Bula do Clocef produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Clocef®
Pó para solução injetável 1g e Pó para solução injetável 2g
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
cloridrato de cefepima
APRESENTAÇÕES
Pó para solução injetável 1g
Embalagem contendo 01 frasco-ampola + ampola de diluente com 3mL.
Embalagem contendo 50 frascos-ampola.
Pó para solução injetável 2g
Embalagens contendo 01 e 50 frascos-ampola.
USO INTRAMUSCULAR OU INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 MESES
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de solução injetável 1g contém:
cloridrato de cefepima + L-arginina estéril (equivalente a 1g de cefepima)............1,914213g
Cada frasco-ampola de solução injetável 2g contém:
cloridrato de cefepima + L-arginina estéril (equivalente a 2g de cefepima)............3,828426g
INFORMAÇÕES AO PROFISSIONAL DE SAÚDE
Adultos: Clocef®
é indicado no tratamento, em adultos, das infecções relacionadas a
seguir, quando causadas por bactérias sensíveis à cefepima:
-Infecções do trato respiratório inferior, incluindo pneumonia e bronquite;
-Infecções complicadas do trato urinário, incluindo pielonefrite e infecções não
complicadas do trato urinário;
-Infecções da pele e estruturas cutâneas;
-Infecções intra-abdominais, incluindo peritonite e infecções do trato biliar;
-Infecções ginecológicas;
-Septicemia;
-Terapia empírica em pacientes neutropênicos febris: monoterapia com cefepima é indicada
para o tratamento empírico de pacientes neutropênicos febris. Em pacientes com alto risco
de infecção grave (por exemplo, pacientes com histórico de recente transplante de medula
óssea, com hipotensão desde o início do acompanhamento, com malignidade hematológica
subjacente, ou com neutropenia grave ou prolongada), monoterapia antimicrobiana pode
não ser apropriada. Não há dados suficientes que comprovem a eficácia da monoterapia
com cefepima nestes pacientes. Clocef®
também está indicado para a profilaxia cirúrgica
em pacientes submetidos à cirurgia de cólon e reto.
Pediatria: Clocef®
é indicado no tratamento, em pacientes pediátricos, das infecções
relacionadas a seguir, quando causadas por bactérias sensíveis à cefepima:
-Pneumonia;
com cefepima nestes pacientes.
-Meningite bacteriana;
Devem ser realizados testes de cultura e sensibilidade quando apropriados para se
determinar a sensibilidade do patógeno à cefepima. A terapia empírica com Clocef®
pode
ser instituída antes de se conhecer os resultados dos testes de sensibilidade; entretanto, a
antibioticoterapia deverá ser ajustada de acordo com os resultados, assim que estiverem
disponíveis.
Devido ao seu amplo espectro de atividade bactericida contra bactérias Gram-positivas e
Gram-negativas, Clocef®
pode ser usado como monoterapia antes da identificação do(s)
patógeno(s). Em pacientes sob risco de infecções mistas de aeróbios-anaeróbios,
particularmente se bactérias não sensíveis à cefepima estiverem presentes, terapia inicial
concomitante com um agente antianaeróbio é recomendada antes que o patógeno seja
conhecido. Uma vez que estes resultados estiverem disponíveis, a terapia concomitante
com Clocef®
e outros agentes anti-infecciosos pode ou não ser necessária, dependendo da
sensibilidade do microrganismo.
Pacientes Neutropênicos Febris: a segurança e eficácia da monoterapia empírica com
cefepima para pacientes neutropênicos febris foram avaliadas em dois estudos
multicêntricos, randomizados, comparando monoterapia com cefepima (dose de 2g a cada 8
horas, IV) à monoterapia com ceftazidima (dose de 2g a cada 8 horas, IV). Esses estudos
foram realizados com 317 pacientes. A Tabela 1 descreve as características da população de
pacientes avaliáveis.
Tabela 1:
Demografia dos pacientes avaliáveis (apenas primeiros episódios)
cefepima (n=164) ceftazidima (n=153)
Idade média (anos) 56 (faixa 18-32) 55 (faixa 16-84)
Homens 86 (52%) 85 (56%)
Mulheres 78 (48%) 68 (44%)
Leucemia 65 (40%) 52 (34%)
Outras malignidades
hematológicas
43 (26%) 36 (24%)
Tumor sólido 54 (33%) 56 (37%)
CAN nadir médio (céls/µL) 20,0 (faixa 0-500) 20,0 (faixa 0-500)
Duração média da 6,0 (faixa 0-39) 6,0 (faixa 0-32)
neutropenia (dias)
Catéter venoso de demora 97 (59%) 86 (56%)
Profilaxia com antibiótico 62 (38%) 64 (42%)
Corrupção da medula 9 (5%) 7 (5%)
PAS < 90 mm Hg na entrada 7 (4%) 2 (1%)
CAN = contagem absoluta de neutrófilos; PAS = pressão arterial sistólica
A Tabela 2 descreve as taxas das respostas clínicas observadas. Para todos os resultados
medidos, a cefepima mostrou-se terapeuticamente equivalente a ceftazidima.
Tabela 2
Taxas de respostas conjuntas para terapia empírica em pacientes neutropênicos
febris
% Resposta
Resultados medidos cefepima
(n=164)
ceftazidima
(n=153)
Episódio primário resolvido sem modificação no tratamento,
não houve novos episódios febris ou infecção, e o uso de
antibióticos orais foi permitido para complementar o
tratamento.
51 55
não houve novos episódios febris ou infecção, e antibióticos
orais não foram utilizados no pós-tratamento.
34 39
Sobrevivência, com permissão de qualquer modificação no
93 97
Episódio primário resolvido sem modificação no tratamento e
antibióticos orais foram permitidos para complementar o
62 67
Episódio primário resolvido sem modificação no tratamento, e
antibióticos orais não foram utilizados no pós-tratamento.
46 51
Não existem dados suficientes que comprovem a eficácia da monoterapia com cefepima em
pacientes com alto risco de infecções severas (incluindo pacientes com histórico de recente
transplante de medula, com hipotensão desde o início do acompanhamento, com
malignidade hematológica subjacente, ou com neutropenia grave ou prolongada). Não há
dados sobre pacientes com choque séptico.
Profilaxia Cirúrgica: esta indicação está baseada em um estudo clínico randomizado,
aberto, multicêntrico com pacientes de 19 anos de idade ou mais (média de idade de 66
anos) submetidos à cirurgia colorretal, nos quais uma administração pré-cirúrgica IV de
uma dose única de 2g de cefepima seguida de uma dose única IV de 500mg de
metronidazol (N=307) foi comparada com uma dose única IV de 2g de ceftriaxona seguida
por metronidazol (N=308).
A administração da dose variou de 0 a 3 horas antes da incisão cirúrgica inicial. As taxas de
sucesso clínico (ausência de infecções intra-abdominais e na região cirúrgica durante as 6
semanas após a cirurgia) foram de 75% em cada grupo de tratamento.
Descrição: Clocef®
(cloridrato de cefepima) pó para solução injetável é um antibiótico
cefalosporínico de amplo espectro para administração intramuscular (IM) ou intravenosa
(IV).
Clocef®
é uma mistura estéril de cloridrato de cefepima e L-arginina. A L-arginina, em uma
concentração de cefepima, é adicionada para controlar o pH da solução reconstituída entre
4,0 e 6,0.
Propriedades Farmacocinéticas: as concentrações plasmáticas médias de cefepima
observadas em adultos sadios do sexo masculino em vários momentos após infusões
intravenosas únicas de 30 minutos ou injeções intramusculares com 500mg, 1g e 2g estão
resumidas na Tabela 3.
Tabela 3
Concentrações plasmáticas médias de cefepima (µg/mL)
em pacientes adultos sadios do sexo masculino
Dose de cefepima 0,5h 1h 2h 4h 8h 12h
500mg IV 38,2 21,6 11,6 5,0 1,4 0,2
1g IV 78,7 44,5 24,3 10,5 2,4 0,6
2g IV 163,1 85,8 44,8 19,2 3,9 1,1
500mg IM 8,2 12,5 12 6,9 1,9 0,7
1g IM 14,8 25,9 26,3 16,0 4,5 1,4
2g IM 36,1 49,9 51,3 31,5 8,7 2,3
Absorção: após administração intramuscular, a cefepima é completamente absorvida.
Distribuição: as concentrações de cefepima em tecidos e nas secreções corpóreas
específicas estão apresentadas na Tabela 4.
A ligação da cefepima às proteínas séricas é em média de 16,4% e não depende da
concentração no soro.
Tabela 4
Concentrações médias de cefepima em várias secreções corpóreas (µg/mL) e tecidos
(µg/g) em pacientes adultos sadios do sexo masculino
Tecido ou Fluido
Dose
IV
Tempo médio da amostra
após a dose (h)
Concentração média
500mg 0-4 292
1g 0-4 926Urina
2g 0-4 3120
Bile 2g 9,4 17,8
Fluido Peritoneal 2g 4,4 18,3
Fluido Pustular 2g 1,5 81,4
Mucosa Brônquica 2g 4,8 24,1
Escarro 2g 4 7,4
Próstata 2g 1 31,5
Apêndice 2g 5,7 5,2
Vesícula Biliar 2g 8,9 11,9
Metabolismo: a cefepima é metabolizada à N-metilpirrolidina, que é rapidamente
convertida a N-óxido. A recuperação urinária da cefepima inalterada representa
aproximadamente 85% da dose administrada; altas concentrações de cefepima inalterada
são encontradas na urina. Menos de 1% da dose administrada é recuperada da urina como
N-metilpirrolidina, 6,8% como N-óxido e 2,5% como um epímero da cefepima.
Eliminação: a meia-vida média de eliminação da cefepima é de aproximadamente 2 horas
e não varia com relação à dose entre 250mg a 2g. Não houve acúmulo em indivíduos sadios
recebendo doses de até 2g IV a cada 8 horas por um período de 9 dias. O clearance
corpóreo total médio é de 120mL/min. O clearance renal médio da cefepima é de
110mL/min, sugerindo que a cefepima é eliminada quase que exclusivamente por
mecanismos renais, principalmente por filtração glomerular.
Populações Especiais: Foi demonstrada melhora clínica com o uso do Clocef®
no
tratamento da exacerbação de infecções pulmonares agudas em pacientes com fibrose
cística (N=24, média de idade de 15 anos, variando de 5 a 47 anos de idade). A terapia
antibacteriana pode não alcançar a erradicação bacteriológica nesta população de pacientes.
Não foram observadas alterações clinicamente relevantes na farmacocinética da cefepima
em pacientes com fibrose cística.
Insuficiência Renal: em pacientes com vários graus de insuficiência renal, a meia-vida de
eliminação é prolongada, apresentando uma relação linear entre o clearance corpóreo total
e o clearance da creatinina. Isto serve como base para recomendações de ajuste de dose
neste grupo de pacientes. A meia-vida média em pacientes com disfunção grave, que
necessitam de diálise, é de 13 horas para hemodiálise e de 19 horas para diálise peritoneal
contínua de ambulatório.
Insuficiência Hepática: a farmacocinética da cefepima permaneceu inalterada em
pacientes com disfunção hepática que receberam dose única de 1g. Não é necessário alterar
a dose do Clocef®
nesta população de pacientes.
Pacientes Idosos: constatou-se que voluntários sadios com 65 anos de idade, ou mais, que
receberam dose única de 1g IV de cefepima, tiveram valores de área sob a curva (AUC)
maiores e valores de clearance renal menores, quando comparados a pacientes mais jovens.
O ajuste de dose em pacientes idosos é recomendado se a função renal estiver
comprometida.
Crianças e Adolescentes: a farmacocinética da cefepima em doses múltiplas e em dose
única foi avaliada em pacientes com idades entre 2,1 meses a 11,2 anos que receberam
doses de 50mg/kg administradas por infusão IV ou injeção IM; doses múltiplas foram
administradas a cada 8 ou 12 horas durante pelo menos 48 horas.
Após dose única IV, a média do clearance corpóreo total foi de 3,3mL/min/kg e o volume
médio de distribuição foi de 0,3L/kg. A meia-vida média de eliminação foi de 1,7 horas. A
recuperação urinária média da cefepima inalterada foi de 60,4% da dose administrada e o
clearance renal foi a principal via de eliminação com média de 2,0mL/min/kg.
Após múltiplas doses IV, as concentrações plasmáticas médias de cefepima no estado de
equilíbrio foram similares às concentrações após a primeira dose, com discreto acúmulo
após repetidas doses.
Outros parâmetros farmacocinéticos em lactentes e crianças não foram diferentes entre a
primeira dose e determinações em estado de equilíbrio, independentemente do intervalo
entre as doses (a cada 8 ou 12 horas). Também não houve diferenças farmacocinéticas entre
os pacientes de diferentes idades ou entre pacientes do sexo masculino e feminino.
Após injeção IM em estado de equilíbrio, a concentração plasmática média de 68µg /mL foi
obtida depois de 0,75 hora. A média da concentração mínima, após injeção IM em estado
de equilíbrio foi de 6,0µg/mL em 8 horas. A biodisponibilidade média foi de 82% após
injeção IM.
Concentrações de cefepima no líquido cefalorraquidiano e plasmático são apresentadas na
Tabela 5:
Tabela 5
Média (desvio padrão – DP) das concentrações no líquido cefalorraquidiano (LCR) e
plasmático (PL), e índice LCR/PL da cefepima em lactentes e crianças.*
Horário da
Coleta (h) N
Concentração
Plasmática (µg/mL)
Concentração no LCR
(µg/mL)
Índice
LCR/PL
0,5 7 67,1 (51,2) 5,7 (7,3) 0,12 (0,14)
1 4 44,1 (7,8) 4,3 (1,5) 0,10 (0,04)
2 5 23,9 (12,9) 3,6 (2,0) 0,17 (0,09)
4 5 11,7 (15,7) 4,2 (1,1) 0,87 (0,56)
8 5 4,9 (5,9) 3,3 (2,8) 1,02 (0,64)
*
Pacientes com idades entre 3,1 meses a 12 anos, com média de idade (DP) de 2,6 (3,0)
anos. Pacientes com suspeita de infecção no Sistema Nervoso Central (SNC) foram tratados
com cefepima, 50mg/kg, administrada por infusão IV de 5 a 20 minutos a cada 8 horas.
Amostras de sangue e de LCR foram coletadas de pacientes selecionados,
aproximadamente em 0,5, 1, 2, 4 e 8 horas após o final da infusão no 2º ou 3º dia de terapia
com a cefepima.
Outros: a farmacocinética da cefepima não mudou em um grau clinicamente significativo
em pacientes com fibrose cística. Não é necessário ajustar a dose de cefepima nesta
população de pacientes.
Propriedades Farmacodinâmicas
Microbiologia: a cefepima é um agente bactericida que age por inibição da síntese da
parede celular bacteriana. A cefepima tem amplo espectro de atividade contra uma grande
variedade de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, incluindo a maioria das cepas
resistentes aos aminoglicosídeos ou às cefalosporinas de terceira geração. A cefepima é
altamente resistente à hidrólise pela maioria das betalactamases e tem baixa afinidade por
betalactamases cromossomicamente codificadas, exibindo rápida penetração nas células
bacterianas Gram- negativas.
Em estudos usando Escherichia coli e Enterobacter cloacae, a cefepima demonstrou
máxima afinidade pela proteína de ligação à penicilina (PLP) 3, seguida pela PLP 2 e,
então, pelas PLP’s 1a e 1b. A ligação à PLP 2 ocorre com afinidade significantemente mais
alta do que com outras cefalosporinas parenterais, o que pode aumentar sua atividade
antibacteriana. A afinidade moderada da cefepima pelas PLP’s 1a e 1b provavelmente
também contribui para sua atividade bactericida total.
A cefepima mostrou-se bactericida pela análise da relação tempo-inibição (curva de
inibição) e pela determinação das concentrações bactericidas mínimas (CBM) para uma
ampla variedade de bactérias. O índice CBM/CIM (concentrações bactericidas mínimas /
concentração inibitória mínima) não foi maior que 2 para a maioria (mais de 80%) dos
isolados de todas as espécies Gram-positivas e Gram-negativas analisadas.
Foi demonstrado sinergismo com os aminoglicosídeos in vitro, principalmente com
isolados de Pseudomonas aeruginosa.
A cefepima mostrou-se ativa contra a maioria das cepas dos seguintes microrganismos:
Gram-positivos aeróbios:
Staphylococcus aureus (incluindo cepas produtoras de betalactamase)
Staphylococcus epidermidis (incluindo cepas produtoras de betalactamase)
Outros estafilococos entre os quais S. hominis e S. saprophyticus
Streptococcus pyogenes (estreptococos do Grupo A)
Streptococcus agalactiae (estreptococos do Grupo B)
Streptococcus pneumoniae (incluindo cepas de resistência intermediária à penicilina com
CIM de 0,1 a 1µg/mL)
Outros estreptococos beta-hemolíticos (Grupos C, G, F), S. bovis (Grupo D) e
estreptococos Viridans.
NOTA: A maioria das cepas de enterococos, por exemplo Enterococcus faecalis, e
estafilococos resistentes à meticilina, são resistentes à maioria das cefalosporinas, inclusive
à cefepima.
Gram-negativos aeróbios:
Aeromonas hydrophila
Capnocytophaga sp.
Citrobacter sp., entre os quais C. diversus e C. freundii
Campylobacter jejuni
Enterobacter sp., entre os quais E. cloacae, E. aerogenes e E. sakazakii
Escherichia coli
Gardnerella vaginalis
Haemophilus ducreyi, Haemophilus influenzae (incluindo cepas produtoras de
betalactamase)
Haemophilus parainfluenzae
Hafnia alvei
Klebsiella sp., entre os quais K. pneumoniae, K. oxytoca e K. ozaenae
Morganella morganii
Moraxella catarrhalis (Branhamella catarrhalis) (incluindo cepas produtoras de
Neisseria gonorrhoeae (incluindo cepas produtoras de betalactamase)
Neisseria meningitidis
Pantoea agglomerans (anteriormente conhecido como Enterobacter agglomerans)
Proteus sp., entre os quais P. mirabilis e P. vulgaris
Providencia sp., entre os quais P. rettgeri e P. stuartii
Pseudomonas sp., entre os quais P. aeruginosa, P. putida e P. stutzeri
Salmonella sp.,
Serratia, entre os quais S. marcescens e S. liquefaciens
Shigella sp.
Yersinia enterocolitica.
NOTA: a cefepima é inativa contra muitas cepas de Stenotrophomonas maltophilia
(anteriormente conhecida como Xanthomonas maltophilia e Pseudomonas maltophilia) e
Acinetobacter sp.
Anaeróbios:
Bacteroides sp.
Clostridium perfringens
Fusobacterium sp.
Mobiluncus sp.
Peptostreptococcus sp.
Prevotella melaninogenica (anteriormente conhecida como Bacteroides melaninogenicus)
Veillonella sp.
NOTA: a cefepima é inativa contra Bacteroides fragilis e Clostridium difficile.
A prevalência de resistência adquirida pode variar geograficamente e com o tempo para
espécies selecionadas. Informação sobre o padrão de resistência local deve ser obtida de um
laboratório bacteriológico local e considerada na escolha da terapia empírica.
Testes de sensibilidade
Técnicas de Difusão: resultados laboratoriais de testes de sensibilidade com disco único
padronizado, usando-se discos de 30µg de cefepima, conforme determinação do National
Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS), devem ser interpretados de acordo
com o seguinte critério:
Diâmetro do halo (mm)
Microrganismo Suscetível (S) Intermediário (I) Resistente (R)
Microrganismos que não sejam
Haemophilus sp.* e S. pneumoniae.*
≥ 18 15-17 ≤ 14
Haemophilus sp.* ≥ 26 -*
-*
NOTA: Isolados destas espécies devem ser testados quanto à sensibilidade usando
métodos de teste especializados. Isolados de Haemophilus sp. com halos <26 mm devem
ser considerados equivocados e devem ser avaliados adicionalmente. Isolados de S.
pneumoniae devem ser testados novamente contra um disco de 1µg de oxacilina; isolados
com halos de oxacilina ≥ 20 mm podem ser considerados sensíveis à cefepima.
“Sensível” indica que o patógeno é, provavelmente, inibido por concentrações plasmáticas
que são geralmente alcançadas.
“Intermediário” indica que o organismo é sensível quando altas doses são usadas ou
quando a infecção está confinada a tecidos e fluidos (p. ex.: fluido intersticial e urina), nos
quais altos níveis de antibióticos são atingidos.
“Resistente” indica que é improvável que a concentração alcançável de antibiótico seja
inibitória e outra terapia deve ser instituída.
A sensibilidade dos microrganismos deve ser avaliada com discos de cefepima, porque esta
tem-se mostrado ativa in vitro contra certas cepas resistentes a outros discos de
betalactamase. O disco de cefepima não deve ser utilizado para avaliar a sensibilidade
frente a outras cefalosporinas. Procedimentos padronizados de controle de qualidade
preconizam o uso de cepas controle.
Técnicas de Diluição: usando-se métodos padronizados de diluição ou equivalentes (ex.:
E-test®
), os valores da Concentração Inibitória Mínima (CIM) obtidos devem ser
interpretados de acordo com o seguinte critério:
CIM (2µg/mL)
≤ 8 16 ≥ 32
Haemophilus sp.* ≤ 2 -*
Streptococcus pneumoniae* ≤ 0.5 1*
≥ 2
NOTA: isolados destas espécies devem ser testados quanto à sensibilidade usando
métodos de testes de diluição especializados. Cepas de Haemophilus sp. com CIM’s
maiores que 2µg/mL devem ser consideradas equivocadas e devem ser avaliadas
adicionalmente. Se o isolado de S. pneumoniae não for recuperado de um paciente com
meningite, cepas de pneumococos com CIM’s intermediárias podem responder à terapia
com cefepima.
Assim como as técnicas de difusão, as técnicas de diluição preconizam o uso de cepas
controle.
Clocef®
é contraindicado para uso por pacientes que tenham demonstrado reações prévias
de hipersensibilidade a algum componente da formulação, a antibióticos da classe das
cefalosporinas, a penicilinas ou a outros antibióticos betalactâmicos.
Em pacientes com disfunção renal, como a redução do débito urinário por causa de
insuficiência renal (clearance da creatinina ≤ 50mL/min) ou outras condições que possam
comprometer a função renal, a dose do Clocef®
deve ser ajustada para compensar o índice
menor de eliminação renal. Como concentrações séricas altas e prolongadas de antibióticos
podem ocorrer com doses usuais em pacientes com disfunção renal ou outras condições que
podem comprometer a função renal, a dose de manutenção deve ser reduzida quando
cefepima é administrada em tais pacientes. Doses contínuas devem ser determinadas pelo
grau da disfunção renal, gravidade da infecção e sensibilidade dos agentes patógenos.
Experiência pós-comercialização, os seguintes eventos adversos sérios foram reportados:
encefalopatia reversível (distúrbios de consciência incluindo confusão, alucinações, torpor
e coma), mioclonia, convulsões (incluindo estado epiléptico não convulsivo), e/ou falência
renal. A maioria dos casos ocorreu em pacientes com disfunção renal que receberam doses
de cefepima que excederam as recomendações. Em geral, sintomas neurotóxicos foram
resolvidos após a descontinuação de cefepima e/ou após a hemodiálise, entretanto, alguns
destes casos tiveram efeito fatal.
Os antibióticos devem ser administrados com cautela a qualquer paciente que tenha
demonstrado alguma forma de alergia, principalmente a medicamentos. Se ocorrer reação
alérgica com Clocef®
, descontinuar o medicamento e tratar o paciente adequadamente.
Reações graves de hipersensibilidade podem exigir a administração de epinefrina ou outra
terapia de suporte.
Como ocorre com outros antibióticos, o uso do Clocef®
pode resultar em supercrescimento
de organismos não sensíveis. Na ocorrência de superinfecção durante a terapia, devem ser
tomadas medidas apropriadas.
Diarreia associada a Clostridium difficile (DACD) foi descrita com o uso de praticamente
todos os agentes antibacterianos, incluindo Clocef®
, e pode variar quanto ao grau de
gravidade, desde diarreia leve até colite fatal. DACD deve ser considerada em todos os
pacientes que apresentem diarreia após o uso do antibiótico. É necessário cuidado com o
histórico médico, já que foi reportada a ocorrência de DACD até dois meses depois da
administração de agentes antibacterianos. Se há suspeita ou confirmação de DACD, o uso
contínuo de antibióticos que não ajam diretamente contra C. Difficile poderá ter de ser
descontinuado.
A função renal deve ser cuidadosamente monitorada se medicamentos com potencialmente
nefrotóxico, como aminoglicosídeos e diuréticos potentes, forem administrados
concomitante ao Clocef®
.
Antes que a terapia com Clocef®
seja instituída, deve ser feita uma análise cuidadosa para
determinar se o paciente teve reações imediatas de hipersensibilidade prévias a cefepima,
cefalosporinas, penicilinas, ou outras drogas. Se o produto for prescrito a pacientes
sensíveis a penicilinas, deve-se fazê-lo com cautela, pois foi relatada hipersensibilidade
cruzada com antibióticos betalactâmicos que pode ocorrer em até de 10% dos pacientes
com histórico de alergia a penicilina. Se uma reação alérgica ao Clocef®
ocorrer, o
tratamento com este medicamento deve ser descontinuado. Reações sérias de
hipersensibilidade aguda podem necessitar de tratamento com epinefrina e outras medidas
de emergências, incluindo oxigênio, corticosteroides, fluidos intravenosos, anti-
histamínicos intravenosos, aminopressores, e monitoração das vias aéreas, indicados
clinicamente.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: o efeito do Clocef®
sobre
pacientes dirigindo veículos ou operando máquinas não foi estudado. No entanto, possíveis
reações adversas como alteração do estado de consciência, tontura, estado de confusão ou
alucinação podem afetar a habilidade de dirigir e operar máquinas.
Carcinogênese, Mutagênese e Comprometimento da Fertilidade: nenhum estudo
prolongado em animais foi conduzido para se avaliar o potencial carcinogênico. Os testes in
vitro e in vivo para genotoxicidade mostraram que cefepima não é genotóxica. Não foi
observado comprometimento da fertilidade em ratos.
Gravidez: estudos de reprodução em camundongos, ratos e coelhos não mostraram
evidências de dano fetal; no entanto, não há estudos adequados e bem controlados em
mulheres grávidas. Pelo fato de os estudos de reprodução em animais não serem sempre
preditivos da resposta humana, esta droga deverá ser usada durante a gravidez somente se
claramente necessário.
Categoria de risco na gravidez: B
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica, ou do cirurgião-dentista.
Lactação: a cefepima é excretada no leite humano em concentrações muito baixas. A
administração de cefepima deve ser feita com muita cautela a lactantes.
Uso em Idosos, crianças e outros grupos de risco
Uso pediátrico: a segurança do Clocef®
em lactentes e crianças é similar à observada em
adultos.
Uso geriátrico: dos mais de 6400 adultos tratados com cefepima em estudos clínicos, 35%
tinham 65 anos de idade ou mais, enquanto 16% tinham 75 anos de idade ou mais.
Nos estudos clínicos, os pacientes geriátricos que receberam a dose comumente
recomendada para adultos mostraram eficácia clínica e segurança comparáveis à eficácia
clínica e segurança em pacientes adultos não geriátricos, a não ser que estes pacientes
tivessem insuficiência renal. Houve discreto aumento da meia-vida de eliminação e menor
valor do clearance renal, quando comparados com os de pessoas mais jovens. Ajustes de
dose são recomendados se a função renal estiver comprometida.
Sabe-se que a cefepima é substancialmente excretada pelos rins e o risco de reações tóxicas
a esta droga pode ser maior em pacientes com função renal prejudicada. Como os pacientes
geriátricos têm maior probabilidade de terem função renal diminuída, cuidados devem ser
tomados na escolha da dose e a função renal deve ser monitorada. Eventos adversos sérios,
incluindo encefalopatia reversível (distúrbios de consciência incluindo confusão,
alucinações, torpor e coma), mioclonia, convulsões (incluindo estado epiléptico não
convulsivo) e/ou insuficiência renal ocorreram em pacientes geriátricos com insuficiência
A função renal deve ser cuidadosamente monitorada se altas doses de aminoglicosídeos
(como, por exemplo, a amicacina e a gentamicina) forem administradas com Clocef®
,
devido ao aumento do potencial nefrotóxico e ototóxico dos antibióticos aminoglicosídeos.
Foi relatada nefrotoxicidade após administração concomitante de outras cefalosporinas com
diuréticos potentes como a furosemida.
Interações em Exames Laboratoriais: pode ocorrer reação falso-positiva para glicose na
urina com os testes de redução de cobre (Benedict, solução de Fehling ou comprimidos
Clinitest®
), mas não com os testes enzimáticos para glicosúria (p. ex.: Clinistix®
).
ANTES DA RECONSTITUIÇÃO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO
CARTUCHO DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE
(15 A 30ºC). PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Este medicamento tem prazo de validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Atenção: O número de lote e data de validade gravados no frasco-ampola podem se tornar
ilegíveis ou até serem perdidos caso a embalagem entre em contato com algum tipo de
solução alcoólica.
Após preparo, manter Clocef®
por período, conforme descrito do tópico (8. POSOLOGIA
E MODO DE USAR – Diluição antes da administração e estabilidade da solução).
Características Físicas: O Clocef®
é um pó branco a amarelo claro. Solução após
reconstituição, incolor a âmbar.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Clocef®
pode ser administrado por via intramuscular ou intravenosa.
Preparação das soluções e administração
Preparação das soluções e administração: Antes da reconstituição agite o frasco-ampola
ainda fechado para soltar o pó do fundo, com batidas leves e injete o diluente em turbilhão
no interior do frasco-ampola para propiciar uma homogeneização mais efetiva. Clocef®
pó
deve ser reconstituído utilizando-se os volumes de diluentes descritos na Tabela 6; os
diluentes a serem utilizados são identificados após a tabela a seguir.
Tabela 6
Preparo das soluções do Clocef®
Dose Única para
Administração
(frasco-ampola)
Volume de diluente
a ser adicionado
(mL)
Volume final
aproximado após
preparo (mL)
Concentração
aproximada de
cefepima (mg/mL)
Intravenosa
1g 10 11,4 90
2g 10 12,8 160
Intramuscular
1g 3 4,4 230
Administração intravenosa (IV)
É a via de administração preferencial para pacientes com infecções graves ou com risco de
morte, principalmente se existe a possibilidade de choque.
Para a administração IV direta, reconstituir Clocef®
com água estéril para injeção, solução
injetável de glicose a 5% ou solução injetável de cloreto de sódio a 0,9%, utilizando-se os
volumes de diluente descritos na Tabela 6. A solução resultante deve ser injetada
diretamente na veia por período de três a cinco minutos ou injetada no tubo do equipo de
administração, enquanto o paciente estiver recebendo líquido intravenoso compatível.
Para infusão IV, reconstituir a dose de 1g ou 2g, como descrito anteriormente para
administração IV direta e adicionar a quantidade apropriada da solução resultante em um
recipiente adequado com um dos líquidos intravenosos compatíveis. A solução resultante
deve ser administrada por um período de aproximadamente 30 minutos.
Administração intramuscular (IM)
deve ser reconstituído com um dos seguintes diluentes (utilizando-se os volumes
descritos na Tabela 6): água estéril para injeção, solução injetável de cloreto de sódio a
0,9%, solução injetável de glicose a 5% ou água bacteriostática para injeção com parabenos
ou álcool benzílico e administrado por injeção IM profunda em uma grande massa
muscular (como o quadrante superior externo da região glútea).
Em um estudo farmacocinético, doses de até 1 g (volume < 3,1mL) foram administradas
em local único; a dose máxima IM (2g / 6,2mL) foi administrada em dois locais. Embora o
possa ser reconstituído com cloridrato de lidocaína a 0,5 ou 1,0%, esta
normalmente não é necessária, pois Clocef®
causa pouca ou nenhuma dor na administração
IM.
Diluição antes da Administração e Estabilidade da Solução
• Administração Intravenosa
é compatível em concentrações entre 1 e 40mg/mL com os seguintes líquidos para
infusão IV: solução injetável de cloreto de sódio a 0,9%, solução injetável de glicose a 5%
ou 10%, injeção de lactato de sódio M/6, solução injetável de glicose a 5% e solução
injetável de cloreto de sódio a 0,9%, solução injetável de Ringer Lactato e solução injetável
de glicose a 5%. Estas soluções são estáveis por 24 horas à temperatura ambiente
controlada (20-25ºC) ou por 7 dias sob refrigeração (entre 2ºC e 8ºC).
Informações sobre a estabilidade e compatibilidade do Clocef®
em associações estão
resumidas na Tabela 7:
Tabela 7
Estabilidade da cefepima em associações
Tempo de Estabilidade
do Clocef®
Droga
Associada e
Solução para
Infusão IV
Temp.
Ambiente
(20o
C-25o
C) e
iluminação.
Refrigeração
40mg/mL Amicacina
6mg/mL
SF ou SG5% 24 horas 7 dias
40mg/mL Ampicilina
1mg/mL
SG5% 8 horas 8 horas
10mg/mL
SG5% 2 horas 8 horas
SF 24 horas 48 horas
SF 8 horas 48 horas
4mg/mL Ampicilina
40mg/mL
SF 8 horas 8 horas
4-40mg/mL Clindamicina
0,25-6mg/mL
4mg/mL Heparina
10-50
unidades/mL
4mg/mL Cloreto de
potássio 10-40
mEq/L
4mg/mL Teofilina
0,8 mg/mL
SG5% 24 horas 7 dias
1-4mg/mL
NA
nutrição
parenteral a
8 horas 3 dias
0,125-0,25
mg/mL NA
diálise
peritonealb
24 horas à temp.
ambiente e
iluminação
7 dias
a
= Aminosina®
II 4,25% em glicose 25% com eletrólitos e cálcio.
b
= Inpersol®
com 4,25% de glicose.
SF = Solução injetável de cloreto de sódio a 0,9% para injeção.
SG5% = Solução injetável de glicose a 5%
NA = não aplicável
• Administração Intramuscular
reconstituído para uso intramuscular conforme descrito na Tabela 6 é compatível e
estável por 24 horas à temperatura ambiente controlada (20 ºC a 25 ºC) ou por 7 dias sob
refrigeração (2 ºC a 8 ºC) quando são usados os seguintes diluentes: água estéril para
injeção, solução injetável de cloreto de sódio a 0,9%, solução injetável de glicose a 5%,
água bacteriostática para injeção com parabenos ou álcool benzílico, ou cloridrato de
lidocaína a 0,5% ou 1,0%.
NOTA: Os medicamentos de uso parenteral devem ser visualmente inspecionados antes da
administração com relação a materiais estranhos, e não devem ser utilizados se estes
estiverem presentes.
Como ocorre com outras cefalosporinas, a cor do Clocef®
pó e da solução reconstituída
pode escurecer durante a armazenagem, porém a potência do produto permanece inalterada.
Compatibilidade: as soluções do Clocef®
, assim como a maioria dos antibióticos
betalactâmicos, não devem ser associadas com soluções de metronidazol, vancomicina,
gentamicina, sulfato de tobramicina ou sulfato de netilmicina, devido à incompatibilidade
física e química. Entretanto, caso a terapia concomitante com Clocef®
seja indicada, cada
um desses antibióticos poderá ser administrado separadamente.
Posologia: clocef®
pode ser administrado por via intravenosa ou por via intramuscular. A
dose e a via de administração variam de acordo com a gravidade da infecção, com a função
renal e com a condição geral do paciente.
Adultos e Pacientes Pediátricos com peso corpóreo superior a 40kg: um guia para as
doses do Clocef®
em adultos e pacientes pediátricos com peso corpóreo superior a 40kg
com função renal normal é apresentado na Tabela 8.
TABELA 8
Esquema de Dosagem Recomendada para Adultos e Pacientes Pediátricos com peso
corpóreo superior a 40 kg com Função Renal Normal*
Gravidade da Infecção Dose e Via de Administração Intervalo da dose
Infecções leves a moderadas do
trato urinário.
500 mg a 1g (IV ou IM) A cada 12 horas
Outras infecções leves a moderadas,
diferentes das infecções do trato
urinário.
1g (IV ou IM) A cada 12 horas
Infecções graves 2g (IV) A cada 12 horas
Infecções muito graves ou com
risco de morte.
2g (IV) A cada 8 horas
*
A duração normal do tratamento é de 7 a 10 dias; porém, infecções mais graves podem
necessitar de tratamento mais prolongado. Para o tratamento empírico de neutropenia febril,
a duração usual da terapia deve ser de pelo menos 7 dias ou até a resolução da neutropenia.
Profilaxia Cirúrgica (Adultos): a dose recomendada para a profilaxia de infecções em
pacientes submetidos à cirurgia de cólon e reto segue abaixo:
Uma dose única de 2g IV do Clocef®
(infusão com duração de 30 min) iniciando 60 min
antes da incisão cirúrgica inicial. Uma dose única de 500mg IV de metronidazol deve ser
administrada imediatamente após o término da infusão do Clocef®
. O metronidazol deve
ser preparado e administrado de acordo com a bula oficial do produto. Devido à
incompatibilidade, Clocef®
e metronidazol não devem ser misturados no mesmo recipiente;
recomenda-se enxaguar o equipo de administração intravenosa com um líquido compatível
antes da infusão do metronidazol.
Caso o procedimento cirúrgico se prolongue por mais de 12 horas a partir da dose
profilática inicial, uma segunda dose do Clocef®
seguida por metronidazol deve ser
administrada 12 horas após a dose profilática inicial.
Pacientes pediátricos com função renal normal: Doses comumente recomendadas:
pneumonia, infecções do trato urinário, infecções da pele e estruturas cutâneas: pacientes
pediátricos com mais de 2 meses de idade e peso corpóreo inferior ou igual a 40kg:
50mg/kg a cada 12 horas durante 10 dias. Para infecções mais graves pode ser usado um
intervalo de 8 horas entre as doses.
Septicemia, meningite bacteriana e tratamento empírico da neutropenia febril: pacientes
50mg/kg a cada 8 horas durante 7 – 10 dias.
A experiência com o uso do Clocef®
em pacientes pediátricos com menos de 2 meses de
idade é limitada.
Embora esta experiência tenha sido alcançada usando-se a dose de 50mg/kg, os dados
farmacocinéticos obtidos em pacientes com mais de 2 meses de idade sugerem que a dose
de 30mg/kg a cada 8 ou 12 horas pode ser considerada para pacientes entre 1 e 2 meses de
idade. As doses de 50mg/kg para pacientes com mais de 2 meses de idade e de 30mg/kg
para pacientes entre 1 e 2 meses de idades são comparáveis à dose
de 2g para adultos. A administração do Clocef®
nestes pacientes deverá ser cuidadosamente
monitorada.
Para pacientes pediátricos com peso corpóreo acima de 40kg, aplicam-se às doses
recomendadas para adultos. A dose recomendada para pacientes pediátricos não deve
exceder a dose máxima recomendada para adultos (2g a cada 8 horas). A experiência com a
administração intramuscular em pacientes pediátricos é limitada.
Pacientes com disfunção renal: em pacientes com disfunção renal, a dose de cefepima
deve ser ajustada para compensar o índice menor de eliminação renal. A dose inicial
recomendada de cefepima em pacientes com insuficiência renal leve a moderada deve ser a
mesma que em pacientes com função renal normal. As doses de manutenção recomendadas
de cefepima em pacientes adultos com insuficiência renal estão presentes na Tabela 9.
Quando somente a medida da creatinina sérica está disponível, a seguinte fórmula (equação
de Cockcroft e Gault) pode ser usada para estimar o clearance da creatinina. A creatinina
sérica deve representar uma condição normal da função renal:
Homens: clearance da creatinina (mL/min) = peso (kg) x (140-idade) / 72 x creatinina
sérica (mg/dL)
Mulheres: 0,85 x valor calculado usando a fórmula para homens.
Tabela 9
Esquema de doses de manutenção recomendada em pacientes adultos com disfunção
renal*
Clearance de creatinina
(mL/min)
DOSE DE MANUTENÇÃO RECOMENDADA
(Dose usual, sem ajuste necessário)
>50 2g a cada 8
horas
2g a cada 12
1g a cada 12
500mg a cada
12 horas
30-50 2g a cada 12
2g a cada 24
1g a cada 24
24 horas
11-29 2g a cada 24
≤ 10 1g a cada 24
250mg a cada
Hemodiálise*
O modelo farmacocinético indica que a redução de dose é necessária para estes pacientes.
Para pacientes que estão submetidos à hemodiálise e concomitantemente recebendo
cefepima, a dose de cefepima deve ser como segue: 1g de cefepima como dose de ataque
no primeiro dia de tratamento e 500 mg por dia a partir do 2º dia para todas as infecções
exceto neutropenia febril, para a qual a dose é de 1g por dia.
Nos dias de diálise, cefepima deve ser administrada após a diálise. Sempre que possível
cefepima deve ser administrada na mesma hora a cada dia.
Pacientes submetidos à diálise: em pacientes submetidos à hemodiálise,
aproximadamente 68% da quantidade total de cefepima presente no organismo no início da
diálise será removida durante um período de 3 horas de diálise. Em pacientes submetidos à
diálise peritoneal contínua em ambulatório, a cefepima pode ser administrada nas mesmas
doses recomendadas para pacientes com função renal normal, isto é, 500mg, 1g ou 2g,
dependendo da gravidade da infecção, porém com intervalo entre as doses de 48 horas.
Pacientes pediátricos com disfunção renal: uma vez que a excreção urinária é a principal
via de eliminação da cefepima em pacientes pediátricos, o ajuste das doses do Clocef®
deve
ser considerado nesta população.
Como recomendado anteriormente na Tabela 9, os mesmos aumentos nos intervalos entre
doses e/ou reduções de doses devem ser usados. Quando somente o valor da creatinina
sérica estiver disponível, o clearance de creatinina pode ser estimado utilizando-se um dos
seguintes métodos:
clearance de creatinina (mL/min/1,73m2
) = (0,55 X altura (centímetros) / creatinina
sérica (mg/dL))
OU
) = (0,52 X altura (centímetros) / creatinina
sérica (mg/dL)) – 3,6
Disfunção hepática: não é necessário ajuste de dose para pacientes com alterações da
função hepática.
Para segurança e eficácia desta apresenteção, Clocef®
injetável não deve ser administrado
por vias não recomendadas. A administração deve ser somente pela via intravenosa ou
intramuscular.
Os seguintes eventos adversos e alterações em testes laboratoriais foram relatados para os
antibióticos da classe das cefalosporinas: síndrome de Stevens-Johnson, eritema
multiforme, necrólise epidérmica tóxica, nefropatia tóxica, anemia aplásica, anemia
hemolítica, hemorragia e testes falsopositivo para glicose na urina.
Experiência clínica: em estudos clínicos (=5598), os eventos adversos mais comuns foram
sintomas gastrintestinais e as reações de hipersensibilidade. Eventos adversos em relação ao
Clocef®
estão relacionados a seguir.
Reações Adversas Comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento):
-Reações no local da administração da infusão IV ocorreram em 5,2% dos pacientes; estas
reações incluíram flebite (2,9%);
-A administração intramuscular do Clocef®
foi muito bem tolerada; apenas 2,6% dos
pacientes apresentaram dor ou inflamação no local da aplicação;
-Erupções da pele (1,8%);
-Diarreia (1,2%).
Reações Adversas Incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este
-Hipersensibilidade: prurido, urticária;
-Gastrintestinais: náuseas, vômitos, candidíase oral, colite (inclusive colite
pseudomembranosa);
-Sistema nervoso central: cefaleia;
-Outros: febre, vaginite, eritema.
Reações Adversas Raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este
Dor abdominal, constipação, vasodilatação, dispneia, tontura, inflamação no local da
infusão IV (0,1%), parestesia, prurido genital, alteração de paladar, calafrios e candidíase
inespecífica.
Eventos de significância clínica que ocorreram com incidência muito rara (inferior a
0,05%) incluem anafilaxia e convulsões.
O perfil de segurança do Clocef®
em crianças e lactentes é similiar ao dos adultos.
Exames Laboratoriais: as anormalidades nos testes laboratoriais que ocorreram durante
estudos clínicos em pacientes com valores basais normais foram transitórias. Aqueles que
ocorreram com uma frequência entre 1% e 2% foram:
elevações na alanina aminotransferase (3,6%), aspartato aminotransferase (2,5%), fosfatase
alcalina, bilirrubina total, anemia, eosinofilia, tempo de protrombina prolongado, tempo de
tromboplastina parcial (2,8%) e teste de Coombs positivo sem hemólise (18,7%). Elevações
transitórias de nitrogênio ureico plasmático e/ou creatinina sérica e trombocitopenia
transitória foram observadas em 0,5% a 1% dos pacientes. Leucopenia transitória e
neutropenia também foram constatadas (<0,5%).
Experiência de pós-comercialização – Farmacovigilância: em adição aos eventos
relatados durante os estudos clínicos na América do Norte com cefepima, os seguintes
eventos adversos foram relatados durante a experiência de comercialização em todo o
mundo.
Assim como outras drogas desta classe, foram relatados encefalopatia (reação adversa
grave, consiste em distúrbios de consciência incluindo confusão, alucinação, torpor e
coma), convulsões, mioclonia, e/ou falência renal. A maioria dos casos ocorreu em
pacientes com disfunção renal que receberam doses de cefepima que excederam as
recomendações.
Assim como outras cefalosporinas, foram relatadas reações anafiláticas, incluindo choque
anafilático, leucopenia transitória, neutropenia, agranulocitose e trombocitopenia.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Superdose acidental ocorreu quando grandes doses foram administradas a pacientes com
insuficiência renal. Sintomas de superdose incluem: encefalopatia (distúrbio de
consciência, incluindo confusão, alucinações, torpor e coma) mioclonia e convulsões.
No caso de superdose grave, especialmente em pacientes com a função renal
comprometida, a hemodiálise ajudará na remoção da cefepima do organismo; diálise
peritoneal não é indicada nestes casos.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
REFERÊNCIAS
1. National Committee for Clinical Laboratory Standards. Methods for Dilution
Antimicrobial Susceptibility Tests for Bacteria that Grow Aerobically - Third Edition .
Approved Standards NCCLS Document M7-A3, Vol. 13, nº 25, NCCLS, Villanova, PA,
December, 1993.
2. National Committee for Clinical Laboratory Standards. Performance Standards for
Antimicrobial Disk susceptibility Tests - Fifty Edition. Approved Standards NCCLS
Document M2-A5, Vol. 13, nº 24, NCCLS, Villanova, PA, December, 1993.
3. Cockcroft DW, Gault MH. Prediction of creatinine clearance from serum creatinine.
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4. BMS Study AI411-230. A multicenter open randomized comparative evaluation of the
efficacy and safety of cefepime and ceftriaxone in the prophylaxis of bacterial infections in
colorectal surgery. Document Accession No.910071138.
5. Expert Report for BMS Study AI411-230. A multicenter open randomized comparative
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bacterial infections in colorectal surgery. Document Accession No.910071185.
6. FDA Summary Basis of Approval, Joint Clincial/Statistical Review of NDA 50.
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