Bula do Caprelsa para o Profissional

Bula do Caprelsa produzido pelo laboratorio Astrazeneca do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Caprelsa
Astrazeneca do Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO CAPRELSA PARA O PROFISSIONAL

CAPRELSA®

vandetanibe

AstraZeneca do Brasil Ltda.

Comprimido revestido

100 mg / 300 mg

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

APRESENTAÇÕES

Comprimidos revestidos de 100 mg em embalagens com 30 comprimidos.

Comprimidos revestidos de 300 mg em embalagens com 30 comprimidos.

VIA ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

100 mg

Cada comprimido revestido de CAPRELSA®

contém 100 mg de vandetanibe.

300 mg

contém 300 mg de vandetanibe.

Excipientes: fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, celulose microcristalina, crospovidona,

povidona, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol 300, dióxido de titânio e água

purificada.

1

II) INFORMAÇÕES AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

CAPRELSA®

é indicado para o tratamento de pacientes com carcinoma medular de

tireoide localmente avançado irressecável ou metastático.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Um estudo (Estudo 58) placebo-controlado, duplo-cego, randomizado foi conduzido para

demonstrar a segurança e eficácia de CAPRELSA®

300 mg versus placebo em 331

pacientes com carcinoma medular de tireoide (MTC) localmente avançado irressecável ou

metatástico.

O objetivo primário do estudo foi demonstrar a melhora na sobrevida livre de progressão

(SLP) com CAPRELSA®

em comparação ao placebo. O objetivo secundário foi avaliar a

taxa de resposta objetiva (TRO), a taxa de controle da doença (TCD) definida como DE

(doença estável), RP (resposta parcial) ou RC (resposta completa) com duração de 12 semanas,

duração da resposta (DOR) e sobrevida global (SG). Também foi avaliada como parâmetro

secundário a resposta bioquímica de CAPRELSA®

em comparação ao placebo, conforme medido

pela calcitonina (CTN) e pelo antígeno carcinoembrionário (CEA).

Os pacientes foram tratados com CAPRELSA®

ou placebo até que atingissem a

progressão objetiva da doença. Após a progressão objetiva da doença com base na

avaliação do investigador, os pacientes foram retirados do tratamento em estudo cego e foi

dada a opção para o recebimento de CAPRELSA®

em fase aberta.

Os resultados das análises primárias de sobrevida livre de progressão apresentaram uma

melhora estatisticamente significativa na sobrevida livre de progressão para os pacientes

randomizados com vandetanibe em relação ao placebo (Taxa de risco (HR) = 0,46; 95% de

intervalo de confiança (IC) = 0,31-0,69; p=0,0001).

2

A sobrevida livre de progressão mediana para pacientes randomizados com placebo foi de

19,3 meses. A sobrevida livre de progressão mediana para pacientes randomizados com

CAPRELSA®

não foi atingida; no entanto, com base nos modelos estatísticos dos dados

observados em até 43%, a sobrevida livre de progressão mediana estimada é de 30,5 meses

com 95% de intervalo de confiança (25,5 a 36,5 meses). Em 12 meses, a proporção de

pacientes vivos e com sobrevida livre de progressão foi de 63 (63%) para pacientes randomizados

com placebo e 192 (83%) para pacientes randomizados com vandetanibe. Para vandetanibe um total

de 73 (32%) pacientes apresentou progressão; 64 (28%) utilizando critérios RECIST de progressão

e 9 (4%) por morte na ausência de progressão. Os 158 (68%) pacientes restantes foram censurados

na análise da sobrevida livre de progressão. Para o placebo, um total de 51 (51%) pacientes

apresentou progressão; 46 (46%) utilizando critérios RECIST de progressão e 5 (5%) por morte na

ausência de progressão. Os 49 (46%) pacientes restantes foram censurados na análise da sobrevida

livre de progressão.

Figura 1 - Gráfico Kaplan-Meier de sobrevida livre de progressão

No momento da análise primária da sobrevida livre de progressão (data de corte dos dados

em 31 de julho de 2009), 48 (15%) pacientes haviam falecido, e não houve diferença

significativa na sobrevida global entre os grupos de tratamento (Taxa de risco (HR) = 0,89;

99,98% IC = 0,28-2,85; p=0,712). No momento da análise, 32 pacientes (14%) do braço

vandetanibe e 16 pacientes (16%) do braço placebo havia falecido.

Também foram observadas vantagens estatisticamente significativas nos objetivos

secundários para o vandetanibe em relação à taxa de resposta, à taxa de controle da

doença, à resposta bioquímica, e ao tempo para piora da dor, como apresentado na tabela

3

abaixo. Os resultados para taxa de resposta e taxa de controle da doença são da análise da

intenção de tratar, que inclui pacientes que passaram do tratamento cego para o de fase

aberta com vandetanibe antes da progressão, conforme avaliado pela leitura central. Dos

13 pacientes que apresentaram uma resposta após a randomização com placebo, 12

pacientes tiveram a resposta somente após o recebimento do vandetanibe em fase aberta.

Os dados para resposta da calcitonina e CEA, e o tempo de piora da dor, são apenas da

fase randomizada do estudo.

Tabela 1: Resumo dos resultados de eficácia do estudo 58

SOBREVIDA LIVRE DE

PROGRESSÃO (SLP)

N SLP

mediana

HRa

95% IC Valor de

p

Vandetanib 300 mg 73/231

(32%)

Não

atingida

(previsão

30,5 meses)

0,46 0,31- 0,69 0,0001

Placebo 51/100

(51%)

19,3 meses

TAXA DE RESPOSTA

OBJETIVAb

N Taxa de

Resposta

ORd

vandetanibe 300 mg 104/231 45%

5,48

2,99 -

10,79

<0,0001

Placebo 13/100 13%

TAXA DE CONTROLE DA

DOENÇAc

95% IC

Valor de

vandetanibe 300 mg 200/231 87%

2,64

1,48 -

4,69

0,001

Placebo 71/100 71%

RESPOSTA DA CTN (calcitonina) N Taxa de

vandetanibe 300 mg 160/231 69% 72,9 26,2 - <0,0001

4

Placebo 3/100 3% 303,2

RESPOSTA DO CEA (antígeno

carcinoembrionário)

vandetanibe 300 mg 119/231 52%

52,0

16,0 -

320,3

Placebo 2/100 2%

SOBREVIDA GLOBAL (SG) N SG

99.98%

IC

vandetanibe 300 mg 32/231

(14%)

0,89 0,28 2,85 0,712

Placebo 16/100

(16%)

TEMPO PARA A PIORA DA

DORe

(TWP)

N TWP

mediano

HR 97.5% IC

vandetanibe 300 mg 114/231

(49%)

7,85

meses

0,61

0,43 -

0,87

0,006

Placebo 57/100

(57%)

3,25

[a] HR= Taxa de risco.Um valor < 1 favorece CAPRELSA®

. A análise foi realizada através de

um teste de log rank com o tratamento como o único fator.

[b] Taxa de resposta objetiva é a proporção de pacientes com a melhor resposta objetiva de

resposta completa (RC) ou resposta parcial (RP).

[c] Taxa de controle da doença é a proporção de pacientes com a melhor resposta objetiva de

resposta completa (RC), resposta parcial (RP) ou doença estável (DE) em 24 semanas.

[d] OR= Odds Ratio. Um valor > 1 favorece vandetanibe. A análise foi realizada usando o modelo

de regressão logística com o tratamento como o único fator.

[e] TWP (Tempo para piora da dor) foi um desfecho composto, derivado do uso de analgésicos

opióides e da piora dor, item do questionário Brief Dor Index (BPI).

N, Número de eventos/número de pacientes randomizados; SG, sobrevida global; SLP, sobrevida

livre de progressão; IC, intervalo de confiança.

5

Não há evidências da relação entre o estado de mutação do RET e a eficácia de

vandetanibe.

Em vários tempos de exposição, os níveis medianos de hemoglobina de pacientes tratados

com vandetanibe estavam aumentados em 5-15 g/L em relação ao basal. Os dados em

animais sugerem que isto pode ser devido ao aumento da produção de eritropoetina

hepática em pacientes recebendo vandetanibe.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

O vandetanibe é um inibidor seletivo da tirosina quinase que inibe o receptor do fator de

crescimento endotelial vascular (VEGFR-2), nas células endoteliais. O vandetanibe inibe a

migração da célula endotelial estimulada pelo fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), a

proliferação, a sobrevivência e a angiogênese em modelos in vitro. In vivo, o vandetanibe reduz a

angiogênese induzida pelas células do tumor, a permeabilidade dos vasos tumorais e a densidade

microvascular do tumor; e inibe o crescimento do tumor e metástases em modelos de xenoenxerto

humanos de câncer de pulmão em camundongos atímicos.

Adicionalmente, o vandetanibe inibe o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) em

células tumorais e em células endoteliais. O vandetanibe inibe a proliferação celular dependente de

EGFR e a sobrevivência de células in vitro.

In vitro, os estudos têm demonstrado que o vandetanibe também inibe a atividade de outras

tirosinas quinase, incluindo rearranjos durante a transfecção (RET) e VEGFR-3 (Flt-4).

6

Propriedades Farmacocinéticas

A farmacocinética de vandetanibe 300 mg para pacientes com carcinoma medular de

tireoide é caracterizada pela depuração de 13,2 L/h, volume de distribuição de

aproximadamente 7450 L e tempo de meia-vida de aproximadamente 19 dias.

Absorção

A absorção de vandetanibe é lenta após a administração oral, atingindo pico de

concentração plasmático (Cmax) em uma mediana de 6 horas, podendo variar entre 4 a 10

horas após a administração. O vandetanibe acumula aproximadamente 8 vezes em múltiplas

doses alcançando estado de equilíbrio em aproximadamente 3 meses.

Distribuição

O vandetanibe se liga à albumina sérica humana e a α1-ácido-glicoproteína sendo a ligação

in vitro de aproximadamente 90%. Em exemplos vivos, em amostras de plasma de

pacientes com câncer colorretal em exposição no estado de equilíbrio após 300 mg uma

vez ao dia, o percentual médio de ligação às proteínas foi de 93,7% (intervalo de 92,2 a

95,7%).

Metabolismo

Após a administração oral de 14

C-vandetanibe, foram detectados no plasma, na urina e nas

fezes o vandetanibe inalterado e os metabólitos óxido-N-vandetanibe e N-desmetil-

vandetanibe. Glicuronídeo conjugado foi encontrado como um metabólito menor apenas

nas excretas. O N-desmetil-vandetanibe é produzido primariamente pela CYP3A4 e óxido-

N-vandetanibe pela flavina (contendo enzimas monooxigenases FMO1 e FMO3); desmetil-

vandetanibe e óxido-N-vandetanibe circulam em concentrações de aproximadamente 11% e

1,4% da concentração plasmática de vandetanibe.

7

Excreção

Dentro de um período de coleta de 21 dias, após uma única dose de 14

C-vandetanibe,

aproximadamente 69% foi recuperado (44% nas fezes e 25% na urina). A excreção da dose

foi lenta e, com base na meia-vida plasmática, seria esperada excreção além dos 21 dias.

O vandetanibe não foi substrato do hOCT2 expresso em células HEK293. O vandetanibe

foi um inibidor de OCT2, inibindo a captação do marcador seletivo OCT2 substrato da

14

C-creatinina por células HEKC-OCT2, com média de IC50 de aproximadamente 2,1 μg/mL.

Esse número é maior do que as concentrações plasmáticas de vandetanibe

(aproximadamente 0,81 0,32 mg/mL) observadas após administração de doses múltiplas de

300mg e 100mg. A inibição da excreção renal de creatinina devido ao vandetanibe oferece

uma explicação para o aumento da creatinina plasmática observada em indivíduos

recebendo vandetanibe.

Dados de segurança pré-clínica

O vandetanibe não demonstrou potencial mutagênico ou clastogênico.

Em um modelo animal de cicatrização de feridas, nos camundongos em que vandetanibe

foi administrado, houve redução da resistência da pele em comparação com os controles.

Isto sugere que vandetanibe retarda, mas não impede a cicatrização de feridas. Não foi

determinado o intervalo adequado necessário entre a interrupção da CAPRELSA®

e

cirurgias eletivas subsequentes para evitar os riscos de comprometer a cicatrização. Em

estudos clínicos com CAPRELSA®

, um pequeno número de pacientes realizou cirurgia

enquanto recebia CAPRELSA e não houve relatos de complicações na cicatrização das

feridas.

8

- Toxicologia reprodutiva

O vandetanibe não apresentou efeitos na fertilidade em ratos machos. Em estudos sobre a

fertilidade de fêmeas, houve uma tendência para aumento da irregularidade dos ciclos de cio,

uma pequena redução na incidência de gravidez e aumento da perda de implantação do feto. Em um

estudo de toxicidade de dose repetida em ratos, houve uma diminuição no número de corpos lúteos

dos ovários de ratos que receberam vandetanibe por 1 mês.

Em ratos, a toxicidade embriofetal ficou evidente com a perda fetal, com o retardo no

desenvolvimento do feto, com anormalidades nos vasos do coração e ossificação precoce

de alguns ossos do crânio. Em um estudo de desenvolvimento pré e pós-natal com ratos,

em doses que produziram toxicidade materna durante a gestação e/ou lactação, o

vandetanibe aumentou perdas pré-nascimento e reduziu o crescimento pós-natal das crias.

O vandetanibe foi excretado no leite em ratos e foi encontrado no plasma de filhotes após

administração em ratas lactantes.

- Carcinogenicidade

Não foram realizados estudos de carcinogenicidade com vandetanibe.

4. CONTRAINDICAÇÕES

CAPRELSA®

não deve ser administrado em pacientes com hipersensibilidade conhecida

ao vandetanibe ou a qualquer um dos excipientes.

não deve ser administrado em pacientes com síndrome de QT longo

congênita.

9

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Prolongamento do intervalo QTc

O prolongamento do intervalo QTc no eletrocardiograma foi observado em pacientes que

receberam CAPRELSA®

(ver item Reações Adversas). Com a dose de 300 mg por dia no

tratamento do carcinoma medular de tireoide foi confirmado prolongamento do intervalo QTc

observado em 8% dos pacientes durante estudo de fase III. O prolongamento do intervalo QTc

no eletrocardiograma parece ser dose-dependente e pode ser controlado com o

monitoramento apropriado, interrompendo o tratamento ou reduzindo a dose, conforme a

necessidade.

Relatos de Torsade de pointes e taquicardia ventricular foram incomuns em pacientes em

tratamento com CAPRELSA®

300 mg.

O tratamento com CAPRELSA®

não deve ser iniciado em pacientes nos quais o

prolongamento do intervalo QT corrigido foi confirmado ser maior que 480 ms.

CAPRELSA®

não deve ser administrado em pacientes com histórico de Torsade de pointes

a não ser que todos os fatores que contribuem para o Torsade tenham sido corrigidos.

não foi estudado em pacientes com arritmias ventriculares ou com infarto do

miocárdio recente.

Um eletrocardiograma (ECG) e níveis de potássio, cálcio e magnésio séricos e TSH devem ser

obtidos no basal, 2-4 e 8-12 semanas após o início do tratamento com CAPRELSA®

e a cada 3

meses por pelo menos um ano. ECGs e amostras de sangue também devem ser obtidos conforme

indicação clínica durante esse período e depois. O nível sérico de potássio deve ser mantido em 4

mEq/L ou maior, e o magnésio e o cálcio séricos devem ser mantidos em níveis normais de modo a

reduzir os riscos de um prolongamento QT no eletrocardiograma.

pode ser administrado com medicamentos que prolongam o intervalo QT no ECG

caso não haja terapia alternativa apropriada. Se tais medicamentos forem administrados nos

pacientes já recebendo CAPRELSA®

, deve ser realizado monitoramento do intervalo QT por ECG

adequado à farmacocinética do medicamento acrescentado.

10

Pacientes que desenvolvem um valor único de intervalo QT corrigido no ECG maior que 500 ms

devem parar de usar CAPRELSA®

. A administração de CAPRELSA®

pode ser reiniciada com

dose reduzida após a confirmação do retorno do intervalo QTc no ECG ao estado basal ou menor

que 450 ms.

Reações cutâneas

Rash e outras reações cutâneas (incluindo reações de fotossensibilidade e síndrome da

eritrodisestesia palmar-plantar) foram observadas em pacientes que receberam CAPRELSA®

.

Reações cutâneas leves a moderadas podem geralmente ser controladas por tratamento

sintomático ou por redução de dose. As reações cutâneas mais graves (como Síndrome de

Stevens-Johnson) podem necessitar o uso de glicocorticoides e a permanente descontinuação de

Deve-se ter cuidado com a exposição solar utilizando-se vestimentas protetoras e/ou filtro solar.

Diarreia

Foi observada diarreia em pacientes tratados com CAPRELSA®

. Antidiarreicos de rotina

são recomendados para o tratamento da diarreia. Os eletrólitos séricos devem ser

monitorados conforme o caso. Se houver o desenvolvimento de diarreia grave (CTCAE -

critérios comuns de terminologia para eventos adversos - níveis 3 ou 4), CAPRELSA®

deve ser

descontinuado até a melhora do quadro diarreico. Após a melhora, o tratamento com

deve ser reiniciado com redução de dose (ver itens Posologia e métodos de

administração e Reações adversas).

11

Hipertensão

Hipertensão, incluindo crises hipertensivas, foi observada em pacientes tratados com

; os pacientes devem ser monitorados para hipertensão e devem ser

controlados conforme o caso. Se a hipertensão não puder se controlada por tratamento

médico, CAPRELSA®

não deverá ser reiniciado até que a pressão sanguínea seja

controlada. A redução da dosagem pode ser necessária (ver item Reações adversas).

Insuficiência cardíaca

Foi observada insuficiência cardíaca em pacientes que receberam CAPRELSA®

. A

descontinuação temporária ou permanente de CAPRELSA®

pode ser necessária em

pacientes com insuficiência cardíaca. O quadro pode não ser reversível com a

descontinuação de CAPRELSA®

. Alguns casos foram fatais.

Elevação dos níveis de alanina aminotransferase

A ocorrência do aumento nos níveis de alanina aminotransferase é comum em pacientes

tratados com CAPRELSA®

. Na maioria dos casos o aumento é solucionado durante a

continuação do tratamento com CAPRELSA®

, em outros casos é solucionado com a

interrupção da terapia por uma ou duas semanas. Recomenda-se o monitoramento

periódico da alanina aminotransferase em pacientes recebendo CAPRELSA®

Doença intersticial pulmonar

A doença intersticial pulmonar (DIP) foi observada em pacientes que receberam

e em alguns casos foi fatal. Se um paciente apresentar sintomas

respiratórios, como dispneia, tosse e febre, o tratamento com CAPRELSA®

interrompido e uma investigação deve ser iniciada rapidamente. Se a doença intersticial

12

pulmonar for confirmada, CAPRELSA®

deverá ser permanentemente descontinuado e o

paciente tratado adequadamente.

Síndrome reversível de leucoencefalopatia posterior

A Síndrome reversível de leucoencefalopatia posterior (SLPR), uma síndrome de edema

vasogênico subcortical diagnosticada por ressonância magnética do cérebro, foi observada

raramente em pacientes que receberam CAPRELSA®

em combinação com quimioterapia ou

em pacientes pediátricos com tumores cerebrais que receberam CAPRELSA®

em

monoterapia. SLPR tem sido observado em pacientes recebendo vandetanibe. Esta síndrome

deve ser considerada em qualquer paciente apresentando tontura, cefaléia, distúrbios visuais,

confusão e alterações da função mental.

Insuficiência renal

A dose inicial deve ser reduzida para 200 mg em pacientes com insuficiência renal moderada

(depuração da creatinina ≥ 30 to < 50 mL/min).

Gravidez

Não há estudos adequados e bem controlados com mulheres grávidas fazendo uso de

. Baseado nos dados pré-clínicos, CAPRELSA®

pode causar danos ao feto

quando administrado em mulheres grávidas, visto que há um alto risco associado ao

desenvolvimento de anomalias em relação ao vandetanibe. Assim como esperado em suas

ações farmacológicas, o vandetanibe mostrou efeitos significativos em todas as fases de

reprodução em ratas (ver item Dados de segurança pré-clinica).

Se CAPRELSA®

for usado durante a gravidez ou se a paciente ficar grávida durante o

, ela deve ser informada do risco potencial de danos ao feto ou

do risco potencial de perda da gravidez. O tratamento deve ser continuado em mulheres grávidas

13

apenas se o benefício potencial à mãe for maior que os riscos ao feto. Mulheres com possibilidade

de engravidar devem usar contraceptivos eficientes durante a terapia por pelo menos 3 meses após a

última dose de CAPRELSA®

Categoria de risco na gravidez: D.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Lactação

Não há dados sobre o uso de CAPRELSA®

em mulheres lactantes. Mães lactantes são orientadas a

descontinuar a amamentação enquanto estiverem recebendo terapia com CAPRELSA®

. O

vandetanibe foi excretado no leite de ratas e foi encontrado no plasma de filhotes após

amamentação (ver item Dados de segurança pré-clinica).

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: Não foram

conduzidos estudos para estabelecer os efeitos de CAPRELSA®

sobre a capacidade de

dirigir e operar máquinas. No entanto, durante o tratamento com CAPRELSA®

foram

relatados casos de fadiga e visão embaçada. Para os pacientes que apresentarem esses

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Em indivíduos saudáveis não foram demonstradas interações clinicamente significativas

entre vandetanibe e potentes inibidores da CYP3A4, itraconazol. Em homens saudáveis, a

exposição ao vandetanibe foi reduzida em 40% quando administrado junto a um potente indutor da

CYP3A4, rifampicina.

14

A administração de vandetanibe em concomitância com potentes indutores da CYP3A4 deve ser

evitada.

Em indivíduos saudáveis, a exposição à midazolam, um substrato para a CYP3A4, não foi afetada

quando administrado concomitantemente ao vandetanibe.

Em indivíduos saudáveis (selvagem para OCT2), a ASC(0-t) e a Cmax para metformina, um substrato

para a OTC2, foram aumentadas em 74% e 50%, respectivamente, e a CLR de metformina foi

diminuída em 52% quando administrada concomitantemente ao vandetanibe. Monitoramento

clínico e/ou laboratorial apropriado é recomendado para pacientes em tratamento com metformina e

vandetanibe e tais pacientes podem requerer redução de dose de metformina.

Em indivíduos saudáveis, ASC(0-t) e a Cmax para digoxina, um substrato para a P-gp, foram

aumentadas em 23% e 29%, respectivamente, quando administrada concomitantemente ao

vandetanibe. Monitoramento clínico e/ou laboratorial apropriado é recomendado para pacientes em

tratamento com digoxina e vandetanibe e tais pacientes podem requerer redução de dose de

digoxina.

Em indivíduos saudáveis, a Cmax para vandetanibe foi aumentada em 15%, enquanto que sua ASC(0-

t) não foi afetada, quando administrado concomitantemente ao omeprazol. A administração

concomitante a ranitidina não teve impacto na ASC(0-t) e na Cmax de vandetanibe. Não é necessário

ajuste de dose de vandetanibe, quando administrado com omeprazol ou ranitidina.

A exposição ao CAPRELSA®

não é afetada por alimentos.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

CAPRELSA®

deve ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC).

Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

15

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.

100 mg é apresentado na forma de comprimidos redondos, bi-convexos e

brancos com Z100 gravado em um lado e plano no outro.

300 mg é apresentado na forma de comprimidos ovais, bi-convexos e brancos

com Z300 gravado em um lado e plano no outro.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Uso em adultos

CAPRELSA®

300 mg é de uso oral e deve ser tomado uma vez ao dia com ou sem

alimentos. Também podem ser tomados 3 comprimidos de CAPRELSA®

100 mg uma vez

ao dia.

Os comprimidos de CAPRELSA®

também podem ser dispersos em meio copo

(aproximadamente 50 mL) com água sem gás. Outros líquidos não devem ser usados. O

comprimido deve ser colocado na água, sem esmagar, e deve ser agitado

(aproximadamente 10 minutos) até dispersão. A dispersão resultante deve ser engolida

imediatamente. Qualquer resíduo que permanecer no copo deverá ser misturado com um

pouco de água e deverá ser engolido. O liquido também pode ser administrado através de

sonda nasogástrica ou gastrostomia.

16

Duração do tratamento

poderá ser administrado até que os pacientes com carcinoma medular de

tireoide não mais se beneficiem com o tratamento.

Esquecimento de dose

Se o paciente esquecer uma dose, a próxima dose diária deve ser tomada de acordo com a

prescrição.

Ajuste de dose

Em caso de eventos CTCAE nível 3 ou de maior toxicidade ou prolongamento do intervalo

QT no ECG o uso de vandetanibe deve ser temporariamente suspenso, e reiniciado com

redução de dose quando a toxicidade desaparecer ou quando for reduzida para CTCAE

nível 1 (ver item Advertências e precauções). A dose diária de 300 mg pode ser reduzida a

200 mg (dois comprimidos de 100 mg), e, se necessário, pode ser reduzida a 100 mg.

Populações especiais

Crianças e adolescentes: CAPRELSA®

não é indicado para o uso em pacientes

pediátricos, pois a segurança e a eficácia de CAPRELSA®

não foram estabelecidas nesses

pacientes.

Idosos (> 65 anos): Não é necessário o ajuste da dose inicial para pacientes idosos. Os

dados clínicos em paciente com mais que 75 anos são limitados.

Insuficiência renal: Os dados clínicos são limitados em pacientes com insuficiência renal

moderada. No entanto, os dados indicam que pacientes com insuficiência renal leve têm

perfil de segurança similar ao dos pacientes com função renal normal. Esses dados clínicos

reunidos, junto aos dados de farmacocinética de voluntários, sugerem que não são

17

necessárias alterações nas doses iniciais em pacientes com insuficiência renal leve. A dose

inicial deve ser reduzida para 200 mg em paciente com insuficiência renal moderada

(depuração da creatinina ≥ 30 até < 50 mL/min). Um estudo farmacocinético em voluntários

com insuficiência renal grave sugere que a exposição à vandetanibe pode ser aumentada

em até 2 vezes.

Insuficiência hepática: Dados de farmacocinética de voluntários sugerem que não são

necessárias alterações nas doses iniciais em pacientes com insuficiência hepática leve,

moderada ou grave. São limitados os dados em pacientes com insuficiência hepática

(bilirrubina sérica maior que 1,5 vezes do limite superior normal). CAPRELSA®

não é

recomendado para pacientes com insuficiência hepática, pois a segurança e a eficácia não foram

estabelecidas.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Resumo geral das Reações Adversas

As reações adversas mais comuns relatadas foram diarreia, rash, náusea, hipertensão e

cefaléia.

Reações adversas durante os Estudos Clínicos

As reações adversas a seguir foram identificadas nos estudos clínicos com pacientes

recebendo CAPRELSA®

como tratamento para carcinoma medular de tireoide. As

frequências são apresentadas na Tabela 2 - Reações Adversas ao Medicamento, usando a

frequência de classificação CIOMS III, e então listadas por MedDRA COS (classe de órgãos e

sistemas) e nomeadas no nível de termo preferido. As frequências de ocorrência de reações adversas

são definidas como: muito comuns (≥1/10); comuns (>1/100 e <1/10); incomuns (≥1/1000 e

<1/100); raras (≥1/10000 e <1/1000); muito raras (<1/10000) incluindo relatos isolados. Esta seção

inclui apenas dados derivados de estudos completos onde a exposição do paciente é conhecida.

Achados laboratoriais são apresentados na Tabela 3.

18

Tabela 2: Reações Adversas ao Medicamento

FREQUÊNCIA SISTEMAS REAÇÕES ADVERSAS

Muito comum (≥1/10) Alterações gastrointestinais Diarreia, náusea, vômito e dor

abdominal

Alterações gerais Fadiga e astenia

Alterações no metabolistmo e

nutrição

Redução do apetite e

hipocalemia

Alterações psiquiátricas Insônia

Alterações na pele e tecidos

subcutâneos

Rash e outras alterações cutâneas

(incluindo acne, pele seca,

dermatite e prurido) e reações de

fotossensibilidade

Alterações do sistema nervoso Cefaleia

Alterações vasculares Hipertensão

Comum (>1/100 e

<1/10)

Alterações cardíacas Prolongamento do intervalo QT

no ECG

Alterações gastrointestinais Estomatite e boca seca

Investigações Perda de peso e aumento dos

níveis séricos de

aminotransferases (ALT e AST)

Desidratação

Alterações endócrinas Hipotiroidismo

Alterações psiquiátricas Depressão

Alterações renais e urinárias Proteinúria, nefrolitíase e

hematúria

Alterações do sistema respiratório Epistaxe

Síndrome da eritrodisestesia

palmar-plantar, alopecia,

alterações nas unhas

Alterações de visão Visão embaçada, opacidade da

córnea, conjuntivite, olhos secos

19

e deficiência visual

Alterações do sistema nervoso Disgeusia

Alterações vasculares Condições cerebrovascular

isquêmicas e crises hipertensivas

Incomum (≥1/1000 e

<1/100)

Alterações cardíacas Insuficiência cardíaca e

insuficiência cardíaca aguda

Alterações gastrointestinais Pancreatite

Investigações Aumento da hemoglobina

Eventos como Torsade de pointes, síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme e síndrome

reversível de leucoencefalopatia posterior ocorreram em pacientes tratados com vandetanibe em

monoterapia. É esperado que estes sejam eventos incomuns em pacientes recebendo vandetanibe para

tratamento de carcinoma medular de tireoide.

Eventos oculares, tal como visão embaçada, foram comuns em pacientes que receberam CAPRELSA®

para carcinoma medular de tireoide. Exames programados com a lâmpada-de-fenda revelaram

opacidades corneanas (Ceratopatia de Vortex) em pacientes tratados; no entanto, exames de rotina com

a lâmpada-de-fenda não são necessários para pacientes recebendo CAPRELSA®

.

Tabela 3 Achados laboratoriais

Achados laboratoriais

Proteina na urina por dipstick

(tira reagente)1

Muito comum

Sangue na urina por dipstick

Aumento do TSH sérico Muito comum

Aumento da amilase sérica Muito comum

Aumento da lipase sérica Muito comum

Aumento da hemoglobina Muito comum

Aumento da creatinina sérica 2

20

1

A Tabela 3 representa a incidência dos achados laboratoriais em um estudo clínico

randomizado de carcinoma medular de tireoide, e não de relatos de eventos adversos.

2

O aumento da creatinina sérica foi CTCAE nível 1-2, e pode estar relacionada à inibição do

transporte de proteínas humanas OCT2 (ver item Propriedades farmacocinéticas).

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham

indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado

corretamente, podem ocorrer eventos imprevisíveis ou desconhecidos. Neste caso,

notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou

para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Não há tratamento específico para o evento de superdosagem com CAPRELSA®

e os possíveis

sintomas não foram estabelecidos. Foi observado um aumento na frequência e gravidade de

algumas reações adversas, tais como rash, diarreia e hipertensão, em múltiplas doses ou acima de

300mg em voluntários saudáveis e em pacientes. Além disso, deve ser considerada a possibilidade

de prolongamento QT e Torsade de pointes.

As reações adversas associadas à superdosagem devem ser tratadas sintomaticamente;

particularmente, a diarreia grave deve ser gerenciada de forma adequada. Em caso de

superdosagem, as doses de CAPRELSA®

devem ser interrompidas e medidas apropriadas devem

ser tomadas para garantir que não ocorra evento adverso, ou seja, deve-se fazer ECG dentro de 24

horas para determinar o prolongamento QTc.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais

orientações.

21

22

III) DIZERES LEGAIS

MS - 1.1618.0246

Farm. Resp.: Dra. Gisele H. V. C. Teixeira - CRF-SP nº 19.825

Fabricado por: IPR Pharmaceuticals Inc. - Canovanas - Porto Rico

Embalado por: AstraZeneca UK Limited - Macclesfield - Cheshire - Reino Unido

Importado por: AstraZeneca do Brasil Ltda.

Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia - SP - CEP 06707-000

CNPJ 60.318.797/0001-00

www.astrazeneca.com.br

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

Todas as marcas nesta embalagem são propriedade do grupo de empresas AstraZeneca.

CAP006

Esta bula foi aprovada pela ANVISA em 11/12/2014.

Histórico de Alteração da Bula

Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas

Data do

expediente

Número do

Assunto

Data de

aprovação

Itens de bula

Versões

(VP/VPS)

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24/06/2013 0503573/13-2

10458-

MEDICAMENTO

NOVO - Inclusão

Inicial de Texto

de Bula – RDC

60/12

02/07/2012 0544884/12-1

1458 -

NOVO – Registro

de Medicamento

Novo

(Cumprimento de

exigência)

19/11/2012

Lançamento do Produto

(versão CAP004)

VP e VPS

Comprimidos

Revestidos

100 mg e 300

mg

01/08/2013 0630040/13-5

10451 –

NOVO –

Notificação de

Alteração de

Texto de Bula –

RDC 60/12

10451 -

NOVO -

Alteração de Texto

01/08/2013

INTERAÇÕES

MEDICAMENTOSAS

O QUE DEVO SABER

ANTES DE USAR

ESTE

MEDICAMENTO?

11/12/2014 ---

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