Bula do Citostal produzido pelo laboratorio Bristol-Myers Squibb Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Citostal
Cápsulas
10mg e 40mg
Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.
BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE - CITOSTAL – Rev0714 1
APRESENTAÇÕES
CITOSTAL (lomustina) é apresentado na forma farmacêutica de cápsulas nas concentrações de 10mg e
40mg em frascos com 5 cápsulas.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada cápsula contém 10mg ou 40mg de lomustina para administração oral.
Excipientes: estearato de magnésio e manitol.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
CITOSTAL é indicado como terapia paliativa em associação com outras modalidades de tratamento ou em
combinações estabelecidas com outros agentes quimioterápicos aprovados nas seguintes neoplasias:
Tumores cerebrais1
– ambos primários e metastáticos, em pacientes que já tenham recebido tratamento
cirúrgico e/ou radioterápico apropriado.
Doença de Hodgkin2
- como terapia secundária, em combinação com outros agentes aprovados, em
pacientes que apresentem recidivas enquanto tratados com a terapia primária ou quando esta houver falhado.
1
CID C71 - Neoplasia maligna do encéfalo; CID C79.3 – Neoplasia maligna secundária do encéfalo e das
meninges cerebrais
2
CID C81 - Doença de Hodgkin
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Tumores Cerebrais
Uma revisão sistemática da literatura com meta-análise, envolvendo mais de 3.000 pacientes provenientes de
16 estudos randomizados, mostrou ganho em sobrevida para pacientes portadores de astrocitoma anáplasico
e glioblastoma multiforme (GBM) tratados com combinação de radioterapia e quimioterapia em relação aos
tratados com radioterapia isolada. O ganho absoluto em sobrevida foi de 10% em um ano para o tratamento
combinado.
Outra revisão sistemática de literatura com meta-análise, incluindo dados individuais de 3.004 pacientes com
glioma de alto grau, provenientes de doze estudos randomizados controlados, também avaliou o papel da
adição de quimioterapia em relação ao tratamento radioterápico isolado. O emprego da quimioterapia esteve
associado a uma redução significativa do risco relativo de morte de 15% (p<0,0001) (Tabela 1).
Uma terceira revisão sistemática com meta-análise, envolvendo pacientes portadores de GBM, avaliou o
papel de quimioterapia com nitrosureias e mostrou aumento relativo de 35% de sobrevida em um ano
(Tabela 1).
A dose de lomustina, como agente único ou combinado a outros fármacos sob diferentes regimes, naqueles
estudos randomizados, variou entre 100 - 130mg/m2
a cada seis a oito semanas.
Um estudo de fase III envolvendo 318 pacientes com glioblastoma anaplásico foram randomizados sob
regime 2:1:1 entre três diferentes tratamentos: radioterapia convencional (braço A), lomustina 110mg/m2
associada a procarbazina e vincristina – PCV – (braço B) ou temozolamida (braço C). Em caso de progressão
ou toxicidade, os pacientes no braço A poderiam ser tratados com PCV ou temozolomida e os pacientes dos
braços B e C poderiam ser tratados com radioterapia. O desfecho principal avaliado foi tempo para
progressão e foi similar entre os três braços estudados (HR = 1,2; 95%IC, 0,8 a 1,8) (Tabela 1).
Um estudo randomizado incluindo 368 pacientes portadores de oligodendroglioma ou oligodendroglioma
anaplásicos, avaliou o papel da combinação de radioterapia e quimioterapia com lomustina de 110mg/m2
em
dose única associada a procarbazina e vincristina (PCV) em relação a radioterapia isolada. Foi observado
um aumento no tempo da sobrevida livre de progressão para a adição da quimioterapia (23 versus 13,2 meses
p = 0,0018) porém sem ganho em sobrevida global (Tabela 1).
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Um estudo de fase II incluindo 24 pacientes portadores de oligodendroglioma resistentes à temozolomida,
mostrou que o tratamento de resgate sob o esquema PCV produziu 17% de resposta e aproximadamente 50%
de sobrevida livre de progressão em 6 meses.
Outro estudo fase II envolvendo 24 pacientes portadores de glioma de alto grau recidivado ou com doença
em progressão após radioterapia, avaliou tratamento com reirradiação e lomustina na dose de 130mg/m2
a
cada seis semanas até o máximo de 12 ciclos. Este estudo mostrou taxa de resposta de 33% e sobrevida
global de 13,7 meses a partir do início do retratamento.
Tabela 1 – Estudos com o uso da lomustina em pacientes com tumores cerebrais.
Estudo
(n)/patologia
Método Desfecho Tratamento Resultado
GRM 2002
n = 3004
glioma de alto
grau
Revisão
sistemática com
meta-análise Mortalidade
RT→QT
vs
RT
HR = 0,85
(95%IC 0,78-
0,91 p<0,0001)
Spiegel
n = 1252
glioblastoma
multiforme
meta-análise
Sobrevida em 12
meses
nitrosureias
RR = 1,35
(95%IC/ 1,14-
1,6)
Wick 2009
n=318
anaplásico
Fase III TPP
PCV
temozolomida
HR = 1,2 (95%
IC,0,8-1,9)
van den Bent
n=368
oligodendroglioma
e oligoastrocitoma
Fase III
SV global
(meses) / SLP
RT→PCV
30,6m
40,3m
p=0,23 / 13,2m
vs 23m
p = 0,0018
TPP = tempo para progressão; RT = radioterapia; QT = quimioterapia; PCV = procarbazina, vincristina e
lomustina; RR = risco relativo; HR = razão de risco; SLP= Sobrevida livre de Progressão
População Pediátrica
Um estudo randomizado incluindo 172 pacientes com idade inferior a 18 anos de idade, portadores de
astrocitoma de alto grau, tratados com cirurgia e radioterapia, comparou dois esquemas quimioterápicos
adjuvantes: o esquema considerado padrão era composto por lomustina na dose de 100mg/m2
associado a
prednisona em ciclos a cada 6 semanas e o esquema experimental era composto por múltiplos medicamentos
em um regime conhecido como “8 em 1”. Este estudo mostrou que, em cinco anos, a sobrevida livre de
progressão e a sobrevida global foram de 33% e 36%, respectivamente, sem diferença estatística entre os
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braços. O grupo de pacientes tratados com lomustina apresentou menor toxicidade (especialmente
mielossupressão e ototoxicidade) (Tabela 2).
Um estudo fase II envolvendo 42 pacientes com idade inferior a 18 anos, portadores de glioma de baixo grau
sem tratamento prévio ou com recidiva, tratados com lomustina 110mg/m2
(associado a tioguanina,
procarbazina, dibromodulcitol e vincristina) com ciclos repetidos após recuperação hematológica, mostrou
tempo para falha do tratamento de 132 semanas e taxa de sobrevida global em 5 anos de 78%.
Um estudo de fase III incluindo 379 pacientes entre 3 a 21 anos, portadores de meduloblastoma não
disseminado, tratados com radioterapia seguida de um de dois regimes de quimioterapia, um deles contendo
lomustina 75mg/m2
associada a vincristina e cisplatina com ciclos realizados em intervalos dependentes de
recuperação hematológica, mostrou sobrevida livre de eventos em cinco anos de 81% (Tabela 2).
Tabela 2 - Estudos com o uso da lomustina em pacientes com tumores cerebrais.
Finlay 1995
n=172
Astrocitoma de
alto grau Fase III
Sobrevida global
em 5 anos
RT→QT com
lomustina
RT→QT “8 em
1”
36%
em ambos os
grupos
Packer 2006
n= 421
meduloblastoma
Fase III SVLE
RT→
CITOSTAL +
CDDP + VCR
RT→CDDP +
VCR + CFM
81% em ambos
os grupos
RT= radioterapia; QT= quimioterapia; SVLE=sobrevida livre de eventos; CITOSTAL = lomustina;
CDDP = cisplatina; VCR = vincristina; CFM=ciclofosfamida.
Tumores Metastáticos para SNC
Um estudo de fase II incluindo 28 pacientes com tumores primitivos de mama e pulmão, avaliou o papel que
a quimioterapia com lomustina na dose de 80mg/m2
, associada a carboplatina, vinorelbina, 5-fluorouracila e
ácido folínico com ciclos repetidos a cada seis semanas. Foi observada taxa de resposta de 35% com tempo
mediano para progressão de 3,7 meses (Tabela 3).
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Tabela 3 – Estudo com a lomustina na metástase cerebral
Estudo (n) Método Desfecho Tratamento Resultado
Colleoni 1997
n=28 Fase II TPP
CITOSTAL
/carbo/NVB/5-
FU/LCV
3,7 meses
TPP= tempo para progressão; CITOSTAL = lomustina; carbo = carboplatina; NVB = vinorelbina 5-FU = 5-
fluorouracila; LCV= ácido folínico
Doença de Hodgkin
A lomustina tem sido utilizada historicamente em regimes quimioterápicos de resgate para tratamento de
doença de Hodgkin refratária.
Um estudo de fase III, envolvendo 113 pacientes com recidiva de doença após tratamento inicial, comparou
três diferentes esquemas quimioterápicos. Um esquema conhecido como CVPP, contendo lomustina na dose
de 75mg/m2
associada a vinblastina, procarbazina e prednisona em ciclos mensais; um segundo esquema
conhecido como ABOS; ou um terceiro regime com alternância de CVVP e ABOS. Este estudo mostrou que
a taxa de resposta completa variou entre 70 e 82% entre os três esquemas de tratamento, sem diferença
estatisticamente significante entre eles (p= 0,37). A sobrevida global em cinco anos para os pacientes em
resposta completa foi de 60% (Tabela 4).
Outro estudo fase III conduzido pelo CALGB, incluiu 60 pacientes com tratamento padrão para a doença
refratária. Este estudo comparou o tratamento de resgate com lomustina 100mg/m2
a cada 6 semanas ao
tratamento com carmustina. Este estudo mostrou superioridade em taxa de resposta (60% versus 28% p=
0,025) favorecendo a lomustina, sem diferença em sobrevida mediana (11,2 versus 5,4 meses p = 0,16)
(Tabela 4).
A lomustina também foi avaliada em um estudo fase II envolvendo 26 pacientes portadores de linfoma de
Hodgkin refratário, 15 dos quais haviam previamente recebido tratamento quimioterápico em altas doses. Foi
utilizada lomustina na dose de 1mg/kg de peso no primeiro dia de quimioterapia, associada ao esquema
contendo vinblastina, metotrexato, clorambucila, dexametasona e bleomicina, em ciclos a cada 56 dias. Este
estudo mostrou taxa de resposta de 67% (com 21% de respostas completas) e sobrevida mediana de 13
meses.
Tabela 4 – Estudos com a lomustina em doença de Hodgkin refratária
CVPP 40%
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Vinciguerra
1986
n=113
Fase III SVLF em 5 anos
ABOS
CVVP/ABOS
59%
57%
P=0,19
Hansen 1981
n=60 Fase III
Sobrevida
mediana (meses)
BCNU
11,2m
Vs
5,4m
p=0,16
SVLF = sobrevida livre de falência; CVPP = lomustina, vinblastina, procarbazina e prednisona; ABOS =
bleomicina, vincristina, doxorrubicina e estreptozocina; CITOSTAL = lomustina; BCNU = carmustina
Descrição
CITOSTAL é uma das nitrosureias usadas no tratamento de certas neoplasias. Sua fórmula química é 1-(2-
cloroetil)-3 ciclohexil-1-nitrosureia. É um pó amarelo, com a fórmula empírica C9H16ClN3O2 e peso
molecular de 233,71. CITOSTAL é solúvel em etanol 10% (0,05mg/mL) e álcool absoluto (70mg/mL). É
relativamente insolúvel em água (< 0,05mg/mL) e está relativamente não ionizado em pH fisiológico.
Farmacodinâmica
Embora haja um consenso geral de que CITOSTAL é um agente alquilante, assim como ocorre com outras
nitrosureias, ele pode inibir também vários processos enzimáticos chaves.
Farmacocinética
CITOSTAL deve ser administrado por via oral. Após administração por via oral do CITOSTAL radioativo,
em doses variando de 30mg/m2 a 100mg/m2, cerca de metade da radioatividade administrada foi excretada
em 24 horas. A meia-vida sérica do fármaco e/ou dos metabólitos varia de 16 horas a 2 dias. Os níveis
tissulares são comparáveis aos níveis plasmáticos 15 minutos após administração intravenosa.
Por sua alta solubilidade em lipídeos e relativa falta de ionização em pH fisiológico, CITOSTAL atravessa
eficazmente a barreira hematoencefálica. Os níveis de radioatividade no líquido cefalorraquidiano
correspondem a 50% ou mais dos níveis mensurados concomitantemente no plasma.
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CITOSTAL não deve ser administrado a indivíduos que tenham demonstrado hipersensibilidade prévia a este
fármaco ou a qualquer componente da formulação.
Tem-se relatado que o uso prolongado de nitrosureias está possivelmente associado ao desenvolvimento de
malignidades secundárias.
CITOSTAL deve ser prescrito por profissionais qualificados com experiência no uso de agentes
antineoplásicos. O mais importante e grave dos efeitos tóxicos de CITOSTAL é a supressão medular
retardada, principalmente trombocitopenia e leucopenia, as quais podem contribuir para sangramentos e
infecções generalizadas em pacientes já comprometidos.
Na dose recomendada, os ciclos de CITOSTAL não devem ser realizados com frequência maior que a cada 6
semanas.
A toxicidade medular de CITOSTAL é cumulativa; portanto, o ajuste da dosagem deve ser considerado com
base no nadir observado no hemograma referente à dose anterior. (ver ajuste de dosagem na tabela do item 8.
POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Deve-se ter cuidado ao se prescrever CITOSTAL a pacientes com níveis séricos reduzidos de plaquetas,
leucócitos ou eritrócitos (ver 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).
A toxicidade pulmonar de CITOSTAL parece estar relacionada à dose. (ver 9. REAÇÕES ADVERSAS.)
Os testes de funções renal e hepática devem ser periodicamente monitorizados. (ver 9. REAÇÕES
ADVERSAS.)
Precauções gerais
Em todas as ocasiões onde o uso de CITOSTAL for considerado na quimioterapia, o médico deve avaliar a
necessidade e os benefícios do fármaco em relação ao risco de efeitos tóxicos ou reações adversas. A maioria
destas reações adversas é reversível, se detectada precocemente. Quando tais reações ocorrerem, a dose do
fármaco deverá ser reduzida ou descontinuada e deverão ser tomadas medidas corretivas de acordo com a
decisão do médico.
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BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE - CITOSTAL – Rev0714 8
O restabelecimento da terapia com CITOSTAL deve ser realizado com cautela, considerando-se a
necessidade d o medicamento e a possibilidade de recorrência de toxicidade.
Uso na gestação
Categoria de risco na gravidez: D
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
O uso seguro na gravidez não foi estabelecido. CITOSTAL pode causar dano ao feto quando administrado a
mulheres grávidas. CITOSTAL é embriotóxico e teratogênico em ratos, e embriotóxico em coelhos em doses
equivalentes às empregadas em seres humanos. Se este fármaco for usado durante a gravidez ou se a paciente
engravidar enquanto estiver tomando este medicamento, a paciente deve ser informada do risco potencial ao
feto. Mulheres em idade de engravidar devem ser aconselhadas a evitar a gravidez.
Uso na lactação
Não é conhecido se este fármaco é excretado no leite humano. Devido ao fato de muitos fármacos serem
excretados no leite humano e ao potencial de CITOSTAL para ocorrência de reações adversas graves em
lactantes, deve-se optar por interromper a amamentação ou a administração do medicamento, levando-se em
conta a importância do fármaco para a mãe.
Testes laboratoriais
Devido à supressão medular retardada, os hemogramas devem ser monitorizados semanalmente por pelo
menos seis semanas após a dose.
Estudos da função pulmonar basal devem ser conduzidos juntamente com os testes da função pulmonar
durante o tratamento. Pacientes com valor basal inferior a 70% da Capacidade Vital Forçada (CVF) prevista
ou da Capacidade Difusora de Monóxido de Carbono (DLco) encontram-se particularmente em risco.
Como CITOSTAL pode causar disfunções hepáticas, recomenda-se que os testes de função hepática sejam
periodicamente monitorizados. (ver 9. REAÇÕES ADVERSAS.)
Os testes de função renal também devem ser periodicamente monitorizados. (ver 9. REAÇÕES
Carcinogênese, mutagênese e fertilidade
CITOSTAL é carcinogênico em ratos e camundongos, produzindo aumento acentuado na incidência de
tumores em doses próximas as utilizadas clinicamente. A terapia com nitrosureias tem potencial
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carcinogênico. CITOSTAL também afeta a fertilidade em ratos machos, em doses um pouco maiores que a
dose humana.
Uso pediátrico
Ver 9. REAÇÕES ADVERSAS, toxicidade pulmonar e 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR.
Efeito na habilidade de dirigir e uso de máquinas
Interação medicamento - medicamento
Foi reportado um caso em que a combinação de lomustina e cimetidina potencializou os efeitos da
trombocitopenia e da leucopenia. A administração destes fármacos individualmente não induziu
anormalidades hematológicas significantes.
Interação medicamento - vacinação
A vacinação com vírus ou bactérias inativados (vivos) em pacientes imunocomprometidos devido ao uso de
agentes quimioterápicos pode levar a infecções graves e até fatais. Portanto, deve haver um intervalo de pelo
menos 3 meses entre a descontinuação da quimioterapia e a vacinação.
Conservar o produto em temperatura ambiente (entre 15 e 30o
C), bem fechado em sua embalagem original.
Proteger da luz.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
CITOSTAL 10 mg é apresentado em cápsulas gelatinosas duras e opacas , contendo pó de coloração branca
a branca amarelada, com a tampa e o corpo brancos contendo o impresso, em tinta preta, paralelo ao seu eixo
longitudinal, “CPL” sobre “3030” na tampa e “10 MG” no corpo da cápsula.
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CITOSTAL 40 mg é apresentado em cápsulas gelatinosas duras e opacas, contendo pó de coloração branca
a branca amarelada, com a tampa branca e o corpo verde-musgo contendo o impresso, em tinta preta,
paralelo ao seu eixo longitudinal, “CPL” sobre “3031” na tampa e “40 MG” no corpo da cápsula.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose recomendada de CITOSTAL em adultos e pacientes pediátricos é de 130mg/m2 por via oral como
dose única a cada 6 semanas (ver Instruções para uso, manuseio e descarte). Em indivíduos com função
medular comprometida, a dose deve ser reduzida a 100mg/m2 a cada 6 semanas.
Não deve ser administrado outro ciclo de tratamento até que ocorra a recuperação medular em níveis
aceitáveis (plaquetas > 100.000/mm3; leucócitos > 4.000/mm3). O hemograma deve ser monitorizado
semanalmente, e outros ciclos não devem ser repetidos antes de 6 semanas, porque a toxicidade
hematológica é retardada e cumulativa.
Doses subsequentes à dose inicial devem ser ajustadas de acordo com a resposta hematológica do paciente à
dose precedente. O seguinte esquema é sugerido como guia para o ajuste da dose a ser administrada:
NADIR APÓS DOSE ANTERIOR PORCENTAGEM DA DOSE
ANTERIOR A SER
ADMINISTRADA
LEUCÓCITOS (/mm3
) PLAQUETAS (/mm3
)
≥4.000 ≥100.000 100%
3.000 - 3.999 75.000 - 99.999 100%
2.000 - 2.999 25.000 - 74.999 70%
< 2.000 < 25.000 50%
Quando CITOSTAL for usado em combinação com medicamentos mielosupressores, as doses devem ser
ajustadas de acordo.
CITOSTAL deve ser administrado por profissionais qualificados com experiência no uso de agentes
antineoplásicos.
Instruções para uso, manuseio e descarte
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Somente o número apropriado de cápsulas de CITOSTAL requerido para a administração de uma única dose
deve ser dispensado. Os pacientes devem ser avisados que CITOSTAL é tomado em uma dose oral única e
não será repetido por pelo menos 6 semanas.
Devem ser considerados os procedimentos quanto à manipulação e ao descarte adequados dos medicamentos
antineoplásicos. Já foram publicados vários guias sobre este assunto. Não há um acordo geral de que todos os
procedimentos recomendados nesses guias sejam necessários ou apropriados.
Para minimizar o risco de exposição dermatológica, sempre utilize luvas impermeáveis para manipular os
frascos contendo CITOSTAL cápsulas de 10mg ou 40mg. Isto inclui todas as atividades de manuseio em
clínicas, farmácias, estoques e cuidados domésticos, incluindo a abertura da embalagem e inspeção,
transporte dentro de uma instalação e preparação da dose e administração.
Para segurança e eficácia desta apresentação, CITOSTAL não deve ser administrado por vias não
recomendadas. A administração deve ser somente pela via oral.
Gastrintestinal
Náuseas e vômitos podem ocorrer cerca de 3 a 6 horas após uma dose oral e geralmente persistem menos de
24 horas. A frequência e a duração desses efeitos podem ser reduzidas pela administração de antieméticos
previamente à dose e pela administração de CITOSTAL a pacientes em jejum.
Toxicidade Hematológica
A toxicidade mais frequente e grave de CITOSTAL é a mielossupressão retardada. Ocorre geralmente de 4 a
6 semanas após a administração do medicamento e está relacionada à dose. Trombocitopenia ocorre cerca de
4 semanas após a administração e persiste por 1 ou 2 semanas. Leucopenia ocorre de 5 a 6 semanas após uma
dose de CITOSTAL e persiste por 1 ou 2 semanas.
Aproximadamente 65% dos pacientes recebendo 130mg/m2 apresentam leucopenia abaixo de 5.000
leucócitos/mm3 e 36% apresentam leucopenia abaixo de 3.000 leucócitos/mm3. A trombocitopenia é
geralmente mais grave que a leucopenia. Entretanto, ambos podem ter toxicidades dose-limitantes.
CITOSTAL pode produzir mielossupressão cumulativa, manifestada através de índices mais diminuídos, ou
por supressão mais prolongada após doses repetidas.
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A ocorrência de leucemia aguda e displasias medulares têm sido relatada em pacientes sob tratamento
prolongado com nitrosureias.
Anemia também ocorre, porém é menos frequente e menos grave que a trombocitopenia ou a leucopenia.
Toxicidade Pulmonar
A toxicidade pulmonar caracterizada por infiltrados pulmonares e/ou fibrose tem sido raramente relatada
com o uso de CITOSTAL. O início da toxicidade ocorreu após um intervalo de seis meses ou mais desde o
início do tratamento com doses cumulativas de CITOSTAL geralmente maiores que 1.100mg/m2. Há um
relato de toxicidade pulmonar com uma dose cumulativa de somente 600mg.
Fibrose pulmonar de início retardado ocorrendo até 17 anos após o tratamento tem sido relatada em pacientes
com tumores intracranianos que receberam nitrosureias relacionadas durante a infância e o início da
adolescência.
Outras Toxicidades
Têm sido raramente relatadas estomatite, alopecia, anemia, atrofia ótica e distúrbios visuais, como perda de
visão.
Reações neurológicas como desorientação, letargia, ataxia e disartria têm sido observadas em alguns
pacientes recebendo CITOSTAL. Entretanto, não está esclarecida a relação com a medicação nesses
pacientes.
Nefrotoxicidade
Anormalidades renais consistindo de redução do tamanho dos rins, azotemia progressiva e falência renal têm
sido relatadas em pacientes que recebem altas doses cumulativas após terapia prolongada com CITOSTAL e
nitrosureias relacionadas. Ocasionalmente, também têm sido relatados casos de danos renais em pacientes
recebendo doses totais inferiores.
Hepatotoxicidade
Um tipo reversível de toxicidade hepática, manifestada pelo aumento dos níveis de transaminase, fosfatase
alcalina e bilirrubina tem sido relatada em uma pequena porcentagem de pacientes recebendo CITOSTAL.
A lista abaixo é apresentada por sistema de classe de órgãos e frequência, conforme as categorias: muito
comum (≥1/10), comum (≥1/100,<1/10), incomum (≥1/1000, <1/100), raro (≥1/10000, <1/1000), muito raro
(<1/10000) e, não conhecida (não pode ser definida com base nos dados disponíveis). As frequências dos
eventos adversos relatados durante a experiência de pós-comercialização não podem ser definidas uma vez
que são obtidos de relatos espontâneos.
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EVENTOS ADVERSOS RELATADOS DURANTE A FASE CLÍNICA E A EXPERIÊNCIA DE PÓS-
COMERCIALIZAÇÃO
Sistema de classe de órgão Frequência Eventos adversos
Neoplasias benignas, malignas
(incluindo cistos e pólipos)
Não conhecida Leucemia aguda
Distúrbios sanguíneos e do sistema
linfático
Muito comum Leucopenia
Não conhecida
Falência da medula óssea, trombocitopenia,
anemia, síndrome mielodisplásica
Distúrbios do sistema nervoso Não conhecida
Coordenação anormal, desorientação, letargia,
disartria
Distúrbios respiratórios, torácicos e
mediastinais
Não conhecida Fibrose pulmonar, infiltração pulmonar
Distúrbios gastrintestinais Não conhecida Náusea, vômito, estomatite
Distúrbios hepatobiliares Não conhecida
Aumento das transaminases, aumento da
bilirrubina no sangue, aumento da fosfatase
alcalina no sangue
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo Não conhecida Alopecia
Distúrbio renal e urinário Não conhecida
Falência renal, azotemia, atrofia renal, lesão
renal
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm , ou para Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.