Bula do Daraprim produzido pelo laboratorio Farmoquímica S/a
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
Daraprim_AR050514_Bula Paciente
DARAPRIM®
Farmoquímica S/A
Comprimido
25 mg
BULA PACIENTE
pirimetamina
APRESENTAÇÃO:
Comprimidos – pirimetamina 25 mg – embalagem contendo frasco com 100 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
pirimetamina ................................................. 25 mg
Excipientes: álcool etílico, estearato de magnésio, amido, docusato de sódio, lactose monoidratada e água.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
DARAPRIM®, em combinação com outros medicamentos, é indicado na prevenção e tratamento da malária, causada por
cepas sensíveis de Plasmodium falciparum, e no tratamento da toxoplasmose congênita ou adquirida, causada pelo
Toxoplasma gondii.
A pirimetamina, princípio ativo deste medicamento, inibe a enzima di-hidrofolato redutase (DHFR) do parasita,
resultando na inibição da síntese vital do ácido tetraidrofólico, um precursor dos ácidos nucleicos (ADN e ARN). Sua
afinidade pela DHFR do parasita infectante (protozoário) é cerca de cem vezes maior do que pela DHFR humana.
Embora a ação deste medicamento comece uma hora após a sua administração, ele deve ser usado de acordo com o
tempo estipulado pelo médico, sempre associado a outros medicamentos.
DARAPRIM® não deve se utilizado caso você tenha:
• anemia megaloblástica secundária por deficiência de folato;
• hipersensibilidade (alergia) à pirimetamina ou à qualquer outro componente da formulação.
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ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Muito raramente, algumas pessoas podem apresentar efeitos colaterais muito graves, com risco de vida, quando estão
tomando este medicamento.
Os seguintes sinais e sintomas podem estar relacionados a um efeito colateral muito grave:
• sinais de uma reação alérgica, como, erupção na pele, urticária, coceira, vermelhidão, inchaço, aparecimento de
bolhas, descamação da pele, com ou sem febre;
• respiração sibilante (chiado no peito);
aperto no peito ou na garganta, dificuldade de respirar ou falar, tosse e/ou rouquidão incomum;
• inchaço da boca, face, lábios, língua ou garganta.
Caso ocorram tais sinais ou sintomas, o tratamento deve ser interrompido e não retomado. Informe imediatamente seu
médico.
Se você já apresentou alguma reação alérgica relacionada a um ou mais medicamentos, alimentos ou outras substâncias,
fale com seu médico sobre essa alergia e sobre os sinais e sintomas a ela relacionados.
Orientações sobre medidas adicionais recomendadas no caso do tratamento da malária
Como medidas gerais, junto a este tratamento, recomenda-se o uso de telas protetoras contra insetos, mosquiteiros em
camas, repelentes contra mosquitos [dietiltoluamida (DEET) a 10% a 35%] e permetrina em spray sobre as roupas e
mosquiteiros (não aplicar spray de repelentes em crianças) e evitar se expor ao ar livre durante o entardecer e à noite.
Cuidados e advertências em populações especiais
Este medicamento deverá ser usado com cuidado em pacientes com comprometimento da função dos rins ou do fígado
ou com deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase (G6PD). Seu uso com precaução também é recomendado em caso
de pacientes com histórico de convulsões ou possível deficiência de folato (síndrome de má absorção, gravidez,
alcoolismo).
Quando usado por mais de três a quatro dias, há possibilidade de desenvolvimento de complicações hematológicas, como
leucopenia (diminuição da contagem de glóbulos brancos no sangue), anemia (deficiência de glóbulos vermelhos) ou
trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas), mas esta ocorrência pode ser reduzida com a administração
concomitante de ácido folínico. Estas complicações são monitoradas através da realização de hemograma (contagem de
células sanguíneas e plaquetas), semanalmente durante o tratamento e por mais duas semanas após a suspensão do
tratamento.
Idosos
Se você tem 65 anos ou mais, o uso deste medicamento requer cuidado adicional, pois você pode estar mais sujeito a
efeitos colaterais.
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Gravidez e Lactação (amamentação)
- Uso durante a gravidez: embora haja teoricamente risco de anormalidades fetais pelo uso de inibidores de folato
administrados durante a gravidez, não se documentaram tais efeitos causados por DARAPRIM® em seres humanos. O
uso de DARAPRIM® durante a gravidez só deve ocorrer após cuidadosa avaliação médica do potencial risco e benefício
do tratamento. Se administrado durante a gravidez, é recomendado que se faça uma adequada suplementação de folato.
No tratamento da toxoplasmose, os riscos resultantes da administração de altas doses de DARAPRIM® devem ser
considerados contra os perigos de aborto ou deformação fetal devido à infecção.
- Uso durante o período de amamentação: a quantidade de pirimetamina secretada no leite materno é insuficiente para
contraindicar seu uso em mulheres que estão amamentando. Entretanto, a administração concomitante de agentes
inibidores de folatos na criança que está sendo amamentada deve ser evitada, se possível.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Dirigir veículos ou operar máquinas
Não existem informações que sugiram que DARAPRIM® afete sua capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Interação medicamento-medicamento
O uso concomitante da pirimetamina com outros medicamentos pode resultar na alteração dos seus efeitos, inclusive os
indesejáveis.
Veja abaixo os medicamentos capazes de interagir com DARAPRIM®, o tipo de interação e o que deve ser feito para
evitar ou reduzir os problemas desta interação:
Medicamento Interação Comentários
dapsona (um agente anti-
infeccioso, usado também para
tratamento de algumas doenças
da pele).
Efeitos aditivos indesejáveis
sobre os elementos do sangue
(glóbulos vermelhos e brancos).
Não há efeitos clinicamente
importantes sobre a absorção,
distribuição, metabolismo e
excreção da pirimetamina.
Monitorar com frequência maior
que a usual os efeitos
indesejáveis do tratamento sobre
o sangue.
antagonistas do ácido fólico
(p.ex., sulfonamida, cotrimoxazol
e trimetoprima)
A pirimetamina e as
sulfonamidas interferem com a
síntese de ácido fólico em
organismos sensíveis. Há um
possível sinergismo entre estes
medicamentos usados com
sucesso no tratamento da
toxoplasmose. Também têm sido
usados com vantagens
terapêuticas na prevenção e
tratamento da malária. Há um
aumento no risco de supressão
da medula óssea (redução
importante na produção de
células e plaquetas do sangue) se
usados com outros antagonistas
do ácido fólico.
A pirimetamina é usada em
associação com a sulfadiazina
para tratamento da toxoplasmose.
A pirimetamina tem sido usada
também junto à sulfadoxina para
prevenção e tratamento da
malária. Caso se desenvolvam
sinais de deficiência de folato, a
administração de pirimetamina
deverá ser suspensa e o
tratamento com ácido folínico
instituído até que a produção
normal de sangue seja restaurada.
metotrexato (agente
antimetabólico, com ação
antifolato, usado no tratamento
de doenças autoimunes e
malignas), proguanil (um
medicamento antimalárico),
zidovudina (um medicamento
antiviral)
Pode aumentar o risco de
supressão da medula óssea.
O tratamento deve ser feito com
precaução. Suspender a
pirimetamina se surgirem sinais
de deficiência de folato e iniciar
tratamento com ácido folínico até
que se restabeleça a produção
normal de sangue (hematopoiese)
fenitoína (um medicamento
antiepiléptico)
diminuição dos níveis sanguíneos
de ácido fólico e suas
consequências.
Uso com precaução.
lorazepam (medicamento da
classe dos benzodiazepínicos,
usado, principalmente, no
tratamento da ansiedade).
Pode haver efeito tóxico sobre o
fígado (hepatotoxicidade) quando
a pirimetamina e o lorazepam são
usados concomitantemente.
Exames de função do fígado
deverão ser realizados
regularmente para detectar
possível hepatotoxicidade.
Ocorreram convulsões após a administração concomitante de metotrexato e pirimetamina a crianças com leucemia do
sistema nervoso central, e casos de aplasia fatal da medula óssea (produção insuficiente de células do sangue) foram
associados à administração de daunorubicina, arabinosídeo, citosina e pirimetamina a indivíduos com leucemia mieloide
aguda.
A alta ligação às proteínas do plasma demonstrada pela pirimetamina pode impedir essa ligação por outros compostos.
Isto poderá ser relevante quando o nível de fármaco não ligado (por exemplo, quinina ou varfarina), administrado
concomitantemente, afetar a sua eficácia ou toxicidade.
Interação medicamento-alimento
Não se dispõe até o momento de informação sobre possível interferência negativa de alimentos na absorção da
pirimetamina.
Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Cuidados de Conservação
DARAPRIM® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), em sua embalagem original. Proteger
da luz.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Comprimidos praticamente brancos, circulares, convexos, sulcados em uma das faces e livres de partículas estranhas,
com odor característico.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Os comprimidos de DARAPRIM® podem ser tomados com líquido (aproximadamente meio a um copo),
independentemente da hora da refeição. Tome-os após a ingestão de um alimento se houver algum desconforto no
estômago.
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POSOLOGIA
Profilaxia da malária
Adultos e crianças com mais de 10 anos: um comprimido de DARAPRIM® a cada semana.
Crianças com menos de 10 anos:
- 5 a 10 anos: meio comprimido a cada semana;
- com menos de 5 anos: um quarto de comprimido a cada semana.
A profilaxia deve começar no dia ou pouco antes da chegada a uma área endêmica e continuar uma vez por semana. No
retorno a uma área isenta de malária, a dose deve ser mantida por mais quatro semanas.
Tratamento da malária
DARAPRIM® deve ser administrado juntamente com sulfadiazina ou outra sulfonamida adequada.
Adultos, incluindo idosos, e jovens com mais de 14 anos: dois ou três comprimidos de DARAPRIM® juntamente
com 1.000 a 1.500 mg de sulfadiazina em dose única.
Crianças com menos de 14 anos - em dose única:
- 9 a 14 anos: dois comprimidos de DARAPRIM® com 1000 mg de sulfadiazina;
- 4 a 8 anos: um comprimido de DARAPRIM® com 500 mg de sulfadiazina;
- menos de 4 anos: meio comprimido de DARAPRIM® com 250 mg de sulfadiazina.
Toxoplasmose
DARAPRIM® deve ser administrado concomitantemente com sulfadiazina ou outra sulfonamida adequada.
Observação: O uso de uma sulfonamida alternativa pode requerer um ajuste da dose.
O tratamento deve ser administrado entre três e seis semanas.
Se for indicado um tratamento adicional, deve haver um intervalo de duas semanas entre os tratamentos.
Adultos e crianças com mais de 6 anos: DARAPRIM® - uma dose inicial de 100 mg (quatro comprimidos), seguida
de 25-50 mg (um ou dois comprimidos) diariamente. sulfadiazina - 150 mg/kg de peso corporal (máximo de 4 g)
diários, divididos em quatro doses.
Crianças com menos de 6 anos:
- entre 2 e 6 anos de idade devem receber uma dose inicial de 2 mg de pirimetamina/kg de peso corporal (até um
máximo de 50 mg), seguidos de 1 mg/kg/dia (até um máximo de 25 mg);
- crianças menores devem receber 1 mg/kg/dia.
Usando-se uma dosagem com base em peso corporal, as doses recomendadas de DARAPRIM® para crianças com menos
de 6 anos de idade, até o mais próximo de um quarto de comprimido, são como se segue:
- crianças entre 2 e 6 anos: DARAPRIM® - uma dose inicial de um comprimido, seguida de meio comprimido
diariamente. sulfadiazina - 150 mg/kg de peso corporal (máximo de 2 g) diariamente, divididos em quatro doses;
- crianças entre 10 meses e 2 anos: DARAPRIM® - meio comprimido diariamente. sulfadiazina - 150 mg/kg de peso
corporal (máximo de 1,5 g) diariamente, divididos em quatro doses;
- crianças entre 3 e 9 meses: DARAPRIM® - um quarto de comprimido diariamente. sulfadiazina - 100 mg/kg de peso
corporal (máximo de 1 g) diariamente, divididos em quatro doses;
- recém-nascidos com menos de 3 meses: DARAPRIM® - um quarto de comprimido em dias alternados. sulfadiazina -
100 mg/kg de peso corporal (máximo de 750 mg) em dias alternados, divididos em quatro doses.
Os riscos de se administrar sulfadiazina ou outras sulfonamidas a recém-nascidos devem ser pesados contra seu benefício
terapêutico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não
interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Se você se esquecer de tomar uma dose deste medicamento, deve tomá-la assim que se lembrar. Porém se já passou
muito tempo e estiver perto da próxima ingestão, pule a dose esquecida e tome a próxima dose regularmente programada.
Não tome duas doses ao mesmo tempo ou doses extras para compensar a dose esquecida.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião dentista.
Foram descritas as seguintes reações indesejáveis com a pirimetamina consideradas significativas, porém a determinação
da sua frequência não foi possível:
arritmias cardíacas, observadas com altas doses (doses iguais ou maiores do que 75 mg/dia);
reações dermatológicas (pele e tecido subcutâneo): eritema multiforme (uma inflamação grave da pele, caracterizada
por lesões avermelhadas, vesículas e bolhas, que se espalham de forma repentina em todo o corpo, acompanhadas de
febre, mal-estar geral etc.), erupções cutâneas de curta duração (desapareceram quando a administração da
pirimetamina foi suspensa), síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (reações cutâneas graves,
acometendo a pele e a membrana mucosa, necessitando de cuidados de medicina intensiva);
gastrintestinais: náusea, anorexia (perda do apetite), cólica e diarreia são reações comuns durante o início do
tratamento, mas raramente requerem a sua suspensão. Foi relatada também glossite atrófica (inflamação na língua,
com perda das rugosidades normais);
hematológicas: leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos ou leucócitos no sangue), anemia megaloblástica (um
tipo de anemia caracterizada pelo tamanho anormal e imaturidade dos glóbulos vermelhos), pancitopenia (diminuição
do número de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas no sangue), eosinofia pulmonar (infiltração anormal
do tecido pulmonar por eosinófilos, um pequeno glóbulo branco normalmente presente no sangue e tecido) e
trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue);
geniturinária: hematúria (eliminação de sangue na urina);
outras: anafilaxia (reação alérgica aguda, grave, com repercussão em todo o corpo).
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Ficou demonstrado no tratamento da toxoplasmose que DARAPRIM®, em doses terapêuticas, é capaz de deprimir a
hematopoiese em mais ou menos 25% dos pacientes. A possibilidade de desenvolvimento de leucopenia, anemia ou
trombocitopenia é reduzida pela administração concomitante de ácido folínico.
Efeitos adversos menos comuns são: cefaleia, vertigem, boca ou garganta seca, febre, mal-estar, pigmentação anormal da
pele e depressão. Foram relatados três casos de hiperfenilalaninemia (aumento anormal dos níveis sanguíneos de um
aminoácido chamado fenilalanina) em recém-nascidos sob tratamento para toxoplasmose congênita. Colapso circulatório
e ulceração bucal foram relacionados ao DARAPRIM®, mas somente em pacientes tratados com doses mais altas do que
as recomendadas. Foi relatada precipitação de crise convulsiva em um paciente com predisposição à epilepsia, mas a
relação causal não foi definida.
Informe ao seu médico, cirurgião dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.