Bula do Cliane produzido pelo laboratorio Bayer S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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Cliane®
Bayer S.A.
Comprimidos revestidos
2 mg estradiol + 1 mg acetato de norestiterona
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estradiol
acetato de noretisterona
APRESENTAÇÃO:
Cartucho com 1 blíster-calendário com 28 comprimidos revestidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido revestido de Cliane®
contém 2 mg de estradiol e 1 mg de acetato de
noretisterona.
Excipientes: lactose, amido, povidona, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, talco,
dióxido de titânio, pigmento de óxido de ferro vermelho
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
Cliane®
é indicado para o tratamento dos distúrbios decorrentes da deficiência estrogênica
(TRH), tais como sudorese e ondas de calor, incluindo profilaxia da osteoporose, e atrofia
urogenital em pacientes menopausadas há pelo menos um ano.
O efeito preventivo desta combinação sobre a perda óssea na pós-menopausa foi
demonstrado em numerosos estudos clínicos. Estudos de acompanhamento realizados por 10
anos indicaram aumento na densidade mineral óssea da espinha lombar durante os três
primeiros anos de tratamento e, posteriormente, a preservação da massa óssea. O tratamento
com TRH, por período prolongado, tem igualmente demonstrado reduzir o risco de fraturas
periféricas em pacientes na pós-menopausa.
Estudos observacionais e o estudo do “Women’s Health Initiative (WHI)” com estrogênios
equinos conjugados (EEC) associados ao acetato de medroxiprogesterona (AMP) sugerem
uma redução na morbidade do câncer de cólon em mulheres na pós-menopausa que utilizam
TRH. No estudo WHI com monoterapia de EEC não foi observada uma redução no risco.
Não se sabe se estes dados também se estendem a outros medicamentos para TRH.
Farmacodinâmica
Cliane®
contém estradiol (estrogênio natural humano) e acetato de noretisterona
(progestógeno sintético). O estradiol fornece reposição hormonal durante e após o climatério
e a adição do acetato de noretisterona impede o desenvolvimento de hiperplasia endometrial.
A maioria dos estudos clínicos demonstra que a administração oral de 17-beta-estradiol
associado ao acetato de noretisterona, nas quantidades contidas em Cliane®
, diminui o
colesterol total e triglicérides, assim como as lipoproteínas de baixa densidade (LDL-C).
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Foi demonstrado que o uso prolongado de 17-beta-estradiol associado ao acetato de
noretisterona nas quantidades contidas em Cliane®
diminuem significativamente os
parâmetros bioquímicos do “turn-over” ósseo.
Farmacocinética
Os estrogênios naturais, tais como o 17-beta-estradiol, são absorvidos rápida e
completamente pelo trato gastrintestinal. O estradiol é metabolizado no fígado e em outros
tecidos, em estrona, estriol e outros metabólitos. O estradiol é excretado na bile e reabsorvido
no intestino. Durante esta circulação êntero-hepática ocorre a metabolização do estradiol. 90-
95% do estradiol são eliminados na urina na forma de conjugados de glicuronídios e sulfatos
biologicamente inativos.
O acetato de noretisterona é rapidamente absorvido pelo trato gastrintestinal e metabolizado
à noretisterona, a qual, por sua vez, é metabolizada e excretada na urina e fezes como
conjugados de glicuronídios e sulfatos. Aproximadamente metade da dose administrada é
recuperada na urina nas primeiras 24 horas.
A transformação da noretisterona em etinilestradiol in vivo tem sido descrita há muitos anos,
mas não foi determinada quantitativamente. Estudos recentes confirmaram que a
noretisterona é parcialmente metabolizada em etinilestradiol. A partir da administração oral
de um miligrama de acetato de noretisterona em humanos, é formado etinilestradiol em
quantidade equivalente a uma dose oral de aproximadamente 6 mcg.
Uma vez que a estrogenicidade da noretisterona já era conhecida e verificada na prática
clínica, a recente descoberta das suas características metabólicas não modifica as
recomendações de uso existentes.
Dados de segurança pré-clínicos
Não há dados de segurança pré-clínicos que possam ser relevantes para o prescritor e que já
não estejam descritos em outros itens desta bula.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes que apresentem quaisquer
das seguintes condições abaixo:
- gravidez e lactação;
- sangramento vaginal não-diagnosticado;
- diagnóstico ou suspeita de câncer de mama;
- diagnóstico ou suspeita de condições pré-malignas ou malignas, dependentes de
esteroides sexuais;
- presença ou história de tumores hepáticos (benignos ou malignos);
- doença hepática grave;
- tromboembolismo arterial agudo (por exemplo, infarto do miocárdio, acidente
vascular cerebral);
- presença de trombose venosa profunda, distúrbios tromboembólicos ou
antecedentes destas condições;
- alto risco de trombose venosa ou arterial;
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- hipertrigliceridemia grave;
- hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos componentes do medicamento.
Se qualquer uma das condições citadas anteriormente ocorrer pela primeira vez
durante o uso da TRH, a sua utilização deve ser descontinuada imediatamente.
Cliane
não pode ser usado como contraceptivo (vide item “Interações
medicamentosas").
Antes de iniciar a terapia, todas as condições/fatores de riscos mencionados a seguir
devem ser considerados quando se determina o risco/benefício do tratamento para cada
paciente.
Durante o uso da TRH, a terapia deve ser descontinuada imediatamente caso ocorra
qualquer uma das condições citadas no item Contraindicações, assim como nas
seguintes condições:
- enxaqueca ou cefaleias frequentes com intensidade fora do habitual que ocorram pela
primeira vez ou se houver quaisquer outros sintomas que sejam possíveis sinais
prodrômicos de oclusão cerebrovascular;
- recorrência de icterícia colestática ou prurido colestático que tenham surgido
inicialmente durante uma gravidez ou durante o uso anterior de esteroides sexuais;
- sintomas ou suspeita de um evento trombótico.
No caso de ocorrência ou agravamento das condições ou fatores de riscos descritos a
seguir, a análise individual do risco/benefício deve ser realizada novamente, levando-se
em consideração a possível necessidade de descontinuação da terapia.
O potencial para um risco sinérgico aumentado de trombose deve ser considerado
em mulheres que possuem uma combinação de fatores de risco ou apresentem um
fator de risco individual mais grave. Este risco aumentado pode ser maior que o
simples risco cumulativo de fatores. A TRH não deve ser prescrita quando a
avaliação risco/benefício for desfavorável.
Tromboembolismo venoso
Estudos epidemiológicos e estudos controlados randomizados sugerem um aumento do
risco relativo de desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TEV), isto é, trombose
venosa profunda ou embolia pulmonar. Portanto, a relação risco-benefício deve ser
cuidadosamente avaliada em conjunto com a paciente quando se prescrever TRH para
mulheres que apresentem fator de risco para TEV.
Os fatores de risco geralmente reconhecidos incluem história pessoal ou familiar (a
ocorrência de TEV em um familiar em primeiro grau, em idade relativamente precoce,
pode indicar predisposição genética) e obesidade grave. O risco de TEV também
aumenta com a idade. Não há consenso sobre a possível influência de veias varicosas no
desenvolvimento de TEV.
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O risco de TEV pode estar temporariamente aumentado em casos de imobilização
prolongada, cirurgia de grande porte eletiva ou pós-traumática ou traumatismo
extenso. Dependendo da natureza da ocorrência e da duração da imobilização, deve-se
considerar a interrupção temporária da TRH.
Tromboembolismo arterial
Dois grandes estudos clínicos realizados com estrogênios equinos conjugados (EEC)
combinados com acetato de medroxiprogesterona (AMP), em esquema de
administração contínua, indicaram um possível aumento do risco de cardiopatia
coronariana no primeiro ano de uso e nenhum benefício após este período. Um estudo
clínico abrangente, realizado com EEC administrados isoladamente, indicou um
potencial para redução da taxa de cardiopatia coronariana em mulheres com idade
entre 50 e 59 anos e nenhum benefício geral na população total estudada. Como
resultado secundário, verificou-se um aumento de 30 a 40% no risco de acidente
vascular cerebral em dois grandes estudos clínicos realizados com EEC administrados
isoladamente ou em combinação com AMP. Não se sabe se estes dados também se
aplicam a outros medicamentos para TRH ou para vias de administração não-oral.
Doença da vesícula biliar
É conhecido o aumento da litogenicidade da bile provocado por estrogênios. Algumas
mulheres são predispostas a desenvolver doenças da vesícula biliar durante a terapia
estrogênica.
Demência
Existe evidência limitada, observada em estudos clínicos realizados com produtos
contendo estrogênios equinos conjugados (EEC), de que a terapia hormonal pode
aumentar o risco de provável demência se iniciada em mulheres com idade igual ou
superior a 65 anos. O risco pode diminuir se o tratamento for iniciado próximo da
menopausa, como observado em outros estudos. Não se sabe se estes dados também se
estendem a outros medicamentos para TRH.
Tumores
- Câncer de mama
Estudos clínicos e estudos observacionais relataram aumento do risco decâncer de
mama diagnosticado em mulheres que usaram TRH por vários anos. Estes resultados
podem ser devido ao diagnóstico precoce, aos efeitos da promoção do crescimento de
tumores preexistentes ou à combinação de ambos.
A estimativa para o risco relativo global de diagnóstico de câncer de mama fornecida
em mais de 50 estudos epidemiológicos variou entre um e dois, na maioria dos estudos.
O risco relativo aumenta com a duração do tratamento e pode ser menor ou
possivelmente neutro com medicamentos contendo somente estrogênios.
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Dois extensos estudos clínicos randomizados, realizados com estrogênios equinos
conjugados (EEC) administrados isoladamente ou em combinação com AMP em uso
contínuo, apresentaram riscos estimados de 0,77 (IC 95%: 0,59 – 1,01) ou de 1,24 (IC
95%: 1,01 – 1,54) após 6 anos de TRH. Não se sabe se o risco aumentado também se
aplica a outros medicamentos para TRH.
Aumentos similares em diagnóstico de câncer de mama são observados, por exemplo,
nos casos de atraso da menopausa natural, ingestão de bebida alcoólica ou adiposidade.
O aumento do risco desaparece dentro de poucos anos após a descontinuação do uso da
TRH.
A maioria dos estudos têm relatado que tumores diagnosticados em usuárias atuais ou
recentes de TRH tendem a ser mais bem diferenciados do que os verificados em não-
usuárias. Dados referentes à localização fora da área da mama não são conclusivos.
A TRH aumenta a densidade de imagens mamográficas, o que pode afetar
adversamente a detecção radiológica do câncer de mama em alguns casos.
- Câncer endometrial
A exposição prolongada a estrogênios administrados isoladamente aumenta o risco de
desenvolvimento de hiperplasia ou carcinoma endometrial. Estudos sugerem que a
adição apropriada de progestógeno na terapia elimina esse aumento no risco.
- Tumor hepático
Após o uso de hormônios como os contidos em medicamentos destinados à TRH, foram
observados, em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente, tumores
malignos que, em casos isolados, ocasionaram hemorragias intra-abdominais com risco
para a vida da paciente. Se ocorrer dor no abdome superior, aumento do tamanho do
fígado ou sinais de hemorragia intra-abdominal, deve-se incluir tumor hepático nas
considerações diagnóstico-diferenciais.
Outras condições
Não foi estabelecida uma associação geral entre o uso da TRH e o desenvolvimento de
hipertensão clínica. Foram relatados pequenos aumentos na pressão arterial em
usuárias de TRH; os aumentos clinicamente relevantes são raros. Entretanto, deve-se
considerar a descontinuação do tratamento em casos individuais de desenvolvimento e
manutenção de hipertensão clinicamente significativa durante a TRH.
Distúrbios moderados da função hepática, incluindo hiperbilirrubinemias, tais como as
síndromes de Dubin-Johnson ou de Rotor, necessitam de rigorosa supervisão, sendo
que a função hepática deve ser monitorada periodicamente. Em caso de alteração nos
indicadores da função hepática, deve-se descontinuar a TRH.
Mulheres com níveis moderadamente elevados de triglicérides necessitam de
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acompanhamento especial. A TRH, nestes casos, pode estar associada a um aumento
adicional do nível de triglicérides levando ao risco de pancreatite aguda.
Embora a TRH possa ter efeito na resistência periférica à insulina e na tolerância à
glicose, geralmente não há necessidade de alterar o regime terapêutico para pacientes
diabéticas que estiverem usando TRH. Entretanto, estas pacientes devem ser
cuidadosamente monitoradas durante a terapia.
Algumas pacientes podem desenvolver manifestações indesejáveis geradas pela
estimulação estrogênica durante a TRH, como sangramento uterino anormal. Se
durante a terapia ocorrer sangramento uterino anormal de forma frequente,
persistente ou recorrente, recomenda-se avaliação endometrial.
Leiomiomas uterinos (miomas) podem aumentar de tamanho sob a influência de
estrogênios. Caso seja observado este aumento, o tratamento deve ser descontinuado.
Se ocorrer reativação de endometriose durante a TRH, recomenda-se a descontinuação
do tratamento.
Se a paciente apresentar diagnóstico de prolactinoma, é necessário um
acompanhamento médico rigoroso, incluindo avaliação periódica dos níveis de
prolactina.
Ocasionalmente, pode ocorrer cloasma, especialmente em mulheres com história de
cloasma gravídico. Mulheres com tendência a cloasma devem evitar exposição ao sol ou
à radiação ultravioleta enquanto estiverem em tratamento.
A ocorrência ou agravamento dos quadros abaixo foram relatados com o uso da TRH.
Embora não exista evidência conclusiva da associação com a TRH, as mulheres que
apresentarem alguma das condições abaixo e que estiverem em terapia de reposição
hormonal devem ser cuidadosamente monitoradas.
- epilepsia;
- doença benigna da mama;
- asma;
- enxaqueca;
- porfiria;
- otosclerose;
- lúpus eritematoso sistêmico;
- coreia menor.
Em mulheres com angioedema hereditário, o uso de estrogênios exógenos pode
induzir ou exacerbar sintomas de angioedema.
Gravidez e lactação
A TRH é contraindicada durante a gravidez ou lactação. Se ocorrer gravidez durante a
utilização de Cliane®
, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente.
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Estudos epidemiológicos abrangentes realizados com hormônios esteroides utilizados
em contracepção e em terapia de reposição hormonal não revelaram risco aumentado
de malformação congênita em crianças cujas mães utilizaram hormônios sexuais antes
da gravidez, nem efeitos teratogênicos quando hormônios sexuais foram tomados de
forma inadvertida durante a fase inicial da gestação.
Pequenas quantidades de hormônios sexuais podem ser excretadas com o leite materno.
Consultas / exames médicos
Antes de iniciar ou retomar o uso da TRH, é necessário obter a história clínica
detalhada e realizar exame clínico completo, considerando os itens descritos em
“Contraindicações” e “Advertências e precauções”; estes acompanhamentos devem ser
repetidos periodicamente durante o uso da TRH. A frequência e a natureza destas
avaliações devem ser baseadas em condutas médicas estabelecidas e adaptadas a cada
usuária, mas, em geral, devem incluir atenção especial à pressão arterial, mamas,
abdome e órgãos pélvicos, incluindo citologia cervical de rotina.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas
A contracepção hormonal deve ser descontinuada quando for iniciada a TRH e a
paciente deve ser orientada a adotar medidas contraceptivas não-hormonais, se
necessário.
Interações com outros medicamentos
Tratamentos prolongados com fármacos indutores de enzimas hepáticas como, por
exemplo, vários anticonvulsivantes e antimicrobianos podem aumentar a depuração
de hormônios sexuais e reduzir a eficácia clínica. Tais propriedades de indução de
enzimas hepáticas foram estabelecidas para hidantoínas, barbitúricos, primidona,
carbamazepina e rifampicina, assim como suspeita-se da existência dessas
propriedades também para oxcarbazepina, topiramato, felbamato e griseofulvina. A
indução enzimática máxima geralmente não ocorre antes da segunda ou terceira
semana, mas pode ser mantida por, no mínimo, 4 semanas após o término da terapia
com algum desses fármacos.
Em casos raros, níveis reduzidos de estradiol foram observados com o uso
concomitante de certos antibióticos (por exemplo, penicilinas e tetraciclina).
Substâncias que sofrem conjugação substancial como, por exemplo, o paracetamol,
podem aumentar a biodisponibilidade do estradiol pela inibição competitiva do
sistema de conjugação durante a absorção.
Em casos individuais, as necessidades de hipoglicemiantes orais ou insulina podem
ser alteradas como resultado do efeito sobre a tolerância à glicose.
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Interação com bebidas alcoólicas
A ingestão aguda de bebidas alcoólicas durante a TRH pode ocasionar elevação nos
níveis de estradiol circulante.
Alterações em exames laboratoriais:
O uso de esteroides sexuais pode influenciar os resultados de certos exames
laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos das funções hepática, tiroidiana,
adrenal e renal; níveis plasmáticos de proteínas (transportadoras), por exemplo,
globulina de ligação a corticosteroides e frações lipídicas/lipoproteicas, parâmetros do
metabolismo de carboidratos e parâmetros da coagulação e fribrinólise.
Cliane®
deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger da
umidade.
O prazo de validade de Cliane®
é de 36 meses a partir da data de sua fabricação.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.”
Características organolépticas
Apresenta-se na forma de comprimidos revestidos rosas.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
Como iniciar Cliane®
Mulheres que não utilizavam estrogênios ou que estão mudando de um produto
combinado contínuo podem iniciar o uso de Cliane®
a qualquer momento.
Para mulheres que estejam mudando de uma TRH contínua sequencial ou cíclica, deve-se
completar o ciclo atual da terapia utilizada antes de iniciar o uso de Cliane®
.
Dose
Tomar um comprimido rosa por dia.
Administração
Cada cartela contém o tratamento para 28 dias.
O tratamento é contínuo, isto é, após terminar a cartela atual, deve-se iniciar a próxima no dia
seguinte, sem intervalo entre as mesmas. Os comprimidos devem ser ingeridos com pequena
quantidade de líquido, sem mastigar.
Os comprimidos devem ser ingeridos todos os dias, preferencialmente no mesmo horário.
Comprimidos esquecidos
Se ocorrer o esquecimento de um comprimido, deve-se ingeri-lo o quanto antes. Se o atraso
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for de mais de 24 horas, nenhum comprimido adicional deve ser ingerido. Pode ocorrer
sangramento se houver o esquecimento de vários comprimidos.
Padrão de sangramento
Cliane®
é adequado apenas para pacientes cuja menopausa tenha ocorrido há pelo menos um
ano, isto é, que tenham apresentado seu último sangramento menstrual natural há pelo menos
um ano. Se Cliane
for administrado durante o período da perimenopausa, a probabilidade de
ocorrer sangramento de escape irregular é bastante elevada devido à possível atividade
hormonal cíclica dos ovários.
O tratamento com Cliane
destina-se a promover a terapia de reposição hormonal com
ausência de sangramento cíclico, porém pode ocorrer sangramento nos primeiros ciclos de
uso. Esse sangramento pode ser imprevisível, mas é pouco provável que seja excessivo. As
pacientes devem ser orientadas com relação a este fato e também informadas que o
sangramento deverá diminuir significativamente, cessando por completo na maioria dos
casos.
Informações adicionais para populações especiais:
- Crianças e adolescentes
não é indicado para o uso em crianças e adolescentes.
- Pacientes idosas
Não existem dados que sugiram a necessidade de ajuste de dose em pacientes idosas. Para
mulheres com 65 anos ou mais, vide item “Advertências e precauções”.
- Pacientes com disfunção hepática
não foi especificamente estudado em pacientes com disfunção hepática. Cliane®
é contraindicado em mulheres com doença hepática grave (vide item
“Contraindicações”).
- Pacientes com disfunção renal
não foi especificamente estudado em pacientes com disfunção renal. Dados
disponíveis não sugerem a necessidade de ajuste de dose nesta população de pacientes.
“Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.”
As reações adversas mais graves que estão associadas à utilização da terapia de
reposição hormonal estão citadas no item “Advertências e precauções”.
Outras reações adversas que foram reportadas em usuárias da terapia de reposição
hormonal (dados pós-comercialização), mas para as quais a associação com Cliane®
não foi confirmada e nem descartada são:
Classificação por
sistema corpóreo
Comum
(≥1/100, <1/10)
Incomum
(≥1/1.000, <1/100)
Raro
(≥1/10.000,
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MedDRA v. 8.0 <1/1.000)
Distúrbios no
sistema imunológico
Reação de
hipersensibilidade
Distúrbios
metabólicos e
nutricionais
Aumento ou
diminuição do
peso corporal
psiquiátricos
Estados depressivos Ansiedade,
diminuição ou
aumento da libido
sistema nervoso
Cefaleia Tontura Enxaqueca
Distúrbios nos olhos Distúrbios visuais Intolerância às
lentes de contato
Distúrbios cardíacos Palpitações
gastrintestinais
Dor abdominal,
náusea
Dispepsia Distensão
abdominal,
vômito
Distúrbios cutâneos
e nos tecidos
subcutâneos
Erupção cutânea,
prurido
Eritema nodoso,
urticária
Acne, hirsutismo
sistema musculo-
esquelético e tecido
conectivo
Cãibras
musculares
sistema reprodutivo
e nas mamas
Sangramento
uterino/vaginal,
incluindo
gotejamento (as
irregularidades
do sangramento
geralmente
desaparecem com
a continuação do
tratamento)
Dor e sensibilidade
nas mamas
Dismenorreia,
secreção vaginal,
síndrome
semelhante a pré-
menstrual,
aumento das
mamas
Distúrbios e
condições gerais do
local da
administração
Edema Fadiga
Foi utilizado o termo MedDRA mais apropriado (versão 8.0) para descrever uma
determinada reação. Sinônimos ou condições relacionadas não foram listados, mas
também devem ser considerados.
Em mulheres com angioedema hereditário, o uso de estrogênios exógenos pode
induzir ou exacerbar sintomas de angioedema (vide “Advertências e precauções”).
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“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br , ou para Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.”