Bula do Cubicin produzido pelo laboratorio Novartis Biociencias S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Cubicin
(daptomicina)
Novartis Biociências SA
Pó para solução para injeção ou infusão
500 mg
VPS3 = Cubicin_Bula_Profissional 1
CUBICIN®
daptomicina
APRESENTAÇÕES
Cubicin®
500 mg – embalagem contendo 1 ou 5 frascos-ampola com pó para solução para injeção ou infusão.
VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de Cubicin®
contém 500 mg de daptomicina.
Excipiente: hidróxido de sódio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Cubicin®
é indicado para o tratamento das infecções listadas a seguir:
Infecções complicadas de pele e partes moles
Infecções complicadas de pele e partes moles (IPPMc) causadas por isolados Gram-positivos sensíveis.
A daptomicina é ativa apenas contra bactérias Gram-positivas. A terapia combinada pode ser clinicamente indicada se
os patógenos documentados ou presumidos incluírem organismos Gram-negativos ou anaeróbios.
Infecções da corrente sanguínea por Staphylococcus aureus (bacteremia)
Infecções da corrente sanguínea (bacteremia) por Staphylococcus aureus, incluindo aquelas associadas à endocardite
infecciosa do lado direito, causadas por isolados sensíveis.
As orientações oficiais do uso apropriado de agentes antibacterianos devem ser consideradas.
Infecções complicadas de pele e partes moles (IPPMc)
Pacientes adultos com infecções complicadas de pele e partes moles (IPPMc) clinicamente documentada participaram
de dois estudos randomizados, multinacionais, multicêntricos, cego ao investigador, grupo paralelo, comparando
Cubicin®
(4 mg/kg IV a cada 24 horas) com vancomicina (1g IV a cada 12 horas) ou uma penicilina semi-sintética anti-
estafilococo (isto é, nafcilina, oxacilina, cloxacilina ou flucloxacilina; 4 a 12 g IV por dia) por até 14 dias de tratamento.
Pacientes poderiam alterar para uma terapia oral após 4 dias de tratamento IV se a melhora clínica fosse demonstrada.
Pacientes com bacteremia diagnosticada no início do estudo foram excluídos.
Houve um total de 534 pacientes tratados com Cubicin®
e 558 tratados com comparador nos dois estudos (população
ITT), dos quais 90% receberam exclusivamente medicação IV. Comorbidades incluíram diabetes mellitus e doença
vascular periférica.
Tabela 1 - Diagnóstico primário no basal (população ITT a
)
DAP-SST-9801 DAP-SST-9901
Diagnóstico Primário Cubicin®
N=264
Comparador
N=266
N=270
N=292
N (%) N (%) N (%) N (%)
Infecção da ferida 99 (38%) 116 (44%) 102 (38%) 108 (37%)
Abscesso maior 55 (21%) 43 (16%) 59 (22%) 65 (22%)
Infecção de úlcera proveniente
de diabetes
38 (14%) 41 (15%) 23 (9%) 31 (11%)
Outra infecção por úlcera 33 (13%) 34 (13%) 30 (11%) 37 (13%)
Outra infecçãob
39 (15%) 32 (12%) 56 (21%) 51 (18%)
a: população ITT - inclui todos os pacientes randomizados que receberam pelo menos uma dose da medicação em
estudo.
b: A maioria dos casos foram posteriormente classificados como celulite complicada, abscessos maiores, ou infecções
de feridas traumáticas.
VPS3 = Cubicin_Bula_Profissional 2
Os desfechos primário de eficácia foram as taxas de sucesso clínico (cura ou melhora sem a necessidade de outros
antibióticos) na população com intenção de tratar modificada (ITT-M) e na população clinicamente avaliável (CE) no
teste de cura (TOC). Em ambos os estudos, critérios de não-inferioridade pré-especificados entre Cubicin®
e o
comparador foram atendidos, como mostra a Tabela 2:
Tabela 2 - Taxas de sucesso clínico TOCa
para as populações ITT-M e CE
População Cubicin®
Comparador 95%ICb
N/n
(%)
ITT-Mc
140/215
(65.1%)
140/216
(64.8%)
-9.3,8.7 179/213
(84.0%)
212/255
(83.1%)
-7.6, 5.8
CEd
158/208
(76.0%)
158/206
(76.7%)
-7.5, 8.9 214/238
(89.9%)
226/250
(90.4%)
-4.8, 5.8
a: TOC: teste de cura, 7-12 dias após a conclusão do tratamento em estudo.
b: intervalo de confiança de 95% (IC) em torno da diferença nas taxas de sucesso (comparador - Cubicin®
) sem
continuidade na correção; para limite superior de não-inferioridade de 95% IC < 10% exigidos.
c: população ITT-M: Inclui todos os indivíduos da população ITT com patógeno Gram positivo identificado no basal.
d: população CE : Inclui todos os indivíduos da população ITT reunindo os seguintes critérios: critérios de estudo para
infecção encontrada, a medicação correta para estudo de duração adequada, sem alteração de antibióticos, necessárias
avaliações clínicas realizadas.
As taxas de sucesso por patógeno para pacientes microbiologicamente avaliáveis estão apresentadas na Tabela 3:
Tabela 3 - Taxas de sucesso clínico por patógeno infeccioso, estudos comparativos primários IPPMc (População:
microbiologicamente avaliável)
Patógeno
Taxa de Sucesso n/N (%)
Staphylococcus aureus sensível à meticilina (MSSA)a
170/198 (86%) 180/207 (87%)
Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)a
21/28 (75%) 25/36 (69%)
Streptococcus pyogenes 79/84 (94%) 80/88 (91%)
Streptococcus agalactiae 23/27 (85%) 22/29 (76%)
Streptococcus dysgalactiae subsp. equisimilis 8/8 (100%) 9/11 (82%)
Enterococcus faecalis (apenas os sensíveis à vancomicina) 27/37 (73%) 40/53 (76%)
a. Conforme determinado pelo laboratório central.
Bacteremia/ Endocardite S. Aureus
Pacientes adultos com bacteremia por S. aureus foram incluídos em um estudo randomizado, multicêntrico,
multinacional, aberto, de grupo paralelo comparando Cubicin®
(6 mg/kg IV a cada 24h) com vancomicina (1 g IV a
cada 12 h), ou uma penicilina anti-estafilocócica semi-sintética (nafcilina, oxacilina, cloxacilina ou flucloxacilina 2 g IV
a cada 4 h por dia).O tratamento de comparação era para ser combinado com gentamicina a 1 mg/kg a cada 8 h para os
primeiros 4 dias. Os pacientes com válvulas cardíacas prostéticas, material intravascular externo que não estava
planejado para a remoção dentro de 4 dias após a primeira dose da medicação do estudo, neutropenia grave,
osteomielite, infecções sanguíneas polimicrobianas, clearence (depurção) de creatinina < 30 mL/min e pneumonia,
foram excluídos.
A duração do tratamento do estudo foi baseada no diagnóstico clínico do investigador. O diagnóstico final e as
avaliações do resultado do Teste de Cura (6 semanas após a última dose do tratamento) foram realizados por um Comitê
de Adjudicação mascarado quanto ao tratamento, utilizando definições clínicas especificadas no protocolo e um
desfecho primário de eficácia composto de sucessos clínico e microbiológico (ITT e População por protocolo-PP). Um
total de 246 pacientes (124 Cubicin®
, 122 comparador) com bacteremia causada por S. aureus foram randomizados. Na
população ITT (pacientes randomizados recebendo no mínimo uma dose da medicação do estudo), incluíram 120
pacientes recebendo Cubicin®
e 115 o comparador.
As características basais demográficas foram equilibradas entre os dois grupos de tratamento. Síndrome da resposta
inflamatória sistêmica (SRIS) foi relatada por 74% e 76% dos pacientes nos grupos de Cubicin®
e comparador,
respectivamente. Mais de um terço dos pacientes em ambos os grupos tinha diabetes mellitus. A incidência de S. aureus
resistente à meticilina (MRSA) foi de 37,5% e 38,3% para Cubicin®
e comparador, respectivamente.
A duração do tratamento foi semelhante em ambos os grupos de tratamento. A maioria dos pacientes recebeu tratamento
durante > 14 dias, com 23% e 25% nos grupos de Cubicin®
e comparador, respectivamente, dosado para ≥ 28 dias.
VPS3 = Cubicin_Bula_Profissional 3
As taxas de sucesso entre Cubicin®
e o comparador na visita TOC foram comparáveis e cumpriram os critérios pré-
definidos e critérios de não inferioridade, como mostra a Tabela 4:
Tabela 4 – Taxa de sucesso no teste de cura nas populações ITT e PP, avaliado pelo Comitê de Adjudicação
(desfechos primários)
População
Taxa Sucessoc
n/N (%)
Diferença entre:
− Comparador
(95% IC)d
6 mg/kg Comparador
ITTa
53/120 (44%) 48/115 (42%) 2.4% (−10.2, 15.1)
PPb
43/79 (54%) 32/60 (53%) 1.1% (−15.6, 17.8)
a: população ITT: Todos os pacientes randomizados que receberam pelo menos uma dose da medicação em estudo.
b: população PP: Todos os pacientes ITT com estrita observância à dosagem, visita agendada, critérios chaves de
inclusão e exclusão e as avaliações chaves.
c: definido como um desfecho composto baseado em sinais clínicos e sintomas de infecção e sucesso microbiológico.
d: intervalo de confiança de 95% (IC) em torno da diferença nas taxas de sucesso (comparador - Cubicin®
). Para limite
inferior de não-inferioridade dentro do limite pré-especificado < 20% exigido..
As taxas de sucesso de TOC, com base no diagnóstico de entrada do patógeno e para o diagnóstico final na população
ITT, são apresentadas na Tabela 5 a seguir:
Tabela 5 - Taxas de Sucesso do Comitê de Adjudicação no Teste de Cura de bacteremia/endocardite por S.
aureus, de acordo com patógeno e diagnóstico (População: ITT)
Taxa de Sucesso n/N (%) Diferença:
(Intervalo de Confiança de
95%)
Patógeno Basal
MSSA 33/74 (45%) 34/70 (49%) −4.0% (−20,3, 12,3)
MRSA 20/45 (44%) 14/44 (32%) 12.6% (−7,4, 32,6)
Diagnóstico de Entradaa
Endocardite infectiva definitiva ou
possível
41/90 (46%) 37/91 (41%) 4.9% (−9,5, 19,3)
Endocardite não infectiva 12/30 (40%) 11/24 (46%) −5,8% (−32,4, 20,7)
Diagnóstico Final
Bacteremia Não Complicada 18/32 (56%) 16/29 (55%) 1,1% (−23,9, 26,0)
Bacteremia Complicada 26/60 (43%) 23/61 (38%) 5,6% (−11,8, 23,1)
Endocardite Infecciosa do Lado
Direito
8/19 (42%) 7/16 (44%) −1,6% (−34,6, 31,3)
Esquerdo
1/9 (11%) 2/9 (22%) −11,1% (−45,2, 22,9)
a: de acordo com os critérios de Duke modificado.
Dezoito (18/120) pacientes no braço de Cubicin®
e 19/116 pacientes no braço comparador morreram durante o estudo.
Entre os pacientes com infecções persistentes ou recorrentes causadas por S. aureus, 8/19 pacientes tratados com
e 7/11 tratados com comparador morreram.
Entre todas as falhas, 6 pacientes tratados com Cubicin®
e 1 paciente tratado com vancomicina desenvolveram aumento
das ICMs (susceptibilidade reduzida) pelo teste do laboratório central durante ou após a terapia. A maioria dos pacientes
que falharam devido à persistência ou recorrência de infecção de S. aureus teve infecção profunda e não recebeu
intervenção cirúrgica necessária (vide “Advertências e precauções”).
Pneumonia Adquirida na Comunidade
não é indicado para o tratamento da pneumonia (vide “Advertências e precauções”). Dois grandes estudos
controlados de Cubicin®
em pneumonia adquirida na comunidade (pneumonia por inalação) DAP-CAP-00-05 e CAP-
DAP-00-08 demonstraram que Cubicin®
não é eficaz para esta indicação.
Referência bibliográfica
VPS3 = Cubicin_Bula_Profissional 4
Cubicin (daptomycin) 2.5 Clinical Overview: Rationale for changes to Core Data Sheet (CDS) / Product Information –
Women of childbearing potential, pregnancy, breast-feeding and fertility, Clinical studies; Novartis. 29-Oct-2012 [25].
Farmacodinâmica
Grupo farmacoterapêutico: antibacteriano de uso sistêmico, outros antibacterianos, código ATC J01XX09.
A daptomicina pertence à classe de antibacterianos conhecida como lipopeptídeos cíclicos. A daptomicina é um produto
natural que tem utilidade clínica no tratamento de infecções causadas por bactérias Gram-positivas aeróbias. O espectro
de atividade in vitro da daptomicina abrange a maioria das bactérias Gram-positivas patogênicas clinicamente
relevantes. A daptomicina apresenta potência contra bactérias Gram-positivas que são resistentes a outros
antibacterianos, incluindo isolados resistentes à meticilina, vancomicina e linezolida.
Estudos in vitro têm investigado as interações da daptomicina com outros antibactericidas. Antagonismo, como
determinado pelos estudos de curva de eliminação bacteriana, não foi observado. Interações sinérgicas in vitro de
daptomicina com aminoglicosídeos, antibactericidas beta-lactâmicos e rifampicina tem se mostrado contra alguns
isolados de estafilococos (incluindo alguns isolados resistentes à meticilina) e enterococos (incluindo alguns isolados
resistentes à vancomicina).
• Mecanismo de ação
O mecanismo de ação da daptomicina é distinto daqueles apresentados por outros antibacterianos.
A daptomicina liga-se às membranas das bactérias e causa uma rápida despolarização do potencial de membrana. Essa
perda do potencial de membrana causa inibição das sínteses de DNA, RNA e de proteína, que resulta na morte
bacteriana.
• Mecanismo de resistência
Os mecanismos de resistência à daptomicina não são completamente conhecidos. Não há elementos transferíveis
conhecidos que conferem resistência à daptomicina.
Não há resistência cruzada, devido aos mecanismos de resistência que são específicos para outras classes de
antibacterianos.
Aparecimento de diminuição de susceptibilidade foi observado em ambos os isolados de S. aureus e de enterococos
após terapia com Cubicin®
.
• Relação entre farmacocinética e farmacodinâmica
A daptomicina exibe uma rápida atividade bactericida dependente da concentração contra bactérias Gram-positivas em
ambos os modelos animais in vitro e in vivo.
Farmacocinética
• Distribuição
O volume de distribuição no estado de equilíbrio da daptomicina em voluntários adultos sadios foi de aproximadamente
0,1 L/kg e foi independente da dose. Estudos de distribuição tecidual em ratos mostraram que a daptomicina parece
penetrar minimamente na barreira hematoencefálica e a barreira placentária, após doses únicas ou múltiplas.
A daptomicina se liga reversivelmente às proteínas plasmáticas humanas (média do intervalo de ligação de 90 a 93%)
de maneira independente da concentração, e a ligação às proteínas plasmáticas tende a ser menor (média do intervalo de
ligação de 84 a 88%) em indivíduos com insuficiência renal significativa (CLcr < 30 mL/min ou em diálise).
A ligação da daptomicina às proteínas em voluntários com alterações hepáticas de leve a moderada (Child-Pugh Classe
B) foi semelhante à dos voluntários adultos sadios.
• Biotransformação
Em estudos in vitro, a daptomicina não foi metabolizada pelos microssomos hepáticos humanos. Estudos in vitro com
hepatócitos humanos indicaram que a daptomicina não inibe ou induz as atividades das respectivas isoformas humanas
do citocromo P450: 1A2, 2A6, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1 e 3A4. É improvável que a daptomicina iniba ou induza o
metabolismo de medicamentos metabolizados pelo sistema P450.
Após infusões de 14
C-daptomicina em adultos sadios, a radioatividade plasmática foi semelhante à concentração
determinada pelo ensaio microbiológico. Metabólitos inativos foram detectados na urina, como determinado pela
diferença na concentração radioativa total e concentrações microbiologicamente ativas. Em um estudo separado, não
foram observados metabólitos no plasma, e pequenas quantidades de três metabólitos oxidativos e um composto não
identificado foi detectado na urina. O local do metabolismo não foi identificado.
• Eliminação
VPS3 = Cubicin_Bula_Profissional 5
A daptomicina é principalmente excretada pelos rins. Há uma secreção tubular ativa mínima ou nula de daptomicina. A
meia vida plasmática terminal em voluntários sadios é de 7-9 horas.
O clearance (depuração) plasmático da daptomicina é de aproximadamente 7 a 9 mL/h/kg e seu clearance (depuração)
renal é de 4 a 7 mL/h/kg.
Em um estudo de equilíbrio de massa utilizando-se daptomicina radiomarcada, 78% da dose administrada foi
recuperada na urina, tendo como base o total de radioatividade, enquanto a recuperação urinária de daptomicina
inalterada foi de aproximadamente 52% da dose. Em torno de 6% da dose administrada foi excretada nas fezes, tendo
como base o total de radioatividade.
• Linearidade/ não linearidade
A farmacocinética da daptomicina geralmente é linear (proporcional à dose) e independente do tempo, em doses de
Cubicin®
de 4 a 12 mg/kg administradas por infusão intravenosa com duração de 30 minutos, como doses únicas
diariamente por até 14 dias. Concentrações de estado de equilíbrio são atingidas com a dose do terceiro dia.
• Populações especiais
Pacientes Idosos
A farmacocinética da daptomicina foi avaliada em 12 voluntários idosos sadios (≥ 75 anos de idade) e em 11 controles
jovens sadios (18 a 30 anos de idade).
Após a administração de uma dose única de Cubicin®
de 4 mg/kg por infusão intravenosa com duração de 30 minutos, a
média total de clearance (depuração) de daptomicina foi aproximadamente 35% menor e a média da AUC foi
aproximadamente 58% maior em voluntários idosos quando comparados com aqueles voluntários jovens sadios. Não
houve diferenças na Cmáx.
Pacientes Pediátricos
A farmacocinética da daptomicina após uma dose única de Cubicin®
de 4 mg/kg foi avaliada em três grupos de
pacientes pediátricos com infecções por Gram-positivos. O perfil farmacocinético em adolescentes de 12 a 17 anos de
idade foi semelhante ao dos adultos sadios. Em dois grupos mais jovens (7 a 11 anos e 2 a 6 anos), o clearance
(depuração) total foi maior em comparação com o de adolescentes, resultando em menor exposição (AUC e Cmáx) e
menor meia-vida de eliminação. Após uma dose única de 8 ou 10 mg/kg em crianças de 2 a 6 anos de idade, o clearance
(depuração) e a meia-vida de eliminação foram equivalentes a estes parâmetros no grupo de mesma faixa etária que
recebeu uma dose de 4 mg/kg. Em um estudo de dose única em bebês de 3 a 12 meses de idade (4 mg/kg) e 13 a 24
meses de idade (6 mg/kg), o clearance (depuração) e a meia-vida de eliminação da daptomicina foram similares a estes
parâmetros em crianças de 2 a 6 anos de idade que receberam uma dose única de 4, 8 ou 10 mg/kg. Os resultados destes
estudos demonstram que a exposição em pacientes pediátricos (< 12 anos de idade) em todas as doses é menor do que a
exposição em adultos em doses comparáveis. A eficácia não foi avaliada nestes estudos de dose única.
Insuficiência renal
Após a administração de uma dose única de 4 mg/kg ou 6 mg/kg de Cubicin®
por infusão intravenosa com duração de
30 minutos em indivíduos com diferentes graus de insuficiência renal, o clearance (depuração) total da daptomicina
diminuiu e a exposição sistêmica (AUC) aumentou. A média da AUC em pacientes com CLcr < 30 mL/min e em
pacientes em diálise (diálise peritoneal ambulatorial contínua e hemodiálise) medidos após a diálise foi de
aproximadamente 2 e 3 vezes maior, respectivamente, do que em pacientes com função renal normal.
Insuficiência hepática
A farmacocinética da daptomicina foi avaliada em 10 voluntários com alterações hepáticas moderadas (Child-Pugh
Classe B) e comparados com voluntários sadios (N = 9) classificados por gênero, idade e peso. A farmacocinética da
daptomicina não foi alterada em indivíduos com disfunções hepáticas moderadas. A farmacocinética da daptomicina em
pacientes com insuficiência hepática grave (Child-Pugh Classe C) não foi avaliada.
Obesidade
A farmacocinética da daptomicina foi avaliada em 6 voluntários moderadamente obesos (Índice de Massa Corpórea –
IMC 25 a 39,9 kg/m2
) e 6 voluntários extremamente obesos (IMC ≥ 40 kg/m2
). A AUC foi aproximadamente 30%
maior nos voluntários moderadamente obesos e 31% maior nos voluntários extremamente obesos, quando comparada
com os controles não-obesos.
Sexo
Diferenças clinicamente significativas relacionadas ao sexo não foram observadas na farmacocinética da daptomicina.
Lactação
VPS3 = Cubicin_Bula_Profissional 6
Em um estudo com um único caso humano, Cubicin®
foi administrado por via intravenosa diariamente por 28 dias a
uma lactante em uma dose de 6,7 mg/kg/dia, e as amostras de leite materno da paciente foram coletadas ao longo de um
período de 24 horas no 27º dia. A maior concentração medida de daptomicina no leite materno foi de 0,045 mcg/mL,
que é uma concentração baixa.
Dados de segurança pré-clínicos
Em ratos e cachorros a administração de daptomicina foi associada com efeitos músculoesqueléticos. No entanto, não
houve alterações nos músculos cardíaco ou liso. Os efeitos músculoesqueléticos foram caracterizados por microscópicas
alterações degenerativas/ regenerativas e elevações variáveis na CPK. Fibrose e rabdomiólise não foram observadas.
Todos os efeitos nos músculos, incluindo as alterações microscópicas, foram completamente reversíveis dentro de 30
dias após a interrupção da administração de Cubicin®
Em ratos e cachorros adultos, efeitos nos nervos periféricos (caracterizados por degeneração axonal e frequentemente
acompanhada por alterações funcionais) foram observados em doses de daptomicina maiores que aquelas associadas
com a miopatia esquelética. A reversão tanto dos efeitos microscópicos quanto funcionais foi essencialmente completa
dentro de 6 meses após a administração.
Os órgãos-alvo dos efeitos relacionados à daptomicina em cachorros jovens de 7 semanas foram músculoesqueléticos e
o nervo, os mesmo órgãos-alvo dos cachorros adultos. Em cachorros jovens, os efeitos nos nervos foram observados em
concentrações sanguíneas mais baixas de daptomicina, comparado aos cachorros adultos após 28 dias da dose. Em
contraste aos cachorros adultos, os cachorros jovens também mostraram evidência de efeitos nos nervos da medula
espinhal, assim como nos nervos periféricos, após 28 dias da dose. Após uma fase de recuperação de 28 dias, exames
microscópicos revelaram uma recuperação total dos efeitos músculoesqueléticos e do nervo ulnar, assim como uma
recuperação parcial dos efeitos sobre o nervo ciático da medula espinhal. Não foram observados efeitos sobre os nervos
em cachorros jovens após 14 dias da dose.
Efeitos da daptomicina foram avaliados em cachorros neonatais seguindo a administração intravenosa uma vez ao dia
por 28 dias consecutivos a partir dos dias pós natal 4 a 31 com níveis nominais de dosagem de 10 [nível de efeito
adverso não observado (NOAEL)], 25, 50 e 50/75 mg/Kg/dia.
Em níveis de dose de 50 e 75 mg/kg/dia com valores associados de Cmáx e AUCinf de ≥321 micrograma/mL e ≥1,470
micro•h/mL, respectivamente, sinais clínicos de espasmos, rigidez nos membros e comprometimento do uso dos
membros foram observados. Resultando diminuição do peso corporal e da condição geral do corpo na dose ≥50mg / kg /
dia foi necessária a descontinuação precoce por PND19. Ao nível da dose de 25 mg/ Kg/dia, os valores associados de
Cmax e AUCinf de 147 microgramas/ml e 717 micro • h /mL, respectivamente, foram observados sinais clínicos leves
de espasmos e uma incidência de rigidez muscular, sem quaisquer efeitos sobre o peso corporal e foram reversíveis ao
longo de um período de recuperação de 28 dias. Estes dados indicam uma margem limite entre doses associadas com
sinais clínicos leves versus sinais clínicos adversos marcantes. A avaliação histopatológica não revelou nenhuma
alteração relacionada à daptomicina no tecido do sistema nervoso central e periférico, bem como músculo esquelético e
tecido avaliado, em qualquer nível de dose. Não foi observado nenhum sinal clínico adverso para estes órgãos alvo de
toxicidade nos cães que receberam 10mg/Kg/day de daptomicina, com os valores associados de Cmáx e AUCinf de 62
microgramas/mL e 247 micro•h/mL, respectivamente.
Estudos de longa duração de carcinogenicidade em animais não foram conduzidos. A daptomicina não foi mutagênica
ou clastogênica na bateria de testes de genotoxicidade in vivo e in vitro.
Estudos de reprodutividade realizados em ratos e estudos de teratogenicidade realizados em ratos e coelhos não
revelaram nenhum efeito na fertilidade ou performance reprodutiva ou evidências de danos ao feto. Entretanto, a
daptomicina pode passar através da placenta em ratas grávidas.
A excreção de daptomicina no leite de animais lactantes não foi estudada.
O desenvolvimento embrio-fetal e estudos teratogênicos realizados em ratos e coelhos em doses de até 75 mg/kg (2 e 4
vezes a dose de 6 mg/kg no homem, respectivamente, com base na área de superfície corporal) não revelou qualquer
evidência de danos para o feto devido à daptomicina. No entanto, não existem estudos adequados e bem controlados em
mulheres grávidas
Cubicin®
é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida à daptomicina ou a qualquer um dos
excipientes.
Anafilaxia/ reações de hipersensibilidade
Anafilaxia/ reações de hipersensibilidade foram reportadas com o uso de quase todos os agentes antibacterianos,
incluindo Cubicin®
(vide “Reações adversas”). Se uma reação alérgica a Cubicin®
ocorrer, descontinue o medicamento
e inicie terapia adequada.
VPS3 = Cubicin_Bula_Profissional 7
Pneumonia
Cubicin®
não é indicado para o tratamento da pneumonia. Tem sido demonstrado em estudos clínicos que Cubicin®
não
é eficaz no tratamento da pneumonia adquirida na comunidade (pneumonia por inalação ou adquirida pelo ar), devido à
ligação ao surfactante pulmonar e consequente inativação (vide “Resultados de eficácia”).
Efeitos músculoesqueléticos
Aumento nos níveis de CPK no plasma, dores musculares, fraqueza e/ou rabdomiólise foram relatados durante o
tratamento com Cubicin®
(vide “Reações adversas”).
É recomendado que:
• Pacientes recebendo Cubicin®
sejam monitorados para o desenvolvimento de dores musculares ou fraqueza,
particularmente das extremidades distais.
• Em pacientes que recebem Cubicin®
, avaliar os níveis de CPK no início e em intervalos regulares (pelo menos
semanalmente) e, mais frequentemente nos pacientes que receberam tratamento concomitante ou recente antes
da terapia com inibidor da HMG-CoA redutase.
• Monitorar os pacientes que desenvolverem elevações da CPK enquanto recebem Cubicin®
mais
frequentemente que uma vez por semana.
• Cubicin®
deve ser descontinuado em pacientes com sinais e sintomas inexplicáveis de miopatia em associação
ao aumento dos níveis de CPK maiores que 1.000 U/L (aproximadamente 5 vezes o limite superior da
normalidade (LSN)) e em pacientes sem sintomas relatados que tem aumentos marcantes na CPK, com níveis
maiores que 2.000 U/L (≥ 10 x LSN).
• A suspensão temporária dos agentes associados à rabdomiólise, tais como inibidores da HMG-CoA redutase,
em pacientes recebendo Cubicin®
deve ser considerada.
Neuropatia periférica
Os médicos devem estar atentos aos sinais e sintomas de neuropatia periférica em pacientes recebendo Cubicin®
(vide
“Reações adversas”).
Em Paciente pediátricos com idade inferior a 1 ano não deve ser administrado Cubicin®
devido ao risco de efeitos
potenciais nos sistemas muscular, neuromuscular e/ou nervoso (periférico e/ou central) que foram observados em
cachorros neonatais (ver item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS)
Pneumonia eosinofílica
A pneumonia eosinofílica tem sido relatada em pacientes recebendo Cubicin®
(vide “Reações adversas”). Nos relatos
associados ao Cubicin®
, os pacientes desenvolveram febre, dispneia, insuficiência respiratória hipóxica e infiltrados
pulmonares difusos. Em geral, os pacientes desenvolveram pneumonia eosinofílica 2-4 semanas após o início de
e houve melhora quando o uso de Cubicin®
foi interrompido e a terapia com esteroide foi iniciada. A
recorrência de pneumonia eosinofílica após a re-exposição tem sido relatada. Os pacientes que desenvolverem estes
sinais e sintomas ao receberem Cubicin®
devem ser submetidos à avaliação médica imediata, incluindo, se apropriado,
lavagem broncoalveolar, para excluir outras causas (por exemplo, infecção bacteriana, infecção por fungos, parasitas,
outros medicamentos) e Cubicin®
deve ser interrompido imediatamente. O tratamento com corticoides sistêmicos é
recomendado.
Diarreia associada ao Clostridium difficile
Diarreia associada ao Clostridium difficile (DACD) foi relatada com o uso de quase todos os agentes antibacterianos,
(vide “Reações adversas”). Se DACD for suspeita ou confirmada, Cubicin®
poderá ter de ser
descontinuado e o tratamento adequado instituído como clinicamente indicado.
Persistência ou recorrência de bacteremia/ endocardite por S. aureus
Os pacientes com persistência ou recorrência de bacteremia/ endocardite por S. aureus ou resposta clínica insatisfatória
devem repetir as culturas de sangue. Se a hemocultura for positiva para S. aureus, testes de susceptibilidade de
concentração inibitória mínima (CIM) do isolado devem ser realizados utilizando um procedimento padronizado e a
avaliação diagnóstica do paciente deve ser realizada para descartar focos de infecção isolados. Intervenções cirúrgicas
apropriadas (p. ex.: desbridamento, remoção de dispositivos prostéticos, cirurgia de substituição de válvula) e/ou
consideração de mudança no regime de antibacterianos podem ser necessários.
Micro-organismos não-susceptíveis
O uso de antibacterianos pode favorecer a proliferação de micro-organismos não-susceptíveis. Se ocorrer uma
superinfecção durante a terapia, tomar as medidas adequadas.
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População especial
Insuficiência renal
Em pacientes com insuficiência renal, tanto a função renal como a CPK devem ser monitoradas mais frequentemente
que uma vez por semana.
Interferência nos testes sorológicos
Interações medicamento-testes laboratoriais
Foi observado falso prolongamento do tempo de protrombina (TP) e elevação da Razão Normal Internacional (INR)
quando determinados reagentes de tromboplastina recombinante foram utilizados para o ensaio (vide “Interações
medicamentosas”).
Gravidez e lactação
- Mulheres com potencial de engravidar
Não há recomendações específicas para mulheres com potencial de engravidar.
- Gravidez
somente deve ser utilizado durante a gravidez se o benefício esperado sobrepuser o potencial risco para o feto.
Estudos de desenvolvimento embriofetal e teratológicos realizados em ratos e coelhos não revelaram evidências de
danos ao feto devido à daptomicina (vide “Dados de segurança pré-clínicos”).
- Lactação
A daptomicina passa para o leite humano em concentrações muito baixas (vide “Características farmacológicas”). As
mulheres devem ser instruídas a evitar a amamentação enquanto estiverem recebendo Cubicin®
.
Este medicamento pertence a categoria B de risco na gravidez, portanto este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
- Fertilidade
Existem poucos dados com relação aos efeitos do Cubicin®
na fertilidade humana. Nenhum prejuízo na fertilidade foi
A daptomicina sofre pequeno ou nulo metabolismo mediado pelo citocromo P450. É improvável que a daptomicina
iniba ou induza o metabolismo de medicamentos metabolizados pelo sistema P450.
Interações observadas resultando em uso concomitante não recomendado
- Medicamento/testes laboratoriais
Foi observado que a daptomicina, em concentrações plasmáticas clinicamente relevantes, pode causar um falso
prolongamento do tempo de protrombina (TP) e elevação da Razão da Normalização Internacional (RNI) de maneira
significativa e concentração-dependente, quando determinados reagentes de tromboplastina recombinante são utilizados
para o ensaio. A possibilidade de resultados de TP/ RNI erroneamente elevados, devido à interação com um reagente de
tromboplastina recombinante, pode ser minimizada pela retirada de amostras para testes de TP ou RNI perto do
momento de menor concentração plasmática de daptomicina. No entanto, as concentrações suficientes de daptomicina
podem estar presentes no vale para provocar interação (vide “Advertências e precauções”).
Se confrontado por um resultado de TP/ RNI anormalmente elevado em um paciente que está sendo tratado com
Cubicin®
, recomenda-se que os médicos:
1. Repitam a avaliação do TP/ RNI, solicitando que a amostra seja retirada imediatamente antes da próxima dose de
(p. ex.: momento de concentração no vale). Se o valor de TP/ RNI obtido permanecer substancialmente
mais elevado do que seria esperado, considere avaliar TP/ RNI utilizando um método alternativo.
2. Avaliem outras causas de resultados de PT/ RNI anormalmente elevados.
Interações antecipadas resultando em uso concomitante não recomendado
Experiência da coadministração de inibidores da HMG-CoA redutase e Cubicin®
em pacientes é limitada; portanto,
considerar a suspensão temporária do uso do inibidor de HMG-CoA redutase em pacientes recebendo Cubicin®
.
Interações a serem consideradas
foi avaliado em estudos de interação fármaco-fármaco em humanos com aztreonam, tobramicina, varfarina,
sinvastatina e probenecida. A daptomicina não teve nenhum efeito sobre a farmacocinética da varfarina ou probenecida,
VPS3 = Cubicin_Bula_Profissional 9
nem estes medicamentos alteraram a farmacocinética da daptomicina. A farmacocinética da daptomicina não foi
significativamente alterada pelo aztreonam.
Apesar de pequenas alterações na farmacocinética da daptomicina e tobramicina terem sido observadas durante a
coadministração de Cubicin®
por infusão intravenosa com duração de 30 minutos, na dose de 2 mg/kg, as alterações não
foram estatisticamente significativas. A interação entre a daptomicina e a tobramicina com uma dose clínica de
é desconhecida. Cautela é necessária quando Cubicin®
é coadministrado com tobramicina.
A experiência da administração concomitante de Cubicin®
com varfarina é limitada. Estudos de Cubicin®
com
anticoagulantes, que não a varfarina, não foram conduzidos. Monitorar a atividade anticoagulante em pacientes
recebendo Cubicin®
e varfarina nos primeiros dias após o início da terapia com Cubicin®
Cubicin®
deve ser conservado sob refrigeração (temperatura entre 2 e 8°C).
O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação.
Após reconstituição: a estabilidade físico-química da solução reconstituída no frasco foi demonstrada por 12 horas a
25°C e até 48 horas se armazenada sob refrigeração (temperatura entre 2 e 8°C). Estabilidade da solução diluída em
bolsas de infusão foi estabelecida como 12 horas a 25 °C ou 48 horas se armazenada sob refrigeração (temperatura entre
2 e 8°C). O tempo de armazenamento combinado (frasco e bolsa de infusão) não deve ultrapassar 12 horas em
temperatura ambiente (25°C) ou 48 horas se refrigerado (temperatura entre 2 e 8°C).
Do ponto de vista microbiológico, o produto deve ser utilizado imediatamente. Se não for utilizado imediatamente, os
tempos de armazenamento “em uso” são de responsabilidade do usuário e normalmente não devem ultrapassar 24 horas
entre 2 e 8°C, exceto se a reconstituição/diluição tenha sido realizada em condições assépticas controladas e validadas.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico
Pó liofilizado de coloração amarelo claro a marrom claro.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de administração
Cubicin®
é administrado por via intravenosa (IV), por injeção com duração de 2 minutos ou por infusão com duração de
30 minutos.
Incompatibilidades
não é compatível com diluentes que contenham glicose.
Além dos nove medicamentos listados no subitem abaixo "Soluções intravenosas e outros medicamentos compatíveis",
aditivos e outros medicamentos não devem ser adicionados ao frasco de uso único ou à bolsa de infusão de Cubicin®
, ou
infundido simultaneamente com Cubicin®
através da mesma linha IV, porque apenas estão disponíveis dados limitados
sobre a compatibilidade. Se a mesma linha IV for utilizada para infusão sequencial de medicamentos diferentes, lavar a
linha com uma solução intravenosa compatível antes e após a infusão com Cubicin®
.
Soluções intravenosas e outros medicamentos compatíveis
é compatível com cloreto de sódio 0,9% e injeção de Ringer lactato.
Os seguintes fármacos mostraram ser compatíveis na coadministrados com Cubicin®
através da mesma via IV em
bolsas de administração separadas: aztreonam, ceftazidima, ceftriaxona, gentamicina, fluconazol, levofloxacina,
dopamina, heparina e lidocaína.
Preparo de Cubicin®
para administração
O Cubicin®
é fornecido em frascos-ampola de dose única, contendo 500 mg de daptomicina, como um pó liofilizado
estéril. Conservantes ou agentes bacteriostáticos não estão presentes no produto. Técnicas assépticas devem ser
utilizadas para o preparo da solução IV final.
O conteúdo de um frasco-ampola de Cubicin®
é reconstituído, utilizando-se técnicas assépticas, para se obter uma
concentração de 50 mg/mL, conforme segue:
administrado como infusão intravenosa por 30 minutos
VPS3 = Cubicin_Bula_Profissional 10
Observação: a fim de minimizar a formação de espuma, EVITE agitar vigorosamente o frasco-ampola durante ou após a
reconstituição.
1. Remova a tampa de polipropileno do tipo flip-off do frasco de Cubicin®
para expor a parte central do fechamento de
borracha;
2. Limpe o topo da rolha de borracha com algodão embebido em álcool 70% ou outra solução antisséptica e espere
secar. Após a limpeza, não toque na tampa de borracha ou permita que ela toque em qualquer outra superfície;
3. Transfira vagarosamente 10 mL de cloreto de sódio 0,9% através do centro da vedação de borracha no frasco de
, usando uma agulha de transferência estéril que é de calibre 21 ou menor diâmetro, ou um dispositivo sem
agulha apontando-o em direção da parede do frasco;
4. Assegure que todo o pó de Cubicin®
seja umedecido pela rotação suave do frasco;
5. Deixe o produto umedecido em descanso por 10 minutos;
6. Faça movimentos circulares suaves com o frasco por alguns minutos, conforme necessário, até que se obtenha uma
solução completamente reconstituída;
7. Remova lentamente o líquido reconstituído (50 mg de daptomicina / ml) a partir do frasco utilizando uma agulha
estéril de calibre 21 ou menor diâmetro;
8. A solução de Cubicin®
reconstituída deve então ser diluída, utilizando-se técnicas assépticas, com cloreto de sódio
0,9% (volume típico de 50 mL);
Antes da administração, inspecione visualmente o produto quanto à presença de material particulado.
administrado como injeção intravenosa por 2 minutos
para expor a parte central da vedação de
3. Transfira vagarosamente 10 mL de cloreto de sódio 0,9% através do centro do fechamento de borracha no frasco de
, apontando a agulha em direção da parede do frasco;
seja umedecido pela rotação suave do frasco.
Posologia
Dosagem e administração em adultos.
Infecções complicadas da pele e partes moles
4 mg/kg é administrado intravenosamente, diluído em 0,9% de cloreto de sódio uma vez a cada 24 horas por 7
a 14 dias ou até que a infecção seja resolvida, tanto por injeção com duração de 2 minutos quanto por infusão com
duração de 30 minutos. Não use Cubicin®
mais frequentemente que uma vez ao dia e avalie os níveis de creatina
fosfoquinase (CPK) no início e em intervalos regulares (pelo menos semanalmente) (vide “Advertências e precauções”).
Infecções da corrente sanguínea por Staphylococcus aureus (bacteremia)
6 mg/kg é administrado intravenosamente, diluído em 0,9% de cloreto de sódio uma vez a cada 24 horas por 2
a 6 semanas, tanto por injeção com duração de 2 minutos quanto por infusão com duração de 30 minutos. A duração do
tratamento é baseada no diagnóstico estabelecido pelo médico. Não use Cubicin®
mais frequentemente que uma vez ao
dia e avalie os níveis de CPK no início e em intervalos regulares (pelo menos semanalmente) (vide “Advertências e
precauções”).
População especial
- Insuficiência renal
A daptomicina é excretada principalmente pelos rins, portanto um ajuste do intervalo de dose de Cubicin®
é
recomendado para pacientes com clearance (depuração) de creatinina (CLcr) < 30 mL/min, incluindo pacientes em
hemodiálise ou diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD).
VPS3 = Cubicin_Bula_Profissional 11
O regime posológico recomendado para esses pacientes é de 4 mg/kg (IPPMc) ou 6 mg/kg (infecções da corrente
sanguínea por S. aureus) uma vez a cada 48 horas. Alternativamente, pacientes em hemodiálise podem receber três
doses por semana. Quando possível, administrar Cubicin®
após a realização da hemodiálise nos dias de hemodiálise.
Não é necessário ajuste do intervalo de dose para pacientes com clearance (depuração) de creatinina (CLcr) ≥ 30
mL/min.
Em pacientes com insuficiência renal, monitorar a função renal e a CPK mais frequentemente que uma vez por semana.
- Insuficiência hepática.
Não é necessário ajuste posológico na administração de Cubicin®
a pacientes com alterações hepáticas leves a
moderadas (Child-Pugh Classe B). A farmacocinética da daptomicina em pacientes com insuficiência hepática grave
(Child-Pugh Classe C) não foi avaliada.
- Pacientes idosos
Não é necessário ajuste posológico de Cubicin®
a pacientes idosos com CLcr ≥ 30 mL/min.
- Pacientes pediátricos
A segurança e eficácia de Cubicin®
em pacientes pediátricos menores de 18 anos não foram estabelecidas. Os dados
atualmente disponíveis estão descritos no item “Características Farmacológicas”, subitem “Farmacocinética – Pacientes
Pediátricos”, mas nenhuma recomendação de posologia pode ser feita.
Em Paciente pediátricos com idade inferior a 1 ano não deve ser administrado Cubicin®
devido ao risco de efeitos
potenciais nos sistemas muscular, neuromuscular e/ou nervoso (periférico e/ou central) que foram observados em cães
neonatais (ver item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS)
- Sexo
Não é necessário ajuste posológico baseado no gênero na administração de Cubicin®
- Obesidade
a pacientes obesos.
Resumo tabulado das reações adversas dos estudos clínicos
Durante os estudos clínicos de Cubicin®
, as seguintes reações adversas ao medicamento foram relatadas durante a
terapia e durante o acompanhamento.
As reações adversas dos estudos clínicos (Tabela 6) estão listadas de acordo com a classe de sistema-órgão MedDRA.
Dentro de cada classe de sistema-órgão, as reações adversas estão classificadas por frequência, sendo as mais frequentes
primeiro. Além disso, a correspondente categoria de frequência para cada reação adversa é baseada na seguinte
convenção (CIOMS III):
Muito comuns: ≥ 1/10 (≥ 10%); Comuns: ≥ 1/100 e < 1/10 (≥ 1% e < 10%); Incomuns: ≥ 1/1.000 e
< 1/100 (≥ 0,1% e < 1%); Raras: ≥ 1/10.000 e < 1/1.000 (≥ 0,01% e < 0,1%); Muito raras: < 1/10.000 (< 0,01%).
Tabela 6 – Frequências de reações adversas nos estudos clínicos
Reação Adversa Frequência
Infecções e Infestações
Infecções fúngicas, infecções do trato urinário,
infecção por Candida
comum
Fungemia incomum
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático
Anemia comum
Eosinofilia, trombocitose incomum
Distúrbio do metabolismo e nutrição
Diminuição do apetite, hiperglicemia, desequilíbrio
eletrolítico
incomum
Distúrbios psiquiátricos
Ansiedade e insônia comum
Distúrbios do sistema nervoso
Tontura, cefaleia comum
Parestesia, distúrbio do paladar, tremor incomum
Distúrbios do ouvido e labirinto
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Vertigem incomum
Distúrbios cardíacos
Arritmia supraventricular incomum
Distúrbios vasculares
Hipertensão, hipotensão comum
Rubor incomum
Distúrbios gastrointestinais
Dor gastrointestinal e abdominal, constipação, diarreia,
náusea, vômito, flatulência, inchaço, distensão
Dispepsia incomum
Distúrbios hepatobiliares
Icterícia rara
Distúrbios de pele e do tecido subcutâneo
Rash, prurido comum
Urticária incomum
Distúrbios musculoesqueléticos e tecido conjuntivo
Dor dos membros comum
Artralgia, dor muscular, fraqueza muscular incomum
Distúrbios renais e urinários
Insuficiência renal, incluindo alterações renais e
falência renal
Distúrbios do sistema reprodutivo e mama
Vaginite incomum
Distúrbios gerais e condições do local de administração
Reações no local da infusão, pirexia, astenia comum
Fadiga, calafrios incomum
Laboratoriais
Aumento da creatina fosfoquinase (CPK) sanguínea,
testes de função hepática anormais (TGO, TGP ou
fosfatase alcalina aumentadas)
Aumento da desidrogenase lática (DHL) sanguínea,
aumento da creatinina sanguínea, aumento da Razão
Normal Internacional (RNI)
Tempo de protrombina (TP) prolongado rara
Pós-comercialização
As seguintes reações adversas foram relatadas no período de pós-comercialização com Cubicin®
. Por estas reações
terem sido relatadas voluntariamente por uma população de tamanho incerto, não é possível estimas com segurança as
frequências, as quais são portanto, categorizadas como desconhecida. As reações adversas estão listadas de acordo com
a classe de sistema-órgão MedDRA. (Tabela 7)
Tabela 7 – Reações adversas de experiência pós-comercialização
Diarreia associada ao Clostridium difficile*
Distúrbios do Sistema Imunológico
Reações de hipersensibilidade* incluindo, mas não limitada a, anafilaxia, angioedema, erupção cutânea
relacionada ao fármaco com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) e eosinofilia pulmonar
Neuropatia periférica*
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinal
Pneumonia eosinofílica*, tosse
Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos
Erupção cutânea vesicular, com ou sem envolvimento das mucosas
Rabdomiólise*
Aumento da mioglobina
* Vide “Advertências e precauções”
VPS3 = Cubicin_Bula_Profissional 13
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.