Bula do Cis para o Profissional

Bula do Cis produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Cis
Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda. - Profissional

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BULA COMPLETA DO CIS PARA O PROFISSIONAL

CIS®

(besilato de cisatracúrio)

Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda.

Solução Injetável 2 mg/mL

MODELO DE BULA PARA O

PROFISSIONAL DA SAÚDE

CIS ®

Besilato de cisatracúrio

USO INTRAVENOSO

USO ADULTO E PEDIÁTRICO (A PARTIR DE 2 ANOS DE IDADE)

USO RESTRITO A HOSPITAIS

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES:

Solução injetável 2mg/mL

Apresentado em embalagens contendo 5 ampolas de 5 mL ou de 10 mL.

COMPOSIÇÃO

Cada mL da solução injetável de CIS®

2 mg/mL em ampolas contém:

besilato de cisatracúrio........................................... 2,68 mg (equivalentes a 2 mg de cisatracúrio)

solução ácido benzenossulfônico ... q.s.p............... pH 3,2 a 3,6

veiculo (água para injetáveis) ....... q.s.p............... 1 mL

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

O besilato de cisatracúrio (CIS®

) é um bloqueador neuromuscular não-despolarizante de duração intermediária, para

administração intravenosa. O besilato de cisatracúrio (CIS®

) é indicado para ser utilizado durante procedimentos cirúrgicos

e outros procedimentos, e na terapia intensiva. É utilizado em associação à anestesia ou na sedação em Unidade de

Tratamento Intensiva (UTI), para relaxamento da musculatura esquelética, e para facilitar a intubação orotraqueal e a

ventilação mecânica.

) não contém conservantes antimicrobianos e é produzido com o intuito de uso em um

único paciente.

2. RESULTADO DE EFICÁCIA

) demonstrou eficácia em causar relaxamento muscular em pacientes graves1

. Estudo

realizado em crianças de 0 a 2 anos de idade demonstraram eficácia e segurança de cisatracúrio2

. Estudo realizado em

crianças demonstrou recuperação da função muscular mais rápida que outros agentes3

.

1. Newman P J et al, Crit Care Med, 1997 vol 25, no 7: 1139-42

2. Odetola FO et al, Pediatr Crit Care Med, 2002 vol 03 No 03, 250-4

3. Burmester M et al, Intensive Care Med, 2005, 31: 686-692

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

O cisatracúrio é um relaxante da musculatura esquelética benzilisoquinolfnio, não-despolarizante e de duração

intermediária.

Estudos clínicos realizados em homens indicaram que CIS®

não está associado à liberação dose-dependente de histamina,

mesmo em doses de até (ou igual) a oito DE95 (dose necessária para produzir a depressão de 95% da resposta contrátil do

músculo adutor do polegar à estimulação do nervo ulnar).

O cisatracúrio se liga aos receptores colinérgicos na placa motora terminal antagonizando a ação da acetilcolina, resultando

em um bloqueio competitivo da transmissão neuromuscular. Esta ação é prontamente revertida pelo uso de inibidores da

acetilcolinesterase, como neostigmina ou edrofônio.

A DE95 (dose necessária para produzir uma depressão de 95% da resposta contrátil do músculo adutor do polegar à

estimulação do nervo ulnar) do cisatracúrio foi estimada em 0,05 mg/kg de peso corpóreo, durante uma anestesia com

opióides (tiopental/fentanil/midazolam). A DE95 de CIS®

em crianças durante anestesia por halotano é de 0,04 mg/kg.

Propriedades farmacocinéticas

Farmacocinética em pacientes adultos

A farmacocinética não-compartimental do CIS®

não se mostrou dose-dependente na faixa estudada (0,1 a 0,2 mg/kg, ou

duas a quatro vezes a DE95).

Os estudos populacionais confirmam e ampliam estes dados para doses de até 0,4 mg/kg (oito vezes a DE95).

Distribuição

Após a administração de doses de 0,1 e 0,2 mg/kg de CIS®

, a pacientes cirúrgicos adultos sadios, o volume de distribuição

no estado estacionário foi de 121 a 161 mL/Kg.

Metabolismo

O cisatracúrio é degradado em pH e temperatura fisiológicos, pela eliminação de Hofmann (um processo químico), ao

laudanosina e a um metabólito acrilato monoquaternário. O acrilato monoquaternário é hidrolisado por esterases

plasmáticas não-específicas a um álcool monoquaternário. Estes metabólitos não possuem atividade bloqueadora

neuromuscular.

Eliminação

A eliminação do cisatracúrio é amplamente órgão-independente, mas o fígado e os rins são as principais vias de eliminação

de seus metabólitos.

Injeção IV em bolus

Os parâmetros farmacocinéticos após doses de 0,1 e 0,2 mg/kg de CIS®

administradas a pacientes cirúrgicos adultos e

sadios estão resumidos na tabela abaixo:

Parâmetro Variação de valores médios

Clearance 4,7 a 5,7 mL/min/Kg

Meia-vida de eliminação 22 a 29 min

Infusão IV

A farmacocinética do cisatracúrio após infusão de CIS®

foi similar à farmacocinética após injeção única em bolus. A

farmacocinética foi estudada em pacientes cirúrgicos adultos e sadios que receberam uma dose inicial em bolus de 0,1

mg/kg, seguida de uma infusão de manutenção de CIS®

para manter uma supressão de 89 a 99% de T1. O clearance médio

de cisatracúrio foi de 6,9 mL/Kg/min e a meia-vida de eliminação foi de 28 minutos. O perfil de recuperação após infusão

de CIS®

independe da duração da infusão e é similar ao perfil após injeções únicas em bolus.

Populações especiais

Idosos

Não há diferenças clinicamente significativas na farmacocinética do cisatracúrio, bem como no perfil de recuperação, entre

pacientes idosos e pacientes adultos jovens. Em um estudo comparativo, o clearance plasmático não foi afetado pela idade.

Pequenas diferenças no volume de distribuição (+17%) e meia-vida (+4%) não afetaram o perfil de recuperação (ver

Posologia).

Pacientes com insuficiência renal

Não há diferenças clinicamente significativas na farmacocinética do cisatracúrio em pacientes com insuficiência renal

terminal e pacientes adultos sadios. Em um estudo comparativo, não houve diferenças estatisticamente significativas ou

clinicamente relevantes nos parâmetros farmacocinéticos do CIS®

. O perfil de recuperação do CIS®

permanece inalterado

neste grupo de pacientes (ver Posologia).

Pacientes com insuficiência hepática

Não há diferenças clinicamente significativas na farmacocinética do cisatracúrio entre pacientes com insuficiência hepática

terminal e pacientes adultos sadios. Em um estudo comparativo entre pacientes submetidos a transplante de fígado e adultos

saudáveis, houve pequenas diferenças no volume de distribuição (+21%) e no clearance (+16%), mas que não afetaram a

meia-vida de eliminação do cisatracúrio. O perfil de recuperação permaneceu inalterado (ver Posologia).

Pacientes em UTI

A farmacocinética do cisatracúrio em pacientes em UTI, recebendo infusões prolongadas, é similar à de pacientes

cirúrgicos adultos sadios, recebendo infusões ou injeções únicas em bolus. O clearance médio do cisatracúrio foi de 7,5

mL/Kg/min e a meia-vida de eliminação foi de 27 minutos. O perfil de recuperação após infusões de CIS®

nesses pacientes

independe da duração da infusão. As concentrações dos metabólitos foram mais altas em pacientes em UTI com função

renal e/ou hepática alterada (ver Advertências e precauções). Estes metabólitos não contribuem para o bloqueio

4. CONTRAINDICAÇÕES

CIS®

é contraindicado para pacientes com conhecida hipersensibilidade ao cisatracúrio, atracúrio ou ácido

benzenossulfônico.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

CIS®

paralisa a musculatura respiratória, assim como outros músculos esqueléticos, mas não tem efeito conhecido na

consciência ou no limiar de dor. CIS®

deve ser administrado somente por ou sob a supervisão de um anestesista ou

médicos de outra especialidade familiarizados com o uso e a ação de agentes bloqueadores neuromusculares. Devem estar à

disposição equipamentos para intubação orotraqueal, manutenção da ventilação pulmonar e oxigenação arterial adequada.

Deve-se ter muito cuidado ao se administrar CIS®

a pacientes que apresentaram reação de hipersensibilidade a outros

bloqueadores neuromusculares, pois foram relatadas altas taxas de sensibilidade cruzada (superior a 50%) entre agentes

bloqueadores neuromusculares (ver Contraindicações).

não apresenta propriedades vagolíticas ou de bloqueio ganglionar. Como consequência, CIS®

não exerce efeito

significativo sobre a frequência cardíaca e não irá compensar a bradicardia produzida por vários agentes anestésicos ou pela

estimulação vagal durante a cirurgia.

Pacientes com miastenia gravis e outras doenças neuromusculares apresentaram grande aumento da sensibilidade a agentes

bloqueadores não-despolarizantes . Uma dose inicial de não mais do que 0,02 mg/kg de CIS®

é recomendada para esses

pacientes.

Graves alterações ácido-base e/ou hidroeletrolíticas podem aumentar ou diminuir a sensibilidade dos pacientes aos

bloqueadores neuromusculares. ·

não foi estudado em pacientes com histórico de hipertermia maligna. Estudos realizados em porcos susceptíveis à

hipertermia maligna indicaram que CIS®

não induz esta síndrome.

não foi estudado em pacientes queimados. Entretanto, como acontece com outros bloqueadores neuromusculares não-

despolarizantes, deve-se obrigatoriamente considerar a possível necessidade de aumento da dose e redução da duração da

ação quando CIS®

for administrado a esses pacientes.

é hipotônico e não deve ser administrado na mesma linha de infusão de transfusão de sangue.

Pacientes em UTI

Quando administrado a animais de laboratório em altas doses, a laudanosina, um metabólito do cisatracúrio e do atracúrio,

foi associada à hipotensão transitória e, em algumas espécies, a efeitos cerebrais excitatórios.

Devido à menor necessidade de infusão de CIS®

, as concentrações plasmáticas de laudanosina correspondem

aproximadamente a um terço (1/3) daquelas encontradas após a infusão do atracúrio.

Houve raros relatos de convulsões em pacientes em UTI que receberam atracúrio e outros agentes. Estes pacientes

geralmente apresentavam uma ou mais condições clínicas que predispõem a convulsões (por exemplo, traumatismo

craniano, encefalopatia hipóxica, edema cerebral, encefalite viral, uremia).

Não foi estabelecida uma relação causal com a laudanosina.

Mutagenicidade e carcinogenicidade

O risco mutagênico para pacientes submetidos a relaxamento muscular com CIS®

é considerado insignificante. Não foram

realizados estudos de carcinogenicidade.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Estas precauções não são relevantes em relação ao CIS®

.

será sempre usado em combinação com o anestésico geral e, consequentemente, precauções usuais relativas à

realização de tarefas após anestesia geral são aplicadas.

Gravidez e lactação

Estudos de fertilidade não foram conduzidos.

Estudos em animais indicaram que o cisatracúrio não exerce efeitos adversos sobre o desenvolvimento fetal.

somente deve ser administrado durante a gravidez se o benefício para a mãe for maior do que qualquer possível risco

para o feto.

Não se sabe se o cisatracúrio ou seus metabólitos são excretados no leite materno.

Categoria B de risco na gravidez.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE INTERAÇÃO

Muitas drogas mostraram ter influência sobre a magnitude e/ou duração da ação de agentes bloqueadores neuromusculares

não-despolarizantes, incluindo:

Aumento do efeito

• Anestésicos:

- agentes voláteis como enflurano, isoflurano e halotano;

- cetamina;

- outros agentes bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes.

• Outras drogas:

- antibióticos, incluindo aminoglicosldeos, polimixinas, espectinomicina, tetraciclinas, lincomicina e clindamicina;

- antiarrítmicos, incluindo propranolol, bloqueadores de canal de cálcio, lidocaína, procainamida e quinidina;

- diuréticos, incluindo furosemida e, possivelmente, tiazidas, manitol e acetazolamida;

- sais de magnésio;

- sais de lítio;

- drogas bloqueadoras ganglionares: trimetafano, hexametônio.

Redução do efeito

- administração crônica prévia de fenitoína ou carbamazepina;

- tratamentos com agentes anticolinesterase comumente usados no tratamento da doença de Alzheimer (por exemplo,

donepezil) podem reduzir a duração e diminuir a taxa do bloqueio neuromuscular com cisatracúrio.

Não causa efeito

- A administração prévia de suxametônio não tem nenhum efeito sobre a duração do bloqueio neuromuscular, após a

administração de doses em bolus de cisatracúrio injetável ou nos requisitos da taxa de infusão.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de Conservação

Manter o produto na embalagem original, sob refrigeração (temperatura entre 2ºC e 8°C) e protegido da luz. Não congelar.

CIS®

, quando diluído, é física e quimicamente estável por pelo menos 24 horas, entre 5°C e 25°C.

tem prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem externa do produto.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Após preparo, manter entre 5°C e 25°C por 24 horas.

Aspectos físicos / Características organolépticas

Solução variando de incolor a amarelo pálido ou amarelo esverdeado, praticamente livre de material particulado visível.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de uso

CIS®

, quando diluído, é física e quimicamente estável por pelo menos 24 horas entre 5°C e 25°C, em concentrações entre

0,1 e 2,0 mg/mL, nos seguintes fluidos de infusão, em recipientes de cloreto de polivinila (PVC) ou de polipropileno:

- infusão intravenosa de solução fisiológica (0,9% p/v)

- infusão intravenosa de dextrose (5% p/v)

- infusão intravenosa de cloreto de sódio (0,18% p/v) e dextrose (4% p/v)

- infusão intravenosa de cloreto de sódio (0,45% p/v) e dextrose (2,5% p/v)

Em casos raros, determinadas drogas podem agravar ou revelar miastenia gravis latente ou induzir uma síndrome

miastênica, resultando em aumento da sensibilidade a agentes bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes. Estas

drogas incluem vários antibióticos, betabloqueadores (propranolol, oxprenolol), antiarrítmicos (procainamida, quinidina),

drogas antirreumáticas (cloroquina, D-penicilamina), trimetafano, clorpromazina, esteroides, fenitoína e lítio.

não contém conservantes antimicrobianos. Por isso, a diluição deve ser efetuada imediatamente antes do uso, e a

administração deve começar o mais rápido possível após sua preparação. Qualquer solução (diluída ou não) remanescente

deve ser descartada.

não é quimicamente estável quando diluído com Solução de Ringer Lactato.

mostrou-se compatível com as seguintes drogas perioperatórias de uso comum, quando misturado em condições

simulando a administração numa infusão IV através de um adaptador Y: cloridrato de alfentanil, droperidol, citrato de

fentanil, cloridrato de midazolam e citrato de sufentanil.

Quando outras drogas são administradas através da mesma agulha ou cânula que CIS®

, é recomendado que cada droga seja

lavada com um volume adequado de um fluido intravenoso apropriado como, por exemplo, infusão intravenosa de solução

fisiológica 0,9% (p/v).

Como CIS®

só é estável em soluções ácidas, ele não deve ser misturado na mesma seringa ou administrado

simultaneamente através da mesma agulha de soluções alcalinas como, por exemplo, tiopental sódico. CIS®

não é

compatível com quetorolac trometamol ou emulsão injetável de propofol.

Como acontece com outras drogas administradas por via intravenosa, quando uma veia de pequeno calibre é selecionada

como local de injeção, CIS®

deve ser passado através da veia com um fluido intravenoso apropriado, como a infusão

intravenosa de solução fisiológica (0,9% p/v).

Posologia

Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, recomenda-se o monitoramento da função neuromuscular

durante a utilização de CIS®

a fim de se individualizar as doses necessárias.

• Uso através de injeção IV em bolus em adultos

Intubação orotraqueal: a dose de CIS®

recomendada para intubação em adultos é 0,15 mg/kg, administrada rapidamente ao

longo de cinco a dez segundos. Esta dose produz condições boas a excelentes para a intubação orotraqueal em 120

segundos após a administração.

Doses mais altas reduzem o tempo para o inicio do bloqueio neuromuscular. A tabela a seguir resume o valor médio dos

dados farmacodinâmicos quando uma injeção de CIS®

é administrada em doses de 0,1 a 0,4 mg/kg a pacientes adultos

sadios durante anestesia por opióides (tiopental / fentanil / midazolam) ou por propofol.

Dose inicial de CIS®

Injetável

mg/Kg

Anestésico

Utilizado

Tempo para supressão

de 90% T1*

min

máxima T1*

Tempo para

recuperação

espontânea 25% T1*

'min

0,1 opióides 3,4 4,8 45

0,15 propofol 2,6 3,5 55

0,2 opióides 2,4 2,9 65

0,4 opióides 1,5 1,9 91

* Resposta contrátil única assim como o primeiro componente de uma sequência de quatro respostas do músculo adutor do

polegar após a estimulação elétrica supramáxima do nervo ulnar.

A anestesia por enflurano ou isoflurano pode prolongar a duração clinicamente eficaz de uma dose inicial de CIS®

em até

15%.

Dose de manutenção: o bloqueio neuromuscular pode ser prolongado com doses de manutenção de CIS®

. Uma dose de

0,03 mg/kg proporciona aproximadamente 20 minutos adicionais de bloqueio neuromuscular clinicamente eficaz durante

anestesia por opióides ou propofol. Doses de manutenção consecutivas não resultam em prolongamento progressivo do

efeito.

Recuperação espontânea: tendo se iniciado a recuperação espontânea do bloqueio neuromuscular, a velocidade é

independente da dose administrada de CIS®

. Durante anestesia por opióides ou propofol, os tempos médios de recuperação

de 25% a 75% e de 5% a 95% de recuperação são aproximadamente de 13 e 30 minutos, respectivamente.

Reversão: o bloqueio neuromuscular após a administração de CIS®

pode ser revertido rapidamente com doses padrão de

inibidores da acetilcolinesterase. Os tempos médios para 25 a 75% de recuperação e para recuperação clínica completa

(relação T4:T1≥0,7) são aproximadamente 2 e 5 minutos, respectivamente, após a administração do agente reversor em

uma média de 13% da recuperação de T1.

• Uso através de injeção IV em bolus em crianças (2 a 12 anos):

A dose inicial de CIS®

recomendada para crianças com idade entre 2 e 12 anos é de 0,1 mg/kg, administrada em 5 a 10

segundos. A tabela seguinte resume os dados farmacodinâmicos médios obtidos durante anestesia por opióides. A dose de

0,1 mg/kg apresenta um inicio de ação mais rápido, uma duração clinicamente eficaz mais curta e um perfil de recuperação

espontânea mais rápido do que em adultos sob condições anestésicas semelhantes.

Mg/Kg

Anestésico utilizado Tempo para supressão

de 90 % min

supressão máxima

recuperação de 25%

espontânea min

0,1 opióides 1,7 2,8 28

0,08 halotano 1,7 2,5 31

Baseado nos dados acima, pode-se esperar que o halotano potencialize o efeito bloqueador neuromuscular do CIS®

em

aproximadamente 20%. Não há informação disponível do uso de CIS®

em crianças durante anestesia por isoflurano ou

enflurano, mas pode-se esperar que estes agentes também prolonguem a duração clinicamente eficaz de uma dose de CIS®

em aproximadamente 15% - 20%.

Intubação orotraqueal: apesar da intubação orotraqueal não ter sido especificamente estudada neste grupo de idade, o

inicio de ação é mais rápido do que em adultos e, portanto, a intubação também deve ser possível em 2 minutos após a

administração.

Manutenção: o bloqueio neuromuscular pode ser prolongado com doses de manutenção de CIS®

. Em pacientes de 2 a 12

anos de idade, uma dose de 0,02 mg/kg proporciona aproximadamente nove minutos de bloqueio neuromuscular

clinicamente eficaz adicional durante anestesia por halotano. Doses de manutenção consecutivas não resultam em

prolongamento progressivo do efeito.

Não há dados suficientes para se descrever uma recomendação especifica para a dosagem de manutenção em pacientes

pediátricos de 2 a 12 anos de idade durante anestesia com opioides. Entretanto, dados muito limitados, obtidos de estudos

clínicos em pacientes pediátricos menores de 2 anos de idade, sugerem que a dose de manutenção de 0,03 mg/kg pode

prolongar o bloqueio neuromuscular clinicamente efetivo por um período de até 25 minutos, durante anestesia com

opióides.

Recuperação espontânea: a taxa de recuperação do bloqueio neuromuscular é independente da dose de CIS®

administrada. Durante anestesia por opióides ou halotano, os tempos médios de 25% a 75% e 5% a 95% de recuperação são

de aproximadamente 11 e 28 minutos, respectivamente.

pode ser revertido prontamente com doses padrão de

inibidores da acetilcolinesterase. Os tempos médios para 25% a 75% de recuperação e para recuperação clínica completa

(relação T4:T1 ≥ 0,7) são aproximadamente 2 e 5 minutos, respectivamente, após a administração do agente reversor a uma

média de 13% recuperação de T1.

• Uso através de infusão IV em adultos e crianças (2 a 12 anos)

Dosagem em adultos e crianças com idade entre 2 e 12 anos: A manutenção do bloqueio neuromuscular pode ser

alcançada por infusão de CIS®

. Uma velocidade de infusão inicial de 3 µg/Kg/min (0,18 mg/kg/h) é recomendada para

restaurar 89% a 99% de supressão T1 após evidências de recuperação espontânea. Após um período inicial de estabilização

do bloqueio neuromuscular, uma velocidade de 1 a 2 µg/Kg/min (0,06 a 0,12 mg/kg/h) deve ser adequada para manter o

bloqueio nesta faixa na maioria dos pacientes. A redução da velocidade de infusão em aproximadamente 40% pode ser

necessária quando CIS®

é administrado durante anestesia por isoflurano ou enflurano. A velocidade de infusão depende da

concentração de cisatracúrio na solução de infusão, do grau de bloqueio neuromuscular desejado e do peso do paciente. A

tabela seguinte fornece diretrizes para a administração de CIS®

não-diluído.

Velocidade de infusão de CIS®

injetável 2 mg/mL.

Peso do paciente

(Kg)

Dose (µg/kg/min) Velocidade de

infusão1,0 1,5 2,0 3,0

20 0,6 0,9 1,2 1,8 mL/h

70 2,1 3,2 4,2 6,3 mL/h

100 3,0 4,5 6,0 9,0 mL/h

A infusão continua de velocidade constante de CIS®

não está associada a um aumento ou redução progressiva do efeito

bloqueador neuromuscular. Após a descontinuação da infusão de CIS®

, a recuperação espontânea do bloqueio

neuromuscular ocorre numa velocidade comparável à da administração de um bolus único.

Dosagem em idosos: não há necessidade de ajustes de dose para pacientes idosos. Nestes pacientes, CIS®

tem um perfil

farmacodinâmico similar ao observado em pacientes adultos jovens, mas, como acontece com outros bloqueadores

neuromusculares, o produto pode ter um início de ação um pouco mais lento.

Dosagem para pacientes com insuficiência renal: não há necessidade de ajustes de dose para pacientes com insuficiência

renal. Nestes pacientes, CIS®

tem um perfil farmacodinâmico similar ao observado em pacientes com função renal normal,

mas o produto pode ter um início de ação um pouco mais lento.

Dosagem para pacientes com insuficiência hepática: não há necessidade de ajustes de dose para pacientes com doença

hepática em estágio terminal. Nestes pacientes, CIS®

tem um perfil farmacodinâmico similar ao observado em pacientes

com função hepática normal, mas o produto pode ter um início de ação um pouco mais rápido.

Dosagem para pacientes com doença cardiovascular

pode ser usado eficazmente para fornecer bloqueio neuromuscular em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca.

Quando administrado por injeção rápida em bolus (ao longo de cinco a dez segundos) a pacientes adultos com doença

cardiovascular grave, CIS®

não foi associado a efeitos cardiovasculares clinicamente significativos em qualquer dose

estudada (≥ 0,4 mg/kg ou 8 x DE95). O uso de CIS®

não foi estudado em crianças submetidas à cirurgia cardíaca.

Dosagem para pacientes de unidades de terapia intensiva

pode ser administrado por bolus e/ou infusão a pacientes adultos em unidade de terapia intensiva. Uma taxa de

infusão inicial de CIS®

de 3 µg/kg/min (0,18 mg/kg/h) é recomendada para pacientes adultos em UTIs. Pode haver uma

variação interpacientes ampla na necessidade de dosagem, que pode aumentar ou diminuir com o tempo. Em estudos

clínicos a velocidade de infusão média foi de [3 µg/kg/min (faixa de 0,5 a 10,2 µg/kg/min (0,03 a 0,6 mg/kg/h)].

O tempo médio para a recuperação espontânea completa, após infusão de longo prazo (até seis dias) de CIS®

em pacientes

em UTIs, foi de aproximadamente 50 minutos.

Dosagem em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca hipotérmica

Não foram realizados estudos com CIS®

em pacientes submetidos à cirurgia com hipotermia induzida (25°C a 28°C).

Como acontece com outros bloqueadores neuromusculares, é esperado que a velocidade de infusão necessária para manter

um relaxamento cirúrgico adequado nestas condições seja reduzida significativamente.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Os dados relacionados a seguir baseiam-se nos estudos clínicos internos e foram utilizados na determinação da frequência

dos eventos adversos. Para a classificação da frequência das reações adversas, a seguinte convenção tem sido aplicada:

muito comum (≥ 1/10), comum (≥ 1/100 e < 1/10), incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100), rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000) e muito

rara (< 1/10.000).

Dados de estudos clínicos

Reações comuns (>1/100 e <1/10): bradicardia, hipotensão;

Reações incomuns (>1/1.000 e < 1/100): rubor cutâneo, broncoespamos, rash cutâneo;

Dados pós-comercialização

Reações muito raras (<1/10.000):

- reação anafilática. Reações anafiláticas com grau variável de gravidade foram observadas após a administração de agentes

bloqueadores neuromusculares. Muito raramente foram relatadas reações anafiláticas graves em pacientes que receberam

CIS®

em associação a um ou mais agentes anestésicos.

- miopatia, fraqueza muscular. Ocorreram alguns relatos de fraqueza muscular e/ou miopatia após uso prolongado de

relaxantes musculares em pacientes gravemente doentes em UTI. A maioria dos pacientes estava recebendo

corticosteroides concomitantemente. Esses eventos foram relatados pouco frequentemente associados ao uso de CIS®

e não

possuem relação causal estabelecida.

Em caso de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,

disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSAGEM

Sintomas e sinais: paralisia muscular prolongada e suas consequências são os principais sinais esperados após uma

superdosagem de CIS®

.

Tratamento: é essencial manter a ventilação pulmonar e a oxigenação arterial até a recuperação da respiração espontânea

adequada. Será necessária uma sedação completa, já que o nível da consciência não é afetado por CIS®

. A recuperação

pode ser acelerada pela administração de inibidores da acetilcolinesterase a partir do momento em que houver evidência de

recuperação espontânea.

Em caso de intoxicação, ligue para 0800 70119 18 se você precisar de mais orientações.

USO RESTRITO A HOSPITAIS

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.