Bula do Belfaren para o Profissional

Bula do Belfaren produzido pelo laboratorio Belfar Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Belfaren
Belfar Ltda - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO BELFAREN PARA O PROFISSIONAL

BELFAREN

BELFAR LTDA.

Gel

10 mg/g

Diclofenaco sódico.

APRESENTAÇÃO

Gel. Embalagem contendo 1 bisnaga de 60g.

USO ADULTO

USO TÓPICO

Composição:

Cada g do gel contém:

Diclofenaco sódico . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10mg

Excipiente q.s.p. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1g

Excipientes: carbômero, sepigel 305, álcool isopropílico, propilenoglicol, simeticona,

lanolina líquida, hidróxido de sódio, metilparabeno, propilparabeno e água purificada.

1. INDICAÇÕES

Este Belfaren Comprimido está indicado para o tratamento de:

-Formas degenerativas e inflamatórias de reumatismo: artrite reumatoide; artrite

reumatoide juvenil; espondilite anquilosante; osteoartrite e espondilartrite; síndromes

dolorosas da coluna vertebral; reumatismo não-articular;

-Crises agudas de gota;

-Inflamações pós-traumáticas e pós-operatórias dolorosas e edema, como por exemplo,

após cirurgia dentária ou ortopédica;

-Condições inflamatórias e/ou dolorosas em ginecologia, como por exemplo,

dismenorreia primária ou anexite;

-Como auxiliar no tratamento de processos infecciosos acompanhados de dor e

inflamação de ouvido, nariz ou garganta, como por exemplo, faringoamigdalites, otites.

De acordo com os princípios terapêuticos gerais, a doença de fundo deve ser tratada

com a terapia básica adequadamente. Febre isolada não é uma indicação.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O Belfaren Comprimido tem efeito efetivo especialmente na dor relativa à inflamação

tecidual.

Estudos demonstram a diminuição do consumo de narcóticos devido ao decréscimo de

dores pós-operatórias, quando 75mg de diclofenaco sódico é administrado, por via

intramuscular, uma ou duas vezes ao dia, ou a mesma dose, por via endovenosa, em

infusão de 5mg/hora. O diclofenaco sódico – entérico e comprimidos – é efetivo na

supressão dos sinais de inflamação pós-operatória, especialmente de cirurgia dentária.

Três doses diárias de diclofenaco, 50mg, aliviaram as dores de diversos tipos de danos

teciduais quando comparadas ao placebo em estudo multicêntrico, duplo-cego com 229

pacientes.

Síndromes dolorosas da coluna têm sua intensidade diminuída quando tratadas com

diclofenaco, como demonstrou estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego entre

227 pacientes.

Formas degenerativas e inflamatórias de reumatismo podem ser tratadas por

diclofenaco. Estudos controlados por placebo demonstraram que o diclofenaco age no

tratamento de artrite reumatoide com doses diárias de 75 a 200mg.

A eficácia de comprimidos de liberação lenta de 100mg de diclofenaco foi avaliada

entre 414 pacientes com distúrbios reumáticos, incluindo reumatismo não-

articular. Observou-se resposta terapêutica satisfatória em 89,4% dos pacientes no 10º

dia de tratamento e de 94,7% no 20º dia.

No tratamento de osteoartrite, segundo revisão da literatura internacional

(n=15.000), observa-se eficácia na utilização de diclofenaco.

Na espondilite anquilosante observa-se eficácia do tratamento agudo e crônico com

diclofenaco para o alívio dos sintomas, sendo ele o agente mais bem tolerado pelos

Condições ginecológicas dolorosas, principalmente dismenorreia, são aliviadas pela

administração de diclofenaco sódico entre 75 e 150mg diários.

No tratamento de crises de gota entre 57 pacientes observou-se alívio da dor após 48

horas de tratamento com diclofenaco injetável.

Estudos abertos e controlados demonstraram que anti-inflamatórios não-

esteroidais, entre eles o diclofenaco sódico, são efetivos no tratamento da cólica biliar.

A administração de 75mg de diclofenaco, por via oral, foi efetiva no tratamento de 91%

dos pacientes com cólica renal aguda após uma hora, em estudo randomizado

prospectivo. O alívio foi observado até 3 horas após a administração. A administração

de 50mg ou 75mg de diclofenaco intramuscular tem a mesma eficácia do estudo acima,

mas com início de ação observado após 30 minutos.

Referências bibliográficas

1.Burian M, Tegeder I, Seegel M, Geisslinger G. Peripheral and central antihyperalgesic

effects of diclofenac in model of human inflammatory pain. Clin Pharmacol Ther 2003,

74 (2): 113-20.

2.Rhodes M, Conacher I, Morritt G et al: Nonsteroidal antiinflammatory drugs for

postthoracotomy pain: a prospective controlled trial after lateral thoractomy. J Thorac

Cardiovasc Surg 1992; 103:17-20.

3.Laitinen J & Nuutinen L: Intravenous diclofenac coupled with PCA fentanyl for pain

relief after total hip replacement. Anesthesiology 1992; 76:194-198.

4.Anderson SK & al Shaikh BA: Diclofenac in combination with opiate infusion after

joint replacement surgery.

Anaesth Intensive Care 1991; 19:535-538.

5.Hodsman NB, Burns J, Blyth A et al: The morphine sparing effects of diclofenac

sodium following abdominal surgery. Anaesthesia 1987; 42:1005-1008.

6.Casali R, Silvestri V, Pagni AM et al: Effetto analgesico del diclofenac in chirurgia

toracica (Italian). Acta Anaest Ital 1985; 36:123-127.

7.Tsuzuki M, Yoshida S, Takata S et al: Clinical trial of GP 45,840-a new analgesic

antiinflammatory agent.Shikai Tenbo (Prospect of Dental Field) 1973; 41:14.

8.Kantor TG: Use of diclofenac in analgesia. Am J Med 1986; 80(suppl 4B):64-69.

9.Matthews RW, Scully CM & Levers BG: The efficacy of diclofenac sodium

(Volatrol(R)) with and without paracetamol in the control of post-surgical dental

pain. Br Dent J 1984; 157:357-359.

10.Mayer M & Weiss P: A double-blind trial of the anti-inflammatory and analgesic

action of diclofenac sodium following maxillary surgery. Dtsch Zahnarzt

Z 1980; 35:559-563.

11.Mayer M & Weiss P: Results of an intra-individual comparative double-blind study

on the effect of diclofenac sodium (Voltaren(R)) versus placebo in bilateral wisdom

tooth extraction. Dtsch Z Mund Kiefer Gesichtschir 1980a;4:106-109.

12.Bakshi R, Rotman H, Shaw M et al: Double-blind, multicenter evaluation of the

efficacy and tolerability of diclofenac dispersible in the treatment of acute soft-

tissue injuries. Clin Ther 1995; 17:30-37.

13.Schattenkirchner M & Milachowski KA. A double-blinde, multicentre, randomised

clinical trial compare the efficacy and tolerabiblity of aceclofenac with diclofenac

resinate in patients with acute low back pain. Clin Rheumatol, 2003. 22(2): 127-35.

14.Abrams GJ, Solomon L & Meyers OL: A long-term study of diclophenac sodium in

the treatment of rheumatoid arthritis and osteoarthrosis. S Afr Med J 1978; 53:442.

15.Caldwell JR: Efficacy and safety of diclofenac sodium in rheumatoid arthritis:

experience in the United States. Am J Med 1986; 80:43-47.

16.Weisman MH: Double-blind randomized trial of diclofenac sodium versus placebo

in patients with rheumatoid arthritis. Clin Ther 1986; 8:427-438.

17.Al-Sharkawi MS: A multicentre study of diclofenac sodium slow-

release (Voltaren(R) Retard) in the treatment of rheumatic disorders in the kingdom of

Saudi Arabia. J Int Med Res 1984; 12:244-249.

18.Altman R: International experiences with diclofenac in osteoarthritis. Am J

Med 1986; 80(suppl 4B):48-52.

19.Ward JR: Efficacy of diclofenac in osteoarthritis: experience in the United

States. Am J Med 1986; 80(suppl 4B):53-57.

20.Manz G & Franke M: Diclofenac-Na bei ankylosierender spondylitis. Fortschr

Med 1977; 95:1706.

21.Nahir AM & Scharf Y: A comparative study of diclofenac and sulindac in

ankylosing spondylitis. Rheumatol

Rehabil 1980; 19:193-198.

22.Khan MA: Diclofenac in the treatment of ankylosing spondylitis: review of

worldwide clinical experience and report of a double-blind comparison with

indomethacin. Semin Athritis Rheum 1985; 15(suppl 1):80-84.

23.Calabro JJ: Efficacy of diclofenac in ankylosing spondylitis. Am J Med 1986;

80(suppl 4B):58-63.

24.McKenna F: Efficacy of diclofenac/misoprostol vs diclofenac in the treatment of

ankylosing spondylitis.Drugs 1993; 45(suppl):24-30.

25.Rihiluoma R, Wuolijoki E & Pulkinen MO: Treatment of primary dysmenorrhea

with diclofenac sodium. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol 1981; 12:189-194.

26.Ingemanson CA, Carrington B & Silkstrom B: Diclofenac in the treatment of

primary dysmenorrhea. Curr Ther Res1981; 30:632-639. .

27.Gillberg LE, Harsten AS & Stahl LB: Preoperative diclofenac sodium reduces post-

laparoscopy pain. Can J Anaesth 1993; 40:406-408.

28.Holman RM & Celinska E: Voltarol in the treatment of acute gout - a double-

blind trial in general practice, in Chiswell RJ & Birdwood GFB (eds): Current Themes

in Rheumatology. Condensed Report of a Geigy Symposium, Albufeira,

Portugal. Cambridge Medical Publications, 1981; pp 14-15.

29.Akriviadis EA, Hatzigavriel M, Kapnias D et al: Treatment of biliary colic with

diclofenac: a randomized, double- blind, placebo-

controlled study. Gastroenterology 1997; 113:225-231.

30.Broggini M, Corbetta E, Grossi E at al: Diclofenac sodium in biliary colic: a double-

blind trial. Br Med J1984; 288:1042.

31.Lundstam S, Tveit E & Kral JG: Prostaglandin synthesis inhibition by diclofenac-

Na in biliary pain (abstract). Eur J Clin Invest 1983; 13:A1.

32.Thornell E, Jansson R, Kral JG et al: Inhibition of prostaglandin synthesis as a

treatment for biliary pain.Lancet 1979; 1:584.

33.Indudhara R, Vaidyanathan S & Sankaranerayanan A: Oral diclofenac sodium in the

treatment of acute renal colic: a prospective randomized study. Clin Trials

J 1990; 27:295-300

34.Lundstam SO, Wahlander LA, Leissner KH et al: Prostaglandin-

synthetase inhibition with diclofenac sodium in treatment of renal colic: comparison

with use of a narcotic analgesic. Lancet 1982; 1:1096-1097.

35.Vignoni A, Fierro A, Moreschini G et al: Diclofenac sodium in ureteral colic:

a double-blind comparison trial with placebo. J Int Med Res 1983; 11:303-307.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Grupo farmacoterapêutico: anti-inflamatórios e antirreumáticos não-

esteroidais derivados do ácido acético e substâncias relacionadas (código ATC: M01A

B05).

Mecanismo de ação

O diclofenaco sódico, substância não-esteroide, com acentuadas propriedades

antirreumática, anti- inflamatória, analgésica e antipirética.

A inibição da biossíntese de prostaglandina, que foi demonstrada em experimentos, é

considerada fundamental no seu mecanismo de ação. As prostaglandinas desempenham

um importante papel na causa da inflamação, da dor e da febre. O diclofenaco sódico in

vitro não suprime a biossíntese de proteoglicanos na cartilagem, em concentrações

equivalentes às concentrações atingidas no homem.

Farmacodinâmica

Em doenças reumáticas, as propriedades anti-inflamatória e analgésica de Belfaren

Comprimido fazem com que haja resposta clínica, caracterizada por acentuado alívio de

sinais e sintomas, como dor em repouso, dor ao movimento, rigidez matinal e

inflamação das articulações, bem como melhora funcional.

Em condições inflamatórias pós-operatórias e pós-traumáticas, o Belfaren Comprimido

alivia rapidamente tanto a dor espontânea quanto a relacionada ao movimento e diminui

o inchaço inflamatório e o edema do ferimento.

Estudos clínicos demonstraram que o Belfaren Comprimido também exerce um

pronunciado efeito analgésico na dor moderada e na grave de origem não reumática.

Estudos clínicos revelaram que, na dismenorreia primária, o Belfaren Comprimido é

capaz de melhorar a dor e reduzir a intensidade do sangramento.

Farmacocinética - Absorção

O diclofenaco é completamente absorvido dos comprimidos gastrorresistentes após sua

passagem pelo estômago. Embora a absorção seja rápida, seu início pode ser retardado

devido ao revestimento gastrorresistente do comprimido. O pico médio das

concentrações plasmáticas de 1,5mcg/mL (5mcmol/L) é atingido em média 2 horas após

o uso de um comprimido de 50mg.

A passagem dos comprimidos pelo estômago é mais lenta quando ingerido durante ou

após as refeições do que quando ingerido antes das refeições, mas a quantidade de

diclofenaco absorvida permanece a mesma.

Como aproximadamente metade do diclofenaco é metabolizado durante sua primeira

passagem pelo fígado (efeito de “primeira passagem”), a área sob a curva de

concentração (AUC) após administração retal ou oral é cerca de metade daquela

observada com uma dose parenteral equivalente.

O comportamento farmacocinético não se altera após administrações repetidas. Não

ocorre acúmulo desde que sejam observados os intervalos de dosagem recomendados.

Distribuição

99,7% do diclofenaco liga-se a proteínas séricas, predominantemente à albumina

(99,4%). O volume de distribuição aparente calculado é de 0,12-0,17L/kg.

O diclofenaco penetra no fluído sinovial, onde as concentrações máximas são medidas

de 2-4 horas após serem atingidos os valores de pico plasmático. A meia-vida aparente

de eliminação do fluido sinovial é de 3-6 horas. Duas horas após atingidos os valores de

pico plasmático, as concentrações da substância ativa já são mais altas no fluido

sinovial que no plasma, permanecendo mais altas por até 12 horas.

O diclofenaco foi detectado em baixa concentração (100ng/mL) no leite materno em

uma lactante. A quantidade estimada ingerida por uma criança que consome leite

materno é equivalente a 0,03mg /kg/dia de dose.

Biotransformação/ metabolismo

A biotransformação do diclofenaco ocorre parcialmente por glicuronidação da molécula

intacta, mas principalmente por hidroxilação e metoxilação simples e múltipla,

resultando em vários metabólitos fenólicos (3’-hidroxi-,4’-hidroxi-, 5- hidroxi-, 4’,5-

hidroxi- e 3’-hidroxi-4’-metoxi-diclofenaco), a maioria dos quais são convertidos a

conjugados glicurônicos. Dois desses metabólitos fenólicos são biologicamente ativos,

mas em extensão muito menor que o diclofenaco.

Eliminação

O clearance (depuração) sistêmico total do diclofenaco do plasma é de 263 ± 56mL/min

(valor médio ± DP). A meia- vida terminal no plasma é de 1-2 horas. Quatro dos

metabólitos, incluindo os dois ativos, também têm meia- vidaplasmática curta de 1-

3 horas. Um metabólito, 3’-hidroxi-4’-metoxi-diclofenaco, tem meia-vida plasmática

mais longa. Entretanto, esse metabólito é virtualmente inativo.

Cerca de 60% da dose administrada é excretada na urina como conjugado glicurônico

da molécula intacta e como metabólitos, a maioria dos quais são também convertidos a

conjugados glicurônicos. Menos de 1% é excretado como substância inalterada. O

restante da dose é eliminada como metabólitos através da bile nas fezes.

Linearidade/ não linearidade

A quantidade absorvida é linearmente relacionada à dose.

Populações especiais

Não foram observadas diferenças idade-dependente relevantes na absorção,

metabolismo ou excreção do fármaco. Em pacientes com insuficiência renal não se pode

inferir, a partir da cinética de dose-única, o acúmulo da substância ativa inalterada

quando se aplica o esquema normal de dose. A um clearance (depuração) de creatinina

< 10mL/min, os níveis plasmáticos de steady-state (estado de equilíbrio) calculados dos

hidróxi metabólitos são cerca de 4 vezes maiores que em indivíduos normais.

Entretanto, os metabólitos são, ao final, excretados através da bile.

Em pacientes com hepatite crônica ou cirrose não descompensada, a cinética e

metabolismo do diclofenaco é a mesma que em pacientes sem doença hepática.

Dados de segurança pré-clínicos

Dados pré-clínicos de estudos de toxicidade com doses agudas ou repetidas, bem como

estudos de genotoxicidade, mutagenicidade, carcinogenicidade com diclofenaco

relevaram que diclofenaco nas doses terapêuticas recomendadas não causa nenhum

dano específico para humanos. Em estudos pré-clínicos padrão, não houve nenhuma

evidência de que diclofenaco possui potencial efeito teratogênico em camundongos,

ratos e coelhos.

O diclofenaco não influencia a fertilidade das matrizes (ratos). Exceto pelos efeitos

fetais em doses maternais tóxicas, o desenvolvimento pré, peri e pós-natal da prole

também não foi afetado.

A administração de AINEs (incluindo diclofenaco) inibiu a ovulação de coelho e

implantação e placentação em ratos, e levou a um fechamento prematuro do canal

arterial em ratas grávidas. Doses maternais tóxicas de diclofenaco foram associadas com

distocia, gestação prolongada, diminuição da sobrevida fetal e retardo do crescimento

intrauterino em ratos. Os leves efeitos do diclofenaco sobre os parâmetros de

reprodução e parto, bem como a constrição do canal arterial no útero são consequências

farmacológicas desta classe de inibidores da síntese de prostaglandinas (vide

“Contraindicações”, “Gravidez e lactação”).

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado para:

-Hipersensibilidade conhecida à substância ativa ou a qualquer outro componente da

formulação;

-Úlcera gástrica ou intestinal ativa, sangramento ou perfuração (vide “Advertências e

precauções” e “Reações adversas”);

-No último trimestre de gravidez (vide “Gravidez e lactação”);

-Falência hepática;

-Falência renal;

-Insuficiência cardíaca grave (vide “Advertências e precauções”);

-Como outros agentes anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), o diclofenaco sódico

também é contraindicado em pacientes nos quais crises de asma, urticária ou rinite

aguda são causadas pelo ácido acetilsalicílico ou por outros AINEs (vide “Advertências

e precauções” e “Reações adversas”).

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com falência hepática e

falência renal.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência

cardíaca grave (vide “Advertências e precauções”).

No 3º trimestre este medicamento pertence à categoria de risco de gravidez D,

portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem

orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de

gravidez.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES PRECAUÇÕES

O Belfaren Gel deve ser aplicado somente sobre a pele sã e intacta (ausência de feridas

abertas ou escoriações). Evitar o contato do produto com os olhos e as membranas

mucosas. O Belfaren Gel não deve ser ingerido.

ADVERTÊNCIAS

A probabilidade de efeitos colaterais sistêmicos ocorrerem com a aplicação tópica do

diclofenaco é pequena, comparada com a frequência de efeitos colaterais do diclofenaco

oral. Entretanto, quando diclofenaco sódico é aplicado em áreas de pele relativamente

grandes e por prolongado período de tempo, a possibilidade de efeitos colaterais

sistêmicos não pode ser excluída. No caso de se prever esse tipo de uso, deve-

se consultar as informações de diclofenaco sódico comprimidos.

GRAVIDEZ E LACTAÇÃO

Pela ausência de dados clínicos referentes à utilização de Belfaren Gel durante a

gravidez, não se recomenda seu uso durante esse período. Não se prevêem quantidades

mensuráveis da substância ativa no leite das lactantes.

Entretanto, não há experiência com Belfaren Gel durante o período de amamentação.

EFEITOS NA HABILIDADE DE DIRIGIR E/OU OPERAR MÁQUINAS

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

As interações a seguir incluem aquelas observadas com Belfaren Comprimido

comprimidos revestidos e/ou outras formas farmacêuticas contendo diclofenaco.

Interações observadas a serem consideradas

-inibidores potentes da CYP2C9: recomenda-se precaução ao prescrever diclofenaco

com inibidores potentes da CYP2C9 (tais como voriconazol), o que poderia resultar em

um aumento significativo nas concentrações de pico plasmático e exposição ao

diclofenaco, devido à inibição do metabolismo do diclofenaco;

-lítio: se usados concomitantemente, diclofenaco pode elevar as concentrações

plasmáticas de lítio. Neste caso, recomenda-se monitoramento do nível de lítio sérico;

-digoxina: se usados concomitantemente, diclofenaco pode elevar as concentrações

plasmáticas de digoxina. Neste caso, recomenda-se monitoramento do nível de digoxina

sérica;

-diuréticos e agentes anti-hipertensivos: assim como outros AINEs, o uso

concomitante de diclofenaco com diuréticos ou anti-hipertensivos (ex.:

betabloqueadores, inibidores da ECA), pode diminuir o efeito anti-hipertensivo. Desta

forma, esta combinação deve ser administrada com cautela e, pacientes, especialmente

idosos, devem ter sua pressão sanguínea periodicamente monitorada. Os pacientes

devem estar adequadamente hidratados e deve-se considerar o monitoramento da função

renal após o início da terapia concomitante e periodicamente durante o tratamento,

particularmente para diuréticos e inibidores da ECA devido ao aumento do risco de

nefrotoxicidade (vide “Advertências e precauções”);

-ciclosporina: diclofenaco, assim como outros AINEs, pode aumentar a toxicidade nos

rins, causada pela ciclosporina, devido ao seu efeito nas prostaglandinas renais. Desta

forma, diclofenaco deve ser administrado em doses inferiores àquelas usadas em

pacientes que não estão em tratamento com ciclosporina;

-medicamentos conhecidos por causar hipercalemia: o tratamento concomitante com

diuréticos poupadores de potássio, ciclosporina, tacrolimo ou trimetoprima podem ser

associados com o aumento dos níveis séricos de potássio, que deve ser monitorado

frequentemente (vide “Advertências e precauções”);

- antibacterianos quinolônicos: houve relatos isolados de convulsões que podem estar

associadas ao uso concomitante de quinolonas e AINEs.

Interações previstas a serem consideradas

- outros AINEs e corticoides: a administração concomitante de diclofenaco com outros

AINEs sistêmicos ou corticoides, pode aumentar a frequência de efeitos gastrintestinais

indesejados (vide “Advertências e precauções”);

-anticoagulantes e agentes antiplaquetários: deve-se ter cautela no uso concomitante

uma vez que pode aumentar o risco de hemorragias (vide “Advertências e precauções”).

Embora investigações clínicas não indiquem que diclofenaco possa afetar a ação dos

anticoagulantes, existem casos isolados do aumento do risco de hemorragia em

pacientes recebendo diclofenaco e anticoagulantes concomitantemente. Desta

maneira, recomenda-se monitoramento próximo nestes pacientes;

-inibidores seletivos da recaptação da serotonina: a administração concomitante com

AINEs sistêmicos, incluindo diclofenaco e inibidores seletivos da recaptação da

serotonina, pode aumentar o risco de sangramento gastrintestinal (vide “Advertências e

precauções”);

-antidiabéticos: estudos clínicos têm demonstrado que o diclofenaco pode ser

administrado juntamente com agentes antidiabéticos orais sem influenciar em seus

efeitos clínicos. Entretanto, existem relatos isolados de efeitos hipo e hiperglicemiantes,

determinando a necessidade de ajuste posológico dos agentes antidiabéticos durante o

tratamento com diclofenaco. Por esta razão, o monitoramento dos níveis de glicose no

sangue deve ser realizado como medida preventiva durante a terapia concomitante;

-fenitoína: quando se utiliza fenitoína concomitantemente com o diclofenaco, o

acompanhamento das concentrações plasmáticas de fenitoína é recomendado devido a

um esperado aumento na exposição à fenitoína;

-metotrexato: deve-se ter cautela quando AINEs, incluindo diclofenaco, são

administrados menos de 24 horas antes ou após tratamento com metotrexato uma vez

que pode elevar a concentração sérica do metotrexato, aumentando a sua toxicidade.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de armazenamento: manter a bisnaga tampada à temperatura ambiente

(15°C a 30°C). Proteger da luz e manter em lugar seco.

Características do medicamento: comprimido circular, liso de coloração rosa a

avermelhado.

Prazo de validade: o prazo de validade está impresso no cartucho.

Não utilize o produto após a data de validade. O número do lote e as datas de

fabricação e validade deste medicamento estão impressos na embalagem do

produto.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de usar

Como uma recomendação geral, a dose deve ser individualmente ajustada. As reações

adversas podem ser minimizadas utilizando a menor dose efetiva no período de tempo

mais curto necessário para controlar os sintomas (vide “Advertências e precauções”).

Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros com auxílio de um líquido,

preferencialmente antes das refeições.

Posologia

Adultos

A dose inicial diária recomendada é de 100mg a 150mg.

Para casos mais leves, assim como para terapia de longo prazo, 75 a 100mg por dia são,

geralmente, suficientes. A dose total diária deve ser dividida em 2 a 3 doses.

Para suprimir a dor noturna e a rigidez matinal, o tratamento com comprimidos durante

o dia pode ser suplementado pela administração de supositórios ao deitar (até uma dose

diária máxima de 150mg).

No tratamento da dismenorreia primária, a dose diária, que deve ser individualmente

adaptada, é geralmente de 50 a 150mg. Inicialmente devem ser administradas doses de

50 a 100mg e, se necessário, estas doses devem ser elevadas no decorrer de vários ciclos

menstruais até o máximo de 200mg/dia. O tratamento deve iniciar-se aos primeiros

sintomas e, dependendo da sintomatologia, continuar por alguns dias.

Crianças e adolescentes

Devido a sua dosagem, o Belfaren Comprimido não é indicado para crianças e

adolescentes.

Idosos (pacientes com 65 anos ou mais)

Nenhum ajuste na dose inicial é necessário para pacientes idosos (vide “Advertências e

precauções”).

Doença cardiovascular estabelecida ou fatores de risco cardiovascular

significativos

O tratamento com Belfaren Comprimido geralmente não é recomendado em pacientes

com doença cardiovascular estabelecida ou hipertensão não controlada. Se necessário,

pacientes com doença cardiovascular estabelecida, hipertensão não controlada, ou

fatores de risco significativos para doenças cardiovasculares, devem ser tratados com

Belfaren Comprimido somente após avaliação cuidadosa e somente para doses diárias ≤

100mg, se tratados por mais do que 4 semanas (vide “Advertências e precauções”).

Insuficiência renal

O Belfaren Comprimido é contraindicado a pacientes com insuficiência renal (vide

“Contraindicações”). Não foram realizados estudos específicos em pacientes com

insuficiência renal, portanto não pode ser feita recomendação no ajuste específico da

dose. Recomenda-se cautela quando o Belfaren Comprimido é administrado a pacientes

com insuficiência renal leve a moderada (vide “Advertências e precauções”).

Insuficiência hepática

O Belfaren Comprimido é contraindicado a pacientes com insuficiência hepática (vide

insuficiência hepática, portanto não pode ser feita recomendação no ajuste específico da

dose. Recomenda-se cautela quando Belfaren Comprimido é administrado a pacientes

com insuficiência hepática leve a moderada (vide “Advertências e precauções”).

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas a medicamento de estudos clínicos, relatos espontâneos e casos de

literatura estão listados pelo sistema MedDRA de classe de órgão. Dentro de cada classe

de órgão, as reações adversas estão ordenadas por frequência, com as reações mais

frequentes primeiro. Dentro de cada grupo de frequência, as reações estão apresentadas

por ordem decrescente de gravidade. Além disso, a categoria de frequência

correspondente para cada reação adversa segue a seguinte convenção (CIOMS III):

Muito comum: >1/10 Comum: ≥ 1/100; < 1/10 Incomum: ≥ 1/1.000; < 1/100 Rara: ≥

1/10.000; < 1/1.000 Muito rara: < 1/10.000.

As reações adversas a seguir incluem aquelas reportadas com Belfaren Comprimido

comprimidos e/ou outras formas farmacêuticas contendo diclofenaco em uso por curto

ou longo prazo.

- Sangue e distúrbios do sistema linfático

Muito rara: trombocitopenia, leucopenia, anemia (incluindo hemolítica e aplástica) e

agranulocitose.

- Distúrbios do sistema imunológico

Rara: reações de hipersensibilidade, anafiláticas e anafilactoides (incluindo hipotensão e

choque). Muito rara: angioedema (incluindo edema facial).

- Distúrbios psiquiátricos

Muito rara: desorientação, depressão, insônia, pesadelos, irritabilidade, distúrbios

psicóticos.

-Distúrbios do sistema nervoso

Comum: cefaleia, tontura. Rara: sonolência.

Muito rara: parestesia, distúrbios da memória, convulsões, ansiedade, tremores,

meningite asséptica, disgeusia, acidente cerebrovascular.

-Distúrbios oculares

Muito rara: deficiência visual, visão borrada, diplopia.

- Distúrbios do labirinto e do ouvido

Comum: vertigem.

Muito rara: zumbido, deficiência auditiva.

- Distúrbios cardíacos

Incomum*: infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, palpitação, dores no peito.

- Distúrbios vasculares

Muito rara: hipertensão, vasculite.

- Distúrbios mediastinal, torácico e respiratório

Rara: asma (incluindo dispneia). Muito rara: pneumonite.

- Distúrbios do trato gastrintestinal

Comum: náusea, vômito, diarreia, dispepsia, cólicas abdominais, flatulência,

diminuição do apetite.

Rara: gastrites, sangramento gastrintestinal, hematêmese, diarreia sanguinolenta, úlcera

gastrintestinal (com ou sem sangramento ou perfuração).

Muito rara: colites (incluindo colite hemorrágica e exacerbação da colite ulcerativa ou

doença de Crohn), constipação, estomatite, glossite, distúrbios esofágicos, doença

intestinal diafragmática, pancreatite.

- Distúrbios hepatobiliares

Comum: elevação das transaminases.

Rara: hepatite, icterícia, distúrbios hepáticos.

Muito rara: hepatite fulminante, necrose hepática, insuficiência hepática.

- Pele e distúrbios dos tecidos subcutâneos

Comum: rash. Rara: urticária.

Muito rara: dermatite bolhosa, eczema, eritema, eritema multiforme, síndrome

de Stevens-Johnson, síndrome de Lyell (necrólise epidérmica tóxica), dermatite

esfoliativa, alopecia, reação de fotossensibilidade, púrpura, púrpura de Henoch-

Schonlein e prurido.

- Distúrbios urinários e renais

Muito rara: insuficiência renal aguda, hematúria, proteinúria, síndrome nefrótica, nefrite

tubulointersticial, necrose papilar renal.

- Distúrbios gerais e no local da administração

Rara: edema.

* A frequência reflete os dados do tratamento de longo prazo com uma dose elevada

(150mg por dia).

Descrição das reações adversas selecionadas Eventos aterotrombóticos

Dados de meta-análise e farmacoepidemiológicos apontam em relação a um pequeno

aumento do risco de eventos aterotrombóticos (ex. : infarto do miocárdio), associado ao

uso de diclofenaco, particularmente em doses elevadas (150 mg por dia) e durante

tratamento de longo prazo (vide “Advertências e precauções”).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária – NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Sintomas

Não há quadro clínico típico associado à superdose com diclofenaco.

A superdose pode causar sintomas tais como vômito, hemorragia gastrintestinal,

diarreia, tontura, zumbido ou convulsões. No caso de intoxicação significante,

insuficiência aguda nos rins e insuficiência no fígado podem ocorrer.

Tratamento

O tratamento de intoxicações agudas com AINEs, incluindo diclofenaco, consiste

essencialmente em medidas sintomáticas e de suporte. Tratamento sintomático e de

suporte deve ser administrado em caso de complicações tais como hipotensão,

insuficiência renal, convulsões, distúrbios gastrintestinais e depressão respiratória.

Medidas específicas tais como diurese forçada, diálise ou hemoperfusão provavelmente

não ajudam na eliminação de AINEs, incluindo diclofenaco, devido a seu alto índice de

ligação à proteínas e metabolismo extenso.

Em casos de superdose potencialmente tóxica, a ingestão de carvão ativado pode ser

considerada para descontaminação do estômago (ex.: lavagem gástrica e vômito) após a

ingestão de uma superdose potencialmente letal.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais

orientações.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

MS 1.0571.0120

Farm. Resp.: Rander Maia

CRF-MG nº 2546

BELFAR LTDA.

Rua Alair Marques Rodrigues, 516 - Belo Horizonte/MG - CEP: 31.560-220

CNPJ: 18.324.343/0001-77 - Indústria Brasileira

SAC: 0800 031 0055

Anexo B

Histórico de Alteração para a Bula

Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas

Data do

expediente

No. expediente Assunto Data do

N° do

Assunto Data de

aprovação

Itens de bula Versões

(VP/VPS)

Apresentações

relacionadas

20/11/2014 1073849/14-

5

10457 –

SIMILAR –

Inclusão

Inicial de

Texto de Bula

– RDC 60/12

VPS 50 MG COM

REV CT BL AL

PLAS INC X 20

28/04/2015 10450 –

Notificação

de Alteração

de Texto de

Bula – RDC

60/12

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.