Bula do Cipramil para o Profissional

Bula do Cipramil produzido pelo laboratorio Lundbeck Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Cipramil
Lundbeck Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO CIPRAMIL PARA O PROFISSIONAL

CIPRAMIL®

Lundbeck Brasil LTDA

Comprimidos Revestidos

20 mg

BULA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE - CIPRAMIL®

COMPRIMIDOS

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

bromidrato de citalopram

APRESENTAÇÕES

COMPRIMIDOS REVESTIDOS

USO ADULTO

ADMINISTRAÇÃO

VIA ORAL

20 mg comprimidos: cartuchos de cartolina com 2 cartelas com 14 comprimidos cada.

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido do CIPRAMIL®

contém 24,98 mg de bromidrato de citalopram, equivalente a 20 mg

de citalopram base (substância ativa desse medicamento), respectivamente.

Contém também os excipientes: amido, lactose, celulose microcristalina, copolividona, glicerol a 85%,

croscarmelose sódica, estearato de magnésio, hipromelose e macrogol 400, dióxido de titânio.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

CIPRAMIL®

é usado para tratar a depressão e, após a melhora, para prevenir a recorrência desses sintomas.

é usado em tratamentos de longo prazo para prevenir a recorrência de novos episódios depressivos em

pacientes que tem depressão recorrente.

é eficaz também para o tratamento de pacientes com transtorno do pânico com ou sem agorafobia e

para o tratamento de pacientes com transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICA

TOXICIDADE AGUDA

O citalopram tem baixa toxicidade aguda.

TOXICIDADE CRÔNICA

Em estudos de toxicidade crônica não foram observadas restrições para o uso terapêutico do citalopram.

ESTUDOS REPRODUTIVOS

Baseado nos dados dos estudos de toxicidade reprodutiva (segmentos I, II e III) não há razão para preocupações

especiais com o uso do citalopram em mulheres com potencial para engravidar.

Estudos embriotóxicos em ratos com doses de 56 mg/kg/dia, que causam toxicidade materna, mostraram anomalias

ósseas na região da coluna vertebral e costelas. Os níveis plasmáticos maternos foram de 2 a 3 vezes maiores do que

a concentração terapêutica em humanos. Em ratos o citalopram não teve nenhum efeito na fertilidade, gravidez e

desenvolvimento pós-natal, mas diminui o peso dos filhotes nascidos. O citalopram e seus metabólitos atingem

concentrações fetais, que são 10 a 15 vezes maiores que os níveis plasmáticos maternos.

Dados de estudos em animais demonstraram que o citalopram induz a redução dos índices de fertilidade e de

gravidez, a redução no número de implantações e a anormalidades no esperma em níveis de exposição bem acima

dos níveis de exposição humana.

POTENCIAL MUTAGÊNICO E CARCINOGÊNICO

O citalopram não tem potencial mutagênico ou carcinogênico.

ESTUDOS EM HUMANOS

DEPRESSÃO

ESTUDOS PLACEBO-CONTROLADOS DE CURTO-PRAZO

Um estudo1

de dose fixa em depressão maior (moderada a grave) (critérios do DSM-III-R) incluiu pacientes (n=650)

que receberam diariamente placebo ou citalopram nas doses de 10mg, 20mg, 40mg ou 60mg. Todos os grupos que

receberam o citalopram demonstraram melhora significativa das pontuações do item humor deprimido da Escala de

Depressão de Hamilton (HAM-D) (p < 0,01), na Subescala de Melancolia da HAM-D, na Escala de Impressão

Clínica Global (CGI) e na Escala de Depressão de Montgomery-Asberg (MADRS) (resposta; p < 0,05). Ao final do

estudo (semana 6), os grupos de 10 e 20 mg/dia apresentaram vantagem estatística em comparação ao placebo na

CGI, no item humor deprimido da HAM-D e na MADRS, e os grupos que receberam doses de 40 e 60 mg/dia

apresentaram superioridade estatística na CGI, na MADRS, no item humor depressivo da HAM-D e na pontuação

total da HAM-D.

Em outro estudo2

, de dose flexível (citalopram de 20 a 80 mg/dia), multicêntrico, placebo-controlado, de curto prazo

(4 semanas), em pacientes com depressão maior leve a moderada (critérios do DSM-III-R), os pacientes do grupo

citalopram apresentaram melhora significativa em relação ao início na HAM-D (p < 0,05), na CGI (p < 0,05) e na

Escala de Auto avaliação da Depressão de ZUNG (ZUNG) (p < 0,05).

1) Feighner J.P. & Overo K.. Multicenter, placebo-controled, fixed dose study of citalopram in moderate to severe

depression. Journal of Clinical Psychiatry, 1999, 60 (12): 824-830.

2) Mendels J., Kiev A., Fabre L.F.. Double-blind comparison of citalopram and placebo in depressed outpatients

with melancholia. Depression and Anxiety, 1999, 9: 54-60.

DEPRESSÃO - PREVENÇÃO DE RECAÍDA E RECORRÊNCIA

ESTUDOS DE LONGO PRAZO, PLACEBO-CONTROLADOS.

Em dois estudos placebo-controlados (n=207 e n=226) os pacientes que preencheram os critérios para resposta

clínica (pontuação total na Escala de Depressão de Montgomery-Asberg - MADRS < 12) após 6-8 semanas de

tratamento, oriundos de um estudo placebo-controlado (20 ou 40mg/dia de citalopram) e de um estudo aberto com

citalopram (20-60mg/dia), foram randomizados para uma nova fase de 24 semanas de tratamento sem alteração das

doses do citalopram ou do placebo1, 2

. Nos dois estudos demonstrou-se uma vantagem significativa do citalopram

sobre o placebo (p<0,05). O percentual de recaída para os pacientes em tratamento com citalopram foi de 10,5% e

13,8% respectivamente, nos dois estudos, comparados com 31% e 24,3% para os pacientes que receberam placebo.

Citalopram nas doses de 20, 40 ou 60mg/dia é efetivo na prevenção da recaída da depressão em pacientes que

inicialmente responderam a terapia antidepressiva.

1) Montgomery S.A., Rasmussen J.G.C. & Tanghoj. A 24-week study of 20mg citalopram, 40mg citalopram and

placebo in the prevention of relapse of major depression. Int Clin Psychopharmacol, 1993, 8:181-8.

2) Robert P., Montgomery S.A. Citalopram in doses of 20-60mg is effective in depression relapse prevention: a

placebo-controlled 6 month study. Int Clin Psychopharmacol, 1995, 19(suppl 1): 29-35.

TRANSTORNO DO PÂNICO

Um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, placebo-controlado, de 8 semanas, incluiu 475 pacientes com

transtorno do pânico (com ou sem agorafobia), e comparou o citalopram ao placebo e à clomipramina. A resposta

foi definida como pontuação de 0 ou 1 para o item ataque de pânico na Escala de Ansiedade Clínica (CAS). Os

melhores resultados foram obtidos com o citalopram, em doses entre 20 e 30mg/dia1

.

Em uma extensão cega deste estudo, de longa duração (12 meses), os grupos que receberam citalopram 20- 30 ou

40-60mg/dia apresentaram resposta significativamente superior ao grupo placebo (p=0,001 e p=0,003,

respectivamente). O grupo clomipramina (60 ou 90mg/dia) não apresentou diferenças em relação ao grupo placebo2

Os percentuais de resposta em todo o período de tratamento indicaram que citalopram 20-60mg/dia é efetivo no

tratamento do transtorno de pânico 1,2

1) Wade et al. The effect of citalopram in panic disorder. Br J Psychiatry, 1997, 170:549-53.

2) Lepola et al. A controlled, prospective, 1-year trial of citalopram in the treatment of panic disorder. J Clin

Psychiatry, 1998, 59: 528-34.

TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC)

Um estudo multicêntrico, duplo-cego, randomizado, placebo-controlado, de 12 semanas, com 400 pacientes com

TOC, incluiu, além do grupo placebo, grupos com citalopram nas doses de 20, 40 e 60mg/dia. Neste estudo, os três

grupos de droga ativa apresentaram superioridade estatística comparados ao placebo na Escala de Obsessão-

Compulsão de Yale-Brown –(Y-BOCS;p<0,01 para 20mg/dia e p<0,001 para 40 e 60mg/dia)1

1) Montgomery S.A., Kasper S., Stein D.J., Bang Hedegaard K., Lemming O.M.. Citalopram 20 mg, 40 mg and 60

mg are all effective and well tolerated compared with placebo in obsessive-compulsive disorder. Int Clin

Psychopharmacol., 2001, 16(2):75-86.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

FARMACODINÂMICA

MECANISMO DE AÇÃO

Estudos bioquímicos e comportamentais mostraram que o citalopram é um potente inibidor da recaptação da

serotonina (5-HT). A tolerância para a inibição da recaptação de 5-HT não é induzida pelo tratamento prolongado

com o citalopram. O citalopram é um dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) de maior

seletividade descritos até o momento, com nenhum ou mínimo efeito sobre a recaptação da noradrenalina (NA),

dopamina (DA) e ácido gamaminobutírico (GABA).

Ao contrário dos antidepressivos tricíclicos e de alguns dos mais novos inibidores da recaptação da serotonina, o

citalopram não apresenta afinidade, ou esta é muito baixa, aos receptores 5-HT1A, 5-HT2, DA, D1 e D2, aos

adrenoreceptores α1-, α2-, ß,, aos receptores histamínicos H1, aos receptores coliinérgicos , benzodiazepínicos e

opióides.

Uma série de testes funcionais- in vitro em órgãos isolados, bem como testes funcionais in vivo, confirmaram a falta

de afinidade por esses receptores. Essa ausência de efeitos sobre receptores poderia explicar porque o citalopram

produz uma quantidade menor de efeitos colaterais tradicionalmente relacionados aos antidepressivos como boca

seca, distúrbios vesicais e intestinais, visão turva, sonolência, cardiotoxicidade e hipotensão ortostática.

Os principais metabólitos do citalopram são também ISRSs, embora as relações de potência e seletividade deles

sejam menores que as do citalopram. No entanto, as relações de seletividade dos metabólitos são maiores que as de

vários dos ISRSs mais novos. Os metabólitos não contribuem para o efeito antidepressivo total.

PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS

A supressão do sono durante o estágio REM (rapid eyes moviment - movimento rápido dos olhos) é considerada um

fator preditivo da atividade antidepressiva. Como os ADT, outros ISRSs e os inibidores da monoaminooxidase

(IMAO), o citalopram suprime o sono REM e aumenta o sono profundo de ondas lentas.

Embora não se ligue a receptores opióides, o citalopram potencializa o efeito antinociceptivo de analgésicos

opióides comumente utilizados.

Em humanos o citalopram não compromete os desempenhos cognitivo e psicomotor e apresenta pouca ou nenhuma

propriedade sedativa, seja sozinho ou em associação com álcool.

O citalopram não reduziu o fluxo de saliva em um estudo de dose única em voluntários humanos e não teve

nenhuma influência significativa sobre parâmetros cardiovasculares em nenhum dos estudos com voluntários sadios.

Citalopram não altera níveis séricos de hormônio do crescimento. Citalopram como outros ISRSs pode aumentar a

prolactina no plasma, um efeito secundário sobre a prolactina estimulando a serotonina e sem importância clínica.

Em um estudo duplo-cego de ECG, placebo controlado em voluntários sadios, a alteração da linha de base QTc

(Fridericia-correction) foi 7.5 (90%Cl 5.9-9.1)ms com uma dose de 20 mg/dia e 16.7 (90%Cl 15.0-18.4)ms com

uma dose de 60 mg/dia (Ver: Contra-Indicações, Advertências e Precauções, Interações Medicamentosas, Reações

Adversas e Superdose)

PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS

ABSORÇÃO

A absorção do citalopram é quase completa e independe da ingestão de alimentos (Tmáx médio de 3 horas).

A biodisponibilidade absoluta é aproximadamente 80%.

DISTRIBUIÇÃO

O volume de distribuição aparente (Vd)β é cerca de 12 a 17 l/kg, após administração oral. A ligação às proteínas

plasmáticas é menor que 80% para o citalopram e seus principais metabólitos.

BIOTRANSFORMAÇÃO

O citalopram é metabolizado nos derivados ativos desmetilcitalopram, didesmetilcitalopram e citalopram-N-óxido, e

em um derivado inativo, o ácido propiônico deaminado. Todos os metabólitos ativos também são inibidores

seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs), porém mais fracos que o composto original. O citalopram inalterado é

o composto predominante no plasma. As concentrações de desmetilcitalopram e didesmetilcitalopram geralmente

correspondem a 30% - 50% e 5% – 10% da concentração de citalopram, respectivamente. A biotransformação do

citalopram em desmetilcitalopram é mediada pela isoenzima CYP2C19 (aproximadamente 38%), CYP3A4

(aproximadamente 31%) e CYP2D6 (aproximadamente 31%).

ELIMINAÇÃO

A meia-vida de eliminação (T1/2β) é de cerca de um dia e meio, o clearance plasmático do citalopram sistêmico (Cls)

é de aproximadamente 0,3 a 0,4 l/min e a o clearance plasmático do citalopram oral é de aproximadamente 0,4

l/min. O citalopram é excretado principalmente através do fígado (85%) e o restante (15%) através dos rins; 12% a

23% da dose diária são excretados através da urina na forma de citalopram inalterado. A depuração hepática

(residual) é de aproximadamente 0,3 l/min e a depuração renal é de aproximadamente 0,05 a 0,08 l/min.

LINEARIDADE

A cinética é linear. Os níveis plasmáticos são alcançados em uma a duas semanas. Concentrações médias de 300

nmol/l (165 a 405 nmol/l) são alcançadas com uma dose diária de 40 mg.

PACIENTES IDOSOS (> 65 ANOS)

As meias-vidas mais longas (1,5 a 3,75 dias) e os valores de depuração diminuídos (0,08 a 0,3 l/min), decorrentes de

uma redução da velocidade de metabolização, foram demonstrados em pacientes idosos. O tempo da concentração

de estado de equilíbrio em idosos foi cerca de duas vezes maior que em pacientes mais jovens tratados com a mesma

dose.

FUNÇÃO HEPÁTICA REDUZIDA

O citalopram é eliminado mais lentamente em pacientes com função hepática reduzida. A meia-vida do citalopram,

nesses casos, foi aproximadamente duas vezes mais longa e as concentrações de citalopram em equilíbrio, em uma

determinada dose, serão duas vezes maiores que em pacientes com função hepática normal.

FUNÇÃO RENAL REDUZIDA

O citalopram é eliminado mais lentamente em pacientes com redução leve a moderada da função renal, sem nenhum

impacto maior em sua farmacocinética. No momento, não há nenhuma informação disponível para o tratamento de

pacientes com função renal gravemente reduzida (clearance de creatinina < 30 ml/min). (Ver: Posologia e Modo de

Usar)

POLIMORFISMO

Pesquisas in vivo mostraram que a metabolização do citalopram não exibe nenhum polimorfismo clinicamente

importante na oxidação da esparteína/debrisoquina (CYP2D6). Como precaução, no caso de metabolizadores pobres

da enzima CYP2C19, deve ser considerada uma dose inicial de 10 mg/dia. (ver: Posologia e Modo de Usar)

RELAÇÃO FARMACOCINÉTICA/FARMACODINÂMICA

Não há relação clara entre níveis plasmáticos de citalopram e resposta terapêutica ou eventos adversos.

Os metabólitos não contribuem para o efeito antidepressivo geral.

4. CONTRA-INDICAÇÕES

O CIPRAMIL®

é contra-indicado em pacientes que apresentam hipersensibilidade ao citalopram ou a qualquer um

de seus componentes (ver: Composição).

O tratamento concomitante com IMAO (inibidores da monoaminoxidase) e pimozida é contra-indicado (ver

Interações Medicamentosas).

Citalopram não deve ser dado a pacientes recebendo Inibidores de Monoamino Oxidase (IMAOs) incluindo

selegilina em doses diárias que excedam 10 mg/dia. Citalopram não deve ser administrado por até catorze dias após

a descontinuação de um IMAO irreversível ou pelo tempo especificado após a descontinuação de um IMAO

reversível (RIMA), como descrito no texto de bula do RIMA. IMAOs não devem ser introduzidos antes de sete dias

após descontinuação do citalopram (ver: Interações Medicamentosas).

Citalopram é contra-indicado para uso concomitante com linezolida a menos que seja possível monitorar de perto a

pressão sanguínea do paciente (ver Interações Medicamentosas).

Citalopram é contra-indicado em pacientes que apresentam prolongamento do intervalo QT ou síndrome congênita

do prolongamento QT

FERTILIDADE, GRAVIDEZ E LACTAÇÃO

GRAVIDEZ

Categoria de risco B: não há dados clínicos disponíveis do citalopram sobre a exposição durante a gravidez.

Uma grande quantidade de dados de mulheres grávidas (mais do que 2500 exposições relatadas) indicou não haver

malformação do feto ou toxicidade neonatal. Entretanto, o citalopram não deve ser usado durante a gravidez a menos que

seja claramente necessário e somente após uma avaliação criteriosa do benefício/risco..

Recém-nascidos devem ser observados se o uso materno de Cipramil continua nas fases finais da gravidez,

especialmente no terceiro trimestre. A descontinuação abrupta deve ser evitada durante a gravidez.

Os seguintes sintomas podem ocorrer nos neonatos após uso maternal de ISRS / uso SNRI nos estágios mais

avançados da gravidez: dificuldade respiratória, cianose, apnéia, convulsões, instabilidade térmica, dificuldade de

alimentação, vômitos, hipoglicemia, hipertonia, hipotonia, hiperreflexia, tremor, agitação, irritabilidade., letargia,

choro constante, sonolência e dificuldade para dormir. Estes sintomas podem ser devido a efeitos serotoninérgicos

ou sintomas de descontinuação. Na maioria dos casos, as complicações iniciam-se imediatamente ou brevemente

(<24 horas) após o parto.

Dados epidemiológicos sugerem que o uso de ISRS durante a gravidez, especialmente no final da gravidez, podem

aumentar o risco de hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido (HPP). O risco observado foi de cerca de 5

casos por 1.000 gestações. Na população geral 1-2 casos de HPP por 1000 gestações ocorrem.

Baseado em dados de estudos de toxicidade reprodutiva (segmento I, II e III) não há nenhuma razão para ter

preocupação especial com o uso de citalopram em mulheres em idade fértil

LACTAÇÃO

O citalopram é excretado no leite materno em baixas concentrações. Estima-se que o lactente receberá cerca de 5%

do peso da dose diária materna relacionados (em mg / kg). Nenhuma ou apenas pequenos eventos têm sido

observados em lactentes. No entanto, a informação existente é insuficiente para a avaliação do risco para a criança.

Recomenda-se precaução.

FERTILIDADE

Dados de estudos em animais mostraram que o citalopram pode afetar a qualidade do esperma (ver: Dados de

Segurança Pré-Clinica).

Relatos de casos em humanos com alguns ISRSs mostram que este efeito na qualidade do esperma é reversível.

Até o momento não foi observado impacto na fertilidade humana.

Não usar CIPRAMIL®

durante a gravidez, a menos que a necessidade seja clara e seja avaliado

cuidadosamente o risco-benefício do uso deste medicamento.

ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS SEM

ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

As seguintes advertências e precauções aplicam-se à classe terapêutica dos ISRSs (Inibidores Seletivos da

Recaptação de Serotonina).

CRIANÇAS E ADOLESCENTES (< 18 ANOS DE IDADE)

Não usar o CIPRAMIL®

para tratar crianças ou adolescentes menores de 18 anos, a menos que a necessidade

clínica seja clara e o paciente seja cuidadosamente monitorado pelo médico quanto ao aparecimento de sintomas

suicidas. Em estudos clínicos realizados com crianças e adolescentes tratados com antidepressivos, comparados com

o placebo, foi observado aumento da hostilidade e do comportamento suicida (tentativas de suicídio e pensamentos

suicidas). Não existem dados de longo-prazo pela utilização por crianças e adolescentes no que se refere a

crescimento, maturação e desenvolvimento cognitivo e comportamental.

ANSIEDADE PARADOXAL

Alguns pacientes com transtorno do pânico podem apresentar sintomas de ansiedade intensificados no início do

tratamento com antidepressivos. Esta reação paradoxal geralmente desaparece dentro de 02 semanas durante o

tratamento contínuo. Recomenda-se uma dose inicial baixa para reduzir a probabilidade de um efeito ansiogênico

paradoxal (ver Posologia).

HIPONATREMIA

Hiponatremia, provavelmente relacionada à secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH), foi relatada

como efeito adverso raro com o uso de ISRS e geralmente se resolve com a descontinuação do tratamento. Pacientes

idosos (especialmente mulheres) parecem ter o risco aumentado.

SUICÍDIO/ PENSAMENTOS SUICIDAS OU PIORA CLÍNICA

A depressão está associada com um aumento dos pensamentos suicidas, atos de auto-flagelação e suicídio (eventos

relacionados ao suicídio). Este risco persiste até que ocorra uma remissão significativa da doença. Como não há uma

melhora expressiva nas primeiras semanas de tratamento, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados até

que uma melhora significativa ocorra. É observado na prática clínica um aumento do risco de suicídio no início do

tratamento, quando há uma pequena melhora parcial.

Outras doenças psiquiátricas para as quais o citalopram é indicado também podem estar associadas a um aumento do

risco de suicídio ou eventos a ele relacionados. Estas doenças podem ser co-mórbidas à depressão. As mesmas

precauções indicadas nos casos de tratamento dos pacientes com depressão devem ser aplicadas quando são tratados

pacientes com outros transtornos psiquiátricos.

Os pacientes com histórias de tentativas de suicídio e/ou com ideação suicida, ambas prévias ao início do

tratamento, apresentam um risco maior para tentativas de suicídio e devem ser monitorados cuidadosamente durante

o tratamento antidepressivo.

Uma meta-análise de estudos clínicos placebo-controlados de drogas antidepressivas em pacientes adultos com

distúrbios psiquiátricos mostrou um risco aumentado de comportamento suicida com o uso de antidepressivos

comparado ao placebo em pacientes com menos de 25 anos de idade.

Uma supervisão dos pacientes, em especial estes de alto risco, deve ter a terapia medicamentosa acompanhada

especialmente no início do tratamento e na mudança de doses. Pacientes (e cuidadores) precisam ser alertados sobre

a necessidade de monitorar qualquer agravamento da situação clínica, comportamento suicida ou pensamentos ou

mudanças não-usuais no comportamento e devem procurar aconselhamento médico imediatamente caso estes

sintomas se façam presentes.

ACATISIA/ AGITAÇÃO PSCOMOTORA

O uso de ISRS e IRSN tem sido associado ao desenvolvimento de acatisia, caracterizada por uma inquietude

desagradável ou desconfortável e necessidade de se movimentar associada a incapacidade de ficar sentado ou em pé,

parado.

Quando ocorre é mais comum nas primeiras semanas de tratamento. Os pacientes que desenvolverem estes sintomas

podem piorar dos mesmos com o aumento da dose.

MANIA

Em pacientes com doença maníaco-depressiva, uma mudança de fase maníaca pode ocorrer. Descontinuar os ISRSs

em qualquer paciente que entre em fase maníaca.

CONVULSÕES

Convulsões são riscos potenciais com as drogas antidepressivas. O citalopram deve ser descontinuado em qualquer

paciente que apresente convulsões.

Evitar o uso dos ISRSs em pacientes com epilepsia instável e pacientes com epilepsia controlada precisam ser

cuidadosamente monitorados por um médico. Descontinuar o uso dos ISRSs caso haja um aumento da freqüência de

convulsões.

DIABETES

Em pacientes diabéticos, o tratamento com ISRSs poderá alterar o controle glicêmico,. Pode ser necessário um

ajuste na dose de insulina e/ou hipoglicemiantes orais em uso.

SÍNDROME SEROTONINÉRGICA

Em casos raros, síndrome serotoninérgica foram relatados em pacientes que utilizam ISRSs. A combinação de

simtomas como agitação tremor, nioclonia e hipertermia podem indicar o desenvolvimento desta condição. O

tratamento com citalopram precisa ser descontinuado imediatamente e tratamento sintomático deve ser iniciado.

MEDICAMENTOS SEROTONINÉRGICOS

O citalopram não deve ser usado concomitantemente com medicamentos de efeitos serotoninérgicos tais como

sumatriptano ou outros triptanos, tramadol, oxitriptano e triptofano.

HEMORRAGIA

Há relatos de sangramentos cutâneos com tempo e/ou características anormais, tais como equimoses, hemorragias

ginecológicas, sangramentos gastrointestinais e outros sangramentos cutâneos ou das mucosas com o uso dos ISRSs.

(ver Reações Adversas). Recomenda-se cautela no caso de pacientes em tratamento com ISRSs, especialmente em

uso concomitantemente com medicamentos conhecidos por afetar a função de plaquetas ou outros medicamentos

que possam aumentar o risco de hemorragia, bem como em pacientes com conhecida tendência a sangramentos. (ver

Interações Medicamentosas)

ELETROCONVULSOTERAPIA (ECT)

A experiência clínica no uso combinado de ISRSs e ECT é limitada, portanto recomenda-se cautela.

ERVA DE SÃO JOÃO

Efeitos indesejáveis podem ser mais comuns durante a utilização concomitante de citalopram e produtos

fitoterápicos contendo Erva de São João (Hypericum perforatum). Sendo assim, o citalopram e produtos

fitoterápicos a base de Erva de São João (Hypericum perforatum) não devem ser utilizados concomitantemente. (ver

Interações Medicamentosas).

SINTOMAS DE DESCONTINUAÇÃO

Sintomas de descontinuação são comuns ao interromper o tratamento, particularmente se a descontinuação for

abrupta (ver Reações Adversas). Em um estudo clínico de prevenção das recorrências com o citalopram, os eventos

adversos após a descontinuação do tratamento com citalopram foram observados em 40% dos pacientes versus 20%

dos pacientes que continuavam o uso de citalopram.

O risco de sintomas de descontinuação podem ser dependentes de diversos fatores incluindo aduração e a dose do

tratamento e a taxa de redução da dose. Tonturas, distúrbios sensoriais (incluindo parestesia), distúrbios do sono

(incluindo insônia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade, naisea e ou vômitos, tremor, confusão, sudorese, dor

de cabeça, diarréia, palpitações, instabilidade emocional, irritabilidade e distúrbios visuais são as reações mais

comumente relatadas. Geralmente estes sintomas são leves a moderados, entretanto, em alguns pacientes podem ser

severos na intensidade.

Eles geralmente ocorrem nos primeiros dias de descontinuação do tratamento, mas há relatos muito raros destes

sintomas em pacientes que inadivertidamente esqueceram uma dose.

Geralmente esses sintomas são auto-limitados e usualmente desaparecem em 2 semanas, embora em alguns

pacientes possam ser prolongados (2-3 meses ou mais). Sendo assim, é recomendado que a concentração do

citalopram seja gradualmente diminuída quando o tratamento for descontinuado durante algumas semanas ou meses,

de acordo com as necessidades do paciente (ver: Sintomas de Descontinuação de ISRS)

PSICOSE

O tratamento de paciente psicóticos com depressão pode aumentar os sintomas psicóticos.

PROLONGAMENTO DO INTERVALO QT

Citalopram mostrou causar um aumento do prolongamento do intervalo QT dose-dependente. Casos de

prolongamento do intervalo QT e arritimia ventricular, incluindo Torsade de Pointes foram relatados durante o

período de pós-comercialização do produto, predominantemente em pacientes do sexo feminino, com hipocalemia,

ou com prolongamento QT ou outras doenças cardíacas pré-existentes (Ver: Contra-Indicações, Interações

Medicamentosas, Reações Adversas, Superdose e Propriedades Farmacodinâmicas).

Recomenda-se precaução nos pacientes que apresentam bradicardia significativa ou em pacientes que sofreram

infarto agudo do miocárdio recentemente ou insuficiência cardíaca descompensada.

Distúrbios eletrolíticos como hipocalemia e hipomagnesemia aumentam o risco de arritmias malignas e devem ser

tratadas antes do início do tratamento com citalopram.

Uma revisão do ECG deve ser considerada antes do início do tratamento com citalopram nos pacientes que

apresentam doença cardíaca estável.

Se ocorrerem sinais de arritmia cardíaca durante o tratamento com citalopram, o tratamento deve ser descontinuado

e deve ser realizado um ECG.

GLAUCOMA

Como ocorre com outros ISRSs, citalopram pode causar midríase e deve ser usado com precaução em pacientes com

aumento da pressão intra-ocular ou aqueles com glaucoma de ângulo estreito.

EFEITOS NA CAPACIDADE DE DIRIGIR OU OPERAR MÁQUINAS

O citalopram tem influência menor ou moderada na habilidade de dirigir ou operar máquinas. Medicamentos

psicoativos podem reduzir a capacidade de julgamento e de reagir a emergências. Os pacientes devem ser

informados sobre esses efeitos e alertados quanto ao risco de interferência na sua capacidade de dirigir automóveis e

de operar máquinas.

GERALMENTE CIPRAMIL NÃO AFETAA HABILIDADE DE SUAS ATIVIDADES DIÁRIAS NORMAIS.

ENTRETANTO, VOCÊ PRECISA TER CAUTELA QUANDO DIRIGIR VEÍCULOS, OPERAR

MÁQUINAS OU REALIZAR ATIVIDADES QUE REQUEIRAM SUAATENÇÃO.

USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO

Para o uso em idosos, crianças e outros grupos de risco, ver Posologia.

O CIPRAMIL®

20mg contém LACTOSE.

Os comprimidos contêm lactose. Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

INTERAÇÕES FARMACODINÂMICAS

Em um nível farmacodinâmico casos de síndrome serotoninérgica de citalopram com moclobemida e buspirona já

foram relatados.

COMBINAÇÕES CONTRAINDICADAS

INIBIDORES DA MAO

Não administrar o citalopram em combinação com IMAOs.

O uso concomitante do citalopram e IMAOs pode causar graves efeitos adversos, incluindo síndrome

serotoninérgica. Casos de reações graves e algumas vezes fatais foram relatadas em pacientes recebendo um ISRS

em combinação com um inibidor da monoamina oxidase (IMAO), incluindo o IMAO irreversível selegilina, os

IMAOs reversíveis moclobemida e linezolida e em pacientes que tenham descontinuado recentemente ISRS e

iniciaram com um IMAO. Em alguns casos os pacientes apresentaram sintomas semelhantes à síndrome

serotoninérgica. Sintomas de uma interação medicamentosa com um IMAO incluem: hipertermia, rigidez,

mioclonia, instabilidade autonômica com possíveis flutuações rápidas dos sinais vitais, alterações do estado mental

que incluem confusão, irritabilidade e agitação extrema progredindo para delírio e coma (ver: Reações Adversas).

PIMOZIDA

A co-administração de uma dose única de pimozida 2 mg em índivíduos tratados com citalopram racêmico 40

mg/dia durante 11 dias causou um aumento na ASC e Cmax da pimozida, embora não consistentemente em todo o

estudo. A co-administração de pimozida e citalopram resultou num aumento médio do intervalo QTc de

aproximadamente 10 ms. Devido a interação observada com uma baixa dose de pimozida, a administração

concomitante de citalopram e pimozida é contraindicada.

COMBINAÇÕES QUE REQUEREM PRECAUÇÃO

SELEGILINA (INIBIDOR SELETIVO MAO B)

Um estudo de interação farmacocinética/ farmacodinâmica com a administração concomitante de citalopram (20

mg/dia) e selegilina (10mg/dia) não demonstrou interações clinicamente relevantes. O uso concomitante de

citalopram e selegilina (em doses acima de 10 mg/dia) é contraindicada.

MEDICAMENTOS SEROTONINÉRGICOS

LÍTIO E TRIPTOFANO

Nenhuma interação farmacodinâmica foi encontrada em estudos clínicos nos quais o citalopram tenha sido

administrado concomitantemente ao lítio. Entretanto, houve relatos de aumento de reações quando foram

administrados ISRSs concomitantemente com lítio ou triptofano; como tal, o uso concomitante de ISRSs com essas

drogas deve ser feito com cautela. Monitoramento de rotina dos níveis de lítio deve ser continuado como usual.

Co-administração com produtos serotoninérgicos (ex.: tramadol, sumatriptano) pode levar ao aumento de eventos

adversos associados ao 5-HT. Até mais informação ser disponibilizada, o uso simultâneo de citalopram e agonistas

da 5-HT, tais como sumatriptanos e outros triptanos não é recomendado.

ERVA DE SÃO JOÃO

Interações dinâmicas entre ISRSs e produtos fitoterápicos que contenham a Erva de São João (Hypericum

perforatum) podem ocorrer, resultando num aumento da incidência de reações adversas (ver Advertências).

Interações farmacocinéticas não foram investigadas.

HEMORRAGIA

Recomenda-se precaução em pacientes que estejam em tratamento simultâneo com anticoagulantes ou

medicamentos que afetam a função plaquetária, como anti-inflamatórios não esteróidais (AINE’s), ácido acetil

salicílico, dipiramol e ticlopidina e outros medicamentos (por ex.: antipsicóticos atípicos, fenotiazina,

antidepressivos tricíclicos) que podem aumentar o risco de hemorragia. (ver Advertências).

ELETROCONVULSOTERAPIA (ECT)

Não existem estudos clínicos estabelecendo os riscos ou benefícios do uso combinado de eletroconvulsivoterapia

(ECT) e citalopram (ver Advertências).

ÁLCOOL

Nenhuma interação farmacodinâmica ou farmacocinética é esperada entre o citalopram e o álcool. Entretanto, a

combinação com álcool não é recomendada.

MEDICAMENTOS QUE DIMINUEM O LIMIAR CONVULSIVO

Os ISRS’s podem diminuir o limiar convulsivo. Aconselha-se precaução ao utilizar concomitantemente outros

medicamentos capazes de diminuir o limiar de convulsão (por exemplo, os antidepressivos [tricíclicos, ISRS],

neurolépticos [fenotiazinas, tioxantenos e butirofenonas]), mefloquina, bupropiona e tramadol).

NEUROLÉPTICOS

Experiência com citalopram não revelou quaisquer interações clinicamente relevantes com neurolépticos. No

entanto, assim como com outros ISRS, a possibilidade de uma interacção farmacodinâmica não pode ser excluída

PROLONGAMENTO DO INTERVALO QT

Não foram realizados estudos farmacodinâmicos e farmacocinéticos entre citalopram e outros medicamentos que

prolongam o intervalo QT. Entretanto, não se pode descartar um efeito aditivo entre esses medicamentos e

citalopram. Desta forma, a co-admnistração de citalopram e medicamentos que prolongam o intervalo QT, como

antirrítmicos Classes IA e III, antipsicóticos (ex.: derivados de fentiazina, pimozida e haloperidol), antidepressivos

tricíclicos, alguns agentes antimicrobianos (ex.: esparfloxacina, moxifloxacina, eritromicina IV, pentamidina e anti-

maláricos particularmente halofantrina), alguns anti-histamínicos (astemozol e mizolastina) e etc., somente devem

ser prescritos após uma avaliação criteriosa.

INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS

Biotransformação do citalopram para desmetilcitalopram é mediada pelas isoenzimas do sistema do citocromo P450:

CYP2C19 (aproximadamente 38%), CYP3A4 (aprox. 31%) e CYP2D6 (aproximadamente 31%). O fato de que o

citalopram é metabolizado por mais de um CYP significa que a inibição de sua biotransformação é menos provável

como a inibição de um enzima pode ser compensada por outra. Portanto, a co-administração de citalopram com

outros medicamentos na prática clínica tem probabilidade muito baixa de produzir interações farmacocinéticas.

ALIMENTO

A absorção e outras propriedades farmacocinéticas do citalopram não é afetada pelos alimentos.

EFEITO DE OUTROS MEDICAMENTOS NA FARMACOCINÉTICA DO CITALOPRAM

Co-administração de cetoconazol (potente inibidor da CYP3A4 ) não alterou a farmacocinética do citalopram. Um

estudo de interação farmacocinética de lítio e citalopram não revelou qualquer interação farmacocinética. (ver

também acima).

Cimetidina (potente inibidor de CYP2D6, 3A4 e 1A2) causou um aumento moderado nos níveis de citalopram.

Recomenda-se cautela na administração de citalopram combinado à cimetidina. Pode ser necessário um ajuste de

dose.

EFEITOS DO CITALOPRAM SOBRE OUTROS MEDICAMENTOS Um estudo de interação farmacocinética/

farmacodinâmica com a administração concomitante de citalopram e metoprolol (um substrato da CYP2D6)

mostrou um duplo aumento das concentrações de metoprolol, mas não teve aumento estatisticamente significante no

efeito do metoprolol sobre a pressão sanguínea e a freqüência cardíaca de voluntários saudáveis. Recomenda-se

precaução quando metoprolol e citalopram são administrados concomitantemente. Um ajuste de dose pode ser

necessário.

Citalopram e desmetilcitalopram são insignificantes inibidores da CYP2C9, CYP2E1 e CYP3A4, e inibidores fracos

da CYP1A2, CYP2C19 e CYP2D6 quando em comparação com outros ISRS estabelecidos como significantes

inibidores

LEVOMEPROMAZINA, DIGOXINA, CARBAMAZEPINA

Nenhuma mudança ou apenas mudanças muito pequenas de pouca importância clínica foram observados quando o

citalopram foi dado com substratos CYP1A2 (clozapina e teofilina), CYP2C9 (varfarina), CYP2C19 (imipramina e

mephenytoin), CYP2D6 (esparteína, imipramina, amitriptilina, a risperidona) e CYP3A4 (varfarina, carbamazepina

(e seu metabólito carbamazepina epoxidop) e triazolam. Nenhuma interação farmacocinética foi observada entre

citalopram e levomepromazina, ou digoxina, (indicando que o citalopram nem induz nem inibe a glicoproteína-P).

IMIPRAMINA, DESIPRAMINA

Em um estudo farmacocinético nenhum efeito foi demonstrado em ambos os níveis de citalopram ou imipramina,

embora o nível de desipramina, o metabólito primário da imipramina foi aumentada. Quando desipramina é

combinada com citalopram, um aumento da concentração plasmática desipramina tem sido observado. A redução da

dose de desipramina pode ser necessária

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar o CIPRAMIL®

em local fresco, em temperatura máxima de 25ºC.

Proteger a embalagem da umidade e do calor.

O prazo de validade do CIPRAMIL®

é de 36 meses e encontra-se gravado na embalagem externa. Em caso de

vencimento, inutilizar o produto.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

ASPECTO FÍSICO DO CIPRAMIL®

O CIPRAMIL®

é um comprimido oval, branco, revestido, sulcado e com a gravação de um "C" e um "N"

simetricamente ao sulco.

CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS

CIPRAMIL®

não tem cheiro ou gosto.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

MODO DE USAR

Os comprimidos do CIPRAMIL®

são administrados por via oral, uma única vez ao dia. Os comprimidos do

CIPRAMIL®

podem ser tomados em qualquer momento do dia, com ou sem alimentos. Engolir os comprimidos

com água, sem mastigá-los.

TRATAMENTO DA DEPRESSÃO

Administrar o CIPRAMIL®

na forma de uma dose oral única de 20 mg por dia. Dependendo da resposta individual

do paciente e da gravidade da depressão, aumentar a dose até um máximo de 40 mg por dia.

Duração do tratamento

O efeito antidepressivo geralmente inicia-se após 2-4 semanas. Tratamento com antidepressivos é sintomático e

deve ser continuado por um período de tempo apropriado, geralmente até 6 meses após a recuperação, a fim de

evitar uma recaída. Em pacientes com depressão recorrente (unipolar), a terapia de manutenção pode precisar de ser

continuado por vários anos para prevenir novos episódios.

TRATAMENTO DO TRANSTORNO DO PÂNICO

Uma dose oral única de 10 mg é recomendada na primeira semana, antes de se aumentar a dose para 20 mg por dia.

Dependendo da resposta individual, aumentar a dose até um máximo de 40 mg por dia.

A efetividade máxima do citalopram no tratamento do pânico é alcançado após aproximadamente 3 meses e a

resposta é mantida durante a continuação do tratamento.

TRATAMENTO DO TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO

É recomendada a dose inicial de 20 mg. Dependendo da resposta individual, aumentar a dose até um máximo de 40

mg por dia.

O início de ação no tratamento do TOC é de 2-4 semanas, com melhorias contínuas ao longo do tempo.

PACIENTES IDOSOS (> 65 ANOS DE IDADE)

Para pacientes idosos, a dose precisa ser reduzida para a metade da dose recomendada, por ex.: 10-20 mg /dia. A

dose máxima recomendada para idosos é 20 mg/dia.

CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Cipramil não deve ser usado para o tratamento de crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade (ver:

Advertências e Precauções).

FUNÇÃO RENAL REDUZIDA

Não é necessário o ajuste da posologia em pacientes com comprometimento renal leve ou moderado. Não está

disponível nenhuma informação sobre o tratamento de pacientes com função renal gravemente reduzida (clearance

de creatinina < 30 ml/min).

FUNÇÃO HEPÁTICA REDUZIDA

Uma dose diária inicial de 10 mg nas primeiras duas semanas de tratamento é recomendada em pacientes com

comprometimento hepático leve a moderado. Dependendo da resposta individual, a dose pode ser aumentada para

um máximo de 20 mg diários. Cuidados e uma cuidadosa titulação da dose são aconselháveis em pacientes com

comprometimento hepático grave.

METABOLIZADORES POBRES CYP2C19

Para pacientes que são metabolizadores pobres da enzima CYP2C19, recomenda-se uma dose inicial de 10 mg

durante as duas primeiras semanas de tratamento. A dose poderá ser aumentada até no máximo 20 mg/dia,

dependendo da resposta individual.

DESCONTINUAÇÃO

A descontinuação abrupta precisa ser evitada. Ao interromper o tratamento com o CIPRAMIL®

, reduzir

gradualmente a dose durante um período de uma ou duas semanas, para evitar possíveis sintomas de descontinuação

(ver Advertências e Reações Adversas). Se sintomas intoleráveis ocorrerem após redução da dose ou descontinuação

do tratamento, retornar à dose anteriormente precrita e reiniciar a redução da dose de forma mais gradual.

ESQUECIMENTO DA DOSE

A meia-vida do CIPRAMIL®

é de aproximadamente 1½ dia, o que permite que o esquecimento da ingestão da dose

diária possa ser contornado com a simples supressão daquela dose. Retomar a prescrição usual. Não dobrar a dose.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas observadas com citalopram são em geral moderadas e transitórias. As reações adversas são mais

freqüentes durante a primeira ou segunda semana de tratamento e, geralmente, diminuem de intensidade e

freqüência com a continuação do tratamento. Para as reações após uma dose-resposta foi descoberto: aumento da

sudorese, boca seca, insônia, sonolência, diarréia, náuseas e fadiga.

A tabela mostra o percentual de reações adversas associadas com ISRSs e / ou citalopram visto em ≥ 1% dos

pacientes em estudos duplo-cego placebo-controlados ou no período pós-comercialização. As freqüências foram

definidas como: muito comum (>1/10), comum (>1/100 a <1/10), incomum (>1/1000 e <1/100), raro (>1/10000 e

<1/1000), muito raro (<1/10000), desconhecido (não pode ser estimado com os dados atuais):

Muito

comum

Comum Incomum Raro Desconhecido

Distúrbios

sanguíneos e

linfáticos

Trombocitopenia

Distúrbios do

sistema

imunológico

Hipersensibilidade,

reação anafilática

endócrinos

Secreção inadequada

do hormônio

antidiurético

Distúrbios de

metabolismo e

nutrição

Diminuição

do apetite,

diminuição

do peso.

Aumento do

apetite, aumento

Hiponatremia Hipocalemia.

psiquiátricos

Agitação,

da libido,

ansiedade,

nervosismo,

confusão,

sonhos

anormais,

orgasmo

anormal em

mulheres

Agressividade,

alucinações,

despersonalização

, mania

Ataque de pânico,

bruxismo, agitação,

ideação suicida e

comportamento

suicida1

sistema nervoso

Insônia,

sonolênci

a

Tremores,

parestesia,

tontura,

distúrbio da

atenção.

Síncope Convulsão de

grande mal,

discinesia,

alterações no

paladar.

Convulsões,

síndrome

serotoninérgica,

distúrbio

extrapiramidal,

acatisia, distúrbios

do movimento

visão

Midríase (que

pode levar ao

glaucoma agudo

de ângulo

fechado), ver

Advertências e

Precauções.

Distúrbio visual

audição

Tinitus

Cardíacos Taquicardia

Bradicardia

Intervalo QT

prolongado do

eletrocardiograma,

arritmia ventricular

incluindo Torsade

de Pointes.

vasculares

Hemorragia Hipotensão

ortostática

respiratórios,

torácicos e

mediastinos

Bocejo Epistaxe

gastrointestinais

Boca

seca,

náusea

Diarréia,

vômitos,

constipação.

Hemorragia

gastrointestinal

(inclui hemorragia

retal).

hepatobiliares

Hepatite Exames de função

hepática anormais

Distúrbios da

pele e do tecido

subcutâneo

Aumento

da

sudorese

prurido Urticária,

alopécia, eritema

(rash), púrpura,

fotosensibilidade.

Equimoses,

angioedemas.

Distúrbios dos

tecidos músculo-

esqueléticos

e conectivos

Artralgias,

mialgias

Distúrbios renais

e urinários

Retenção urinária

reprodutor e

mamas

Impotência,

alterações da

ejaculação,

falha da

ejaculação

Mulheres:

menorragia

Galactorréia

metrorragia

Homens: priapismo,

Distúrbios gerais

e problemas no

local de

administração

Fadiga Edema Pirexia

1

Casos de ideação suicida e comportamentos suicidas foram relatados durante a terapia do citalopram ou logo após a

descontinuação do tratamento (ver: Advertências).

Fraturas Ósseas

Estudos epidemiológicos, conduzidos principalmente em pacientes com 50 anos de idade e mais velhos, mostram

um aumento do risco de fraturas ósseas em doentes tratados com ISRS e antidepressivos tricíclicos. O mecanismo

que leva a este risco é desconhecido

Prolongamento do Intervalo QT

Casos de Prolongamento do intervalo QT e arritmia ventricular incluindo Torsade de Pointes foram relatados

durante o período de comercialização, predominantemente em pacientes do sexo feminino, com hipocalemis ou com

prolongamento do intervalo QT pré-existente causado por outras doenças cardíacas (ver: Contra-Indicações,

Advertências e Precauções, Interações Medicamentosas, Superdose e Propriedades Farmacodinâmicas)

As seguintes reações adversas a medicamentos também foram reportadas para a classe terapêutica dos ISRSs:

inquietude psicomotora/acatisia (ver: Advertências) e anorexia.

Sintomas observados na descontinuação do tratamento com ISRSs

A descontinuação do citalopram (particularmente quando abrupta) causa sintomas de descontinuação.

Tonturas, alterações da senso-percepção (inclui parestesias), alterações do sono (inclui insônia e sonhos vívidos),

agitação ou ansiedade, náusea e/ou vômitos, tremores, confusão, sudorese, cefaléia, diarréia, palpitações,

instabilidade emocional, irritabilidade e alterações visuais são as reações mais comumente reportadas. Geralmente,

esses eventos são de intensidade leve a moderada e auto-limitados, porém em alguns pacientes podem ser graves

e/ou prolongados. Os eventos geralmente se resolve dentro de 2 semanas, embora em alguns indivíduos este tempo

possa se prolongar (2-3 meses ou mais). Logo, quando o tratamento com o citalopram não for mais necessário,

recomenda-se fazer uma descontinuação gradual, com diminuição progressiva da dose (Vide Posologia e

Advertências e Precauções).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual

ou Municipal.

10. SUPERDOSE

TOXICIDADE

Dados clínicos relativos à intoxicação com citalopram são limitados e muitos casos envolvem o uso concomitante

com outras drogas e/ou álcool. Casos fatais de overdose já foram reportados com o uso do citalopram. Entretanto, a

maioria dos casos fatais de overdose envolveram o uso associado com outros medicamentos.

SINTOMAS

Os seguintes sintomas têm sido reportados em casos de overdose de citalopram: convulsões, taquicardia, sonolência,

prolongamento do intervalo QT, coma, vômitos, tremores, hipotensão, parada cardíaca, náusea, síndrome

serotoninérgica, agitação, bradicardia, tontura bloqueio de ramo, alargamento do complexo QRS, hipertensão,

midríase, torsade de pointes, sudorese, estupor, cianose, hiperventilação e arritmias atriais e ventriculares.

CONDUTA EM CASO DE SUPERDOSE

Não existe um antídoto específico conhecido para o citalopram. O tratamento deve ser sintomático e de suporte.

Carvão ativo, laxantes osmóticos (como sulfato de sódio) e esvaziamento gástrico deve ser considerado. Lavagem

gástrica deve ser realizada assim que possível. Estabelecer e manter as vias aéreas, garantindo adequada oxigenação

e função respiratória. Se a consciência for afetada, o paciente deve ser intubado. Recomenda-se monitorar os sinais

cardíacos e vitais, em conjunto com medidas de suporte e sintomáticas gerais.

É recomendável o monitoramento por ECG em caso de superdose, em pacientes com insuficiência cardíaca

congestiva/ bradiarritmias, que utlizam concomitantemente medicamentos que prolongam o intervalo QT ou com

alteração de metabolismo ex. insuficiência hepática.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.