Bula do Buscoduo produzido pelo laboratorio Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.
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abcd
BUSCODUO®
(butilbrometo de escopolamina + paracetamol)
Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.
Comprimidos revestidos
10 mg + 500 mg
BUSCODUO PROFISSIONAL abcd
BuscoDuo_Bula Profissional 20140923/ C14-00
BuscoDuo
butilbrometo de escopolamina + paracetamol
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos de 10 mg + 500 mg: embalagens com 20 e 120 comprimidos revestidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém 500 mg de paracetamol e 10 mg de butilbrometo de escopolamina,
correspondentes a 6,89 mg de escopolamina.
Excipientes: celulose microcristalina, carmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio,
hipromelose, poliacrilato, macrogol, talco, dióxido de titânio, simeticona.
BUSCODUO é indicado para o tratamento sintomático de estados espástico-dolorosos e cólicas do trato
gastrintestinal, das vias biliares, urinárias e do aparelho genital feminino; dismenorreia, atuando como
analgésico e antiespasmódico.
Em estudo da eficácia de butilbrometo de escopolamina associada ao paracetamol para o alívio da dor e
desconforto abdominal da Síndrome do intestino irritável, a avaliação da melhora dos sintomas pelo
médico ocorreu em 81 % dos pacientes (num total de 137 pacientes) em comparação com 64 % dos
pacientes do grupo placebo (em um total de 142 pacientes que foram avaliados neste grupo do estudo).
Esta diferença foi estatisticamente significante (p < 0,0001).
Schäfer E, Ewe K Behandlung der Colon irritable Fortschr Méd 1990; 108: 488-492.
Farmacodinâmica
BUSCODUO é uma associação de dois princípios ativos. O butilbrometo de escopolamina de
BUSCODUO exerce ação espasmolítica nos músculos lisos dos tratos gastrintestinal, biliar e
geniturinário. Como um composto de amônio quaternário, o butilbrometo de escopolamina não penetra no
sistema nervoso central. Portanto, não ocorrem efeitos colaterais anticolinérgicos no sistema nervoso
central. A ação anticolinérgica periférica resulta de uma ação de bloqueio ganglionar na parede visceral
assim como de atividade antimuscarínica. O paracetamol de BUSCODUO tem ações antipiréticas e
analgésicas, além de um efeito anti-inflamatório muito fraco. Seu mecanismo de ação não é totalmente
compreendido. Ele inibe intensamente a síntese central de prostaglandinas, mas inibe apenas fracamente a
síntese periférica de prostaglandinas. O paracetamol também inibe o efeito de pirogênios endógenos no
centro de regulação de temperatura no hipotálamo. O efeito de BUSCODUO inicia dentro de 30 a 60
minutos após a ingestão do comprimido, e dura por cerca de 4 horas.
Farmacocinética
butilbrometo de escopolamina
Absorção:
Como um composto de amônio quaternário, o butilbrometo de escopolamina é altamente polar e, por isso,
é absorvido parcialmente após a administração oral (8%). Após a administração oral de doses únicas no
intervalo de 20 a 400 mg de butilbrometo de escopolamina, foram encontrados picos médios de
concentração plasmática entre 0,11 ng/ml e 2,04 ng/ml em aproximadamente 2 horas. Neste mesmo
intervalo de dose, os valores médios de AUC0-tz observados variaram de 0,37 a 10,7 ng.h/ml. O valor
mediano de biodisponibilidade absoluta para as formas farmacêuticas drágeas e solução oral, contendo
cada uma 100 mg de butilbrometo de escopolamina é menor do que 1%.
Distribuição:
BUSCODUO PROFISSIONAL abcd
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Após administração intravenosa a substância é depurada rapidamente do plasma durante os primeiros 10
minutos, com uma meia-vida de 2-3 minutos. O volume de distribuição (Vss) é de 128 litros. Após
administração oral e intravenosa o butilbrometo de escopolamina se concentra nos tecidos do trato
gastrintestinal, fígado e rins. Apesar de níveis sanguíneos brevemente mensuráveis e extremamente
baixos, o butilbrometo de escopolamina continua disponível no local de ação em razão de sua alta
afinidade tissular. A autorradiografia confirma que o butilbrometo de escopolamina não cruza a barreira
hematoencefálica. O butilbrometo de escopolamina tem baixa ligação às proteínas plasmáticas.
Metabolismo e eliminação:
A depuração total média após administração intravenosa é de cerca de 1,2 l/min, aproximadamente
metade por via renal. A meia-vida terminal de eliminação é de cerca de 5 horas.
Após a administração oral de doses únicas entre 100 e 400 mg, a meia-vida terminal de eliminação variou
entre 6,2 a 10,6 horas. A principal rota metabólica é a hidrólise da ligação éster. O butilbrometo de
escopolamina administrado por via oral é excretado nas fezes e na urina. Estudos no homem
demonstraram que 2 a 5% de doses radioativas são eliminadas pela via renal após administração oral.
Aproximadamente 90% da radioatividade recuperada pode ser encontrada nas fezes após a administração
oral. A excreção urinária de butilbrometo de escopolamina é menor do que 0,1% da dose. As depurações
médias aparentes após doses orais de 100 a 400 mg variaram de 881 a 1420 L/min, enquanto que os
volumes de distribuição correspondentes para o mesmo intervalo de dose variou de 6,13 a 11,3 x 105
L,
provavelmente devido à baixa disponibilidade sistêmica. Os metabólitos excretados pela via renal ligam-
se fracamente aos receptores muscarínicos e, por essa razão, acredita-se que não contribuem para o efeito
do butilbrometo de escopolamina.
Paracetamol
Absorção e distribuição:
Após administração oral, o paracetamol é rápida e quase completamente absorvido do intestino delgado,
com pico de concentrações plasmáticas ocorrendo cerca de 0,5 a 2 horas após a ingestão. A absorção de
paracetamol é menor e mais lenta após a administração retal que após administração oral, com uma
biodisponibilidade absoluta de cerca de 30 - 40% e pico das concentrações plasmáticas em 1,3 – 3,5
horas.
O fármaco é rápida e igualmente distribuído para os tecidos, e cruza a barreira hematoencefálica. A
biodisponibilidade absoluta após administração oral varia entre 65% e 89%, indicando um efeito de
primeira passagem de cerca de 20% - 40%. O jejum acelera a absorção, mas não influencia a
biodisponibilidade.
A ligação a proteínas plasmáticas é baixa (cerca de 5% a 20%) nas doses terapêuticas.
Metabolismo:
O paracetamol é extensamente metabolizado no fígado, principalmente a conjugados inativos de ácido
glicurônico (cerca de 60%) e sulfúrico (cerca de 35%). Em doses supraterapêuticas, a última via se torna
rapidamente saturada. Uma pequena quantidade é metabolizada pelas isoenzimas do citocromo P450
(principalmente CYP2E1) levando à formação de um metabólito tóxico, o N-acetil-p-benzoquinoneimina
(NAPQI) que é normalmente rapidamente desintoxicado por glutationa e excretado como uma
mercatopurina e conjugado de cisteína. Após superdose maciça, entretanto, os níveis de NAPQI ficam
aumentados.
Eliminação:
Os conjugados glicurônicos e sulfatos são excretados completamente pela urina dentro de 24 horas.
Menos de 5% da dose é excretada como o composto original inalterado. A depuração total é de cerca de
350 ml/min.
A meia-vida plasmática é de 1,5-3 horas em doses terapêuticas. A meia-vida plasmática do paracetamol é
prolongada em hepatopatia crônica e em pacientes com função renal gravemente comprometida.
Biodisponibilidade da associação:
Um estudo realizado em voluntários sadios sobre a biodisponibilidade do butilbrometo de escopolamina e
paracetamol em 3 diferentes formulações, uma delas em comprimidos, mostrou que a biodisponibilidade
de ambos os compostos foi comparável aos resultados obtidos em estudos prévios com cada um dos
compostos isoladamente e que não foi observado qualquer efeito relevante da associação dos compostos
na biodisponibilidade de ambos os fármacos.
Pacientes com hipersensibilidade conhecida ao butilbrometo de escopolamina, paracetamol ou aos
outros componentes da fórmula.
Pacientes com miastenia gravis, megacólon,
Insuficiência hepatocelular grave (Child-Pugh C).
Não use outro produto que contenha paracetamol.
Para evitar a superdosagem, assegure-se de que não esteja usando nenhum outro que contenha
paracetamol, um dos componentes ativos de BUSCODUO.
No caso de dor abdominal grave inexplicável que persista ou piore, ou que ocorra junto com sintomas
como febre, náuseas, vômitos, alterações da motilidade intestinal, aumento da sensibilidade abdominal,
diminuição da pressão arterial, desmaio ou presença de sangue nas fezes, o paciente deve procurar o
médico imediatamente.
BUSCODUO deve ser usado com cuidado nos casos de deficiência da glicose-6-fosfato-desidrogenase;
disfunção renal; disfunção hepática, por exemplo, por abuso crônico de álcool e hepatite; na síndrome de
Gilbert e, insuficiência hepatocelular (Child-Pugh A/B). Nesses casos, BUSCODUO somente deverá ser
administrado sob supervisão médica e, se necessário, em dose reduzida ou em intervalos prolongados
entre as administrações individuais.
O hemograma e as funções renal e hepática devem ser monitoradas após uso prolongado.
O uso extensivo de analgésicos, especialmente em doses elevadas, pode induzir cefaleias que não devem
ser tratadas com doses maiores da medicação.
Reações agudas e graves de hipersensibilidade (por exemplo, choque anafilático) são observadas muito
raramente. O tratamento deve ser interrompido ao primeiro sinal de reação de hipersensibilidade após a
administração de BUSCODUO.
Pode haver lesão hepática se a dose recomendada for excedida.
A interrupção abrupta de analgésicos após uso prolongado em altas doses pode induzir sintomas de
abstinência (por exemplo, cefaleia, cansaço, nervosismo) que tipicamente se resolvem dentro de alguns
dias. O retorno da utilização de analgésicos deve depender de orientação médica, e de desaparecimento
dos sintomas de abstinência.
BUSCODUO não deve ser utilizado por mais do que 3 dias, a não ser por orientação médica. O médico
deve ser consultado se a dor persistir ou piorar, se surgirem novos sintomas, ou se aparecerem rubor ou
edema, pois estes podem ser sinais de uma condição grave.
Por causa do potencial risco de complicações anticolinérgicas, deve haver cautela em pacientes propensos
a glaucoma de ângulo fechado, suscetíveis a obstrução renal ou intestinal, ou propensos a taquiarritmia.
Os comprimidos revestidos não são apropriados para crianças menores de 10 anos de idade.
BUSCODUO contém 4,32 mg de sódio por comprimido, ou seja, 25,92 mg de sódio por dose diária
máxima recomendada. Portanto, você deve considerar essa quantidade se você estiver sob dieta com
restrição de sódio.
Estudos sobre o efeito na habilidade de dirigir e operar máquinas não foram realizados.
Fertilidade, Gravidez e Lactação
Não há dados adequados sobre o uso de BUSCODUO durante a gravidez.
Ampla experiência clínica com as substâncias isoladas não tem demonstrado evidências suficientes de
risco durante a gravidez.
Estudos pré-clínicos realizados em coelhos e em ratos não mostraram efeitos embriotóxicos ou
teratogênicos após o uso de butilbrometo de escopolamina.
Dados prospectivos de superdose de paracetamol durante a gravidez não mostraram aumento dos riscos
de malformações. Estudos de reprodução para investigar o uso oral não mostraram sinais sugestivos de
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malformações ou toxicidade para o feto. Sob condições normais de uso, o paracetamol pode ser utilizado
durante a gravidez após revisão cuidadosa da razão risco-benefício.
Durante a gravidez, o paracetamol não deve ser tomado por períodos prolongados, em altas doses, ou em
combinação com outros medicamentos, e sua segurança não foi confirmada nestes casos. Portanto
BUSCODUO não é recomendado durante a gravidez.
BUSCODUO está classificado na categoria de risco C na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião dentista.
Ainda não foi estabelecida a segurança do uso do butilbrometo de escopolamina durante o período de
lactação. Entretanto, não foram relatados efeitos adversos para o recém-nascido. O paracetamol é liberado
no leite materno, mas não parece afetar o lactente quando se usam doses terapêuticas.
Doses normalmente inofensivas de paracetamol podem causar lesões hepáticas se administradas
concomitantemente com indutores enzimáticos, tais como alguns hipnóticos e antiepilépticos (por
exemplo, glutetimida, fenobarbital, fenitoína e carbamazepina), bem como a rifampicina. O mesmo se
aplica ao abuso de substâncias potencialmente hepatotóxicas e de álcool.
A combinação com cloranfenicol pode prolongar a meia-vida do mesmo, podendo ocasionar um aumento
de toxicidade. A relevância clínica das interações entre paracetamol e varfarina, assim como com
derivados cumarínicos, ainda não pôde ser avaliada. Portanto, o uso prolongado de paracetamol em
pacientes sob tratamento com anticoagulantes orais somente é aconselhável sob supervisão médica.
O uso concomitante de paracetamol e zidovudina (AZT ou retrovir) aumenta a tendência de redução de
leucócitos (neutropenia). Portanto, BUSCODUO somente deve ser administrado com zidovudina sob
orientação médica.
A ingestão de probenecida inibe a ligação do paracetamol ao ácido glicurônico, assim reduzindo a
depuração de paracetamol aproximadamente por um fator 2. A dose de paracetamol deve, portanto, ser
reduzida durante a administração concomitante de probenecida.
A colestiramina reduz a absorção de paracetamol.
A ingestão de paracetamol pode ter um impacto nas determinações laboratoriais de ácido úrico com ácido
fosfotúngstico e de glicose por glicose oxidase-peroxidase.
Os efeitos anticolinérgicos de medicamentos como antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, imipramina,
nortriptilina) e tetracíclicos (mirtazapina, mianserina), anti-histamínicos (prometazina, dexclorfeniramina,
hidroxizina), antipsicóticos (clorpromazina, flufenazina, haloperidol), quinidina, amantadina e
disopiramida e outros anticolinérgicos (como o tiotrópio, ipratrópio, compostos semelhantes à atropina)
podem ser intensificados por BUSCODUO.
O tratamento concomitante com antagonistas dopaminérgicos como metoclopramida pode resultar em
diminuição dos efeitos de ambas as medicações no trato gastrintestinal.
Os efeitos taquicárdicos de agentes beta-adrenérgicos podem ser acentuados pelo uso de BUSCODUO.
Quando o esvaziamento gástrico está mais lento, como quando se usa propantelina, a taxa de absorção de
paracetamol pode estar reduzida e consequentemente seu início de ação ser retardado. A aceleração do
esvaziamento gástrico, por exemplo, pelo uso de metoclopramida, leva a um aumento da taxa de absorção
de paracetamol.
Manter em temperatura ambiente (15 ºC a 30 ºC), protegido da luz e umidade.
O prazo de validade de BUSCODUO é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Os comprimidos revestidos são alongados e brancos, suas faces ligeiramente abauladas, seu odor é quase
imperceptível.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Adultos: 1 a 2 comprimidos por via oral, três vezes ao dia.
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Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros com quantidade suficiente de água.
Não ultrapassar a dose diária de 6 comprimidos. BUSCODUO não deve ser utilizado por mais do que 3
dias, a não ser por orientação médica.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
– Reações incomuns (≥ 1/1.000 e < 1/100): sudorese anormal, prurido, reação cutânea, náusea, boca seca.
– Reações raras (≥ 1/10.000 e < 1/1.000): eritema, diminuição da pressão arterial incluindo choque,
taquicardia.
– Reações muito raras (< 1/10.000): reações graves na pele (tais como Síndrome de Stevens-Johnson,
necrólise epidérmica tóxica e pustulose exantemática generalizada aguda) relacionadas ao paracetamol.
– Reações com frequência desconhecida: pancitopenia, agranulocitose, trombocitopenia, leucopenia,
choque e reação anafilática, erupção cutânea medicamentosa, dispneia, hipersensibilidade, edema
angioneurótico, urticária, rash, exantema, broncoespasmo (especialmente em pacientes com histórico de
asma brônquica e alergia), aumento de transaminases, retenção urinária.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária-
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.