Bula do Benicaranlo produzido pelo laboratorio Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda.
BenicarAnlo*
Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica LTDA.
Comprimidos revestidos
20mg/5mg, 40mg/5mg e 40mg/10mg
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
BenicarAnlo®
olmesartana medoxomila
anlodipino
APRESENTAÇÕES
é apresentado em embalagens com 7 comprimidos revestidos de olmesartana
medoxomila e anlodipino (como besilato de anlodipino) nas seguintes concentrações,
respectivamente: 20 mg/5 mg; 40 mg/5 mg.
é apresentado em embalagens com 30 comprimidos revestidos de olmesartana
respectivamente: 20 mg/5 mg; 40 mg/5 mg e 40 mg/10 mg.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de BenicarAnlo®
20 mg/5 mg contém:
olmesartana medoxomila...................................................................................... 20 mg
anlodipino (como besilato de anlodipino)............................................................ 5 mg
ingredientes não ativos1
q.s.p. ............................................................................. 1 comprimido
1
amido pré-gelatinizado, celulose microcristalina silicificada, croscarmelose sódica, estearato de
magnésio, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol e talco
40 mg/5 mg contém:
olmesartana medoxomila...................................................................................... 40 mg
ingredientes não ativos2
2
magnésio, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco e óxido férrico amarelo
40 mg/10 mg contém:
anlodipino (como besilato de anlodipino)............................................................ 10 mg
ingredientes não ativos3
3
magnésio, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco, óxido férrico vermelho e
óxido férrico amarelo
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISIONAIS DE SAÚDE
BenicarAnlo®
é indicado para o tratamento da hipertensão arterial essencial (primária). Pode ser
usado isoladamente ou em combinação com outros agentes anti-hipertensivos.
Um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi realizado
durante 8 semanas em grupos paralelos de 1.940 pacientes com hipertensão leve a grave para
determinar se o tratamento com BenicarAnlo®
estava associado à redução clinicamente
significativa da pressão arterial em comparação à respectiva monoterapia. Os pacientes foram
distribuídos em um dos 12 grupos de tratamento: placebo, tratamento em monoterapia com
anlodipino (ANLO) 5 mg ou 10 mg, tratamento em monoterapia com olmesartana (OM) 10 mg,
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20 mg ou 40 mg ou terapia em associação com OM/ANLO nas doses de 10/5 mg, 20/5 mg, 40/5
mg, 10/10 mg, 20/10 mg e 40/10 mg.
Foram observadas as seguintes reduções médias de PA casual sistólica/diastólica (mm Hg):
placebo (-4,8/-3,1); OM 10 mg (-11,5/-8,3); OM 20 mg (-13,8/-9,2); OM 40 mg (-16,1/-10,2);
ANLO 5 mg (-14,9/-9,4); ANLO 10 mg (-19,7/-12,7); OM/ANLO 10/5 mg (-24,2/-13,8);
OM/ANLO 10/10 mg (-25,3/-16,0); OM/ANLO 20/5 mg (-23,6/-14,0); OM/ANLO 20/10 mg (-
29,2/-17,0); OM/ANLO 40/5 mg (-25,4/-15,5) e OM/ANLO 40/10 mg (-30,1/-19,0).
As porcentagens de alcance da meta foram: placebo = 8,8%; OM 10 mg = 20,0%; OM 20 mg =
26,4%; OM 40 mg = 36,3%; ANLO 5 mg = 21,1%; ANLO 10 mg = 32,5%; OM/ANLO 10/5
mg = 35,0%; OM/ANLO 10/10 mg = 49,1%; OM/ANLO 20/5 mg = 42,5%; OM/ANLO 20/10
mg = 53,2%; OM/ANLO 40/5 mg = 51,0% e OM/ANLO 40/10 mg = 49,1%.
Farmacodinâmica
Mecanismo de ação: BenicarAnlo®
é uma associação de dois anti-hipertensivos: um bloqueador
dos canais lentos de cálcio, o besilato de anlodipino, e um bloqueador dos receptores de
angiotensina II, a olmesartana medoxomila. A combinação dessas duas substâncias promove um
efeito anti-hipertensivo aditivo, e é mais eficaz na redução da pressão arterial do que cada
componente isolado.
Com a administração crônica uma vez ao dia, o efeito anti-hipertensivo é mantido por pelo
menos 24 horas.
O efeito anti-hipertensivo de BenicarAnlo®
foi similar independentemente de idade ou sexo e
foi similar em pacientes com ou sem diabetes. Em estudos clínicos o efeito anti-hipertensivo foi
mantido durante a terapia prolongada.
Olmesartana medoxomila: é um pró-fármaco que, durante a absorção pelo trato gastrintestinal, é
completamente convertido, por hidrólise, no composto biologicamente ativo, a olmesartana. É
um bloqueador seletivo dos receptores de angiotensina II do subtipo AT1.
A angiotensina II é formada a partir da angiotensina I em uma reação catalisada pela enzima
conversora da angiotensina (ECA, cininase II). A angiotensina II é o principal agente pressórico
do sistema renina-angiotensina-aldosterona, com efeitos que incluem vasoconstrição,
estimulação da síntese e liberação de aldosterona, estimulação cardíaca e reabsorção renal de
sódio. A olmesartana liga-se de forma competitiva e seletiva ao receptor AT1 e impede os
efeitos vasoconstritores da angiotensina II, bloqueando seletivamente sua ligação ao receptor
AT1 no músculo liso vascular. Sua ação é independente da via de síntese da angiotensina II.
O bloqueio do receptor AT1 de angiotensina II inibe o feedback negativo regulador sobre a
secreção de renina; entretanto, o aumento resultante na atividade de renina plasmática e nos
níveis de angiotensina II circulante não suprime o efeito da olmesartana sobre a pressão arterial.
Não é esperado o aparecimento de tosse devido à alteração da resposta à bradicinina pelo fato da
olmesartana medoxomila não inibir a ECA.
Receptores AT2 também são encontrados em outros tecidos, mas se desconhece a sua
associação com a homeostasia cardiovascular. A olmesartana tem uma afinidade 12.500 vezes
superior ao receptor AT1 quando comparada ao receptor AT2.
Doses de 2,5 a 40 mg de olmesartana medoxomila inibem o efeito pressórico da infusão de
angiotensina I. A duração do efeito inibitório está relacionada com a dose.
As concentrações plasmáticas de angiotensina I, angiotensina II e a atividade de renina
plasmática aumentaram após a administração única e repetida de olmesartana medoxomila a
indivíduos sadios e pacientes hipertensos. A administração repetida de até 80 mg de
olmesartana medoxomila teve influência mínima sobre os níveis de aldosterona e nenhum efeito
sobre o potássio sérico.
Besilato de anlodipino é um bloqueador dos canais de cálcio que inibe o influxo transmembrana
dos íons cálcio no músculo liso vascular e no músculo cardíaco. Dados experimentais indicaram
que o anlodipino liga-se aos sítios de ligação diidropiridina e não diidropiridina com um efeito
maior sobre as células de músculo liso vascular do que sobre aquelas do músculo cardíaco.
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O efeito anti-hipertensivo do anlodipino resulta do efeito relaxante direto sobre o músculo liso
vascular que leva à diminuição da resistência periférica e, por conseguinte, da pressão
sanguínea.
Em pacientes hipertensos o anlodipino promove a redução prolongada e dose-dependente da
pressão arterial. Não foram observadas hipotensão após a primeira dose, taquifilaxia durante o
tratamento prolongado e nem hipertensão rebote após a interrupção abrupta da terapia.
Após a administração de doses terapêuticas a pacientes com hipertensão, o anlodipino
promoveu redução da pressão arterial nas posições supina, sentada e em pé. As diminuições da
pressão arterial não foram acompanhadas por uma alteração significativa da frequência cardíaca
ou dos níveis plasmáticos de catecolamina com a administração crônica. Em pacientes
hipertensos com função renal normal, doses terapêuticas de anlodipino reduziram a resistência
vascular renal e aumentaram a taxa de filtração glomerular e o fluxo plasmático efetivo, sem
alterar a fração de filtração ou a proteinúria.
Estudos epidemiológicos mostraram que o tratamento prolongado com o anlodipino em
monoterapia reduz a mortalidade e a morbidade cardiovascular.
Farmacocinética
Absorção, distribuição, metabolismo e excreção
A farmacocinética do anlodipino e da olmesartana em BenicarAnlo®
é equivalente à
farmacocinética das duas substâncias administradas separadamente. A presença de alimentos
não altera a farmacocinética dessas substâncias ativas quando se administra BenicarAnlo®
a
indivíduos saudáveis.
Após a administração oral de BenicarAnlo®
, as concentrações plasmáticas de olmesartana e
anlodipino foram atingidas após 1,5-2 horas e 6-8 horas, respectivamente.
Olmesartana medoxomila: a olmesartana medoxomila é rápida e completamente bioativada por
hidrólise do éster para a olmesartana durante a absorção pelo trato gastrintestinal. A olmesartana
parece ser eliminada de maneira bifásica, com uma meia-vida de eliminação de 6 a 15 horas. A
farmacocinética da olmesartana é linear após doses orais únicas e doses orais múltiplas maiores
do que as doses terapêuticas. Os níveis no estado de equilíbrio são atingidos após as primeiras
doses (dentro de 3 a 5 dias) e não ocorre nenhum acúmulo no plasma com a administração única
diária.
Após a administração, a biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 26%. A
concentração plasmática máxima (Cmax) após administração oral é atingida após
aproximadamente 2 horas. Os alimentos não afetam a sua biodisponibilidade.
Após a rápida e completa conversão da olmesartana medoxomila em olmesartana durante a
absorção não há aparentemente nenhum metabolismo adicional da olmesartana. O clearance
plasmático total é de 1,3 l/h, com um clearance renal de 0,5-0,7 l/h. Aproximadamente, de 30%
a 50% da dose absorvida é recuperada na urina, enquanto o restante é eliminado nas fezes, por
intermédio da bile.
O volume de distribuição da olmesartana é de 16 a 29 litros. A olmesartana possui alta ligação a
proteínas plasmáticas (99%) e não penetra nas hemácias. A ligação proteica é constante mesmo
com concentrações plasmáticas de olmesartana muito acima da faixa atingida com as doses
recomendadas.
Estudos em ratos mostraram que a olmesartana atravessa em quantidades mínimas a barreira
hematoencefálica e a barreira placentária, alcançando o feto, e é detectada no leite materno em
níveis baixos.
Besilato de anlodipino: após a administração oral de doses terapêuticas do anlodipino, a
absorção resulta em concentrações plasmáticas máximas entre 6 e 12 horas. A
biodisponibilidade absoluta foi estimada entre 64% e 80%. A biodisponibilidade do anlodipino
não é alterada pela presença de alimentos. O volume de distribuição é de aproximadamente 20
l/Kg e o pka do anlodipino é 8,6.
A eliminação plasmática é bifásica com meia-vida de eliminação de cerca de 35 a 50 horas. O
anlodipino é extensivamente convertido em metabólitos inativos. Aproximadamente 60% da
dose administrada é excretada na urina, e 10% na forma inalterada de anlodipino.
Estudos in vitro demonstraram que aproximadamente 98% do fármaco circulante se liga às
proteínas plasmáticas. Os níveis plasmáticos do estado de equilíbrio do anlodipino são atingidos
após 7 a 8 dias de administração diária consecutiva.
Populações especiais
Pediatria: em um estudo com anlodipino que incluiu 62 pacientes hipertensos entre seis e 17
anos, o clearance ajustado ao peso e o volume de distribuição foram semelhantes aos valores
observados em adultos. A farmacocinética da olmesartana não foi investigada em menores de 18
anos.
Geriatria: pacientes idosos apresentaram clearance diminuído do anlodipino com aumento
resultante da ASC de aproximadamente 40% a 60%. Uma dose inicial inferior pode ser
necessária. A farmacocinética de olmesartana foi estudada em idosos com 65 anos ou mais. Em
geral, as concentrações plasmáticas máximas foram similares entre os adultos jovens e os
idosos, sendo que nestes foi observado um pequeno acúmulo com a administração de doses
repetidas (a ASC foi 33% maior em pacientes idosos, correspondendo a aproximadamente 30%
de redução no clearance renal).
Sexo: a análise da farmacocinética populacional indicou que as mulheres apresentaram
clearance da olmesartana aproximadamente 15% menor do que o observado em homens. Não
houve diferença entre os sexos sobre o clearance do anlodipino.
Insuficiência renal: a farmacocinética do anlodipino não é influenciada significativamente pela
insuficiência renal. Em pacientes com insuficiência renal, as concentrações séricas de
olmesartana mostraram-se elevadas quando comparadas a indivíduos com função renal normal.
Em pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina < 20 ml/min), a ASC foi
aproximadamente triplicada após doses repetidas. A farmacocinética da olmesartana em
pacientes sob hemodiálise ainda não foi estudada.
Insuficiência hepática: pacientes com insuficiência hepática apresentaram clearance de
anlodipino diminuído com aumento da ASC de aproximadamente 40 a 60%. Nesse grupo de
pacientes foi observado um aumento na ASC da olmesartana de cerca de 60%.
Insuficiência cardíaca: pacientes com insuficiência cardíaca apresentaram diminuição do
clearance do anlodipino, com aumento da ASC de aproximadamente 40% a 60%.
Pacientes utilizando sequestradores de ácidos biliares: A administração concomitante de 40 mg
de olmesartana medoxomila e 3750mg de colesevelam em pacientes saudáveis resultou em 28%
de redução do Cmax e 39% de redução da AUC da olmesartana. Efeitos mais brandos, 4% e
15% de redução em Cmax e AUC respetivamente, foi observado quando a olmesartana é
administrada 4 horas antes do colesevelam.
BenicarAnlo®
é contraindicado a pacientes hipersensíveis aos componentes da fórmula ou
a outros medicamentos pertencentes à mesma classe do anlodipino (diidropiridinas) e
durante a gestação.
A coadministração de BenicarAnlo®
e alisquireno é contraindicada em pacientes com
diabetes (ver INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Categoria de risco na gravidez: C (primeiro trimestre)
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
Categoria de risco na gravidez: D (segundo e terceiros trimestres)
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Hipotensão em pacientes com depleção de volume ou de sal: em pacientes cujo sistema
renina-angiotensina estiver ativado, como aqueles com depleção de volume e/ou sal (por
exemplo, pacientes em tratamento com doses altas de diuréticos), pode ocorrer hipotensão
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sintomática após o início do tratamento decorrente, sobretudo do componente
olmesartana.
Vasodilatação: como acontece com qualquer vasodilatador periférico, deve-se ter cautela
ao administrar BenicarAnlo®
, particularmente em pacientes com estenose aórtica grave.
Pacientes com doença arterial coronariana obstrutiva grave: raramente esses pacientes
desenvolveram aumento de frequência, duração e/ou gravidade de angina ou infarto
agudo do miocárdio no início da terapia com bloqueador do canal de cálcio ou quando a
dose foi aumentada. O mecanismo desse efeito ainda não foi elucidado.
Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva: em geral, os bloqueadores do canal de
cálcio devem ser usados com cautela em pacientes com insuficiência cardíaca.
Função renal comprometida: em pacientes cuja função renal possa depender da atividade
desse sistema (por exemplo, ICC), o tratamento com inibidores da ECA e bloqueadores
dos receptores de angiotensina é associado com azotemia, oligúria ou, raramente, com
insuficiência renal aguda. Há um risco elevado de insuficiência renal quando pacientes
com estenose unilateral ou bilateral de artéria renal, são tratados com medicamentos que
afetam o sistema renina-angiotensina, como a olmesartana.
Insuficiência hepática: o anlodipino é amplamente metabolizado pelo fígado. Deve-se ter
cautela ao administrar BenicarAnlo®
a pacientes com insuficiência hepática leve a
moderada. O uso em pacientes com insuficiência hepática grave não é recomendado.
Enteropatia semelhante à doença celíaca: Foi reportada diarreia crônica severa em
pacientes tomando olmesartana medoxomila meses ou anos após o início do tratamento.
Biopsias intestinais de pacientes frequentemente revelaram atrofia das vilosidades. Se o
paciente apresentar esses sintomas durante o tratamento com olmesartana medoxomila
considere descontinuar o tratamento em casos em que nenhuma outra etiologia é
identificada.
Estudos Clínicos: Dados de um estudo clínico controlado – ROADMAP (Randomised
Olmesartan And Diabetes Microalbuminuria Prevention) - e de um estudo epidemiológico
conduzido nos EUA sugeriram que altas doses de olmesartana podem aumentar o risco
cardiovascular em pacientes diabéticos, mas os dados gerais não são conclusivos.
O estudo clínico ROADMAP incluiu 4447 pacientes com diabetes tipo 2,
normoalbuminúricos e com pelo menos um risco cardiovascular adicional. Os pacientes
foram randomizados com olmesartana 40mg, uma vez ao dia, ou placebo. O estudo
alcançou seu desfecho primário, o aumento no tempo para o início de microalbuminúria.
Para os desfechos secundários, os quais o estudo não foi desenhado para avaliar
formalmente, eventos cardiovasculares ocorreram em 96 pacientes (4,3%) com
olmesartana e em 94 pacientes (4,2%) com placebo. A incidência de mortalidade
cardiovascular foi maior com olmesartana comparada com o tratamento utilizando
placebo (15 pacientes [0,67%] vs. 3 pacientes [0,14%] [HR=4,94, IC 95% = 1,43-17,06]),
mas o risco para infarto do miocárdio não fatal foi menor com olmesartana (HR 0,64, IC
95% =0,35, 1,18).
O estudo epidemiológico incluiu pacientes com 65 anos ou mais, com exposição geral de
>300.000 pacientes por ano. No subgrupo de pacientes diabéticos recebendo altas doses de
olmesartana (40mg/dia) por 6 meses ou mais, houve um aumento no risco de morte (HR
2,0, IC 95% = 1,1, 3,8) em comparação aos pacientes que receberam outros bloqueadores
do receptor de angiotensina. Por outro lado, o uso de altas doses de olmesartana em
pacientes não diabéticos está associado a um menor risco de morte (HR 0,46, IC 95% =
0,24, 0,86) comparado a pacientes em condições semelhantes tomando outros bloqueadores
do receptor de angiotensina. Não foi observada diferença entre os grupos que receberam
doses inferiores de olmesartana em comparação com outros bloqueadores do receptor de
angiotensina ou entre os grupos que receberam a terapia por menos de 6 meses.
Morbidade e mortalidade fetal/neonatal: os medicamentos que agem diretamente sobre o
sistema renina-angiotensina-aldosterona podem causar morbidade e morte fetal e neonatal
quando administrados a gestantes. Não foram observados efeitos teratogênicos quando as
substâncias ativas isoladas foram administradas a ratas e coelhas prenhes. No entanto,
observou-se diminuição do peso dos filhotes, atraso de desenvolvimento e aumento da
incidência de dilatação da pelve renal (ratos) com a administração de olmesartana
medoxomila e diminuição do tamanho da ninhada, aumento de óbitos intrauterinos e
prolongamento do período gestacional e da duração do trabalho de parto (ratos) com o
anlodipino.
Gravidez - categorias de risco C (primeiro trimestre) e D (segundo e terceiro trimestres):
pacientes do sexo feminino em idade fértil devem ser informadas sobre as consequências
da exposição no segundo e terceiro trimestres de gravidez a medicamentos que atuam
sobre o sistema renina-angiotensina. Quando diagnosticada a gravidez, a administração de
BenicarAnlo®
deve ser interrompida o mais rapidamente possível. Como não há
experiência clínica com seu uso em gestantes, o medicamento é contraindicado durante a
gestação e deve ser substituído por outra(s) classe(s) de anti-hipertensivos.
Lactantes: não se sabe se o anlodipino e a olmesartana são excretados no leite humano,
mas a olmesartana é secretada em baixa concentração no leite de ratas lactantes. Devido
ao potencial para eventos adversos sobre o lactente, cabe ao médico decidir entre
interromper a amamentação ou interromper o uso de BenicarAnlo®
, levando em conta a
importância do medicamento para a mãe.
Carcinogênese, mutagênese, diminuição da fertilidade
Não foram realizados estudos de carcinogênese, mutagênese e diminuição da fertilidade
com a associação de olmesartana medoxomila e besilato de anlodipino, pois em estudos
com as substâncias isoladas nenhum desses efeitos foi observado.
Uso em crianças e idosos
Não foram estabelecidas a segurança nem a eficácia em crianças.
Do número total de pacientes no estudo clínico de BenicarAnlo®
, 20% tinham 65 anos ou
mais e 3% tinham 75 anos ou mais. Não foram observadas diferenças na eficácia nem na
segurança entre os idosos e os mais jovens. Porém, não pode ser descartada a maior
Não foram conduzidos estudos de interação medicamentosa com BenicarAnlo®
e outros
medicamentos. No entanto, em estudos com a olmesartana e o anlodipino isolados nenhuma
interação medicamentosa significativa foi observada.
Olmesartana medoxomila: não foram relatadas interações medicamentosas significativas em
estudos nos quais a olmesartana medoxomila foi coadministrada com digoxina ou varfarina em
voluntários saudáveis. A biodisponibilidade da olmesartana não foi significativamente alterada
pela coadministração de antiácidos (hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio). A
olmesartana medoxomila não é metabolizada pelo sistema do citocromo P450; portanto, não são
esperadas interações com medicamentos que inibem, induzem ou são metabolizados por essas
enzimas.
- Lítio: foi relatado aumento nas concentrações de lítio sérico e toxicidade ocasionada por lítio
durante o uso concomitante com bloqueadores dos receptores de angiotensina II, incluindo
olmesartana. Aconselha-se o monitoramento do lítio sérico durante o uso concomitante.
- Bloqueio duplo do sistema renina angiotensina (SRA): o bloqueio duplo do sistema renina
angiotensina com o uso de bloqueadores dos receptores de angiotensina II, inibidores da ECA e
alisquireno está associado a maior risco de hipotensão, hiperpotassemia e alterações na função
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renal (incluindo insuficiência renal aguda) comparado à monoterapia. Aconselha-se o
monitoramento da pressão arterial, função renal e eletrólitos em pacientes sendo tratados com
olmesartana ou outros medicamentos que afetam o sistema renina angiotensina.
- Alisquireno: não coadministrar o alisquireno com olmesartana medoxomila em pacientes
diabéticos. O uso concomitante foi associado a um aumento no risco de hipotensão,
hipercalemia, e alterações na função renal (incluindo insuficiência renal aguda).
- Antiinflamatórios não esteroidais(AINES): bloqueadores do receptor de angiotensina II(BRA)
podem agir sinergicamente com AINES e reduzir a filtração glomerular. O uso concomitante
desses medicamentos pode levar a um maior risco de piora da função renal. Adicionalmente , o
efeito anti-hipertensivo dos BRAs, incluindo a olmesartana, pode ser atenuado pelos AINES,
inclusive inibidores seletivos da COX-2.
- Colesevelam: uso concomitante com o sequestrador do ácidos biliares, colesevelam reduz a
exposição sistêmica e concentração de pico plasmático da olmesartana.
A administração de olmesartana por no mínimo 4 horas antes do colesevelam reduz a interação
medicamentosa.
Anlodipino: deve-se ter precaução no uso concomitante com as seguintes substâncias:
- Inibidores do CYP3A4 (cetoconazol, itraconazol, ritonavir e outros): em um estudo com
pacientes idosos o diltiazem inibiu o metabolismo do anlodipino, provavelmente via CYP3A4,
uma vez que as concentrações plasmáticas de anlodipino aumentaram aproximadamente 50% e
o seu efeito foi aumentado. Assim, inibidores do CYP3A4 mais potentes como os descritos
acima podem promover maior aumento da concentração plasmática de anlodipino.
- Indutores do CYP3A4 (anticonvulsivantes como carbamazepina, fenobarbital, fenitoína,
fosfenitoína e primidona, rifampicina, Hypericum perforatum): podem diminuir a concentração
plasmática de anlodipino. Recomenda-se monitoramento clínico e possível ajuste da dose do
anlodipino durante o tratamento com indutores do CYP3A4 e após o término do tratamento.
- Sinvastatina: A co-administração de doses múltiplas de 10 mg de anlodipino com 80 mg de
sinvastatina resultou em aumento de 77% na exposição à sinvastatina comparada com a
sinvastatina isolada. Limitar a dose diária de sinvastatina a 20mg em pacientes em uso de
anlodipino
Alterações em exames laboratoriais
Observou-se queda nos valores de hemoglobina e hematócrito durante a terapia com a
associação de olmesartana medoxomila e anlodipino em comparação com os componentes
isolados.
Verificou-se ainda durante o estudo clínico realizado com BenicarAnlo®
, aumento do número
de plaquetas em grupos tratados com a associação ou com os componentes ativos em
monoterapia, sendo que a menor alteração foi observada nos grupos tratados com a olmesartana
medoxomila em monoterapia. Os maiores aumentos ocorreram com o anlodipino 10 mg e nos
grupos com terapia de associação com o anlodipino 10 mg. Nenhum dos aumentos das
contagens de plaquetas foi considerado clinicamente significativo.
Outras alterações laboratoriais podem ser atribuídas aos componentes em monoterapia.
Anlodipino: nos estudos pós-comercialização foram relatadas elevações das enzimas hepáticas.
Olmesartana medoxomila: nos estudos pós-comercialização foram relatados aumentos nos
níveis sanguíneos de creatinina e potássio (hiperpotassemia).
BenicarAnlo®
deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).
Desde que observados os cuidados de conservação, o produto apresenta prazo de validade de 24
meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda.
Os comprimidos de BenicarAnlo®
são redondos e revestidos por uma película branca
(Concentração 20 mg/5 mg), creme (Concentração 40 mg/5 mg) ou vermelha amarronzada
(Concentração 40 mg/ 10 mg).
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
BenicarAnlo®
deve ser administrado por via oral, devendo o comprimido ser engolido inteiro,
com água, uma vez ao dia.
Em geral, pode-se iniciar a terapia com BenicarAnlo®
em pacientes cuja pressão arterial estiver
inadequadamente controlada por monoterapia com olmesartana medoxomila (ou outro
bloqueador dos receptores de angiotensina) ou com anlodipino (ou outra diidropiridina) ou em
pacientes em que o anlodipino, ao reduzir a pressão arterial, causou edema intenso.
Dependendo da resposta ao tratamento, a dose de BenicarAnlo®
pode ser titulada em intervalos
de pelo menos duas semanas, até a dose máxima de 40 mg/10 mg de OM/ANLO.
deve ser administrado uma vez ao dia, por via oral, com ou sem alimentos. Não
se recomenda a administração de mais de um comprimido ao dia.
Substituição: a dose equivalente de BenicarAnlo®
pode ser substituída por seus princípios ativos
isolados.
Pacientes com insuficiência renal: não é necessário ajustar a dose inicial. Em pacientes com
insuficiência renal grave, o tratamento deve ser iniciado sob cuidadosa supervisão e uma dose
inicial inferior deve ser considerada.
Pacientes com insuficiência hepática: deve-se ter cautela ao administrar BenicarAnlo®
a
pacientes com insuficiência hepática leve a moderada. O uso em pacientes com insuficiência
hepática grave não é recomendado.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Em estudos clínicos com BenicarAnlo®
, a incidência de eventos adversos foi semelhante à
do placebo. Os eventos adversos mais frequentes (> 1/100 e < 1/10) foram cefaleia, tontura,
fadiga e edema. As possíveis reações adversas ocorridas (> 1/1000 e < 1/100) foram
hipotensão, hipotensão ortostática, rash, palpitação, aumento da frequência urinária e
noctúria.
Eventos adversos previamente relatados com um dos componentes individuais podem ser
potencialmente eventos adversos com BenicarAnlo®
, mesmo que não tenham sido
observados nos estudos clínicos com este produto.Nos estudos clínicos com anlodipino os
eventos adversos relatados (> 1/100 e < 1/10) foram tontura, cefaleia, edema, palpitação e
rubor facial. Nos estudos com olmesartana medoxomila relatou-se tontura.
Após a comercialização das substâncias isoladas, foram relatadas as seguintes reações
adversas:
Anlodipino (> 1/1000 e < 1/100): icterícia, elevação das enzimas hepáticas e ginecomastia.
Olmesartana medoxomila (< 1/10000): dor abdominal, náuseas, vômitos, diarréia,
aumento das enzimas hepáticas, enteropatia semelhante à doença celíaca, tosse,
insuficiência renal aguda, aumento dos níveis de creatinina sérica, exantema, prurido,
edema angioneurótico, edema periférico, cefaleia, hiperpotassemia, mialgia, astenia,
fadiga, letargia, indisposição e reação anafilática.
Edema
Edema é um evento adverso conhecido e dose-dependente do anlodipino, No estudo
randomizado de BenicarAnlo®
, o relato de edema foi levantado ativamente, mediante um
método de averiguação/verificação especificado pelo protocolo. Como consequência, as
taxas observadas nos grupos placebo, anlodipino e olmesartana foram todas maiores do
que as descritas na bula do anlodipino ou da olmesartana. Conforme observado na tabela
a seguir:
Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda.
Incidência subtraída de placebo de edema durante o período de tratamento duplo-cego
Olmesartana medoxomila
Placebo 20 mg 40 mg
Anlodipino
Placebo 0%* (-2,4%) 6,2%
5 mg 0,7% 5,7% 6,2%
10 mg 24,5% 13,3% 11,2%
*12,3%= incidência real com placebo
A incidência (subtraída de placebo) de edema durante o período de tratamento
randomizado e duplo-cego de oito semanas de duração foi maior com anlodipino 10 mg em
monoterapia. A incidência diminuiu significativamente quando se adicionou 20 mg ou 40
mg de olmesartana à dose de 10 mg de anlodipino.
Em todos os grupos de tratamento, a frequência de edema foi, em geral, maior em
mulheres do que em homens, igualmente observada em outros estudos com anlodipino.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova associação no país e, embora as
pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado
corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso,
notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações da Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Não há informação disponível sobre os efeitos ou tratamento em casos de superdose após a
administração de BenicarAnlo®
em humanos.
Os dados disponíveis com relação à superdose em seres humanos após a administração de
olmesartana medoxomila isolada são limitados. A manifestação mais provável é a hipotensão.
Não se sabe ainda se a olmesartana medoxomila é passível de remoção por diálise.
Com base nos dados de estudos em animais com o anlodipino, espera-se que a superdose cause
vasodilatação periférica excessiva com hipotensão acentuada e possivelmente taquicardia
reflexa. Em caso de superdose, deve-se instituir monitoração cardíaca e respiratória. No caso de
hipotensão, iniciar suporte cardiovascular e, se necessário, administrar vasopressores. Gluconato
de cálcio intravenoso pode ajudar a reverter os efeitos do bloqueio da entrada de cálcio. Como o
anlodipino é altamente ligado a proteínas, a hemodiálise provavelmente não apresentará
benefícios.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.