Bula do Benzetacil para o Profissional

Bula do Benzetacil produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Benzetacil
Eurofarma Laboratórios S.a. - Profissional

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BULA COMPLETA DO BENZETACIL PARA O PROFISSIONAL

Benzetacil

Bula para profissional da saúde

Suspensão injetável

1.200.000 U (300.000 U/mL)

VERSÃO 02 DA RDC 47- Essa versão altera a versão 01

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Benzetacil®

benzilpenicilina benzatina

FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES:

1.200.000 U (300.000 U/mL): Embalagem contendo 1, 10 ou 50 frascos-ampola com 4 mL.

INTRAMUSCULAR

EXCLUSIVAMENTE PARA INJEÇÃO INTRAMUSCULAR PROFUNDA

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO:

Cada mL de suspensão contém:

benzilpenicilina benzatina ............................................................................................................. 300.000 U

excipientes* q.s.p. ..................................................................................................................................1 mL

Excipientes: citrato de sódio, povidona, edetato dissódico, propilparabeno, metilparabeno, metabissulfito de

sódio, água para injetáveis.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Benzetacil®

(benzilpenicilina benzatina) está indicado no tratamento de infecções causadas por microrganismos

sensíveis à penicilina G, que sejam suscetíveis aos níveis séricos baixos, porém muito prolongados,

característicos desta forma de dosificação. A terapia deverá ser orientada por estudos bacteriológicos (incluindo

testes de susceptibilidade) e pela resposta clínica. As seguintes indicações usualmente irão responder a doses

adequadas de Benzetacil®

:

• Infecções estreptocócicas (grupo A, sem bacteremia).

• Infecções leves e moderadas do trato respiratório superior e da pele.

• Infecções venéreas: sífilis, bouba, bejel (sífilis endêmica) e pinta.

• Profilaxia da glomerulonefrite aguda e doença reumática.

• Profilaxia de recorrências da febre reumática e/ou coreia de Sydenham.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

VERSÃO 02 DA RDC 47- Essa versão altera a versão 01

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A benzilpenicilina desempenha elevada atividade in vitro contra estafilococos (exceto as cepas produtoras de

penicilinase), estreptococos (grupos A, C, G, H, L e M) e pneumococos. Outros microrganismos sensíveis à

benzilpenicilina são Neisseria gonorrhoeae, Corynebacterium diphtheriae, Bacillus anthracis, Clostridium sp,

Actinomyces bovis, Streptobacillus moniliformis, Listeria monocytogenes e Leptospira. Treponema pallidum é

extremamente sensível à ação bactericida da benzilpenicilina.

A benzilpenicilina não é ativa contra bactérias produtoras de penicilinase, as quais incluem muitas cepas de

estafilococos.

Tratamento de infecções por microorganismos susceptíveis

Lagos e cols. compararam a eficácia da penicilina G benzatina em dose única (600.000 UI ou 1.200.000 UI),

com a miocamicina (15 mg/kg/dia em duas tomadas), em 149 crianças (idade entre 2 e 15 anos) com faringite

estreptocócica. A duração da febre foi semelhante nos dois grupos (16±14 horas, para a miocamicina e 13±13

horas para a penicilina), assim como a normalização do apetite após três dias (87,7% do grupo miocamicina e

95,8% do grupo penicilina). Contudo, a taxa de erradicação bacteriológica foi superior nas crianças tratadas com

penicilina G benzatina (66% contra 32%, P < 0,001). O estudo concluiu que a penicilina G benzatina em dose

única é mais eficaz no tratamento da faringite estreptocócica, em crianças do que a miocamicina1

.

Ferrieri e cols. realizaram um estudo duplo-cego controlado com placebo no qual 78 crianças com infecções

estreptocócicas recidivantes foram randomizados, para receber uma injeção de penicilina G benzatina, por via

IM (600.000 UI, para crianças com menos de 6 anos e 1.200.000 UI, para aquelas com mais de 7 anos), ou

placebo. Seis semanas depois, os pacientes que haviam recebido penicilina receberam placebo e vice-versa. A

incidência de infecções de pele reduziu em 38% durante as seis semanas que se seguiram à administração do

antibiótico2

Riedner e cols. compararam a penicilina G benzatina (2.400.000 UI por intramuscular) com azitromicina (2 g por

via oral) em 328 pacientes com sífilis, num estudo randomizado. As taxas de cura em 9 meses foram de 97,7%

(intervalo de confiança 95% [IC95%] 94,0-99,4%), para a azitromicina e 95,0% (IC95% 90,6-97,8%), para a

penicilina G benzatina (P = NS). O estudo concluiu que ambos os esquemas são eficazes para o tratamento da

sífilis3

Al-Waiz e cols. avaliaram 66 pacientes com doença de Behçet, randomizados para tratamento com colchicina

(0,5 mg duas vezes ao dia), penicilina G benzatina (1.200.000 UI uma vez por mês), ou ambos, durante 5 (cinco)

meses. A eficácia foi avaliada por meio de um escore clínico calculado para cada paciente. A rapidez da redução

do escore foi maior com as medicações em associação, assim como a magnitude da redução4

Kent e Romanelli revisaram a epidemiologia, manejo e tratamento da sífilis em suas diversas manifestações,

ratificando a posição da penicilina G benzatina como medicação de escolha para sífilis primária, secundária,

latente e terciária, com exceção de neurossífilis, considerando ainda as indicações e tratamentos diferenciados

para pacientes portadores do vírus HIV.7

Profilaxia de febre reumática

249 pacientes com febre reumática foram randomizados para profilaxia de infecções estreptocócicas, com

aplicações intramusculares de penicilina G benzatina (1.200.000 UI) a cada 3 semanas, ou a cada 4 semanas. Os

pacientes foram avaliados a cada 3 -6 meses e seguidos por 794 e 775 pacientes-ano, respectivamente. A adesão

dos dois esquemas foi semelhante (66,9% no grupo 3/3 semanas e 73,6% no grupo 4/4 semanas, P = NS). A

incidência de infecções estreptocócicas foi mais baixa nos pacientes que receberam injeções a cada 3 semanas

(7,5 contra 12,6 casos por 100 pacientes-ano, P < 0,01). O nível sérico de penicilina no momento anterior à

próxima dose estava adequado (≥0,02 µg/mL) em 56% dos pacientes do grupo 3/3 semanas, e em 33% do grupo

4/4 semanas. O estudo concluiu que a profilaxia de infecções estreptocócicas em pacientes, com febre reumática

com penicilina G benzatina, a cada 3 semanas se associa a melhor prognóstico do que a cada 4 semanas, e deve

ser recomendado sempre que possível, em especial naqueles pacientes com doença valvar mais grave5

As Diretrizes Brasileiras para o Diagnóstico, Tratamento e Prevenção da Febre Reumática, publicadas pela

Sociedade Brasileira de Cardiologia, colocam a penicilina G benzatina como antibiótico de escolha, tanto para

profilaxia primária quanto secundária de febre reumática (grau de recomendação I, nível de evidência A)6

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

A penicilina G benzatina resulta da combinação de duas moléculas da penicilina com uma da NN´

dibenziletilenodiamina (benzatina).

A benzilpenicilina (penicilina G) exerce ação bactericida durante o estágio de multiplicação ativa dos

microrganismos sensíveis. Atua por inibição da biossíntese do mucopeptídeo da parede celular.

A benzilpenicilina benzatina apresenta uma solubilidade extremamente baixa com consequente liberação lenta, a

partir do local de administração. O fármaco é hidrolisado à penicilina G. Esta combinação de hidrólise e

absorção lenta resulta em níveis séricos mais baixos, porém muito mais prolongados do que outras penicilinas

para utilização parenteral.

Farmacocinética:

Aproximadamente 50% da benzilpenicilina liga-se às proteínas plasmáticas. Distribui-se amplamente pelos

vários tecidos do organismo. As concentrações mais elevadas são encontradas nos rins, e em menor intensidade,

no fígado, pele e intestinos. A benzilpenilicina penetra em todos os outros tecidos e no líquor, em menor grau.

Com função renal normal, o fármaco é rapidamente excretado pelos túbulos. Em recém-nascidos e crianças

pequenas, assim como em indivíduos com função renal comprometida, a excreção retarda-se consideravelmente.

A meia-vida da penicilina benzatina após aplicação IM de 1.200.00 UI em pacientes com função renal normal é

de aproximadamente 336 horas. Após esta dose, mantêm-se níveis séricos adequados (≥ 0,02 µg/ml penicilina)

durante os 28 (vinte e oito) dias seguintes, em número significativo de pacientes, embora a administração a cada

três semanas garanta esta concentração numa proporção maior. Este nível sérico foi considerado adequado para

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proteção contra estreptococos β hemolítico responsável pela febre reumática. Indivíduos obesos podem atingir

níveis séricos inferiores a 0,02 µg/ml penicilina.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Benzetacil®

(benzilpenicilina benzatina) está contraindicado para pacientes com hipersensibilidade às penicilinas.

Categoria B de risco na gravidez: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem

orientação médica, ou do cirurgião-dentista.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Reações de hipersensibilidade sérias e ocasionalmente fatais foram registradas em pacientes, sob tratamento com

penicilinas. Indivíduos com história de hipersensibilidade a múltiplos alérgenos são mais suscetíveis a estas

reações.

Foram descritos casos de indivíduos com história de hipersensibilidade às penicilinas que apresentaram reações

intensas quando tratados com cefalosporinas. Antes de iniciar-se terapêutica com penicilinas, deve ser feito

cuidadoso questionário sobre história anterior de hipersensibilidade às penicilinas, cefalosporinas, ou outros

alérgenos.

Se ocorrer reação alérgica, a administração deverá ser interrompida, e o paciente receber tratamento adequado.

Reações anafiláticas intensas requerem tratamento de emergência com adrenalina, oxigênio, corticosteróides

endovenosos e controle respiratório, incluindo entubação, se necessário.

Deve-se usar penicilina cautelosamente em indivíduos com história de alergia intensa e/ou asma.

O uso de antibióticos poderá resultar em proliferação de microrganismos resistentes.

Constante observação do paciente é essencial. Se aparecerem novas infecções, por bactérias ou fungos, durante a

terapia, devem-se tomar medidas apropriadas.

Em infecções estreptocócicas, o tratamento deve ser suficiente para eliminar os microrganismos; caso contrário,

as sequelas da doença estreptocócica poderão surgir. Recomenda-se a realização de culturas ao término do

tratamento, para determinar se os estreptococos foram totalmente erradicados.

No tratamento da sífilis ou de outras infecções por espiroquetas, alguns pacientes podem desenvolver a reação de

Jarisch-Herxheimer logo após o início da penicilina, e se deve provavelmente à liberação de endotoxinas pelos

treponemas mortos, e pode ser confundida como uma reação de hipersensibilidade. Os sintomas incluem febre,

calafrios, cefaleia e reações nos locais das lesões. Esta reação pode ser perigosa em alguns casos.

Em tratamentos prolongados com penicilinas, particularmente quando são utilizados regimes de altas doses,

recomendam-se avaliações periódicas das funções renal e hematopoiética.

É necessário evitar-se a injeção intra-arterial, ou intravenosa, ou junto a grandes troncos nervosos, uma vez que

tais injeções podem produzir lesões neurovasculares sérias, incluindo mielite transversa com paralisia

permanente, gangrena, requerendo amputação de dígitos e porções mais proximais das extremidades, necrose ao

redor do local da injeção.

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Outras reações sérias decorrentes da administração intravascular foram relatadas, tais como palidez, cianose, ou

lesões maculares nas extremidades distal e proximal do local da injeção, seguida de formação de vesículas;

edema intenso, requerendo fasciotomia anterior e/ou posterior na extremidade inferior. As reações descritas

ocorreram com maior frequência em crianças pequenas. Fibrose e atrofia do quadríceps femoral foram descritas

em pacientes que receberam injeções repetidas de preparados penicilínicos na região anterolateral da coxa.

Injeções em nervos ou nas proximidades podem resultar em lesões permanentes.

Uso durante a gravidez:

As penicilinas atravessam a placenta rapidamente. Os efeitos para o feto, caso existam, não são conhecidos.

Ainda que as penicilinas sejam consideradas seguras para o uso durante a gravidez, Benzetacil®

(benzilpenicilina

benzatina) deve ser utilizado nesta circunstância somente quando necessário, segundo critério médico.

Categoria B de risco na gravidez: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem

orientação médica, ou do cirurgião-dentista.

Uso durante a lactação:

A benzilpenicilina é excretada no leite materno. Os efeitos para o lactente, caso existam, não são conhecidos. A

administração para mulheres que estão amamentando somente deve ser realizada segundo critério médico.

Uso em pacientes pediátricos:

A benzilpenicilina oferece segurança para o uso em crianças, incluindo lactentes, semelhante à observada com

adultos, embora em recém-nascidos e crianças pequenas sua eliminação se retarde consideravelmente. A

utilização e posologia de Benzetacil®

(benzilpenicilina benzatina) em pacientes pediátricos devem seguir as

orientações descritas anteriormente e no item 8. Posologia e Modo de Usar.

Uso em pacientes com comprometimento renal:

A excreção da benzilpenicilina é retardada nestes pacientes; assim, o uso deve ser feito com cuidado. Pacientes

portadores de epilepsia têm um risco maior de convulsões quando expostos à penicilina, o que se intensifica

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Anticoncepcionais orais: pode haver redução da eficácia contraceptiva..

Metotrexato: as penicilinas diminuem a excreção do metotrexato, acarretando risco de intoxicação por este

fármaco.

Micofenolato de mofetila: há redução dos níveis séricos deste fármaco, possivelmente por interação das

penicilinas com a circulação êntero-hepática.

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Probenecida: diminui a taxa de excreção das penicilinas, assim como prolonga e aumenta os níveis sanguíneos.

Tetraciclinas: podem reduzir o efeito terapêutico das penicilinas.

Interação com testes de laboratório:

As penicilinas podem interferir com a medida da glicosúria realizada pelo método do sulfato de cobre,

ocasionando falsos resultados de acréscimo, ou diminuição.

Esta interferência não ocorre com o método da glicose-oxidase.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar o medicamento em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).

O prazo de validade deste medicamento é de 18 (dezoito) meses.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Benzetacil®

é uma suspensão branca, fluida, livre de material estranho.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Administração

Benzetacil®

deve ser administrado exclusivamente por via intramuscular profunda.

O frasco deve ser vigorosamente agitado antes da retirada da dose a ser injetada, para completa homogeneização

do produto.

Desprezar o que não for imediatamente utilizado.

Recomenda-se injeção intramuscular profunda no quadrante superior lateral da nádega.

Em lactentes e crianças pequenas, pode ser preferível a face lateral da coxa. Para doses repetidas, recomenda-se

variar o local da injeção.

Deve-se evitar a administração em vasos sanguíneos e nervos, ou próximo a estes, uma vez que tais injeções

podem provocar lesões neurovasculares sérias.

Antes de injetar a dose, deve-se puxar o êmbolo da seringa para trás, a fim de certificar-se de que a agulha não

esteja em um vaso sanguíneo. Se aparecer sangue, ou qualquer alteração na cor do produto (pois nem sempre a

cor típica de sangue surge quando a agulha se encontra em um vaso sanguíneo), deve-se retirar a agulha e injetar

em outro local. A injeção deve ser feita lentamente. Interrompa a administração se o paciente queixar-se de dor

intensa no local, ou se, especialmente em crianças, ocorrerem sinais e sintomas que sugiram dor intensa.

Devido às altas concentrações da suspensão deste produto, a agulha poderá entupir caso a administração não seja

feita de forma lenta e contínua.

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Posologia

Recomendam-se, a critério médico, as seguintes dosagens:

A - Infecções estreptocócicas (grupo A) do trato respiratório superior e da pele:

• Injeção única de 300.000 a 600.000 unidades de Benzetacil®

para crianças até 27 kg.

• Injeção única de 900.000 unidades para crianças maiores.

• Injeção única de 1.200.000 unidades para adultos.

B - Sífilis primária, secundária, latente e terciária (exceto neurossífilis):

• Sífilis primária, secundária e latente precoce: injeção única de 2.400.000 unidades de Benzetacil®

.

• Sífilis latente tardia (incluindo as de “tempo não definido”) e terciária, exceto neurossífilis: 3 injeções

de 2.400.000 unidades de Benzetacil®

, com intervalo de 1 semana, entre as doses.

• Sífilis congênita (pacientes assintomáticos): 50.000 U/kg de Benzetacil®

em dose única para crianças

menores de 2 anos de idade e dose única ajustada de acordo com a tabela de adultos, para crianças entre

2 e 12 anos.

• Bouba, bejel (sífilis endêmica) e pinta: injeção única de 1.200.000 unidades de Benzetacil®

C - Profilaxia da febre reumática e da glomerulonefrite:

• Recomenda-se a utilização periódica de Benzetacil®

a cada 4 semanas, na dose de 1.200.000 unidades.

Embora a taxa de recorrência de febre reumática seja baixa utilizando-se este procedimento, pode-se considerar a

administração a cada 3 semanas, caso o paciente tenha história de múltiplas recorrências, possua lesão valvar

grave, ou tenha apresentado recorrência com a administração a cada 4 semanas. O médico deve avaliar os

benefícios de injeções mais frequentes contra a possibilidade de reduzir a aceitação do paciente a este

procedimento.

Pacientes com insuficiência renal

É necessário ajuste de dose, segundo a taxa de filtração glomerular:

• Depuração de creatinina entre 10-50 mL/min: administrar 75% da dose usual

• Depuração de creatinina menor que 10 mL/min: administrar 20-50% da dose usual

9. REAÇÕES ADVERSAS

As penicilinas são substâncias de baixa toxicidade, mas com índice significativo de sensibilização. As principais

reações adversas, associadas com o uso penicilina G benzatina, e agrupadas de acordo com a frequência, são:

Reações comuns (>1/100 e <1/10)

Sistema nervoso central: cefaleia

Sistema gastrointestinal: monilíase oral; náusea; vômito; diarreia.

Trato genital: monilíase vaginal e/ou vulvar.

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Reações incomuns (>1/1.000 e < 1/100)

Pele: erupções cutâneas; rash; prurido; urticária.

Sistema urinário / eletrolítico: edema por retenção de fluidos.

Reações de hipersensibilidade: reações anafiláticas; reação semelhante à doença do soro; edema de laringe.

Sistema cardiovascular: hipotensão.

Reações raras (>1/10.000 e < 1/1.000)

Pele: síndrome de Stevens-Johnson; necrólise epidérmica tóxica; eritema multiforme.

Sistema nervoso central: confusão mental; convulsões.

Vasos sanguíneos: trombose venosa; tromboflebite

Sistema gastrointestinal: hepatite medicamentosa; colite pseudomembranosa.

Sistema urinário e eletrolítico: nefrite intersticial aguda; cristalúria; insuficiência renal aguda; hipocalemia

Sangue: anemia hemolítica; trombocitopenia; leucopenia; agranulocitose; eosinofilia; distúrbios da coagulação.

Sintomas locais: tumoração, lesão e dor no local de injeção.Outros: febre, como com outros tratamentos para

sífilis, casos de ocorrência de reação de Jarisch-Herxheimer foram relatados.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual, ou

Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.