Bula do Citalopram para o Profissional

Bula do Citalopram produzido pelo laboratorio Actavis Farmaceutica Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Citalopram
Actavis Farmaceutica Ltda. - Profissional

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BULA COMPLETA DO CITALOPRAM PARA O PROFISSIONAL

BROMIDRATO DE CITALOPRAM

Actavis Farmacêutica Ltda.

Comprimidos revestidos

20 mg

1

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

bromidrato de citalopram

Medicamento genérico Lei nº 9.787,

APRESENTAÇÕES

COMPRIMIDOS REVESTIDOS

USO ADULTO

ADMINISTRAÇÃO: VIA ORAL

APRESENTAÇÕES:

Embalagens com 14 ou 28 comprimidos revestidos de 20 mg.

COMPOSIÇÃO:

Cada comprimido revestido contém:

bromidrato de citalopram (equivalente a 20 mg de citalopram)................................................................................................ 24,99 mg

Excipiente q.s.p. ................................................................................................................................................................. 1 comprimido

Lactose monoidratada, celulose microcristalina, estearato de magnésio, amido, povidona, crospovidona, Opadry White.

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Bromidrato de citalopram é usado para tratar a depressão e, após a melhora, para prevenir a recorrência desses sintomas.

Bromidrato de citalopram é usado em tratamentos de longo prazo para prevenir a recorrência de novos episódios depressivos em

pacientes que tem depressão recorrente.

Bromidrato de citalopram é eficaz também para o tratamento de pacientes com transtorno de pânico com ou sem agorafobia e para

o tratamento de pacientes com transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Dados de segurança pré-clínica

Toxicidade aguda

O citalopram tem baixa toxicidade aguda.

Toxicidade crônica

Em estudos de toxicidade crônica, não foram observadas restrições para o uso terapêutico do citalopram.

Estudos reprodutivos

Baseado nos dados dos estudos de toxicidade reprodutiva (segmentos I, II e III) não há razão para preocupações especiais com o uso

do citalopram em mulheres com potencial para engravidar.

Estudos embriotóxicos em ratos com doses de 56 mg/kg/dia, que causam toxicidade materna, mostraram anomalias ósseas na região

da coluna vertebral e costelas. Os níveis plasmáticos maternos foram de 2 a 3 vezes maiores do que a concentração terapêutica em

humanos. Em ratos o citalopram não teve nenhum efeito na fertilidade, gravidez e desenvolvimento pós-natal, mas diminui o peso dos

filhotes nascidos. O citalopram e seus metabólitos atingem concentrações fetais, que são 10 a 15 vezes maiores que os níveis

plasmáticos maternos.

Dados de estudos em animais demonstraram que o citalopram induz a redução dos índices de fertilidade e de gravidez, a redução no

número de implantações e à anormalidades no esperma em níveis de exposição bem acima dos níveis de exposição humana.

Potencial mutagênico e carcinogênico

O citalopram não tem potencial mutagênico ou carcinogênico.

Estudos em humanos

Depressão

Estudos placebo-controlados de curto-prazo

Um estudo1

de dose fixa em depressão maior (moderada a grave) (critérios do DSM-III-R), incluiu pacientes (n=650) que receberam

diariamente placebo ou citalopram nas doses de 10 mg, 20 mg, 40 mg ou 60 mg. Todos os grupos que receberam o citalopram

demonstraram melhora significativa das pontuações do item humor deprimido da Escala de Depressão de Hamilton (HAM-D) (p <

0,01), na Sub-escala de Melancolia da HAM-D, na Escala de Impressão Clínica Global (CGI) e na Escala de Depressão de

Montgomery-Asberg (MADRS) (resposta; p < 0,05). Ao final do estudo (semana 6), os grupos de 10 e 20 mg/dia apresentaram

vantagem estatística em comparação ao placebo na CGI, no item humor deprimido da HAM-D e na MADRS, e os grupos que

receberam doses de 40 e 60 mg/dia apresentaram superioridade estatística na CGI, na MADRS, no item humor depressivo da HAM-

D e na pontuação total da HAM-D.

Em um outro estudo2

, de dose flexível (citalopram de 20 a 80 mg/dia), multicêntrico, placebo-controlado, de curto prazo (4 semanas),

em pacientes com depressão maior leve a moderada (critérios do DSM-III-R), os pacientes do grupo citalopram apresentaram melhora

significativa em relação ao início na HAM-D (p<0,05), na CGI (p<0,05) e na Escala de Autoavaliação da Depressão de ZUNG

(ZUNG) (p < 0,05).

1) Feighner J.P. & Overo K.. Multicenter, placebo-controlled, fixed dose study of citalopram in moderate to severe depression.

Journal of Clinical Psychiatry, 1999, 60 (12): 824-830.

2) Mendels J., Kiev A., Fabre L.F.. Double-blind comparison of citalopram and placebo in depressed outpatients with melancholia.

Depression and Anxiety, 1999, 9: 54-60.

2

Depressão - prevenção de recaída e recorrência

Estudos de longo prazo, placebo-controlados

Em dois estudos placebo-controlados (n=207 e n=226) os pacientes que preencheram os critérios para resposta clínica (pontuação

total na Escala de Depressão de Montgomery-Asberg – MADRS < 12) após 6-8 semanas de tratamento, oriundos de um estudo

placebo-controlado (20 ou 40 mg/dia de citalopram) e de um estudo aberto com citalopram (20-60 mg/dia), foram randomizados para

uma nova fase de 24 semanas de tratamento sem alteração das doses do citalopram ou do placebo1, 2

. Nos dois estudos demonstrou-se

uma vantagem significativa do citalopram sobre o placebo (p<0,05). O percentual de recaída para os pacientes em tratamento com

citalopram foi de 10,5% e 13,8% respectivamente, nos dois estudos, comparados com 31% e 24,3% para os pacientes que receberam

placebo.

Citalopram nas doses de 20, 40 ou 60 mg/dia é efetivo na prevenção da recaída da depressão em pacientes que inicialmente

responderam a terapia antidepressiva.

1) Montgomery S.A., Rasmussen J.G.C. & Tanghoj. A 24-week study of 20 mg citalopram, 40 mg citalopram and placebo in the

prevention of relapse of major depression. Int Clin Psychopharmacol, 1993, 8:181-8.

2) Robert P., Montgomery S.A. Citalopram in doses of 20-60 mg is effective in depression relapse prevention: a placebo-controlled

6 month study. Int Clin Psychopharmacol., 1995, 19(suppl 1): 29-35.

Transtorno de pânico

Um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, placebo-controlado, de 8 semanas, incluiu 475 pacientes com transtorno de

pânico (com ou sem agorafobia), e comparou o citalopram ao placebo e à clomipramina. A resposta foi definida como pontuação de

0 ou 1 para o item ataque de pânico na Escala de Ansiedade Clínica (CAS). Os melhores resultados foram obtidos com o citalopram,

em doses entre 20 e 30 mg/dia1

.

Em uma extensão cega deste estudo, de longa duração (12 meses), os grupos que receberam citalopram 20-30 ou 40-60 mg/dia

apresentaram resposta significativamente superior ao grupo placebo (p=0,001 e p=0,003, respectivamente). O grupo clomipramina

(60 ou 90 mg/dia) não apresentou diferenças em relação ao grupo placebo2

. Os percentuais de resposta em todo o período de tratamento

indicaram que citalopram 20-60 mg/dia é efetivo no tratamento do transtorno de pânico 1,2

1) Wade et al. The effect of citalopram in panic disorder. Br J Psychiatry, 1997, 170:549-53.

2) Lepola et al. A controlled, prospective, 1-year trial of citalopram in the treatment of panic disorder. J Clin Psychiatry, 1998, 59:

528-34.

Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)

Um estudo multicêntrico, duplo-cego, randomizado, placebo-controlado, de 12 semanas, com 400 pacientes com TOC, incluiu, além

do grupo placebo, grupos com citalopram nas doses de 20, 40 e 60 mg/dia. Neste estudo, os três grupos de droga ativa apresentaram

superioridade estatística comparados ao placebo na Escala de Obsessão-Compulsão de Yale-Brown – (Y-BOCS; p<0,01 para 20

mg/dia e p<0,001 para 40 e 60 mg/dia)1

1) Montgomery S.A., Kasper S., Stein D.J., Bang Hedegaard K., Lemming O.M.. Citalopram 20 mg, 40 mg and 60 mg are all

effective and well tolerated compared with placebo in obsessive-compulsive disorder. Int Clin Psychopharmacol., 2001, 16(2):75-

86.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

Mecanismo de ação

Estudos bioquímicos e comportamentais mostraram que o citalopram é um potente inibidor da recaptação da serotonina (5-HT). A

tolerância para a inibição da recaptação de 5-HT não é induzida pelo tratamento prolongado com o citalopram. O citalopram é um dos

inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) de maior seletividade descritos até o momento, com nenhum ou mínimo efeito

sobre a recaptação da noradrenalina (NA), dopamina (DA) e ácido gamaminobutírico (GABA).

Ao contrário dos antidepressivos tricíclicos e de alguns dos mais novos inibidores da recaptação da serotonina, o citalopram não

apresenta afinidade, ou esta é muito baixa, aos receptores 5-HT1A, 5-HT2, DA, D1 e D2, aos adrenoreceptores α1-, α2-, β, aos receptores

histamínicos H1, aos receptores colinérgicos, benzodiazepínicos e opióides.

Uma série de testes funcionais - in vitro em órgãos isolados, bem como testes funcionais in vivo, confirmaram a falta de afinidade por

esses receptores. Essa ausência de efeitos sobre receptores poderia explicar porque o citalopram produz uma quantidade menor de

efeitos colaterais tradicionalmente relacionados aos antidepressivos como boca seca, distúrbios vesicais e intestinais, visão turva,

sonolência, cardiotoxicidade e hipotensão ortostática.

Os principais metabólitos do citalopram são também ISRSs, embora as relações de potência e seletividade deles sejam menores que

as do citalopram. No entanto, as relações de seletividade dos metabólitos são maiores que as de vários dos ISRSs mais novos. Os

metabólitos não contribuem para o efeito antidepressivo total.

Propriedades famacodinâmicas

A supressão do sono durante o estágio REM (rapid eyes moviment - movimento rápido dos olhos) é considerada um fator preditivo

da atividade antidepressiva. Como os ADT, outros ISRSs e os inibidores da monoaminoxidase (IMAO), o citalopram suprime o sono

REM e aumenta o sono profundo de ondas lentas.

Embora não se ligue a receptores opioides, o citalopram potencializa o efeito antinociceptivo de analgésicos opioides comumente

utilizados.

Em humanos o citalopram não compromete os desempenhos cognitivo e psicomotor e apresenta pouca ou nenhuma propriedade

sedativa, seja sozinho ou em associação com álcool.

O citalopram não reduziu o fluxo de saliva em um estudo de dose única em voluntários humanos e não teve nenhuma influência

significativa sobre parâmetros cardiovasculares em nenhum dos estudos com voluntários sadios. Citalopram não altera níveis séricos

de hormônio do crescimento. Citalopram como outros ISRSs pode aumentar a prolactina no plasma, um efeito secundário sobre a

prolactina, estimulando a serotonina e sem importância clínica.

Em um estudo duplo-cego de ECG, placebo controlado em voluntários sadios, a alteração da linha de base QTc (Fridericia-correction)

foi 7.5 (90% C1 5.9-9.1) ms com uma dose de 20 mg/dia e 16.7 (90% C1 15.0-18.4) ms com uma dose de 60 mg/dia (ver

“Contraindicações”, “Advertências e Precauções”, “Interações Medicamentosas”, “Reações Adversas” e “Superdose”).

3

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

A absorção do citalopram é quase completa e independe da ingestão de alimentos (Tmáx médio de 3 horas).

A biodisponibilidade absoluta é aproximadamente 80%.

Distribuição

O volume de distribuição aparente (Vd)β é cerca de 12 a 17 L/kg, após administração oral. A ligação às proteínas plasmáticas é menor

que 80% para o citalopram e seus principais metabólitos.

Biotransformação

O citalopram é metabolizado nos derivados ativos desmetilcitalopram, didesmetilcitalopram e citalopram-N-óxido, e em um derivado

inativo, o ácido propiônico deaminado. Todos os metabólitos ativos também são inibidores seletivos da recaptação da serotonina

(ISRSs), porém mais fracos que o composto original. O citalopram inalterado é o composto predominante no plasma. As concentrações

de desmetilcitalopram e didesmetilcitalopram geralmente correspondem a 30% - 50% e 5% – 10% da concentração de citalopram,

respectivamente. A biotransformação do citalopram em desmetilcitalopram é mediada pela isoenzima CYP2C19 (aproximadamente

38%), CYP3A4 (aproximadamente 31%) e CYP2D6 (aproximadamente 31%).

Eliminação

A meia-vida de eliminação (T1/2β) é de cerca de um dia e meio, o clearance plasmático do citalopram sistêmico (Cls) é de

aproximadamente 0,3 a 0,4 L/min e o clearance plasmático do citalopram oral é de aproximadamente 0,4 L/min. O citalopram é

excretado principalmente através do fígado (85%) e o restante (15%) através dos rins; 12% a 23% da dose diária são excretados através

da urina na forma de citalopram inalterado. A depuração hepática (residual) é de aproximadamente 0,3 L/min e a depuração renal é

de aproximadamente 0,05 a 0,08 L/min.

Linearidade

A cinética é linear. Os níveis plasmáticos são alcançados em uma a duas semanas. Concentrações médias de 300 nmol/L (165 a 405

nmol/L) são alcançadas com uma dose diária de 40 mg.

Pacientes idosos (> 65 anos)

As meias-vidas mais longas (1,5 a 3,75 dias) e os valores de depuração diminuídos (0,08 a 0,3L/min), decorrentes de uma redução da

velocidade de metabolização, foram demonstrados em pacientes idosos. O tempo da concentração de estado de equilíbrio em idosos

foi cerca de duas vezes maior que em pacientes mais jovens tratados com a mesma dose.

Função hepática reduzida

O citalopram é eliminado mais lentamente em pacientes com função hepática reduzida. A meia-vida do citalopram, nesses casos, foi

aproximadamente duas vezes mais longa e as concentrações de citalopram em equilíbrio, em uma determinada dose, serão duas vezes

maiores que em pacientes com função hepática normal.

Função renal reduzida

O citalopram é eliminado mais lentamente em pacientes com redução leve a moderada da função renal, sem nenhum impacto maior

em sua farmacocinética. No momento, não há nenhuma informação disponível para o tratamento de pacientes com função renal

gravemente reduzida (clearance de creatinina < 30 mL/min)(ver “Posologia e Modo de Usar”).

Polimorfismo

Pesquisas in vivo mostraram que a metabolização do citalopram não exibe nenhum polimorfismo clinicamente importante na oxidação

da esparteína/debrisoquina (CYP2D6). Como precaução, no caso de metabolizadores pobres da enzima CYP2C19, deve ser

considerada uma dose inicial de 10 mg/dia (ver “Posologia e Modo de Usar”).

Relação farmacocinética/farmacodinâmica

Não há relação clara entre níveis plasmáticos de citalopram e resposta terapêutica ou eventos adversos.

Os metabólitos não contribuem para o efeito antidepressivo geral.

4. CONTRAINDICAÇÕES

O bromidrato de citalopram é contraindicado em pacientes que apresentam hipersensibilidade ao citalopram ou a qualquer um de

seus componentes (veja “Composição”).

O tratamento concomitante com IMAO (inibidores da monoaminoxidase) e pimozida é contraindicado (ver “Interações

Medicamentosas”).

O bromidrato de citalopram não deve ser dado a pacientes recebendo Inibidores da Monoaminoxidase (IMAOs) incluindo selegilina

em doses diárias que excedam 10 mg/dia. O bromidrato de citalopram não deve ser administrado por até catorze dias após a

descontinuação de um IMAO irreversível ou pelo tempo especificado após a descontinuação de um IMAO reversível (RIMA) como

descrito no texto de bula do RIMA. IMAOs não devem ser introduzidos antes de sete dias após descontinuação do citalopram (ver

“Interações Medicamentosas”).

O bromidrato de citalopram é contraindicado para uso concomitante com linezolida a menos que seja possível monitorar de perto a

pressão sanguínea do paciente (ver “Interações Medicamentosas”).

Citalopram é contraindicado em pacientes que apresentam prolongamento do intervalo QT ou síndrome congênita do prolongamento

QT.

Fertilidade, Gravidez e Lactação

Gravidez

Categoria de risco B: não há dados clínicos disponíveis do citalopram sobre a exposição durante a gravidez

Uma grande quantidade de dados de mulheres grávidas (mais do que 2500 exposições relatadas) indicou não haver malformação do

feto ou toxicidade neonatal. Entretanto, o citalopram não deve ser usado durante a gravidez a menos que seja claramente necessário e

somente após uma avaliação criteriosa do benefício/risco.

4

Recém-nascidos devem ser observados se o uso materno de bromidrato de citalopram continua nas fases finais da gravidez,

especialmente no terceiro trimestre. A descontinuação abrupta deve ser evitada durante a gravidez.

Os seguintes sintomas podem ocorrer nos neonatos após uso maternal de ISRS / uso SNRI nos estágios mais avançados da gravidez:

dificuldade respiratória, cianose, apneia, convulsões, instabilidade térmica, dificuldade de alimentação, vômitos, hipoglicemia,

hipertonia, hipotonia, hiperreflexia, tremor, agitação, irritabilidade, letargia, choro constante, sonolência e dificuldade para dormir.

Estes sintomas podem ser devido a efeitos serotoninérgicos ou sintomas de descontinuação. Na maioria dos casos, as complicações

iniciam-se imediatamente ou brevemente (<24 horas) após o parto.

Dados epidemiológicos sugerem que o uso de ISRS durante a gravidez, especialmente no final da gravidez, podem aumentar o risco

de hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido (HPP). O risco observado foi de cerca de 5 casos por 1.000 gestações. Na

população geral 1-2 casos de HPP por 1000 gestações ocorrem.

Baseado em dados de estudos de toxicidade reprodutiva (segmento I, II e III) não há nenhuma razão para ter preocupação especial

com o uso de citalopram em mulheres em idade fértil.

Lactação

O citalopram é excretado no leite materno em baixas concentrações. Estima-se que o lactente receberá cerca de 5% do peso da dose

diária materna relacionados (em mg/kg). Nenhuma ou apenas pequenos eventos têm sido observados em lactentes. No entanto, a

informação existente é insuficiente para a avaliação do risco para a criança. Recomenda-se precaução.

Fertilidade

Dados de estudos em animais mostraram que o citalopram pode afetar a qualidade do esperma (ver “Resultados de Eficácia – Dados

de Segurança Pré-clínica”).

Relatos de casos em humanos com alguns ISRSs mostram que este efeito na qualidade do esperma é reversível. Até o momento não

foi observado impacto na fertilidade humana.

Não usar bromidrato de citalopram durante a gravidez, a menos que a necessidade seja clara e seja avaliado cuidadosamente

o risco-benefício do uso deste medicamento.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

As seguintes advertências e precauções aplicam-se à classe terapêutica dos ISRSs (Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina).

Crianças e adolescentes (< 18 anos de idade)

Não usar o bromidrato de citalopram para tratar crianças ou adolescentes menores de 18 anos, ao menos que a necessidade clínica seja

clara e o paciente seja cuidadosamente monitorado pelo médico quanto ao aparecimento de sintomas suicidas. Em estudos clínicos

realizados com crianças e adolescentes tratados com antidepressivos, comparados com o placebo, foi observado aumento da

hostilidade e do comportamento suicida (tentativas de suicídio e pensamentos suicidas). Não existem dados de longo-prazo pela

utilização por crianças e adolescentes no que se refere a crescimento, maturação e desenvolvimento cognitivo e comportamental.

Ansiedade paradoxal

Alguns pacientes com transtorno de pânico podem apresentar sintomas de ansiedade intensificados no início do tratamento com

antidepressivos. Esta reação paradoxal geralmente desaparece dentro de 02 semanas durante o tratamento contínuo. Recomenda-se

uma dose inicial baixa para reduzir a probabilidade de um efeito ansiogênico paradoxal (ver “Posologia e Modo de Usar”).

Hiponatremia

Hiponatremia, provavelmente relacionada à secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH), foi relatada como efeito

adverso raro com o uso de ISRS e geralmente se resolve com a descontinuação do tratamento. Pacientes idosos (especialmente

mulheres) parecem ter o risco aumentado.

Suicídio/pensamentos suicidas ou piora clínica

A depressão está associada com um aumento dos pensamentos suicidas, atos de autoflagelação e suicídio (eventos relacionados ao

suicídio). Este risco persiste até que ocorra uma remissão significativa da doença.

Como não há uma melhora expressiva nas primeiras semanas de tratamento, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados até

que uma melhora significativa ocorra. É observado na prática clínica um aumento do risco de suicídio no início do tratamento, quando

há uma pequena melhora parcial.

Outras doenças psiquiátricas para as quais o citalopram é indicado também podem estar associadas a um aumento do risco de suicídio

ou eventos a ele relacionados. Estas doenças podem ser comórbidas à depressão. As mesmas precauções indicadas nos casos de

tratamento dos pacientes com depressão devem ser aplicadas quando são tratados pacientes com outros transtornos psiquiátricos.

Os pacientes com histórias de tentativas de suicídio e/ou com ideação suicida, ambas prévias ao início do tratamento, apresentam um

risco maior para tentativas de suicídio e devem ser monitorados cuidadosamente durante o tratamento antidepressivo.

Uma meta-análise de estudos clínicos placebo-controlados de drogas antidepressivas em pacientes adultos com distúrbios psiquiátricos

mostrou um risco aumentado de comportamento suicida com o uso de antidepressivos comparado ao placebo em pacientes com menos

de 25 anos de idade.

Uma supervisão dos pacientes, em especial estes de alto risco, deve ter a terapia medicamentosa acompanhada especialmente no início

do tratamento e na mudança de doses. Pacientes (e cuidadores) precisam ser alertados sobre a necessidade de monitorar qualquer

agravamento da situação clínica, comportamento suicida ou pensamentos ou mudanças não-usuais no comportamento e devem

procurar aconselhamento médico imediatamente caso estes sintomas se façam presentes.

Acatisia/agitação psicomotora

O uso de ISRSs e IRSNs tem sido associado ao desenvolvimento de acatisia, caracterizada por uma inquietude desagradável ou

desconfortável e necessidade de se movimentar, associada à incapacidade de ficar sentado ou em pé, parado.

Quando ocorre é mais comum nas primeiras semanas de tratamento. Os pacientes que desenvolverem estes sintomas podem piorar

dos mesmos com o aumento da dose.

5

Mania

Em pacientes com doença maníaco-depressiva, uma mudança de fase maníaca pode ocorrer. Deve-se descontinuar os ISRSs em

qualquer paciente que entre em fase maníaca.

Convulsões

Convulsões são riscos potenciais com as drogas antidepressivas. O citalopram deve ser descontinuado em qualquer paciente que

apresente convulsões.

Deve-se evitar o uso dos ISRSs em pacientes com epilepsia instável e pacientes com epilepsia controlada. Estes pacientes precisam

ser cuidadosamente monitorados por um médico. Descontinuar o uso dos ISRSs caso haja um aumento da frequência de convulsões.

Diabetes

Em pacientes diabéticos, o tratamento com ISRSs poderá alterar o controle glicêmico,. Pode ser necessário um ajuste na dose de

insulina e/ou hipoglicemiantes orais em uso.

Síndrome serotoninérgica

Em raros casos foi relatada síndrome serotoninérgica em pacientes utilizando ISRSs. A combinação de sintomas como agitação,

tremor, mioclonia e hipertermia podem indicar o desenvolvimento desta condição. O tratamento com citalopram precisa ser

descontinuado imediatamente e tratamento sintomático deve ser iniciado.

Medicamentos serotoninérgicos

O citalopram não deve ser usado concomitantemente com medicamentos de efeitos serotoninérgicos tais como sumatriptano ou outros

triptanos, tramadol, oxitriptano e triptofano.

Hemorragia

Há relatos de sangramentos cutâneos com tempo e/ou características anormais, tais como equimoses, hemorragias ginecológicas,

sangramentos gastrointestinais e outros sangramentos cutâneos ou das mucosas com o uso dos ISRSs. (ver “Reações Adversas”).

Recomenda-se cautela no caso de pacientes em tratamento com ISRSs, especialmente em uso concomitantemente com medicamentos

conhecidos por afetar a função de plaquetas ou outros medicamentos que possam aumentar o risco de hemorragia, bem como em

pacientes com conhecida tendência a sangramentos. (ver “Interações Medicamentosas”).

Eletroconvulsoterapia (ECT)

A experiência clínica no uso combinado de ISRSs e ECT é limitada e, portanto, recomenda-se cautela.

Erva de são joão

Efeitos indesejáveis podem ser mais comuns durante a utilização concomitante de citalopram e produtos fitoterápicos contendo Erva

de São João (Hypericum perforatum). Sendo assim, o citalopram e produtos fitoterápicos à base de Erva de São João (Hypericum

perforatum) não devem ser utilizados concomitantemente. (ver “Interações Medicamentosas”).

Sintomas de descontinuação

Sintomas de descontinuação são comuns ao interromper o tratamento, particularmente se a descontinuação for abrupta (ver “Reações

Adversas”). Em um estudo clínico de prevenção das recorrências com o citalopram, os eventos adversos após a descontinuação do

tratamento com citalopram foram observados em 40% dos pacientes versus 20% dos pacientes que continuavam o uso de citalopram.

O risco de sintomas de descontinuação podem ser dependentes de diversos fatores incluindo a duração e a dose do tratamento e a taxa

de redução da dose. Tonturas, distúrbios sensoriais (incluindo parestesia), distúrbios do sono (incluindo insônia e sonhos intensos),

agitação ou ansiedade, náusea e ou vômitos, tremor, confusão, sudorese, dor de cabeça, diarreia, palpitações, instabilidade emocional,

irritabilidade e distúrbios visuais são as reações mais comumente relatadas. Geralmente estes sintomas são leves a moderados,

entretanto, em alguns pacientes, podem ser severos na intensidade. Ocorrem geralmente nos primeiros dias de descontinuação do

tratamento, mas há relatos muito raros destes sintomas em pacientes que inadvertidamente esqueceram uma dose.

Geralmente esses sintomas são autolimitados e usualmente desaparecem em 2 semanas, embora em alguns pacientes possam ser

prolongados (2-3 meses ou mais). Sendo assim, é recomendado que a concentração do citalopram seja gradualmente diminuída quando

o tratamento for descontinuado durante algumas semanas ou meses, de acordo com as necessidades do paciente (ver acima: “Sintomas

de Descontinuação de ISRS”)

Psicose

O tratamento de pacientes psicóticos com depressão pode aumentar os sintomas psicóticos.

Prolongamento do intervalo QT

Citalopram mostrou causar um aumento do prolongamento do intervalo QT dose-dependente. Casos de prolongamento do intervalo

QT e arritmia ventricular, incluindo Torsade de Pointes foram relatados durante o período de pós-comercialização do produto,

predominantemente em pacientes do sexo feminino, com hipocalemia, ou com prolongamento QT ou outras doenças cardíacas pré-

existentes (ver itens “Contraindicações”, “Interações Medicamentosas”, “Reações Adversas”, “Superdose” e “Propriedades

Farmacodinâmicas”).

Recomenda-se precaução nos pacientes que apresentam bradicardia significativa ou em pacientes que sofreram infarto agudo do

miocárdio recentemente ou insuficiência cardíaca descompensada.

Distúrbios eletrolíticos como hipocalemia e hipomagnesemia aumentam o risco de arritmias malignas e devem ser tratadas antes do

início do tratamento com citalopram.

Uma revisão do ECG deve ser considerada antes do início do tratamento com citalopram nos pacientes que apresentam doença cardíaca

estável.

Se ocorrerem sinais de arritmia cardíaca durante o tratamento com citalopram, o tratamento deve ser descontinuado e deve ser

realizado um ECG.

Glaucoma

Como ocorre com outros ISRSs, citalopram pode causar midríase e deve ser usado com precaução em pacientes com aumento da

pressão intraocular ou naqueles com glaucoma de ângulo estreito.

Efeitos na capacidade de dirigir ou operar máquinas

6

O citalopram tem influência menor ou moderada na habilidade de dirigir ou operar máquinas. Medicamentos psicoativos podem

reduzir a capacidade de julgamento e de reagir à emergências. Os pacientes devem ser informados sobre esses efeitos e alertados

quanto ao risco de interferência na sua capacidade de dirigir automóveis e de operar máquinas.

Geralmente, bromidrato de citalopram não afeta a habilidade de suas atividades diárias normais. Entretanto, você precisa ter

cautela quando dirigir veículos, operar máquinas ou realizar atividades que requeiram sua atenção.

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco

Para o uso em idosos, crianças e outros grupos de risco, ver “Posologia e Modo de Usar”.

Este medicamento contém LACTOSE.

Os comprimidos contém lactose. Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase ou mal

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interações farmacodinâmicas

Em um nível farmacodinâmico, casos de síndrome serotoninérgica de citalopram com moclobemida e buspirona já foram relatados.

Combinações contraindicadas

Inibidores da MAO

Não administrar o citalopram em combinação com IMAOs.

O uso concomitante do citalopram e IMAOs pode causar graves efeitos adversos, incluindo síndrome serotoninérgica. Casos de

reações graves e algumas vezes fatais foram relatados em pacientes recebendo um ISRS em combinação com um inibidor da

monoaminoxidase (IMAO), incluindo o IMAO irreversível selegilina, os IMAOs reversíveis moclobemida e linezolida e em pacientes

que tenham descontinuado recentemente ISRS e iniciaram com um IMAO. Em alguns casos os pacientes apresentaram sintomas

semelhantes à síndrome serotoninérgica. Sintomas de uma interação medicamentosa com um IMAO incluem: hipertermia, rigidez,

mioclonia, instabilidade autonômica com possíveis flutuações rápidas dos sinais vitais, alterações do estado mental que incluem

confusão, irritabilidade e agitação extrema progredindo para delírio e coma (ver “Reações Adversas”).

Pimozida

A coadministração de uma dose única de pimozida 2 mg em indivíduos tratados com o citalopram racêmico 40 mg/dia durante 11 dias

causou um aumento da ASC e da Cmáx da pimozida, embora não consistentemente em todo o estudo. A coadministração de

pimozida e citalopram resultou num aumento médio do intervalo QTc de aproximadamente 10 ms. Devido a interação observada com

uma baixa dose de pimozida, a administração concomitante de citalopram e pimozida é contraindicada.

Combinações que requerem precaução

Selegilina (inibidor seletivo MAO B)

Um estudo de interação farmacocinética/farmacodinâmica com a administração concomitante de citalopram (20 mg/dia) e selegilina

(10 mg/dia) não demonstrou interações clinicamente relevantes. O uso concomitante de citalopram e selegilina (em doses acima de

10 mg/dia) é contraindicado.

Medicamentos serotoninérgicos

Lítio e triptofano

Nenhuma interação farmacodinâmica foi encontrada em estudos clínicos nos quais o citalopram tenha sido administrado

concomitantemente ao lítio. Entretanto, houve relatos de aumento de reações quando foram administrados ISRSs concomitantemente

com lítio ou triptofano; como tal, o uso concomitante de ISRSs com essas drogas deve ser feito com cautela. Monitoramento de rotina

dos níveis de lítio deve ser continuado como usual.

Coadministração com produtos serotoninérgicos (ex.: tramadol, sumatriptano) pode levar ao aumento de eventos adversos associados

ao 5-HT. Até mais informação ser disponibilizada, o uso simultâneo de citalopram e agonistas da 5-HT, tais como sumatriptano e

outros triptanos não é recomendado.

Erva de são joão

Interações dinâmicas entre ISRSs e produtos fitoterápicos que contenham a Erva de São João (Hypericum perforatum) podem ocorrer,

resultando num aumento da incidência de reações adversas (ver “Advertências e Precauções”). Interações farmacocinéticas não foram

investigadas.

Hemorragia

Recomenda-se precaução em pacientes que estejam em tratamento simultâneo com anticoagulantes ou medicamentos que afetam a

função plaquetária, como anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), ácido acetilsalicílico, dipiramol e ticlopidina e outros

medicamentos (por ex.: antipsicóticos atípicos, fenotiazina, antidepressivos tricíclicos) que podem aumentar o risco de hemorragia

(ver “Advertências e Precauções”).

Eletroconvulsoterapia (ECT)

Não existem estudos clínicos estabelecendo os riscos ou benefícios do uso combinado de eletroconvulsivoterapia (ECT) e citalopram

Álcool

Nenhuma interação farmacodinâmica ou farmacocinética é esperada entre o citalopram e o álcool. Entretanto, a combinação com

álcool não é recomendada.

Medicamentos que diminuem o limiar convulsivo

Os ISRSs podem diminuir o limiar convulsivo. Aconselha-se precaução ao utilizar concomitantemente outros medicamentos capazes

de diminuir o limiar de convulsão (por exemplo, os antidepressivos [tricíclicos, ISRSs], neurolépticos [fenotiazida, tioxanteno e

butirofenonas], mefloquina, bupropiona e tramadol).

7

Neurolépticos

Experiência com citalopram não revelou quaisquer interações clinicamente relevantes com neurolépticos. No entanto, assim como

com outros ISRS, a possibilidade de uma interação farmacodinâmica não pode ser excluída.

Prolongamento do intervalo QT

Não foram realizados estudos farmacodinâmicos e farmacocinéticos entre citalopram e outros medicamentos que prolongam o

intervalo QT. Entretanto, não se pode descartar um efeito aditivo entre esses medicamentos e citalopram. Dessa forma, a

coadministração de citalopram e medicamentos que prolongam o intervalo QT, como antiarrítmicos Classes IA e III, antipsicóticos

(ex.: derivados de fentiazina, pimozida e haloperidol), antidepressivos tricíclicos, alguns agentes antimicrobianos (ex.: esparfloxacina,

moxifloxacina, eritromicina IV, pentamidina e anti-maláricos particularmente halofantrina), alguns anti-histamínicos (astemozol e

mizolastina) e etc., somente devem ser prescritos após uma avaliação criteriosa.

Interações farmacocinéticas

Biotransformação do citalopram para desmetilcitalopram é mediada pelas isoenzimas do sistema do citocromo P450: CYP2C19

(aproximadamente 38%), CYP3A4 (aproximadamente 31%) e CYP2D6 (aproximadamente 31%). O fato de que o citalopram é

metabolizado por mais de um CYP significa que a inibição de sua biotransformação é menos provável como a inibição de uma enzima

pode ser compensada por outra. Portanto, a coadministração de citalopram com outros medicamentos na prática clínica tem

probabilidade muito baixa de produzir interações farmacocinéticas.

Alimento

A absorção e outras propriedades farmacocinéticas do citalopram não é afetada pelos alimentos.

Efeito de outros medicamentos na farmacocinética do citalopram

Coadministração de cetoconazol (potente inibidor da CYP3A4) não alterou a farmacocinética do citalopram.

Um estudo de interação farmacocinética de lítio e citalopram não revelou qualquer interação farmacocinética. (ver também acima).

Cimetidina (potente inibidor de CYP2D6, 3A4 e 1A2) causou um aumento moderado nos níveis de citalopram.

Recomenda-se cautela na administração de citalopram combinado à cimetidina. Pode ser necessário um ajuste de dose.

Efeitos do citalopram sobre outros medicamentos

Um estudo de interação farmacocinética/farmacodinâmica com a administração concomitante de citalopram e metoprolol (um

substrato da CYP2D6) mostrou um duplo aumento das concentrações de metoprolol, mas não teve aumento estatisticamente

significante no efeito do metoprolol sobre a pressão sanguínea e a frequência cardíaca de voluntários saudáveis. Recomenda-se

precaução quando metoprolol e citalopram são administrados concomitantemente. Um ajuste de dose pode ser necessário.

Citalopram e desmetilcitalopram são insignificantes inibidores da CYP2C9, CYP2E1 E CYP3A4, e inibidores fracos da CYP1A2,

CYP2C19 e CYP2D6 quando em comparação com outros ISRS estabelecidos como significantes inibidores.

Levomepromazina, digoxina, carbamazepina

Nenhuma mudança ou apenas mudanças muito pequenas de pouca importância clínica foram observadas quando o citalopram foi dado

com substratos CYP1A2 (clozapina e teofilina), CYP2C9 (varfarina), CYP2C19 (imipramina e mefenitoína), CYP2D6 (esparteína,

imipramina, amitriptilina e risperidona) e CYP3A4 (varfarina, carbamazepina (e seu metabólito carbamazepina epóxido) e triazolam).

Nenhuma interação farmacocinética foi observada entre citalopram e levomepromazina, ou digoxina (indicando que o citalopram nem

induz nem inibe a glicoproteína-P).

Imipramina, desipramina

Em um estudo farmacocinético, nenhum efeito foi demonstrado nos níveis de citalopram ou imipramina, embora o nível de

desipramina, o metabólito primário da imipramina, foi aumentado. Quando desipramina é combinada com citalopram, um aumento

da concentração plasmática de desipramina tem sido observado. A redução da dose de desipramina pode ser necessária

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30o

C). Proteger da umidade.

O prazo de validade do bromidrato de citalopram é de 24 meses.

Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico do bromidrato de citalopram

O bromidrato de citalopram é um comprimido revestido branco, oval, convexo, com a inscrição “C” e “A” em uma das faces e o

logo da empresa na outra face.

Características organolépticas

Bromidrato de citalopram não tem cheiro ou gosto.

Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de usar

Os comprimidos do bromidrato de citalopram são administrados por via oral, uma única vez ao dia. Os comprimidos do bromidrato

de citalopram podem ser tomados em qualquer momento do dia, com ou sem alimentos. Engolir os comprimidos com água, sem

mastigá-los.

Tratamento da depressão

8

Administrar o bromidrato de citalopram na forma de uma dose oral única de 20 mg por dia. Dependendo da resposta individual do

paciente e da gravidade da depressão, aumentar a dose até um máximo de 40 mg por dia.

Duração do tratamento

O efeito antidepressivo geralmente inicia-se após 2-4 semanas. Tratamento com antidepressivos é sintomático e deve ser continuado

por um período de tempo apropriado, geralmente até 6 meses após a recuperação, a fim de evitar uma recaída. Em pacientes com

depressão recorrente (unipolar), a terapia de manutenção pode precisar ser continuada por vários anos para prevenir novos episódios.

Tratamento do transtorno de pânico

Uma dose oral única de 10 mg é recomendada na primeira semana, antes de se aumentar a dose para 20 mg por dia. Dependendo da

resposta individual, aumentar a dose até um máximo de 40 mg por dia.

A efetividade máxima do citalopram no tratamento do pânico é alcançada após aproximadamente 3 meses e a resposta é mantida

durante a continuação do tratamento.

Tratamento do transtorno obsessivo compulsivo

É recomendada a dose inicial de 20 mg. Dependendo da resposta individual, aumentar a dose até um máximo de 40 mg por dia.

O início de ação no tratamento do TOC é de 2-4 semanas, com melhorias contínuas ao longo do tempo.

Pacientes idosos (> 65 anos de idade)

Para pacientes idosos, a dose precisa ser reduzida para a metade da dose recomendada, por ex.: 10-20 mg/dia. A dose máxima

recomendada para idosos é 20 mg/dia.

Crianças e adolescentes

Bromidrato de citalopram não deve ser usado para tratamento de crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade (ver

“Advertências e Precauções”).

Função renal reduzida

Não é necessário ajuste da posologia em pacientes com comprometimento renal leve ou moderado. Não está disponível nenhuma

informação sobre o tratamento de pacientes com função renal gravemente reduzida (clearance de creatinina < 30 mL/min).

Função hepática reduzida

Uma dose diária inicial de 10 mg nas primeiras duas semanas de tratamento é recomendada em pacientes com comprometimento

hepático leve a moderado. Dependendo da resposta individual, a dose pode ser aumentada para um máximo de 20 mg diários. Cuidados

e uma cuidadosa titulação da dose são aconselháveis em pacientes com comprometimento hepático grave.

Metabolizadores pobres CYP2C19

Para pacientes que são metabolizadores pobres da enzima CYP2C19, recomenda-se uma dose inicial de 10 mg durante as duas

primeiras semanas de tratamento. A dose poderá ser aumentada até no máximo 20 mg/dia, dependendo da resposta individual.

Descontinuação

A descontinuação abrupta precisa ser evitada. Ao interromper o tratamento com bromidrato de citalopram, reduzir gradualmente a

dose durante um período de uma ou duas semanas, para evitar possíveis sintomas de descontinuação (ver “Advertências e Precauções”

e “Reações Adversas”). Se sintomas intoleráveis ocorrerem após redução da dose ou descontinuação do tratamento, retornar à dose

anteriormente prescrita e reiniciar a redução da dose de forma mais gradual.

Esquecimento da dose

A meia-vida do bromidrato de citalopram é de aproximadamente 1 ½ dia, o que permite que o esquecimento da ingestão da dose

diária possa ser contornado com a simples supressão daquela dose. Retomar a prescrição usual. Não dobrar a dose.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas observadas com citalopram são em geral moderadas e transitórias. As reações adversas são mais frequentes

durante a primeira ou segunda semana de tratamento e, geralmente, diminuem de intensidade e frequência com a continuação do

tratamento. Para as reações após uma dose-resposta foi descoberto: aumento da sudorese, boca seca, insônia, sonolência, diarreia,

náuseas e fadiga. A tabela mostra o percentual de reações adversas associadas com ISRSs e/ou citalopram visto em ≥1% dos pacientes

em estudos duplo-cego placebo-controlados ou no período pós-comercialização. As frequências foram definidas como: muito comum

(>1/10), comum (>1/100 a ≤1/10), incomum (>1/1000 a <1/100), raro (>1/10000 a <1/1000), muito raro (<1/10000), desconhecido

(não pode ser estimado com os dados atuais).

Muito comum Comum Incomum Raro Desconhecido

Distúrbios sanguíneos

e linfáticos

Trombocitopenia

Distúrbios do sistema

imunológico

Hipersensibilidade,

reação anafilática

Distúrbios endócrinos

Secreção

inadequada do

hormônio

antidiurético

Distúrbios de

metabolismo e

Nutrição

Diminuição do

apetite, diminuição

do peso

Aumento do

apetite, aumento

Hiponatremia Hipocalemia

9

Distúrbios

psiquiátricos

Agitação,

diminuição da

libido, ansiedade,

nervosismo,

confusão, sonhos

anormais, orgasmo

anormal em

mulheres

Agressividade,

alucinações,

despersonalização,

mania

Ataque de pânico,

bruxismo, agitação,

ideação suicida,

comportamento

suicida1

nervoso

Insônia,

sonolência,

Tremores,

parestesia, tontura,

distúrbio de

atenção

Síncope

Convulsão de

grande mal,

discinesia,

alterações no

paladar.

Convulsões,

síndrome

serotoninérgica,

desordem

extrapiramidal,

acatisia, distúrbios

de movimento

Distúrbios de visão

Midríase (que

pode levar ao

glaucoma agudo

de ângulo

fechado). Ver

“Advertências e

Precauções”

Distúrbio visual

Distúrbios de audição Tinitus

Distúrbios cardíacos

Taquicardia,

bradicardia

Intervalo QT

prolongado no

eletrocardiograma,

arritmia ventricular,

incluindo Torsade

de Pointes

Distúrbios vasculares Hemorragia

Hipotensão

ortostática

respiratórios,

torácicos e

mediastinos

Bocejo Epistaxe

gastrointestinais

Boca seca,

náusea

Diarreia, vômitos,

constipação

Hemorragia

gastrointestinal

(inclui hemorragia

retal)

hepatobiliares

Hepatite

Exames de função

hepática anormais

Distúrbios da pele e

do tecido subcutâneo

Aumento da

sudorese

Prurido

Urticária, alopécia,

eritema (rash),

púrpura,

fotossensibilidade

Equimoses,

angioedemas

Distúrbios dos tecidos

musculoesqueléticos e

conectivos

Artralgias,

mialgias

Distúrbios renais e

urinários

Retenção urinária

reprodutor e mamas

Impotência,

alterações da

ejaculação, falha

da ejaculação

Mulheres:

menorragia

Galactorreia

metrorragia,

Homens: priapismo

Distúrbios gerais e

problemas no local de

administração

Fadiga Edema Pirexia

1

casos de ideação suicida e comportamentos suicidas foram relatados durante a terapia do citalopram ou logo após a descontinuação

do tratamento (veja “Advertências e Precauções”).

Fraturas Ósseas

Estudos epidemiológicos, conduzidos principalmente em pacientes com 50 anos de idade e mais velhos, mostram um aumento do

risco de fraturas ósseas em doentes tratados com ISRS e antidepressivos tricíclicos. O mecanismo que leva a este risco é desconhecido.

Prolongamento do Intervalo QT

Casos de Prolongamento do intervalo QT e arritmia ventricular incluindo Torsade de Pointes foram relatados durante o período de

comercialização, predominantemente em pacientes do sexo feminino, com hipocalemia ou com prolongamento do intervalo QT pré-

existente causado por outras doenças cardíacas (ver “Contraindicações”, “Advertências e Precauções”, “Interações Medicamentosas”,

“Superdose” e “Propriedades Farmacodinâmicas”).

10

As seguintes reações adversas a medicamentos também foram reportadas para a classe terapêutica dos ISRS: inquietude

psicomotora/acatisia (ver “Advertências e Precauções”) e anorexia.

Sintomas observados na descontinuação do tratamento com ISRSs

A descontinuação do citalopram (particularmente quando abrupta) causa sintomas de descontinuação.

Tonturas, alterações da senso-percepção (inclui parestesias), alterações do sono (inclui insônia e sonhos vividos), agitação ou

ansiedade, náusea e/ou vômitos, tremores, confusão, sudorese, cefaleia, diarreia, palpitações, instabilidade emocional, irritabilidade e

alterações visuais são as reações mais comumente reportadas.

Geralmente, esses eventos são de intensidade leve a moderada e autolimitados, porém em alguns pacientes podem ser graves e/ou

prolongados. Os eventos geralmente se resolvem dentro de 2 semanas, embora em alguns indivíduos este tempo possa se prolongar

(2-3 meses ou mais). Logo, quando o tratamento com o citalopram não for mais necessário, recomenda-se fazer uma descontinuação

gradual, com diminuição progressiva da dose (ver “Posologia e Modo de Usar” e “Advertências e Precauções”).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.