Bula do Capilarema produzido pelo laboratorio Laboratórios Baldacci Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Capilarema®
aminaftona
Laboratórios Baldacci Ltda.
Comprimidos
75 mg
CAPILAREMA®
APRESENTAÇÕES
Comprimidos simples de 75 mg – embalagens com 30 ou 60 comprimidos.
VIA ORAL - USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de CAPILAREMA®
contém:
aminaftona ...................................75 mg
Excipientes q.s.p. ............ 1 comprimido
Excipientes: amido, celulose microfina, estearato de magnésio, povidona.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é destinado ao tratamento das afecções nas quais as estruturas e funções dos vasos estão
alteradas, seja por causa patológica, traumática ou cirúrgica.
Flebologia: Síndromes varicosas (úlceras) e pré-varicosas dos membros inferiores, sensação de peso nas
pernas, dor, claudicação intermitente, edema, cãibras, parestesias e prurido.
Dermatologia: Púrpuras vasculares, petéquias e equimoses.
CAPILAREMA®
está indicado também na clínica geral, ginecologia e geriatria, podendo ser usado como
agente profilático onde os vasos e tecidos possam estar comprometidos devido à fragilidade capilar.
Um estudo em pacientes com úlceras de origem venosa nos membros inferiores, verificou-se uma
diminuição da secreção sero-sanguinolenta, hemorragia da úlcera e melhora da cicatrização, utilizando uma
dosagem de 75 mg a cada 6 horas. Conclui-se que o tratamento com aminaftona tem uma ação eficaz
estatisticamente significativa manifestada pela redução média da secreção em 78,32% (com limites
aproximados de 70% e 86%) e redução do sangramento em 82,77% (com limites aproximados de 70% e
95%). (Mayall R.C., Mayal A.C., Jannuzzi J.C., Medina W.H., Fernandes C.R. - The aminaphtone in the
post-phlebitic syndrome. Rev. Bras. Med., vol41(3), 118-24, 1984).
Foi realizado um estudo com 67 pacientes ambulatorialmente, 56 casos com flebologia mural crônica
(FMC) e 11 casos com síndrome pós flebétíca (SPF), de grau variável e sem lesão crônica, mas com
hipodermoesclerose e eczema, apresentando graus variáveis de sintomas e sinais clínicos (dor, peso,
cansaço, parentesias, cãimbras, claudicação venosa). Foram tratados com 150 mg de aminaftona por dia
num período de 75 dias. Os sintomas de peso, cansaço, parestesias, melhoraram em 100% dos casos. As
cãimbras foram abolidas em 70% dos casos e reduzidas nos outros 30%. O edema desapareceu em 100%
dos pacientes com FMC e teve acentuada redução nos pacientes com SPF, em mais de 50%.
Desaparecimento do prurido em todos os casos e a melhora da dermatite de estase e do eczema em 52% dos
casos. A claudicação venosa foi eliminada em 85% dos pacientes e com boa melhora nos outros 15%. Estes
pacientes foram submetidos a exame clínico e instrumental (oscilometria, dopplerometria e
fotopletismografia). Os resultados foram considerados excelentes e a tolerância muito boa. (Degni M.,
Kardosh C.B., Bolanho E. – Study of 67 patients with post-phlebitic syndrome and chronic phlebitis treated
with aminaftone. Separata da Rev. Bras. Med., vol 41 (4), 174-80, 1984).
Farmacocinética
CAPILAREMA®
é eliminado na urina na forma de aminaftona e fiticol, no máximo em 72 horas. O nível
máximo de excreção foi observado após 6 horas de administração.
Farmacodinâmica
Aminaftona, princípio ativo do medicamento CAPILAREMA®
, é um agente flebotônico. Sua
nomenclatura química é 2-hidroxi-3 metil-1,4- naftohidroquinona-2- p-aminobenzoato.
normaliza a permeabilidade aumentando a resistência capilar, reduzindo a estase venosa,
proporcionando o alívio dos sintomas decorrentes dos distúrbios da microcirculação. Sua ação foi
demonstrada através do prolongamento do tempo de passagem do “Tripan Blue” e desaparecimento dos
sinais de fragilidade capilar, com as provas de Rumpel-Leede ou com a do torniquete, protegendo os tecidos
da ação danosa dos radicais livres e toxinas do sangue. Previne ou retarda a formação de púrpuras
imunológicas e preserva a mucosa gástrica das lesões hemorrágicas induzidas por droga. Favorece a ação
hemocinética, facilitando o retorno venoso, avaliado pela técnica reográfica e pela inibição da agregação
eritrocitária no nível da microcirculação. Reduz o tempo e a intensidade da hemorragia capilar, sem exercer
efeito direto ou indireto sobre a coagulação; de fato, não modifica o tempo de coagulação nem o de
protrombina; não tem nenhum efeito sobre a agregação plaquetária e nem sobre o traçado
tromboelastográfico; não desenvolve ação vitamínica K.
Dados Pré-Clínicos
Estudos de toxicidade foram realizados com ratos, camundongos, coelhos e cães. Estudos de toxicidade
aguda (4 espécies de animais utilizando 3g/kg), subaguda (2 espécies animais utilizando 100mg/kg por 90
dias) e crônica (50mg/kg por 280 dias), demonstraram que a aminaftona, administrada por via oral, possui
baixa toxicidade. O uso de aminaftona em animais não revelou efeitos sobre os processos de reprodução e
não apresentou efeitos mutagênicos e teratogênicos.
CAPILAREMA®
não deve ser utilizado por pacientes com hipersensibilidade à aminaftona ou a qualquer
outro componente da formulação.
Este medicamento é contraindicado para uso por indivíduos com déficit de glicose-6-fosfato-
desidrogenase nos eritrócitos (favismo), porque nestes indivíduos pode levar a crises hemolíticas.
Não há estudos dos efeitos de CAPILAREMA®
administrado por vias não recomendadas, portanto, para
segurança e eficácia do produto, utilize o medicamento pela via oral.
Não foi demonstrada qualquer ação teratogênica.
CAPILAREMA®
não contém sacarose, podendo ser utilizado por pacientes diabéticos.
Não foram efetuados estudos com CAPILAREMA®
sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas.
é eliminado na urina no máximo em 72 horas após a administração. Portanto a urina
pode ter uma coloração ligeiramente avermelhada, devido à maior parte de eliminação ser por esta via.
Gravidez e lactação:
Gravidez
Não há informações disponíveis para aminaftona em pacientes grávidas. CAPILAREMA®
, portanto, não é
recomendado para uso durante a gravidez.
Lactação.
Não há informações se aminaftona é excretada no leite humano, o seu uso é, portanto, contra-indicado
durante a amamentação.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista. (Categoria de risco na gravidez: categoria B)
Uso em idosos e crianças
Não é recomendado o uso de CAPILAREMA®
em crianças.
pode ser usado por pessoas acima de 65 anos de idade, desde que observadas as
Não são conhecidas quaisquer restrições ao uso de CAPILAREMA®
juntamente com outros
medicamentos e alimentos. A aminaftona não interage com os derivados de cumarina, nem com as
substâncias antifibrinolíticas. Experimentalmente foi observada uma inibição parcial da atividade
heparínica.
Este medicamento deve ser armazenado na sua embalagem original, em temperatura ambiente (15°C a
30°C), protegido da luz e umidade. Dentro destas condições, o seu prazo de validade é de 24 meses a partir
da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
Os comprimidos do CAPILAREMA®
são de cor bege, circulares, planos e lisos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Via oral. Os comprimidos devem ser ingeridos sem mastigar, com líquido suficiente para engolir.
Dose de ataque: 2 comprimidos, 2 vezes ao dia, durante 5 dias ou a critério do médico.
Dose de manutenção: 1 comprimido, 2 vezes ao dia ou a critério médico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
A aminaftona é em geral bem tolerada. Nos estudos foram relatados efeitos indesejáveis ocasionais não
graves, de leve intensidade: náuseas, epigastralgia, pirose, tonturas e cefaléia.
As reações adversas notificadas, vindos principalmente de ensaios clínicos, estão listadas abaixo
Reação muito comum (> 1/10):
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): Dispepsia
Reção incomum (>1/1.000 e < 1/100): tonturas, dor de cabeça, dor abdominal superior, náuseas.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000):
Reação muito rara (< 1/10.000): hipersensibilidade, erupções na pele, comichão, anemia hemolítica (em
indivíduos com deficiência de G6PD), A aminaftona pode levar a crise hemolítica em indivíduos com
defeito genético de glicose-6-fosfato-desidrogenase nos eritrócitos - favismo (vide contraindicações).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Não existem relatos de intoxicação por superdosagem de CAPILAREMA®
. Em caso de administração
acima da dose recomendada em bula acidentalmente, orienta-se adotar as medidas habituais de controle das
funções vitais.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como
proceder.