Bacteracin®

e

Bacteracin®

-F não apresentam características organolépticas marcantes que permitam sua

diferenciação em relação a outros comprimidos.

Suspensão oral: Suspensão homogênea de cor rosa com sabor característico de tutti-frutti.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Bacteracin®

comprimidos e suspensões:

As doses de Bacteracin®

comprimidos e suspensões devem ser administradas por via oral,

pela manhã e à noite, de preferência após uma refeição, e com quantidade suficiente de

líquido.

Os frascos das suspensões de Bacteracin®

devem ser agitados antes da administração.

Posologia

comprimidos e suspensões

Posologia padrão

Adultos e crianças acima de 12 anos:

Dose habitual: 2 comprimidos de Bacteracin®

ou 1 comprimido de Bacteracin®

F ou 20mL

de Bacteracin®

suspensão a cada 12 horas.

Dose mínima e dose para tratamento prolongado (mais de 14 dias): 1 comprimido de

ou 1/2 comprimido de Bacteracin®

F ou 10mL de Bacteracin®

suspensão a cada

12 horas.

Dose máxima (casos especialmente graves): 3 comprimidos de Bacteracin®

ou 1 e 1/2

comprimido de Bacteracin®

F ou 30mL de Bacteracin®

Crianças abaixo de 12 anos:

Os esquemas abaixo para crianças são aproximadamente equivalentes à dose diária de 6mg

de trimetoprima e 30mg sulfametoxazol por kg de peso.

Para infecções graves, a dose apresentada para crianças pode aumentar em até 50%.

Tabela 2. Dose normal para crianças abaixo de 12 anos de idade

Idade Dose da suspensão a cada 12 horas

Suspensão Suspensão F

6 semanas a 5 meses 2,5mL –

6 meses a 5 anos 5mL 2,5mL

6 anos a 12 anos 10mL 5mL

Duração do tratamento

Em infecções agudas, Bacteracin®

deve ser administrado por pelo menos cinco dias, ou até

que o paciente esteja assintomático por pelo menos dois dias. Se a melhora clínica não for

evidente após sete dias de tratamento, o paciente deve ser reavaliado.

Posologias especiais

a. Cancroide: 2 comprimidos de Bacteracin®

F, duas

vezes ao dia. Se não ocorrer cicatrização aparente após sete dias, um curso adicional de sete

dias de tratamento deve ser considerado. Entretanto, o médico deve estar ciente de que a

falha na resposta pode indicar que a doença é causada por um microrganismo resistente.

b. Gonorreia – Adultos: 5 comprimidos de Bacteracin®

ou 2 e 1/2 comprimidos de

F duas vezes ao dia, pela manhã e à noite, em um único dia de tratamento.

c. Pacientes em hemodiálise: após administração da dosagem normal, doses de 1/2 ou 1/3

da dosagem original devem ser administradas a cada 24 – 48 horas.

d. Infecções urinárias agudas não complicadas: para mulheres com infecções urinárias

não complicadas, recomenda-se dose única de 3 comprimidos de Bacteracin®

F. Os

comprimidos devem ser tomados, se possível à noite, após a refeição ou antes de deitar.

e. Pneumonia por Pneumocystis carinii: Recomenda-se até 20mg/kg de trimetoprima e

100mg/kg de sulfametoxazol nas 24 horas (doses iguais, fracionadas a cada seis horas),

durante 14 dias.

A tabela seguinte fornece a orientação relativa ao limite superior de dosagem, por peso

corpóreo, para pacientes com pneumonia causada pelo Pneumocystis carinii.

Tabela 3. Orientação relativa ao limite superior de dose para pacientes com

pneumonia causada pelo Pneumocystis carinii

Peso corporal Dose – a cada 6 horas

kg Suspensão medidas (mL) Comprimidos Comprimidos F

8 1 (5mL) – –

16 2 (10mL) 1 –

24 3 (15mL) 1 1/2 –

32 4 (20mL) 2 1

40 5 (25mL) 2 1/2 –

48 6 (30mL) 3 1 1/2

64 8 (40mL) 4 2

80 10 (50mL) 5 2 1/2

Para a profilaxia da pneumonia por Pneumocistis carinii, a dose recomendada para

adolescentes e adultos é de 1 comprimido de Bacteracin®

ou Bacteracin®

F ao dia. A dose

ótima para profilaxia não foi estabelecida.

Crianças – profilaxia de pneumonia causada por Pneumocystis carinii.

Para crianças a dose recomendada é de 150mg/m

2

/dia TMP com 750mg/m

/dia SMZ

administrados por via oral em doses iguais divididas em duas vezes, durante 3 dias

consecutivos por semana. A dose diária total não deve exceder 320mgdia TMP e 1600mg

SMZ.

A tabela seguinte fornece orientação relativa à dosagem recomendada de acordo com a

superfície corpórea, em crianças, para a profilaxia da pneumonia causada por Pneumocystis

carinii:

Tabela 4. Orientação relativa à dose recomendada para crianças para a profilaxia da

pneumonia causada por Pneumocystis carinii

Superfície corporal Dose – a cada 12 horas

m

Medidas da suspensão Medidas da

suspensão F

Comprimidos

0,26 1/2 (2,5mL) – –

0,53 1 (5mL) 1/2 (2,5mL) 1/2

1,06 2 (10mL) 1 (5mL) 1

f. Pacientes com insuficiência renal

A tabela a seguir apresenta o esquema de dose recomendada para pacientes com insuficiência

renal.

Tabela 5. Dose recomendada para pacientes com insuficiência renal

Clearance de creatinina Esquema posológico recomendado

acima de 30mL/min dose padrão

15 – 30mL/min metade da dose padrão

menos de 15mL/min não é recomendável o uso de sulfametoxazol+trimetoprima.

g. Pacientes com nocardiose: a dose diária recomendada para pacientes adultos com

nocardiose é de 3 – 4 comprimidos de Bacteracin®

F, durante pelo menos três meses. Essa

dose requer ajustes de acordo com a idade do paciente, o peso e função renal, bem como a

gravidade da doença. Foi relatada a duração de tratamento de 18 meses.

h. Pacientes idosos: pacientes idosos com função renal normal devem receber as mesmas

doses que um adulto mais jovem.

a. Pacientes com pneumonia por Pneumocystis carinii

A dose recomendada para pacientes com pneumonia por P. carinii é de até 20mg/kg de

TMP e 100mg/kg de SMZ nas 24 horas, dadas em doses iguais e fracionadas a cada seis

horas, durante 14 dias.

b. Pacientes com insuficiência renal

A tabela abaixo apresenta o esquema de dose recomendada para pacientes com

insuficiência renal.

Tabela 6. Dose recomendada para crianças com insuficiência renal

acima de 30mL/min Posologia padrão

15 – 30mL/min metade da posologia padrão

c. Pacientes com nocardiose: a dose diária recomendada para pacientes adultos com

nocardiose é de 480 – 640mg TMP e 2.400 – 3.200mg SMZ por pelo menos três meses.

Essa dose requer ajustes de acordo com a idade do paciente, o peso e função renal, bem

como a gravidade da doença. Foi relatada a duração de tratamento de 18 meses.

d. Pacientes idosos: pacientes idosos com função renal normal devem receber as mesmas

9. REAÇÕES ADVERSAS

Nas doses recomendadas, Bacteracin®

é geralmente bem tolerado. Os efeitos colaterais

mais comuns são os rashes cutâneos e os distúrbios gastrintestinais.

As categorias utilizadas como padrões de frequência são as seguintes:

Muito comum ≥ 1/10; comum ≥ 1/100 e ‹ 1/10; incomum ≥ 1/1.000 e ‹ 1/100; raro ≥

1/10.000 e < 1/1.000 e muito raro < 1/10.000.

Efeitos adversos relatados nos pacientes tratados com trimetoprima + sulfametoxazol:

–Infecções e infestações

Muito raro: infecções fúngicas, como candidíase, têm sido relatadas.

–Desordens hematológicas e do sistema linfático

Raro: a maioria das alterações hematológicas observadas tem sido discreta, assintomática e

reversível com a suspensão da medicação. As alterações mais comumente observadas

foram leucopenia, neutropenia e trombocitopenia.

Muito raro: agranulocitose, anemia (megaloblástica, hemolítica/autoimune, aplástica),

meta-hemoglobinemia, pancitopenia ou púrpura.

–Desordens do sistema imune

Muito raro: assim como qualquer outra droga, reações alérgicas podem ocorrer em

pacientes que são hipersensíveis aos componentes da medicação: por exemplo, febre,

edema angioneurótico, reações anafilactoides, reações de hipersensibilidade e doença do

soro. Infiltrados pulmonares, tais como ocorrem em alveolite alérgica ou eosinofílica, tem

sido relatados. Elas podem se manifestar por meio de sintomas, como tosse ou respiração

ofegante. Se tais sintomas aparecerem ou, inexplicavelmente, piorarem, o paciente deve ser

reavaliado e a descontinuação da terapia com Bacteracin®

ser considerada.

Casos de periarterite nodosa e miocardite alérgica tem sido relatados.

–Desordens metabólicas e nutricionais

Muito raro: altas doses de TMP, como as usadas em pacientes com pneumonia por

Pneumocystis carinii, induzem um progressivo, mas reversível, aumento de concentração

de potássio sérico em um número substancial de pacientes. Mesmo doses recomendadas de

TMP podem causar hipercalemia quando administradas a pacientes com doenças

subjacentes de metabolismo do potássio, insuficiência renal ou que estejam recebendo

drogas que induzem à hipercalemia. É necessário monitoramento rigoroso do potássio

sérico nesses pacientes. Casos de hiponatremia foram relatados. Casos de hipoglicemia em

pacientes não diabéticos tratados com SMZ-TMP têm sido relatados, geralmente, após

poucos dias de tratamento. Pacientes com redução da função renal, doença hepática,

desnutrição ou recebendo altas doses de SMZ-TMP estão especialmente sob risco.

–Desordens psiquiátricas

Muito raro: casos isolados de alucinações têm sido relatados.

–Desordens do sistema nervoso

Muito raro: neuropatia (incluindo neurite periférica e parestesia), uveíte. Meningite

asséptica ou sintomas semelhantes à meningite, ataxia, convulsões, vertigem e tinido foram

relatados.

–Efeitos colaterais gastrintestinais

Comum: náusea (com ou sem vômito).

Raro: estomatite, glossite e diarreia.

Muito raro: enterocolite pseudomembranosa.

Casos de pancreatite aguda têm sido relatados, sendo que vários desses pacientes tinham

doenças graves, incluindo pacientes portadores de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência

Adquirida).

–Desordens hepatobiliares

Muito raro: necrose hepática, hepatite, coléstase, elevação de bilirrubinas e transaminases e

casos isolados de síndrome de desaparecimento do ducto biliar têm sido relatados.

–Desordens cutâneas e subcutâneas

Comum: múltiplas reações na pele têm sido relatadas, as quais são geralmente leves e

rapidamente reversíveis após suspensão da medicação.

Muito raro: como ocorre com muitas outras drogas que contêm sulfonamidas, o uso deste

medicamento tem, em raros casos, sido relacionado à fotossensibilidade, eritema

multiforme, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (síndrome de

Lyell), erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) e

púrpura de Henoch-Schöenlein.

–Desordens do sistema musculoesquelético, do tecido conjuntivo e dos ossos

Muito raro: casos de artralgia e mialgia e casos isolados de rabdomiólise foram relatados.

–Desordens do sistema renal e urinário

Muito raro: casos de comprometimento da função renal, nefrite intersticial, elevação da

ureia e da creatinina séricas e cristalúria foram reportados. Sulfonamidas, incluindo o

sulfametoxazol + trimetoprima, podem induzir o aumento da diurese, particularmente em

pacientes com edema de origem cardíaca.

Segurança de sulfametoxazol + trimetoprima em pacientes infectados pelo HIV.

Os pacientes portadores de HIV têm o espectro de possíveis eventos adversos similar ao

espectro dos pacientes não infectados. Entretanto, alguns eventos adversos podem ocorrer

com frequência maior e com quadros clínicos diferenciados.

Essas diferenças relacionam-se aos seguintes sistemas:

Muito comum: leucopenia, granulocitopenia e trombocitopenia.

Muito comum: hipernatremia.

Incomum: hiponatremia, hipoglicemia.

–Desordens gastrintestinais

Muito comum: anorexia, náusea com ou sem vômito, diarreia.

Elevação de transaminases.

Muito comum: rash maculopapular, geralmente com prurido.

–Desordens em geral e condições do local de administração

Muito comum: febre, geralmente associada com erupção maculopapular.

Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ,

ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Sintomas

Sintomas da superdose aguda podem incluir náusea, vômito, diarreia, cefaleia, vertigens,

tontura e distúrbios mentais e visuais; cristalúria, hematúria e anemia podem ocorrer em

casos severos. Em superdose crônica, depressão da medula óssea, manifestada como

trombocitopenia ou leucopenia e outras discrasias sanguíneas, devida à deficiência de ácido

folínico, pode ocorrer.

Tratamento

Dependendo dos sintomas, recomendam-se as seguintes medidas terapêuticas: impedir

absorção adicional, promoção da excreção renal por meio de diurese forçada (alcalinização

da urina aumenta a eliminação de SMZ), hemodiálise (nota: diálise peritoneal não é eficaz),

monitoramento hematológico e dos eletrólitos. Se ocorrer significativa discrasia sanguínea

ou icterícia, deve-se instituir tratamento específico para essas condições. A administração

de folinato de cálcio, por via intramuscular, de 3 a 6mg, durante cinco a sete dias, pode

contrabalançar os efeitos da TMP na hematopoiese.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.