Bula do Ciprix para o Profissional

Bula do Ciprix produzido pelo laboratorio Geolab Indústria Farmacêutica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Ciprix
Geolab Indústria Farmacêutica S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO CIPRIX PARA O PROFISSIONAL

V.00_11/2014

CIPRIX

Geolab Indústria Farmacêutica S/A

Comprimido revestido

500mg

______________________________________________________________________________________

MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE

Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.

Ciprix

cloridrato de ciprofloxacino

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:

Comprimido revestido de 500mg: Embalagem contendo 14 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

cloridrato de ciprofloxacino......................................................................................................................................582mg*

*equivalente a 500mg de ciprofloxacino.

Excipientes: amido, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício, povidona, crospovidona,

laurilsulfato de sódio, estearato de magnésio, álcool etílico, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio, talco e água

purificada.

1. INDICAÇÕES

Adultos

Infecções complicadas e não complicadas causadas por microrganismos sensíveis ao ciprofloxacino.

• Trato respiratório: Ciprix pode ser considerado como tratamento recomendável em casos de pneumonias causadas por

Klebsiella spp., Enterobacter spp., Proteus spp., Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Haemophillus spp.,

Moraxella catarrhalis, Legionella spp. e Staphylococci. Ciprix não deve ser usado como medicamento de primeira

escolha no tratamento de pacientes ambulatoriais com pneumonia causada por Pneumococcus.

• Ouvido médio (otite média) e seios paranasais (sinusite), especialmente se a infecção for causada por organismos

gram-negativos, inclusive Pseudomonas aeruginosa ou Staphylococci.

• Olhos.

• Rins e/ou trato urinário eferente.

• Órgãos genitais, inclusive anexite, gonorreia e prostatite.

• Cavidade abdominal (por exemplo, infecções bacterianas do trato gastrintestinal ou do trato biliar e peritonite).

• Pele e tecidos moles.

• Ossos e articulações.

• Sepse.

Infecção ou risco iminente de infecção (profilaxia), em pacientes com sistema imunológico comprometido (por

exemplo, pacientes em uso de imunossupressores ou pacientes neutropênicos).

Descontaminação intestinal seletiva em pacientes sob tratamento com imunossupressores.

Crianças

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No tratamento da exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística, associada à infecção por Pseudomonas aeruginosa,

em pacientes pediátricos de 5 a 17 anos de idade. Os estudos clínicos em crianças foram realizados na indicação acima.

Para outras indicações clínicas a experiência é limitada. Não se recomenda, portanto, o uso do ciprofloxacino para

outras indicações diferentes da mencionada acima. O tratamento deve ser iniciado somente após cuidadosa avaliação

dos riscos e benefícios, pela possibilidade de reações adversas nas articulações e nos tecidos adjacentes.

Antraz por inalação (após exposição) em adultos e crianças

Para reduzir a incidência ou progressão da doença após exposição ao Bacillus anthracis aerossolizado.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Os resultados das experiências clínicas realizadas e documentadas demonstraram que os microrganismos causadores das

infecções foram erradicados em 81,9% dos casos.

Clinicamente, quase 94,2% dos pacientes apresentaram melhora acentuada ou recuperação completa.

Os resultados das pesquisas clínicas confirmam a excelente atividade in vitro do cloridrato de ciprofloxacino.

Os micro-organismos mais comuns foram E. coli e Pseudomonas aeruginosa. Os percentuais de erradicação para os

patógenos gram-negativos, tais como a E. coli (95%) Proteus sp (97 - 100%), Salmonella sp (100%), Haemophilus

influenzae (95%) e também para os organismos gram-positivos, Streptococcus pneumoniae (>80%) e Staphylococcus sp

(>90%) em particular, juntamente com os resultados favoráveis contra Pseudomonas aeruginosa (74%), alcançados

com tratamento via oral, demonstram o amplo espectro de atividade do cloridrato de ciprofloxacino.

Os índices de cura ou melhora das condições clínicas encontrados nas diferentes infecções foram os seguintes:

Trato respiratório inferior e superior......................... >85%

Trato urinário não complicadas................................ >90%

Trato urinário complicadas ...................................... 97 - 100%

Pele e tecidos moles ................................................. 90%

Ossos e articulações ................................................. 75%

Gastrintestinais.......................................................... 100%

Bacteremia/septicemia ............................................. 94%

Ginecológicas.......................................................... 92%

Otite maligna externa................................................ 90%

Prostatite crônica ...................................................... 84 - 91%

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

O ciprofloxacino é um agente antibacteriano quinolônico sintético, de amplo espectro (código ATC: J01MA02).

Mecanismo de Ação

O ciprofloxacino tem atividade in vitro contra uma ampla gama de micro-organismos gram-negativos e gram-positivos.

A ação bactericida do ciprofloxacino resulta da inibição da topoisomerase bacteriana do tipo II (DNA girase) e

topoisomerase IV, necessárias para a replicação, transcrição, reparo e recombinação do DNA bacteriano.

Mecanismo de Resistência

A resistência in vitro ao ciprofloxacino é frequente por mutação das topoisomerases bacterianas e se desenvolve

lentamente em várias etapas. A resistência ao ciprofloxacino devida a mutações espontâneas ocorre com uma frequência

entre <10-9

e 10-6

. A resistência cruzada entre as fluoroquinolonas aparece, quando a resistência surge por mutação. As

mutações únicas podem reduzir a sensibilidade, em lugar de produzir resistência clínica, mas as mutações múltiplas, em

geral levam à resistência clínica ao ciprofloxacino e à resistência cruzada entre as quinolonas. A impermeabilidade

bacteriana e/ou expressão das bombas de efluxo podem afetar a sensibilidade ao ciprofloxacino. Está relatada

resistência mediada por plasmídeos e codificada por gene qnr. Os mecanismos de resistência que inativam as

penicilinas, as cefalosporinas, os aminoglicosídeos, os macrolídeos e as tetraciclinas podem não interferir na atividade

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antibacteriana do ciprofloxacino e não se conhece nenhuma resistência cruzada entre o ciprofloxacino e outros grupos

antimicrobianos. Os micro-organismos resistentes a esses medicamentos podem ser sensíveis ao ciprofloxacino.

A concentração bactericida mínima (CBM) geralmente não excede a concentração inibitória mínima (CIM) em mais

que o dobro.

Sensibilidade in vitro ao ciprofloxacino

A prevalência da resistência adquirida pode variar segundo a região geográfica e o tempo para determinadas espécies, e

é desejável dispor de informação local de resistência, principalmente quando se tratar de infecções graves. Quando

necessário, deve-se solicitar o conselho de um especialista se a prevalência local da resistência é tal que seja

questionada a utilidade do preparado, pelo menos frente a determinados tipos de infecção.

O ciprofloxacino tem mostrado atividade in vitro contra cepas sensíveis dos seguintes microrganismos:

Microrganismos gram-positivos aeróbios: Bacillus anthracis, Enterococcus faecalis (muitas cepas são somente

moderadamente sensíveis), Staphylococcus aureus (isolados sensíveis à meticilina), Staphylococcus saprophyticus,

Streptococcus pneumoniae.

Microrganismos gram-negativos aeróbios:

Burkholderia cepacia Klebsiella pneumoniae Providencia spp.

Campylobacter spp. Klebsiella oxytoca Pseudomonas aeruginosa

Citrobacter freudii Moraxella catarrhalis Pseudomonas fluorescens

Enterobacter aerogenes Morganella morganii Serratia marcescens

Enterobacter cloacae Neisseria gonorrhoeae Shigella spp.

Escherichia coli Proteus mirabilis

Haemophillus influenzae Proteus vulgaris

Os seguintes micro-organismos mostram um grau variável de sensibilidade ao ciprofloxacino: Burkholderia cepacia,

Campylobacter spp., Enterococcus faecalis, Morganella morganii, Neisseria gonorrhoeae, Proteus mirabilis,

Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas fluorescens, Serratia marcescens.

Os seguintes micro-organismos são considerados intrinsecamente resistentes ao ciprofloxacino: Staphylococcus aureus

(resistente à meticilina) e Stenotrophomonas maltophilia.

O ciprofloxacino mostra atividade contra Bacillus anthracis tanto in vitro, como quando se medem os valores séricos

como marcador sucedâneo.

Inalação de antraz – Informação adicional

As concentrações séricas de ciprofloxacino atingidas em humanos servem como um indicativo razoavelmente adequado

para prever o benefício clínico e fornecem a base para esta indicação.

Em adultos e crianças tratados por via oral e endovenosa, as concentrações de ciprofloxacino atingem ou superam as

concentrações séricas médias de ciprofloxacino que proporcionam melhora estatisticamente significativa de sobrevida

de macacos Rhesus no modelo de inalação de antraz (veja o item “Posologia e modo de usar”).

Foi realizado um estudo controlado com placebo em macacos Rhesus expostos a uma dose média inalada de 11 DL50

(~5,5 x 105

) esporos (faixa de 5-30 DL50) de Bacillus anthracis. A concentração inibitória mínima (CIM) de

ciprofloxacino para a cepa de antraz usada no estudo foi 0,08mcg/mL. As concentrações séricas médias de

ciprofloxacino alcançadas no Tmáx esperado (1 hora após a dose) por via oral (até alcançar o estado de equilíbrio),

variaram de 0,98 a 1,69mcg/mL. As concentrações mínimas médias no estado de equilíbrio, 12 horas após a dose,

variaram de 0,12 a 0,19mcg/mL. A mortalidade ao antraz nos animais que receberam um regime de 30 dias de

ciprofloxacino oral, iniciando 24 horas após a exposição, foi significativamente menor (1/9) que no grupo placebo

(9/10) [p = 0,001]. No único animal tratado que não resistiu ao antraz, o óbito ocorreu após o período de 30 dias de

administração do medicamento.

Propriedades farmacocinéticas

A farmacocinética do ciprofloxacino foi avaliada em diferentes populações humanas. A concentração sérica máxima

média no estado de equilíbrio obtida em humanos adultos tratados com 500mg por via oral de 12 em 12 horas é de

2,97mcg/mL, sendo de 4,56mcg/mL após administração intravenosa de 400mg de 12 em 12 horas. A concentração

sérica mínima média no estado de equilíbrio em ambos os esquemas é 0,2mcg/mL. Em um estudo de 10 pacientes

pediátricos de 6 a 16 anos, a concentração plasmática máxima média alcançada foi de 8,3mcg/mL e a concentração

mínima variou de 0,09 a 0,26mcg/mL após administração de duas infusões intravenosas de 30 minutos de 10mg/kg,

com intervalo de 12 horas. Após a segunda infusão intravenosa, os pacientes passaram a receber 15mg/kg por via oral

de 12 em 12 horas, tendo-se atingido a concentração máxima média de 3,6mcg/mL após a primeira dose oral. Os dados

de segurança de longo prazo com administração de ciprofloxacino a pacientes pediátricos, incluindo os efeitos na

cartilagem, são limitados. (veja o item “Advertências e Precauções”).

- Absorção

Após a administração oral de doses únicas de 250mg, 500mg e 750mg de comprimidos revestidos de cloridrato de

ciprofloxacino, ciprofoxacino é absorvido rápida e amplamente principalmente através do intestino delgado, atingindo

as concentrações séricas máximas 1 a 2 horas depois.

A biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 70 – 80%. As concentrações séricas máximas (Cmáx) e as áreas

totais sob as curvas das concentrações séricas em relação ao tempo (AUC) aumentaram proporcionalmente às doses.

- Distribuição

A ligação proteica do ciprofloxacino é baixa (20 – 30%) e a substância no plasma encontra-se fundamentalmente sob a

forma não ionizada. O ciprofloxacino pode difundir-se livremente para o espaço extravascular. O grande volume de

distribuição no estado de equilíbrio, de 2-3L/Kg de peso corpóreo, mostra que o ciprofloxacino penetra nos tecidos e

atinge concentrações que claramente excedem os valores séricos correspondentes.

- Metabolismo

Foram relatadas pequenas concentrações de 4 metabólitos, identificados como desetilenociprofloxacino (M1),

sulfociprofloxacino (M2), oxociprofloxacino (M3) e formilciprofloxacino (M4). M1 a M3 apresentam atividade

antibacteriana in vitro comparável ou inferior à do ácido nalidíxico. O M4, o menor em quantidade, apresenta atividade

antimicrobiana in vitro quase equivalente à do norfloxacino.

- Eliminação

O ciprofloxacino é amplamente excretado sob forma inalterada pelos rins e, em menor extensão, por via extrarrenal.

- Crianças

Em um estudo com crianças, a Cmáx e a AUC não foram dependentes da idade. Nenhum aumento notável de Cmáx e AUC

foi observado com doses múltiplas (10mg/Kg/3 x dia).

Em 10 crianças menores de 1 ano com septicemia grave, a Cmáx foi de 6,1mg/L (faixa de 4,6 – 8,3mg/L) após infusão

intravenosa de 10mg/Kg durante 1 hora; e 7,2mg/L (faixa 4,7 –11,8mg/L) em crianças de 1 a 5 anos. Os valores da

AUC foram de 17,4mg•h/L (faixa 11,8 – 32,0mg•h/L) e de 16,5mg•h/L (faixa 11,0 – 23,8mg•h/L) nas respectivas faixas

etárias. Esses valores estão dentro da faixa relatada para adultos tratados com doses terapêuticas. Com base na análise

farmacocinética da população pediátrica com infecções diversas, a meia-vida média esperada em crianças é de

aproximadamente 4 a 5 horas.

Dados Pré-Clínicos de Segurança

- Toxicidade aguda

A toxicidade aguda do ciprofloxacino após a administração oral pode ser classificada como muito baixa. Dependendo

da espécie, a DL50 após infusão intravenosa é 125-290mg/Kg.

- Toxicidade Crônica

Estudos de Tolerabilidade Crônica acima de 6 meses

Administração oral: doses até e iguais a 500mg/Kg e 30mg/Kg foram toleradas sem danos por ratos e macacos,

respectivamente. Em alguns macacos no grupo de dose máxima (90mg/Kg) foram observadas alterações nos túbulos

renais distais.

Administração parenteral: no grupo de macacos tratados com dose mais alta (20mg/kg) foram detectadas

concentrações de ureia e creatinina levemente elevadas e alterações nos túbulos renais distais.

- Carcinogenicidade

Nos estudos de carcinogenicidade em camundongos (21 meses) e ratos (24 meses) tratados com doses de até

aproximadamente 1000mg/Kg de peso corporal/dia em camundongos e 125mg/Kg de peso corporal/dia em ratos

(aumentada para 250mg/Kg de peso corporal/dia após 22 semanas), não se evidenciou potencial carcinogênico de

qualquer das doses avaliadas.

- Toxicologia da reprodução

Estudos de fertilidade em ratas: o ciprofloxacino não modificou a fertilidade, o desenvolvimento intrauterino e pós-

natal das crias, nem a fertilidade da geração F1.

Estudos de embriotoxicidade: não se observou indício de qualquer embriotoxicidade ou teratogenicidade do

ciprofloxacino.

Desenvolvimento perinatal e pós-natal em ratas: não se detectaram efeitos no desenvolvimento perinatal ou pós-natal

dos animais. A pesquisa histológica ao fim do período de criação não revelou nenhum sinal de dano articular nas crias.

- Mutagenicidade

Foram realizados oito estudos sobre mutagenicidade in vitro com o ciprofloxacino.

Embora dois dos oito ensaios in vitro [Ensaio de mutação de células de linfoma de camundongos e o Ensaio de reparo

de hepatócitos de ratos em cultivo primário (UDS)] tenham apresentado resultados positivos, todos os sistemas de testes

in vivo que cobriam todos os aspectos relevantes resultaram negativos.

- Estudos de tolerabilidade articular

Assim como outros inibidores da girase, o ciprofloxacino causa danos nas grandes articulações que suportam peso em

animais imaturos. O grau da lesão articular varia de acordo com a idade, espécie e dose; a lesão pode ser reduzida

eliminando-se a carga articular. Os estudos com animais adultos (rato, cão) não evidenciaram lesões nas cartilagens. Em

um estudo com cães jovens Beagle, o ciprofloxacino em altas doses (1,3 a 3,5 vezes a dose terapêutica), causou lesões

articulares após duas semanas de tratamento, que ainda estavam presentes após 5 meses. Com doses terapêuticas não se

observaram esses efeitos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade ao ciprofloxacino, a outro derivado quinolônico ou a qualquer componente da fórmula (veja

“Composição”).

A administração concomitante de ciprofloxacino e tizanidina (veja “Interações Medicamentosas”).

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Infecções graves e/ou infecções por bactérias anaeróbias ou Gram-positivas

Para o tratamento de infecções graves, infecções por Staphylococcus e infecções envolvendo bactérias anaeróbias,

Ciprix deve ser utilizado em associação a um antibiótico apropriado.

Infecções por Streptococcus pneumoniae

Ciprix não é recomendado para o tratamento de infecções pneumocócicas devido à eficácia limitada contra

Streptococcus pneumoniae.

Infecções do trato genital

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As infecções do trato genital podem ser causadas por isolados de Neisseria gonorrhoeae resistentes à fluoroquinolona.

Em infecções do trato genital que tem ou podem ter causa ligada à Neisseria gonorrhoeae, é muito importante obter

informações locais sobre a prevalência de resistência ao ciprofloxacino e confirmar a sensibilidade por meio de exames

laboratoriais.

Distúrbios cardíacos

Ciprix está associado a casos de prolongamento de QT (veja o item “Reações Adversas”). As mulheres podem ser mais

sensíveis aos medicamentos que prolonguem o QTc, uma vez que tendem a ter intervalo QTc basal mais longo em

comparação aos homens. Pacientes idosos também podem ser mais sensíveis aos efeitos associados ao medicamento

sobre o intervalo QT. Deve-se ter cautela ao utilizar Ciprix concomitantemente com medicamentos que podem resultar

em prolongamento do intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos de classe III ou IA, antidepressivos tricíclicos,

macrolídeos, antipsicóticos) (veja “Interações Medicamentosas”) ou em pacientes com fatores de risco para

prolongamento QT ou “torsades de pointes” (por exemplo, síndrome congênita de QT longo, desequilíbrio eletrolítico

não corrigido assim como hipocalemia ou hipomagnesemia e doenças cardíacas como insuficiência cardíaca, infarto do

miocárdio ou bradicardia).

Hipersensibilidade

Em alguns casos podem ocorrer reações alérgicas e de hipersensibilidade após uma única dose (veja “Reações

Adversas”), devendo o paciente informar ao médico imediatamente. Em casos muito raros reações anafiláticas

/anafilactoides podem progredir para um estado de choque, com risco para a vida, em alguns casos após a primeira

administração (veja “Reações Adversas”). Em tais circunstâncias, a administração de Ciprix deve ser interrompida e

instituir-se tratamento médico adequado (por exemplo, tratamento para choque).

Sistema gastrintestinal

Se ocorrer diarreia grave e persistente durante ou após o tratamento, deve-se consultar um médico, já que esse sintoma

pode ocultar uma doença intestinal grave (colite pseudomembranosa com risco para a vida com possível evolução fatal),

que exige tratamento adequado imediato (veja “Reações Adversas”). Nesses casos, o Ciprix deve ser descontinuado e

deve ser iniciado tratamento terapêutico apropriado (por exemplo, vancomicina por via oral, na dose de 250mg, quatro

vezes por dia). Medicamentos que inibem o peristaltismo são contraindicados nesta situação.

Sistema hepatobiliar

Casos de necrose hepática e insuficiência hepática com risco para a vida têm sido relatados com cloridrato de

ciprofloxacino. No caso de qualquer sinal ou sintoma de doença hepática (como anorexia, icterícia, urina escura,

prurido ou abdômen tenso) o tratamento deverá ser descontinuado (veja “Reações Adversas”).

Pode ocorrer um aumento temporário das transaminases, de fosfatase alcalina ou icterícia colestática, especialmente em

pacientes com doença hepática precedente que forem tratados com Ciprix (veja o “Reações Adversas”).

Sistema musculoesquelético

Ciprix deve ser utilizado com cuidado em pacientes com miastenia grave, uma vez que os sintomas podem ser

exarcebados.

Podem ocorrer tendinite e ruptura do tendão (predominantemente do tendão de Aquiles), algumas vezes bilateral, com

Ciprix, mesmo dentro das primeiras 48 horas de tratamento. Podem ocorrer inflamação e ruptura de tendão mesmo até

vários meses após a descontinuação da terapia com Ciprix. O risco de tendinopatia pode estar aumentado em pacientes

idosos ou pacientes tratados concomitantemente com corticosteroides.

Ao primeiro sinal de tendinite (por exemplo, distensão dolorosa, inflamação), deve-se consultar um médico e suspender

o tratamento com o antibiótico. Deve-se manter em repouso a extremidade afetada e evitar exercícios físicos

inadequados (pois do contrário, aumentará o risco de ruptura de tendão). Ciprix deve ser usado com cuidado em

pacientes com antecedentes de distúrbios de tendão relacionados com tratamento quinolônico.

Sistema nervoso

Ciprix, como outras fluoroquinolonas, é conhecido por desencadear convulsões ou diminuir o limiar convulsivo.

Em pacientes portadores de epilepsia ou com distúrbios do sistema nervoso central (SNC) (por exemplo, limiar

convulsivo reduzido, antecedentes de convulsão, redução do fluxo sanguíneo cerebral, lesão cerebral ou acidente

vascular cerebral), Ciprix deve ser administrado somente se os benefícios do tratamento forem superiores aos possíveis

riscos, por eventuais efeitos indesejáveis sobre o SNC.

Casos de estados epiléticos foram relatados (veja “Reações Adversas”). Se ocorrerem convulsões, Ciprix deve ser

descontinuado. Podem ocorrer reações psiquiátricas após a primeira administração de fluoroquinolonas, incluindo

Ciprix. Em casos raros, depressão ou reações psicóticas podem evoluir para ideias/pensamentos suicidas e

comportamento autodestrutivo, como tentativa de suicídio ou suicídio (veja “Reações Adversas”). Caso o paciente

desenvolva qualquer uma destas reações, Ciprix deve ser descontinuado e medidas apropriadas devem ser instituídas.

Têm sido relatados casos de polineuropatia sensorial ou sensoriomotora, resultando em parestesias, hipoestesias,

disestesias ou fraqueza em pacientes recebendo fluorquinolonas, incluindo o cloridrato de ciprofloxacino. Pacientes em

tratamento com Ciprix devem ser orientados a informar seu médico antes de continuar o tratamento se desenvolverem

sintomas de neuropatia tais como dor, queimação, formigamento, dormência ou fraqueza. (veja “Reações Adversas”).

Pele e anexos

O ciprofloxacino pode induzir reações de fotossensibilidade na pele. Portanto, pacientes que utilizam Ciprix devem

evitar a exposição direta e excessiva ao sol ou à luz ultravioleta. O tratamento deve ser descontinuado se ocorrer

fotossensibilização (por exemplo, reações tipo queimadura solar) (veja “Reações Adversas”).

Citocromo P450

O ciprofloxacino é conhecido como inibidor moderado das enzimas do CYP 450 1A2. Deve-se ter cuidado quando

outros medicamentos metabolizados pela mesma via enzimática são administrados concomitantemente (por exemplo,

tizanidina, teofilina, metilxantinas, cafeína, duloxetina, ropinirol, clozapina, olanzapina).

Pode-se observar um aumento das concentrações plasmáticas associado a efeitos indesejáveis específicos da droga

devido à inibição de sua depuração metabólica pelo ciprofloxacino (veja “Interações Medicamentosas”).

Os pacientes devem ser orientados a procurar um oftalmologista imediatamente em caso de alterações na visão ou

algum sintoma ocular.

Efeitos sobre a habilidade para dirigir veículos e operar máquinas

As fluoroquinolonas, incluindo o ciprofloxacino, podem afetar a habilidade do paciente para dirigir veículos ou operar

máquinas devido a reações do SNC (veja “Reações Adversas”). Tal fato ocorre principalmente com a ingestão

concomitante de álcool.

Gravidez e lactação

Gravidez

Os dados disponíveis do uso de ciprofloxacino em mulheres grávidas não indicam malformação nem toxicidade

fetal/neonatal. Estudos em animais não indicaram toxicidade reprodutiva. Baseado em estudos em animais não se pode

excluir que o medicamento possa causar danos à cartilagem articular no organismo fetal imaturo (veja “Dados Pré-

Clínicos de Segurança”), portanto, o uso de cloridrato de ciprofloxacino não é recomendado durante a gravidez.

Estudos feitos com animais não evidenciaram efeitos teratogênicos (malformações). (veja “Dados Pré-Clínicos de

Segurança”).

Categoria C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Lactação

O ciprofloxacino é excretado no leite materno. Devido ao potencial risco de dano articular, o uso de Ciprix não é

recomendado durante a amamentação (veja “Dados Pré-Clínicos de Segurança”).

Uso em idosos

Vide “Posologia – Idosos”.

Uso em crianças e adolescentes

Como outras drogas de sua classe, o ciprofloxacino demonstrou ser causa de artropatia em articulações que suportam

peso em animais imaturos. A análise dos dados de segurança disponíveis a respeito do uso do ciprofloxacino em

pacientes com menos de 18 anos de idade, em sua maioria portadores de fibrose cística, não revelou qualquer evidência

de danos a cartilagens ou articulações. Não se recomenda o uso de ciprofloxacino em outras indicações que não o

tratamento da exacerbação pulmonar aguda da fibrose cística associada à infecção por Pseudomonas aeruginosa (5 – 17

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

- Medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT: Ciprix, como outras fluoroquinolonas, deve ser

utilizado com cautela em pacientes que estejam recebendo medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT

(por exemplo, antiarrítmicos classe IA e III, antidepressivos tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos) (veja “Advertências

e Precauções”).

- Formação de quelatos: A administração concomitante de Ciprix e medicamentos contendo cátions polivalentes,

suplementos minerais (por exemplo, cálcio, magnésio, alumínio, ferro), polímeros ligantes de fosfato (por exemplo,

sevelâmer, carbonato de lantânio), sucralfato ou antiácidos e medicamentos altamente tamponados (por exemplo,

comprimidos de didanosina) contendo magnésio, alumínio, ou cálcio, reduz a absorção do ciprofloxacino. Portanto,

Ciprix deve ser administrado de 1 a 2 horas antes ou pelo menos 4 horas após essas preparações.

Essa restrição não se aplica aos antiácidos da categoria dos bloqueadores do receptor H2.

- Alimentos e produtos lácteos: A administração concomitante de Ciprix e laticínios ou bebidas enriquecidas com

minerais (por exemplo, leite, iogurte, suco de laranja enriquecido com cálcio) deve ser evitada porque a absorção do

ciprofloxacino pode ser reduzida. Contudo, o cálcio da dieta, proveniente da alimentação normal, não afeta

significativamente a absorção.

- probenecida: A probenecida interfere na secreção renal do ciprofloxacino. A administração concomitante de

medicamentos contendo probenecida e Ciprix aumenta a concentração sérica de ciprofloxacino.

- metoclopramida: A metoclopramida acelera a absorção de ciprofloxacino, reduzindo o tempo para atingir as

concentrações plasmáticas máximas. Não se observou efeito sobre a biodisponibilidade do ciprofloxacino.

- omeprazol: A administração concomitante de ciprofloxacino e medicamentos contendo omeprazol reduz ligeiramente

a Cmáx e a AUC do ciprofloxacino.

- tizanidina: Em um estudo clínico com voluntários sadios houve um aumento nas concentrações séricas de tizanidina

(aumento da Cmáx: 7 vezes, variação: 4 a 21 vezes; aumento da AUC: 10 vezes, variação: 6 a 24 vezes) quando

administrada concomitantemente com ciprofloxacino. Houve potencialização do efeito hipotensivo e sedativo

relacionada ao aumento das concentrações séricas. (veja Citocromo P450 em “Advertências e Precauções”).

Medicamentos contendo tizanidina não devem ser administrados com Ciprix (veja ”Contraindicações”).

- teofilina: A administração concomitante de ciprofloxacino e medicamentos contendo teofilina pode produzir aumento

indesejável das concentrações séricas de teofilina. Isto pode causar efeitos indesejáveis induzidos pela teofilina. Em

casos muito raros, esses efeitos indesejáveis podem pôr a vida em risco ou ser fatais.

Quando o uso da associação for inevitável, as concentrações séricas da teofilina deverão ser cuidadosamente

monitoradas e sua dose reduzida convenientemente (veja Citocromo P450 em “Advertências e Precauções”).

- Outros derivados de xantina: Foi relatado que a administração concomitante de ciprofloxacino e medicamentos

contendo cafeína ou pentoxifilina (oxpentifilina) elevou a concentração sérica destes derivados de xantina.

- fenitoína: Nível sérico alterado (diminuído ou aumentado) de fenitoína foi observado em pacientes recebendo

cloridrato de ciprofloxacino e fenitoína concomitantemente. É recomendado o monitoramento da terapia com fenitoína,

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incluindo medições de concentração sérica de fenitoína, durante e imediatamente após a coadministração de Ciprix e

fenitoína, para evitar a perda do controle das convulsões associadas aos níveis diminuídos de fenitoína e para evitar

reações adversas relacionadas à superdose de fenitoína quando Ciprix é descontinuado em pacientes que estejam

recebendo ambos.

- metotrexato: A administração concomitante de Ciprix pode inibir o transporte tubular renal do metotrexato, podendo

potencialmente aumentar os níveis plasmáticos deste, o que pode aumentar o risco de reações tóxicas associadas ao

metotrexato. Portanto, deve-se monitorar cuidadosamente pacientes tratados com metotrexato, se for indicada terapia

simultânea com Ciprix.

- Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): Estudos realizados com animais demonstraram que a associação de

doses altas de quinolonas (inibidores da girase) e de certos anti-inflamatórios não esteroides (exceto o ácido

acetilsalicílico) pode provocar convulsões.

- ciclosporina: A administração simultânea de ciprofloxacino e medicamentos contendo ciclosporina aumentou

transitoriamente a concentração de creatinina sérica. Portanto, é necessário controlar frequentemente (duas vezes por

semana) a concentração de creatinina sérica nesses pacientes.

- Antagonistas da vitamina K: A administração simultânea de Ciprix com antagonistas da vitamina K pode aumentar

seus efeitos anticoagulantes. O risco pode variar conforme a infecção subjacente, idade e condição geral do paciente de

modo que a contribuição do ciprofloxacino para elevar a RNI (razão normalizada internacional) torna-se difícil de ser

avaliada. A RNI deve ser frequentemente monitorada durante e logo após a coadministração de Ciprix com antagonistas

da vitamina K (por exemplo, varfarina, acenocumarol, femprocumona ou fluindiona).

- Agentes antidiabéticos orais: Tem sido relatada hipoglicemia quando o cloridrato de ciprofloxacino e antidiabéticos

orais, principalmente sulfonilureias (por exemplo, glibenclamida, glimepirida), foram coadministradas, possivelmente

por intensificar a ação do antidiabético oral (veja “Reações Adversas”).

- duloxetina: Estudos clínicos demonstraram que a administração concomitante de duloxetina com fortes inibidores da

isoenzima CYP450 1A2, tais como a fluvoxamina, pode aumentar a AUC e Cmáx da duloxetina. Embora nenhum dado

clínico esteja disponível sobre uma possível interação com ciprofloxacino, efeito similar pode ser esperado da

administração concomitante (veja Citocromo P450 em “Advertências e Precauções”).

- ropinirol: Em um estudo clínico mostrou-se que o uso concomitante de ciprofloxacino e ropinirol, um inibidor

moderado da isoenzima 1A2 do citocromo P450, aumenta a Cmáx e AUC de ropinirol em 60% e 84%, respectivamente.

É recomendado monitorar adequadamente os efeitos indesejáveis e realizar o ajuste de dose de ropinirol durante e logo

após a coadministração com Ciprix (veja Citocromo P450 em “Advertências e Precauções”).

- lidocaína: Comprovou-se em indivíduos sadios que o uso concomitante de medicamentos contendo lidocaína com

ciprofloxacino, um inibidor moderado da isoenzima 1A2 do citocromo P450, reduz a depuração da lidocaína

administrada por via intravenosa em cerca de 22%. O tratamento com lidocaína foi bem tolerado, contudo pode ocorrer

uma interação com o ciprofloxacino se administrado concomitantemente, acompanhado de efeitos secundários.

- clozapina: A concentração sérica da clozapina e da N-desmetilclozapina aumentou em 29% e 31%, respectivamente,

após administração simultânea de ciprofloxacino 250mg com clozapina durante 7 dias. Recomenda-se realizar

monitoramento clínico e ajuste de dose de clozapina apropriadamente durante e logo após a coadministração com

Ciprix (veja Citocromo P450 em “Advertências e Precauções”).

- sildenafila: Após administração oral de 50mg de sildenafila concomitantemente com 500mg de ciprofloxacino, a Cmáx

e AUC de sildenafila foram aumentadas aproximadamente duas vezes em indivíduos sadios. Portanto, deve-se ter

cautela ao prescrever o uso concomitante de Ciprix e sildenafila, considerando os riscos e benefícios.

Interações com exames

A potência do ciprofloxacino in vitro pode interferir no teste de cultura de Mycobacterium tuberculosis pela supressão

do crescimento microbacteriano, causando resultado falso negativo em espécimes de pacientes que estejam fazendo uso

de Ciprix.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Ciprix deve ser mantido em temperatura ambiente (15°C a 30°C), protegido da luz e umidade.

O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas:

Ciprix apresenta se na forma de comprimido revestido, oblongo liso e de coloração branca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

MODO DE USAR

Para uso oral.

Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros, com um pouco de líquido, independentemente das refeições. Quando

ingeridos com o estômago vazio, a substância ativa é absorvida mais rapidamente. Os comprimidos não devem ser

administrados com produtos lácteos ou bebidas enriquecidas com minerais (por exemplo, leite, iogurte, suco de laranja

enriquecido com cálcio) (veja “Interações Medicamentosas”). No entanto, o cálcio contido na dieta alimentar não afeta

significativamente a absorção de ciprofloxacino.

Se pela gravidade de sua doença ou por qualquer outro motivo o paciente não estiver apto a ingerir comprimidos (por

exemplo, pacientes sob nutrição enteral), recomenda-se iniciar a terapia com ciprofloxacino injetável. Após a

administração intravenosa, pode-se dar continuidade ao tratamento por via oral (terapia sequencial).

Duração do tratamento

A duração do tratamento depende da gravidade da doença e do curso clínico e bacteriológico. É essencial manter-se o

tratamento durante pelo menos 3 dias após o desaparecimento da febre e dos sintomas clínicos. Duração média do

tratamento em adultos: 1 dia nos casos de gonorreia aguda não complicada e cistite; até 7 dias nos casos de infecção

renal, do trato urinário e cavidade abdominal; durante todo o período neutropênico em pacientes com defesas orgânicas

debilitadas; máximo de 2 meses nos casos de osteomielite; 7 a 14 dias em todas as outras infecções.

Nas infecções estreptocócicas, o tratamento deve durar pelo menos 10 dias, pelo risco de complicações posteriores.

As infecções causadas por Chlamydia spp. também devem ser tratadas durante um período mínimo de 10 dias.

Antraz (após exposição) em adultos e crianças: A duração total do tratamento para exposição ao antraz por inalação

(após exposição) com ciprofloxacino é de 60 dias.

Crianças e Adolescentes

Nos casos de exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística, associada à infecção por Pseudomonas aeruginosa, em

pacientes pediátricos com idade entre 5 e 17 anos, a duração do tratamento deve ser de 10 a 14 dias.

POSOLOGIA

Salvo prescrição médica contrária, recomendam-se as seguintes doses:

Adultos

Dose diária recomendada de ciprofloxacino oral em adultos

Indicações Dose diária para adultos de

ciprofloxacino (mg) via oral

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Infecções do trato respiratório (dependendo da gravidade e do micro-

organismo)

2 x 250mg a 500mg

Infecções do trato urinário:

Aguda, não complicada. 1 a 2 x 250mg

Cistite em mulheres

(antes da menopausa)

dose única 250mg

Complicada 2 x 250mg a 500mg

Gonorreia:

- extragenital

- aguda, não complicada

Diarreia 1 a 2 x 500mg

Outras infecções (vide indicações) 2 x 500mg

Infecções graves, com risco para a

vida:

Principalmente quando causadas

por

Pseudomonas,

Staphylococcus ou

Streptococcus

Pneumonia estreptocócica

2 x 750mg

Infecções recorrentes em fibrose

cística

Infecções ósseas e das articulações

Septicemia

Peritonite

Crianças e Adolescentes – fibrose cística

Dados clínicos e farmacocinéticos dão suporte ao uso de ciprofloxacino em pacientes pediátricos com fibrose cística

(idade entre 5 e 17 anos) e com exacerbação pulmonar aguda associada à infecção por Pseudomonas aeruginosa, na

dose oral de 20mg de ciprofloxacino/kg de peso corporal, duas vezes por dia (dose máxima diária de 1.500mg de

ciprofloxacino).

Antraz por inalação (após exposição) em Adultos e Crianças

Adultos: Administração oral: 500mg de ciprofloxacino, duas vezes por dia.

Crianças: Administração oral: 15mg de ciprofloxacino/Kg de peso corporal, duas vezes por dia. Não se deve exceder o

teto máximo de 500mg por dose (dose diária máxima: 1000mg). A administração do medicamento deve começar o mais

rapidamente possível após suspeita ou confirmação de exposição.

Informações adicionais para populações especiais

Idosos

Os pacientes idosos devem receber doses tão reduzidas quanto possíveis, dependendo da gravidade da doença e da

depuração de creatinina. (veja, “Pacientes com insuficiência renal ou hepática”).

Posologia na insuficiência renal ou hepática

- Pacientes com insuficiência renal

Para pacientes com depuração de creatinina entre 30 e 50mL/min/1,73m2

(insuficiência renal moderada) ou

concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9mg/100mL a dose máxima diária de Ciprix por via oral deverá ser de

1000mg/dia.

Para pacientes com depuração de creatinina inferior a 30mL/min/1,73m2

(insuficiência renal grave) ou concentração de

creatinina sérica igual ou superior a 2,0mg/100mL a dose máxima diária de Ciprix por via oral deverá ser de

500mg/dia.

- Pacientes com insuficiência renal em hemodiálise

concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9mg/100ml a dose máxima diária de ciprofloxacino por via oral deverá

ser de 1.000mg.

creatinina sérica igual ou superior a 2,0mg/100mL a dose máxima diária de ciprofloxacino por via oral deverá ser de

500mg, nos dias de diálise, após o procedimento.

- Pacientes com insuficiência renal em diálise peritonial ambulatorial contínua (DPAC)

A dose diária máxima de ciprofloxacino deve ser de 500mg (1 comprimido revestido de 500mg ou 2 comprimidos

revestidos de 250mg).

- Pacientes com insuficiência hepática

Não há necessidade de ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática.

- Pacientes com insuficiência renal e hepática

concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9mg/100mL a dose máxima diária de ciprofloxacino por via oral deverá

ser de 1000mg.

500mg.

Crianças

Doses em crianças com função renal e/ou hepática alteradas não foram estudadas.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Resumo do perfil de segurança

As reações adversas relatadas com base em todos os estudos clínicos com ciprofloxacino (oral e parenteral)

classificadas por categoria de frequência segundo CIOMS III estão listadas abaixo (Total n= 51.621).

Lista de reações adversas

As frequências das reações adversas relatadas com cloridrato de ciprofloxacino estão resumidas na tabela abaixo.

Dentro dos grupos de frequência, as reações adversas estão apresentadas em ordem decrescente de gravidade.

Frequências são definidas como:

muito comum (≥ 1/10)

comum (≥ 1/100 a < 1/10)

incomum (≥ 1/1.000 a ≤ 1/100)

rara (≥ 1/10.000 a ≤ 1/1.000)

muito rara (≤ 1/10.000)

As reações adversas identificadas apenas durante a observação pós-comercialização e, para as quais a frequência não

pode ser estimada, estão listadas como “Frequência desconhecida”.

Infecções e infestações:

Reações incomuns: superinfecções micóticas.

Reações raras: colite associada a antibiótico (muito raramente com possível evolução fatal).

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático:

Reações incomuns: eosinofilia.

Reações raras: leucopenia, anemia, neutropenia, leucocitose, trombocitopenia e plaquetose.

Reações muito raras: anemia hemolítica, agranulocitose, pancitopenia (com risco para a vida) e depressão da medula

óssea (com risco para a vida).

Distúrbios do sistema imunológico:

Reações raras: reação alérgica e edema alérgico/angioedema.

Reações muito raras: reação anafilática, choque anafilático (com risco para a vida) e reações similares à doença do soro.

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Distúrbios metabólicos e nutricionais:

Reações incomuns: apetite e ingestão de alimentos diminuídos.

Reações Raras: hiperglicemia, hipoglicemia.

Distúrbios psiquiátricos:

Reações incomuns: hiperatividade psicomotora/agitação.

Reações raras: confusão e desorientação, reação de ansiedade, sonhos anormais, depressão (potencialmente culminando

em comportamento autodestrutivo como ideias / pensamentos suicidas, tentativa de suicídio ou suicídio) e alucinações.

Reações muito raras: reações psicóticas (potencialmente culminando em comportamento autodestrutivo como

ideias/pensamentos suicidas, tentativa de suicídio ou suicídio).

Distúrbios do sistema nervoso:

Reações incomuns: cefaleia, tontura, distúrbios do sono e alterações do paladar.

Reações raras: parestesia e disestesia, hipoestesia, tremores, convulsões (incluindo estado epilético) e vertigem.

Reações muito raras: enxaqueca, transtornos da coordenação, alterações do olfato, hiperestesia e hipertensão

intracraniana (pseudotumor cerebral).

Frequência desconhecida: neuropatia periférica e polineuropatia.

Distúrbios visuais:

Reações raras: distúrbios visuais.

Reações muito raras: distorção visual das cores.

Distúrbios da audição e labirinto:

Reações raras: zumbido e perda da audição.

Reações muito raras: alteração da audição.

Distúrbios cardíacos:

Reações raras: taquicardia.

Frequência desconhecida: prolongamento do intervalo QT, arritmia ventricular, “torsades de pointes”*.

Distúrbios vasculares:

Reações raras: vasodilatação, hipotensão e síncope.

Reações muito raras: vasculite.

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastínicos:

Reações raras: dispneia (incluindo condições asmáticas).

Distúrbios gastrintestinais:

Reações comuns: náusea e diarreia.

Reações incomuns: vômito, dores gastrintestinais e abdominais, dispepsia e flatulência.

Reações muito raras: pancreatite.

Distúrbios hepatobiliares:

Reações incomuns: aumento das transaminases e aumento da bilirrubina.

Reações raras: disfunção hepática, icterícia e hepatite (não infecciosa).

Reações muito raras: necrose hepática (muito raramente progredindo para insuficiência hepática com risco para a vida).

Distúrbios da pele e dos tecidos subcutâneos:

Reações incomuns: rash cutâneo, prurido e urticária.

Reações raras: reações de fotossensibilidade e vesículas.

Reações muito raras: petéquias, eritema multiforme, eritema nodoso, síndrome de Stevens-Johnson (potencialmente

com risco para a vida) e necrólise epidérmica tóxica (potencialmente com risco para a vida).

Frequência desconhecida: pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA).

Distúrbios ósseos e do tecido conectivo e musculoesquelético

Reações incomuns: artralgia.

Reações raras: mialgia, artrite, aumento do tônus muscular e cãibras.

Reações muito raras: fraqueza muscular, tendinite, ruptura de tendão (predominantemente do tendão de Aquiles) e

exacerbação dos sintomas de miastenia grave.

Distúrbios renais e urinários:

Reações incomuns: disfunção renal.

Reações raras: insuficiência renal, hematúria, cristalúria e nefrite túbulo intersticial.

Distúrbios gerais:

Reações incomuns: dor inespecífica, mal estar geral e febre.

Reações raras: edema e sudorese (hiperidrose).

Reações muito raras: alteração da marcha.

Investigações:

Reações incomuns: aumento da fosfatase alcalina no sangue.

Reações raras: nível anormal de protrombina e aumento da amilase.

Frequência desconhecidas: aumento da razão normalizada internacional (RNI) (em pacientes tratados com antagonistas

de vitamina K).

*Estas reações foram relatadas durante o período de observação pós-comercialização e foram observadas

predominantemente entre pacientes com mais fatores de risco para prolongamento do intervalo QT (veja “Advertências

e Precauções”).

As seguintes reações adversas tiveram categoria de frequência mais elevada nos subgrupos de pacientes recebendo

tratamento intravenoso ou sequencial (intravenoso para oral):

Comum: Vômito, aumento transitório das transaminases, rash cutâneo.

Incomum:

Trombocitopenia, plaquetose, confusão e desorientação, alucinações, parestesia, disestesia,

convulsão, vertigem, distúrbios visuais, perda de audição, taquicardia, vasodilatação, hipotensão,

alteração hepática transitória, icterícia, insuficiência renal, edema.

Raras:

Pancitopenia, depressão da medula óssea, choque anafilático, reações psicóticas, enxaqueca,

distúrbios do olfato, alteração da audição, vasculite, pancreatite, necrose hepática, petéquias,

ruptura de tendão.

Crianças

A incidência de artropatia, mencionada acima, refere-se a dados coletados em estudos com adultos. Em crianças,

artropatia é relatada frequentemente (veja o item “Advertências e Precauções”).

Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.