Bula do Blaubimax produzido pelo laboratorio Blau Farmacêutica S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Blau Farmacêutica S/A.
BLAUBIMAX®
Blau Farmacêutica S.A.
Solução injetável
0,2 g/mL
MODELO DE BULA PROFISSIONAL DE SAÚDE RDC 47/09
albumina humana 20%
APRESENTAÇÃO
Solução injetável contendo 0,2 g de albumina humana em cada mL. Embalagens contendo 1 frasco-ampola com 10, 20, 50 ou 100 mL
acompanhado de equipo para administração.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
albumina humana 20% - solução injetável:
albumina humana .................................................................................................................................................................................................... 0,2 g
Excipientes*....................................................................................................................................................................................................q.s.p. 1 mL
*Componentes não ativos: caprilato de sódio, ácido mandélico, cloreto de sódio e água para injetáveis.
I) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE
A albumina humana é indicada nos casos em que se necessite corrigir a volemia e a pressão coloidosmótica como:
- Cirrose hepática, nefrose, doenças e cirurgias gastrointestinais;
- Queimaduras;
- Edema cerebral;
- Toxemia gravídica;
- Hemorragia, perda de plasma e choque hipovolêmico;
- Choque séptico;
- Choque hemorrágico;
- Desidratação com deficiência de albumina e estabilização do volume circulante pré, intra e pós operatória;
- Perfusão extracorpórea (auxílio à circulação);
- Hiperbilirrubinemia em neonatos;
- Hipotensão arterial temporária durante a hemodiálise;
- Plasmaferese ou troca de plasma;
- Ascite combinada com paracentese;
- Sepse ou infecções graves acompanhadas de grande perda de proteína (peritonite, mediastinite);
- Síndrome nefrótica, caso os diuréticos isolados apresentem um resultado insatisfatório;
- Insuficiência hepática aguda;
- Hipoalbulinemia pós operatória grave;
- Hipoalbulinemia em bebês prematuros ou recém nascidos.
O uso da albumina humana é amplamente bem difundido nos compêndios médicos. Como a albumina humana consiste de uma fração proteíca do
plasma humano o sua segurança e eficácia são bem conhecidas.
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(albumina humana 20%) consiste de uma fração protéica de plasma humano. A preparação é uma solução estéril, livre de
pirogênio e tem uma concentração protéica de 200 g/L, da qual pelo menos, 95% é albumina humana.
(albumina humana 20%) é obtido a partir do plasma sanguíneo mediante seu fracionamento com etanol. O plasma é coletado de
doadores, segundo as recomendações da Organização Mundial de Saúde. Isto significa, entre outras coisas, que cada doação individual é testada e
considerada negativa quanto ao antígeno de superfície B (HBsAg), quanto a anticorpos contra vírus da síndrome da imunodeficiência humana 1 e
2 (HIV-1 e HIV-2, causadores da AIDS) e quanto a anticorpos contra o vírus da hepatite C e RNA HCV por PCR.
A fabricação através do fracionamento do etanol e a pasteurização da albumina humana 20% (aquecimento da solução de infusão a 60ºC durante
10 horas) garantem que o risco de transmissão de doenças virais, em particular a AIDS, hepatite B e hepatite C, seja extremamente baixo.
Farmacologia
A albumina humana é a fração de proteína mais abundante na circulação; aproximadamente 60% de toda a proteína plasmática é albumina. A
concentração média no plasma é 42 g/L. A albumina tem a capacidade de ligar-se a água: 1 grama de albumina liga-se a 18 gramas de água. Tal
fato ajuda explicar uma das funções fisiológicas mais importantes da albumina, a manutenção da pressão osmótica coloidal. Desta forma o volume
de sangue é mantido.
A albumina sérica é um importante fator na regulação do volume plasmático e do balanço do fluído tecidual, embora contribua para a pressão
coloido-oncótica do plasma. A albumina constitui normalmente de 50 a 60% das proteínas plasmáticas e, devido ao seu relativamente baixo peso
molecular (66.300 D – 69.000 D), exerce de 80 a 85% da pressão coloido-oncótica do sangue.
A administração intravenosa das soluções concentradas de albumina humana causa o deslocamento do fluído intersticial para a circulação e um
leve aumento na concentração de proteínas plasmáticas. Em pacientes com reduzido volume de sangue circulante (devido a hemorragias ou perda
de fluídos através de exudatos ou dentro dos espaços extravasculares), a hemodiluição persiste por muitas horas, mas, em pacientes com volume
normal de sangue, o excesso de fluído e proteínas é eliminado da circulação em algumas horas. Em pacientes desidratados, alguns aminoácidos
promovem um efeito nutritivo modesto. As ligações da albumina e as funções de carreadeira de metabólitos intermediários (incluindo a
bilirrubina, metais, algumas drogas, pigmentos, ácidos graxos, hormônios e enzimas), afetam o transporte, inativação e/ou troca de produtos
teciduais.
Toxicologia
A albumina humana é um constituinte normal do plasma humano e age como a albumina natural.
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Foi realizado um único teste de dose tóxica em animais, que teve pequena relevância e não permite avaliação da toxicidade, da dose letal e da
relação dose/efeito. A repetição do teste da dose tóxica não pôde ser realizado, pois os modelos animais desenvolveram anticorpos para as
proteínas heterólogas.
A albumina humana não está associada à toxicidade embrio fetal, a oncogênese e que tenha potencial mutagênico, de acordo com os relatos
disponíveis.
Não foram descritos sinais de toxicidade aguda em modelos animais.
Farmacocinética
Absorção
Pelo fato do BLAUBIMAX®
(albumina humana 20%) ser administrada por via intravenosa, não há fase de absorção. A biodisponibilidade da
albumina administrada ao paciente é de 100%.
Distribuição
A albumina administrada ao paciente é distribuída da mesma forma que a albumina endógena. Sob circunstâncias normais, o organismo contém 4-
5 g de albumina por kg, de modo que 40-45% estão presentes intravascularmente e 55-60% no compartimento extravascular. Sob circunstâncias
normais, menos de 10% da albumina administrada sairão do compartimento intravascular durante as primeiras duas horas. Como resultado, o
volume de circulação aumentará durante um período de 1 a 3 horas, após a administração. Uma distribuição anormal da albumina pode ocorrer
sob certas circunstâncias, como por exemplo, durante as primeiras 24 horas após queimaduras graves e durante choque séptico.
Metabolismo/eliminação
A albumina é dissociada em aminoácidos livremente disponíveis. Não se sabe onde este processo de dissociação ocorre. Em indivíduos saudáveis,
a meia-vida é de 18 dias. O catabolismo da albumina pode ser aumentado em certas circunstâncias, como por exemplo, durante infecções,
malignidade e situações de estresse, como em cirurgia e doenças graves. A albumina não é excretada pelo rim saudável.
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é contraindicado nas seguintes situações:
Hipersensibilidade comprovada a preparações de albumina;
Em situações onde a hipervolemia ou hemodiluição podem apresentar um risco em especial; nessas circunstâncias, cada caso deve ser avaliado
individualmente. Exemplos: insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, varizes esofágicas, edema pulmonar, diátese hemorrágica, anemia grave e
insuficiência renal;
Pacientes desidratados, a menos que, ao mesmo tempo, seja administrado fluido suficiente por via oral ou por infusão.
Não há contraindicações relativas à faixa etária para o uso de Blaubimax®
.
5. ADVERTENCIAS E PRECAUÇÕES
Podem ocorrer sinais ou sintomas de incompatibilidade, inclusive reações alérgicas.
Na ocorrência destas reações recomendam-se as seguintes medidas imediatas:
Sintomas subjetivos (dor na nuca, náuseas, rubor facial ou generalizado, etc.): interromper a infusão.
Dispnéia, choque ou sinais isolados de choque: administrar epinefrina por via intravenosa; administrar corticosteróides em altas doses por via
intravenosa; restaurar o volume sanguíneo e administrar oxigênio através de cateter intranasal.
Parada cardíaca ou respiratória: reanimar.
A monitorização dos eletrólitos é sempre importante em todos os casos nos quais se administra albumina; a frequência dessa monitorização
depende do procedimento e do quadro clínico do paciente.
Em pacientes portadores de enfermidades nas quais uma sobrecarga por aumento de volume e/ou pressão pode ser perigosa, tais como
insuficiência cardíaca descompensada, hipertensão grave, varizes do esôfago, diásteses hemorrágicas e anúria de causa renal ou pós-renal, a
albumina deve ser utilizada sob rigorosa observação médica com infusão lenta e monitorização contínua dos parâmetros clínicos. Nestes casos,
usar preferencialmente uma diluição na proporção de 1:4 em soro fisiológico.
O produto contém de 100 a 160 mEq/L de sódio e isto deve ser considerado quando houver a necessidade de se controlar a ingestão de sal.
Aos primeiros sinais de sobrecarga circulatória (dor de cabeça, dispnéia, estase jugular), a infusão deve ser imediatamente interrompida.
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de condução e utilização de máquinas.
O produto pode ser utilizado em pacientes submetidos à diálise e em bebês prematuros, pois tem baixa concentração de alumínio.
Se grandes quantidades forem administradas, os parâmetros de coagulação e de hematócrito devem ser monitorados. Se necessário, outros
componentes sanguineos (fatores de coagulação, eletrólitos, plaquetas e eritrócitos) devem ser administrados. Se o nível de hematócrito cair
abaixo de 30%, devem-se administrar hemácias tamponadas para manter a capacidade de transporte de oxigênio no sangue.
Em pacientes idosos e em situações de insuficiência cardíaca em potencial, deve-se ter cautela com a hipervolemia.
Se ocorrerem reações alérgicas, a infusão deve ser imediatamente interrompida. Se a reação alérgica persistir ou se ocorrer uma reação anafilática,
as devidas providências devem ser tomadas.
Quando componentes do sangue ou plasma humano são administrados, a hipótese de transmissão de doenças infecciosas ou patógenas não pode
ser completamente descartada. Isto também é válido em caso de patógenos potenciais, que ainda são desconhecidos.
Uso Geriátrico
Os pacientes idosos podem ter uma sensibilidade maior, por isso recomenda-se a devida precaução no tratamento destes pacientes.
Uso Pediátrico
Usar uma dose equivalente a um quarto ou meia dose de um adulto.
Gravidez e lactação
A segurança da albumina humana para uso durante a gravidez não foi estabelecida em estudos clínicos controlados. Os estudos experimentais com
animais são insuficientes para avaliar a segurança com relação à reprodução, desenvolvimento do embrião ou do feto, o progresso da gravidez e o
desenvolvimento peri e pós-natal. Entretanto, a albumina é um constituinte normal do sangue humano. Até onde se sabe, albumina humana 20%
pode ser utilizada durante a gravidez e amamentação de acordo com a prescrição, sem representar risco ao feto.
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
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A albumina administrada por via intravenosa não interage com medicamentos ou alimentos.
Interações indesejáveis e clinicamente relevantes de BLAUBIMAX®
(albumina humana 20%) com outros medicamentos não são conhecidas.
Todavia, como a albumina tem função no transporte de fármacos, metabólitos e outras substâncias, sua administração modifica o estado
fisiológico do paciente com tendência a trazê-lo de volta às condições normais.
Manter em local fresco e ao abrigo da luz, entre 2º
C e 25º
C. Conservar somente o frasco-ampola, se necessário, sob refrigeração. Não congelar.
Após a violação do frasco-ampola, o produto deve ser utilizado imediatamente.
Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Líquido límpido amarelo esverdeado ou acastanhado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
Imediatamente antes da administração, deve-se verificar visualmente se o conteúdo do frasco não está turvo e se não contém qualquer
sedimentação. Caso positivo, não utilize o frasco.
Se mantida sob refrigeração, a preparação deve ser trazida à temperatura ambiente, antes da administração. A solução de albumina humana não
deve ser utilizada em temperatura muito abaixo da temperatura corpórea.
A duração da administração da infusão da solução injetável deve ser de até quatro horas após a abertura do frasco, caso exceda esse tempo deverá
ser descartada.
Todo o conteúdo remanescente deverá ser descartado.
O conteúdo do frasco de infusão, uma vez aberto, deve ser utilizado imediatamente.
O equipo deve ser descartável para prevenir contaminações.
Deve ser administrado concomitantemente com fluídos adicionais a pacientes com sintomas de desidratação, se necessário.
Se a albumina for administrada rapidamente, pode resultar em sobrecarga vascular com edema pulmonar.
Não é necessária a determinação prévia do tipo sanguíneo, pois a albumina humana é isenta de isoaglutininas.
Somente devem ser utilizadas soluções claras, sem turvação.
A quantidade do produto, a diluição adequada e a duração do tratamento dependem do quadro clínico.
Quando se utiliza BLAUBIMAX®
- albumina humana 20% sem diluição, deve-se promover a hidratação do paciente, se necessário.
Posologia
Recomenda-se o seguinte esquema posológico:
Cirrose hepática, nefrose, doenças e cirurgias gastrointestinais
Pré e pós-operatório: usar albumina 20% não diluída na velocidade de 35 a 70 gotas/minuto, ou diluída 1:4 em soro fisiológico na velocidade de
125 gotas/minuto. A quantidade a ser utilizada e a duração do tratamento dependem do quadro clínico. É necessário controlar regularmente a
albumina sérica.
Queimaduras
Usar albumina 20% não diluída na velocidade de 125 gotas/minuto, no volume total de 50 a 100 mL, ou diluída à 1:4 em soro fisiológico. Em
casos graves, utilizar a infusão rápida: 500 mL em 15 a 30 minutos.
Edema cerebral
Usar albumina 20% não diluída na velocidade de 35 a 70 gotas/minuto, no volume de 50 a 100 mL. Utilizar concomitantemente solução
hipertônica e/ou diuréticos e reduzir a administração de líquidos.
Toxemia gravídica
Usar albumina 20% não diluída na velocidade de 125 gotas/minuto, no volume de 50 a 300 mL.
Hemorragia, perda de plasma e choque hipovolêmico
No início do tratamento, usar albumina 20% não diluída na velocidade de 125 gotas/minuto, no volume de 50 a 100 mL. Em casos graves, pode
ser utilizada a albumina 20 % diluída em infusão rápida: 500 mL em 15 a 30 minutos.
Na manutenção, utilizar albumina 20% diluída 1:4 em soro fisiológico, na velocidade de 125 gotas/minuto ou cerca de 500 mL/hora. Caso o valor
do hematócrito fique menor que 25%, deve-se utilizar adicionalmente sangue total ou concentrado de hemácias.
Desidratação com deficiência de albumina e estabilização do volume circulante pré, intra e pós operatória
Usar albumina diluída 1:4 em soro fisiológico ou glicosado a 5%, na velocidade de 125 gotas/minuto. A quantidade infundida e a duração do
tratamento dependem do quadro clínico.
Perfusão extracorpórea (auxílio à circulação)
Administrar em quantidade proporcional à solução de perfusão.
Blau Farmacêutica S/A.
Hiperbilirrubinemia do recém-nascido
Administrar albumina não diluída de 5 a 14 mL/kg de peso corporal, 30 minutos antes de iniciar a exsanguíneo-transfusão.
A dosagem individual pode variar de acordo com as condições clínicas e massa corporal de cada indivíduo.
A frequência das reações adversas foi avaliada utilizando-se os seguintes critérios:
Muito frequentes (>1/10)
Frequentes (>1/100, <1/10)
Pouco frequentes (>1/1000, <1/100)
Raros (>1/10000, <1/1000)
Muito raros (<1/10000)
Muito frequentes Frequentes Pouco frequentes Raros Muito raros
Doenças do sistema imune Choque anafilático
devida a ingestão de
albumina
Doenças gastrintestinais Náuseas
Alterações dos tecidos
cutâneos e subcutâneos
Rubor cutâneo,
erupções cutâneas
Alterações gerais e do local
de administração
Febre
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.