Bula do Cefaclor para o Profissional

Bula do Cefaclor produzido pelo laboratorio Ems S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Cefaclor
Ems S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO CEFACLOR PARA O PROFISSIONAL

cefaclor monoidratado

EMS S/A

Suspensão Oral

250mg/5mL e 375mg/5mL

"Medicamento genérico Lei nº. 9.787, de 1999"

APRESENTAÇÕES

Embalagens contendo 80, 100, 120 ou 150mL de cefaclor 250mg/5mL + seringa plástica dosadora +

colher dosadora.

Embalagens contendo 50, 80, 100, 120 ou 150mL de cefaclor 375mg/5mL + seringa plástica dosadora +

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 MÊS DE IDADE

COMPOSIÇÃO

cada 5 ml de cefaclor monoidratado líquido 250mg contém:

cefaclor monoidratado*................................................................................................................262,241mg

veículo** q.s.p.........................................................................................................................................5mL

*equivalente a 250 mg de cefaclor

**sacarose, cloreto de sódio, butilparabeno, estearato de alumínio vegetal, lecitina de soja, óleo de

mamona hidrogenado, vanilina, essência de morango, aroma de guaraná, corante alumínio laca amarelo

de tartrazina 5, corante alumínio laca amarelo de crepúsculo 6 e óleo de côco fracionado.

“Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza

alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido

acetilsalicílico”.

Cada 5 ml de cefaclor monoidratado líquido 375mg contém:

cefaclor monoidratado* ................................................................................................................393,362mg

veículo**....................................................................................................................................................5ml

*equivalente a 375mg de cefaclor

mamona hidrogenado, vanilina, essência de morango, corante alumínio laca vermelho de eritrosina 3 e

óleo de coco fracionado.

“Atenção: este medicamento contém açúcar (sacarose), portanto, deve ser usado com cautela em

portadores de Diabetes.”

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Cefaclor monoidratado é indicado para o tratamento das seguintes infecções causadas por cepas de

microrganismos sensíveis a este antibiótico:

Otite média causada por S. pneumoniae, H. influenzae, S. pyogenes (beta-hemolíticos do grupo A) e M.

catarrhalis.

Infecções do trato respiratório inferior, incluindo pneumonia, causadas por S. pneumoniae, H. influenzae,

S. pyogenes (beta-hemolíticos do grupo A) e M. catarrhalis.

Infecções do trato respiratório superior, incluindo faringite e tonsilite (amigdalite), causadas por S.

pyogenes (beta-hemolíticos do grupo A) e M. catarrhalis.

Nota: A penicilina é a droga de eleição no tratamento e prevenção das infecções estreptocócicas,

incluindo a profilaxia da febre reumática.

A amoxicilina foi recomendada pela American Heart Association como a droga padrão na profilaxia da

endocardite bacteriana em pacientes submetidos a cirurgias dental, oral e do trato respiratório superior,

nas quais foi usada penicilina V como uma alternativa racional, e aceitável nessas circunstâncias para a

profilaxia contra a bacteremia causada por estreptococos alfa-hemolíticos. O cefaclor é geralmente eficaz

na erradicação de estreptococos da nasofaringe; contudo, dados substanciais estabelecendo a eficácia do

cefaclor na prevenção subseqüente tanto da febre reumática quanto da endocardite bacteriana não estão

disponíveis até o momento.

Infecções do trato urinário, incluindo pielonefrite e cistite, causadas por E. coli, P. mirabilis, Klebsiella sp

e estafilococos coagulase-negativo.

Nota: O cefaclor é eficaz em infecções agudas e crônicas do trato urinário.

Infecções da pele e anexos causadas por S. aureus e S. pyogenes (beta-hemolíticos do grupo A).

Sinusites

Uretrites gonocócicas

Para determinar a sensibilidade do patógeno ao cefaclor, devem ser feitos testes de sensibilidade e

culturas.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Otite Média Aguda1

:

Em estudo realizado com quarenta crianças diagnosticadas com otite média aguda, foram analisados dois

tratamentos: cefprozil na dose de 30 mg/kg/dia em suas tomadas diárias e com cefaclor na dose de 40

mg/kg/dia, ambos durante 10 dias. A avaliação da eficácia do antibiótico foi analisada pela presença ou

ausência de sintomas, de febre e de alterações otoscópicas, e a da tolerabilidade, pela informação

espontânea de possíveis eventos adversos.

Resultados: Houve diminuição significante do número de alterações entre o 3º e 5º dia de tratamento para

o grupo cefprozil em relação ao cefaclor, enquanto entre o 10º e 14º após o início do tratamento o índice

de cura foi clinicamente semelhante. Ambos os medicamentos foram bem tolerados. Apenas três crianças

que receberam cefprozil apresentaram eventos adversos leves (náuseas e vômitos), sendo que nenhuma

precisou interromper o tratamento.

Assim, a eficácia clínica das duas cefalosporinas foi semelhante, com início de ação mais rápida do

cefprozil em relação ao cefaclor, entre o 3º e 5º dias de tratamento. Os resultados favoráveis obtidos, a

baixa incidência de eventos adversos e a cômoda posologia (a cada 12 horas) sugerem ser o cefprozil

mais um antimicrobiano adequado para tratamento de otite média aguda em crianças, quando essa

conduta terapêutica for indicada.

Infecções cutâneas2

Em estudo clínico realizado com pacientes apresentando infecções cutâneas, cefaclor provou ser eficaz.

Acima de 90% dos pacientes com impetigo bolhoso por Staphylococcus, Streptococcus ou com uma

forma mista de pioderma foram curados após 7-10 dias de tratamento. Além disso, uma terapia duas

vezes ao dia, realizada recentemente, provou como efetiva nestas formas de infecção como feito no

esquema convencional de dose. Não foram observadas reações adversas importantes. Cefaclor parece ser

uma cefalosporina via oral com boa absorção, sendo eficaz para infecções cutâneas.

Infecções Respiratórias Agudas:

Foi realizado um estudo aberto, comparativo de cefaclor em adultos com exacerbações agudas de

bronquite crônica (54 pacientes) ou pneumonia (24 pacientes). A dosagem utilizada foi de cefaclor de 250

mg ou 500 mg por via oral três vezes ao dia. A cura foi obtida em 39 dos 42 (93%) dos pacientes tratados

com a dose mais baixa e 32 de 33 (97%) na dose mais elevada. A cura clínica foi obtida em 39 dos 42

(93%) dos doentes tratados com a dose mais baixa e 32 de 33 (97%) na dose mais elevada. Os efeitos

colaterais foram mínimos e do antibiótico foi muito bem tolerada. Cefaclor foi considerado eficaz e

seguro no tratamento de infecções agudas do trato respiratório.3

Em um outro estudo, foram estudados 24 pacientes com diagnóstico de infecção do trata respiratório

inferior, pneumonia ou bronquite, caracterizadas pela presença de tosse com expectoração purulenta, com

a análise do escarro mostrando a presença de leucócitos e piócitos, assim como flora bacteriana. Os

pacientes receberam ou cefprozil ou cefaclor conforme randomização prévia, constituindo dois grupos de

12 pacientes. Não houve diferença significativa entre os grupos em relação a idade, sexo ou patologias

pulmonares associadas (três pacientes em cada grupo). No grupo tratado com cefaclor houve 1 falência de

tratamento, um paciente cujo exame de escarro mostrava diplococos gram-positivo. Ambas as drogas

foram bem toleradas pelos pacientes e, embora no grupo do cefprozil tenha havido uma incidência maior

de diarréia (4 pacientes em relação a 2 do grupo do cefaclor), não houve necessidade de suspensão do

tratamento em nenhuma ocasião. Os resultados sugeriram que ambas as drogas têm boa eficácia no

tratamento das infecções do trato respiratório inferior, sendo bem toleradas.4

Referências bibliográficas:

1

CARVALHO, Eduardo S.; CAMPOS, Sandra O.; PIGNATARI, Shirley N.. Avaliação da eficácia e da

segurança do cefprozil versus cefaclor no tratamento de otite média aguda em crianças. Jornal de

Pediatria - Vol. 74, Nº6, 1998. São Paulo – SP.

2

DILLON, H.C.Jr.; GRAY, B.M.; WARE, J.C..Clinical and laboratory studies with cefaclor: efficacy in

skin and soft tissue infections. Jornal de Pós-graduação de Medicina. 1979; 55 Supl. 4: 77-81.

3

MATTSON, K.; RENKONEN, O.V.; LAITINEN, L.; NIKANDER-HURME, R.. O tratamento da

bronquite aguda e pneumonia com cefaclor. Jornal de Pós-graduação de Medicina 1979; 55 Supl. 4: 59-

61.

4

PINHEIRO, B.V.; UEHARA, C.; MACHADO, M.A.O.; BARETTA, M.C.C.; ROMALDINI, H..

Disciplina de Pneumologia. Estudo prospectivo randomizado comparando cefaclor e cefprozil no

tratamento de infecções respiratórias em adultos. Jornal Brasileiro de Pneumologia, outubro de 1994.

Microbiologia - Os estudos in vitro demonstraram que a ação bactericida das cefalosporinas resulta da

inibição da síntese da parede celular.

Embora os estudos in vitro tenham demonstrado sensibilidade ao cefaclor da maioria das seguintes cepas,

a eficácia clínica para outras infecções além das descritas no item indicações é desconhecida:

Aeróbios Gram-positivos: Estafilococos, incluindo cepas coagulase-positivas e negativas e as produtoras

de penicilinase (quando testadas por métodos in vitro) que apresentam resistência cruzada com a

meticilina; Streptococcus pneumoniae; Streptococcus pyogenes.

Aeróbios Gram-negativos: Citrobacter diversus; Escherichia coli; Haemophilus influenzae, incluindo

cepas produtoras de betalactamase resistentes à ampicilina; Klebsiella sp.; Moraxella (Branhamella)

catarrhalis; Neisseria gonorrhoeae; Proteus mirabilis.

Anaeróbios: Bacteroides sp. (excluindo Bacteroides fragilis); Peptococcus niger; Peptostreptococcus sp;

Propionibacterium acnes.

Nota: Os estafilococos meticilino-resistentes e a maioria das cepas de enterococos (Enterococcus faecalis

[anteriormente Streptococcus faecalis]e Enterococcus faecium [anteriormente Streptococcus faecium) são

resistentes ao cefaclor e a outras cefalosporinas. O cefaclor não é ativo contra a maioria das cepas de

Enterobacter sp., Serratia sp., Morganella morganii, Proteus vulgaris e Providencia rettgeri. Não é ativo

contra Pseudomonas sp. ou Acinetobacter sp.

Testes de Sensibilidade - Difusão - os métodos quantitativos que requerem medidas de diâmetros de halos

de inibição fornecem estimativas mais precisas da sensibilidade da bactéria aos antibióticos. O método

padrão recomendado para testar a sensibilidade dos microrganismos ao cefaclor emprega discos com

30mcg de cefaclor. A interpretação do método correlaciona os diâmetros dos halos de inibição obtidos

com os discos com a concentração inibitória mínima (CIM) para cefaclor. Os resultados dos testes de

sensibilidade padrão com o disco único contendo 30mcg de cefaclor devem ser interpretados de acordo

com os seguintes critérios:

Diâmetro do halo (mm) Interpretação

>18 (S) Sensível

15 – 17 (I) Intermediário

<14 (R) Resistente

Quando testar * H. influenzae:

>20 (S) Sensível

17 – 19 (I) Intermediário

<16 (R) Resistente

*Teste de sensibilidade com disco usando meio de cultura para Haemophilus (HTM).

Embora o espectro de atividade do cefaclor seja qualitativamente semelhante ao da cefalotina e de outras

cefalosporinas de primeira geração, sua atividade contra H. influenzae é consideravelmente maior. Por

isso, deve ser usado um disco contendo 30mcg de cefaclor para determinar a sensibilidade do H.

influenzae usando o método acima recomendado.

Para testar H. influenzae e outros microrganismos usando o agar de Müeller-Hinton suplementado com

hemoglobina e um suplemento comercial, os critérios de interpretação dos diâmetros dos halos são

idênticos aos usados com os discos de cefalotina: 18 mm = sensível, 15 a 17 mm = moderadamente

sensível (intermediário para Haemophilus) e 14 mm = resistente.

Um resultado "sensível" indica que o patógeno será inibido pelos níveis sangüíneos normalmente

alcançados. Um resultado "intermediário" sugere que o microrganismo deve ser sensível se for usado o

limite superior da dose recomendada ou se a infecção estiver confinada nos tecidos e líquidos, onde são

atingidos altos níveis do antibiótico. Um resultado "resistente" indica que as concentrações alcançadas

não serão suficientes para inibir o microrganismo e outra terapia deve ser selecionada.

Os métodos padronizados requerem o uso de microrganismos de controle em laboratório.

O disco de cefaclor com 30mcg deve dar os seguintes halos de inibição:

Microrganismo Diâmetro do Halo (mm)

E. coli ATCC 25922 23 - 27

S. aureus ATCC 259 23 27 - 31

H. influenzae ATCC 49766* 25 – 31

*Testes de sensibilidade com disco, usando meio de cultura para Haemophilus (HTM).

Diluição - Usar o método de diluição padronizado em caldo, agar, microdiluição ou equivalente. Os

valores de concentração inibitória mínima (CIM) obtidos devem ser interpretados de acordo com os

seguintes critérios:

CIM (mcg/mL) Interpretação

>8 (S) Sensível

16 (I) Intermediário

<32 (R) Resistente

Como o método de difusão padrão, os métodos de diluição requerem o uso de microrganismos de controle

em laboratório. O cefaclor padrão deve fornecer os seguintes valores de CIM:

Microrganismo CIM (mcg/mL)

S.aureus ATCC 29213 1 - 4

E. coli ATCC 25922 1 - 4

E. faecalis ATCC 29212 > 32

H. Influenzae ATCC 49766* 1 – 4

*Testes de microdiluição em caldo usando meio de cultura para Haemophilus (HTM).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Características químicas: O cefaclor é quimicamente designado ácido 3-cloro-7-D-(2-fenilglicinamido)-3-

cefem-4 carboxílico.

Fórmula Química:

C15H14Cl2N3O4S.H2O.

Peso Molecular: 385,82.

Trata-se de um pó cristalino branco; pouco ou ligeiramente solúvel em água; praticamente insolúvel em

álcool metílico, em clorofórmio e em cloreto de metileno.

Mecanismo(s) de ação: O cefaclor é um antibiótico (cefalosporina de segunda geração), bactericida que

age primariamente por interferência nos processos de síntese da parede bacteriana e por ativação de

mecanismos autolíticos. Sua ação depende de ligação com enzimas envolvidas na síntese do componente

peptidoglicano da parede celular. Diferentes cefalosporinas ligam-se a diferentes enzimas, com diferentes

afinidades, desta forma parcialmente explicando as diferenças de atividades apresentadas pelos vários

compostos.

Farmacocinética: O cefaclor é bem absorvido no trato gastrintestinal após administração oral a pacientes

em jejum. A absorção total é a mesma se a droga for administrada em presença ou não de alimentos;

contudo, quando o cefaclor é ingerido com alimentos, a concentração sérica máxima alcançada é de 50 a

75% da observada quando a droga é administrada a pacientes em jejum e, geralmente, é mensurável após

45 a 60 minutos.

A ligação às proteínas é de baixa a moderada (25%).

O volume de distribuição é de 0,24 a 0,36 l/Kg.

A biodisponibilidade é de 95%.

Atravessa a barreira placentária.

Cefaclor não sofre biotransformação.

Aproximadamente 60 a 85% da droga são excretados de forma inalterada na urina dentro de 8 horas após

a ingestão, sendo a maior quantidade excretada nas primeiras duas horas. Durante este período de 8 horas,

as concentrações máximas na urina, após doses de 250 mg, 500 mg e 1g, foram de aproximadamente 600,

900 e 1900mcg/ml, respectivamente. A meia-vida sérica em indivíduos normais é de aproximadamente 1

hora (variação de 0,6 a 0,9, ou seja, 36 a 54 minutos). Em pacientes com função renal reduzida, a meia-

vida sérica do cefaclor é ligeiramente prolongada.

Naqueles pacientes com ausência completa de função renal, a meia-vida biológica da molécula intacta é

de 2,3 a 2,8 horas. Os mecanismos de excreção em pacientes com insuficiência renal grave não foram

determinados. A hemodiálise reduz a meia-vida em 25 a 30%.

Cefaclor é excretado no leite materno.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Cefaclor monoidratado é contraindicado para uso por pacientes alérgicos às penicilinas, a qualquer

componente da formulação, a outros antibióticos betalactâmicos e às cefalosporinas.

Este medicamento é contraindicado para menores de 1 mês de idade.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Antes de iniciar a terapia com cefaclor, deve ser feita uma verificação cuidadosa para determinar se o

paciente teve reações anteriores de hipersensibilidade ao cefaclor, cefalosporinas, penicilinas ou outras

drogas. Se este produto tiver que ser administrado a pacientes alérgicos à penicilina, deve-se ter cuidado

com a hipersensibilidade cruzada, incluindo anafilaxia entre os antibióticos betalactâmicos, que tem sido

claramente documentada.

Se ocorrer uma reação alérgica ao cefaclor, a droga deve ser interrompida e se necessário o paciente deve

ser tratado com drogas especiais, por ex.: aminas pressoras, anti-histamínicos ou corticosteróides.

Tem sido relatada colite pseudomembranosa com praticamente todos os antibióticos de largo espectro

(incluindo os macrolídeos, penicilinas semi-sintéticas e cefalosporinas); portanto, é importante considerar

este diagnóstico em pacientes que desenvolvam diarréia em associação ao uso de antibióticos. Tais colites

podem variar em gravidade de leve a gravíssima. Casos leves de colite pseudomembranosa geralmente

respondem somente com a interrupção da droga. Em casos moderados a graves devem ser tomadas

medidas apropriadas.

O uso prolongado de cefaclor pode resultar na proliferação de microrganismos resistentes. É essencial

cuidadosa observação do paciente. Se ocorrer uma superinfecção durante o tratamento, devem-se tomar

medidas apropriadas. Tem sido relatado teste de Coombs direto positivo durante o tratamento com os

antibióticos cefalosporínicos. Deve ser reconhecido que um teste de Coombs positivo pode ser devido à

droga, isto é, em estudos hematológicos ou nas provas de compatibilidade sangüínea para transfusão,

quando são realizados testes "minor" de antiglobulina ou nos testes de Coombs de recém-nascidos, cujas

mães receberam antibióticos cefalosporínicos antes do parto.

O cefaclor deve ser administrado com cautela em presença de insuficiência renal grave, uma vez que a

meia-vida em pacientes anúricos é de 2,3 a 2,8 horas, não havendo necessidade de se fazer ajustes de

doses em pacientes com insuficiência renal moderada ou grave.

A experiência clínica com cefaclor sob tais condições é limitada; portanto, deve ser feita cuidadosa

observação clínica e laboratorial.

No entanto, nos casos de insuficiência renal grave, recomenda-se redução das doses se o paciente estiver

utilizando doses elevadas de cefaclor ou concomitantemente agentes nefrotóxicos.

Antibióticos, incluindo as cefalosporinas, devem ser prescritos com cuidado a pacientes com história de

doença gastrintestinal, particularmente colites.

Antibióticos, incluindo o cefaclor, devem ser administrados cautelosamente a qualquer paciente que tenha

demonstrado alguma forma de alergia particularmente a drogas.

Carcinogênese, mutagênese e danos à fertilidade: não existem dados na literatura de estudos efetuados

para determinar o potencial para carcinogenicidade ou mutagenicidade. Os estudos de reprodução não

revelaram evidências de prejuízo à fertilidade.

Uso na gravidez: não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Essa droga deverá

ser usada durante a gravidez somente se realmente necessária.

Categoria de risco B: Os estudos em animais não demonstraram risco fetal, mas também não há estudos

controlados em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram riscos, mas que não foram

confirmados em estudos controlados em mulheres grávidas.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Trabalho de parto e parto: o efeito do cefaclor no trabalho de parto e no parto é desconhecido.

Uso durante a amamentação: o efeito em lactentes não é conhecido; portanto, o cefaclor deve ser

administrado com cuidado a mulheres amamentando.

Uso pediátrico: não foram ainda estabelecidas a segurança e a eficácia do cefaclor em recém-nascidos

com menos de um mês de idade.

Pacientes Idosos: a segurança e eficácia em pacientes idosos são similares ao observado em adultos. No

entanto o pico da concentração plasmática e a área sobre a curva (AUC) podem ser maiores em idosos

com valores séricos normais de creatinina do que em adultos. Ajuste na dosagem não é necessário em

pacientes idosos que apresentem valores de creatinina sérica normal.

Cefaclor monoidratado líquido 250mg/5ml

Este produto contém o corante amarelo de Tartrazina que pode causar asma brônquica,

especialmente em pessoas alérgicas ao Ácido Acetilsalicílico.

Cefaclor monoidratado líquido 250mg/5ml e Cefaclor monoidratado líquido 375mg/5ml

Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interações Medicamento-Medicamento: Houve raros relatos de aumento no efeito anticoagulante quando

o cefaclor e anticoagulantes orais foram administrados concomitantemente. Como ocorre com outros

antibióticos betalactâmicos, a excreção renal do cefaclor é inibida pela probenecida, conseqüentemente a

ação de cefaclor fica potencializada. A ação de cefaclor pode ser inibida pela administração simultânea de

agentes bacteriostáticos (tetraciclina, cloranfenicol, sulfamidas). Os antibióticos aminoglicosídeos, a

furosemida e ácido etacrínico aumentam a nefrotoxicidade do cefaclor.

O cefaclor pode ter sua absorção prejudicada quando administrado com antiácidos contendo alumínio e

magnésio.

Interação Medicamento-Alimento: Cefaclor deve ser administrado uma hora antes ou duas horas após as

refeições, pois os alimentos podem diminuir ou retardar as concentrações de cefaclor.

Interação Medicamentos-Exames Laboratoriais: Pacientes recebendo cefaclor poderão apresentar uma

reação falso-positiva para glicose na urina com as soluções de Benedict e Fehling e também com os

comprimidos de Clinistest, mas não com a Glico-Fita â (fita para teste enzimático da glicose).

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Manter em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC). Proteger da luz e manter em lugar seco.

Prazo de validade de 24 meses após a data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Cefaclor monoidratado 250 mg/5 ml suspensão oral se apresenta na forma de suspensão oleosa na cor

laranja, com a sabor e odor de morango e guaraná.

Cefaclor monoidratado 375 mg/5 ml suspensão oral se apresenta na forma de suspensão oleosa na cor

rosa, com a sabor e odor de morango.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Cefaclor monoidratado suspensão oral deve ser administrado uma hora antes ou duas horas após as

refeições.

Crianças: a posologia habitual diária recomendada é de 20mg/kg/dia em doses divididas a cada 8 horas.

Para bronquite e pneumonia, a posologia é de 20mg/kg/dia em doses administradas 3 vezes ao dia. Em

infecções mais graves, otite média e infecções causadas por microrganismos menos sensíveis, recomenda-

se 40mg/kg/dia, com um máximo de 1 g/dia.

Apresentação: Suspensão oral 250mg/5ml (agite bem antes de usar)

Cefaclor monoidratado líquido 20mg/kg/dia

Peso da criança

18,75 Kg 2,5 mL, 3 vezes ao dia

9,40 kg 2,5mL, 3 vezes ao dia

18,75 kg 5mL, 3 vezes ao dia

Tratamento Opcional 2 vezes ao dia - Para o tratamento de otite média e faringite, a dose total diária

pode ser dividida e administrada a cada 12 horas. Para facilitar essa posologia recomenda-se a

concentração de 375 mg/5 ml.

Apresentação: Suspensão oral 375 mg/5 ml

Cefaclor monoidratado Líquido 20mg/kg/dia (faringite)

18,75 kg 2,5mL, 2 vezes ao dia

Cefaclor monoidratado Líquido 20mg/kg/dia (otite média)

9,40 Kg 2,5 mL 2 vezes ao dia

18,75 kg 5mL, 2 vezes ao dia

Cefaclor monoidratado pode ser administrado na presença de insuficiência renal. Nessa condição, a

posologia normalmente não é alterada (ver precauções).

No tratamento de infecções causadas por estreptococos beta-hemolíticos, a dose terapêutica de

cefaclor deve ser administrada no mínimo por 10 dias.

Instrução de uso:

1. Antes de utilizar o medicamento pela primeira vez, agite

VIGOROSAMENTE o frasco até que todo o pó depositado no fundo

do frasco seja ressuspendido. Volte a agitar o frasco toda vez que for

utilizar o produto.

2 Retire a tampa do frasco de Cefaclor monoidratado e encaixe o bico

adaptador (fornecido com a seringa) na boca do frasco. Pressione até

que fique perfeitamente ajustado.

3 Encaixe a seringa dosadora no bico adaptador que foi colocado na

boca do frasco, vire o frasco de cabeça para baixo e puxe o êmbolo

da seringa até atingir a quantidade (dose) receitada pelo seu médico.

4 Administre a dose contida na seringa até atingir a quantidade (dose)

receitada pelo médico.

5 Feche bem o frasco.

Lave várias vezes a seringa com água, limpando-a bem para que se possa ser utilizada novamente.

Tampe a seringa e guarde-a em local limpo, junto com o frasco de Cefaclor monoidratado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reações comuns (>1% e <10%): doença do soro, candidíase vaginal.

Reações incomuns (> 0,1% e <1%): dor abdominal com cólicas, diarréia, náusea, candidíase oral,

vômitos.

Reações raras (>0,01% e <0,1%): reações alérgicas, anafilaxia, angioedema, febre medicamentosa,

eritema, eritema multiforme, anemia hemolítica, hipoprotrombinemia, prurido cutâneo, enterocolite

pseudomembranosa, doença renal, transtorno de apreensão, erupção cutânea, síndrome de Stevens-

Johnson , necrólise epidérmica tóxica, hepatite e icterícia colestática transitórias, reações relacionadas ao

tratamento (trombocitopenia, nefrite intersticial reversível), hiperatividade reversível, agitação,

nervosismo, insônia, confusão, hipertonia, tontura, alucinações, sonolência, anemia aplástica,

agranulocitose, neutropenia reversível, aumento de tempo de protrombina com ou sem sangramento

clínico quando o tratamento foi associado com cumarínicoso.

Reações com freqüência desconhecida: urticária, testes de Coombs positivos, casos de reações

semelhantes a doença do soro (manifestações da pele acompanhadas por artrite/artralgia, com ou sem

febre infrequentemente associadas a linfoadenopatia e proteinúria, ausência de complexos imunes

circulantes, astenia, edema (incluindo face e membros), dispnéia, parestesia, síncope ou vasodilatação,

eosinofilia, elevações leves das transaminases glutâmico-oxalacética (TGO) e glutâmico-pirúvica (TGP)

ou da fosfatase alcalina, linfocitose transitória, leucopenia, pequenas elevações na uréia nitrogenada

sanguínea (BUN) ou creatinina sérica ou uroanálises anormais, convulsões.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a

Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.